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Missionária Ana Maricel V. da Fontoura

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ÍNDICE

1. Introdução.....................................................................................02

2. O que é Pregação?.......................................................................02

3. Exatidão Exegética.......................................................................03

4. Definição de Homilética...............................................................04

5. Principais Tipos de Sermões......................................................04

6. A Estrutura da Mensagem...........................................................06

7. O Título da Mensagem.................................................................07

8. Introdução da Mensagem............................................................08

9. A Proposição................................................................................08

10. Lista de Palavras Chaves...........................................................11

11. As Divisões.................................................................................12

12. As Subdivisões...........................................................................12

13. A Ilustração.................................................................................13

14. A Aplicação.................................................................................13

15. A Conclusão do Sermão............................................................13

16. Bibliografia..................................................................................14

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INTRODUÇÃO

Este curso simples tem por objetivo trazer uma visão prática de como estar

ministrando a Palavra do Senhor com o visando atingir o ouvinte e despertar nele o

interesse pela mensagem da Palavra de Deus.

O foco é despertar o interesse dos ouvintes, como diz João Calvino:

“É certo que se vamos à igreja, não ouviremos apenas um homem mortal falando, mas sentiremos que Deus (por meio de seu poder secreto) está falando à nossa alma; sentiremos que Ele é o professor. Ele nos toca de tal forma, que a voz humana entra em nós e nos favorece de modo que somos revigorados e alimentados por ela. Deus nos chama para si como se estivesse falando-nos por sua própria boca e pudéssemos vê-lo ali, em pessoa.”

1

2. O QUE É PREGAÇÃO?

O termo grego ke•rýs•so, traduzido por "pregar", significa ‘fazer proclamação como

arauto, ser um arauto, oficiar como arauto, proclamar (como conquistador)’.

O substantivo aparentado é ké•ryx e significa ‘arauto, mensageiro público, enviado,

pregoeiro (que fazia proclamação e mantinha a ordem nas assembleias, etc.)’.

Outro substantivo aparentado é ké•ryg•ma, que significa ‘aquilo que é bradado por

um arauto, proclamação, anúncio (de vitória nos jogos), mandado, intimação’.

De modo que ke•rýs•so não transmite a idéia de se proferir um sermão para um

grupo restrito de discípulos, mas sim a de uma proclamação aberta e pública. Isto é

ilustrado pelo uso dessa palavra para descrever o "forte anjo [a] proclamar [ke•rýs•son•ta]

com voz alta: ‘Quem é digno de abrir o rolo e de soltar os seus selos? ’"

A palavra eu•ag•ge•lí•zo•mai significa "declarar boas novas". Palavras

aparentadas são: di•ag•gél•lo, "divulgar; notificar; declarar" ) e ka•tag•gél•lo, "publicar;

falar a respeito; proclamar; propalar".

Então, o que é pregação? A pregação, toda a pregação, é constituída de quatro

coisas:

1. É proclamar a mensagem dada pelo Rei (kerusso). Isto nos fala sobre a fonte da

mensagem e a autoridade que a acompanha.

2. É anunciar boas-novas (euangelizo). Isto nos fala sobre a qualidade da

mensagem e o espírito com que ela é apresentada.

3. É dar testemunho dos fatos (martureo). Isto nos fala sobre a natureza da

mensagem e a base na qual ela está construída.

4. É um esclarecimento das implicações da mensagem (didasko). Isto nos fala

sobre o alvo da mensagem (a consciência do ouvinte) e a medida do seu sucesso (ela

muda a vida de alguém?).

1 Steven J. LAWSON. A Arte Expositiva de João Calvino. Vol. 2, p. 38.

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3. EXATIDÃO EXEGÉTICA

Nossa tarefa é clara: temos de usar os lábios para explicar e proclamar a Palavra

de Deus, aplicando-a à consciência e vida das pessoas que nos ouvem. Mas, onde

encontramos a Palavra de Deus? Tudo o que Deus tem a dizer aos homens e mulheres foi

escrito nas palavras e sentenças que constituem a Bíblia. Essas palavras e sentenças

possuem um significado intencional.

Portanto, nada — nada mesmo — pode ser mais importante do que conhecer o

significado correto. O estudo que revela o significado intencional das palavras e sentenças

da Bíblia chama-se exegese. Não haverá um pregador verdadeiro, se tudo o que este

disser não estiver fundamentado em exatidão exegética.

