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I Depois do escandaloso empréstimo à 1T&T e da vergonhosa negociata com a Bcntl and Share . esteve em Washington a Mlssáo San Tiago Dantas, com novas concessões no bornal e com o pires na mào. Feito um acordo, mesquinho do ponto de vista da "ajuda" tm dólares, ficou claro que o governo Ianque procura manter as rédeas curtas. Quer conservar nosso pais numa situação de permanentes dificuldades cambiais. Espera, assim, manter a depen- déncia a que o governo brasileiro, ne**r ler- reno, se submete, assegurar a continuação da atual política econômica e financeira, garantir o cumprimento das promessas lei- ias pela Missão Dantas e obter outras \an- tagens. estão para chegar os represei.- tantes do KM. 1.. pa?a novos "entendi- mentos". iDiga-se, entre parentes,!*, que; o "exame" que esses senhores vem laser em nossa situação interna, como um perito examina, em nome dos credores, a contH- billdade de uma empresa falida ou em concordata, constitui atentado ã nossa so- berania e insulto à dignidade de nosso povo, que deve repelir com vigor semelhante afronta, não permitindo que ela se con- crcUae i. Na mesma Unha de acentuadas contes- soes às exigências do imperialismo e da rea- ção, o sr. João Ooulart tira de seu gabinete alguns auxiliares imediatos, considerados homens de esquerda ou comunistas, e toma medidas contra a realização do Congresso Continental de Solidariedade a Cuba. Ao mesmo tempo, estreita sua aliança com os reacionários do PSD e afasta os elementos mais radicais do PTB. As conseqüências dessa política, de con- ciUaçfco com o imperialismo t a reação de concessões mais acentuadas, Mttnin.K ca- da m mais tridentes. Ate março, 0 custo gwtodo, no ano passado, tinha subido 1%. ZJ.. ,Sí,.TlÍ5nalJ)reTla um »umenU) de apana* 38% até o fias 1M3... S*torM «o comercio da in^trla sofremThtlpa* to da restrição de.créditos. Começam dia- pensas em massa de operário*. Por outro ¦,*^Z?h* d!T »»mafião. no terreno 'BSSffi* e noJ*r»no político. w* «'«rnwrtnho contrário aos interes- sea de nosso povo. Os problemas essenciais, KfiSiífí?íímf8'de b*8e* continuam sem aolução. Ho Parlamento, os conchavos com o PBD levam a oue até. mesmo o projeto de reforma agraria apresentado pelo Go- verno. merecedor de muitos reparos para atender as exigências das massas campo- "T*.? Io ««J1»1'0 **a Nação, eateja ames- çado de tornar-se ainda pior, transformai!- do-se num simples Instrumento de enrique- cimento dos próprios latifundiários, e as grandes massas trabalhadoras enfrentam condições de vida rada ve/. mala penosas. Mas essa e uma face apenas da moeda. Porque também e certo que se elevam a tendem a intensificar-se - as lutas con- tra essa slliuçá.. r pela exlKénrla de solu- çào efetiva para os problemas nacionais, pela realização das reformas de base. Aa forças nacionalistas c democrátlras se for- talecem e avançam. Os último» acontecimentos, que atingi- ram e alcançaram seu ponto critico na área politieo-mllttar. correspondem a uma ten- tatlva do sr. João Ooulart de alterar o sla- tema de força» em que vem se apoiando iiie-at-ora. Em (pie sentido? No sentido de Isolar os setores mais combativos do mo» vimento nacionalista e democrático, dlvl- dlndo-o e enfraquecendo-o. e de montar um sistema de forças dito "centrista" mu j cuja coloração direitista e reacionária sur- ge evidente. O passo principal constituía ' em golpear os elementos patrióticos das Força.s Armadas, em primeiro lugar o ge- neral Osvino Alves, montando outro "dis- positivo", apoiado principalmente no gene- ral Kruel. de conhecida formação reaclo- narla e dc náo menos eonhn-ldas ligações com a gorllagem civil e militar. E isto. com que objetivo? Com o objetivo de conter as lutas de massas, de barrar o avanço daa forças popular.es e progressistas e assegu- rar condições para aplicação da atual po- litica económico-flnaneelra, para as conces- soes ao imperialismo e á reação, para o engodo de "reformas" que mantenham In- tocados os privilégios do latifúndio e dos monopólios norte-americanos. Em poucas palavras: com o objetivo de prosseguir con- ciltando com os Inimigos de nosso povo. agora através de compromissos acentuada- mente- mais danosos. Aa manobras reacionárias, embora apre- sentadas eomo um golpe no «Jtragorlla Lacerda, náo iludiram a vigilância dos se- tores asais eoneeqüentea da tnate únlea. A resistência do general Osvino Aires e a atuação do movimento -Indicai, através do COT, foram fatores decisivos m deebara- tamento daa manobras.. > J^j-^*****0. continua é Urá »•- crudeaoer. -a«Sa»>-«* sot&o aeeeoairlo «oe mala articuladas, órganíaadas é unidas áè forçai nacionallíUs é democráticas ae mo- billsem e atuem. A «çào concreta das mM- sas, pelas suas reivindicações imediatas, pela realização das reformas de base em defesa das liberdades democráticas contra a política de conciliação do governo con- tra qualquer gorllada, não apenas impe- dirá que a vida política do Paia sofra um retrocesso, mas fará com que avance de acordo com os interesses de nosso novo e da Nação. Reforma Querem ^staeíros Sargento Agrária: Acabar Sonegam raria: Garcia: Gomo Caminhão Açúcar: Kruel e Deve Ser Fenemê Denúncia Golpista Artifo de Lindolpho Silva, na 4* página , Optfirfoi da FNM dMimeiam, MKlághia _ ^¦.'kém.yJò i .i¦ ¦:¦•¦•- '.-.' ¦ •-.-,- ,.* jjMgnvi ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^BBÊ^B^gÈMMmMÊMÊ^MÊm^^^^^^^^^^mmmmmm^—^^ CGT HHi^Hni -"" de Fato I^Wjg^g^gS^-;w< 1 ^^^-Wàmi^miM ¦¦0MÈri?^'-m_í'l______MMMM HL.-^ Mm eigB:^*ilWÊfÊzli*mÈ Wmm Í1PXmWàa^^lfilMiM \M%__jmwÈm\wmHH^t» I..*i WmWmZm ^^ ^^á™\WmmWÈmWÊM mw: .(¦'" \ -; * , *?*Mm'm\Wim 5 0umwLw:.^--:ÍMmrmm\mW^Mkmm1i-}^m-V^y--.'¦'"•'¦ \\__\W -"' fl I 0Mm-^lM™wWMM»c*M M^mr rM Mm%mumf^A': :-*rMMMm\ ¦ MWm æmWymsi%>Çtz___tBelsa geSB.",^'9M Hí'^^1 WÉiÉm ió'i$%Àwm ^kk-'- "Wí%, ¦ MMK&fVfMmMrvtümm M<ww m~ ¦¦ ¦ Mmmm. 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MmMÊm^ m mÈ ^mmmuum^ - marxists.org · e de montar um sistema de forças dito "centrista" mu j cuja coloração direitista e reacionária sur- ... te. para suprir uma nccessl-dade,

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Acentuaram-se. nos últimos metes, ucimcessóes do governo do sr. Joio Ooulartao imperialismo e à reação, rol aprovado oPiano Trienal. acolhido com "nlmpatla" peloP. M. I Depois do escandaloso empréstimoà 1T&T e da vergonhosa negociata com aBcntl and Share . esteve em Washingtona Mlssáo San Tiago Dantas, com novasconcessões no bornal e com o pires na mào.Feito um acordo, mesquinho do ponto devista da "ajuda" tm dólares, ficou claroque o governo Ianque procura manter asrédeas curtas. Quer conservar nosso paisnuma situação de permanentes dificuldadescambiais. Espera, assim, manter a depen-déncia a que o governo brasileiro, ne**r ler-

reno, se submete, assegurar a continuaçãoda atual política econômica e financeira,garantir o cumprimento das promessas lei-ias pela Missão Dantas e obter outras \an-tagens. Já estão para chegar os represei.-tantes do KM. 1.. pa?a novos "entendi-mentos". iDiga-se, entre parentes,!*, que; o"exame" que esses senhores vem laser emnossa situação interna, como um peritoexamina, em nome dos credores, a contH-billdade de uma empresa falida ou emconcordata, constitui atentado ã nossa so-berania e insulto à dignidade de nosso povo,que deve repelir com vigor semelhanteafronta, não permitindo que ela se con-crcUae i.

Na mesma Unha de acentuadas contes-soes às exigências do imperialismo e da rea-ção, o sr. João Ooulart tira de seu gabinetealguns auxiliares imediatos, consideradoshomens de esquerda ou comunistas, e tomamedidas contra a realização do CongressoContinental de Solidariedade a Cuba. Aomesmo tempo, estreita sua aliança com osreacionários do PSD e afasta os elementosmais radicais do PTB.

As conseqüências dessa política, de con-ciUaçfco com o imperialismo t a reação deconcessões mais acentuadas, Mttnin.K ca-da m mais tridentes. Ate março, 0 custo

gwtodo, no ano passado, tinha subido 1%.ZJ.. ,Sí,.TlÍ5nalJ)reTla um »umenU) deapana* 38% até o fias 4» 1M3... S*torM «ocomercio • da in^trla Já sofremThtlpa*to da restrição de.créditos. Começam dia-pensas em massa de operário*. Por outro

¦,*^Z?h* d!T »»mafião. no terreno'BSSffi* e noJ*r»no político.w* «'«rnwrtnho contrário aos interes-sea de nosso povo. Os problemas essenciais,KfiSiífí?íímf8'de b*8e* continuam semaolução. Ho Parlamento, os conchavos como PBD levam a oue até. mesmo o projetode reforma agraria apresentado pelo Go-verno. merecedor de muitos reparos paraatender as exigências das massas campo-"T*.? Io ««J1»1'0 **a Nação, eateja ames-çado de tornar-se ainda pior, transformai!-

do-se num simples Instrumento de enrique-cimento dos próprios latifundiários, e asgrandes massas trabalhadoras enfrentamcondições de vida rada ve/. mala penosas.Mas essa e uma face apenas da moeda.Porque também e certo que se elevam — atendem a intensificar-se - as lutas con-tra essa slliuçá.. r pela exlKénrla de solu-çào efetiva para os problemas nacionais,pela realização das reformas de base. Aaforças nacionalistas c democrátlras se for-talecem e avançam.

Os último» acontecimentos, que atingi-ram e alcançaram seu ponto critico na áreapolitieo-mllttar. correspondem a uma ten-tatlva do sr. João Ooulart de alterar o sla-tema de força» em que vem se apoiandoiiie-at-ora. Em (pie sentido? No sentido deIsolar os setores mais combativos do mo»vimento nacionalista e democrático, dlvl-dlndo-o e enfraquecendo-o. e de montarum sistema de forças dito "centrista" mu jcuja coloração direitista e reacionária sur-ge evidente. O passo principal constituía 'em golpear os elementos patrióticos dasForça.s Armadas, em primeiro lugar o ge-neral Osvino Alves, montando outro "dis-positivo", apoiado principalmente no gene-ral Kruel. de conhecida formação reaclo-narla e dc náo menos eonhn-ldas ligaçõescom a gorllagem civil e militar. E isto. comque objetivo? Com o objetivo de conter aslutas de massas, de barrar o avanço daaforças popular.es e progressistas e assegu-rar condições para aplicação da atual po-litica económico-flnaneelra, para as conces-soes ao imperialismo e á reação, para oengodo de "reformas" que mantenham In-tocados os privilégios do latifúndio e dosmonopólios norte-americanos. Em poucaspalavras: com o objetivo de prosseguir con-ciltando com os Inimigos de nosso povo. jáagora através de compromissos acentuada-mente- mais danosos.

Aa manobras reacionárias, embora apre-sentadas eomo um golpe no «JtragorllaLacerda, náo iludiram a vigilância dos se-tores asais eoneeqüentea da tnate únlea.A resistência do general Osvino Aires e aatuação do movimento -Indicai, através doCOT, foram fatores decisivos m deebara-tamento daa manobras. .> J^j-^*****0. continua é Urá »•-crudeaoer. -a«Sa»>-«* sot&o aeeeoairlo «oemala articuladas, órganíaadas é unidas áèforçai nacionallíUs é democráticas ae mo-billsem e atuem. A «çào concreta das mM-sas, pelas suas reivindicações imediatas,

pela realização das reformas de base emdefesa das liberdades democráticas contraa política de conciliação do governo con-tra qualquer gorllada, não apenas impe-dirá que a vida política do Paia sofra umretrocesso, mas fará com que avance deacordo com os interesses de nosso novo eda Nação.

Reforma Querem ^staeíros SargentoAgrária: Acabar Sonegamraria: Garcia:Gomo Caminhão Açúcar: Kruel eDeve Ser Fenemê Denúncia Golpista

Artifo de Lindolpho Silva,na 4* página ,

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Artigo deIgor Moísseiev,na 5* página

Ferroviários:

Manifesto

Sobre a Crise

DireitoLeia na 7» página

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firttfra naV página

AGUARDE

NOVOS RUMOSEDIÇÃO DE MINAS GERAIS

DIÀ^TTJÉTVBRIL

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n. I NOVOS RUMOS «o dt Jomíi», mimm dt 12 • II és obA és1HI —

Trustes Querem AcabarCom o Caminhão Fenemê

MULHERES PROTESTAM CONTRA FALTADE AÇÚCAR: PUNIÇÃO PARA OS SONEGADORES

"Funcionando prêiliamen.ie apenas Mis meses porann. e em regime de com-pletv csos Administrativo aFábrica Nacional de Moto.Me eelA ameaçada de um »<*¦rio colapso em suas atlvida-dos, o quo redundaria emgrande pr«*Julw para a eco-aomia nacional". A denúnrlsê de um grupo de operário»da empresa parnestntnl, naredaçáo de NR.

O CAOS"Quando assumiu a supe-rinu«ndrnrli» dn fábrica —

afirmam os trabalhadores —o dr. Aluisio li Peixoto eom-promcteutc a colocar a ad-mlnlsiraçfto em ordem. Pas-sado» muitos meses de suafest.lo,

verificamos que nâobem Isso o que vem ocor-rendo, a fábrica conta eomelnro mil o duzentos opera-rios. dog quais mais da me-tadr o constituída de buro-ermas. Quase diariamente édispensado um trabalhador,sendo freqüente, em con-trapartida, a admissão denovos burocratas".

A situação no setor In-dustrial é definida- pelos tra-balhadores como cômica: oscargo» mecânicos sio ocupa-dos por engenheiros civis;na mimutençâo de autoveícu-los atua um engenheiroezronomo; a Inspeção iam-biim é comandada por enge-nheiros civis; e o que me-me há é engenheiros me-cênicos e metalúrgicos.

PICAS «MORTAS»As dependências da fábrl-

aa sao um verdadeiro cerni-tério de peças InaproveltA-vels, paçae morta* na lln-guagem local. A êsse respei-to a comissão de operáriosrevela:"No dapósito "»" existemmUhOes de pecas mortasvMas de Sáo Paulo e da

W* • recebidas, como perfeitas pela inspeção. No íub-solo da fundição Jatem qua-tro mil e oltocentog eixos demanivela que Já vieram de-feltuoso» da Europa, HApoucos dins o superlnienden-te. para suprir uma nccessl-dade, mandou vir da Itáliacem cabeçotes. Desses, ape-nae trinta e sete foram «pro-voltados, tendo ficado claraque oe cabeçotes feitos nafabrica «Ao melhorei do quoç* Italiano», No palio <UPrefeitura de Duque de Cd-xla» estflo abandonadas de-senae de máquinas que vieram. há anos. dos BetadosUnidos. Outras, que chega-ram recentemente da Alemã-nha, estão enferrujando smBrasília. Contrastando com**"*• excessos, multas vêmtem acontecido a paralisa-çao de uma seção Inteira «urfalta de ferramenta. Algunasetores já pararam até paiaInexistência de um parafu-so, ou de um simples pre-go. Ainda na semana poeia-da a serralheria deixou defuncionar porque nâo haviacarbureto".

OPERÁRIOS NAOTÊM VEZ

"Nâo sio poucas, nem dehoje, as reivindicações dosoperários" - continuam oetrabalhadores."Quando assumiu a supe-rlntendêncla, o dr. Alul»lo B.Peixoto prometeu atende-la«. Como nenhuma provi,dência tomou neoie sentidorealizamos, dia % do corren-tt uma greve do advertên-cia. Foi o suficiente paraque «le no» recebesse amseu gabinete e reiterasse assuas promessas. Logo no diaseguinte, porém, começarama circular rumftre» de queo Superintendente seria afãs-tado. exatamente por terprometido lutar pelo nosso

reenquadramenio. Aliás, se-ria nsa a primeira medidaque o dr. Aluisio B, Peixototomaria em defesa dos ope-rários pois u aua atuaçãotem ildo até agora voltadaa criar dificuldades o restn-CMi ás atividade» da delega-çdn sindical da «mprêsa.

O diretor operário da íá-hrica ê um coronel do fcxór-cito, que atende pelo csqulsl-to nome de Futuro. Êsse te-nhor nflo pode ser tido pieci-somente como um represen-tante do» trabalhadores, jaque apenas no» tem preju-iiiatío. Ele o o mesmo quehá alguns ano» andava, nu-ma atitude própria de alça-gücte, de caderneta em pu-nho, anotando e denunclan-do operários que Incorres-sem eventualmente em algu*ma falha ou transgressão,por mais Insignificante queiâsse. As elelçOes para díre-tor-operárlo da companhianAo aponUram piòprlnmcn-te o coronel Futuro comovencedor: éle foi posto r.ocargo pelo ex-presidente Já-nio Quadros, que nâo reco-nheceu os direitos legítimosdo um nosso companheiroque havia sido escolhido pe-lo» trabalhadores".CASA: QUEM PAGAE QUEM TEM

Os operário» falam agorade sus» moradias, e das dealjjuns diretores da erhprê-sa:"Os trabalhadora» pagamatualmente nove mil e du-zentos cruzeiro» pelo alu-gtiél de uma casa .e doze milcruzeiros, quando »e trata deapartamentos. Ora, as casase apartamentos foram cons-truldos há dez anos. Desdeque nflo é finalidade da em-presa a exploração de alu-guéis. achamos que estes de-vem ser cobrados de acordocom o que foi gasto na con»-truçâo dos Imóveis.

O diretor Imobiliário, ge-nira! Batista Trtaetra, é nó-vo no cargo, ma» já é sabe-dor dêsie nosso ponto de vis-Ia, Esperamos que duranteii sou mandato nflo venhamocorrer coisas semelhsn-les au que houve quando erasuperintendente da FAbrlcaNacional de Motores o »».Amauri Todrosii, que cons-irulu, (ll/.so quo nu expoiisn.ilo ilrjiiiii.iiiíintu imobiliário.innrnvlllioK.i residência, aoque pareço em l*nranjeirns,na qiuil somente o port.lo deentrada foi orçado ai porvolta dos dois milhões decruzeiros".

CORRUPÇÃOTEM HISTÓRIA

A» admlnlitraçOes ente-rlore» da fábrica dos famo-so» camlnhOes FNM foramquase que sem exceção mar-cada» por um nada edifican-te suceder de escândalos enegociatas particularmentea do sr. Amauri Pedrota.

Contam os trabalhadoresalguns fatos da época: ."Havia uma fêlha de pa-gamento secreta. Dela cons-tavam. entre outros, um fl-lho do sr. Juracy Magalhães,um padre, que recebia 96mil cruzeiros mensais comodiretor sindical e que nun-ca pês os pês na fábrica, eum jornalista pertencenteao» quadros do vespertino"O Globo". Ao todo, a fêlhabeneficiava a desuseis ele-mentos. O coronel Futuro,que está há mais de quator-ze anoa na empresa era eo-nhecedor da Irregularidade.Como oficial do Exército eco-mo funcionário da fábrica oseu dever era o de levar taisfatoa ao conhecimento dogoverno e denunciá-los aosoperários.

Atualmente a folha de pa-f[emento

chega a cerca de60 milhões de eruaeiros,

quantia que deverá subir até174 milhões, com si despesasproveniente» do nono reen-t|ii»dr<imvmo. Mc»mo assim,¦ ¦ íjiin.io o que no» revelou oatual superintendente, a fá-lírica apresentará este anot.m lucro de 600 milhfle*. So••pesar da situação criticalaie atravessa, a empresa te-ra condições de declarar umMl siipfravif, que so poderá

Ijensar daa diretorias passa-das que sempre vieram a píi-bllco confessar prejuízos 7"O DEDO DAMERCEDES

O» camlnhOes FNM, produ-çáo básica da unidade Indus-iri.il. sáo reconhecidamenteos melhores. csüo feito»com requinte" - disse, comorgulho, um doa operários).Vencem, longe, na concor-renda comercial, seus com-petldores du emprêus ea-trangeiras, Mercedes Benz eScania Vabls. Por isso com-preendese o quanto intercs-sa a essas firmas allenlee -nas a criu que sufoca a Fá-brlca Nacional de Motoras.

Os trabalhadoras utâoconsclentu disso. Afirmam:"Forçar, através dos meiosde que dlspOem no Parla-mento, na Impraiua e emcertas áreas do poder execu-tlvo, o fechamento da fâbri-ca. nflo é o que utá no pia-no das companhias utran-geiras, pois isto provocariauma revolta popular de con-seqtlênctaa Imprevisíveis. Oque a Mercedes e a Scinlayabis pretendem ê a trans-formação da FMN em fábrl-ca de auttfpeças. Assim —pensam — evitariam seracusadas de dutrulr uma In-dúatria nacional e liquida-riam com uma Incômodaconcorrente oue vende umcaminhão melhor e mais po-pular por um preço algunsmllhOes de cruzeiro» maisbaixos".

Sargento Garcia DisseAos Metalúrgicos QueOen. Kruel é GololstoMoalSad» so bo oalor àot

Jwaaoa acontecimentos po-•tteps a IV Conlsrênela dosItabeáhadorae da Ouanaba-¦a adotou orno dedsOu «-.aais condenar o Plano Trie-Kl,

hriar pelas reformas dam a paus democrattaçAo

Aa Lei flettoral. Oa delega-ma. que entre os dia» 5 e »lotaram o grande auditóriodo Palácio do Metalúrgico,decidiram, ainda, dar plenoapoio à criação dn CentralÚnica dos Trabalhadora»,bem como às reformas dasWs trabalhistas e da previ-déncia tocial.

A sessão de encerramentovaleu como uma tomada deposição dos metalúrgico» ca-riocas lace ao momento po-litko nacional manifestando-ae o plenário contra at arti-eulações golpista», as cam-nanha» oontra o governadorMiguel Arraec e a posse detodos o» etettos a 3 de outu-bro.GUERRAAOS GORILAS

No discurso com que ho-menageou o» congressista»,o deputado Antônio. GarciaFilho, sargento do Exército,denunciou o atual ministroda guerra, general Kruel,ligado "aos grupos readonà-rios que há pouco tentaramgolpear o regime. Autorida-d*s do atual Governo ten-tam fazer do povo massa demanobra» para suas tramasgolpistas."

Sob os aplauso» dos meta-lúrgico» presente» e do gran.de número de rapresentan-te» de outro» sindicatos detrabalhadores, prosseguiu oparlamentar peteblsta pelaGuanabara:"Há três noite» nào riur-mo e todos sabem por que

NOVOSRUMOS

DiretorOrlando Bomfim Júnior

Olrator IxacutivoFrmaman Borges

Redator Chat*IMx GamtdMo

OtrtntaOMtiMíbwe Cavalcanti

RedaeSo: Av. Rio Branca,Mi 11* Mtdar e/ins

Tal.: 4t-1SM —- Gerência: Av . Rio Brasa*,

IS1 - »» andar K/N5SV0CR8AL OE MO FAIXO:Ba* IS m> Novembr», SS8

a* mmUt -r/sjjTal.: SS-OSSS —

SNwld \n*er*tki>«Novoasmtos»

ASSINATURA^(Somente a edlcfto semanal)

CrSAnual 100(1,00Scmcstiàl S00.U0Trimestral Í30.W

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Anual Semestral Trlmi-strnl .....Número avulso .Número atrasado

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¦08*0. Oi mipoa aasáa mm.2««árto. mTmmmi^SndTkjraato o governador dêste¦stado. vêm tentando de tê-das as maneira» dar um gol-pe de eoMeqflênsIra tmpra-visíveis. Ia liso nio bastas-j*. o próprio ministro daOuerra tentou, atada ra-centeraente, golpear o regi-me. Por tudo isso cnmpone-see, operário», estudante» eo povo fardado, o Exército,precisam fortalecer sua uni-dade para enfrentar essesgrupos de gorilas".

