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EDIÇÃO MOÇAMBIQUE MOÇAMBIQUE A HORA DE APOSTAR NO IMOBILIÁRIO CHEGOU! Crescimento económico impulsiona investimento na Construção, Obras, Públicas & Imobiliário TEKTÓNICA está de regresso a Maputo em 2013 www.mz.vidaimobiliaria.com | Preço de Capa: 50 Meticais | nº 2 FEVEREIRO 2013

MOÇAMBIQUE - Vida Imobiliaria · DIGITAL REGULAR CORPORATE ... rigorosa, atual e completa sobre o mercado imobiliário. ... mARKETING & NEW buSINESS Osvaldo Nogueira

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º2 FEVEREIRO 2013

EDIÇÃO MOÇAMBIQUE

MOÇAMBIQUEA HORA DE APOSTAR NO IMOBILIÁRIO CHEGOU!Crescimento económico impulsiona investimento na Construção, Obras, Públicas & ImobiliárioTEKTÓNICA está de regresso a Maputo em 2013

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EDITORIAL

Moçambique é um país irmão de Portugal e as enormes potencialidades que oferece a nível económico, imobiliário, turístico, e mesmo a nível de recursos naturais, têm atraído cada vez mais portugueses, que escolhem o país para trabalhar, fazer negócios, habitar ou visitar.

O país, que tem vindo a sentir um fulgor eco-nómico admirável, desempenha um papel estratégico no mapa de investimento interna-cional, especialmente no eixo lusófono, e atrai cada vez mais investidores internacionais, com os quais poderá também capitalizar experiên-cia e know-how.

Na senda da sua vocação lusófona e dos laços com os países africanos, Portugal e as empresas portuguesas que preferem Moçambique para investir podem ter um contributo importante para o desenvolvimento do país, transmitin-do e disseminando o know-how adquirido ao longo das últimas duas décadas no imobiliário nacional, e acompanhando, assim, o país num caminho que Portugal já percorreu e para o su-cesso do qual poderá ter uma palavra a dizer.

A exportação do know-how adquirido ao lon-go das últimas décadas nos diversos segmen-

tos do imobiliário nos quais Portugal já deu provas de qualidade pode ser um bom exem-plo das mais-valias que este intercâmbio pode-rá aportar. Apreender as boas práticas de quem já desenvolveu produtos imobiliários noutros países é um percurso natural de qualquer in-dústria e Portugal é um parceiro preferencial para Moçambique nesta relação, dada a sua proximidade cultural, linguística e até afectiva.

A Vida Imobiliária espera poder estar na van-guarda deste intercâmbio, apresentando o mercado moçambicano na sua área de espe-cialização, nomeadamente imobiliário, cons-trução e obras públicas, disseminando a in-formação entre todos os players, e servindo de plataforma para que os dois países possam estabelecer relações longas e proveitosas.

Há um ano demos os primeiros passos em Moçambique com o lançamento da primeira revista inteiramente dedicada ao país, e que foi distribuída na Tektónica Maputo. Um ano de-pois, estamos de volta, com uma nova edição, mantendo-nos firmes na aposta neste merca-do que é um destino óbvio e confirmado para as empresas portuguesas da fileira da constru-ção e do imobiliário.

De olhos postos no futuro

António Gil MachadoDiretor, Vida Imobiliária

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ÍNDICE

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EDITORIAL

VI NEWSMoçambique

EVENTOSTektónica 2013

OPINIÃOLuís Lima, Presidente da CIMLOP

DOSSIER AS OPORTuNIDADES ImObILIáRIAS Em mOçAmbIquE

Economia moçambicana em rota de crescimento atrai mais investimento

Opinião: António Raposo Subtil João Ricardo Nóbrega

Prime Yield MZ lança estudo sobre o mercado imobiliário moçambicano na Tektónica

Oferta imobiliária está a qualificar-se em Moçambique

O desenvolvimento do mercado imobiliário

A internacionalização consolidada

Afaplan Southern Africa projecta crescimento de 70% para 2013

Mozta Engenharia ganha terreno no mercado moçambicano

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DIREcTORAntónio Gil machado

[email protected]

EDIçÃOSusana Ribeiro

[email protected]

mARKETING & NEW buSINESSOsvaldo Nogueira

[email protected]

GESTÃO DE cLIENTESclara marcos

[email protected] brandão

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cOLAbORADORESPaula moreira

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DESIGN GRáFIcOPmD - Design www.pmd.pt

ImPRESSÃOuniarte Gráfica

R. Pinheiro de campanhã nº 3424300-414 Porto

ASSINATuRASclara marcos

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Av. Fontes Pereira de melo nº 6 – 4º andar1069-106 LisboaTel. 21 781 54 10Fax. 21 781 54 15

Registo nº 115734 da Entidade Reguladora da comunicação Social

VIDAIMOBILIÁRIA

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8EDIÇÃO 2VIDAIMOBILIÁRIA

Rangel investe 5 milhões de dólares até 2014

O grupo Rangel deu mais um importante passo na sua estratégia de internacionalização e, de-pois de Angola, chegou agora a Moçambique, onde deverá investir 5 milhões de dólares até 2014 para fomentar a sua entrada neste merca-do. A entrada do grupo no país deverá propor-cionar 100 novos postos de trabalho até 2015.

Os primeiros passos do grupo em território moçambicano foram marcados pela compra da empresa LFP Logística em 2012, actualmen-te dominada Rangel Moçambique. Para este ano, a empresa prevê inaugurar uma filial em Nacala, bem como arrancar com a construção de um Terminal Logístico em Maputo, o que corresponderá a um investimento na ordem dos 3 milhões de dólares.

Eduardo Rangel, presidente do grupo, disse que «até ao final de Março, estaremos a desenvolver um estudo de mercado para um bussiness plan em Moçambique, mês no qual prevemos abrir uma filial a norte, em Nacala, e, em Abril, deveremos avançar com a construção de uma plataforma lo-gística com 4.000 m², em Maputo».

Segundo o responsável, a aposta em Moçambique englobará também o desenvolvi-

mento de uma rede de distribuição que cubra todo o território moçambicano e a criação de uma outra filial, desta feita na Beira.

«Há uma forte necessidade de melhorar e inovar os sistemas de logística no território moçambica-no, nomeadamente nos segmentos do retalho ali-mentar, banca e distribuição de medicamentos”, explica Eduardo Rangel. Por isso, acrescenta, «temos em mãos um plano de desenvolvimento centrado no transporte internacional aéreo, marí-timo e terrestre, sobretudo vindo da África do Sul, assim como no desembaraço aduaneiro, gestão de stocks, transportes especiais e na entrega ao cliente final».

VINEWS MOÇAMBIQUE

Actualidade do mercado. Moçambique · Portugal · Angola · Brasil www.vidaimobiliaria.com

Central Térmica da Ncondezi Coal arrancará em 2015 A Ncondezi Coal Company estima arran-car em 2015 com as obras de construção da nova central térmica alimentada a carvão mineral que será erguida na re-gião norte do distrito de Moatize, pro-víncia de Tete.Em declarações ao matutino Notícias, de Maputo, o director da empresa, David Eshmade disse ainda que a central tér-mica será construída próxima da mina da companhia e a aproximadamente 95 km da linha de transmissão de energia eléc-trica da rede nacional da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB).A Ncondezi Coal Company é detentora de 100% das licenças 804L e 805L conheci-das como Projecto Ncondedzi, no distrito de Moatize, e o empreendimento dispõe de recursos avaliados em 4.700 milhões de toneladas de carvão. A mina de carvão da Ncondezi Coal Company dista cerca de 25 km da linha de caminho-de-ferro de Sena, que termina na vila de Moatize, e nela serão extraídos dois tipos de carvão térmico considerados ideais para os mer-cados da Ásia e que são comparáveis aos tipos de referência internacional.De olhos no futuro, a empresa está neste momento a analisar quatro rotas para ex-portar a produção. A estratégia de curto prazo está focada no acesso a um dos dois corredores ferroviários existentes para os portos da Beira e de Nacala para satisfazer a primeira fase de produção. Como op-ção a longo prazo, David Eshmade disse haver perspectivas para um novo pro-jecto ferro-portuário, dispondo já de um acordo com o grupo Rio Tinto, que está a desenvolver os estudos deste projecto a fim de conseguir escoar o carvão extraído naquela província de Moçambique.

Grupo Accor anuncia 30 novas unidades em África

O grupo hoteleiro Accor tem um plano de expansão em África que prevê a abertura de 30 novos hotéis no continente nos próximos três anos.

A informação foi revelada pelo presidente e director geral do grupo, Dennis Hennequin, que falou na cerimónia de inauguração do novo hotel Íbis de Dakar (Senegal). Na ocasião, o responsável falou também da expansão da-quela chancela, revelando que «o nosso objec-

tivo é passar dos 116 para os 146 hotéis e de ofe-recer 5.000 novos quartos até 2016». Para 2020, o objectivo é a abertura de mais 35 unidades hoteleiras, revelou a mesma fonte.

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Sauditas constroem a primeira Refinaria de Petróleo do país

O Instituto de Gestão de Participações do Estado de Moçambique (IGEPE) e o grupo sau-dita Radyolla Holding Co. já assinaram o acordo que vai tornar possível a construção da primeira refinaria de petróleo em Moçambique.

Em conferência de imprensa, o presidente do IGEPE, a entidade que cuida dos interesses em-presariais do Estado moçambicano, Apolinário Panguene, explicou que para já irão ainda ser realizados estudos para a definição do custo e prazos de construção da refinaria.

Este empreendimento será instalado na cida-de de Nacala, província de Nampula, norte de Moçambique, que alberga um dos maiores por-tos de águas profundas do mundo. E, além de fornecer petróleo a Moçambique, a refinaria vai também abastecer países vizinhos.

«O IGEPE identificou um conjunto de projetos a serem implementados no país juntamente com outros parceiros e a Radyolla tem a vantagem de ter o músculo financeiro suficiente para nos ajudar a implementar o projeto de refinaria», afirmou Apolinário Panguene. Já o presidente da Radyolla Holding Co., Abdul Aziz, deixou a garantia de que o grupo «vai fazer o melhor na implementação dos projetos com que se com-prometeu em Moçambique».

União Europeia apoia reordenamento urbano em Chimoio

A capital da província de Manica, Chimoio, assi-nou recentemente um contrato de subvenção com a União Europeia (UE) no valor de 80.400 dólares para financiar o reordenamento dos bairros 16 de Junho e Josina Machel.