“Pecamos quando pregamos aquilo que achamos que as Escrituras afirmam, e não pregamos o seu verdadeiro significado. Também pecamos quando pregamos os pensamentos que a Palavra desperta em nosso intelecto e não aquilo que a Palavra realmente declara. Um arauto é um traidor, se não transmite exatamente o que o Rei diz. Quem ousará colocar-se diante de uma congregação e proclamar: “Assim diz o Senhor”, afirmando em seguida, no nome do Senhor, aquilo que Ele não disse? Precisamos enfatizar novamente: na pregação, não existe nada — nada mesmo — que seja mais importante do que a exatidão exegética.”

2

Os dez passos didáticos expostos a seguir o ajudarão a exercer e desenvolver a

arte da exegese bíblica:

1. Leia o texto em voz alta e em espírito de oração várias vezes (o grande pregador Dr. Campbell Morgan costumava ler pelo menos 50 vezes a passagem que ia expor), comparando-o com versões bíblicas diferentes para obter uma maior compreensão de seu conteúdo.

2. Reproduza o texto com suas próprias palavras, sem olhar na Bíblia, para verificar se realmente entendeu o conteúdo (Bezzel memorizava todos os textos sobre os quais pregava).

3. Observe o contexto imediato e o remoto (veja pp. 38ss.).

4. Verifique a forma literária do texto (história, milagre, parábola, ensino, advertência, promessa, profecia, testemunho, oração, introdução etc.) e tente estruturá-lo (e. g., Ef 1.1-2; 15-23; Lc 4.38-39).

5. Determine o significado exato de cada palavra básica, com sua origem e seu uso pelo autor e no restante do testemunho bíblico (e. g., Rm 3.21-31; 5.1).

6. Anote peculiaridades do texto (palavras que se repetem, contrastes, seqüências, conclusões, perguntas, teses) e faça uma comparação sinótica, caso o texto pertença aos evangelhos (veja pp. 35-36).

7. Pesquise as circunstâncias históricas e culturais (época, país, povo, costumes, tradição; e. g., Ap 19.15).

8. Elabore as mensagens de cada versículo ou termo principal por meio de versículos paralelos (em palavras e assuntos), de seu núcleo, de sua relação com a história da salvação, de perguntas didáticas (quem, o que, por que etc.) e de comentários bíblicos, léxicos, dicionários e manuais bíblicos (e. g., Mt 12.38-42).

9. Estruture o texto conforme seu conteúdo principal e organizador e suas seções secundárias (e. g., Lc 19.1-10).

2 Stuart OLYOTT. Pregação Pura e Simples. Vol. 1, p. 29.

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10. Resuma o trabalho exegético feito até este ponto com a frase: O assunto mais importante deste texto é...

4. DEFINIÇÃO DE HOMILÉTICA

O termo Homilética é derivado do Grego "HOMILOS" o que significa, multidão

assembleia do povo, derivando assim outro termo, "HOMILIA" ou pequeno discurso do

verbo "OMILEU" conversar.

O termo Grego "HOMILIA" significa um discurso com a finalidade de Convencer e

agradar. Portanto, Homilética significa "A arte de pregar".

A arte de falar em público nasceu na Grécia antiga com o nome de Retórica. O

cristianismo passou a usar esta arte como meio da pregação, que no século 17 passou a

ser chamada de Homilética.3

5. PRINCIPAIS TIPOS DE SERMÃO

De forma geral, os sermões são classificados como: Temático, Textual e Expositivo.

Definições:

SERMÃO TEMÁTICO

“Sermão temático é aquele cujas divisões principais derivam do tema,

independentemente do texto.”4

Bem, o que entendemos desta definição, é que o sermão temático gira em torno de

um tema, e não requer um texto base para a mensagem.

As divisões principais sairão a partir da escolha do tema da mensagem. Apesar de

não ter um texto base, suas divisões deverão ter o apoio da Palavra de Deus. Cada divisão

estará embasada em um ou mais versículos da Bíblia.

EXEMPLO DE SERMÃO TEMÁTICO

Título: QUANDO CRISTO MARCA A NOSSA VIDA.

I – Nos tornamos adoradores verdadeiros. (João 4.23)

II – Vivemos uma vida de Fidelidade ao Senhor. (Gálatas 5.22,23)

III – Influenciamos as vidas que estão ao nosso redor. (Romanos 13.13,14)

IV – Passamos a ter uma vida de aventuras com Deus. (Atos 1.8)

Note bem que nesse caso todas as verdades que foram apresentadas giraram em

torno do Tema, e a partir desse tema as verdades foram sendo construídas e tendo como

amparo os textos bíblicos concernentes.