Depois de anunciar quena próxima semana eerárealiaado o oomieio «paradenunciar á Nação fatos qüeela precisa conhecer", odeputado Antônio Garcia Fi-lho oonelulu:"¦emente a nossa unida-de impedirá que o novo sejausado para manobras con-tra o regime. Só com a nos.sa unidade poderemos Im-plantar um regime autêntl-camente democrático e re-presentattro do povo. Náopoderemos assistir, impas-siveis, autoridades do atualOovêrno tentanro faaer dopovo apenas massa de ma-nobra para alcançar obje-tivos execusos , quo Interos-sam apenas a meia-dúziade indivíduos, dentro e fitado pais".HOMEMDESESPERADO

. "ti ornem lntrimquíio e de-assperado" foi como O depu-tado Benedito Cerquelraclamlfleou o governadorLacerda, que há poucas se-manas mandou seus poli-ciaig invadirem o Sindicatodos Metalúrgicos, de cujapresidência Cerquelra estálicenciado, para exercer seumandato parlamentar."Enviei de Brasília um te-legrama exigindo que o go-vernador retirasse seus po-licials da porta do sindica-to — afirmou em aeu dis-earso o deputado BeneditoOerqueira.

— Dias depois li em umjornal o texto de um tele-grama que o governador meenviara, em resposta aomeu, em que êle dhda queeu n&o representava os me-talúrglcos da Guanabara.Só depois disso tomei conhe-cimento de um telegramado governador com textototalmente diferente do quefora publicado no jornal.

Ajuda aNOVOSRUMOSAntônio Santos (Na-

nuque-MG) 915,00Mauro PimenteliNlteróiRJ) 800,00

V. Vieira (ferrovia-rio Leopoldlna) ... 400,00Elias Nlcolau Mar-

tins (Rio-GB) .... 3.000,00Amieo.s He Bento Ri-

beiro (KioGB) .. 2.600,00

TOTAL 6.715,00

«ante disso cheguei à eoo-dueto de cau o governadordêste Estado ê um homemIntraaquMo • desesperada êum homem qne vira. numaprovocação permanente, poisseu fracasso como admlnls-trador ê contundente, t umhomem que vive cavandoburacos na cidade, de pon-ta a ponta, para que o» tan-quês do Exército nfto pos-sam passar, conforme afir-mam alguns".RESOLUÇÕES

Centenas de metalúrgicosparticiparam dos trabalhosdaa comissões e das sessõesplenária» da IV Conferên-cia dos Metalúrgicos daGuanabara, preparatória doIV Congresso Nacional queem julho próximo se rea-lizarà em Recife, sobre és-to encontro, aliás, o deputa-do Antônio Garcia Filho fésquestão de desfazer as pro-vocações levantadas pelaimprensa dos gorilas, comas quais pretendiam com-prometer o governador Mi-guel Arraes."A decisão de realizar oIV Congresso em Pernam-buco — disse o parlamentar— foi tomada antes da elel-ção do sr. Miguel Arraes.Entretanto, êsse fato au-mentou de multo a respon-sabllidade dos delegados me-talúrglcos, pois o governa-dor de Pernambuco vemcumprindo aquilo que ostrabalhadores consideramcomo fatores importantespara o nosso progresso, umapolítica nacionalista e vol-tada para os interesses donosso País".

Entre dezenas de outrasdecisões, a Conferência vo-tou as seguintes:— Condenar o Plano Trie-nal, a Indiferença governa-mental ante a carestia, apolítica de conciliação comos monopólios estrangeiros

EDIÇÃOEXCEPCIONALDE PPS

Já nat bancas e livrariasde todo o pais. a edição defevereiro de PPS — PRO-BLEMAS DA PAZ E DO SO-CIALISMO. PPS ê revistaque se esgota facilmentenas bancas. Assim, procureadquirir logo seu exemplare se intere da verdadeiraatitude do povo norte-amerl-cano, o povo de operários egrangeiros, brancos e ne-gros oprimidos pelos trustese lutando também contra omacartismo. Ainda nesse nu-mero um bem lançado estu-do do sociólogo brasileiroJacob Gorender sobre "Con-tradições do desenvolvlmen-to econômico no Brasil",além de outros trabalhos deinteresse. — Agências e as-sin.-rturas: rua da Assem-bléla. 34 sala 304. Rio (GB).Valores em nome de H. Cor-deito.

• *J>talar pelasde £aa* e pela .

imediata ia Leide .sas de Lwtroe, pria dtsatoul-váo das sabraofdss ms pro*dutans s essportadons decafé, pele naoVmaltaagtodas empresas estrannlras.pelo comércio eom todos ospaíses e em defesa da Pe-trobrás.

Lutar pela democratl-zaçâo da Lei Eleitoral, eo-

_. a^uoepeUsüiodoe

I» mm*, m ** m «ua*»¦£. aaalfafeeio'9**** ¦«MjUtoos ai oampone-

aram a auMuna, •.._._AOcefertDcUaeãSlfs.-

»ou alada, fararáral aoprojeto do deputado Mr-euleo Oorna, de desosutra-llsaçio administrativa do¦rtado, s oontra a dlvisioda Ouanabara em Munlei-pios, no pleUselto do prtei-mo dia 21.

SINDICATO DOS TRABALHADORESEM EMPRESAS FERROVIÁRIAS

DO RIO DE JANEIROBase Territorial: Estadoe da Guanabara, Wo de Juttíro. MinasCerala c Espirito Santo8eíe PréprU: ATraMt, Pn>alo>nte Variai, MS — i»» aadar —

¦I* — OBEDITAL - aXLAClO OE CHATAS BXGISTEADAS

. p,i'H^|Ôrt^.,Cí)I!, ? f1»0?*0 no ««• «• du Inatrueôea baixada* «ema Portaria. Ministerial n« 14S, de 18 de o\itubrw de 1987, taco aaberaos que rirem este Edital ou dele tomarem conhecimento que as cha-"í".!™/ .í?rt89 concern<'nte'» * «Ip'c»o a aer rellasada bo dia 14 deabril de 1963 no Sindicato doa Trabalhadorea em Empresas TmorU-ria» do Rio de Janeiro foram as seguintes, faiendo saber, ainda. Que°.»P ?.vpalí lm',uSn»<«o «• membros das manelonadu chapas e «ePi? (S? .dlB'' eonforme o>termina o parífrafo lt do art T»citada Portaria:

CHAPA V 1Sa

UlMtoriaHerval ArueiraCoroacy Martins de OliveiraMllso Ferreira da SilvaWander EsquerdoRubens Gomes do AmaralWalter GonçalvesAmaury Silva Nogueira

«•«awlho FUcalHelvécio de Carvalho AhimD<ílÍo VasconceloíiSaturnino da Silra

Represes toa teana Federado

Gi-rnldo da Costa MattosAleeblades BarbosaJosé de Oliveira

Suplrnte» OlietorUSebastião Clrlno de OliveiraAntônio Martins GonçalvesAntônio Spedo

- Joaé FerreiraKnedlr GonçalvesAntônio Alpheu da MattaJosé de Paula Júnior

8aplMtea Ceaaelha natalJorge da Rocha PereiraAmaro Maciel Rangel •Braullno Manoel do Nascimento

üapttatos UimsaitMUaaa, Ferem«S«

Robellno AlvesDéllo de Almeida MartinsRaimundo Ribeiro da Silva

CHAPA M» SBapbntea Diretoria

Cantidio Miguel da SilvaEltaton SilvaJosé de Figueiredo Pire*Paulo DanielSyiato M«tr*ll«Maaoel AntônioOrlando Paullno

DiretoriaWaldemar JoiceAntenor ARiilnr FilhoAntônio dos SantosCabriel Ferreira MelidoLeonardo de Almeida PintoGenétlo Expedido da SilvaGuilherme Tavares

Coaaelke FiscalWaldyr TavaresFausto de AsevedoBemardlno doa Santos Silva

Knpreseataatesna Feieracte

Waldemar JorgeManoel Henrique Tavares JúniorAntenor Aguiar Filho

da fs£ ££S%2?.-0 WBPW«ld- *• ff- ¦*•— * «**—O referido prazo correrá a partir Sa prlaaslra wHIianlo diau adi.

nV ÍL^S^m^T^ à^mTm^mT^^^Òna secretaria do Sindicato.Outrossim. esclareço qua o mimsro ds diretotw • See rsapsctlvoasuplentes a compor a futur» administração foi elevado Se S para Iconforme condicôe» constantes do oficio a» BJL s, dt S7-S4S, do 81b*dieato ao sr. ministro do Trabalho • Previdência Social a deelaracâa.da mesm, dau. do» encabacadorea da chapas, «atsa «Mprometendo-s« a acatar a redução de 7 para S, aa ordem ali estabeUeWa, sa oaofôr aprovada a emenda estatutária solicitada ao referido oficio.Rio de Janeiro. T de abril de 1S6S.(a) HERVAL ARUEIRA - p,Presldente em exercício

Altamlr da RochaJúlio Joio da RochaSebastião Neste da Silva

Sapleatee Us»wsaatoatsa

mialo Rangel da CostaJosé do Oliveira PilhoJayr Pinto da Andrade

Em memorial dirigido aopresidente da COFAP, a Li*aa fualnina do estado daOuanabara denuncia a ao-n«MÇ4o do açúcar, respon*sabiiiiando o Instituto doAçúcar s do Aloool, Dia oít'ffumento qne o IAA eon-ta com o aumento do pre-ço dn produto, acrescentan-do quo, "com a sonegaçüo,poderá vender • safra pas*da pelos no voa preços, oaue correspondo a uma po-litlca de triste e vergonno-so favorcclmento aos usl*neiro», plantadores c ex-portadores."

Aduz o memorial: "...nlomda absorção pelos grandes

produtoras dos cargos dedlrtçlo do UA surge, ago-ra, nos bastidores, a lutapara qua os 'barflas* da ca-na*de-a|dcar continuem ielocupletando eom os recur*sos do rindo de Consolida-çao a fomento da Agroin-dústria Canavieira. 80%(lèsics recursos vêm s:ndoaplicados no financiamentoe na garantia de contratode financiamento do pro*duto destinado á exporta-çáo."

Depois de assinalar que aprópris COPAP já ronstti-tou o» elevados lucros dasrefinaria», a Liga Femininanflrma que n&o entende

possam as aatoridadm per-mltlr tal aonegsçto. trtsan-do ao aumento para ioocrumlros, sentada rumores.Nesse sentido, pnpdea asmulheres da Oaaaabaravá-rias medidas, entre asemalso levantamento • confiscodo» estoques do açúcar e autlllzaçfio de todo o apare-lho distribuidor da COFAPe de outros órftos oficiaisi ara a venda direta do pro*duto, concluindo por aoii-citar a apllcaçio da Lei De*Ir finda n. 402, para a pu*nlçao rigorosa dos sonega*mui es.

FirrovürlM dl LeoptldlM e da CMtral fdvirtemiVACILAÇÕES SOMENTE 1EVAMAO SUICÍDIO E À RENÚNCIAOs ferroviários ds Cen-

trai s da Leopoldlna, atravésdo seus órgáos de classe, lan-çaram, ontem, Importantemanifesto definindo a posi-&da

categoria frente aosaos acontecimentos po*

Fi seguinte a Integra dodocumento:

A08 FERROVIÁRIOS EAO POVO IM OERAL.

Os ferroviários da Leopol-diaa, Central do Brasil e to-doa os ferroviários brasllei-roa, conscientes e ociosos danossa poslçto, livre de alie-naçio, vimos a público paiao que a seguir expomos:

Houve por bem o COT co-ligado com a» demais fôr-çaa progressista» do pais, ematendimento à solicitação desua excelência o sr. presl-dente da República, sustar ocomício que conforme é dodominlo público se reallra-ria quarta-feira última.

A despeito da disciplinaorgânica que preside todosos nossos atos em .consonán-cia com o COT e as forçasnacionalistas, queremos en-tretanto deixar patente onosso irrestrito apoio à in-vulgar.personalidade do ex-mo. sr. general Osvino Fer-relra Alves, cujas atitudesclaras e Insofismáveis, emdefesa da democracia amea-cada, vêm causando dlflcul-dades à» forças obscurantls-taa aue tentam levar o paisà aaVmalo da taMa Ar>genUna,

Estamos com lie e comaqullss %m por mal» deuma m, em fatos e nioapenas em palavras, têm de-monstrado cabal e Indls-eutlvelmei.'r serem os ho-mens eom quem o povo con-tHJ&J"1'** • "waíu àsUberdadee a direitos dura-mente conquistados pelaclasse operária.

Acatamos aquela decisão,por disciplina, embora dis-cordando da sustaolo do co-miclo, lá nio mais de deu-gravo i pessoa do preslden-ta da República a que seeentia daeagravado, aaaa simem defesa de medidas básl-cas para a evolução da nos-sa Pátria, tais como as de-cantadas Reformas/estanca-mento da sucção de nossasparcas divisas para o exte-rlor e a desenfreada eleva-ção do custo de vida.

A hora é de decisão e açãourgente.

Basta de conciliação comos eternos Inimigos do Bra-sil e de seu povo.Se desejamos de fato vero nosso pais independentee livre da PRAOA CORILIS-TA. vamos formar e somarnas praças públicas, semnenhum receio, ao lado donosso povo infelicitado.

Confiar no povo, Já de-veria merecer melhor aten-ção de nossos dirigentes.

Vadlagõea levaram t jlus-sns pawtoass ao sukihRo a

Esta é a nossa posição, rei-terando o nosso Inteiroapoio ao Comandante do IExército que cumpre asmquebra de disciplina o ejuediz a Constituição:GOVERNO DO POVO PB-

LO POVO E PARA O POVO.Rio de Janeiro, II do

abril de 1963.a) Herval Arueira — pre-sldente em exercido do Hn-

dieato dos Ferroviários daLeopoldlna. . ,

a) José Luiz Leida — pre-sldente da Associação dosServidores da Central doBrasil. i

ai Authalr Figueiredo —Secretário da Coligação Na-clonrl dos Servidores Públl-cot. Ferroviários.

PRAZO PARAREQUERERANISTIA

A Comissão Nacional deAnistia avisa aos Interessa-dos ter sido noticiado pelaimprensa que, para os Mi-nistérlos da Marinha e daAeronáutica, expira no diaIS do corrente, data em quefoi pubMcado o Parecer E-7.de 15 de março de 1962, deAntônio Balbino, o prazopara a apresentação de re-querimentos aos que se Jul-gam amparados pelo Deere*te Legislativo n.° M/1MI. •

ITAJAl PARA: SOLIDARIEDADEAOS TRABALHADORES DA MADEIRA

Florianópolis (Do corres-,pondente) -*• O r an d 1 o s amanifestação dé «onootfcHela. proletária deram oatra-balhadores de Itajal, du-rante 5 dias, por ocasião doluta' dos trabalhadores empáteo de madeira, chegan-do a parar quase toda a cl-dade.

No dia 19 de março, en-traram em greve 2 000 tra-balhadores em páteos demadeira, após uma grandeassembléia promovida peloSindicato da classe, face 4recusa patronal de cumpriro acordo salarial vigente eo reajustamento necessáriodecorrente do novo saláriomínimo.

A SOLIDARIEDADE

No dia seguinte ao inicioda greve, o Conselho Sin-dical de Itajai reuniu-separa deliberar a forma desolidariedade a prestar.

imediatamente os Sindi-catos de Estivadores, Arru-madores e Conferentes de-clararam a greve de solida-riedade. Os Sindicatos dosBancários, Securitários,Construção Civil, Alimenta-Ção e outros, embora hãoentrando em greve, vieramdar »ua solidariedade epar-ticlpar do Comando da Ore-ve.

De toda parte chegaramtelegrama» dos demais sin-dieato» Representantes daFederação dos Trabalhado-

mem Oonstruüo e Mobl-llArlo/ vieram IgualmentepArttclpar do contando de

DESI8PÉRODA REAÇÃO

A Secretaria de Seguran-Ço, Pública do Estado des-locou para Itajai um pelo-tão da Policia Militar, ti-ras da DOPB e ainda soll-citou mais de 100 soldadosdo Exército do batalhãosediado na cidade de Blu-menau, para Intimidar ecoagir os trabalhadores avoltarem ao trabalho e, ain-da mais, tentando recrutardesclassificados para fura-rem a greve. '.'.ZiT

Este fato bem mostra 0caráter reacionário e antl-operário do atual governa-dor do Estado, sr. Celso Ra-mos, que mantém na Secre-taria de Segurança Públicaum conhecido integralista,que tem ódio a tudo que éprogressista.

UNIDADE E FIRMEZADOS TRABALHADORES

Pato digno de nota foi afirmeza dos trabalhadores,que bem orientados pela di-'retorla do Sindicato e peloConselho Sindical da cida-de. mantiveram-se unidos ecoesos até a vitória final.

Várias tentativas foramfeitas no sentido de dividiro movimento dos trabalha-

dores. Mas não tiveram •resultado pretendido.O jadre Tavans, logo hoInicio da greve, tentou fa-ser com que oa trabalhado-

ras colocassem paia forado Sindicato e do ConselhoSindical de Greve várioatrabalhadores, sob a alega-ção de serem comunistas. Amassa de trabalhadores re-pudiou essa manobra, pres-tlglando todos os compa-nheiros que vinham lutando'pela solução das reivindica-çõe» da classe.

A classe patronal e dtver-sas autoridades, como o se-cretário de Segurança Pú-blica, exigiram que o Sindi-cato recusasse o apoio dosdemais, sindicatos em gre-ve ds-solfdarisdade, parapoderem discutir as relvtn-dicações e atendê-las. Tam-bém esta manobra foi des-mascarada e rechaçada peloSindicato e pelos trabalha-dores, que afirmaram queprosseguiriam todos unidosaté a vitória final.

VITÓRIA TOTAL

No dia 23, após 8 diaa degreve, a classe patronal ee-deu a todas as reivindica-çoes dos trabalhadores. Oon-quistaram assim o Sindica-to e os trabalhadores umagrande vitória, graças a suafirmeza e unidade, s à so-lldariedade ativa de estiva-dores, arrumadores e oon-ferentes, que paralisaram otrabalho durante 4 diaa.

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EDITORIAL VITÓRIA LTDfl.";Wmy^Du:r'*-«• Sobrod» • Í.I.: 22-1613 • I. dt Ja ira - G9

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Page 3: MmMÊm^ m mÈ ^mmmuum^ - marxists.org · e de montar um sistema de forças dito "centrista" mu j cuja coloração direitista e reacionária sur- ... te. para suprir uma nccessl-dade,

— mo Úm Janeiro, semana d* 11 a II dt aUl dt 1963 -— _. .

Governo de Arraes Responde ao IBAD:^'05 RUMOS — 3 —

O Que há em Pernambuco éAos Privilégios e Injustiças

Combatesociais

â_Tta Femambueo el es-tá intranqUUo quem temmedo do exercício du liber*dsdss democráUcu e da re-noyaolo eoetal" - afirmouI Imprense carioca o se-cretário-ssslstsnte do go-yêrMjJ^iArraos,sr.AnI^toÇtrlos Cintra do Ama-ral. o Jovem auxiliar do go-vereador de Pernambuco re-'«rta-se à campanha, Ins*Pirada pelo IBAD, que pro-cura confundir a oplnlào do«is dando a Impressão deque Arraes estaria pronto-vendo a subversão e a de-sordem no Nordeste."O que acontece em meuEstado — continuou o sr.Cintra do Amaral - é queo governo nlo confunde or-dem com privilégios e Injus-tiças sociais t entende quea democracia se fortalece namedida em que se renova aordem social; e mais: con-sidera que nlo lhe cumpreapenas garantir a liberdadede organização e reivindica-

í*.* •"¦•• >»bém. e sobre-tudo, a liberdade de trans-formar a estrutura social".Pergunta o secretárlo-u-siütentc: "Como acusar, por-tanto, um governo que as-sim age de pregar a subver-sao e a desordem?"."Só Interesses politicosinconfessáveis poderiam mo-

ver uma campanha dessanaturesa, procurando fasercrer à Nação o que nlo hàem Pernambuco", responde.

GREVES EEXPLORAÇÃO

Desfazendo a sxploravúoque vém mantendo o IBADe outros setores golpistas emtorno de alguns movtmen-tos grevistas eelodldos emPemambueo reivindicandomelhoria salarial e outrosdireitos, disse o sr. Antó-nlo Carlos Cintra do Ama-ral:

"Em primeiro lugar o nu-mero de greves nào é tAogrande quanto se propala:em segundo lugar elas saoconseqüência de uma situa-çào de desajustsmento co-mum • todo o Pais, dai náoserem mais numerosas nemmais graves do que aquelassurgidu em outros Esta-dos .

A DIFERENÇ/Em seguida o sr. Cintrado Amaral chama a atenção

para o que é diferente emPernambuco e né»o no Brasil:"O que em Pernambuco dl-fere do geral nào é o vulto

dos movimentos grevistas, e«Im o respeito que se dà ti-»direito de greve, assegura,do pela ordem constitucio-nal. O governo do Estadoestá firmemente empenha-do em cumprir a Constitui-c.o, lendo e respeitando to-uos os seus artigos. Sabe quedeve garantir a propriedadeprivada, « a garante. Ma-,sabe. também, que deve re*peitar o direito de greve, co rccpelta. Nào se esquece,sobretudo, que existe o ar-tlgo !.?, afirmando que todopoder emana do povo e emseu nome deverá ser exerci-do. E. com base na Interpre-laçau fiel do texto constltucional, ncga-se. intranslgen-temente, a utilizar a policiapara conter reivindicaçõespopulares."

Mais adiante acrescentouo secretário de governo:"O governo se tem esfor-çado para encaminhar solu-Ções que evitem a paralisa-Çào dos trabalhos. Já tiveoportunidade de comparecer,mais de uma vez, a assem-bléias de sindicatos, solicl-tando, em nome do governa-dor, o adiamento de grevesjá programadas. E várias de-Ia* foram, realmente, evita-das através da açào do Go.vêrno. que. agora, é acusa-do, paradoxalmente, de esti-mulá-las e orientá-las. O que

assusta nu verdade êssesacusadores é que o governose disponha, como .*• dispõe,a respcliã Ias".

NO CAMPO

Falando das greves dcfla-Bradas pelos trabalhadoresdo campo nos meses de fe-verelro o março, disse o sr.Cintra do Amaral que taismovimentos foram motiva-dos pelo nfto pagamento, pe-los usineiros e fornecedoresde cana. do 13* mês de taliVrio, a que lêm direito Incon-teste os camponeses. Res-saltou o sccretArio-assistcn-ee que os usineiros recebe*ram financiamento do i;o-vêrno para que cumprissemessa sua obrigação. "A maio-ria — concluiu — nào fêzo pagamento, ou quando ofêz estabeleceu bases Infe-flores à determinada pelalei. Quando foram eclodldasas greves, e apôs a interfe-rêncla do govêmo do Estadoe da Delegacia Regional doTrabalho, os patrões compro-meteram-se a efetuar o pa-gamento. o que normalizoua situação".

