Mobilidade Social No Brasil_2015_1

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Mobilidade Social No Brasil_2015_1

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Mobilidade Social no BrasilAula Baseada no captulo: O Significado da Mobilidade Social do livro Mobilidade Social no Brasil Pastore e do Valle Silva. So Paulo: Makron Books, 2000. e Sociologia de Giddens, Porto Alegre:Penso, 2012.ESTRATIFICAO SOCIAL E CLASSE

O conceito de estratificao social serve para descrever as desigualdades que existem entre indivduos e grupos das sociedades humanas. Caractersticas Bsicas :

As classificaes se aplicam a categorias sociais de pessoas que compartilham de uma caracterstica comum sem necessariamente interagirem ou se identificarem.As experincias e oportunidades de vida das pessoas dependem muito de como sua categoria social avaliada. Ser homem ou mulher, negro ou branco, da classe alta ou da classe trabalhadora faz uma grande diferena em termos de suas chances de vida to forte quanto sorte ou esforo pessoal.As classificaes de diferentes categorias sociais tendem a mudar de forma muito lenta ao longo do tempo.

Classe grande agrupamento de pessoas que compartilham recursos econmicos comuns, influenciando o tipo de estilo de vida que podem ter. A posse de riqueza e a ocupao so as principais bases das diferenas de classe.

Caractersticas:

Os sistemas de classe so fluidos.As posies nas classes, at certo ponto, so obtidas.A classe tem base econmica.Os sistemas de classe so em grande escala e impessoais.

MOBILIDADE SOCIAL

Movimento de indivduos e grupos entre diferentes posies socioeconmicas.

Pode ser:

Vertical para cima ou para baixo

Trajetria social entre geraes - intergeracional

Trajetria social dentro de uma mesma gerao intrageracional

Brasil pas de contrastes:Muito mobilidade socialEnorme desigualdadeIntenso movimento de sobe e desce na estrutura social, mantendo as mesmas dificuldades de acesso s novas e melhores oportunidades sociais.6Pesquisa sobre dados de 1973 com 1996:

Anlise de coortes de idade dos informantes (chefes de famlia, homens entre 20 e 64 anos de idade)

O que se observa:

Evoluo da estrutura social brasileira ao longo de todo o sc. XX.

O que informam os dados de 1973? Movimentos ocorridos na economia e nos mercados de trabalho em vrias dcadas anteriores.Ex: Pessoa de 64 anos em 1973, entrou no mercado de trabalho em 1923, ou antes.

Para realizar a pesquisa, os autores dividiram a sociedade em seis estratos:

Baixo inferiorBaixo superiorMdio inferiorMdio mdioMdio superiorAlto

Brasil incio do sc. XX:

Predominantemente rural

Imigrao rural-urbana modesta

Industrializao nascente.

Poucos empregos industriais (subsetores tradicionais: txtil, agroindustrial).

Analfabetos: 65,3% (http://.oei.es/quipu/brasil/historia.pdf)Dcada de 1920:

Aumento da capacidade de produo em vrias reas (energia, cimento e ao)

Aumento da importao de bens de capital.

Imigrao como fonte de mo-de-obra para as fazendas decafna regio deSo Paulo, entre o final dosc. XIXe incio dosc. XX, com um largo predomnio deitalianos,portugueses,espanhisejaponeses

Analfabetos: 69,9% (http://.oei.es/quipu/brasil/historia.pdf)

Dcada de 1930 (Era Vargas):

Substituio de importaes ampliou-se.

Economia comeou a voltar-se gradualmente para o setor interno.

Industrializao: capacidade ociosa inicial para uma clara expanso da base industrial (metalurgia e qumica).

Expanso do comrcio, meios de transporte.

Criao do Ministrio da Sade e Educao, do Trabalho.

Dcada de 1940 (Segunda Guerra Mundial):

Dificuldades de importao protegeram setores da indstria nacional

Crescimento anual de 4,8% (Crescimento de 2012: 1,5%)

Crescimento industrial de 7,2% (2012 : 2%)

Analfabetos: 56,2% (http://.oei.es/quipu/brasil/historia.pdf)

Dcada de 1950:

Crescimento acelerado.

Mercado interno suprido por bens produzidos no Brasil

Incio do ciclo de substituio de importaes de bens de consumo, produo de bens durveis.