3 SOLA ESCRIPTURA. Ev. José Ferraz. Disponível em http://solascriptura-tt.org/Ide/Homiletica-JoseFerraz.htm

4 BRAGA, James. Como Preparar Mensagens Bíblicas. Vol. 11, p. 17.

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É imprescindível que ao elaborar um sermão temático, o pregador esteja

trabalhando minuciosamente o contexto de cada versículo a ser usados nas verdades

apresentadas. Isto, para não acontecer de se usar versículo fora de contexto e assim forçar

a aplicação dos versículos nas verdades que estarão sendo apresentadas. O pregador ao

elaborar a mensagem deverá estar envolvido com a oração e atento para não errar ao usar

os versículos que estarão dando amparo à sua argumentação.

SERMÃO TEXTUAL

Sermão Textual é aquele em que as divisões principais são derivadas de um texto

constituído de uma breve porção da Bíblia. Cada uma dessas divisões é usada como uma

linha de sugestão e o texto fornece o tema do sermão.

No sermão textual, temos o texto como base para as divisões principais da

mensagem. Todo o esboço principal está baseado estritamente no texto. Não há um

padrão homilético para a quantidade de versículos, contudo, normalmente no sermão

textual o número de versículos é bem pequeno. Caso seja muito maior o texto, fatalmente

esse sermão estará sendo enquadrado num outro tipo de sermão que estaremos

abordando posteriormente chamado de “Sermão Expositivo”.

As divisões principais são derivadas do texto, que também fornece o tema.

EXEMPLO DE SERMÃO TEXTUAL

Título: JESUS O NOSSO SUMO SACERDOTE

Texto: Hebreus 4.14-16

I – Temos um Sumo Sacerdote. (v.14)

II – Temos um Sumo Sacerdote, que se compadece das nossas fraquezas. (v.15)

III – Temos um Sumo Sacerdote, que intercede por nós junto a Deus. (v.16)

Observe que todas as divisões foram extraídas do próprio texto. Por isso esse tipo

de sermão recebe o nome de textual.

SERMÃO EXPOSITIVO

O sermão expositivo é aquele em que uma porção mais ou menos extensa da

Escritura é interpretada em relação a um Tema ou assunto. A maior parte do material

desse tipo de sermão provém diretamente da passagem, e o esboço consiste em uma série

de ideias progressivas que gira em torno de uma ideia principal.

O sermão está baseado em uma porção que de acordo com James Braga terá um

mínimo de quatro versículos, contudo, sem limites para o número máximo de versículos.

No sermão expositivo, o tema é tirado de vários versículos, o que o difere dos

sermões textual e temático no qual a avaliação está restrita a poucos versículos.

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No sermão expositivo, tanto as divisões, como as subdivisões, estão todas

estritamente ligadas a passagem bíblica. Deve haver uma explanação minuciosa

observando os detalhes e de forma progressiva e ligada ao tema, trazer luz ao significado

do texto bíblico, aplicando a mensagem aos dias de hoje.

EXEMPLOS DE SERMÃO EXPOSITIVO

Efésios 6.10-18

Título: “A BOA LUTA DA FÉ”

Assunto: ASPECTOS RELACIONADOS COM A GUERRA ESPIRITUAL DO

CRENTE.

I – A Moral do crente. Vv 10-14 a 6

1- Deve ser elevada. V.10

2- Deve ser firme. Vv 11-14 a

II – A Armadura do crente. Vv 14-17

1- Deve ter caráter defensivo. Vv 14-17 a

2- Deve ter caráter ofensivo. V 17b

III – A Vida de Oração do crente. V.18

1- Deve ser persistente. V.18

2- Deve ser intercessora. V.18b

6. A ESTRUTURA DA MENSAGEM

Estaremos à partir de agora abordando alguns pontos concernentes à estrutura da

mensagem. É importante que o sermão tenha uma estrutura, afim de que o pregador não

se perca em sua mensagem e alcance os seus objetivos propostos. É importante que o

sermão seja elaborado de forma clara e progressiva facilitando assim a compreensão dos

ouvintes. Eles precisam entender a mensagem principal que está sendo abordada e os

aspectos concernentes a esta mensagem.