Este projecto enquadra-se no programa euro-peu de apoio às autoridades locais e aos acto-res não estatais, tendo uma duração de dois anos. O acordo foi assinado entre o presidente do município de Chimoio, Raul Conde Marques Adriano e o embaixador da UE em Moçambique, Paul Malin. Em comunicado à imprensa, a UE explica que «com este projecto, a União Europeia pretende apoiar o Conselho Municipal do Chimoio a velar pelo Ordenamento Territorial e Planeamento do Desenvolvimento Urbano, que é uma das missões das autoridades locais». Malin explicou também que a iniciativa inclui a participação dos cidadãos no reordenamento e legalização do território, e terá um impacto muito positivo na vida dos munícipes, contri-buindo assim para apoiar a cidade do Chimoio

como uma cidade mais aberta, mais equitativa e mais democrática.

No documento poder ler-se ainda que «o ob-jectivo desta iniciativa é melhorar as condições de vida dos munícipes da Cidade de Chimoio, especificamente dos residentes dos Bairros 16 de Junho e Josina Machel, assim como de for-talecer a cidadania activa num processo de de-senvolvimento local».

No âmbito deste processo de reordenamen-to, proceder-se-á à abertura de vias de acesso, construção de drenagens, poços e latrinas me-lhoradas, para além da definição de terrenos e atribuição do direito de uso e aproveitamento de terras permitindo assim a sua legalização.

É co-financiado pela União Europeia através do programa de apoio aos Actores Não Estatais e Autoridades Locais em Desenvolvimento, re-presentando um investimento de 8,9 milhões de euros.

Banco de Moçambique quer mais agências em zonas rurais

O governador do Banco de Moçambique lançou o apelo para a abertura de mais dependências ban-cárias nas zonas rurais do país, con-siderando que aquelas populações «produzem riqueza, mas carecem do apoio da banca, quer para depósito de poupanças, quer para investimentos».Em declarações à imprensa, Ernesto Gove chamou a atenção para o facto de mais de metade dos 128 distritos moçambicanos não estarem ainda servidos por agências bancárias. A cobertura territorial da rede de ser-viços e produtos financeiros às zonas rurais – onde vive mais de metade da população – é uma das principais preocupações das autoridades mo-çambicanas, que apostam no desen-volvimento dessas regiões para com-bater a pobreza.Nesse sentido, em 2007 o Banco Central de Moçambique lançou um plano de expansão dos bancos e dos serviços financeiros às regiões rurais, integrado no âmbito do plano de ampliação da rede que deu luz verde à abertura de mais de 400 agências bancárias no país. «Ainda que reconheçamos e saudemos o esforço realizado pelas instituições de crédito neste domínio, não restam dúvidas que há muito por realizar», in-cluindo o desenvolvimento das infra--estruturas básicas, como as redes de transportes, comunicações e energia, disse o Governador, Ernesto Gove. Por isso, em 2012 aquela instituição decidiu estender por mais cinco anos o prazo de validade dos incentivos à ampliação da rede para as zonas rurais.

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10EDIÇÃO 2VIDAIMOBILIÁRIA

Construção de nova barragem arranca este ano na bacia do rio Púnguè

A construção da nova barragem de Nhacangara, no rio Púnguè deverá arrancar ainda este ano na província de Manica, revelou o minis-tro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba.

De acordo com o governante, estão já disponí-veis cerca de 80, 3 milhões de dólares – o equi-valente a 2.460 milhões de meticais – para o projecto, graças a um financiamento conjunto entre os governos moçambicano e italiano. Esta soma será aplicada na construção da barragem e numa drenagem de águas pluviais na capi-tal do país, empreendimentos que irão contri-buir para a redução do impacto das cheias ou inundações ao longo da bacia de Púnguè e em Maputo.

Cadmiel Muthemba disse ainda que «estamos neste momento a preparar-nos para selecionar o empreiteiro que vai executar as obras e garan-timos que a construção da barragem vai iniciar ainda este ano».

Este projecto governamental surge no âmbi-to de um programa que tem como objectivo aumentar a disponibilidade de água para as cidades da Beira e Dondo, bem como garantir a irrigação de cerca de 5.000 hectares de terras destinadas à agricultura e a regular os caudais daquela bacia no centro do país, de modo a re-duzir o risco de enxurradas.

Para a implantação do empreendimento, cerca de 400 famílias que se encontram actualmente a residir nas imediações da área abrangida po-derão ter de vir a ser movimentadas. Já o novo sistema de drenagem de Maputo tem como ob-jectivo a diminuição do elevado nível freático nos bairros de Maxaquene e Polana Caliço, bem como o impacto da erosão, e poderá implicar retirada de cerca de mais de 200 famílias.

Estima-se que o investimento necessário para realojar as cerca de 600 famílias abrangidas por estes projectos galgue os 4,8 milhões de dóla-res, o equivalente a 131,2 milhões de meticais.

Hörmann vai reforçar equipa em Moçambique

A Hörmann, líder no fabrico e comer-cialização de portas e automatismos, vai reforçar as suas equipas nos merca-dos lusófonos onde opera, integrando 30 novos colaboradores em Portugal, Angola e Moçambique até ao próximo mês de Junho.O grupo multinacional alemão procura preencher vagas no departamento de Marketing de Angola e, para a sucursal moçambicana está actualmente, em processo de selecção para contratar um diretor geral.A informação foi confirmada por Henrique Lehrfeld, director geral da empresa em Portugal, que disse que «até ao final do primeiro semestre deveremos integrar até 30 novos colaboradores na Hörmann Portugal, resultado, em grande parte, do nosso forte crescimento em Angola e da nossa recente entrada em Moçambique».

C&W Portugal expande actividade para Angola e Moçambique

A diversificação da actividade para os dois prin-cipais mercados africanos lusófonos, Angola e Moçambique, é um dos objectivos estratégicos da consultora imobiliária Cushman & Wakefield (C&W) Portugal.

Ao longo dos últimos meses, a filial portugue-sa do grupo mundial de consultoria imobiliária tem vindo a apostar na diversificação da sua actividade para outras geografias, tendo já de-senvolvido estudos de mercado para investido-res, promotores e retalhistas em países como Espanha ou em regiões emergentes como a América do Sul e África.

E, segundo revelou o director-geral da Cushman & Wakefield, Eric van Leuven, estes trabalhos têm tido mais expressão nos mer-cados de Angola e Moçambique, onde a em-presa ainda não possui escritórios, pelo que a equipa portuguesa tem trabalhado com a filial da África do Sul.

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12EDIÇÃO 2VIDAIMOBILIÁRIA

Turvisa quer um hotel em todas as capitais de província

Apostada em continuar a crescer em Moçambique, a Turvisa traçou um objecti-vo ambicioso: «implantar uma unidade hote-leira em todas as capitais de província», disse Margarida Pinheiro, directora-geral dos Girassol Hotels, a marca hoteleira do grupo Visabeira Moçambique.

Traçando caminho para atingir este objectivo, a empresa está já a preparar o lançamento do seu próximo grande projecto: um hotel em Tete, que oferecerá 125 quartos, restaurante, ginásio, cabeleireiro e spa. Citada pela impren-sa, a responsável explicou que este será «um in-vestimento mais vocacionado para o turismo de negócios, tendo em conta o interesse que a região tem vindo a despertar em termos económicos».

Actualmente, a oferta turística da Turvisa «aponta maioritariamente para o turismo de negócios», esclarece Margarida Pinheiro, acres-centando que «Moçambique é um mercado em

crescimento atractivo para o investimento estran-geiro e, como tal, uma plataforma deveras inte-ressante para este segmento».

No entanto, garante, «o turismo de lazer também é uma aposta da Turvisa, aproveitando as condi-ções únicas que Moçambique oferece». E, um das apostas mais recentes neste segmento é o Girassol Gorongosa Lodge & Safari, situado em pleno Parque Nacional da Gorongosa.

VINEWS MOÇAMBIQUE

Plano de estrutura da cidade de Nampula vai ser actualizado este ano

O Plano de Estrutura da cidade de Nampula vai ser alvo de actualização ainda em 2013, anunciou o presidente da autarquia, Castro Namuaca. Para o efeito, foram já endereçados alguns convites ao Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG) e à Electricidade Moçambique (EDM), que se deverão juntar a esta iniciativa.

Em conferência de imprensa, o autarca re-conheceu que o actual Plano de Estrutura da cidade, concebido há mais de dez anos, já se encontra totalmente desajustado da realidade actual, razão pela qual nos últi-mos três anos tenha sido desenhado um projecto de requalificação dos bairros. Na ocasião admitiu também os problemas re-lacionados com a ocupação desordenada na cidade, quer para fins de habitação, quer para instalação de infra-estruturas sociais e económicas.

Para subsidiar esta estratégia, foram con-cebidos planos parciais em alguns pontos

da cidade, com destaque para Namicopo e Namutequeliua, disse o edil.

Além disso, disse Namuaca, neste momento estão em curso obras e edificação de um forte sistema de drenagem na cidade, para permi-tir o melhor escoamento das águas pluviais. O projecto inicial contemplava duas compo-nentes, sendo a primeira virada para águas pluviais e outra para águas residuais, esta úl-tima ainda sem financiamento.

Aeroporto internacional de Maputo vai ganhar complexo imobiliárioO Aeroporto Internacional de Maputo vai ganhar um complexo imobiliário, com hotéis e restaurante, revelou o presidente da Aeroportos de Moçambique, Manuel Veterano. As obras deverão arrancar ain-da este ano.O projecto de arquitectura já está pronto, estando agora a dar-se início ao projecto de engenharia. De acordo com Manuel Veterano, o objectivo é que os trabalhos de construção possam ter início dentro de alguns meses, ainda em 2013. O res-ponsável escusou-se contudo a revelar qual o valor estimado para este investi-mento, bem como quem são os parceiros associados à empresa estatal no desen-volvimento do projecto.Promovido pela empresa pública Aeroportos de Moçambique, o complexo imobiliário será construído na área aero-portuária de Mavalane. Manuel Veterano realçou que o objectivo é que a prazo, o Aeroporto Internacional de Maputo pos-sa oferecer a grande maioria dos serviços que se encontram em outros complexos aeroportuários do mundo, em que os passageiros em trânsito não precisam de sair do recinto do aeroporto para se hos-pedar, por exemplo.O presidente da Aeroportos de Moçambique falou após a adjudicação formal da elaboração do projecto de re-cuperação da pista principal, da placa de estacionamento, dos caminhos de circu-lação de pessoal e equipamentos aero-portuários e de toda a sinalização lumino-sa do Aeroporto Internacional de Maputo. Este projecto foi adjudicado à empresa de consultoria DHV, e a previsão é que possa estar pronto de forma a que as obras te-nham início em 2014.

