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Olá! Eu me chamo Pedro Antônio Gabriel Anhorn

e nasci em N’Djamena, capital do Chade, no ano de

1984. Filho de mãe brasileira e pai suíço, fui alfabe-

tizado em francês. Cheguei ao Brasil em 1996, com

doze anos. Cada traço que coloco no papel é uma

forma de me aproximar da infância no continente

africano. Cada verso que deixo nascer no guardana-

po é uma forma de recuperar o tempo longe da

língua materna. Transformei esse distanciamento

em palavras, em desenhos. Por isso escrevo tanto

sobre saudade. Por isso rabisco tanto o silêncio.

Ilustre Poesia é o meu terceiro livro.

Antônio, personagem de um romance que ainda está

para ser escrito, ficou famoso por despejar traços e

versos em guardanapos durante suas noitadas no

bar. O que ninguém imagina é que, depois de apare-

cer em dois livros de sucesso, ele se sinta um tanto

oprimido pelos limites impostos pelos quadradinhos

de papel. Pedro Gabriel é o autor que deu forma e

visibilidade a essas criações ao iniciar a página Eu

me chamo Antônio no Facebook e no Instagram e

publicar os best-sellers Eu me chamo Antônio (2013)

e Segundo (2014). Em seu terceiro livro, Ilustre Poe-

sia, fantasia e realidade colidem. Criador e criatura

dialogam por meio de palavras e ilustrações. Viajam

pelo espaço sideral, pelas profundezas do mar e pe-

los confins da terra em busca do mesmo sentimento:

a liberdade.

Nas primeiras páginas fica evidente a rebeldia de

Antônio, que se dirige diretamente ao leitor de uma

forma inédita, numa sequência influenciada pelas

graphic novels. Por sua vez, Pedro Gabriel também

explora um terreno novo em textos de prosa poética

que podem ser lidos como uma espécie de delicada

correspondência com seu personagem. O senso de

humor, a paixão pelas palavras e o lirismo são carac-

terísticas compartilhadas por Antônio e seu poeta.

O desfecho inesperado abre um universo de possibili-

dades para os dois.

Para onde vão

nossos silêncios

quando deixamos de

dizer o que sentimos?

Leo

Aversa

www.intrinseca.com.br

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