Segue um formato de esboço:

Tema ____________________________________________________

Título _____________________________________________________

Texto _____________________________________________________

Introdução _________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

Proposição _________________________________________________

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Sentença Afirmativa ou Afirmação Teológica_________________________________

Sentença interrogativa ________________________________________

Sentença de transição ________________________________________

I – Primeira divisão principal ____________________________________

a. Primeira subdivisão ____________________________________

b. Segunda subdivisão ____________________________________

Ilustração_____________________________________________

Transição ______________________________________________

II – Segunda divisão principal ____________________________________

a. Primeira subdivisão _____________________________________

b. Segunda subdivisão ____________________________________

Ilustração_____________________________________________

Transição ______________________________________________

III – Terceira divisão principal ____________________________________

a. Primeira subdivisão _____________________________________

b. Segunda subdivisão ____________________________________

Ilustração_____________________________________________

Transição ______________________________________________

Conclusão

_____________________________________________________

_____________________________________________________

7. O TÍTULO DA MENSAGEM

No preparo do sermão, normalmente se prepara o título no final. Isto, porque antes

procura-se preparar primeiro a PROPOSIÇÃO e o ESBOÇO PRINCIPAL.

Assunto, tema e título, como defini-los? Bem, o assunto ou o tema é aquilo que

forma a base para a nossa discussão ou estudo. Ele pode ter uma abrangência grande ou

estar estritamente ligado ou limitado a uma área de estudo.

Você pode estar tratando do tema “graça”, contudo especificamente falando de um

de seus aspectos como por exemplo: o significado da graça, os efeitos da graça, a

manifestação da graça ou outros.

Assim, o título é um embelezamento do assunto. Por exemplo: se o tema for

Condições para o crescimento na graça, o Título do sermão a ser anunciado no boletim ou

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informativo da igreja, pode ser: “Como crescer na Graça” ou “Amadurecendo na estatura

Espiritual”.

Princípios para a preparação de títulos:

1- O título deve ser pertinente ao texto ou à mensagem.

2- O título deve ser interessante.

3- O título deve estar de acordo com a dignidade do público.

4- O título, em geral deve ser breve.

5- o título pode vir em forma de afirmação, interrogação ou exclamação.

6- O título pode consistir em uma frase seguida de uma pergunta.

7- O título pode, às vezes, aparecer na forma de um sujeito composto.

8. INTRODUÇÃO DA MENSAGEM

Da mesma forma que o título, a introdução também é preparada no final da

mensagem, isto, porque após concluir o esboço do sermão, é que o ministro estará

pensando em uma boa introdução para a sua mensagem.

Assim, introdução é o processo pelo qual o pregador procurar preparar a mente

dos ouvintes e prender-lhes o interesse na mensagem que vai proclamar.

Ele também afirma que a introdução tem como objetivo dois pontos fundamentais:

1- Conquistar a boa vontade dos ouvintes.

2- Despertar interesse pelo tema.

Alguns princípios para a preparação da introdução:

1- Em geral, deve ser breve.

2- Deve ser interessante.

3- Deve levar à ideia dominante ou ponto principal da mensagem.

4- Deve consistir em poucas e breves sentenças ou frases, e cada ideia deve ocupar.

9. A PROPOSIÇÃO

Definição:

Proposição é uma declaração simples do assunto que o pregador se propõe

apresentar, desenvolver, provar ou explicar. Em outras palavras, é uma afirmativa da

principal lição espiritual ou da verdade eterna do sermão, reduzida a uma sentença

declarativa.

É classificada também de tese, grande ideia, ideia homilética ou sentença do

assunto ou tema.

Consiste numa afirmativa clara da verdade fundamental, eterna e de aplicação

universal.

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Algumas verdades eternas:

A palavra de Deus é o alimento do crente.

O pecado gera morte.

Jesus é a verdade que liberta o homem do pecado.

A proposição é importante, pois é o aspecto mais essencial na preparação do

sermão. Isto é evidenciado por dois motivos principais:

1- A proposição é o fundamento de toda a estrutura do sermão.

2- A proposição indica claramente o rumo que o sermão deve tomar.

Para se desenvolver a proposição, alguns pontos importantes devem ser

observados:

1- Uma avaliação completa da passagem, pelo crivo exegético. É imprescindível

que se avalie exegeticamente a passagem para que a exposição da mesma seja correta e

fiel.