São Paulo: Povo Luta ContraProvocações Lacerdistas eContra Ameaça de Desemprego

DiputadoMudaCtiliSMttti

DESEMBARGADOR MAXIMILIANO É SUSPEITOPARA JULGAR PROIBIÇÃO DO CONGRESSO

O deputado Max da Cos-ta Santos, secretário-geralda Comissão. Organizadorado Congresso Continentaldc Solidariedade a Cuba,Ci.v.ou oíiclo ao desembar-gador remando Maximilla-no, relator do processo parajulgar a legalidade do atodo governador da Ouanaba-ra proibindo o conclave, ar-guindo a sucpelção do de-sembargador, que tomoupartido antes de ouvir upartes. •'. :*v

O despacho do parcial de-sembargador Maxlmlllano éuma peça grosseira e fere odesenvolvimento normal elegal do processo, de ves que,antas mesmo de ouvir ospromotores do conclave, aosquais intimou, opinou emtavor da violência do fas-cista .Carlos Lacerda, alémde insultar o novo cubano,cbamando-o de "vara desuínos que vive ho maiorchiqueiro da América".OFÍCIO

No oficio dirigido ao de-sembargador Fernando Ma-ximillano, o deputado Maxda Costa Santos denunciasua parcialidade, afirmando:"Os fundamentos da sus-peição são os que resultamdos próprios termos em que

está vasado o despacho, su-ficlentes para demonstrar aparcialidade com que se si-tua V. Excia. em face dacontrovérsia dos autos, e oparticular interesse que re-vela, por motivo de paixãopolítica, relativamente A de-cisão da causa."No caso dos autos, ó quecumpre decidir é somenteisso:

"1.° — Be a reunião quea Exdplente programou —e que foi pela autoridade pú-Nica proibida - era ou nàodestoada à prática de atoproibido por lei:**a» — Se houve ou nlo,por parte da autoridadePablka, com aquela proibi-«ao, exorbitância passívelde penalidade. ."Abrindo praao para qusconteste a ««WUas ia-soes alecadu no oficio, v.Kxcia. nlo se ateve aos II-mlteg dessa função proces-suai. Entrou a polemizarcom a Excipiente, em tér-mos gravemente ofensivos,deixando claro, para comesta, o alto grau de malque-rêncla de que ee acha anl-mado".PODE SER PUNIDO

Alerta o deputado Max daCosta Santos, que também é

Jurista, que o desembarga-dor está incurso na Lei deSegurança e pode ser con-denado a pena de reclusàode um a dois anos, afirman-do em seu oficio:".-pelo caráter politlcodas injuriu que contém,torna V. Excia; incurso nupenas da própria lei que aautoridade publica invocoucontra a Suplicante (Lei deSegurança do Estado), ondese dis:

"AA n — Ofender flsi-camente. injuriar ou coagir,por'motivos doutrinários,políticos ou sociais, pessoaque estiver sob sua autori-dade, ou permitir que ou-trem o faça, desde que aação ou omissão seja de au-terida^judictarta ou poli-etal. Pena: reclusào de r-nI anos*.

O deputado termina senoficio esperando que o de-sembargador Fernando Ma-ximillano remeta "os autosa seu substituto legal e. geassim nlo entender, a sub-meta (a Exceção oposta pelaExcipiente) ao Egrégio Trl-bunal Pleno para apreciá-lae julgá-la, como medida desabedoria e justiça".

Uma •tortaoxcopcionaldaPPSÊste anúncio é, particu-lurmente. dirigido a você,

prezado leitor. Como vocêsabe, nenhuma publicaçãofaz milagres com os pre-ços atuais do papel e ser-vicos gráficos. Mas PPSpode-lhe fazer uma ofertaexcepcional: uma assina-tura por apenas Cr$750,00. Você receberá des-de o número de janeirode 1963. Dirija o seu pe-ilido para rua da Assem-bléia, 34. sala 304. Rio(GBi. Valores em nomede H. Cordeiro.

I

S. PAULO. ¦ (Da sucur-»uii — O povo dc São Pau-lo nào permaneceu de bra-ço« cruzados dísnte du pro*vocações e ds campanhagolphta empreendida porLacerda e seus sequazes.Através de comícios, reu-ntões sindicais e outras ma-nlfestações tem deixado cia-rs a sua disposição de de-fender as liberdades demo-crátlcas e as suss relvlndl-cações mais sentldu. Aomesmo tempo, faz ouvir ucriticas à política economl-co-íínancelra do governo fe-deral e à sua tendência deconciliar com o que existede mais retrógrado em nos-sa tenra.

Na nvite do dia 5. comi-elo convocado pelo* dirlgen-tes sindicais o lideres poli-ticos, atraiu à Praça da Sémais de 2.000 penou. En-tre outros talaram ns oca--lào o escritor Silvio Mon-telro, o sr. Arllndc A. Luce-na, da Comissão Executivada P.L.N.: estudante EderSader; o sr. Carnal Schaln.secretário do Partido Sócia-lista Brasileiro e os dirlgen-tes sindicais Oenéslo Silvade Almeida, do Sindicato dosTrabalhadores em CanisUrbanos, e Reglnaldo Dludo Nascimento, do Sindica-to dos Trabalhadores emPanifieaçào e Confeitaria.

Os lideres sindicais Gene-sio de Almeida e ReglnaldoDlu do Nascimento, aplau-didos pela grande massapresente, levantaram osseus protestos contra a açãodeletéria do governador"mata-mendigos" e demons-traram a decisão do movi-mento sindical de 8. Paulode deflagrar a greve geralno Estado, em cumprlmen-to à palavra-de-ordem ema-nada do Comando Geral dosTrabalhadores, caso as li-berdades democráticas esindicais sofram qualquerarranhão. Trouxeram o

Noto Econômica

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apoio du entidades sindi-cais ao governador MiguelArraes. no momento rm queeste se vé submetido a Tn-tenso fogo por parte da rea-çào. Em nome dos traba-lhadores advertiram o pre-sidente João Ooulart contraa aplicação de medldu, co-mo a restrição do crédito,que já vém trazendo o de-semprêgo a Inúmeros tra-balhadores da Indústria au-tomobllistlca e de outros se-tores.

Os ataques desferidos porJango contra os comunista»,em seu discurso de Mococa,foram repelidos enérgica-mente pelo sr. Arlindo A. Lu-cena. Disse êste: "Nfto ad-mlllmos que se compare oscomunistas, abnegados luta-dores pela causa ds emencl-pavão nacional e pelas re-formas de estrutura, com osr. Carlos Lacerda, agentenúmero um do imperialismoianque em tros?*! oâtrla!"Essss palavras foram segui-das do caloroso aplauso dospopulsres presentes.Na- mesma noite realizou-se outro comício, no bairroda Lapa, promovido por dl-"gentes sindicais e lideresp jlltlcos locais, com a parti-cipação de centenas de pes-soas.

Em sus visita à Capital.Jango encontrou ambientediferente do que o esperavaem Mococa e nào pôde re-petlr tudo quanto afirmaranaquela ddade do Interiorpaulista.O presidente da Repúblicaaqui esteve com o objetivoprecipuo de participar dacerimônia de posse da novadiretoria do Centro Ácadê-mico "XI de Agosto" da Fa-culdade de Direito. Logo aochegar ao Largo de SãoFrancisco, onde expressivonúmero de estudantes, traba-lhadores e populares oagusrdsfvam, defrontou-se com uma faixa que recla-mava "Reformas de baseimediatamente".

O novo presidente do "XIde Agosto*1, acadêmico Os-carllno Marcai, em seu dis-curso de posse reafirmou asposições democráticos dosestudantes paulistas, dizendoque ss íôrçsi estrangeirasinteressadas na espoliaçãodo Pais sempre se aliam aos

inimigo» dn povo para im-pedir que se abram novoscaminhos. Desta vez. porém,"í «tirlla» n.111 impura» u•*•••* vontade. Fará ,i Imtalh.»da manutenção e amplia*^»das liberdade» democrAtlcns

governo poderia contarcom o povo. Chamou a aiençfto do presidente para anecessidade da efetivaçãodn-s reformas de base e pa-ra que se seguisse uma poUra que garantisse u con-tlnuaçan do desenvolvimentoeconômico sem sacrifício d»povo.

Nào se pode dizer que osr. tloáo Goulart nào sejaum homem sensível. Em.Mococa. cercado pelos lati-fundiários e apertado pelosr. Ademar de Barro.-, quefalara antas, proferiu ai-guns ataques aos comunis-tas. Em plena Faculdade deDireito, vendo-se cercadopela combativa mocidadeestudantil, Imbuida de sen-Unientos nacionalistas e porpopulares, apareceu comuma fala diferente. Emboravoltando a se manifestarcontra os extremlsmos dadireita e da esquerda, carac-terizando-se como politlcodo centro, atacou o antlco-munlsmo sistemático, decla-rendo a certa altura: "Nàopermitiremos que sob o fal-so pretexto de combate aextremlsmos. se pretendaimplantar no pais um regi-me de óttlos e de divisão dafamilta brasileira, um regi-me que pretenda resolver,como ainda há pouco sepretendia, os problemas so-ciais através opressões, atra-ves da violência e dos meto-dos mais condenáveis para osregimes democráticos". De-pois de criticar Lacerda, em-bora sem citar seu nome,Jango garantiu que nào pre-tende intervir na Guanaba-ra, como não intervlrá, deforma alguma, em Pernam-buco. Elogiou Arraes e de-nunclou os reacionáriospernambucanos como auto-res da onda de provocaçõessurgida naquele Estado nor-destino.

Em outro trecho de seudiscurso, falando sóbre a re-forma agrária, disse o pre-sidente da República:"As grandes reformas,mocidade brasileira, se fa-

r.fm é pela mobilização duforças populares e pela mo-biiuai-â» da mocidade". EmíifKiiida apela para e&sa mo-btll.nçào para que a refor*ma agraria sala do papel.Os lacerdistas de S. Pau-Io estáo sendo barrado? emtodos os seus In tentos deprestigiar o governador"inata-mendlgos". O verea-dor paulistano Wadlh Heloupretende ser uma cópia do(governante guanabarlno cmtudo: no reacionarismo, nosgestos, nas atitudes espn-Ihnfatosa.s. barulhentas, dasqunis muitas vezes é obrl-gado a se retratar de formavergonhoso. Como presi-dente do mais popular clu-be de futebol do Eitado oSport Club Corinthlans dc-nunclou. há pouco tempoatrás, um Juiz que teria sidopago para prejudicar aequipe alvlncgra. Depois defazer uma barulhclra tre-menda em torno do assim-lo foi chamado a apresentarprovas, náo o pôde fazer ese desmoralizou.

Sua nova e infeliz inicia*Uva foi a apresentação deprojeto que outorga o titulode "Cidadão Paulistano" aLacerda. Esbarrou, logo .desaida, com forte oposiçãofora e dentro da Câmara. Omovimento sindical lavrou oseu mais veemente protestoe advertiu que, se tal pro-posltura passar, serão orga-nlzadas . manifestações decunho mais vigoroso contraos edis que tenham a au-dácla de votar tal vergonha.

Dentro da Câmara le-vantaram-se as vozes, entreoutros, dós vereadores RioBranco Paranhos, MiltonMarcondes, Aurelino de An-drade e Mollna Júnior. Esteultimo anunciou que solta-ria um corvo no recinto daEdilidade. E como sinal desua disposição de assim pro-ceder já largou um bicha-roço desses nas escadariasda Câmara, prometendo, dapróxima vez, levá-lo pa»dentro. Aos lacerdistas quedizem ser Isso "um atenta-do ao decoro da Câmara",respondem aqueles edis que"atentado ao decoro da Cá-mara e do povo paulistano éoutorgar tio elevada honra-ria ao matador de mendi-gos".M

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*- J?ltr*-S5 objetivos centrais declaradose» Plano TWenal figura a manutenção deuma taxa elevada de desenvolvimento eco-nõmlcp e, so mesmo tempo, o combate àinflação. Entretanto, decorridos pouco maisde dois meses da atual política econômico-Xtaanceira, nào se pode dizer que estejamsendo^atingldu aquelas duas metas. No quese refere à inflação — tal como aparecePf£a u «mplu massu e tal como elu asofrem. — o fato é que no primeiro trl-mestre de 1963 a elevação do custo de vi-da na Guanabara Já aUngiu os 16%, quan*do para todo o ano a elevação prevista se-ria de 25%. Evidentemente, para o povo«tá longe de ser um consolo a declaraçãodo governo de que nada foi emitido atémarço. As emissões refletem-se negativa-mente na economia popular precisamenteporque elevam os preços das mercadorias edos serviços e, com isso, impõem uma re-dução no consumo. E o desenvolvimento?Na melhor das hipóteses, o que se pode-rá dizer à vista dos elementos disponíveisé que apresenta uma taxa totalmente In-Satisfatória. Por duas razões: porque o se-tor privado, quando não mostra sinais derecuo, mantém-se pelo menos na expecta-tiva. E no setor público, onde deveria sersuprida essa deficiência, o clima é de ma-rasmo, de paralisação e de empreendlmen-tos, de diminuição de ritmos e a mais to-tal ausência de novos projetos.

Será que o governo considera isto umêxito? A julgar pelu declarações dos srs.João Ooulart (em Marilia) e San Tiago Dan-tas (na Confederação Nacional da Indus-tria) a política econômico-financeira é es-ta mesma: combate à inflação a todo pre-ço, mesmo ao alto preço de um declínioda atividade econômica do pais, o que eon-tradiz frontalmente os objetivos do PlanoTrienal.

Depois de uma desmedida .expansão docrédito, como a que se verificou no anopassado, beneficiando amplamente o setorprivado, a contração que o governo estápraticando poderá gerar a curto prazo gra-ves conseqüênciu. Numa -economia como anossa, que se desenvolve de maneira nãopianifiçada, anárquica, os elementos de or-dem subjetiva, psicológica, podem desem-nsnhar por vezes um papel importante.Parece-nos evidente, por isso, que se den-tvo de dois ou três meses, em face de umr .p.vamcnto súbito, quiser o governo re-c.*.ar, terá que fazer concessões muitomaiores do que seria preciso se, desde já, fôs-.c tratando de reconciliar-se com a reall-o 'e. Mas. poderá fazê-lo? Os compromls-so- rssumidos em Washington pelo sr. SanTiago Dantas, tanto os que aparecem aa

troca de notas publicadu, como outros me-nos explicites esclarecem perfeitamente aatual política econômico-financeira. o di-lema é nosso conhecido: ou aperta o cinto,nao importa no que dê, ou nada de cré-&» TA_vell«*. Mnguagem do Fundo Mone-tário Internacional.

Até _5?ul'.aíora notM esparsu sobrep extraordinário aumento do número de ti-tulos protestados, o que mais tem chegadoao conhecimento do público é a situaçãoda indústria automobilística. Em fevereiroe notadamente março a produção de au-^w]y&* diminuiu. Diz-se que os páteosdM fábricas estão cheios de carros semcompradores. Em conseqüência, diminuiu-se a produção, despedem-se operários e osoperários despedidos são compradores amenos de todas u mercadorias... Quandofoi montada a indústria automobilística, ascorrentes nacionalistas mais conseqüentesadvertiram para o erro que se cometia:entregar ao capital estrangeiro um setorinteiro da indústria, permitindo, além dis-so, uma série de distorções, como a capa-cidade instalada de produção multo acimauàB poseibilldades do mercado, a exagera-da variedade de tipos, etc. Por isso mes-m°., sentimo-nos, agora, à vontade paracriticar o modo como está sendo enfrenta-do o problema, às custas dos trabalhado-res, em última análise. Que sentido fazcongelar-se preços de automóveis, quando,mesmo aos preços atuais, não há compra-dores? Por outro lado, a solução encon-trad» Pelo governo de congelar os preçosde Volta Redonda, o que fará com que elase torne em breve fortemente deficitáriaso pode levar ao enfraquecimento da em-

presa estatal. O mesmo sentido tem a reco-mendação de que a importação de chapasde aço seja monopolizada por Volta Re-donda. Num caso como no outro o queo ministro Balbino protege são os lucrosda indústria automobilística, pois, desobri-gando-u de importar, o governo está tam-bém livrando-u do desembolso do "boné-co" que impera no mereado de câmbio. Namesma linha de enfraquecimento do setorestatal situa-se a recomendação do sr. SanTiago Dantas de que as empresas do Esta-do vendem a particulares u ações que ex-cederem os 51% necessários ao controledas mesmas pela ünilo.

Já há até empresários que vêem nasituação caótica da Argentina o futuro doBrasil. De toda maneira, não há dúvida deque esta política de fuga às causas básicasde nossu dificuldades muito tem de co-mum com aquela que levou Frondizi à ilhade Martin Garcia e os gorilu ao poder na-*-**m**Ba»

ANTICOMUNISMO BOSSA NOVAde .S2íí*f J£Ui * Mnu?* °í -,omata «tamparam noticiaso_£_« íM..í,amSBíí!_<,u2 ír**ns*t**,.,m ou desembarcaram no£?™°olimndy^ dlV,,oto* Wálter D-"14". <-e-e--do de Se-SRsiéS-^Í GuRnabara- -ta«1« "ao • celebridade.ínS-rST688* ao BraM1 com ¦ «.removível disposição dêtornar-se, em breve, um dos utros mais aplaudidos e me-SriSn^?^dTr?B2Mría/r8af * comédias *> antlcomunis-m\e wí?t«a-.°_;?0-NAL.(noU «Produzida no íac-slmile)ãn P»Sí fsttve. 1urante 12 «m-nu na zona do canal& WTOr' ^truindo-se em cursos ministrados por agen-^s(Jd«ifBI'-sôbre as, ma,s modernas técnicas» de combateL™i&°,,fCOmunIsta. e aos traficantes de narcóticosMarx teria dito em certa ocuião que a religião é o ópiono» PeUVr2„-.^a.1Ve.Z„e8teJa aí a wtá&o paraa associação"5» da A,lan_?ti Para o^ Progresso, da repressão aocomunismo, ao combate do tráfico de drogas: nos lúcidosmiolos dos macartistas, se a religião é o ópio dos povos, ocomunismo será fatalmente o narcótico das massas

Marco Antônio Denunciana Câmara Ameaças á Vidado Líder Camponês Paraibano

vida por um fio. Todos nósconhecemos a situação agu-da da luta pelu reivindica-Çôes dos trabalhadores daParaíba, luta travada con-tra os usineiros daquele Es-tado, contra os latifundiá-rios que não querem permi-tlr que seus trabalhadoresvivam como pessoas huma-nas, Agora, os jornais noti-ciam que, por intermédiode varias fontes, os repre-sentantes da Associação dosProprietários de Terras daParaíba fazem sentir áodeputado Assis Lemos ques. exa. nào exercerá seumandato porque capangasse aprestam para eliminar avida daquele combativo li-der camponês. Quero, por-tanto, transmitir à Casaesta denúncia, pedindo aatenção do governador doEstado da Paraiba e também

do governo federal para agravidade dos fatos. Devoadiantar ainda mais que épropósito dos lavradores doEstado da Paraiba respon-der olho por ôlhó, dente pordente. Assim, se o deputa-do Assis Lemos sofrer qual-quer emboscada, outras ca*becas também rolarão. (Mui-tu bem)."

As ameaças que pesamsobre a vida do deputadoestadual Assis Lemos, daAssembléia da Paraiba, epresidente da Federação dasLigas Camponesas daqueleEstado, levaram à tribunada Câmara Federal o depu-tado Marco Antônio, que fêza seguinte denúncia:

"Sr. presidente, ocupo atribuna para transmitir àCasa e a Nação grave de-núncia veiculada hoje porvários Jornais a respeito dasituação do deputado AssisLemos, à Assembléia Legls-latira do Estado da Parai-ba.

O deputado Assis Lemosé o presidente da Federa-çáo das Ligas Camponesasdo Estado da Paraiba e temnaquela Unidade da Fede-ração uma atitude marcan-te, uma posição combativaa favor dos lavradores e tra-balhadores agrícolas e pelarealização de uma reformaagrária. Há alguns meses,no período da campanhaeleitoral, s. exa. foi vitimade emboscada que o obrigoua hospitalizar-se. Duranteaqueles dias que precede-*am o pleito, esteve a sua

SANTOS (Da sucursal) _Í2!ia". m,nlíe»taçôes emapotoàposse dos deputadosoperários, Intelectuais e sar-gentos eleitos no pleito deoutubro e impedidos pelaJustiça Eleitoral de cumpri-rem seus deveres parlamen-tares, tiveram lugar durantea ultima semana nesta cl-dade.

O mais Importante foi otelegrama enviado pelo pre-feito José Gomes ao Pre-sidente da República, vaza-do nos seguintes termos:"Presidente João Goulart.Em atenção ao apelo for-• mulado pela unanimidadedu bancadas federal e es-tadual da Baixada Santls-ta, reunida com o slgnatà-rio a fim de discutir proble-mu da região, venho relte-rar ao eminente presidentea posição do prefeito deSantos favorável à possedos deputados eleitos e atéagora dependendo do reco-nhecimento da Justiça Elei-toral. A legitimidade demo-crática só será possível no. pais com integral respeitoà vontade popular livremen-te expressa Santos e a Bai-xada Santista confiam nabreve solução e reconheci-mento do mandato dosdeputados operários e sar-gentos, evitando que sejafraudada a expressão popu-lar. Aproveito a oportunida-de para apresentar a Vos-sêncla protestos de admira-çáo e respeito. José Gomes.Prefeito Municipal de San-tos".ALMOÇO

A reunião a que se refereo telegrama do Chefe doExecutivo foi realizada sá-bado, dia 0, por sua inicia-tiva. Constltulu-se num ai-moço com todos cs parla-mentares da Baixada San-tlsta, tanto da AssembléiaLegislativa como da CâmaraFederal.

Estiveram presentes ossrs. Mário Covas Jr., Antô-nlo Feliclano, Athlé JorgeCuri e Rubens Paiva, depu-tados federais, e os estaduaisOsvaldo Martins EsmeraldoTarquinio e Olavo H. deMoura. Convidados espe-cialmente pelo prefeito JoséGomes, compareceram osdeputados eleitos e não em-possados Geraldo Rodriguesdo s Santos e Osvaldo Lou-renço.

Depois da discussão devaries problemas, na qualInterveio o lider sindicalOsvaldo Lourenço. eleito pe-lo PTB. o deputado OsvaldoMartins, dò PSP, propôs queos deputados presentes e •

prefeito*José Gomes envias-sem telegramas ao SupremoTribunal Federal, ao TSE eao presidente da Republi-ca solicitando sejam garan-tidos os mandatos dos depu-tados até então não empos-sados. Essa proposta foiaprovada por unanimidade.COM OS ESTUDANTES

No domingo, dia 7, os elei-tos acima referidos partlci-param de um grande chur-rasco na barraca de praiado Centro Acadêmico Ale-

Fora de Rumo

xandre de Gusmão, órgãorepresentativo dos alunosda Faculdade Católica deDireito de Santos, comemo-rativo do 10.° aniversário defundação daquela entidadeuniversitária.Na ocasião, wnto os estu-dantes como os deputados epersonalidades presentesmanifestaram o seu integralapoio à campanha em de-fesa do voto popular, con-

gratulando-se com OsvaldoLourenço e Geraldo Rodrl-giies dos Santos.