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Colliers International tem nova parceira na África do Sul

A Colliers International, especialista mundial em real estate services, tem uma nova parcei-ra na África do Sul, onde acaba de se asso-ciar à Chelsea Manhattan, líder em property consultancy. Nos trâmites desta associação, a Chelsea Manhattan irá integrar-se totalmente na organização, assumindo a nova designação Colliers International.

Com escritórios em Joanesburgo e na Cidade do Cabo, a nova empresa conta com 34 colaboradores, e irá prestar todos os serviços relacionados com a tran-sacção de imóveis comerciais, destacando-se a elevada especialização na consultoria a grandes empresas (blue chip) internacionais. Mike Blair, Director Executivo na Chelsea Manhattan assu-mirá o cargo de Director Executivo da Colliers International na África do Sul.

«Enquanto vital ponto de acesso ao continente africano, a África do Sul é um mercado chave

para a Colliers. Este é um mercado emergente no imobiliário comercial e com grandes opor-tunidades para nós e para os nossos clientes. Esta é mais uma parte do nosso plano para crescer o nosso negócio na EMEA, quer organi-camente, através dos nossos mais de 100 escri-

tórios, quer através de fusões e aquisições», afirma Chris McLernon.

Por seu turno, Mike Blair acrescenta que «nós somos líderes em property consul-tancy na África do Sul e sem-

pre tivemos recursos internacionais. Porém, a Colliers International confere-nos uma plata-forma internacional que beneficiará, quer os nossos colaboradores, quer os nossos clientes. O nosso atendimento personalizado não se al-terará, mas agora teremos acesso a um conhe-cimento global em todos os sectores do imobi-liário, quer através dos 12.300 profissionais da Colliers, em mais de 500 escritórios distribuídos por 62 países».

Programas-piloto de melhoramento de habitação vão beneficiar mais 900.000 agregados

Os programas-pilotos de melhoramento ha-bitacional e de saneamento, em curso desde Julho de 2012 nos municípios de Maputo e Mandlakazi, no Sul de Moçambique, vão ser estendidos a mais 10 distritos, passando a beneficiar outros 900.000 agregados fami-liares que vivem em condições de extrema pobreza. A informação foi avançada por fon-te do Banco Mundial, citada pelo Correio da Manhã.

Beneficiando cerca de 960.000 habitantes lo-cais, as acções em curso estão a ser co-financia-das pelo Orçamento do Estado moçambicano e pelo Banco Mundial, e estão avaliadas em 1,7 biliões de meticais, o que corresponde ao aumento de cerca de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2013 em relação ao Orçamento de Estado de 2012.

Os dez distritos que também vão passar a ser abrangidos por este programa não foram, contudo, revelados. Sabe-se apenas que, para

que isso seja possível, a dotação orçamental de 2013 foi aumentada em 0,8% do PIB, com o objectivo de elevar o nível de assistência social para aquele número de beneficiários.

O Banco Mundial explicou que o seu envolvi-mento neste projecto visa minimizar «as dis-paridades interprovinciais que permanecem muito elevadas e com tendência a agravar-se no país».

Neste sentido, acrescenta a mesma fonte, está actualmente em curso um trabalho de sensibilização das autoridades governamen-tais moçambicanas no sentido de cumprirem com os programas assinados com os doa-dores externos, já que em alguns casos «há incumprimento e eles estão insatisfeitos com isso», sobretudo devido «à lenta implemen-tação de alguns projectos». O apoio externo deverá ser recuperado durante este ano e o próximo, «casa haja progressos de boa-go-vernação e combate à corrupção».

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Província de Sofala vai ganhar cinco novas fábricas de cimento

A província de Sofala vai ganhar cin-co novas fábricas de cimento, que representam um investimento global-mente avaliado em 250 milhões de dólares norte-americanos. Estas infra--estruturas serão erguidas nos distritos de Chibabava, Inhaminga e nas cidades da Beira e Dondo, e as obras deverão ar-rancar ainda este ano.José Ferreira, director provincial da Indústria e Comércio em Sofala, revelou estar já em curso a tramitação dos pro-cessos para a implantação dos referidos projectos, os quais irão criar quinhentos postos de trabalho numa primeira fase.Segundo o responsável, caso não ha-jam constrangimentos no decurso das obras, pelo menos duas das fábricas de cimento poderão entrar em funciona-mento até ao final deste ano.Paralelamente às acções ligadas à im-plantação destas infra-estruturas indus-triais, estão também em curso os traba-lhos para a instalação de um novo forno na fábrica de cimento do Dondo.

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14EDIÇÃO 2VIDAIMOBILIÁRIA

Sotecnisol associa-se ao Grupo Entreposto para entrar em Moçambique

A Sotecnisol estabeleceu uma parceria com o Grupo Entreposto, criando a Sotecnisol-Entreposto, detida em partes iguais pelas duas empresas. A nova empresa tem como objectivo o desenvolvimento de actividades nas áreas de coberturas, fachadas e revestimentos, identifi-cadas como «apresentando boas perspectivas de desenvolvimento futuro neste mercado».

O objectivo é que a nova empresa possa expandir a sua oferta gradualmente em Moçambique e à medida das necessidades deste mercado, tendo também na mira as áreas da energia renovável, engenharia e materiais.

Desta forma, Moçambique torna-se o quin-to mercado internacional onde a portuguesa Sotecnisol está presente, depois de Espanha, Itália, Angola e Argélia. Actualmente, a activi-dade internacional tem um peso de 10% nas contas na empresa, que opera nos sectores da construção, ambiente e energia. Mas, a meta para os próximos meses é elevar para 30% o peso da facturação internacional.

José Luis Castro, Presidente da Sotecnisol, diz que «Moçambique é um mercado estratégico

para a Sotecnisol, pelo crescimento económi-co que vive actualmente e pela necessidade de investimento em infra-estruturas». Por isso, acrescenta, «a parceria com o Grupo Entreposto é uma grande mais-valia, pois trata-se de um grupo forte que opera no país há várias déca-das e cuja oferta de produtos é complementar à nossa».

Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração Executivo do Grupo Entreposto, Pedro Palhinha, acrescenta que «a parceria com a Sotecnisol para Moçambique permite-nos alargar a nossa oferta de produtos e serviços para novas áres, estratégicas para o futuro deste país».

Lançado o projecto de um novo hospital na província de Nampula

O Gabinete da Primeira-Dama e a FBT IC, em-presa especializada na construção de edifícios hospitalares e de educação, lançaram um novo projecto para a construção de um hospital ge-neralista na província de Nampula, no norte de Moçambique. As obras deverão arrancar no próximo mês de Junho, prevendo-se que fiquem concluídas em Dezembro de 2014.

João Silva director-geral da FBTIC explicou que o hospital será gerido pelo sector privado e contará com 50 consultórios e 33 especiali-dades médicas. Oferecerá 45 quartos duplos e 67 individuais, com uma capacidade de inter-namento para 157 pessoas.

A escolha para a construção desta infra-es-trutura recaiu sobre a província de Nampula porque esta é uma das províncias mais po-pulosas do país e um ponto de referência na captação de mais investimentos, pelo que se impõe a necessidade de dotá-la com capa-cidade para responder às necessidades de desenvolvimento, explicou a directora do Gabinete da Primeira-Dama de Moçambique, Flávia Cuareneia.

De acordo com esta responsável, o novo hospi-tal terá também uma componente social para atender a população de baixa renda.

VINEWS MOÇAMBIQUE

BAD apoia projecto sobre mudanças climáticas em Moçambique

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) acaba de assinar um acordo com o Governo Moçambicano dando luz verde a uma linha de crédito de mais de 14,8 milhões de dólares que viabilizará um projecto que visa a mitigação do efeito das mudanças climáticas e cala-midades naturais.Este valor será distribuído em quatro distritos da provincia de Gaza, no sul do país, no «Projecto Moçambique – Gestão Sustentável da Terra e Recursos Hídricos», que compreende as componentes de agricultura, água e desenvolvimento de infra-estruturas, bem como a restaura-ção de habitats naturais e paisagens.De acordo com a nota de imprensa di-vulgada pelo Ministério da Planificação e Desenvolvimento, na mesma ocasião foi ainda assinado com o BAD um acor-do para a doação de pouco mais de 3,1 milhões de dólares por aquela institui-ção financeira, que serão também apli-cados no projecto.

Reynaers Aluminium marca presença na Tektónica

A Reynaers Aluminium vai marcar pre-sença na segunda edição da Tektónica Moçambique, a principal feira profissio-nal para o mercado da construção, imobi-liário e segurança, a ter lugar em Maputo entre 28 de Fevereiro e 4 de Março.Esta participação servirá para a empresa apresentar a sua gama de soluções de sustentabilidade dos edifícios, pensadas para o mercado moçambicano, exibindo um stand que vai dispor de várias novida-des como o novo sistema de portas CD 45 Pa. Entre outras iniciativas, serão também apresentados os projectos de referência da Reynaers a nível mundial, com foco es-pecial nos grandes projectos executados no mercado Moçambicano.

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Construção da nova casa do Comité Olímpico de Moçambique prestes a arrancar

Os trabalhos de construção do novo edifí-cio que vai albergar o Comité Olímpico de Moçambique deverão arrancar no mês de Março em Maputo, prevê aquele organismo. Além de escritórios, o edifício de 15 andares irá também contar com uma zona comercial.

Em declarações recentes à imprensa, o presi-dente do Comité Olímpico de Moçambique re-alçou a importância desta infra-estrutura que, garante, não vai só melhorar as condições de trabalho, mas também preparar os atletas na-cionais em diferentes modalidades.

A cerimónia simbólica do lançamento da pri-meira pedra da obra teve lugar em Setembro de 2011, aquando da visita do Presidente do Comité Olímpico Internacional, Jacques Rouge.

Projecto «Casa Jovem» atinge 1.000 unidades em Maputo em 2013

O número de casas construídas ao abrigo do Projecto Casa Jovem na cidade de Maputo vai continuar a crescer em 2013, prevendo-se que atinja as 1.000 unidades até ao final deste ano, informou o coordenador do projeto Eric Charas.