Entrada do capital estrangeiro para apoiar a industrializao. (Anos JK)

Intensificao da migrao rural-urbana

Abertura de oportunidades nas cidades (Filme Cidade de Deus)

Analfabetos: 50,0% (http://.oei.es/quipu/brasil/historia.pdf)

Dados de 1973:

Muita mobilidade social

Quase 50% dos filhos subiram na escala social em relao aos seus pais.

41,6% ficaram imveis permanecendo iguais aos seus pais.

11,3% - desceram na escala social.

Imobilidade ou mobilidade descendente mais frequente entre jovens (20 a 30 anos) e os mais velhos (50 e 64 anos)

Mobilidade ascendente frequente nos coortes intermedirios (31 a 40 e 41 a 50 anos)

Dados de 1973:

Ascenso social: melhoria do padro de vida, elevao do nvel de consumo, acesso escola trabalho etc.

A maioria subiu pouco e a minoria subiu muito na escala social, isto a maior parte da populao passou de um estrato social mais baixo para outro imediatamente superior.

Melhor ser pobre na cidade, do que no campo Entre os anos 50 e 70 a taxa de urbanizao ultrapassou os 2/3 da populao total.

O que provocou um estiramento da estrutura social, portanto acentuao da desigualdade social.

Paradoxo: aumento da mobilidade e da desigualdade ao mesmo tempo.

Analfabetos: 33,1% (http://.oei.es/quipu/brasil/historia.pdf)

Mobilidade Estrutural: as pessoas sobem na estrutura social ao preencher as novas vagas, independentemente de estarem preparadas para o exerccio das funes.

Mobilidade Circular: para uma pessoa subir na pirmide social, outra precisa descer ou sair da posio mais alta (por morte, desemprego ou aposentadoria)Dcada de 1980:

Governo Figueiredo (1980 a 1983) o Brasil uma das piores recesses da sua histria.Plano Cruzado (1984-85) leve recuperao.

1986 novamente declnio econmico anos 90.

Escassez de recursos externos marcou o agravamento crescente da crise de 80.

Estratgia brasileira para enfrentar o problema, a partir de 1982, foi a de evitar o crescimento da demanda interna e acelerar a venda de ttulos pblicos, o que comprometeu a sade das finanas do governo e sua capacidade de investir e de gerar empregos.

A dcada de 80, por sua vez, caracterizou-se pela estagnao econmica e pela piora de praticamente todos os ndices socioeconmicos.

Dcada de 90:

Muito embora tenha sido prdiga na reverso das tendncias descendentes dos indicadores e na melhoria de muitos ndices importantes (escolaridade, saneamento bsico, mortalidade infantil, estabilizao econmica etc.), no demonstrou, at em funo de uma tendncia mundial, o mesmo vigor nos quesitos desenvolvimento e reduo das desigualdades.

O mercado de trabalho refletiu a desacelerao econmica. O desemprego subiu, e a informalidade aumentou.

Embora a informalidade no seja sinnimo de pobreza e subemprego, a grande maioria dos que trabalham no setor informal gozam de menos segurana no trabalho e menor renda.

O setor formal de trabalho tb heterogneo e apresenta uma segmentao interna marcante.

Decompe-se em privado e pblico. Este ltimo apresentou um forte declnio a partir do incio dos anos 90.

Os que trabalhavam na administrao pblica passaram a ser dispensados em grande quantidade, continuando assim at hoje. Para os que ficaram nos seus trabalhos a reduo salarial foi acentuada.A Mobilidade com os dados de 1996Mobilidade social intensa, estrutura social desigual.

Mobilidade ascendente continuou de curta distncia, decorrente do esvaziamento gradual do estrato social mais baixo e composto por trabalhadores rurais.

Diminuio da mobilidade estrutural para aumento discreto da mobilidade circular.

Aumento do peso da qualificao, competncia e educao em 1996, comparado com 1973.

Evoluo da Matrcula No Ensino Superior Brasil 1980-1998AnoTotalFederalEstadualMunicipalParticular19801.377.286316.715109.25266.265885.05419851.367.609326.522146.81683.342810.92919901.540.080308.867194.41775.341961.45519951.759.703367.531239.21593.7941.059.1631997*1.965.498406.742254.924112.2781.191.5541998*2.085.120426.187268.724123.6951.266.51489/98(%)51,434,7145,986,643,1