Paulo Moita Lima

i.^*? na Argentina «ma feia briga zoológica GorilasSS. ««f08 T arvorf/i d0 •1ard,m da Casa Rosada Prendem22-JSS-f °U f°s B°Illas- Dlz-8e l***3 navios transformadosem prisões abrigam dezenas de oficiais superiores, enouanto

%P/,°CHUra.S? &8l}° nas ^Pre««ntaçôésPdlplomátlcuAntes da chegada ao auge em sua luta interna im anri.Ias levaram a Argentina à mais terrívelr de suaVcrises e*Tnomiças. O Tesouro está em bancarrota o c^semprèao taatingiu quatro milhões de trabalhadores, registrando-sefcêr-ca de quatrocentas falências por més. rcK,Biranao se cer-

O gorllismo é a forma política do "governo forte" mie^.naHPreMenta. Paralelamente com as receitas? econômWdSFundo Monetário Internacional. O Fundo Montitário Inter"?.™K' ?m apoio de uma c&si& de chefes mlllfie rea*cionarlos, leva o pais vizinho a uma situação de. descalabro"

»#- ^sta a? a,lcance de nossos olhos o exemplo areentlnoMu leso nao impede que o sr. João Goulart manifeste vacUdo MnZÍH„e Ti apen?s d?s esa-uen*a* èconômtoosdo Fun-do Monetário Internacional, armados para anlicacâo noSô tosTJrvifém diante d0s 8orilasP nacffl ÇSempnre

nl LLf Tir a? mer econômico estrangeiro.rn« HlLSÍfJ? ment0S que se desdobram desde os primei-se? £ternreSt0nrrai:am-Se sufjcientemente claros e podemmfiiiô:erj)retados por todo mundo. Há no esquema político-em ftlltoÇoeí^.l5fl^pú-,"ca* ?uand0 tant0 se fa'aanrmVmü oí, ' Uma ,nfmraçao realmente perigosa: a dogfe^ ^e o sr. João Goulart considera interés-n?nr^rf„J gn° C0™n?m P*? de d0ÍS DÍC0S- Ma« ale™S episódiostodrímse_t.r^°Hndla? r6Velam aueèsse jogo oferece

í'ln2eB"ranca dos números de equillbrismo a que as-slstlmos, desde crianças, nos circos.

ri- r^Lr°V0Ca_ÇÕeos f^deadas a partir da proibição, no Rio,retriz nítida0

Sol,darledade a Cuba, apresentam uma dl-

-!« 2S?f Percebe-se que a luta se trava, no setor reaciuná-rio, contra a realização Imediata das reformas de base. con-m2i. - «m*88110, em bases Justas' d0 aumento dos servidoresm«Í?t m/VÍares' contra a posse de candidatos democrática-mente eleitos (caso do mandato dos sargentos), contra oenquadramento dos marítimos e contra as reformas demo-craucas levadas à execução, em Pernambuco, pelo gover-nador Miguel Arraes._m—¥1*1 *?° 50s 8°.ri,as. ern torno do antigo signatário doManifesto dos Coronéis hoje guindado ao Ministério da Guer-ra, corvejam as aves agoüreiras de semore: Lacei-r'-' ospicaretas da "sadia", Amaral Neto e como* se isso nào oas-tasse, o próprio homem-simbolo da imoralidade, o inefávelAdemar de Barros... Qual a mensagem que trazem no bico'Trazem um apelo no sentido de que repitamos o tremendoexemplo argentino.

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-NOVOS RUMOS Rio dt Janeiro, semana dt 12 0 TB dt abril dt Ifél -*

Á Constituição Federal e a ReformaLyndolpho SilvaIVcaidenle da 1'nlAo dos Lavradores

c Trabalhadorrii Agricolas do Rraf.il

A Assembléia Constituinteque elaborou a anui Cons-tltulçáo Federal ide IMU,o fés sob o Impscto ds der-rota militar do luzl-furl»-mo na Segunda Ouerrn Mun-dlal o da liquidação do re-lima ditatorial utadono-vista no pais. Num períodoportanto de franco ascensodu forças democrátlcu rprogressistas, tanto no ám-blto mundial, quanto Inter-namsnte. isso permitiu quea atual constituição, quesubstituiu o código policial-fascista ds 10 de novembrode 19S7, lei máxima qus re-gia. ata então, a sociedadebresllelrc. constituísse efe-ti vãmente um passo à fren-te no processo democráticoe progressista da nação.

Havia, no entanto, nacomposição social daquelaAssembléia Constituinte,uma nítida predominânciade senhores feudais latifun-diários e políticos seusagentes, defensores Incon-dlclonals du interesses domonopólio latifundiário daterra, o que determinou sInclusão ns atual CartaMagna da Nação, quando setratou ds formulsr s apre-sentar aoluçáo para a quês-tão agrária, de alguns artl-tu de profunda nature»reacionária e antidemocrátl-ca, que estão constituindo nopresente luuperável impecl-lho ao avanço e transforma-eôes necessártas no processoevolutivo que as atuais con-dlções do pais exigem e de-terminam.

Conseqüentemente, no querespeita à questão agrariaa atual Constituição apre*wnta akpectos profunda-mente conservadores e anti-ilcmocratlcu. nela Inclui-du. por Imposição dessesrepresentante» c defenso-res dos Interesses do lati-fúndlo.

O que ali está contido tor-na au ulutamvnte Inviávelqualquer esforço para a mo-dlfleaçáo da atual utruturaagraria, caduca e profunda-mente nocivo, e sua subatl-lulçfio através de um pro-cesso de reforma agrária le-galmente obtida, por umaestrutura democrática eprogressista. f

Dal porque qualquer ten-tollva ou projeto de esta-beleclmento de uma lei dereforma agrária, sem ann-lar ou modificar prévlamen-Kiin» desses artigos aa Cartad» 1046, serão completamen-te Inócuo» ou. quando mui-to. nada mais constituirãode que simples manobraspolltico-demagóglcu com oobjetivo únlro de protelarIndefinidamente a soluçãoda questão agrária no pais.no Intento de preservar emanter Íntegros os sagradosinteresse» da nociva e retro-grada minoria de ganan-closu latifundiários, prln-clpal responsável • Internopela manutenção do atualestado de atraso político,econômico e social do pais.

A ação cada vez mais es-clareclda, combativa e orga-nizada das massas campo-neses vem revelando o rápi-do amadurecimento objetivo

da questão agrária no Ira»sil. A luta pela realluçáoimediata de uma profundareforma agrérls, que modl*fique radicalmente a atualestrutura agrária. Ingressoumim processo Irreversível.EU porque toda» u fórçnsPOlIUçai «entem a prementeinadiável necessidade dr daruma , solução legal a ewaquestão.

Também u massu cam*pousas, e elu mais queninguém, poli são u queinol» sofrem ns própria car-ne essa situação, lutam elutarão cada ves mais pelaconquista de uma lei de re-forma agrária. No entantorias não Ignoram que aatual Constituição náo pos-slblllta de forma algumaessa solução, Como tambémnfto Ignoram que se náo fôrencontrada uma soluçãodentro du caminhos legais,esta será encontrada e ob-tida através de um processonèo legal mu autêntico,isto é. através ds Insurrel-

çao esmponeas.Nesse sentido, evidente-

mente, acumulam-se u ele-mento», em escala cada vezmaior e mais scelerada e, uatuais e crescentes lutas dasmassu no campo pela un-qulsta de obietlvu parciaise reivindicações econômlcu.nada mais são que simplesescaramuças do processo deacumulação ds íôrçu, deexperlênclu e do grau deconsciência e organizaçãoque Irão possibilitar numfuturo não multo distantens arrancadas de maior vul-to e decisão.

Ma», u é verdade notóriaque ésse processo realizaseu curso inexorável, não émeno» verdade que o cam-pesinato tudo tem feito etudo fará para que a que»-tão agrária seja solucionadatravés de um processo pre-

dominantemente legal, Istoé, dentro dou limites do queestabeleça uma legislaçãoefetivamente democrática econstitucional, o que Infr-llzmcnto é totalmente obs-tacullsado por determinados*'Uku» da atual Constitui-'¦Ao Federai r pelo* posiçõesrcaclonárlo-feudal» de ai-kuim psrtldiM político* e*eu* representante» a ser-Hlç°, ffel ftrc*» retróaradudo latifúndio, no atui Con-gresso.

Somos, absolutamente,contrários su que Imagi-nam que o umpeslnatobrasileiro, nu atuais elr-cunatánclu. dá preferênciaexclulvs a uma soluçãonão legsl e predominante-mente violenta da questãosgráris. Essss em geral sãopessou dominadu por cocei-ras "revolulonáriu" s eon-fundem correntemente suaimpaciência e uu • espiritoirresponsáveis de aventura,com a realidade existenteentre ss massu campone-sas. No entanto, estamosabsolutamente convencidosde que se não se reallaardentro ds prazo náo multolongo uma profunda trens-formação da atual estrutu-ra agrária do pais, u mu-su camponesa» tomarão cmsuu mãos de maneira enér-glea e consciente s soluçãobásica e radical dessa quês-tão. isso. porém, somentedepois que tiverem esgota-das <e quando estiveremplenamente convencidas dis-so) tôdu u possibilidadesegsis pare a solução deu-Jada. cujo principal entraveé constituído, no presentegela própria ConstituiçãoFederal.

Dal, ser elemento decisivopara a conquista de umareforma agrária através deum processo predominante-•acate legal, ou sejs, com

menores sacrifício-, psra asmasüas camponeses e parao povo brasileiro em geral,s imediata emendo à Cons-tltulçáo naqueles artigo,-,que incidem sóbre a questãoaliaria, como Já recomendaao Congreno o próprio po-der executivo.

Bem dúvida, a principalemenda recai sobre o artigo141 parágrafo II, que eon-tém a célebre exigência re-laUva a desapropriação pornecessidade ou utilidade po-bllcs. que bó pode u reall-zar "mediante prévia s Ju-ts Indenização em dlnhcl-ro".

Evidentemente, tio tros-seira e estranha formulaçãosó poderia ter sido Incluídana Constituição Pedsral porimposição s refletindo uinteresses du defensoresincondlcionsls do latifúndio,inimigos, portanto, da de-mperacla, do progresso e dasoberania da nacio brasl-lelre.

asses unhores. no afã depreservarem a sagrada In-tocabtlldade da proprleda-de particular latifundiária,ftatram tábua nua du maiselementares preceitos esta-beleeidu desde qus surgiuo processo mercantil na so-cledade humana.

Determinou, essa maioriaocasional de legisladores naConstituinte de 1M6, que apropriedsde territorial éuma mercadoria que só po-de ser negociada "medisntepagamento prévio", "em di-nheiro" e sob uma "luta•ndenlsação". Evldentemen-te tal lei corresponde a umaconcepção absolutamentefeudsl sóbre s simples tro-ca de mereadoriu c valo-res. profundamente estra-nhs, portanto, a concepçãocapitalista, mesmo prima-ria, em que qualquer nego-cio admite o enter dimento.

seja o acordo mútuo entreas paru», vendedor e com-prador, da mercadoria as-tostada, o que significa u-••certo entre amou as par-lei interesiadu, seja. sobrepreço, forma ds psgamsnto.preso, ate... M? 5Í!U dufl*> ?*• «•• •latifundiário ao elaborar se-melhante lei o fés ns basede qae sua propriedade sòpode ssr desapropriada,»Isto ê, Bdqulrlds pelo go-vêrno, sm casa de nseeul-dade ou utilidade publica,"paga prèvtammto", "so-menta em dinheiro'' e ss-gundo uma Indsntaaçloavaliada pelo latifundiárioque se garanta o direito dseonsiderá»la ou aão "Justa".

Já foi calculado, pelo peó-prio poder executivo, aue adeuproprtsção de toda» utorres Improdutivu duatual» Istifundlu. reallaadaatreves semelhante eritêrio,exigiria um montante dacruzeiro» que supera demulto a casa du trilhou, oque, evidentemente, revelaa au absoluta taposslbilt-dade. asas. mesmo que eusquantia fôsu rsduslda sbilhões oa mesmo milhos»não eieluiria ds foram ai-guia o aspecto grosulre-manta absurdo s mesmo cri-minou do critério que. uadotado, mesmo psretal-manto, eomo o vem sendopetas pseudo-reformuagrá-rias, como a frseasuda "rs-visão agrária; de Rio Paulo."ptanos piloto." t outrasnegulatas do maaao tipo,nsda mal» eonstltuem doqu excelente negocio paraos latifundiários que coiue-guem vender so Estado, porelevado preço, parcelas deterras Inferiores ¦ inapro-veitadss.

O stul parágrafo II doartigo 141 da atual Consti-tulçãojconstitui, portanto,luuperável obstáculo a

Agrária*, ú í - i-

qualquer projeto ou tenta-tlva de reslliaelo da refor-ma sgráris.

Outra emenda lndlspen-sável a ser Introduzida naatual CoMtttulelo é a doartigo II, no que dis fea-peito á tributação territo-rlal que. para atingir seuobjetivo essenelsl s ser efe-tlvsmente aplicado, devepassar Imediatamente parao âmbito da União.

Pela Constituição de INI.anteriormente, essa tributa-fie era da alçada du Es-tadu, inciso I do srtigo II.No entanto, guando a lutapela modtneaeâo da sstru-tura agrária assumiu, nuúltimos tampu, um acen-tuado grau de amadureci-manto, u repnuntantas dolatifúndio na legislaturaanterior, conseguiram, comuma facilidade de pasmsr.passar ama tributação parao âmbito do município. Oque significa tomá-la abso-lutamento Inócua eomo fa-tar de renda e. principal-mente, anulando, com eeumanobra, toda e qualqurpuslbllldsds dsau tributa-cie exercer o papel de eis-monto legal de coerção eon-tre o latifundiário que nãoaproveita sua terra segundou neeesajdsdu mmlrnu dscoletlvldsde e mantém auaposu aob criminoso mono-púllo. eomo também, a terranáo. sendo tributada pelogovêrnu federal, este nãopossuirá, evidentemente.puslbtHdads alguma dersahsar a aua Justa avalia-ção para o pagamento emçsso de deuproprtsçáo. quedeve ser aliás, o critériopredomlnsnte e básico paraa avaliação do preço da ter-ra a ser desapropriada se-gundo a lei de reformaagrária.

Plnslmsnte, o artigo 1Mdeve ser reformulado prln-clpalmente eom a supressão

de seu parágrafo ,.,—...que admite a 'alienação ourunceaaáo de terras aaMl-ess" até des mil hectaressem sutorusção do asas Ioe de áreas maiores com asua sutorluçio.

A supressão pura e alai»pies desse parágrafo fariacessar o sseandale etaafcedu concessões petos tarar-nantes de extensas iitu auu protsgtdu edu. o qu vem dedo a Inwmnta ftt_ _novu laUfúadlu tat agra»vam cada ns mais t JA ta»suportarei problema da sar»ra e du musu miunoaiuiqus neiu trabalham.

No qu respeita à solasseda questão agraria ta—a u.portanto, taslutával t ur»gente tatiodustr essasemendu à rrinsStiuIstoatual. parUcularmeatt %relativa ao parágrafo M deartigo 141, cuja fofualaeãedsvsrá deflalr data t au»clsamsnta o critério nia a

lisdu em retaelo aa aaais*to territorial pago s*fc7pe-prtetárto.

***•——•Nssta ssatldo 4 niinsáilidar todo apoio ãs propostasatusls apraeentadas pataExecutivo ao Omgreue aa•entldo de modUeaelo doartigo 141, o qae, asm aa»vida, tornara viável, dtsde

qu a maaaa cearem e «i»tério acima, a aprovação poraquela Casado ama lei deReforma Agrária eapu dtabrir caminho, nesu tam»no. as vsrdadsins reivlndi-caçoes do campeslnato e dopovo breslleiru sobre amais Importante » necssii-ris reforma de base pare oÍ>rogruBo

econômico s o«taleclmento democráticods Nação.

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II ANOS D1PCW DA UBfRTAÇAO

M.° smvBrsárto _mlnbando a laraas<t«4 de abvti s

¦bsrtaçio s uai sa-na eonstraeio

¦aa\aeA pmósrtotrecho dobtodo

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daStallsta.*£ w$Ês?Êm^®$!Êm

O Caminho da Unidade na"A mudade soctallsta dsnação não surge espontá-

numente como resultado dstransformação do estado ob-letivo de coisu; só se de-•envolve t fortalece eomooonesqüêneis da política doPartido. Esta política dásentido e finalidade, con-tendo e vigor orgânico ãsaeôes do povo, du massutrabalhadoras, assim como ácoesão das classes socla-listas. Na resolução do VIIICongresso de nosso Partido,define-se essa política do u-gufaite modo:"O conteúdo político iaunidade socialista da naçãos constituído pela luta palads/sia s o desenvolvimentodo regime socialista, pelavttárta total do socialismo,Via pa» $ pela salvaguardads tndspsndincia nacional,s luta contra o imperialts-mo internacional s u fôr-tu s tsndéneias Autie aseatada scttsem ne pais. Alarga rstora áa unidade so-sesMste ds nação 4 a classeopsrária e seu partido rs-s^aoiondrio, o Partido So-staUtta Operário Húngaro,dtriesniê reconhecido de te-é» o povo húngaro."

Os eomunlstu sempre seempenharam para criarama ampla aliança d» clu-u paia lutar contra a rea-fio» o faseásmo e o upita-filmo. O conteúdo e s sm-fdttude da aliança de etassedependam du UnHs domomento da luta revolucio-norte, da aiaiseão, do graude coMeteneia e da exps-rlaneta du elassu «oclals.

A paUttoa d» unidade daaeçao 4 a continuação or-santas da conseqüente li-aba marxista aplicada peloaosso Partido desde 1986. Hápassou que antas desertamdu comunistas e deupro-vavam suu ações e medi-du, mu qas consideramatraente e clara a políticade unidade, socialista da na-ção s a apoiam, apoio quenós uudamu. Na reiistén-ela deus» psssus a partlci-par da vida política, em auapasaMdsde e csnlssào. in-fluiu também o enfoque sec-(Alio du dirigentes do Par-tido Húngaro du Trabalha-dores, e mata tarda o» deeo-rientou a contra-revoluçãode 1MI. As realizações duúltimo» anos, à vida cris-talina de nossas organiza-ções sociais e o clima de li-herdade cripm pcr-pcctlva»aceitáveis também para es-

qus pouso a

Pouco u vão compenetrandocom u tdéiu socialistas.

t necessário que se dlgscom plena certeza que en-tra a liquidação do revisto-nismo, a rejeição ds poli-tica sectária, a luta Irre-conciliarei contra u fôreuda eontra-revoluçio s a vi-torta do movimento de eo-operação ds produção agri-cola, de um ísdo, e a poli-tica dé unidade da nação,de outro, longe de existircontradição há, pelo con-trárlo, üm nexo Indissolú-vel. Sobre Isto nlo deve ha-ver dúvida alguma. Comopoderismu aspirar hoje adesenvolver s unidade danação se não tivéssemuderrotado a contra-revolu-ção e defendido a ditadurado proletariado s se não ti-véssemu Implantado tam-bém no campo u relaçõesde produção socialistas? Aoapelo á unidade socialistada nação somente u poderuponder com um sim ro-tundo. e conseqüente emcaso de também dizermusim s toda s política doPartido Socialista OperárioHúngaro, á luta contra ufôrçu eontea-revolucloná-ria e ao desenvolvimentodu cooperativas de produ-çao. A política de unidadeda nação não significa umarenúncia á luta de classes,mu sim que é continuaçãoda mesms nu novu con-dlções; não é um retrocea-ao. mas sim uma fonte dehistórica» vitória» do socla-llsmo, um fator político queImpulsiona a revolução so-.clallsta e assegura sus pie-na vitória; não é um sinalde 'liberalização" (Isto é.na realidade, de debilita-mento) do regime, mu simde reforçamento do mesmo.

Esta politlcs emana dateoria marxista-leninis-ta. que não considera asclasses como formações in-variáveis e anquilmadas eque não Identifica à lutade classes com a guerracontra cada membro da»classe» exploradora» (esln-da em menor medida con-tra os antigo» exploradorese seus parentes), t estra-nho ao msterialismo histó-rico o conceito de classesspgundo o qual a condutae o caminho da vida dc umhomem são predetermina-dos para sempre por fato-res blnlóqicos dr modo quesealgu»m nasço cemomem-bro rio unia classe, só amorte lhe permitirá com

ela romper. A idéias e opi-niões dessa natureza sãosempre nocivas, t parti-cularaente periguas noperiodo de transição para osocialismo, quando se pro-dusem grande» transforma-oõu social» e modiflu-seradicalmente o caráter duclasses. Truem maior pe-rigo ainda quando ae tratade paises pequeno burgue-su no passado (como o foia Hungria), onde a situa-Ção de classe da grandemaioria da população semodifica rapidamente e apassagem de uma classe ãsfileira» de outra adquiremagnitude antes desconhe-cida.

Nu último» sei» anucombatemos com energiatanto o revlsionismo, querepele a própria idéia e arealluçáo prática da lutade classe», como o dogmatla-mo, que dmflgura aconcep-oão s a politlcs leninistadesta luta. Atualmente, aluta política de cluse» emnosso pais manlfuta-se demaneira menos aguda. Masse queremos que não seaguce no futuro, será pre-clao atuar com igual ener-gia contra as tendênciasdireitistas orientada* paraa "reabilitação" do revisto-nismo político e teórico econtra u tentativas de si-terar aectãrismente a ideo-logia e a política do PSOH.

O Partido pôs fim ao cul=to á personalidade e aodogmatismo sectário, aomesmo tempo que recha-çou e rechaçará a tendên-cia de "liberalização", em-buçada com as falazes pa-lavras de ordem de lutacontra o "stalinlsmo" e de"desestalinizacão".

Não aceitamos também aspontos de vista dogmáticose sectários no enfoque dodesenvolvimento social noperiodo de transição. $.bas-tanto sabido que o princi-pai fundamento teórico dasargumentações dogmáticase sectária» era constituídopela tese de que a luta declasses se acentua constan-te s Inevitavelmente á me-dlds em que se avança naconstrução do socialismo.Em fln» de 1936 e princi-pios de 1957, quando abor-damos a reorganização doPartido e. em luta contraas forças da contra-revolu-çâo, elaboramos o progra-ma de consolidação socla-lista e da sucessiva édlfica-

Hungria¦ -

Socialistacão do socialismo, a lutade classes foi extremamen-te aguda. Que teria aconte-cldo ss nessa situação ti-véssemu orientado nossaatividade pela idéia de quea luta de classes u acentuaconstante e ihevltàvelmen-te? Então nos teríamos ba-seado — ajustando a issonossa política — em que aluta de classes ae aguçaria,em que as contradições seaprofundariam ainda mais.Mas nós não nos ajustamosa tais considerações dog-máticas. em luta com omarxismo é com a reall-dade. mas nos guiamos pe-los princípios marxistas epelu Idéias criadoras doXX Congresso do PartidoComunista da União So-viética; sabíamos que seajustássemos contas com acontra-revolução e aplicas-semu uma política conse-qüentemente comunista, aluta de classes perderia suaexacerbação. Esta idéia seviu plenamente confirmadatambém pelos resultadosda reestruturação socialis-ta da agricultura: a cole-tivização se fez sem que seaguçasse grandemente aluta de classes. Na. resolu-ção do VIII Congresso doPartido pôde-se fazer a se-gulnte declaração: •'— Nos-sa experiência confirma ajusteza da tese teórica deque na época da ditadurado proletariado, se se rea-liza uma acertada politlcse a situação Internacionalé favorável, Inclusive asbruscas reviravoltas da re-volução socialista não sus-citam obrigatoriamente eem toda circunstância umagravamento da luta declasse» e um descenso deprodução".

Naturalmente, na atualetapa a luta de classes nãose extingue, mas mudamsuas forma» e métodos. Asfôrçu organizadas da rea-ção sofreram uma derrotadefinitiva; uma parte delasrenunciou á luta e outraparte se dispersou. E mes-mo que ainda existamforças que não desis-tiram de seus objetivos hu-tis, o certo é que a Imensamaioria dos membros dasantigas classes explorado-ras. sob a Influência dosêxitos do socialismo e dapolítica diferenciada ciuesegue o Partido, vão encon-trando pouco a pouco seulugar na nossa sociedade

socialista. Os antigo» esm-poneses ricos utilizaram apossibilidade que se lhesoferecia de ingressar nascooperativas de produção ea maioria dele» não traba-lha mal. Proclamar a "lutade classe" contra u queforam camponese» rlcu ourepresentantes das antigasclasses exploradoras em ge-ral, somente pode beneficiar»M verdadeiros inimigos dosocialismo aqueles contraquem também agora nuve-mu obrigado» a empregarmedidas coercitiva» ds lutede classe, da ditadura doproletariado. K no que serefere á tendência funda-mental do desenvolvimentosocisl, em nosso pais diml-nul a necessidade de em-pregar a violência e os u-pectos principais da luta declasses são um desenvolvi-mento da economia socla-lista e a luta ideológica.