Anunciado em 2010, o Projecto Casa Jovem tem como objectivo colmatar a ausência de oferta de habitação para os jovens moçambi-canos, particularmente em Maputo. No âmbi-to desta iniciativa estão projectados cerca de 1.800 apartamentos de diversas tipologias, in-cluindo 144 casas do tipo 1, 624 casas do tipo 2, 608 casas do tipo 3 e 160 casas do tipo 4. Os apartamentos serão distribuídos em 72 prédios de quatro pisos.

Além da componente habitacional, o projecto Casa Jovem tem também projectados espaços co-merciais multifuncionais, possibilitando abarcar o mais variado conjunto de serviços à disposição dos seus moradores, nomeadamente, supermer-cados, farmácias, padarias / pastelarias, ginásios, cafés, escritórios, locais de lazer, entre outros.

Enquanto isso, decorre a conclusão de um lote de mais de 500 unidades previstas para a pri-meira fase. Os primeiros imóveis já começam a

ser entregues aos proprietários. Segundo a mes-ma fonte, está também prevista a construção de mais 400 casas do tipo três.

E para 2013 está também projectada a cons-trução de 15 residências a um custo subven-cionado de 500.000 meticais (cerca de 17.000 dólares) para jornalistas. A construção de ha-bitações para profissionais jovens de comuni-cação social será o fruto de uma parceria entre a empresa Charas Lda e a Associação para a Preservação da Verdade (APREVE).

Segundo a Charas, esta iniciativa tem como objectivo contribuir para que os jovens pro-fissionais da comunicação social sejam capa-zes de amortizar o valor de uma habitação, de forma faseada, sem comprometer os seus rendimentos.

CPCI dá luz verde a quatro projectos no valor de 23,3 milhões de dólares

O Centro de Promoção de Investimentos (CPCI) deu luz verde a quatro novos pro-jectos de investimento para o país que, globalmente, estão orçados em 23,3 mi-lhões de dólares norte americanos e que projectam a criação de 334 novos postos de trabalho para moçambicanos. Estes investimentos dizem respeito aos sec-tores da construção, serviços e transpor-tes, e irão localizar-se nas províncias de Nampula, Sofala e na cidade de Maputo.

Hotel Girassol já chegou à vila do SongoA rede hoteleira Girassol continua a crescer em Moçambique e, depois das unidades de referência em Maputo, Nampula, Lichinga e Gorongosa, já che-gou também à vila do Songo, província de Tete.Equipado com uma oferta de 14 quar-tos – sete singles e sete suítes nas tipo-logias T1 e T2 – o novo Girassol Songo Hotel já foi visitado pelo Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, que foi recebido por Fernando Nunes, presidente da empresa detento-ra dos hotéis Girassol, a Visabeira.

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16EDIÇÃO 2VIDAIMOBILIÁRIA

EVENTOS TEKTÓNICA

Tektónica Moçambique está de volta a MaputoPelo segundo ano consecutivo, a Tektónica Moçambique volta a Maputo. De 25 de Fevereiro a 4 de Março, o Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano vai reunir a fileira da Construção, Obras Públicas e Imobiliário, consolidando o evento como o principal ponto de encontro do sector no país.

E, com o objectivo de repetir o sucesso registado em 2012, esta segunda edição do certame aportará várias novidades, como conta o director da área de feiras da AIP – Feiras, Congressos e Eventos, Jorge Oliveira, respon-sável pela organização.

Vida Imobiliária (VI) - qual o balanço da adesão dos parceiros empresariais à segunda edição da Tektónica moçambique?Jorge Oliveira (JO) -A 2ª edição da Tektónica Moçambique apresenta uma significativa evolução em relação a 2012. Em primeiro lugar por-que alarga o seu leque de abrangência ao ser realizada em simultâneo com a Intercasa Concept Moçambique e porque mais do que tripli-cou o seu número de expositores. A Tektónica Moçambique é hoje o grande evento moçambicano para o sector da construção, imobiliário, energia, ambiente e segurança e o local de apresentação por excelên-cia dos grandes projectos em curso e perspectivados neste país. A AIP Feiras Congressos e Eventos conta com mais de 20 parceiros na orga-nização da Tektónica Moçambique, de onde se destacam por exem-plo: a Câmara de Comércio Moçambique Portugal, a AICEP, IPEX, CTA, FME, CPI, Confederação Empresarial dos Países de Língua Portuguesa, CIMLOP, CIALP.

VI - O que podemos esperar da Tektónica, em termos de dimensão?JO -Muito mais do que uma feira, a Tektónica é um projecto dinâmico de aproximação entre empresas e instituições, funcionando como um acelera-dor na concretização e projectos de negócios.A Tektónica divide-se em 4 grandes pilares. Em primeiro lugar, existirá a expo-sição em conjunto com a Intercasa Concept Moçambique (com mais de 120 expositores em 2013). Haverão também encontros empresariais nas provín-

Tektónica promove acções fora de MaputoA Tektónica moçambique tem um vasto conjunto de acções importantes em várias cidades para além de maputo.

26 de FevereiroEncontro com empresários em Nampula e Nacala

27 de FevereiroEncontro empresarial na cidade da Beira. Em simultâneo será realizada uma visita de cortesia ao município de Matola.

28 de FevereiroAbertura da Tektónica Moçambique seguida da Conferência de Arquitectura e Urbanismo.

1 de marçoFórum da Construção e visita oficial de membros do governo de Portugal e Moçambique. Cerimónia de entrega de prémios.

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cias, sendo que este ano estaremos em Nampula, em Sofala e no Município de Matola. Estamos também a organizar conferências e workshops, entre os quais destacamos o Fórum da Construção com parceria especial com a FME- Federação Moçambicana de Empreiteiros, a Conferência de Arquitectura e Urbanismo com parceria especial com as Ordens dos Arquitectos de Portugal e Moçambique. E, por último, teremos encontros de negócios e atri-buições de prémios – em 2013 apresentamos a primeira edição dos prémios “Cooperação Moçambique Portugal”, “Tektónica Moçambique” e “Intercasa Concept Moçambique”, distinguindo pessoas, empresas e instituições com trabalho relevante no mercado Moçambicano.

VI - quais são os setores de atividade (dentro da esfera da construção e do imobiliário) que estarão representados?JO - A presença das empresas expositoras é muito diversificada, desde as máquinas, ferramentas e equipamentos para a construção, pavimentos e re-vestimentos, promotores imobiliários, energias renováveis e eficiência ener-gética, tubos e acessórios, isolamentos, espaço banho e cozinha, sanitários, isolamentos, argamassas, sistemas de segurança entre outros.

VI - qual será o peso das empresas nacionais no certame? E em termos de participação internacional, qual o balanço?JO - O peso das empresas portuguesas continua a ser relevante, embora seja cada vez maior a presença de empresas moçambicanas, ou empresas de ca-pital luso-moçambicano. Também pela primeira vez vamos receber empresas de outros países, embora muito poucas, sendo no entanto expectável que já em 2014 esse perfil de empresas também tenha um grande aumento.

VI - Existem muitos participantes que sejam repetentes da edição de 2012?JO- Há efectivamente muitas empresas repetentes e sobretudo apraz-nos verificar que algumas das que estiveram connosco em 2012 já se estabele-ceram com parcerias em Moçambique. No entanto devido ao exponencial aumento do número de empresas este ano, a grande maioria vai pela pri-meira vez. A Tektónica Moçambique tem também esse importante papel de abrir as portas do mercado moçambicano sobretudo às PME’s.

VI - que aspetos querem melhorar em relação à primeira edição desta feira, realizada em 2012? E quais as principais novidades?JO - Esta iniciativa organizada pela AIP - FCE encontra-se, conforme referi an-teriormente, numa fase de crescimento acelerado, pelo qual nós temos tido o grande cuidado de dotar a Tektónica Moçambique de todas as ferramentas habituais nos certames mais evoluídos. Este mix de capacidade de estimular os encontros empresariais, os negócios e o reconhecimento de quem trabalha arduamente em prol do sector e dos respectivos países, coloca o certame com uma filosofia moderna e positiva capaz de ser uma alavanca importante para as empresas que nos visitam e que aqui apresentam os seus produtos e serviços. Há várias novidades, mas a 1ª edição dos prémios “Cooperação Moçambique Portugal” é seguramente um dos grandes momentos, sendo a sua apresen-tação no dia 1 de Março perante uma plateia de cerca de 200 empresários e entidades de Portugal e Moçambique.

VI - De modo geral, quais são as expetativas da organização em relação a este certame?JO- A Grande expectativa é que a Tektónica Moçambique passe a ser um evento de características nacionais, movimentando empresários de norte a sul de Moçambique nas áreas de referência do certame. Os indicadores de que dispomos tendem a referir que esse objectivo será alcançado já este ano.

VI - quais são, no seu entender, as grandes mais valias aportadas pela realização de um evento deste género para o desenvolvimento do mercado da construção, imobiliário e obras públicas em moçambique?JO - Uma das grandes preocupações da Tektónica Moçambique é a descen-tralização, levando o conhecimento a todas as províncias de Moçambique. Recordamos que é nas províncias que está uma importante parte do po-tencial de desenvolvimento de País. Aproximar e proporcionar trocas de experiências e necessidades entre entidades públicas, construtores, instala-dores, comerciantes, arquitectos, engenheiros, outros técnicos qualificados, empresários em geral é o papel central da Tektónica Moçambique.Claro que em todo este processo é importante que a Tektónica Moçambique seja um momento importante na apresentação de novidades para os dife-rentes sectores envolvidos.

VI - como avalia o mercado da construção e do imobiliário moçambicano, e as oportunidades e desafios que encerra para as empresas que nele queiram apostar?JO- Moçambique é um mercado com tanto potencial, as relações empresa-riais entre Portugal e Moçambique podem ser impulsionadoras de tantos projectos conjuntos que por vezes é difícil quantificar a dimensão desta oportunidade para os dois países. Mais do que qualquer avaliação sectorial importa referir o trabalho que desenvolvemos junto dos empresários portu-gueses para apostarem no respeito pela cultura e história de moçambique, pelo conhecimento da sua maneira de estar nos negócios, as suas particu-laridades e as suas necessidades e anseios. A credibilidade e a correcção é hoje absolutamente fundamental no mundo dos negócios e felizmente os empresários portugueses lidam muito bem com esse conceito.O mercado moçambicano está com grandes projectos na área das infra-es-truturas, impulsionados sobretudo pelas áreas da energia e minas. A rede de transportes, as telecomunicações, enfim, todo este desenvolvimento terá uma repercussão em cadeia que facilmente atinge o sector imobiliário quer para habitação, escritórios ou para o comércio e industria. Por fim pare-ce-me importante frisar que as empresas que queiram trabalhar no merca-do moçambicano, devem ter uma perspectiva de médio prazo e incorporar nesse desiderato os seus melhores quadros de recursos humanos.