2- Apresentação da “ideia exegética”. Esse termo foi desenvolvido por Haddon W.

Robinson, que expande a ideia do que normalmente é chamado de tema ou assunto.

Alguns princípios para a formulação da proposição:

1- A proposição deve expressar, numa sentença completa, a ideia principal ou

essencial do sermão. Para se ter uma sentença completa, é importante que a mesma tenha

dois elementos essenciais: um sujeito e um predicado. O sujeito é a coisa da qual

estaremos falando, o predicado é o que vamos dizer do sujeito. Ex.: “A segunda vinda de

Cristo é a esperança dos crentes que sofrem.”

2- A proposição deve se uma sentença declarativa. “Isto significa que a tese, ou

sentença do assunto, deve ser uma afirmativa explícita e positiva, não negativa.”

3- Proposição deve ser uma verdade eterna, em geral formulada no tempo

presente.

4- A proposição deve ser formulada com simplicidade e clareza.

5- A proposição deve ser a afirmação de uma verdade vital.

6- A proposição deve ser específica.

7- A proposição deve ser apresentada tão concisamente quanto possível, sem a

perda da clareza.

Relacionando a proposição às divisões principais.

Normalmente a proposição aparece ligada ao sermão por uma pergunta, seguida

de uma frase de transição.

Para se ligar a proposição aos pontos principais do sermão, pode se usar qualquer

um dos cinco advérbios interrogativos: porque, como, o que, quando e onde.

Eis a sequência do esboço:

Proposição:

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Oração Interrogativa:

Oração de Transição:

Normalmente na oração de transição o pregador estará usando também de um

importante recurso homilético que é a palavra-chave, que estará presente nas divisões

principais do sermão.

Exemplo extraído do livro “Como Preparar Mensagens Bíblicas”.

Título: “A VIDA DE DEPENDÊNCIA

Proposição: A vida cristã é uma vida de constante dependência.

Oração Interrogativa: Por que a vida cristã é de constante dependência?

Oração de Transição: Vários são os motivos pelos quais podemos dizer que a vida

Cristã é de constante dependência.

I – Dependemos de Cristo para a Salvação. (Tito 3.5)

II – Dependemos constantemente da Palavra de Deus para o Crescimento

espiritual.

(I Pedro 2.2)

III – Dependemos constantemente da Oração para o poder espiritual. (Tiago 5.16)

IV – Dependemos constantemente de comunhão para o estímulo mútuo. (I João

1.3)

Observe que na oração de transição foi usada uma palavra-chave “dependência”

que ficou fortemente marcada em todas as divisões principais do sermão com a expressão

“dependemos...” Esse recurso ajuda o ouvinte a compreender e fixar melhor a mensagem

que está sendo ministrada.

A proposição é composta de três elementos: Afirmação Teológica (AT) ou

Sentença Afirmativa (SA), Sentença de Transição (ST) e Palavra Chave (PC).

Afirmação Teológica (AT) ou Sentença Afirmativa (SA) – É a verdade central

que se pretende comunicar ou demonstrar a partir de um texto bíblico.

Sentença de Transição (ST) – É a conexão entre a Afirmação Teológica e as

divisões do sermão.

Palavra Chave (PC) – É sempre um substantivo plural que vai determinar o

enunciado das divisões.5

Também podemos dizer que a proposição bíblica é a apresentação, explicação e

desenvolvimento das grandes idéias doutrinárias, éticas e espirituais das Sagradas

Escrituras, de maneira simples e convincente, que estimule o ouvinte a aceitá-las e aplicá-

las em sua vida.6

LISTA DE PALAVRAS CHAVES

5 HOMILÉTICA. Pr. Ronaldo Guedes Beserra. Disponível em https://cristianismototal.wordpress.com/homiletica/

6 REIFLER, Hans Ulrich. Pregação ao Alcance de Todos. p. 73.

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10. AS DIVISÕES

As divisões são as verdades que se quer apresentar no sermão, e que são

organizadas de forma progressiva e distinta, contribuindo para se chegar à ideia dominante

da mensagem.

Um sermão bem elaborado, bem dividido, sem dúvida contribuirá:

* Para com a exposição do pregador.

* Ajudará para que o ouvinte tenha uma boa compreensão da mensagem.

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Pontos importantes acerca das divisões:

* Devem estar em consonância com o tema e proposição.

* Devem ser distintas.