Essas inter-relações deter-minam o papel da políticade unidade socialista danação no processo da re-volução socialista. A unida-de socialista da nação —como a mais ampla alian-ça de classe».—s e reral-tado As luta de classes con-tra o capitalismo. Na lutade classes contra o impe-rialismo e u fõrçss Inimi-gss que existem ainda, acondição principal paraconseguir novu êxitos es-trlba-se em criar e c con-solidar a unidade soclalis-ta da nação em torno dopartido dos comunistas, emtorno da classe operária.Portanto, s política de uni-dade socialista da nação étambém um meio c amaforma da luta de etasse»pela total vitória da revo-lução proletária.

Atualmente, a dialéticapeculiar da unidade socla-lista da nação se põe demanifesto em que dentro daaliança de todas as cama-das do pais trava-se umalula, mas não uma lutacontra pessoa», contra umaoutra classe ou camadaparticipante na aliança,mas sim contra u concep-ções e tendências, estadosde espirito e aspirações es-tranhos ao socialismo, pe-los objetivu socialistas epelu conteúdos da unidadeda nação. Ac mesmo tem-p.> que 'üstentamos dlscus-soes nn>i^..'Hf invocamosnessos Interesses comuns, so-elalistas. Precisamente por-

que mantemu uma atitu-de séria ante a aliança eporque montamos a guardaun sua defesa, salvaguar-dando seu uráter soclalis-¦te , é que entramos em 11-tiglo com tôdu as vacila-Çôes e todas u Idéias que.emanam da situação passa-da ciu umadas que hojecaminham juntas conosco.Ê evidente que são mui-tas também u pessou queapoiam nosso regime nãoporque aceitam consciente-mento o socialismo. A com-preensão de que s paz. sindependência nacional e osocialismo são causas es-.treitaraente ligadu entre sicolocou ao lado do. comu-nlstas uma grande massade cidadãos. A Imensamaioria das pessoas, embo-ra passivas politicamente.também compreendeu quea política exterior do poderoperário e camponês u u-força ao máximo para con-.servar a pa». « que o apoioao sistema lociallsta cqui-vale a lutar con*» a aven-turelra politl'* dos Impe-rialstas. deseje»» de de-sehcadear a guerra, equl-vale a lutar pela paz. Acompreensão de tudo istotrouxe u Idélu socialistasincluive a pessoa» que comelu não simpatizavam: ou-tra parte viu-se obrigada.por Uso, s sbster-sede stl-

.vidsdes contrárias so nu-so regime.O influxo político do Par-tido já havia aumentado

como conseqüência de queu patriotas aue u preo-cupam om pe-destlnos desua nação ss tinham per-suadldo de ou u antigasclasse» dominantes condu-zism o pais (.ara o desas-tre, enquanto que a politl-.tica e a atividade du co-munistas estavam e esta-riam consagradas a suasalvação, ao progresso danação/Agora, depois de ha-verem sido criadas u basesda nova sociedade, a Inter-conexão entre a paz, a In-dependência nacional e osoclBllsmo é multo maior.Enquadrada a Hungria nosistema socialista, a pasgarante ao povo húngaro ismelhores condições para odesenvolvimento das for-mu socialistas de organl-zaçfio social e de modo devida. parante a segurançada nr-ção qu» marcha pelocaminho do •e?'«ilpmo

Nossa poUUca está crien-

tada ura * realização dasnovas possibilidades deriva-. das das características dodesenvolvimento do sistemasocialista mundial e da re-volução democrático-popu-

O dogmatismo sectário,longe de aproveitar essaspossibilidades, relegou a umsegundo plano, em nome deuma suposta luta de cias-ses em constante exacerba-Ção, momentos favoráveisque emanavam ao desen-volvimento pacifico, pôs emperigo a aliançu da cluseoperária com a-, classes ecamadas trabalhadoras econverteu o principio defrente popular num meroformallsmo, Por sua vez, orevlsionismo de direita, apretexto de levar em con-slderação os traços peculla-res de nesse desenvolvi-mento, proclamou o pro-grama da liquidação da di-tadura do proletariado edaseparação da Hungria docampo socialista, e tentoulevar a cabo êste progra-ma. As possibilidade* emer-gent£3 do desenvolvimentodemocratlco-popular, toma-dupor nós realidade a par-tir de 1966, significam emessência que a imensamsiori» das amplas massasque apoiam as transforma-çôes segue a política d o»ccmuniíta» no período deparsapem á revolução so-cialista e durante a cons-

truçáo do socialismo. AMmdisso, depois ds conquistada ditadura do proletária-do. a bue do Partido, asçasp de qu su poUtiee se-Ja justa, smpita-se em eom-psração com o periodo ta»terior. Todu u qae apota-ram as transformações ds»mocrátlcu, se não u pas»sam ao campo da burgue-sia contra-revolucionária, sese incorporam á luta con»tra o imperlsllsmo, podemobter um posto e dsumps»nhar um papal digno naedificação socialista da so»ciedade,

a prática dogmitlee-tae»tària na coutruelo do so»calismo afasta possWrisaliados de nossu partfduirmãos do Ocidente. Semdúvids, a política de umVdade socialista da na elocontribuirá para tao upessus ds eonsclsneia as»mocrattaa du pafcaa eáat»taiistas que ste sgoca saa»tem certo receio du soam»nlstas compreendam fteestes não queremIas egoisticamente e .dona-Ias depois, mas __que o objetivo do» comauta-tas é criar uma aliança aa»se mantenha s rntiaotamno processo du transia*macões revolucionártas lt»elalistas e qu u deaoavslva plenamente graças a matrabalho conjunto Inspire»do na construção dadade socialista.

HUNGRIA EM CIFRASRulizou-se em novembrode 1962 o VIII Congresso doPartido Socialista OperárioHúngaro, cuja primeira ses-são foi no dia 20, data do*M.° aniversário da funda-

Ção do Partido Comunistada Hungria.

Na sessão inaugural, o pri-melro-gecretário do P80H,Janos Ksdar, apresentou orelatório sobre s gestão doComitê Central, do qui des-tscamu u seguintes dadossobre os avanços na edlfl-cação socialista do pais:o setor socialista daprodução representa atual-mente 96% da renda nacio-nal e 98% da produção in-dustrial;na agricultura. 98"; daárea de cultivo correspon-dem as eooperativu ds

produção e ãs fssmóas se»tateia;95% du trabalhadorasestão empregados nas sm»

presas e instituições soeis»listas estatais e nu coope»ratlvas; •-—«*?-não há desemprego;em relação s 19M, urendas resls ds populaçãoque vive de salário» sumen»taram, em 1M2. em 14%, c ovalor real do consumo entreo» camponeses elevou-» smmais de 31%;

mm,°,«2.! plano qümqüèhal(1991 1915) prevê os seguin»tes aumentos fundamentais:ÍJ5r£ "* rent*ft nacional:? . . . na Produção indwi»»mal; 22-28% na produtoagropecuária; 18-17% nurendu ruis por habitante.

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A ''Oeeeta de Motictas" tedst 4 de abril pubüoou ar-

ee userltor Oondin da-saahecro Rui Pacó. trágica-autato teeaosreeldo em ed-dento aéreo no Chile.

abala», publicamos a in-sagra do trabalho:^A Imprensa diária, eace*toada a GAZETA OE NOT1-CIAS, não deu relevo à mor-ta do nosso companheiro deJornalismo Rui Pacó, ©cor-rida em dias do mês passa-do, .quando regressava deLa Pas num avião do LóideAéreo Boliviano. Rui Pacóera moço, pois nascera em1913 em Beberibe, cldadezl-nha do Ceará que é um en-canto e de que sempre ouvifalar bem. Saiu dali para aBahia, onde ss formou emdireito, e da Bahia para oRio. Observem que quase to-dos os bons jornalistas ca*rioeas e da Paullcéla vieramda província. Nesta cidade,Alclndo Guanabara é exce-ção. Alclndo e Evadsto daVeiga. Já. porém, mi/tem-pos de Evarlsto, os que maisse ootabilimram aa Im-

prensa como José Bonifácio.Martlm Francisco. DlogoPeljó, Bernardo Pereira deVasconcelos, etc., desgula-ram de longe. No tempo deAlclndo (que é o nosso) nemse fala...

Rui Pacó principiou naimprensa quando eu Já eraburro velho, e nos "DiáriosMancomunados", que asm-pre detestei. Entretanto,sua ação a favor dos Inte-résses do povo e da Pátria,ação que o conduziu ao cár-cere. o obrigou a viver forado Brasil t a levar sempreuma vida penosa e de tra-balho árduo, o consagroucomo paradigma para quan-

aaap bitIbbbi p#f

ctrleee eedaNceflallfln*

eom Sio Paulo, onde feraesjsjgjgtj mÁsAãm ssW ——————*^^-* — ->***vesa> trtJFVuj ajas ujjBa|^Huuuf*fe^BjHuej"a,

O contente famoso Inicia,eseVu, ess nesse tais o suo•¦astfT)a# iflfiat^Biancafta.J4 visitou es outrot eentl-nentet. lei tidos os |mndetcapitais o cidades em aue teepreesnteu, o sucesso elcdn*cate foi inigualável. Nevaleiqoe, Paris, Lendret, te-ate, Ceire, Pequim, es gran*v*M aalfvB^lM a# ntvitoftodemeiam e conjunto de

some o méis brl-

Fai swwtst #en Ití|7 •desde entée é dirigido ne-le fome te coreógrafo. A moarte Iniplio-se nes motiveipopuleret dot regiõet tovié-licat, nat dençat fatcléri-cot de povo rutse, que ai-cenfem nat oncenacõet deMeitseiev um elte nível ce-reef rafice e arhttico.

Nette página, tende ce-mo motive e presente emnosso eaís de conjunto, pu-blicamst um artigo de teudiretor tèere ut nevot ten-dtnclat de bale na UniãoSeviérica.

Como sempre. Lenlngrsdomostrou s Mocou. recente-mente, alguma coi.-a dc nò-vo em matéria de bale. Nãofalo em termos cronológicos,fmbora mesmo sob êste as-pecto cs espetáculos encena-dos por Igor Bielski e IurlGrigorovic. no quadro dolentq desenvolvimento donosso teatro coreográfico,

v sào.totalmente novos, atua-lisslmos.

Novos. Eis a explicação pa-ra o interesse agudo que ti-varam estas obras. Eis o mo-tivo do seu triunfo. Eis por-que unimos dois nomes llus-três de autores tão diversos,de bales tão diversos como\ aeargem da esperança eLenda de amor...

Somos agradecidos aos au-tores dos dois bales pela au-dácla criadora. Pela fé nadança, nas suas posslblllda-des. Pela naturalidade e aorganleldade do pensamen-to e da linguagem corso-aràftaa em que o bato-aaseenão eomo tiaduçao de am- texto em movimentos dedanças, mas porque o dire-tor Imediatamente pensa emtermos de dança, de formasplásticas. Eis onde esta onovo nos trabalhos de BI-•Iskl e Grigorovic. De formaoriginal, depois de obras-pri-mas do passado como Gise-lia e O lago dos cisnes de-pois das obras de Fokin, elesnovamente "emanciparam adança", libertando-a das ca-delas que a submetiam aotexto. Atingiu-se assimaquela liberdade de expres-são coreogrdflca doa senti-mentos. dos pensamentos,das Idéiss. que dá a sensa-ção de Improvisação lnspl-rada e de eficácia imediata.

Entende-se. ambos os mes-três dispunham de um óti-mo libreto: o episódio sobrea vida dos homens sovléti-cos à margem da Esperançae dos habitantes da outramargem revela nas cenas deI. Slonimskll uma visão co-reógraflea perfeita. Sloni-mskü alcançou uma tal ai-tura ao estruturar os carac-tores e os acontecimentosatuais que ajudou I. Bielskia criar o seu bale. com mú-sica de I. Petrov, impreg-nando de um sentimento deotimismo,, de camarada-gem. de amor puro e ale-gre, um bale onde os pro-tagonrstas — os nossoscompatriotas — são dotadosde uma Imensa força mo-ral.

A história do trágico amorde Perhsd e Soccrin, a ne-gra e louca paixão da so*berana do Oriente Mehme-

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ne. o sto heróico de Perhsdpelo seu povo sào as linhasde um trabalho de NazinHikmet. rujo libreto élemesmo escreveu para I. Gri-gorovic, que pôde assimcriar um espetáculo de. ex-cepcional calor emotivo queconquistou o público.

Não sou favorável a cria-vão de bales abstratos, semargumento, . independentesda literatura. Sou pela au-tonomia da linguagem co-reegráfica, para que as dan-ças sejam o material deconstrução do bale. assimcomo as palavras o são.pa-ra os versos.

Sustento que construindoo bale sóbre uma qualquerbase literária, o coreógrafonào deve ser aquele quetraduz literalmente em mo-vlmentos, estrofes e versosconhecidos, mesmo que se-jam geniais. Utilisaado talmétodo, o prosaismo nobale será Inevitável. Mas aeo eoseografo ttabalha nãoeom aquele que "tradus nalinguagem da dança" Sha-keepeare ou Pusxin, mas co-mo diretor que pensa emtermos de dança, eis que setem o veidadeiro bale.

Grigorovic e Bielski con-seguiram faaé-lo. E o fise-ram como resultado do ta-lento, do sentido do novo,da procura de novidades quecorrespondam às idéias es-téticas de hoje, como resul-tado de todo o desenvolvi-mento precedente do nossobale.

iate tem. como se sabe,uma longa e gloriosa htató-ria, raízes profundas, quepenetram no terreno de Le-nlngrado. ds Petrogrado, oa*de surgiu e se desenvolveuo bale clássico russo. A suaescola, as suas grandes tra-diçóes são um patrimônioprecioso que os mestres dobale soviético herdaram edevem fazer fratificar, tnatural que éle tenha surgi,do com a ruptura da "men*talidade feudal" que estavaradicada no teatro Imperial.

Contomporàneamento ve*rlficou-se um processo cria-dor de novos espetáculos, aprocura de métodos paraexprimir grandes sentimen.tos, pensamentos profundos,caracteres decididos. Foi-seá literatura clássica. Lutou-se contra o velho bale, noqual muitos vezes a dançasuplantava o senso comum.Exagerara-se, como em todaluta: jogara-se a criançajunto com a água. Poisbem. o "senso comum" nãosó nào suplantou a dança,

como fés eom que e bale"voltasse a pór os pés naterra" e adquirisse uma tal"natureza" que nos levou aperguntar: e agora, ondeestá a dança?

Começou-se a demonstraruiie no bale era necessárkdançar. Como se quisesse de-monstrar que os pássaros de-vera voar. O bale multas vé-zes se parecia com um pin-gulm: mesmo mantendo a•classificação" de pássaros,tinha perdido a capacidadede voar... Depois o bale re-tornou à cena . Mas estavaainda oprimido pela escra-vidào das fontes literárias.O bale estava sujeito às leisnão da sua, mas de umaoutra arte. Os diretoreseram capazes de fazer umatransposição, mas não pos-sulam uma língua materna,através da qual pensar eexprimir as suas idéias.

Mas era necessário amcriativo análogo à

jto mastoal. Preti-rde JUaufcoj de Tshal-

eovskf BMptTa-se (e somentese Inspira) em Dente, masnão ilustra de tato, não tra-duz em linguagem musica]os acontecimentos que se•ugvirem "a quel gtornoplu non vi leggemo a van-to"... o final da Nona sta-fonla de Beethoven ressoa aode A alegria de SehUler.alas lios não sentimos umatradução de versos, nem asua transposição direta paraa música, mas a música co-mo tal — na sua composiçãode pensamentos e senti-mentos, nos seus meios ex-pressivos, tanto mais fortecomo é mais forte a músicaem si mesma.*

O mesmo devia ocorrerem relação ao bale: expri-mlr diretamente e de formaautônoma através da dançaaquilo que o coreógrafo querdizer.

Bielski e Grigorovic eon-seguiram-no. Por Isso ocu-pamo-nos dos dois ao mes-mo tempo. Por isto pare-cem-nos Ingênuas as tenta-tivas de contrapô-los um aooutro com o argumento deque um criou um bale mo-demo e o outro um bale"fantasioso". Ambos sãomodernos. Ambos são auto-res-Inovadores por que têmuma concepção cênica nova,diferente da dos seus pre-deceesores, persuasiva eprovento.

A riqueza das Idéias exi-ge riqueza e complexidadeda linguagem coreográflca.E parece-me necessário queos expoentes da nova orien-

RUI FACÓ(tadi* ia Fmmci

tos se dedicam à faina dojornal. Rui possuía culturaséria, procurava documen-tar-se, escrevia baseado emfatos, não usava as palavrascomo sons mais ou menosharmoniosos à maneira doJorge Amado, que escreve deouvido como quem toca pia-no sem estudo de música,tirando acordes que não es-tio certos mas tapeiamquem escuta. Julgo nãoofender os meus colegas de"Novos Rumos" declarandoque Rui Facó era ali figuraprlmacial e que será difici-limo substitui-lo.

Eu o estimava deveras.Além de estudioso de pro-

blemas sociais o economi-cos. Rui era machadeenoarguto. Numa época em quea grã-flnagem das letras eri-gia o autor de "Dom Cas-murro" em artista mais oumenos abstrato, longe darealidade ambiente, éle pro-testa. "Machado de Assis —escreve na Voz Operária a27 de setembro de 1958. —exclui a art». pela arte. Suaobra reflete precisamente oambiente em que vivia, tdigna de destaque esta suaopinião, que infelizmentenão era generalizada: "Oque se deve exigir de umescritor, antes de tudo, écerto sentimento intimo queo torne homem do seu tem-po e do seu pais". (Ver "Ma-chado de Assis", de Astro-jildo Pereira).

Estas palavras do nossoromancista seriam maistarde repetidas por AnatoleFranco. "Un homme n'estrien. quand il nest pas unprodult de sa torre". Umhomem nada vale quandonão é produto da sua terra.

Durante as lutas pelo mo-nopólto estatal do petróleo,encontrei por vezes Rui Fa-có. que sempre me animou— pois êle era um produtoda sua terra e sentia, porisso, a autenticidade dosnossos grandes escritores.(Machado de Assis, José deAlencar, Castro Alves), asamarguras do nosso povo, atremenda complexidade dosnossos problemas.

Morreu assassinado. Ti-nha de. ser. Aquele avião doLóide Aéreo Boliviano des-

taçio na coreografia variamantes de tudo. enriqueçam oseu léxico do baile.Quando na Lenda de amor

surgem os cavaleiros da ra-lnha Mchmene. rimos dealegria: feliz achado! Osatores "nào fazem nada" —"somente dançam: mas commovimentos que bastam pa-ra defini-los como figurasde cavaleiros e nào só decavaleiros, mas de valentes,servidores cruéis e Implacá-veis da sua senhora. Rimostambém porque imaginamoscomo seriam apresentadosestes personagens no velhobale: há multo tempo, nacena. teriam surgido com-parsas montando cavalosautênticos: mais recente-mente, provavelmente, terianos fascinado a imitação deuma cavalgada. Agora, ape-nas com a dança se obtémum estado de alma, comu-nlca-se a natureza Internado personagem...

¦á porem um grane* ps-nao; Como sempre ocorre nocaso de felizes e importan-tes descobertas teatrais, épossível que surjam diver-sas Imitações e até Imita-coes de si mesmos dos gran-des mestres. Seremos alnce-roa: já na Lenda existemparticulares que lembram aprimeira obra de Grigorovic.A flor de pedra, e na Sinfo-nia de Lenmgrado de Blels-kl podem se discernir meto-dos já usados e talvez cego-tados na Margem da itpe-rança... Sintoma que devePôr em guarda o controleartístico Intimo dos direto-res, avisando-lhes em tempo:besta, procura o novo!

Sim, este • o desuno dequem serve à verdadeira ar-te: a procura do novo. Equanto mais talento tem oartista, mais sé exige dele,tanto mais êle deve ser exi-gente consigo mesmo, tantomato raramente gozará dasensação de completa satis-facão e de tranqttlldade dohomem comum, que os elo-gios dos críticos, dos amigose dos admiradores podemconfundir.

Estamos de parabéns pelonascimento do novo teatrodo bale. Entusiasma-nos apaixão juvenil, a inspiraçãocom que a companhia ence-na os novos bates. Nós com-preendemos como se devesuperar multas dificuldadespara alcançar a vitória naluta contra o velho, o retro-grado, que ainda resiste oque não se renderá sem lu-w. Mas estamos convenci-dos de que sairá vencedor oQUe é jovem e progressista,o que é novo.

pehcou-se do ar porque élevinha a bordo. Ignoro porque motivo o FBI não en-centrou noa. escombros umapasta de documentos (comoaconteceu nào há multo emoutro avião criminosamentesinistrado) provando queFacó urdia uma conspiraçãona América do Sul de cará-ter fidelista. Os gringos dosEstados Unidos são capazesde tudo e não trepidam emmatar os seus desafetos.Nunca deixo de me referir à

. morte de Moisés Rabino-vitch, Ilustre geólogo, sacrl-ficado na ABI pela Stan-dard Oil quando se prepa-rava para seguir viagem ru-mo à Amazônia onde (ju-rava) descobriria petróleonos contrafortes brasileirosdos Andes. Os ianques ms-tam até os seus compatrlo-tas (como sucedeu comHemingway) quando eles seafastam da linha justa deapoio total a Wall Street.

RuJ Facó morreu porqueera decente. Glória a seunome. Sua vida constituiráduradouro exemplo para asgerações futuras.

Canto de Páqim

Promovido pela rerteraçào Democrática Internacional deMulheret. vai se realltar em junho deite ano, em Moscou,um congretüo mundial de mulheres. Psra começo de con-verta é preciso lembrar que a FDIM natceu "m primeiro de"•'«•muru <k 1943, quando terminou a Segunda Guerra Mun-mal. e te formou como s expressão da vontade das mu-lheres do mundo Inteiro de te reunirem contra t guerrs, aopressão, a mii*r:« c edlflcar um futuro de progresso, deliberdade o de paz.L*io ° ^t*'0 nue me chega para esse congresso e dato»mr orgulho»*, nào sô em tveebé-lo, como em me sentir eelado (tessat valorota* mulheres que tanto vêm lutando,nào apenas em defesa dot direitos das mulheres, mas sem-pre com os olhos voltados para as crianças e os problemasdos povos de todot os palsr». porque » Federação reúnemulheres tem rilttlnçâo de raça, nacionalidade, religião euopinião poliiica, desde que elas estejam dispostas a atuarem comum pel* conqultta e defesa de seus direitos de cide-dn», de mãe* » de trabalhadora», "para proteger a Infância,obter o desarmamento geral, assegurar a paz, s democraciae a Independência nacional".

Ainda voltarei • étte assunto outro dia. Hoje quero ape-nat contar que a FDIM tornou-te de tal forma uma corrente de afeto e de entendimento entre aa mulheres, quepode contar hoje. em vinte e seis palset, com cento « trinta•dua» revistas feminina, ligadas à Foderaçlo. Seu ôrgAonflcai é » revista Intitulada "Mulheres do Mundo Inteiro',onde te lê noticia* nao apenas de lutns políticas, pela pa<» at rcivindlcaçoe* femininas, mas análises dot problema*,ds criança, da maternidade, etc- an lado de contos con-curtos literários íotograflat de mulheret de todot os paísesdo mundo,., 9,ir1nsreM0 rte Moscou, diz Eugenle Cotton, presidenteda j-DIM.

"te propõe a favorecer os contatos entre psrso-n».idades »• organizações femininas diversas e permitirattim discussões sóbre os problemas que as Interessam. Es-*•« lelacóPK poderão ajudar a compreensão mútua e, demaneir* eventual, encontrar iniciativas comuns"Sartdo n Congresso Mundial de Mulheres e riêle aindafalarei iAr. heln c tan eloqüeiiic o o apelo d» FederaçãoDemoeráiicB. Internacional de Mulheres para sim realização.

FACÓ: CÂMARA DE NITERÓIAPROVA VOTO DE PESAR

Dirigida* a esto jornal eà familia de Rui Facó, con-tinuam chegando, de todoo Brasil, mensagens decondolências pela morto donosso companheiro.