Quinzena Empresarial Moçambique Portugal

Em 2013, a Tektónica Moçambique está integrada no âmbito da Quinzena Empresarial Moçambique Portugal, uma iniciativa da AIP – Feiras, Congressos e Eventos, e que vai decorrer de 25 de Fevereiro a 7 de Março. O número de empresas envolvidas nesta missão empresarial ronda as 250.Jorge Oliveira, director da área de feiras da AIP, comenta que esta «é uma feliz coincidência, pois foi possível à AIP organizar este fórum alargado a sectores tão importantes como a Construção, o Imobiliário, Energia, Decoração, Hotelaria e Restauração, Agro Alimentar e Distribuição Alimentar».Esta iniciativa irá contribuir para «mostrar de uma vez por todas o muito que Portugal e Moçambique têm a ganhar com esta parce-ria cada vez mais forte. A grandeza que esta quinzena já atinge dá mais força a empresas, entidades oficiais e organizações como a AIP a continuar este trabalho de trazer à tona novas oportunidades de investimento, de negócio e de coesão empresarial», considera.

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18EDIÇÃO 2VIDAIMOBILIÁRIA

OPINIÃO CIMLOP

Luís LimaPresidente da CIMLOP - Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Português

Investimento imobiliário promove desenvolvimento EconómicoEspecialistas do Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmam que Moçambique é um dos 10 países do mundo que mais cresceu na última década. Só em 2012, este país verificou um crescimento na ordem dos 7,5%, crescimento este essencialmente associado ao início das exporta-ções e carvão e aos fortes desempenhos dos serviços financeiros e de sectores de transportes, comunicações e construção.

Para 2013, a projecção de crescimento da produção global no país está na ordem dos 8,6%, sendo que, para a fileira do imobiliário e construção, esta projecção regista um incremento que se situa na ordem dos 5,6%.

Com a paz devidamente consolidada no país, que vive também uma es-tabilidade política e um pleno e normal funcionamento das instituições, estes números ganham uma dimensão ainda mais importante. Esta pu-jança da economia moçambicana vem assim criar uma dinâmica apa-rentemente imparável, pelas grandes oportunidades que se apresentam e que têm sido alvo de grande interesse por parte de grandes, médios e pequenos investidores, nomeadamente vindos de países de Língua Oficial Portuguesa.

De facto, Moçambique tem vindo a consolidar a sua posição junto dos mais diversos destinos de investimento e o sector do imobiliário e da construção, é um dos sectores em que os investidores mais pro-curam apostar.

Neste sentido, a Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), a que presido, tem vindo a desenvolver um papel importante, na promoção do conhecimento cruzado e com-plementado pela formação profissional especifica nos espaços que dela possam beneficiar, por parcerias comerciais entre as organizações que

integram a CIMLOP e pela sensibilização dos poderes para as vantagens de aproximação das regras que tutelam os diferentes mercados, espe-cialmente quando vocacionadas para fomentar a transparência de uma atividade económica que visa o desenvolvimento sustentado dos países.

Não podemos esquecer que o crescimento do mercado imobiliário está directamente relacionado com a economia dos países, e que o incremen-to desta fileira em Moçambique representa desenvolvimento.

Recordo que, há cerca de um ano, quando a minha presença na I Tektónica Moçambique, a maior feira profissional de Construção, Imobiliário, Energia, Ambiente e Segurança de Moçambique, fiquei particularmente impressionado com as oportunidades que o país tem para oferecer, espe-cialmente no espaço da lusofonia, onde o país se inscreve e onde as opor-tunidades de investimento podem ser mais eficazes para todas as partes.

No que diz respeito aos países de Língua Oficial Portuguesa, a língua em comum é uma vantagem inegável e um elemento facilitador para quem pretende estabelecer parcerias, garantindo assim que se ergam as pon-tes culturais necessárias a toda a cooperação no domínio dos negócios.

No entanto, apesar desta inegável vantagem, as oportunidades que hoje se abrem no país exigem, de quem as procura, muita transparência e muito trabalho, que deverá ser levado a cabo com um espirito aberto à constituição de parcerias com empresas locais, que garantam um conhe-cimento específico da própria realidade do país.

É deste modo que se poderá cimentar pontes e unir interesses que con-juguem a vontade de investir com a necessidade de desenvolvimento do país.

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EDIÇÃO 2EDIÇÃO 2VIDAIMOBILIÁRIA20

DossierAs oportunidades imobiliárias em moçambique

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2121

Desfrutando de um período de estabilidade macroeconómica, Moçambique assume-se agora como uma das principais plataformas de investimento internacional em África. De acordo com os dados mais recentes, nos próximos dez anos o país deverá receber investimentos na casa dos 80.000 milhões de dólares, e que irão contribuir para que o seu PIB possa mesmo superar o de Angola.

O bom momento económico – que os especialistas antevêem continuar nos próximos anos – abre todo um mundo de oportunidades para os sectores da construção, obras públicas e imobiliário neste país, ainda muito carenciado de infra-estruturas básicas, de saneamento, energia, transporte, habitação, entre vários outros.

Há ainda um longo caminho a percorrer para melhorar a qualidade de vida de todos os cidadãos moçambicanos, mas os primeiros passos já estão a ser dados.

E, este panorama económico oferece inúmeras oportunidades às empresas que operam nas esferas da construção e do imobiliário, as quais, se espera, venham a ter um papel decisivo neste plano de desenvolvimento de Moçambique, inclusivamente assumindo-se como importantes fontes na produção de riqueza para o país.

Vista do Hotel Polana © Aleutia

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DOSSIER ESPECIAL MOÇAMBIQUE

VIDAIMOBILIÁRIA22

EDIÇÃO 2

Economia moçambicana em crescimento atrai mais investimentoNos últimos anos, a economia moçambicana tem estado em plena rota de crescimento, atraindo um número crescente de investidores internacionais e oferecendo inúmeras oportunidades às empresas que operam nos sectores da construção e do imobiliário.

Atravessando um período de estabilidade macro-económica, ao lon-go da última década o PIB moçambicano registou um crescimento médio de 7%, segundo dados da AICEP. E, neste clima de crescimento, os investimentos públicos e privados são cada vez mais frequentes, estimando-se que, só na área da energia, infra-estruturas e sector mi-neiro, estes devam superar os 90.000 milhões de dólares ao longo dos próximos dez anos. Sem estarem restringidos à capital, Maputo, estes investimentos es-tendem-se também a outras regiões como a Beira, Tete, Nampula ou Pemba, e envolverão um conjunto vasto de oportunidades nas áreas da construção e obras públicas, da energia, das máquinas e equipa-mentos, da habitação e turismo, da logística, dos serviços às empre-sas, da agricultura e produtos de consumo.Desde 2003 até aos dias de hoje, Moçambique foi o 14º país afri-cano com maior capacidade de atracção de Investimento Directo Estrangeiro (IDE). E, a África do Sul destaca-se como o país que mais projectos de IDE efectuou em Moçambique, seguindo-se Portugal, o Reino Unido, a Índia e o Brasil.

moçambique é uma das cinco economias que mais cresce até 2015

Detentor de uma das maiores reservas mundiais de gás natural e de carvão, o país deverá tornar-se numa das principais referências mun-diais do sector energético nos próximos anos, podendo mesmo vir a bater-se com Angola no que toca ao PIB, considera a consultora SPTEC

Advisory, uma referência internacional na indústria energética. E, no período entre 2011 e 2015, Moçambique deverá destacar-se como uma das cinco economias que mais terá crescido a nível mundial, com o crescimento real do PIB a aproximar-se dos 8%, segundo dados do BES Research.O Governo moçambicano prevê que a economia nacional cresça até 8,4% em 2013, com uma taxa de inflação média anual inferior a 7,5%, enquanto as exportações deverão crescer 14% em termos homólogos,

Fonte: FmI, banco mundial, cOSEc, World Economic Forum, Global Heritage, commonwealth

moçambique

capital: MaputoPopulação (milhões): 22,5 (2012)Tempo: GMT +2Tipo de Governo: República Unitária

Lingua Oficial: Portuguêsárea: 744.9 mil Km2

moeda: Metical (MZN)Religião: Maioritariamente cristã (católicos 24%), muçulmanos (18%)

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para os 3.558 milhões de dólares, de acordo com Plano Económico Social (PES). Durante a apresentação do documento, o primeiro-mi-nistro, Alberto Vaquina, sublinhou que «o Plano Económico e Social e o Orçamento do Estado para 2013 têm em vista dar continuidade à mate-rialização das aspirações do nosso povo, no âmbito do cumprimento do Programa Quinquenal do Governo para o período 2010-2014». No seu plano, o Governo prevê ainda constituir Reservas Internacionais Líquidas (RIL) no valor de 281 milhões de dólares, elevando o saldo para 2.791 milhões de dólares, o equivalente a 4,8 meses de importa-ções de bens e serviços não factoriais.

Desempenho económico superou as expectativas em 2012

No decurso da sessão de apresentação do PES, o ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiúba Cuereneia, disse ainda que o desempenho da economia moçambicana superou as expectativas em 2012, com a taxa de inflação a manter-se controlada e o metical, a mo-eda nacional, a manter-se estável relativamente ao rand da África do Sul e o dólar dos Estados Unidos. «A estabilidade do metical contribuiu para a redução do nível geral de preços dos principais produtos de consumo no país», salientou.Até ao passado mês de Setembro, o governo deu luz verde a 264 pro-jectos de investimento no país, avaliados globalmente em 2.700 mi-lhões de dólares, os quais, conjugados com iniciativas nacionais de financiamento à actividade económica resultaram na criação de cerca de 113.000 novos postos de trabalho.O ministro Aiuba Cuereneia disse ainda que as reservas internacionais líquidas de Moçambique atingiam os 2.664 milhões de dólares no fi-nal de Outubro de 2012, valor suficiente para cobrir cinco meses de importações de bens e serviços.