* Devem ser organizadas de forma progressiva.

* Não precisam seguir a ordem do texto.

Palavra-chave ou frase

A palavra ou frase chave é a expressão que será usada pelo pregador em cada

uma das divisões. Como já foi mencionado anteriormente sem dúvida estará ajudando na

compreensão dos ouvintes.

Transições

Ao apresentar a discussão de uma divisão, subdivisão, introdução e conclusão, o

pregador precisará sempre ao sair de uma parte para a outra, fazer uma transição, que

chamamos de oração de transição. É nesse momento que o ouvinte percebe claramente

que o pregador estará passando de uma parte para a outra do sermão. Essa transição

deve ser suave, objetiva e levar o ouvinte à expectativa do novo ponto que será abordado a

seguir.

11. AS SUBDIVISÕES

As subdivisões quando necessárias aparecem para ajudar o pregador a expor de

forma mais clara o sermão e o ouvinte compreendê-lo melhor. Elas são derivadas das

divisões principais e obedecem a proposta das mesmas.

Apesar das subdivisões aparecerem no esboço, o pregador não deve enunciá-las

no decorrer do sermão. Isto traria aos ouvintes a possibilidade de confundi-las com as

divisões. Elas servem de guia para o pregador no decorrer do discurso. Deve mencioná-las

somente em extremas necessidades, em casos que seriam raríssimos.

Como acontece nas divisões principais, as subdivisões não precisam seguir a

ordem do texto.

12. ILUSTRAÇÃO

Ilustrar é “lançar luzes” sobre um assunto ou ideia. Ilustração são palavras ou combinação

de palavras que tem como objetivo criar imagens mentais da verdade em destaque.7 É

fazer uma comparação com a ideia do ponto.

7 Nilson COCOLETE. Apostila de Homilética. p. 20.

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Materiais para a ilustração:

• A Bíblia.

• Literatura: (Comentários, revistas de EBD, livros evangélicos...)

• Outros (Literatura comum e outros...)

• Experiência pessoal do pregador.

• Observação do mundo que nos cerca.

• Usar a própria mente.

• Histórias fictícias.

13. A APLICAÇÃO

Na aplicação, as verdades contidas na mensagem são aplicadas na vida do

pregador e ouvintes. A aplicação traz a verdade direta ao indivíduo, persuadindo-o a reagir

de modo favorável.

Normalmente a aplicação acontece a cada vez que a verdade bíblica é

apresentada.

Requisitos indispensáveis para o pregador que quer fazer uso da aplicação eficaz:

• Deve viver em comunhão com Deus.

• Deve possuir boa educação formal.

• Deve ter compreensão da natureza humana.

• Deve conhecer as condições e interesses dos membros da congregação.

• Deve falar com naturalidade.

• Deve depender inteiramente da operação do Espírito Santo.

14. A CONCLUSÃO DO SERMÃO

Existem várias formas de se concluir um sermão. Pela praticidade, adotamos a

forma da RECAPITULAÇÃO. Nela o pregador faz uma breve recapitulação das verdades

que foram apresentadas. Nesta apresentação o pregador estará preparando os ouvintes

para o impulso final. Normalmente o pregador não usa as mesmas palavras das divisões

principais, mas usa afirmações concisas e incisivas para expressá-lo.

Por fim encerra com ênfase na ideia principal do sermão.

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BIBLIOGRAFIA

WIKIPÉDIA. Pregação. Disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Prega%C3%A7%C3%A3o . Acesso em: 22 de setembro de

2014.

BRAGA, James. Como Preparar Mensagens Bíblicas. Vol. 11. São Paulo – SP: Ed. Vida,

1997.

SOLA ESCRIPTURA. Homilética – Ev. José Ferraz. Disponível em: http://solascriptura-

tt.org/Ide/Homiletica-JoseFerraz.htm

OLYOTT, Stuart. Pregação Pura e Simples. Vol. 1. São Paulo – SP: Ed. Vida Nova, 1990.

CARMO, Waldyr Silva do. Apostila – Curso Para Pregadores. Laje do Moriaé – RJ, 2007.

COCOLETE, Nilson. Apostila – Homilética. Cascavel – PR, 2012.

REIFLER, Hans Ulrich. Pregação ao Alcance de Todos. São Paulo – SP: Ed. Vida Nova,

1991.

HOMILÉTICA. Pr. Ronaldo Guedes Beserra. Disponível em:

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