No dia 20 de março úl-tlmo. a Câmara Municipalde Niterói aprovou requeri-mento de autoria do verea-dor José Maria Cavalcan-te, registrando um voto depesar pelo falecimento deRui Facó. Ná sua proposl-çào. n vereador assinala que"o desaparecimento do men-cionado jornalista significauma grande perda, não sópara a familia dos homensde imprensa, mas tambémpara as fileiras dos pátrio-tas o nacionalistas, luta*dorfc. pela democracia epe-Ia emancipação econômicade nossa pátria."

Sérgio A. Orossi, de Vi-torta. Espirito Santo, dlsque a morto atingiu um te-eansàvel lutador, cajoexemplo deve .ser seguido

por todos aqueles que real*mente amam seu pais.Escreve de Rio Bonito,Estado do Rio, José Limada Silva, expressando suador pelo desaparecimentode nosso companheiro, en-quanto de Diamantino, Ml-nas Gerais, dlrigr-se a NO*VOS RUMOS o sr. Carlos deFreitas Andrrdc, rendendohomenagem ú memória deRui, "pe!o rhültò que féa,durante sua rica exütén-cia, pela libertação de noa*so povo."

De Manaus, escreve-nosum grupo de comunistas dobairro dos Remédios, le»menrando o "trágico dosa.perecimento do talentoso erenothado Jornalista". Tam.bém os comunistas do Ube-raba, transmitirem suaacondolências à família dePaeó, sublinhando tor sidoa sua vida "uma fonte per*manento de exemplos, laa*plraçào e ajuda na latapela libertação ds nossopovo."

Tópicos Típicos

eeVtftt»

CHIMPANZÉ GUATEMALTECO IMITA HTTLEllO chefe do r^vo governo multar da Guatemala, generalPeralta (não é apelido não. minha gente), prometeu rea-lizar "a erradicação definitiva do comunismo da GuetoCom sue memória de chlmpanzé (o general Peralta nãochega a ser propriamente um gorila, por sua baixa esteta-ra), o militar fascista nào está em condições de recordar otriste fim de aeu precursor Àdolf Hltler, que prometeu res-lizar a "erradicação definitiva do comunismo da Alemanha"e realizou foi aquilo que se viu.

ONU CONDENA DISCRIMINAÇÃO RACIALA comissão sobre Direitos do Homem — órgão das Naçõesunidas — aprovou resolução unânime condenando "tõdaa

as formas de discriminação racial". Aguarda-se a qualquermomento, que o governador Carlos Lacerda envie um tole-grama de solidariedade ao governador racista Orval Pau-bus, protestando contra a provocação comunista da ONU.LACERDA DEMITE- GUARDA MULHERINOO

O governador da Guanabara demitiu um guarda da Po-lida de Vlgilânda que íôra visto, Mijado, em uma viaturaoficial, na companhia de cinco mulhorca.Consta- que o governador ficou muito aborrecido, por-que o guarda arranjara cinco mulhores e nüo tivera sequera delicadeza de convidar o seu máximo superior hlerárouicopara o programa. *^REVISTAS AMERICANAS FALAM DO BRASIL

Há cerca de. um mês, a revista norte-americana "Time"publicou uma reportagem sóbre as nossas Escolas de Sam-ba, dizendo que o dinheiro para a compra das fantasias epsra os gaito» do desfile era- arranjado através da emlo-raçáo do lenoclnio. .

Há duas semanas, a revista norte-americana "Life" pu-hlicou uma reportagem sobre o papel das classes médiasna América Latina, dizendo que os Estados Unidos Já de-ram ao Brasil excessiva ajuda em dinheiro, com prejuízoserio para ot contribuintes norte-americanos.Nesta reportagem de "Life", o redator atribula ao sr.Ru Gornet de Almeida, presidente da Associação Comer-ciai do Estado da Guanabara-, a convicção de que os Etta-dos Unidos vâo ter dc nos ajudar "de qualquer jeito" • queprecisarão nos entregar "o.s anéit que trazem nos dedòí",a fim de que "nfto lhes tomemos os próprios dedot". Trata-se sem dúvida, de uma calúnia. O sr. Rui Gome» de Al-meldft nâo diria uma sandice destas, Diria outra», mas nSoa que o redator da revista "Life" lhe atribuiu.O que a mA vontade das revistas "Life" e "Time" emrelacío ao Brasl) está revelando é que estamos, de íato, es-capando ao controle dos gringos.LIFE A TIME EMBRIAGARAM-SE DE DÓLARES

No meu bairro exisMa um .bêbado contumaz pelo qualnós, os molequet da rua, tínhamos a maior simpatia, gra-ças ao »cu bom-humor habitual.Um,dia; lembro-me de que êle foi procurado por alguém

que procurava convencê-lo a fazer um esforço a fim derecuperar-se «¦ llbertar-se do vicio. Recordo que ouvi o vi-sltann? perguntar-lhe:Por que é que você bebe? Já não houve um tempo emque você era abstêmio? Por que íol que você passou abeber?

E entre dois goles o bêbado respondeu:P.ealmente, houve um tempo em que eu era abttê-mio. Tenho uma vergonha horrível disso. Acho que bebojustamente paTa esquecer que JA fui abstêmio . . .Agora, volto ;i encontrar a lógica absurda Ho bêbado naatitude das revista» norte-americanas; depois de no» teremexplorado dura-nte tantos anos com seus investimentos espo-lia-clnres, os gringos ameaçam tido faser mais investimentoeno Brasil'

Oxalá cumprissem a ameaça.

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33 il

Page 6: MmMÊm^ m mÈ ^mmmuum^ - marxists.org · e de montar um sistema de forças dito "centrista" mu j cuja coloração direitista e reacionária sur- ... te. para suprir uma nccessl-dade,

— a NOVOS RUMOS

Uberaba: Manifesto Sindical ApontaPara Problemas Nacionais e do Município

SaídaRio dt Janeiro, temana de 12 a 18 de abril dt 1963 —

UBERABA, Mina* Oeruis(Do correspondente» — Emextenso memorial enviado aoprefeito municipal e a CA-mera de Vereadores, os Irã»balhadores de Uberaba, apôsa realização de uiiiii grurdeassembléia gtr.il dc todosas categorias profissionais,pronunciaram-se contra apolítica económlco-flnaneci-ra do governo federal e de-nuncinram a exploração dcquo .s"iü vitimas numa clda-d» c¦i.-'i.»ii«ua das mais de-.envolvidas d>: Pais,

Comentando a políticaeconômico - financeira dopresldonto JcSo Ooulart odocumento detêm-se parti-culnrmrnte na análise doPr.no Trienal. Dizem os tra-ba Iindores. sobre o o"ogra-um elaborado pelo rcono-mliía Crio Furtado:"O pinno, a par de algu-mas Inovações, não se dis-t Inguc f u n damcntalmcnteda cnentaçiio dos governosanteriores, qur procuraramsistematicamente combatera< conseqüências do nossosubdesenvolvimento sem fc-rir as causas profundas do

mesmo. Representando umaconciliação da Indústria na-cional com o capital esiran-geiro e o latifúndio, nfto ob-jftivii mais do qut a menu-tenç&o do staltu quo vlgrn-te c. o que é mais grave,prrvé ate mesmo recuo* ir-romcdlávels nus conquista*do povo brasileiro em du-ras luta* do passado aindarecente""&%ts carortcrivtlcas doPlano rrienul prosseguemos lrnba'hadc-11, — torna-rom-« mais patentes aindacom o Inicio de sua aplica-cão através de medidas Im-populares e antinaclonals.eom a supres >:\o dos subsi-dlos do trigo c do petróleo,que afeta o po''o brasileiroe Incide dlrcti e foitemen-te no aumento do custo devida. A restrição dn créditon llrrris nacionais, pre vis-ta no Plano, choca-se fron-tnlmrnte com o esbanja-mento do dinheiro públicono processo de eompr.-. semo devido tombamento físicoe contábil, das subsidiáriasdo truste norl"-americanode eletricidade, a Bond and

Share. e no vultoso t In-cmpieeneivei empréstimo àStandard Eletrlc, subsidiáriada poderosa InternationalTelephone and TelegraphLm contrapartida não pre-vo o Plano Trienal a redu-cão dos subsídios para o¦ '.ue, que beneficiam osgrandes latifundiários".IHKHABA

A situação de Uberaba <•a sim descrita no manlfes-to dos operários:"Apesar de contarmoscom uma legislação traba-Ihlsta Imperativa, 60 porcento dos trabalhadores dacidade nfto recebem o sala-rio minimo e apenas 40 porcento estão registrados na*firmas em que trabalham.As mulherei e menores sãovitimai fáceis da exploraçãoimpiedosa de empregadoresgananciosos e Insaciável*.

Oa filhos do* operárloi. edos camponeses nfto contamcom escolas públicas sufi-cientes para sut educação esó uma minoria heróica con-segue ultrapassar o curso

Mário Alves faz conferências em Pernambuco:

Plano Trienal Escamoteiaas Reformas de EstruturaRECIFE tDo correspon-dentei — Convidado porvárias organizações culturais

e populares, Mário Alvespronunciou em Pernambu-co três conferências sobre oPlano Trienal e a políticac c o n ò m í co-financeira doatual governo.A primeira realizou-se nodia 29 dc março, no auditó-rio da Faeuldade de Cién-cias Econômicas, sob o pa-trocinio do diretório acadé-mico dessa escola e da As-sociação dos Servidores daSUDENE. A mesa, entre ou-trás pessoas, tomaram as-sento os universitários JoãoCaixeiro. presidente do DAda Faculdade de CiênciasEconômicas: Clóvis Cavai-c&nti, presidente da Executi-va Nacional dos estudantesde ciências econômicas; Jo-sé de Araújo, representanteda UNE no Estado de Per-nambuco e Geraldo Gomesda SlTéa, presidente do DAda Faculdade de Arquitetu-ra. Encontravam-se presen-tes, também, vários profes-sores universitários, entreeles os Sn. Luiz da CostaLima, Oláuclo Veiga e Gus-tavo Cintra Paashaus. O

através de uma política deconciliação com o Imperia-lismo e o latifúndio. Náo hácontradição lnsolúvel entreo desenvolvimento e a es-tabilidade monetária, desdeque.se façam reformas pro-fundas na estrutura econô-mica.

Em seguida, afirmou oconferenclsta que o PlanoTrienal evita atingir aa cau-sas estruturais da lnflaçfto eprocura conter o processoinflacionárlo apenas commedidas no. terreno flnan-ceiro e monetário. Não ado-ta qualquer medida pararestringir a remessa de lu-cros. mas, ao contrário, pre-vè o aumento da transfe-rencia de rendimentos doscapitais estrangeiros. Man-tém a política de favores esubsidio* excessivos ao setorlatifundiário-exportador, emparticular ao cafeelro. Noreferente ao sistema decâmbio, atem-se no funda-mental às exigências dapolítica recomendada peloFundo Monetário Interna-cional. Escamoteia as refor-mas de estrutura e mantéma dependência do pais emrelação aos créditos e flnan-

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IBittlIlal ¥^^ 9 lllil

auditório estava tuperlo-tado.

Em sua conferência, MárioAlves afirmou que o PlanoTrienal, aparentemen-te, propõe objetivos ácer-tados: assegurar a taxa decrescimento da economia econter o processo Inflado-nário. Entretanto, a políticaeconómico-financeira conti-da no Plano está longe deidentificar-se com as solu-ções nacionais e popularespara o problema da infla-ção. Referindo-se ás causasda pressão lnflaclonária noBrasil, apontou o conferen-clsta cinco fatores que con-tribuem para êste fenòme-no: a) a desvalorização ex-terna da moeda, decorren-te da espoliação imperialis-ia através do comércio ex-terior; b) a redução na ca-pacldade para importar, re-sultante da crescente re-messa de lucros das emprè-aaa estrangeiras; c) os ex-eesslvos subsídios e finan-elementos ao setor cafeeiro;d) a oferta reduzida de ali-mentos em relação ao au-mento da população urba-na e da renda "per capita",eomo resultado da estrutu-ra agrária arcaica, e e) o«forço de círculos da bur-metia nacional para au-mentar a taxa de cresci-mento eom realizar mudan-ças na estrutura da econo-mia, tsto é, «través da "pou-pança forçada" e dos invés-timentos inflaclonarios. odesenvolvimento econômicodo pais tem tido ocompa-xiharJo de uma inflação de-sen j :.<la - JBOnchnu

--porque a Industrialização dop*4i xem tendo «taltwda

ciamentos de origem impe-rialista.

Analisando as medidas an-ti-inflacionárias pro postaspelo Plano Trienal, disseMário Alves que o sentidobásico dessas medidas — a"redução relativa do con-sumo", através da supressãodos subsídios ao petróleo eao trigo, do corte drásticodas despesas estatais, da ele-vação dos impostos indire-tos etc. — é, no fundo, aimposição de maiores sacri-ficios ao povo. Assim, pre-tende-se combater a infla-ção nâo ás custas dos se-tores privilegiados que lu-craram com o processo In-flacionário e são responsa-veis por êle, mas únicamen-te as custas dos trabalha-dores e do povo, que sempreforam vitimas da inflação eagora são sacrificados coma política anti-lnflacloná-ria.

O Plano Trienal — afir-mou — é uma tentativa decírculos da burguesia na-cional no sentido de concl-liar o desenvolvimento e acontenção da Inflação coma manutenção dos privilé-gios do capital estrangeiroe dos setores retrógrados.Deve ser apresentada umaalternativa a esta políticapelas forças nacionalistas epopulares. O conferenclsta.explicou as soluções que jávêm sendo propostas pelasvárias organizações que re-pre-sentam o povo brasilei-ro, destacando-se entre ou-trás:

— Reforma cambial, queestabeleça o monopólio dasoperações de câmbio, a sus-pensão temporária da ta»

priedade individual ou aa-soclada, além da constitui-ção de fazendas-modêlo es-fatais.

Concluiu o conferenclstaafirmando que a realizaçãodessas medidas pressupõecondições políticas, a pri-meira das quais é a lutapopular. O problema em de-bate — assegurar o desen-volvlmento. contendo a In-fiação — não é puramentetécnico nem administrativo.Será resolvido na medida emque predominem no Poder,com um governo nacionalis-ta e democrático, as forçasinteressadas na sua efetivasolução.

Após a conferência, hou-ve um prolongado debate,tendo o conferenclsta res-pondldo a numerosas per-guntas sobre o Plano Trie-nal.

Dia 30, na cidade de Ca-ruaru, realizou-se uma con-ferêncla de Mário Alves só-bre o mesmo tema, na sededo Sindicato dos Bancários, aconvite dessa entidade. Alémde diretores do Sindicato,achavam-se presentes auto-ridades locais, estudantes,intelectuais, lideres sindi-cais, comerciantes e próce-res politicos da "Princesa doAgreste".

Dia 31, no Sindicato dosTecelões de Recife, MárioAlves pronunciou uma pa-lestra sobre o Plano Trle-nal, seguida de animadodebate, participando dessareunião centenas de traba-lhadores de várias catego-rias profissionais e dirigen-tes sindicais pernambuca-

nos.

primário t vencer a barrei-i.» (•cnni..iite:i para alcançar»* outro* estagio* educado-nals,custo de vida na cidadeum du* centro., pruJutiiie-do Pata, Ukf.ipara-se cum odu* Rifirtl;* metrópole* bra»iielrui ox'«1ndo «> ;ncdidu.ienérgica:, dc (WHbute ao*Intermediários ifanincloio;.O* casebre* •>. principal-mente, a in.iulicáncia cone-illuem ume tr\í realidadecm Uberabu E é comumver-se rios logradouros pú-bllcos o deprimente espeta-culo de muMicres e crianças-emexendo nas latas de lixo.Ètses e mult.-s outros fato-indicam que medidos pro-fundas e eficazes 'èm de sertomadas".

AS SOLUÇÕESr memorial d.-w trabalha-iVwea de Ubenba r-ponta,em teu fi..ul. a «sida paraa tuperaçto dos problemasnacionais mata prementes e

para a melhoria das icndl-ções dc vida nc nruiiicipio.propondo ao prefeito e aosvereadores o seu entrosa-mento na luto pel* eonquli-ta das seguintes medida*:— Aplicação da Lei deRemessas de Lucros, com ocontrole efetivo da inversãode capitais estrangeiros elimitação dat remessas delucros;

— Encampação, comtombamento físico e conta-bil, de todas as empresasestrangeiras que exploram

o* serviços público* e nado-Jialtzuçao da tódat as com-i>..iiriiu!i estrangeiros que ex-p.oram ramos fundamentaisua economia nuclcnal;

— Apoio efetivo para o...taltcjmcnto e ampliaçãoi.f.« empré/WR de economiain 'lu v autárquica, como um.br.K Eletrobrás, Com-•j.uilila Nacional de Alcalls,...bricu Nacional de Moto-tus e Cia. Siderúrgica Na-. .onal;- Reforma Agrária ra->al acompanhada de tó-•i as medidas complemen-.."cs para seu pleno éxlto;— Política externa In-ii •pendente, com respeito

absoluto pjla autodeterml-iinçáo dos povts;e — Reforma Urbana, pa-ra resolver o problema dacasa própria e prorrogaçãoem Junho, da Lei do Inqui-linato;— Reforma Bancária,

eom a nacionalização dosbances estrangeiros de de-pósltos e das companhias In-tcrnaclonals de lnvcstlmcn-tc<i e financiamentos;

— Reforma Tributáriano sentido de lançar Impôs-tos diretos fortemente pro-gresslvos sobre a renda dosgrupos privilegiados e nãoimpostos indiretos sobre asmassas consumidoras;

0 — Reforma Unlversltá-ria e defesa, fortalecimentor ampliação da Escola Públi-ca, com a exclusiva canali-ração para ela de todas asverbas federais, estaduais emunicipais de educação;

10 T» **íonn» Eleitoral,eom direito de voto aotrnalfabetoe ao* cabos esol-dados du força* armada* erepressão eflcai contra aiiiluência do poder econô-mico c? ninitlro e nacionalna* eleições;U — localização mal*fficlente da aplicação da*i.i* trabalhista*; '12 — instalação, em Ube-iiiba. do restaurante popu-lar do 8APS:13 — Criação lmed!ata doOinãslo Municipal a fim de

proporcionar ensino acesai-vel as camada* mais po-bres da população;14 — Criarão e inste laçãodo uma Sub-Delegacla doTrabalho e permanência deum .Fiscal do Trabalho r deffcals dos IAPs nesta clda-de;15 — Garantia do salário

minimo para cs trabalha-dores e professoras da Pre-feitura e pontualidade nopagamento dos mesmos;

10 — Vigência Imediatados Serviços de AssistênciaMédica e Hospitalar para osassociados dos IAPs e Cons-trucfto do Hospital da Pre-vidéncla Social;

17 — Criação de uma se-ção da COAP em Uberaba,com a participação dos tra-balhadores e dos PodêresPúblicos;

18 — Não permissão deaumentos nas taxas dos ser-vlços oe utilidade pública,como água, força e luz, te-lefones, etc.

¦L^ti^y^m^0<lijpll

IMHMAUSMO

messa de lucros e o com-bate à fraude cambial.Suspensão temporáriado pagamento da divida ex-terna, com medidas corre-latas para sanear a situa-çáo cambial do pais.Defesa dot preços ex-ternos dot produtos expor-tados, monopólio dat expor-tações de café e controledrástico dat Importaçõei.Reforma tributária queeleva a arrecadação dot im-postos diretos, principal-mente tôbre at pessoai fl-slcas. Empréstimo internocompulsório «ôbre o* gru-po* de altas rendas para aformação de um fundo na-cional antllnfláclonário.Reforma bancária, comrigoroso controle tôbre otbancos privados, seleção docrédito e nacionalização doabancos de depósitos estran-gelrot.Reforma agraria, qnesignifique efetivamente aeliminação do latifúndio,com a fixação de um llml-te máximo a propriedade daterra, e a entrega das ter-ras desapropriadas aos cam-poneses sob a forma de pro-

Trabalhadores Paranaenses. o Dos

Vândalos de MandaguariExigem Punicâ

CURITIBA (Da tucursal)— Trabalhadores paranaen-au de todas at categorias,através de manifesto subs-crlto pelas principais fe-derações e pelos mais ex-presslvos sindicatos de' cias-se, vêm dé protestar Juntoao governador Ney Bragacontra a falta de provldên-ciai governamentais para apunição dos elementos. ter-rorlataa que, com a conlvén-cia dat autoridades policiaisde Mandaguari, invadirame depredaram — duas vê-zes em menos de um mês —a sede de quatro associaçõesde trabalhadores daquelacidade. Em seu pronuncia-mento os trabalhadores exi-gem a punição dos invasorese das autoridades Implica-das no ato de violação das11 b e r dades democráticas,bem como a imediata 11-bertação do operário Antô-nio Daniel Soares, preso,quando do atentado, por teroferecido resistência aos as-saltantes.

O manifesto dos trabalha-dores foi redigido duranteuma reunião, interslndicalda qual participaram o se-nador Amauri de Oliveira eSilva, o deputado federalWilson Chedid, os deputadosestaduais Leon Naves Bar-celos e Miguel Daltchmanne o delegado regional dotrabalho no Paraná.

Q ATAQUEComo se recorda o segun-do ataque á sede conjunta

das entidades sindicais deMandaguari ocorreu no dia

U de fevereiro, alguns diasapós a primeira Investida,verificada nós fins de Ja-neiro. A scvunda expediçãofoi preparada e executadapor elementos de projeçãoda Frente Agrária Paraná-ense, associação de fazen-delros e latifundiários, vis-ceralmente contrários à re-forma agrária e à organiza-ção dos | trabalhadores docampo. O grupo de delta-quentes era comandado porNelson Garcia, ligado á dl-reção da firma Barrio Nue-vo, um dos maiores trastescompradores de café da re-glão; Paulo Rodrigues Bria-nez, Waldemar Brianez, Pe-dro Peres, Domingos Delga-do, Elias Nalfi e Jaime Fiel,todos ricos sitiantes em lo-calidades adjacentes.

Na seoe encontravam-seapenas o advogado JorgeHadad, consultor Jurídicodas associações dos traba-lhadores, e os lideres Antô-nio Mendonça Conde e An-tónio Daniel Soares, presi-dente e secretário do Sin-dicato dos TrabalhadoresRurais, além de quatro as-soclados da entidade. Avisa-do da Invasão o delegado de .policia Waldemar Lopes,que se omitira até então dosacontecimentos, embora és-tes tivessem sido fartamen-te anunciados pelos dlri-gentes da Frente Agrária,decidiu tomar uma provi-dência: mandou prender An-tônio Daniel Soares sob aalegação de que portava ar-ma.

Quanto aos desordeiros,não foram molestados. Tô-

da a eldade sabe Inclusiveque eles foram incentivadospelas autoridades locais, quearquivaram o Inquéritoaberto a respeito da pri-meira. Invasão, em Janeiroúltimo.

O vandalismo dot latlfun-diários e mui aateclaa In-cendiou tudo o que foi en-centrado no interior dopróprio quo abriga aa en-tldadea sindicais de Manda-guari: cadeira*, banco*, bal-cões, estantes, quadrot eomai cartas sindicais das asso-ciações, máquinas de escre-ver, livros de registro, do-cumentos e correspondên-cia.OS ATACANTES

O fatos provocaram indig-nação na população deMandaguari, cujas familiasse acham intranqUilas emface da repetição de taisatentados, que ficam impu-nes apesar de seus promo-tores serem bastante co-nhecidos como patrões con-denados pela Justiça do Tra-balho em mais de uma oca-slão. Entre as questões de-cldldas pela Justiça em fa-vor dos trabalhadores figu-ram várias de compra decafé aos percenteirog como pagamento de cheque semfundos ou notas promlsso-rias que não eram resgata-das. Outros, dentre os as-saltantes,. são exploradoresde aluguéis que há bempouco tempo foram derro-tados, em memorável cam-panhá liderada pelos slndi-catps, quando pretendiamlançar inquilinos seu* á rua.