Sector das Obras Públicas e construção civil deverá crescer 5,6% em 2013

As projecções económicas favoráveis deixam antever inúmeras opor-tunidades para as empresas que operam nas esferas da construção e do imobiliário. E, de facto, as previsões governamentais apontam para um crescimento na ordem dos 5,6% nos sectores das obras públicas e construção civil em 2013, impulsionado pelos investimentos em curso na área das infra-estruturas.O aumento da rede escolar, sanitária e eléctrica, bem como a cons-trução e reabilitação de estradas, pontes e fontes de abastecimento

de água continuarão a ser prioridades da acção do Governo em 2013. «Continuaremos a promover a construção de habitação condigna, ad-quirir medicamentos para a assistência das populações nas unidades sanitárias, assegurar a promoção, progressão, mudança de carreira e o cumprimento de outros direitos dos funcionários públicos», afirmou o primeiro-ministro durante a apresentação do PES.

Expansão da actividade bancária continua a ser uma prioridadeA expansão da actividade bancária no país continua a ser uma priori-dade do Banco de Moçambique. Entre 2007 e Junho de 2012 o núme-ro de distritos com agências bancárias passou de 27 para 58, sendo que actualmente se encontram em funcionamento 466 balcões ban-cários no país, estando autorizados 504.No presente são 18 as instituições financeiras que integram o sistema financeiro moçambicano, embora 80% do volume de negócios esteja concentrado na actividade dos quatro maiores bancos.

cobertura da rede das instituições financeiras, distribuição provincial, 2012 (Junho)

Províncias balcões em Funcionamento

balcões Autorizados

maputo cIdade 169 177

maputo Província 48 53

Nampula 47 57

Sofala 45 46

Tete 30 34

Gaza 30 33

Ihnambane 29 29

manica 23 27

Zambézia 21 23

cabo Delgado 14 15

Niassa 10 11

Fonte: Banco de Moçambique, KPMG, Espírito Santo Research

Localização estratégica faz do país uma das principais portas de entrada na SADC

Geograficamente, Moçambique encontra--se localizado numa zona estratégica a ní-vel da SADC (South African Development Community), e assume-se como uma das principais portas de entrada na região.O PIB da África Austral atinge actualmente cerca de 700.000 milhões de dólares, reunin-

do 300 milhões de consumidores. Neste senti-do, o investimento realizado em Moçambique encontra no país condições ideais para pene-trar facilmente no mercado regional, conclui o BES Research.O ambiente de negócios em Moçambique co-loca o país na 18ª posição entre os 46 países

da África Subsahariana no indicador Doing Business 2012 (o 5º na protecção ao investi-dor), situando-se actualmente na 139ª posição entre os 183 países avaliados. E, no ranking de liberdade económica Indexo of Economic Freedom 2012, Moçambique situou-se no 15ª lugar entre os países da África Subsahariana.

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EDIÇÃO 2

Indicadores macro-Económicos

2010 2011 2012 (E) 2013 (E) 2014 (E)

PIbPreços correntesEuR mil milhões 7,1 9,2 10,9 11,8 13,3

PIb taxa de crescimento realPercentagem 6,8 7,1 6,7 7,2 7,8

Taxa de inflaçãoPercentagem 12,7 10,4 7,2 5,6 5,6

Taxa de câmbioEuR / mZN 45,5 40,4 35,5 35,5 35,5

balança correntePercentagem do PIb - 11,7 - 13,0 - 12,7 - 12,4 - 11,9

Saldo OrçamentalPercentagem do PIb - 4,0 - 4,9 - 6,3 - 6,0 - 5,6

(E) - Estimativa Fonte: BES Research, FMI, Bloomberg

O maior banco do país é o Banco Internacional de Moçambique (BIM), detido pelo grupo português BCP e pelo Tesouro Moçambicano. Este é banco com a maior quota do mercado em volume de negócios, cer-ca de 40%, liderando também no que se refere aos activos totais e à vertente do crédito.Na lista dos maiores bancos moçambicanos, o segundo lugar é ocu-pado pelo Banco Comercial e de Investimento (BCI) – detido pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos (51%) e BPI (30%) – e pelo sul-afri-cano Standard Bank, ambos com uma quota em volume de negócios acima de 15%.Quer o BIM, quer o BCI se encontram no top 100 dos maiores bancos de África, ocupando a 77ª e a 99ª posição, sendo o Standard Bank Group o maior grupo bancário de todo o continente.O português BES, através da sua participada BES África, detém 25,1% do capital do Moza Banco (embora a Moçambique Capitais, de in-vestidores moçambicanos, se mantenha a acionista maioritária, com 50,4% do capital). Em 2011 foi lançado o Banco Único, pelos grupos portugueses Visabeira e Amorim (Gevisar SGPS – 62%). Também o Banco Nacional de Investimentos conta com uma participação de 49,5% do Estado português.

Ambiente de Negócios, 2012

Facilidade de Fazer Negócios(Doing Business 2012 Ranking) 139/ 183

Protecção dos Investidores 46/183

comércio Transfronteiriço 136/186

cumprimento de contratos 131/183

Liberdade Económica(Economic Freedom 2012 Ranking) 108 / 179

competitividade(Global Competitiveness Index 2011-2012 Ranking) 133 / 142

Requerimentos básicos 133 / 142

Infra-estruturas 123 / 142

Instituições 105 / 142

Potenciadores de Eficiência 129 / 142

Inovação e Sofisticação 115 / 142

cosec (Risk Group)Classificação de 1 (risco menor) a 7 (risco maior) 6

Standard & Poor’s (Rating)Classificação de AAA (menor risco) a D (risco maior, default)

Dívida longo prazo em moeda local B +

Dívida longo prazo em moeda estrangeira B +

Outlook Estável

Fonte: BES Research, FMI, Banco Mundial, COSEC, World Economic Forum, Global Heritage, Commonwealth

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EDIÇÃO 2

Fundos de Investimento Imobiliário em Moçambique:Um aposta de Futuro!O quadro legal dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII) em Moçambique vem previsto e regulado no Decreto nº 54/99 de 8 de Setembro, (entretanto alterado pelo Decreto nº 36/2005, de 29 de Agosto) representando este Diploma um importante avanço no âm-bito de Mercado de Capitais, ao criar um instrumento financeiro com enorme potencialidade para contribuir activamente no desenvolvi-mento económico de Moçambique.

Da análise do referido regime jurídico, e pese embora a, ainda, escassa regulamentação, são evidentes as semelhanças com o enquadramen-to legal dos FII em Portugal, nomeadamente, a nível da:

(i) natureza - enquanto patrimónios autónomos e sem personalidade jurídica, pertencentes a um ou mais participantes;

(ii) representação - a administração dos FII é levada a cabo por uma entidade gestora, que actua no interesse exclusivo dos participantes;

(iii) Constituição - está sujeita a um procedimento promovido pela en-tidade gestora e à autorização de uma entidade supervisora;

(iv) Segregação de responsabilidades - separação nítida entre os patri-mónios do FII, dos investidores e da entidade gestora.

Não obstante a existência de elementos estruturais idênticos, existem manifestas diferenças entre os regimes jurídicos em causa, sendo de destacar, a proibição genérica dos FII, em Moçambique, contraírem financiamento (salvo por 120 dias, seguidos ou interpolados, num período de um ano e com um limite de até 10% do valor global da carteira) e, ainda, estão expressamente vedados de adquirir quaisquer bens objecto de garantias reais. De sublinhar que esta limitação legal acarreta uma diferença substancial ao nível do Funding deste tipo de veículos, designadamente no que respeita à aquisição e desenvolvi-

mento de projectos imobiliários. Em Portugal, para além do auto fi-nanciamento por via de aumentos de capital, é ainda reconhecido aos FII o direito de recorrer ao financiamento externo, maxime, emprésti-mos bancários.

Por outro lado, em Moçambique, apenas é admitida a constituição de FII Fechados ou Abertos, sendo que, em Portugal, para além daque-les, há a possibilidade de constituição de FII mistos, existindo, ainda, um regime específico para os chamados FII "sectoriais" (Florestais, Reabilitação Urbana e Arrendamento Habitacional). De salientar, ain-da, que em termos de Supervisão, compete ao Banco de Moçambique a fiscalização do disposto na lei e na regulamentação aplicável em matéria de FII, sendo que, em Portugal, tal função se encontra atribu-ída à CMVM.

Com a manutenção dos indicadores de crescimento da economia e, em particular, no sector imobiliário, estamos em crer que Moçambique poderá beneficiar das vantagens inerentes ao investimento em FII, os quais, para além de uma forma segura de reserva e captação de valor, permitem, em momentos de expansão, uma maior e eficiente canali-zação de investimento por parte dos agentes económicos, com parti-cular destaque para os investidores estrangeiros.

Acresce que os FII concorrem, sem sombra de dúvida, para um acrés-cimo de credibilidade, transparência e segurança no ambiente dos mercados de capitais e imobiliário, solidificando as bases para um desenvolvimento sustentado. Neste contexto, chamamos à colação a meta que o Executivo Moçambicano estabeleceu para o quinquénio 2010-2014, relativamente à construção de 100.000 habitações em todo o país, desafio este que constitui, em N/ entendimento, uma oportuni-dade válida e eficaz para este tipo de Instrumentos ajudarem a resolver o déficit habitacional do país, por via de modelos de sustentabilidade financeira alternativos, em que os FII assumem um papel primordial.

António Raposo SubtilJoão Ricardo NóbregaSócios da Raposo Subtil e Associados - Sociedade de Advogados, RL

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Prime Yield MZ lança estudo sobre o mercado imobiliário moçambicano na TektónicaPelo segundo ano consecutivo a Prime Yield MZ, lança o seu Estudo de Mercado Imobiliário Moçambique 2013 na Tektónica Moçambique, um documento que analisa os sectores da Habitação, Escritórios, Turismo e Retalho em Maputo. Presente neste mercado, a empresa presta serviços de consultadoria e avaliação imobiliária, estando já preparada para dar resposta às mais recentes necessidades das empresas que operam em Moçambique, incluindo a avaliação de imóveis e outros activos tangíveis. Daniela Costa, do Departamento de Research da Prime Yield MZ, avança as principais conclusões deste estudo e comenta a actividade da empresa no mercado moçambicano.

Vida Imobiliária (VI) – A Prime Yield alargou a sua internacionalização também a moçambique. Porque é que decidiram apostar neste país?