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"Multa gente perua que o Imoerlalluno se contenta omexplorar economicamente o* povot e paises menot deeen-volvidos. Nio é Uo simples assim A máquina é terrível rcomplicada. Tudo há que ficar a teu serviço: at artet. o dl»relto, a filosofia o* costumes, a geografia. Dai vermos, naImprensa vendida aot tmperiallstas. oi mait Impoluto* va-rôes pregando "um novo conceito de independência", Fran-co, Salazar e Stroessncr como defensores da democracia, aTurquia Inc.uida na Civilizado Crl-.tA e a Itália ratandoparte do Atlântico Norte. O Imperialismo muda tudo; costu-mes, tradições, t piúprla nui.lca dos países em que penetra.Até os brinquedos das criunças. Assim, termos em modacalças americanas cow-bcy — aquelas que quando o lujeltospnta cai tudo do bolso - Bat Matterton como herói na-cional, a música brasileira varrida dai emluoraa, e, o quee mais tiUte. a* criança* com capacete* do exército e damarinha dos Estados Unidos e brincando com tanquet deguerra em miniatura com insígnias Ianques. Tudo Itto fatpnrte de um plano de desnacionalização completa do palaa conquistar.

Uma das tarefas dos ImperlalUas é preparar ot povo*para a fome e até para o canibalismo. Para nfto pensaremque é exagôro meu citarei a opinião de dois sociólogos norte-americanos: A. Pjarson e Don Pcrlberg: "O canibalismoera um melo dc assegurar alimentos para a população e apopulação para a produção de alimentos. Mait ainda con-tributa para melhorar a alimentação."Também o inglês E. V. A Slbly. presidente da Awocla-Ção de Vegetarianos Ingleses (vejam só, vegetariano*), de-fende o canibalismo. "Vegetarianismo - diz éle — nfto émais que uma solução temporária do problema mundial daalimentação. Antes o persistente crescimento da populaçãodo globo terrestre cabe esperar que a única alternativa not»sivel será a volta ao canibalismo, que, entre outras coisas,tem a vantagem de resolver o problema em dois sentidos,assegurando de um lado, novos produtos alimenticlot e dl-minulndo, de outro, a população da Terra." (Na Revista Uggt,5-8-52).Diferente é o ponto de vista do Sr. Thomaa Barlow,expresso em "The Times" de 27 de Junho de 1059. Acha eleque Herodes foi um dos maiores homens da HUtórla poismandou matar todas as crianças até um ano de idade e quedevemot seguir seu exemploEis, pois o futuro que os sociólogos, os sábios, os cobrasdo capitalismo oferecem k humanidade: canibalismo oumorte de crianças.

Milton Coura, de São Paulo.SOU DEPUTADO

Uma funcionária da Novacap, lotada na SAB, na fa-mosa Sociedade de Abastecimento de Brasilia Ltda., escre-veu-nos contando a seguinte história:"Dia 22 de março, pela manhã, uma "madame", acom-panhada pelo deputado João Veiga, "representante do PTBdo Estado do Amazonas, estava fazendo compras no 8AB,e ao retirar-se quis sair pela porta da entrada. O porteiro,um menino de 17 anos, pediu á "madame" que se retirassepela porta da salda: resDosta velo carregr.da no mais ferinodesprezo: "— Quem é você para impedlr-me de sair poraqui?Eram ordens superiores que êle cumpria, respondeu omenino. Nisso o deputado açode prontamente (será que clcreaje tão prontamente quando se trata dos interesses po-pulares na Câmara?). j"O que quer que faça com êle"?O menino sugere irem falar com o gerente e entraacompanhado pelo deputado, que, logo que êste passou a"borboleta", começou a esboíeteá-lo com vontade, empur-rando-o por cima das gôndolas e machucando-o bastante.Fez sangue . Os outros empregados rodearam o deputado,briguento, que num assomo de coragem exibiu aa creden-ciais:

"Sou o deputado João Veiga"."Correm preaaurósos o supervisor geral da SAB (dr.Rogério) • o gerente Romano Alvlanl que procuram acalmarcom taplnhas nat costas o digno representante do povo".Convidam-no para subir ao escritório a fim de recuperar-se,ale aceita o convite. O porteiro o acompanha, mat dr. Ro-drigo diz-lhe: .,..„.,^-"Desça já"."Ele desce e imediatamente recebe ordens de retlrar-stpelas portas do fundo."ESMOLA

Isabel Ferreira da Silva, de São Paulo, volta a escrevera NOV08 RUMOS sobre o problema da mendicância Conta-nos um caso que assistiu':"Assisti a uma distribuição de esmola por uma institui-ção evangélica a determinado número de pessoas matri-culadas em dita instituição, com a devida sindicância decomprovação da nobreza". A distribuição era feita uma vezpor semana. Velo a alta dos preços. Passou a uma vez pormês.

Era fornecido um pouco de feijão, arroz, macarrão, fa-rinna de mesa, etc, e, também, óleo comestível, despejadoem vasilhame de 1 litro. "Mas o número de pobres era talque não chegava para todos. Passou-se, então, a dar só 1/2litro a cada pedinte. Houve choro, protesto, reclamação...A disputa do óleo chegou a tal ponto que os promotores dadistribuição naquele setor tiveram que usar de energia paradespachar os pedintes e trancar as portas. Resultado: hoje,não fazem mais distribuição de gêneros, mas sim, em di-nheiro que é levado a cada um dos matriculados em suasresidências"...

Mesmo assim, os pobres das redondezas, alertados, ocor-rem aos locais das distribuições, aumentando o número denecessitados, "levando os bem intencionados caridosos atemerem a impossibilidade de continuar essa prática da ca-ridade: mito de religiosidade que não nassa de um paliativorepelente. "Há multa pobreza para pouca caridade. Pobrezaque, sendo mal de estrutura,, só se corrige com alteraçõesde estrutura. "É preciso, isto sim — escreve nossa leitora —leis que assegurem a todos o direito de habitação, roupa ecernida (a que eles têm direito) para que, desse modo, "ex-tlnga-se a mendicância de fato".

JANGO JÁ SABE O QUE QUEREMOS OPERÁRIOS DO PARANÁ

MÃFERSA: PASSEATAContinua a luta dos metalúrgicos ml-

neiros para que o governo solucione o pro-blema da MAFERSA, que se desenvolve avários meses prejudicando enormemente osinteresses não só dos trabalhadores comodo próprio pais. No dia 7 último, em BeloHorizonte, realizou-se passeata da qual par-ticlparam centenas de trabalhadores. Naocasião, dirigiram-se ao Palácio da Llber-dade, passando ante.v pela Assembléia Legis-latlva. Recebidos por, um representante do

governador Magalhães Pinto, os trabalhado-res foram informados de que o BNDE eon-cederia um empréstimo de 400 mil cruzei-ros para reaparelhamento da fábrica. Ostrabalhadores, na ocasião, fizeram saber quecontinuariam a luta até que se conseguis euma soiuçáo de profundidade para o pro-blema, que atendesse aos reclamos dos in-terêsses seus e da nação. ••• Na foto. as-pecto da passeata dos metalúrgicos minei-ros em óefesa dos seu* companheiros daMAFERSA.

CURITIBA (Da sucursal)— Por intermédio do chefeda Cusa Civil da Presiden-cia da República, advogado' Evandro Lins e Silva, que

. esteve nesta capital porocasião do VI Congresso Na-cional dos Municípios, os di-rigentes das cinco federa-ções de trabalhadores doParaná encaminharam aopresidente João Goulart ummemorial contendo as prin-cipais reivindicações do ope-rariado auraucarlano nomomento.

As justas pretensões dostrabalhadores do Paraná es-tão consubstanciadas emmais de duas dezenas deitens, entre os quais os demaior destaque vão trans-critos abaixo:"Entrega das administra-cões nas delegacias regionaisdos institutos de PrevidênciaSocial a representantes dostrabalhadores contribuintes,de manera lcintica à quess efetivou com a classebanes ria em todo o Pais.

Extinção do v-gimr d: cli-enteia, com indicação nolí-t.ca de delegados regionaisnos órgãos de PrevidênciaSocial.

O-jr.itrução. imediata deum hospital previdência-

¦ rio em Londrina, onde a me-dicina encontra-se total-mente comercializa-da; criando a. associaçãoque congrega esses profis-slonais liberais «ma tabelade preços elevadíssimos, quenão pode ser paga pelosinstitutos, em prejuízo doscontribuintes, que ao seremreembolsados não conse-guem cebertura para ressa-cir as despesas efetuadaspara ,<i e seus familiares,de acordo com a nova LeiOrgânica da PrevidênciaSocial.

Criação imediata de umTribunal Regional do Tra-balho em Curitiba, desmem-brando-se as Juntas deConciliação e Julgamento da2.» Região, criando-se a 9.»Região, conforme vários pro=jetos apresentados no Con-gresso Nacional.Nomeação de funcionários

5arS-*,DSegac,a Regionaldo Trabalho, para que essapossa realizar as fiscaliza-çoes sugeridas pelas enti-andes sindicais.

Salário-familia para asesposas e dependentes dostrabalhadores, conforme su-gestões iá apresentadas portodos os congressos nacio-'nais realizados nela chusaproletária". *

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Page 7: MmMÊm^ m mÈ ^mmmuum^ - marxists.org · e de montar um sistema de forças dito "centrista" mu j cuja coloração direitista e reacionária sur- ... te. para suprir uma nccessl-dade,

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£ LEGAL!Consagrando mal* dr 60 «noa de lu*

Us doa trabalhadores brn.s. eiros, o mi*nutro Almuio Afonso assinou portaria re*conhecendo existência Iruai no ContandoUerai (Jut Tiaoalhadoreu

São os m ulntes oe «misidorando daportaria minlw.rlal:

I. A Com., ailçào a.-^i cura os direi*Ins de Mloei&ÇuO * de reunião, que nr-ithuina disposição legal ou regulamentarpode anular Estabelece também que nln*guéin é obrigado a faaer ou deixar dc fa-/er alguma rolsa senão cm virtude dr lei.

2 A Consolidação du* l.ii.% «lu Tia-balno nào proíbe, nem poderia proibir,era face do mandamento constitucional, aexistência dc organismos dc coordrnnçnt.entre as entidades sindicais puta u tratode problemas que nào sr limitam princompetência de cada uma delas cm par*tlcular, porque envolvem Interesses de tô-das em geral: Inflação, custo dr vida, ni-vcls salariais, etc:

3. Esses organismos, para terem cxls*tcncia, em face da Constituição, não de-pendem de reconhecimento, e cm face daConsolidação das Leis do Trabalho ape-nas não possuem a representai t\ idadeconferida ás entidades sindicais qur espe-clftca para os fins prc-flxados;

4. A realidade social, que deve Infor-

f =

mar a feitura du leia. revela a multiplica-çao de organismos daquela natureu, da

municipal, regional,cional;

>. A ouaarveoao dn histeria do r'n*«iteaiismo brasileiro em « ttroa palats lu-a»tra o aparecimento dé" . tipo da organl*sacoes, como ocorreu nos Estados Unidoscom a APL — CIO: na Frsnça, eom aCOT. oorro e erre; na Itália, com aCOTI, e outros países.O programa da Confederação que vaisubstituir o Comando Oernl dos Traba*lhadores. n srr extinto. Inclui entrr outrascoisas:

1. Semana de cinco dias de traia-lho: 3 Periodo dr trinta dias «te féria»;3. Estabilidade ao.s cinco anos de servi-ço; 4. LiiTnçn-pròmlo de seis meses acsde* anos dc trabalho; S. Direito k (ami-lia do trabalhador que morrer, a metadedn Indenização a qur teria direito emvida: 6. Aposentadoria por velhice, aos55 anos para os homens c aos 50 paraas mulheres; 7. Inclusa:', entre os depen-dentes do trabalhado-, di companheiraou concublnn: 8 Apofcniadorla para asmulheres nos 25 anos de serviço: 9. Con-«es áo de auxiilo-doonça para os desern-pregados: 10. Salário-ínmilln. Inclusivepara os aposentados.

CGT de Fato e de Direito!mm^ÊlÊ^ÊÍWWÊWmWÊÊÊa^aaaaaaàW^>: ¦^'^^ítíJmWÊmWmmmm

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aiso entrará enmento, sob o pleno amparodas Vsto do pais, a OonfOde-raçlo Oeral tos Trabalha-doras O ministro - AlminoAfonso, nosj*riinelros diasdesta aaae. flhnou ato revo-' grtndò a peitaria do rt-mi-ntotro Alenoaetro Ofebna-tffWL de marco de IM qmproibia aquela entidader

• llagai. é a '•raptbU-ca •indlcallsU'* — bradamos cabeças du "classes con-servadoras."

A Constituição voltoua ser respeitada, conquista-mos mais uma vitória —respondem os trabalhado-,res.

Fui uma luta dura —conta um velho dirigentesindical.

Começou nos primeirosanos deste século, com aConfederação OperáriaBrasileira.. A COB surgiuem 1908 e começou a fun-clonar em 1906. Persegui-da, sabotada, vista pelospatrõe* como o começo doInferno. Surgiram outras,depois, que governos poli-ciai* suprimiram. A últimatentativa íoi em 1946. noIV Congresso Sindical Na-cional. com a confederaçãodos Trabalhadores do Bra-sil Aliás, foi. a penúltimatentativa — pois a últimaconsagrou-se vitoriosa, du-rante as memoráveis grevespoliticas de Julho e setem-mo do ano passado, em de-fesa da vontade popular edo mandato do presidenteda República.

Com uma greve geralíundou-st o COT, ou Co-mando Oeral dos Traba-lhadores, "que agora terávida legal."

SIGLA MALDITA

Quando se. escrever a his-tória das palavras ou siglasmalditas, esta vai merecerum lugar de destaque. Des-de o inicio do século, queos governantes perseguemcom um selo Impressionas-te tudo que sugerisse (Con-federação, central, coman-do, clube, circulo, caixa oucentro geral dos trabalha-dores — COT. Ninguém,nenhum presidente até en-tão tinha tido estômago .para engolir essa afrontadas massas trabalhadoras,ou, pelo menos, coragempara enfrentar os patrõesretrógrados e fazer respei-tar a letra constitucional.

COT. tornou-se, a s s Im,uma sigla maldita.

Por que essa auréola dia-bóllca em tomo de tão ino- -cente grupo de letras?

t- t eontra a estruturado sindicalismo brasileiro.O COT w caiacterisa palaação desagrsgadoca, de agi-tação e de ameaça às pró-prlas instituições vigentes— eis como as entidades erepresentantes patronais ex-plicam a impiedosa perse-gulçao que movem aqueleorganismo.

Que pensam os trabalha-dores?

— Oe trabalhadores não"pensam" a êsse respeito.

Mos • eoUducse, pela4 am diMtto qae a OmM-"aos fccaism. tass"Melo m

fecharam marsos on multasOQTs, nós fundamos o de-mos vida a outras tantas,Dei ato tsitab «ao -sanear

CRUELDADEPATRONAL

A historia das COTs bra-sllelras 4 apenas uma sln-tese da crueldade patronal.Confunde-se com a luta declasses em todas as suasmanifestaç«5es e reflete coma maior exatidão o princi-pio de "dividir para domi-nar".

Tudo se resume na tátl-«a patronal do impedir «ueos trabalhadoras so agru-pem para que possam lutarpelos seus direitos. Desde1892 que as massas prole-tárias do nosso pais tentamorganizar-se numa entida-de de âmbito nacional, queatendesse, Inclusive, aosseus objetivos políticos. Em1895 consegulraiL fundar oPartido Operário Progres-sista. Km 1906 o Clube De-mocrático SmMIsta, esteem Sio Paulo. Ambos, en-toetanto, de vldá efêmera,pote à inexperiência dosseus dirigentes (ingênuos,idralistas, quase todosanarquistas) Juntavam-se osobstáculos criados pelasclasses dominantes, que demaneira alguma desejavama existência de um instru-mento para defender ostrabalhadores.

Mas, apesar de todas asperseguições os trabalhado-res brasileiros conseguiramfundar a ConfederaçãoOperária Brasileira.

Conta um velho operário,hoje aposentado:Foi em 1906 que a COBnasceu. Eu era moço de en-tuslasmo e de ideais, masera uma criança em quês-toes de organização Náosomente eu -*> todos noséramos um gi-jpo de b-bêsno que dis .-espelho à ati-"Idade sinrtcal e política.O homem ri, lembrandoaquela fase da sua vida:Como éramos Ingi-nuosl Tínhamos uma ban-delra de luta, que era rests-tir contra as condições detrabalho, mas não sabia-mos como carregá-la commaior eficiência. Mas, ca-da dia era uma lição amais, a cada violência dapolicia brotava em todosmaior disposição em resis-tir e avançar. A Europa vi-brava sob o Impacto das lu-tas revolucionárias, dasinsurretçõet contra os pri-viléglos de castas e nosíamos aprendendo tudo,absorvendo as experiênciasque mandavam nossos Ir-mãos de terras distantes.

Em 1908 — prossegue —a COB era uma potência,isto se considerarmos aépoca e as condições dopais.

Que faaer?A COB mergulhou a fun-

do na« lutas econômicas,

jsate redaglo distou de

lárlos, pela dispensa Indls-crlminada de trabalhado-roa. Isso foi o nosso a-b*e.Im pouco tempo a Conte*deracW Operária Brasilei-ra estiva espalhada pelosBetados do Rio, Sao Paulo,Bahia, Rio Orando do Sul,Distrito Federal e outros, esua importância aumenta*va constantemente. -

As vitórias conquistadasse traduziram em maior en-tuslasmo e fortalecimentoda COB. Partimos para gre-ves de maior envergadura,enfrentando de peito aber-to o próprio Governo. Ain-da em 1908, lideramos acampanha popular contrao serviço militar obrigató-rio e contra o fuzilamentode um anarquista espanhol.Apoiamos a revolta de JoãoCândido, arregimentamos aopinião pública em favordo marujo heróico que selevantou contra o regimedo chibata nas forças ar-madas.

N*ssa altura a reação to-mou-se de pânico, tles nàodesejavam que os traba-lhadores tivessem vos e vez,nao queriam que as massasse flsessem ouvir e tivessemseus direitos respeitados.

B começou — acrescenta— a ofensiva contra a COB.essa gloriosa matriz do va-lente COT atual."

O-PBLEGOUma interessante colnci-

dência ocorreu no movlmen-to sindical brasileiro: o pe-lego nasceu precisamentepara impedir que os tra-balhadores se congregassemnuma entidade nacional;esta agora se torna umarealidade, quando a sinistrafigura desse marginal come-ça a desaparecer do sindi-callsmo brasileiro.

Foi em 1912 que o pelegoapareceu no movimento slndlcal do Brasil. Pela mão dogoverno, o marechal Her-mes da Fonseca, que esco-lheu o seu filho, tenenteMário Hermes, para a tare-fa imunda.

Como poderia aquela ai-tura um estranho penetrarno movimento sindical?

Pela corrupção e pela vlo-lêncla oficializada.Hermes da Fonseca, si-multâneamente com a per-tlnaz perseguição que moveu

aos dirigentes da COBconvocou e patrocinou um"congresso" operário, que serealizaria no Palácio Mon-roe.

As multidões assalariadasconsideraram "uma palha-cada" êsse congresso, mas asemente do mal estava lan-cada. O pelego. foi esti-mulado e protegido, ganhouterreno, féz carreira. Paraéle passaram a ser dirigi-das todas as atenções ofi-ciais, enquanto que aos legí-tlmos lideres sindicais semovia impiedosa persegui-Ção.

ws*, pssjianto, afário asar-mas, filho do próprio pre-sedento da República, o paitas pelsgos atuais, tellamen-to om fase da extinção.— Mas a COB Já era umamandada nacional — voltaa falar o velho trabalhador— ,s a guerra que se apro-xlmava nos encontrou octndlsnoalçâo «a luta. De 1914a 18 realizamos maciços mo-vimentos contra a guerra eem favor da pai, mesmotendo contra nós a policia,os militaristas e os comer-dantes que lucravam com oconflito.**

O pelego fixou-se mas Ja-mais teve forca para sufo-car.o sindicalismo desvin-culado do governo. As gre-vss o as manifestações tra-balhistas se sucederam nasegunda década deste sé-cuto, ganharam amplitudenoa des anos seguintes, fo-ram reforçadas pelos mo-vimentos revolucionários.Nem a fúria assassina ereacionária de WashingtonLula e Bernardes consegui-ram abafar o ímpeto dostrabalhadoras, cujo numerocrescera eom o começo daindijstrialisação do pais.Em 1939 — em pleno re-gime do "problema social écaso de poficia" — realiza-semais um Congresso SindicalNacional e mais uma vezsurge uma entidade dos tra-balhadores brasileiros,a Confederação Oeral dosTrabalhadores do Brasil.

Durou pouco, pois foi ab-sorvida e liquidada pela re-voluçáo de 30. Começou, en-tào, a longa noite para omovimento sindical do Bra-sil.

Um pesadelo que durou 15anos.

Durante esses anos a vidasindical caiu na clandestl-nidade. O que tinha o nomede "vida sindical" nadamais era que o prolonga-mento dos. órgãos do Mlnls-térlo do Trabalho, que atra-vés de leis paternalistasamordaçou todas as lutasde profundidade.

Centenas de sindicatos so-íreram Intervenção, milha-res de dirigentes sindicaisconheceram os cárceres e acrueldade dos policiais daditadura. Criaram-se leisfraclonando os sindicatos,tlrando-Ihes a força, que-brando a unidade, separan-do companheiros da mesmaprofissão.

Até 1945, a partir de 1930,os sindicatos eram apenasum apêndice do governo.Fracassaram em todas astentativas de resistênciacontra essa situação, comoa Confederação SindicalUnitária, débil tentativade reagrupar as forcas pro-letárlas esparsas pela dita-dura. As perseguições con-tinuaram e chegaram aocúmulo quando o própriogoverno tentou impingir re-presentantes patronais parafiscalizar a aplicação dosrecursos das entidades.

A tanto chegou o oficia-lismo na sua cruzada con-tra a luta do trabalhadorpor melhores condições devida.

RECOMEÇA A LUTAAinda havia soldados noscampos de batalha 4a Su-

ropa quando os lideres sln-dlcals breaileiros oomeoarama reasn-«q*ar-se. No ultimo(lia do abril de 1646 um ma-nlfesto Armado por mais detrês centenas de dirlgen-tos sindicais dava por fun-dado o Movimento unifica-dor dos Trabalhadoras, "poisá luta. a oifanlzaçáo daclasse operária têm que serrealizadas á base da uni-dade."

Foi a primeira grande ma-infestação operária após otrágico hiato do Estado Nó-vo. Foi a primeira de uma.série, que culminou com oCongresso Sindical dos Tra-balhadores do Brasil, emsetembro de 1946. Mais de2 mil delegados do Brasilinteiro reuniram-se no Tea-tro Municipal do Rio de Ja-neiro e inauguraram o en-contro, presentes o mlnls-tro do Trabalho e o repre-sentante do presidente daRepública.A presença dessas duas

personalidades máscaravauma cilada da qual ne-nhum congressista suspei-tava.Canalhas infiltrados de-nunefaram o Congresso ao

govémo, contra éle asss-cando as maiores Infâmias.Dutra e seu ministro doTrabalho, Otacilto Negrãode Lima, aproveitam-se dasituação c tenfam patroci-nar um congresso paralelo.Êste. entretanto, fracassoupor completo, enquanto ooutro prosseguia vitorioso echeio de vibração, apesar dogoverno tentar suspendê-lono seu terceiro dia.

Toda a fúria governa-mental fora provocada pelafundação da Confederaçãodos Trabalhadores do Bra-sil, que um ano depois se-ria fechada pelo mesmogoverno, que se aproveitoupara encarcerar e processarcentenas de lideres sindi-cais e cassar a licença deinúmeros sindicatos.

Sete anos depois, em 1954.o alcovltelro A1 e n castroGuimarães s u p 1 ementavaêste ato proibindo a existên-cia de Confederações náoprevistas "na estrutura sln-dlcal brasileira", argumento•ainda hoje esgrimldo pelo?que teimam em separar ostrabalhadores.

NASCE O CGT

Ainda que de "sexo" ouRénero Indeterminado, aCOT ou o COT é uma rea-lidade. Para uns. ComandoOeral dos Trabalhadores.Para outros, Central ouConfederação Oeral dosTrabalhadores. Para todos,porém, a entidade que de-fende e representa o traba-Ihador do Brasil.

Nasceu num morimentoc rebeldia do povo brasi-leiro, à frente os trabalha-dores. Surgiu quase espon-tàneamente, em Julho ds

1661, «jMá» sombriasameaças se abatiam stite»nosso pais.

Jánlo rsnsmssara, sa m-tilas neasmm possa a Jfit-go.

Ai naseea a COT «s •COT. E Já aaasn farteis-nando, lépido, valente, pa-triota. ¦nfreatou a naçloarmada do aaahflss s fêacom que a vontade popularfosse respeitada.

Bastou uma greve garal.A primeira greve gtral, po-litica, sxeluslvamsnts post-rica, já realizada no Brasa.Menos dt três meses depoisos reacionários voltavam aladrar ameaçadoramenttcontra o povo brasileiro, s oCOT voltou a escorraçá-loscom nova greve gtral.

Consolidou-se, assim, ao-mo uma entidade vitoriosa,com raízes na rdaaw dotrabalhadoras, ouvida, aoa-tada e seguida palas muM-does, de norte a sul do pais.

Em poucos meses o sstooorganismo representativodos trabalhadores passou ater vida legal de fato o ad-quiriu tal tom quo ea baa-dolelros retrógrados ssntssapor ela o romelto devido aosfones e poderosos.

Hoje podam combali-m,ais? o OOI e rftpettadesNinguém mais ousa tocarnas suas atribuições, quoescapam ao controle dosgabinetes ministeriais, poisemanam exclusivamente dasasseir bléias sindicais

Forte, poderoso e respei-tado petos trabalhadores,temido peios patrões, ó COTé uma garantia viva para ofuncionamento das Oomls-soes Permanentes das Or-gsulzações Sindicais, paraos Pactos de Unidade Inter-sindical, para os FórunsSindicais Estaduais e Mu- 'nlcipais, para todas a* en-tldades, enfim, que os tra-balhadores decidam fundarpara defender seus lnteres-sses.

Os patrões, as classes do-minantes, não queriam qusos trabalhadores brasileirosse unissem em sentido ver*tlcal. Não desejavam queo sapateiro apoiasse o ban-cario, que êste socorresse ometalúrgico, que os três fos-sem defender o aeroviártoou o marítimo; não queriamos patrões, enfim, que umtrabalhador ajudasse outrode outra profissão.

Nào queriam, e fizeramtudo para impedi-lo. Masnào tiveram torças para su-portar o peso e a vitalidade,a teimosia e a perseverançado trabalhador.

Em outubro próximo, noCongicüo Sindical Nacionalque se realizará em Recife,trabalhadores de todo oBrasil consagrarão o nasci-mento oficial da Confedera-ção dos Trabalhadores doBrasil, o COT que já existede fato.

"Custou multo sangue emulto liberdade, sacrifíciossem conta, muito sofrlP'<m-to. mas a CGT ai está" —

desabafou um trabalhador.

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Uma falsa lntervençio naGuanabara foi . o pretextoutilizado pelas forças rea-clonárias, com os "gorilas"a frente, para desfechar, naúltima semana, um golpecontra as liberdades demo-rràlicas, contra o povo bra-silelro. Nào fosse o graude amadurecimento Já ai-cançado pelas forças naclo-nallstas — especialmente aliderança sindical e a ofi-

clalidade patriótica dasForças Armadas — e os"gorilas" teriam consumadoo plano de Instauração deum "governo forte", de umaditadura — com ou sem Cá-mara — que detivesseo processo democrático eamarrasse totalmente o paisao FMI.

Em que consistiu a tenta-tiva golpista

LACERDA,O PRETEXTO

A sinistra trama gorills-ta pretendeu utilizar comopretexto o titere Carlos La-cerda ou, mais exatamente,os insultos de caráter pes-soai por éle lançados con-tra o presidente João Oou-lart, na catllinárla proferi-da através da televisão no

0 Discurso de Osvinov*u ra n t e as solenidades

comemorativas de mais umaniversário do Batalhão deGuardas, no último sábado,6 do corrente, o general Os-vino Ferreira Alves, coman-dante do I Exército, pro-nunciou o importante dis-curso, cuja integra repro-duzlmoF. abaixo:

— Meus prezados coman-dados deste batalhão. Nadata de vosso aniversário eume sinto, como todo chefedc família unida, na satis-façào de vè-los aqui reuni-dos e aproveito este mo-mento para lhes transmi-tir também os efusivos cum-primentos de todos os voe*aos lrmlos do I Exército. Ié perante vos e por vossointermédio, mens caros co-mandados, que também medirijo a todos os comandan-tes db I Exército. A todosos comandante, e comanda-dos. Aqui estamos para ce-lebra mais um aniversáriodesta glorioso Batalhão deOuardas.*

Guardas somos todos daPátria e do seu povo. Ouar-d&s atentos e vigilantes so-mos todos nós, militares ecivis, que no momento atualassistimos estarrecidos aconfusão propositada e atergiversação orga nizadadas idéias e das Intençõesde todos aqueles qne vêem,oom os olhos na esperança,o faturo do Brasil construi-do pelos brasileiros e naraos brasileiros. Saímos dedois pequenos episódios semligarmos a êsse expediente,que é um instrumento dosinimigos de nossa liberta-çio econômica.

Pessoalmente, sou alvodiário dessa deformação ta-tendonal de nossas idéias ade nossos propósitos. Temossido tio claros e tio coeren-tes que não nos atingem asojesftgarações exaustivamen-te planejadas. Entendemoso desenvolvimento de nos-so pais e desejamos arden-temente uma justiça socialqne nos dê tranqüilidade e

nos dé paz. Por Isso pedi-mos a Deus que conceda aosnossos lideres a graça quelhes permita compreenderque sem modificar essa ve-lha estrutura econômica eadministrativa jamais pode-remos incorporar à Naçãons milhões de patrícios denós separados -pela miséria,pela doença e pelo analfa-,betlsmo

Envelhecidos na carreiradas armas, sempre tivemospor norma auscultar as as-pirações de nossa gente e dcnosso povo tão bem sintetl-<.'adas nas últimas mensa-gens do chefe supremo dásforças Armadas e lideresincontestes das massas noCongresso Nacional. Senti-mo-nos, pois, à vontadepara dtser-lhes que dentrodesta carreira de renúnciao obediência, que é a mlll-tar, jamais tivemos tantoorgulho em obedecer quantonesta hora: em qne percebe-mos pleno apoio e incentl-vo de sua excelência, ò se-nhor presidente da Repúbli-ea, o Getúlio redivivo, àsreformas de base e aos le-gitimos anseios dos traba-lhadores. Nunca como naépoca que atravessamos, po-deria sua excelência contarcom mais amplo e irrestritoapoio da nacionalidade edas Forças Armadas paraconseguir os magnos objetl-vos de seu governo, sempermitir trancamentos eofensas às liberdades públl-eas, à democracia, às auto-dades e aos reais interessesnacionais.

B' fácil Insultar. E' fácildifamar. V fácil destruir. E'fácil dlaer que somos todosnós, inclusive o presidente

. da República, revoluciona-rios. A verdade, porém, éque a revolução está sendometiculosamente plantada,desejada, pelos que se opõemao desenvolvimento em tèr-mos brasileiros e à liberta-ção dos que trabalham nocampo. A verdade é que arevolução está sendo semea-da e adubada pelos que de-sejam a manutenção de pri-

vllegios e espalham intran-quilidade, impedindo o Go-vérno de trabalhar.

Basta examinar de ondeprocede o militar do Bra-sil para vermos que as ca-sernas são quartéis do povo.Não. Não nos afastaremosdessa orientação e dessesIdeais que sempre encon-tramos em perfeita sintoniacom sua excelência o presi-dente da República, senhorJoão Goulart. Não. Não se-ria agora, sold'ado do Bra-sll, que êste velho chefe, jáencanecido na luta contraos fariseus, iria trair seusprincípios e o seu povo. Nlome venham, os que sempreforam Inimigos das institui-ções, baderneiros proflssio-nais, dlser que os defenso-res das reformas de basesão extremistas. Cremos queas defendendo prestigiamosa democracia, o Congresso,e. sobretudo, zelamos pelasegurança nacional. A ma-neira mais fácil de defendera democracia é praticá-la.E' torná-la dinâmica paraque se abram as portas àsmodificações exigidas pelopovo. E' impedir injustiças.E' estender a mão aos de-serdados da sorte.

Nessa Unha nacionalista,de inteiro respeito às insti-tuiçóes, é que nos mantive-mos nos últimos acontecí-mentos. Graças à Deus ti-vemos a compreensão dopovo e da tropa. Graças aDeus esperamos ter forçapara defender o Governo,que nesta oportunidade his-tórica tem em seu leme umnacionalista ponderado, masfirme em seus intuitos deliberar econômica e social-mente o Brasil. Neste mo-mento, dirigindo-me a todoo povo do Brasil, proclamobem alto e solenemente quemajestade mais expressivanão poderia desejar numamissão do I Exército do quea de dar garantia ao povopara que éle se reúna empraça pública a fim de de-sagravar seu presidente emanif-tar suas justas aspi-rações.

Vigilância Contra"fiirilismo"Reunidos terça-feira, dia

9. na sede da ConfederaçãoNacional dos Trabalhadoresna Indústria (CNTI), diri-gentes sindicais e estuda n-tis, e deputados da FrenteParlmentar Nacionalista de-deliram lançar importante"Comunicado ao Povo", emvista da situação nacional.

Participaram da reuniãoos membros do CGT, daUNE e da UBES, e os depn-tados Bocayuva Cunha, EloyDutra, Sérgio Mag-Uhâes,Max da Costa Santos; Gar-da Filho, Marco AntônioCoelho, Demisthóciides Bap:tista, Benedito Cerqueira eDoutel de Andrade.

O COMUNICADOE' o seguinte o texto do

documento aprovado na* reu*nião de terça-feira:"Os recentes acontedmén*tos verificados na Guanaba-ra v'r""ani firmar, entre asclasses tra-balhãdorás e asforças pr.O'íi'õsú'isfas. a con*vicçâo de que está em mar*

cha, no Brasil, uma eonspl-ração de direita, visando im-pedir as reformas de base,a efetivação de uma linnadc conduta externa indepen-dente, e a» promoção de umapolítica econômica e finan-coira de sentido popular."Vivemos, em conseqüên-cia, uma crise política deprofundidade, em cujo pro-cesso as forças interessadasnaquela conspiração não secansam de tramar contra asliberdades democráticas econtra as organizações sindi-cais, estudantis e campone-sas."Diante desse quadro, im-põe-se a imediata mobiliza-çao de todas as forças real-mente interessadas no pro-gresso do pais para o com-bate impenitente a todosaqueles agrupamentos repre-sentativos do reacionarismoimpatriótico. Não há lugarnesta luta para os adeptosde uma política de eomphcência, nem para aquêVsque¦ nfto so sintam em condi-ções de demonstrar clareia

de rumos e de determina-çáo. Nenhuma conciliaçãopode ser tolerada ao preçocio sa-erificio popular e doslegítimos interesses de eman-cipação do pais."Consideramos imprescin-f'ivel, assim, fortalecer o dis-positivo militar nacionalista,a fim de levar o "gorilismo"militar e civil a uma derrotadefinitiva."Os trabalhadores, os estu-dantes e os parlamentaresnacionalistas, em comunhãocom todos o. sinceros pátrio-tas civis e militares, iniciama partir de agora um amplor»;cvImento de unificação desuas forças, decididos a nãotransigir com os inimigos dopovo e da Nação."Adiando a concentraçãopi pular convocada paraamanhã, dia 10, conclama-n os o povo para que se man-ttnha em estado de alerta eile permanente mobilização,a firii dc enfrentar com apresteza necessária as ame.*ças qne a- situação está aanunciar".

dia l.o. Deve-se. aliás, asai-nalar a circunstância de terhavido um surpreendenteespaço de três dias entre odiscurso de Lacerda e asreações oficiais ou semi-ofl-riais de desagravo ao sr.Goulart.

Na crista desse desagravo,precisamente, se desdobra-riam os acontecimentos: In-tcrvençlo na Guanabara;repressão às forças naciona-listas, a titulo de "combateso extremismo"; Interven-çio em Pernambuco, contrad governo democrático deMiguel Arraes; subordina-çio total da política exter-na e interna ao governonorte-americano e ao FMI,levando-se às últimas.e de-sastrosas conseqüências apolitlea econômlco-flnancel-ra posta em prática, masnao sem resistências, pelossrs. San Tiago Dantas, An-tónio Balblno e Celso Fur-tado, e recuando-se da li-nha de defesa da autode-terminação de Cuba.

Para desferir êsse golpe,os "gorilas" (e por trás dê-les, naturalmente, as rapo-sas da política dominante),lançaram .mio de uma ma-nobra infame, explorandoa natural receptividade po-pular de uma medida apa-rentemente radical contra oapátrida Carlos Lacerda,tentaram envolver o Co-mando Geral dos Trabalha-dores, a Frente Parlamen-tar Nacionalista, a UniãoNacional dos Estudantes eoutras orgsntaaçoes patrió-tlcas numa sangrenta cila-da. sob a promessa de "aca-bar com a prepotência deLacerda".

Organizaram e anuncia-ram amplamente (inclusiveatravés da Agência Naclo-nal) am comício "das forçasnacionalistas" para a tardedo dlk 4, no Largo do Ma-chadd, que terminaria comuma passeata até o Palácioda Guanabara, onde então"a coisa seria decidida". Ocomício foi articulado pes-soalmente pelo general Al-bino Silva e pelo Sr. Cro-kratt, de Sá. assessor sindi-cal do presidente da Repú-blica. Aos trabalhadores foiassegurado que o comíciocontava náo só com o apoio,mas com á cobertura do dis-positivo militar naciona-lista.

Os dirigentes sindicais eestudantis, no entanto, nãose deixaram cair na mano-bra do envolvimento. Procu-raram testar as informaçõesdos emissários vindos deBrasília e, após os contadosmantidos sobretudo nos se-tores militar e parlamentar,firmaram a convicção deque o que se tramava erauma fria e monstruosa ci-lada. em cuja direção osten-siva apareciam os generaisAmauri Kruel, ministro daQuerra, e Albino Silva, che-fe da Casa Militar da Pre-sidéncia da República. Pre-tendia-se lançar os traba-lhadores e os estudantesnuma aventura, sem pre-paração e sem cobertura,-para desencadear-se, emseguida, toda uma série demedidas repressivas. O co-mício e a marcha sobre oGuanabara, naturalmentemetralhados pela policia deLacerda, ofereceriam, aomesmo tempo, o pretextopara a intervenção (a "in-segurança" existente no Es-tado) e para o desencadea-mento de uma onda terro-rista antidemocrática (a"subversão d» ordem').

A partir dai seria postoem prática em toda a suaextensão o esquema "gori-lista", incluindo desde a in-tervenção federal em Per-nambuco e a agressão aomovimento sindical até odesmantelamento do dispo-sitivò militar nacionalista,visando em primeiro lugar ocomandante do I Exército,general Osvino FerreiraAlves.

DISCURSODE MARÍLIA

Na linha dos objetivos daarticulação Kruel-Albino,está o. discurso proferido nanoite do dia 4 pelo sr. Gou-lart em Marilla, São Paulo.Distanciando-se de maneirasehsivel de seus habituaispronunciamentos, o presi-dente da República formu-lou em Marilla a platafor-ma de um governo aberta-mente de direita. Recebeulogo os aplausos dos setoresmais reacionários do Pais.inclusive o sr. Aderir r deBarros. Ncíse disci"'-o, o sr.Goulart, depois de "justifi-

car-se" em face dos ataquesdesfechados por- - Lacerda,repete os mais velhos cha-voes do anticomunismo,assume uma atitude agres-siva em relação a Cuba e"argumenta" a seu favor,não com a opinião do povobrasileiro, mas com os edi-toriais do "New York Ti-mes"..

O discurso de Marilia re-presentava uma tomada deposição do presidente daRepública: seu apoio e suacobertura ao plano antide-mocrátlco cuja execução sepretendia iniciar poucas ho-ras antes na Guanabara.

MANOBRAFRUSTRADA

Essa primeira manobrafracassou. Como foi dito deinicio, os dirigentes sindi-cais, agrupados no Coman-do Geral dos Trabalhadores,recusaram-se a embarcarna canoa furada com quelhes acenaram os generaisAmauri Kruel e Albino Silvae o sr. Crockratt de Sá. Per-ceberam em tempo que areação procurava arrasta-los a uma sangrenta ciladae decretaram o fracasso do"comício": por cima doCGT, dos sindicatos e daUNE os "gorilas" e seusmentores náo conseguiramlevar um só operário nemum só estudante ao Largodo Machado. O movimentosindical e, em geral, as fòr-ças nacionalistas davamuma magnífica demonstra-çáo de maturidade política.

Também no seio das Fór-ças Armadas os "gorilas"não conseguiram transporas barreiras levantadas pe-los militares patriotas, espe-cialmente pelo Comando doI Exército.

A pronta e vigorosa rea-çao ao plano golpista é oque explica o discurso "táti-co" do sr. João Goulart noCentro XI de Agosto, emSao Paulo, 24 horas depoisdo discurso de Marilia.

KRUEL x OSVINO

Os "gorilas", no entanto,nao se deram por vencidos.Procuraram recompor-se evoltar ao ataque. Dessa fel-ta o pretexto foi o discursopronunciado pelo generalOsvino Alves na solenidadede aniversário do Batalhãode Guardas. O comandantedo-I Exército reafirmou,nessa oportunidade, a posi-ção da oficialidade patrió-tica das Forças Armadas eassegurou que as forças sobo seu comando estarão aolado do povo e dos traba-lhadores, inclusive para ga-rantir-lhes os direitos dereunião e de manifestaçãodo pensamento.

As pahvros do coman-dante do I Exército conti-

nham uma condenação àsmanoijias- golpistas e, na li-nha do discurso do sr. JoãoGoulart no Centro XI deAgosto, representavam umagarantia de cobertura paracomício convocado peloCGT, FPN. UNE e UBES pa-ra o dia 10, na Esplanada doCastelo.

A partir desse instante, areação desencadeou furiosacampanha contra o gene-ral Osvino Ferreira Alves,exigindo do sr. Goulart asua cabeça. Ao mesmo tem-po. investiam contra o co-mício e as entidades de-mocráticas que o convoca-vam. >

Abriu-se então o cohfli-to, que vinha se mantendomais ou menos nos bastido-res. entre o ministro daGuerra e o comandante do

Exército. Kruel — quefracassara na primeira ten-tativa golpista — exigia dopresidente da República aautorização para prender ogeneral Osvino, como novoponto de partida para a"gorilada". Enquanto emtorno de Kruel se reuniamas forças mais reacionárias(numa cerimônia militar emque . foi homenageado, dia9, estavam representantesoficiais da Associação Co-mercial e da Associação dosBancos), ao lado do gene-ral Osvino Ferreira Alvescolocaram-se todas as fór-ças democráticas, civis e mi-litares, e a opinião pública.O gr. João Goulart procuraestabelecer - um "âcôrdo decavalheiros" èm nome. co-mo sempre, de uma falsa"paz social".

No momento em que redi-gimos esta nota. a crise politleo-militar se desenvolve.Kruel não teve força paraprender e afastar o gene-ral Osvino, embora continueainda á frente-do Ministérioda Guerra. A demissão deKruel, irremediavelmentecomprometido nas últimasmanobras "gorilistas". éuma exigência do povo bra-silelro.

O COMÍCIO

Quanto ao comício convo-cado pelos trabalhadores,parlamentares nacionalistase estudantes, foi transferidopara uma data próxima. Osobjetivos do comício erama denúncia do golpismo "go-rillste", a exigência de re-formas de base imediatas, adefesa das liberdades demo-criticas e de uma políticaeconômlco-íinancelra Inde-pendente e progressista, as-sim como a repulsa ao ven-de-pátria Carlos Lacerda.Depois de estimulá-lo nosprimeiros dias, o sr. JoãoGoulart e os políticos do seucirculo direto de influência,ppssarani a exercer pressãono sentido de que não fós-

se realizado. Essa pressiofoi feita incla.ive pelo sr.Leonel Brizolá, logo ao che-gar de Brasília, na últimasegunda-feira. A liderançado PTB na Guanabara, napessoa do deputado Balda- -nha Coelho, teve nesse epi-sódio um papel lastimável,objeto des mais duras cri-ticas dos trabalhadores ca-riocas.

Considerando as diversascircunstâncias, e após umaprolongada reunião na tar-de de terça-feira, os pro-motores do comício decidi-ram suspender a sua rea-lizaçao, divulgando o . co-municado que publicámosiU*tt.;1edição.^f:;deàutadp;'Marco Antônio Coelho foi.-uni ' dos participantes" dareunião, na qual defendeua realização do comício, co-mo um direito que têm asforças nacionalistas e dé-mocráticas de lutar em pre-ça pública pela emancipa*ção nacional e a democra-cia"; fazçndo ver aò;'mesmptempo que õ ate teria ásúásignificação diminuída, enesse caso não se justifica-'ria, se dele não participas-sem todas as forças que ohaviam convocado.

No comunicado em que seanuncia a decisão dé adia-mento do comício, ò Coman-do Geral dos Trabalhado-res, a UNE, a UBES é osparlamentares nacionalistasconclamam o povo brasilei-ro a manter-se vigilante emobilizado contra as mano-bras golpistas e por suasreivindicações.

UNIDADE E LUTA

Osprespntes aconteci-mentos políticos encerramimportantes advertências *ensinamentos para as fòr-cas nacionalistas e demo-ciáücEs, para todo o povobrasileiro.

A primeira dessas adver-tèncias é a que se refere àameaça das articulaçõesgolpistas; às manobras "go-rilistas", a cuja frente apa-recém ostensivamente osgenerais Kruel e Albino. Os"gorilas" estão convencidosde que só com o Poder to-talnente em suas mãos ha-verá "estabilidade" para le-var-se à prática a políticaeconômico-financeira dos

ministros San Tiago Dan-tas. Antó-.io Balbino e Cel-so Furtado, para que sejamcumpridos em tempo e-' krisca os compromissos assa-midos pelo sr. João Oouleítcom os banqueiros e. o'go-vérno norte-americanos» $%-•ra realizar seus sinistrosobjetivos, os "gorilas" náovacilam nem mesmo em pró-cuiar dar uma aparência"democrática" (intervençãona Guanabara, contra: La-cerda) às sua. maquinaçõespara Induzir as forças, na-cionalistas a atos aventa-reiros. ;,' ".

Outra importante'adver-tência é a de qUe a verda-delra garaatta.ide êxito na

.:hjty patri^v^Memóoratl-ca contra o golpismo. 'estáem que as torças naciona-listas têm de atuar em es-treita unidade. Nao fosseessa unidade,.r a. forçasprogressistas' teriam, porexemplo, S caldo na cilada' dodia 4. E' uma* imposição,

. compo* fatos,comprovam,; que. ess*as forças atuem! emfrente únlca.i ehtendehdo-see orientando o. seus esfor-ços em t,òrnò. de objetivosclaros,. Nesse v sentido, temsido objeto de observações aconduta politlea do sr: .Lee-nel Brizolá, que Insiste ematuar fora da coligação d*forças nacionalistas, enibo-ra a vida demonstre queações desse- tipo tornam-se.impotentes e • inclusive : po-dem criar embaraços . aoprocesso gerai da lutiáv.

Por fim, os últimos acon-tecimentos deixam' perfeita-mente claro que somenteuma vasta mobilização dasmassas, de todas a. terçasnacionalistas e demècrátl-cas pode assegurar, á. apro-vaçào e aplicação itas re-formas de estrutura, podegolpear a espoliação, de nos-so pais pelo imperialismonorte-americano, pode' de-terminar a adoção de umapolítica independente, e.progressista, diferente da.orientação, que .vem sendoimprimida, particularmen-te, nó setor economicq-fi-nanceiro. .-V\-^;;','

Na luta para' esmagar • aamanobras "gorlllstas", paraconseguir as reformas, debase e uma política econó-mico-financsira nacionalis-tá. podem e devem unir-se.todos os patriotas, todos osdemocratas..

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