Daniela costa (Dc) – A internacionalização é um dos caminhos possíveis para a susten-

tabilidade das empresas, tendo em conta a actual conjuntura económica em Portugal. Moçambique é um dos países africanos que, com o crescimento económico regista-do nos últimos anos, tem vindo a despertar grande interesse em players nacionais e in-ternacionais, que desejam investir no país. Caracteriza-se por um grande potencial e

oportunidades de negócio por explorar, nos mais diversos sectores de atividade, nome-adamente, no mercado imobiliário. Depois de Portugal, Angola, Brasil e Cabo Verde, a Prime Yield decidiu expandir a sua actividade a Moçambique, prestando apoio a todas as empresas que desejam realizar investimentos imobiliários neste mercado.

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VI – qual a mais-valia que a Prime Yield oferece aos seus clientes em moçambique?

Dc- Em todos os mercados em que actua, a Prime Yield recorre aos standards preconizados pelo RICS (Royal Institution of Chartered Surveyors) e veiculados pelas normas de avaliação contidas no Red Book. Adopta critérios e métodos de tra-balho que vão permitir ao potencial investidor ter uma análise comum e comparável nos vários países. O nosso know-how no domínio da con-sultoria imobiliária e a forte presença neste país permite dar a conhecer, aos nossos clientes, a realidade do mercado moçambicano, garantin-do uma tomada de decisão sustentada, apoiada em informação de valores de mercado e critérios adequados às características dos activos. Além disso, ao prestarmos serviços de Consultoria e Estudos de Viabilidade Económico-Financeira, assumimos um papel preponderante na toma-da de decisão de um potencial investimento, analisamos diferentes cenários alternativos, e recomendamos produtos imobiliários que se ajustem à realidade do mercado. Por outro lado, é importante frisar que estamos sempre na van-guarda para dar uma resposta rápida e consis-tente aos nossos clientes, com uma adequação dos nossos serviços a todas as necessidades que possam emergir em cada país.

VI – Em que medida é que conseguem adequar esses serviços? como é que isso se está a traduzir em moçambique?

Dc – Por exemplo, no âmbito da definição de um quadro normativo que permita efectuar correções e actualizações monetárias no ba-lanço das empresas moçambicanas, encontra--se agora em fase de aprovação a proposta de decreto que aprova pelo Conselho de Ministros o regulamento de reavaliação dos activos tan-gíveis. Esta lei permite às empresas refletirem o valor de mercado dos imóveis nos seus balan-ços, por forma a obterem um valor patrimonial actualizado, de acordo com a atual realidade económica do país. A Prime Yield MZ está pre-parada para dar resposta imediata aos seus clientes nesta área, capitalizando o know how que tem desenvolvido em Portugal. Como em-presa especializada, fornecemos serviços de avaliação de: a) imóveis afectos ao património das empresas assente em valores de mercado, b) maquinaria e equipamento, c) das próprias empresas.

Mercado Imobiliário Moçambicano tem grande potencial de crescimento

VI – como é que a performance da economia tem influenciado a captação de investimento?

Dc - A economia moçambicana registou nos últimos tempos um crescimento médio em torno dos 8%. Em 2012, fruto do desempenho positivo de um conjunto de sectores de ativi-dade - agricultura, indústria, transportes e ser-viços, o crescimento registou-se em torno dos 7,5%. Destaca-se o sector mineiro, que depois de um período de estagnação, com a vinda de produtores de relevância mundial (p.e. brasilei-ra Vale), tem assistido a um crescimento muito significativo. Segundo o Doing Business 2013, Moçambique posicionou-se no lugar 146 do ranking, registando como principais dificulda-des iniciar negócios, o agravamento das dificul-dades de acesso ao crédito e a resolução de in-solvências. Os projetos de investimento directo

estrangeiro aprovados pelo CPI em 2012 con-centraram-se na agricultura, banca, construção civil e turismo. As previsões da economia foram revistas em alta, prevendo-se para o presente ano, segundo o FMI, um crescimento em tor-no dos 8,4%, consubstanciado na recuperação e estabilização do desempenho da economia mundial e da tendência crescente dos fluxos de investimento directo estrangeiro, sobretudo dos sectores dos transportes e infra-estruturas.

VI – E em relação ao mercado imobiliário?

Dc – Em relação ao mercado imobiliário, Moçambique apresenta um grande potencial de crescimento nos próximos anos, impulsiona-do por um conjunto de variáveis, destacando: aumento do poder de compra da classe média; a chegada de expatriados e, consequentemen-te procura de produtos imobiliários; uma pro-cura actualmente superior à oferta; a garantia de margens de rentabilidades significativas; e os projetos estruturantes previstos.

Fonte: Prime Yield MZ

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Para além disso, com o desenvolvimento dos diver-sos sectores da economia, o mercado imobiliário continuará a oferecer oportunidades nos vários segmentos (habitação, escritórios, retalho, hotela-ria, indústria & logística). Actualmente, os principais investimentos imobiliários estão concentrados em Maputo, mas com o aumento do investimento e a aposta na melhoria das infra-estruturas (p.e. aces-sibilidades, meios de transporte), outras zonas, como as regiões de Tete, Pemba, Inhassoro, come-çaram a ser alvo de interesse para o investimento imobiliário e a sua atractividade tenderá a crescer. Estas regiões caracterizam-se pelas suas poten-cialidades, nomeadamente, ao nível de recursos naturais, reservas de gás, carvão e do sector do turismo. Um bom planeamento das infra-estru-turas, legislação equilibrada, estabilidade política, integração da população, formação e qualificação de quadros, são factores determinantes para a afir-mação de Moçambique como foco de atração do investimento estrangeiro. A garantia do efeito mul-tiplicador da economia, o surgimento de meios de financiamento bancário, e a operacionalização de instrumentos, serão determinantes para impulsio-nar o mercado imobiliário moçambicano.

VI – No que respeita à habitação, como é que se caracteriza o mercado imobiliário em maputo? qual o nível médio de preços?

Dc - Em Maputo, a oferta de projectos imobili-ários residenciais dirige-se, essencialmente, ao segmento médio/alto, além do mercado interna-cional (quadros de expatriados), que é um nicho já com um peso significativo. Este sector conti-nua a ser muito marcado por um desequilíbrio entre a oferta e o que é a realidade da procura. A oferta está localizada nas principais avenidas das zonas de Polana Cimento A e B, Costa do Sol e Sommerschield; e a Avenida Julius Nyerere des-taca-se como a localização de referência em ter-mos de valores prime no segmento residencial. Em termos médios, o valor unitário da habitação em Maputo fixa-se em 2.600 USD/m². Na zona de Polana Cimento A, o valor unitário médio nos apartamentos regista-se em 3.100 USD/m².

VI – que peso tem o arrendamento neste mercado?

Dc - O arrendamento encontra-se bastante acti-vo, face à opção de compra dos imóveis, sobretu-do devido ao acesso limitado ao financiamento bancário, que é ainda uma das principais restri-ções no país. Uma maior abertura do sistema

bancário no financiamento ao sector imobiliário residencial, especialmente na vertente de aqui-sição, será um fator decisivo para dar um novo impulso ao mercado imobiliário moçambicano.

VI – como é que se está a desenvolver o mercado de escritórios, tendo em conta que o país atrai cada vez mais empresas estrangeiras?

Dc - O interesse económico que o país desper-ta em players nacionais e internacionais tem motivado uma elevada procura, o que, face à oferta existente, se traduz numa taxa desocu-pação muito baixa. Contudo, tendo em conta a oferta de escritórios que se encontra em cons-trução e em pipeline, torna-se fundamental que os players que pretendam entrar no mer-cado avancem para uma análise da viabilidade económico-financeira do activo, por forma a

rentabilizá-lo. Em fase de conclusão encon-tram-se os edifícios JAT 5.2 e 5.3, localizados na zona do Bairro Central C, na Avenida Presidente Carmona. Está ainda previsto o desenvolvimen-to do empreendimento JAT VI, composto por 3 edifícios de escritórios, 1 hotel e torre de habi-tação; entre outros projectos. A zona da baixa, principalmente a Avenida 25 de Setembro, é o Central Business District (CBD) da cidade, concentrando as principais localiza-ções de escritórios. O valor unitário médio por m² no mercado de escritórios situa-se em 2.400 USD/m², com uma renda prime em torno dos 30 USD/m². A Avenida 24 de Julho regista va-lores ligeiramente inferiores face a esta zona prime, mas ainda acima do restante mercado.

VI – E o Turismo, um dos sectores com maior projeção internacional?Dc - O desenvolvimento do país, dos seus re-cursos naturais, culturais e históricos; as taxas

Fonte: Prime Yield MZ

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de ocupação que, em alguns casos, chegam a atingir os 100%; e as previsões positivas dos principais indicadores turísticos; demonstram a potencialidade de investimento que este segmento oferece. Por seu turno, Maputo tem registado um aumento da entrada de turis-tas, que, segundo as últimas previsões, deverá manter-se nos próximos anos. Na cidade, o seg-mento corporate é o principal nicho de merca-do, mas o Ministério do Turismo está apostado em aumentar a captação de turistas no segmen-to de lazer. A oferta hoteleira de Maputo, com a Avenida Julius Nyerere a destacar-se como a localização de referência, integra, actualmente em funcionamento, cinco hotéis de 5 estrelas e seis de 4 estrelas, além de diversos hotéis de 3 estrelas, guest houses e aparthotel. As taxas de ocupação, nos hotéis de cinco e quatro estrelas, fixaram-se em 73% e 82%, respetivamente. Os preços médios praticados nos estabelecimentos hoteleiros em Maputo variam de 144 USD nos de 3 estrelas a 312 USD nos de 5 estrelas.

VI – como é que se caracteriza atualmente o segmento de retalho e que oportunidades apresenta num país em que a economia está a despontar?

Dc - O mercado de retalho em Maputo ca-racteriza-se por uma oferta ainda muito in-cipiente, principalmente se considerarmos os padrões de qualidade internacional. O co-mércio de rua é ainda muito dominante, mas é muito fragmentado, com grande dispersão pela cidade. Os conjuntos comerciais, nos dife-rentes formatos, são ainda escassos, existindo 4 centros comerciais, 4 retail parks e 3 galerias comerciais, o que tem influenciado, em alta, os valores médios praticados neste tipo de pro-duto imobiliário.Este é um mercado com grande potencial de crescimento, especialmente para o desenvol-vimento do formato de centro comercial, na medida em que o país atravessa uma fase de crescimento económico, o que tem incremen-tado o poder de compra. Além disso, a base de consumidores domésticos e internacionais tem vindo a aumentar com o crescimento po-pulacional sentido e o aumento do número de expatriados, não encontrando oferta sufi-ciente para dar resposta às suas necessidades de consumo.

Fonte: Prime Yield MZ

Fonte: Prime Yield MZ

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No segmento terciário, as oportunidades são várias. Com a instalação de multinacionais e a chegada e criação de novas empresas no país, aumentam as necessidades de espaços empre-sariais e de escritórios. No caso de Moçambique, com a extração de minérios a assumir-se como uma das grandes fontes de riqueza, o sector dos transportes e logística é um dos que mais terá de se desenvolver, oferecendo outra janela de opor-tunidades. E, no futuro, espera-se que também o sector do comércio comece a revelar uma maior atractividade, à medida que o poder de compra local for aumentando.O turismo é outra das janelas de oportunidade que se abre ao sector imobiliário, não só no seg-mento de negócios, mas também no aproveita-mento do imenso manancial de recursos naturais que conferem ao país condições únicas para que se torne numa das principais plataformas de turis-mo de lazer do oceano Índico.E, num país onde uma grande parcela da popula-ção ainda vive em condições de grande pobreza, a aposta na melhoria das condições da sua qua-lidade de vida é uma das prioridades assumidas pelo Executivo, abrindo caminho a que também se invista na melhoria do parque habitacional, gerando-se aí um manancial de oportunidades para o imobiliário e a construção.

De habitação a turismo, de serviços a escritórios e retalho, passando pelos projectos de uso misto, conheça alguns dos mais emblemáticos empre-endimentos que vão nascer em todo país nos próximos anos. maputo bay Waterfront

maputo bay Waterfront

Mesmo na Baixa da capital moçambicana, no recinto da ex-Facim (Feira Internacional de Maputo), o Maputo Bay Waterfront pro-mete revolucionar a paisagem urbana, não só pelo carácter inovador e pelas empresas e residentes que quer atrair, mas também por-que consistirá num autêntico lifting a toda aquela frente costeira, que se encontrava em declínio.Trata-se de um dos maiores projectos imo-biliários em desenvolvimento no país, não só pela área de intervenção – estendendo--se por 83.000 m² -, mas também pelo valor global que será investido na sua concretiza-ção, e que deverá atingir os 1.162 milhões de dólares.Detido e promovido pela sociedade Costellation, de capitais privados moçambi-canos, este projecto de uso misto já está em fase de desenvolvimento, prevendo-se que seja construído ao longo de cinco fases du-rante os próximos dez anos. No seu programa está prevista a constru-ção de dois hotéis de cinco e três estrelas, edifícios de escritórios, habitação, galerias comerciais e parques de estacionamento, enquadrados por várias zonas verdes e es-paços de fruição ao ar livre.

Oferta imobiliária está a qualificar-se em MoçambiqueAcompanhando o fulgor da economia, o mercado imobiliário moçambicano está a despertar um interesse crescente por parte dos investidores. Na calha, estão projectos que prometem revolucionar em termos urbanísticos, e que contribuem decisivamente para a qualificação da oferta disponível e para a melhoria das condições de vida.

Sector habitacional oferece inúmeras oportunidades

Em Moçambique, a melhoria das condições de habitabilidade é uma das prioridades do Executivo, e uma das áreas que ofere-ce mais oportunidades de investimento às empresas na área da construção e do imo-biliário. «Quem se lançar na habitação para a classe média e baixa ficará surpreendido pela quantidade de demanda e a capaci-

dade que existe», afirmou recentemente o ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba.Na ocasião, o governante deixou o apelo ao sector da construção civil para que seja reforçado o investimento no desenvolvi-mento do mercado habitacional, com es-pecial incidência para a faixa direcionada

para a classe média baixa, constituída so-bretudo por jovens que têm «capacidade para arrendar e comprar casa». O ministro realçou que «grande parte dos jovens preci-sa de sair da casa dos pais para construir o seu lar e família, mas a habitação constitui um grande entrave. Por isso, esta área é uma grande prioridade para nós».

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Novos edifícios do banco de moçambique

Novos edifícios do banco de moçambique

Em Maputo, já estão a decorrer as obras que vão dar origem aos dois novos edifícios do Banco de Moçambique, localizados na Baixa. Tendo arran-cado em Junho de 2011, a construção implicou o encerramento de uma das quatro faixas da Avenida Samora Machel, por razões de segurança. Os trabalhos deverão ficar concluídos em 2014.A empreitada consiste na construção de dois edifícios. Um deles, com 30 andares, destina--se a uso de escritórios, ao passo que o outro terá «apenas» 19 andares e será polivalente, incluindo um silo auto com capacidade para 800 viaturas, restaurantes, salas de reuniões, ginásios e vários outros serviços.O valor do investimento envolvido neste pro-jecto não foi revelado.

complexo imobiliário do Aeroporto Internacional de maputoDentro de alguns meses deverão arrancar os trabalhos de construção do novo com-plexo imobiliário que irá servir o Aeroporto Internacional de Maputo, no qual nascerão novos hotéis e restaurante. O objectivo, diz o presidente da Aeroportos de Moçambique, é que a prazo aquela infra-estrutura aeroportu-ária possa oferecer a grande maioria dos ser-viços que se encontram em outros aeropor-tos do mundo, nos quais os passageiros em trânsito não precisam de sair do recinto para se hospedar, por exemplo.As obras na área aeroportuária de Mavalane deverão arrancar ainda em 2013, o projecto de arquitectura já está concluído e está ago-ra em curso o projecto de engenharia, disse ainda Manuel Veterano, em declarações à imprensa.O projecto é promovido pela empresa públi-ca Aeroportos de Moçambique, que não re-velou o valor do investimento envolvido no projecto, nem quem serão os parceiros asso-ciados no seu desenvolvimento.

Torres maxaquene

Torres maxaquene

Também para a Baixa da capital, a Oriental K Real Estate vai desenvolver as Torres Maxaquene, que «pretendem ser um marco arquitectóni-co de Maputo do século XXI», diz a empresa. Vocacionado para uso misto, este projecto será multifuncional e constituirá mais uma âncora de atracção para aquela zona, disponibilizando uma área total de construção de 82.300 m² des-tinados a comércio, habitação e serviços.

Projecto Casa Jovem vai disponibilizar 1.800 casas

De iniciativa governamental, o projecto Casa Jovem tem como principal objectivo «proporcionar habitação de qualidade a pre-ço acessível à comunidade de jovens profissionais com idade in-ferior a 40 anos», refere fonte oficial. Situado em Maputo, no bairro Costa do Sol, este projecto consiste na construção de mais de 1.800 apartamentos nas tipologias T1 a T4, incluindo 144 casas do tipo 1, 624 casas do tipo 2, 608 casas do tipo 3 e 160 casas do tipo 4. Os apartamentos serão distribuídos em 72 prédios de quatro pisos.

Além da componente habitacional, o projecto Casa Jovem tem tam-bém projectados espaços comerciais multifuncionais, possibilitando abarcar o mais variado conjunto de serviços à disposição dos seus moradores, nomeadamente, supermercados, farmácias, padarias / pastelarias, ginásios, cafés, escritórios, locais de lazer, entre outros.

As vendas dos apartamentos arrancaram em 2010, com preços a partir dos 25.000 dólares, e os primeiros imóveis já começam a ser entregues aos proprietários.

De acordo com as previsões do coordenador do projecto, Eric Charas, o projecto deverá atingir as 1.000 unidades até ao final deste ano. Entretanto, decorre a conclusão de um lote de mais de 500 unidades previstas para a primeira fase.

E para 2013 está também projectada a construção de 15 resi-dências a um custo subvencionado de 500.000 meticais (cerca de 17.000 dólares) para jornalistas. A construção de habitações para profissionais jovens de comunicação social será o fruto de uma parceria entre a empresa Charas Lda e a Associação para a Preservação da Verdade (APREVE).

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Edifício Pott

Edifício Pott

O Edifício Pott é outro dos investimentos que a Oriental K tem em carteira para a ci-dade de Maputo. Localizado entre as ave-nidas 25 de Setembro e Samora Machel, a via que dá acesso ao Conselho Municipal de Maputo, este projecto resulta da reconver-são de um palácio do século XIX - que ac-tualmente se encontra em avançado estado de degradação, mas que apresenta uma fa-chada com importância do ponto de vista arquitectónico – num complexo moderno de edifícios.Uma vez construído, o novo complexo mul-tiusos irá oferecer 23.883 m² de escritórios, habitação e comércio, incluindo ainda um hotel.

maputo PlazaPromovido pela Tricos Imobiliária, o Maputo Plaza localiza-se em plena Avenida 24 de Julho. Com uma área total de construção a rondar os 13.930 m², este projecto multifun-cional englobará oferta de habitação, comér-cio e escritórios e deverá ficar concluído em 2013. maputo business TowerO Maputo Business Tower é outro dos co-lossos imobiliários que estão previstos para a Baixa de Maputo, envolvendo um investi-

mento estimado de 110 milhões de dólares e a construção de um arranha-céus com 47 andares, o maior do pais. Destes, 32 pisos destinam-se a uso de escritórios, cinco para estacionamento e os restantes serão ocupa-dos por retalho e um heliporto.

maputo business Tower

A construção deste empreendimento já está a decorrer, estando a empreitada a car-go da Soares da Costa, prevendo-se que fi-que concluído até ao final do ano. A promo-ção é da responsabilidade do Grupo Green Point, em parceria com a empresa pública Correios de Moçambique, cuja participa-ção se traduz na concessão do espaço onde está a ser edificado, passando depois a ser detentora do património após a conclusão das obras.

Delegação do banco central de moçambique em NampulaTambém a delegação do Banco Central de Moçambique na cidade de Nampula vai ga-nhar uma nova casa. A empreitada, no valor de 17,3 milhões de dólares já foi entregue à construtora Aníbal Oliveira Cristina (AOC), que prevê a entrega da obra no final de 2014. O contrato de empreitada prevê a entrega de um edifício de escritórios com quatro pisos e uma área de 5.200 m².

Polana Twin Towers

Polana Twin Towers

As Polana Twin Towers é outros dos projectos que vai rasgar os céus de Maputo, erguendo--se por uma altura de 140 metros. Projectado para a zona alta da marginal de Maputo, o empreendimento destina-se a uso misto, compreendendo oferta residencial e de servi-ços em 34 andares. O projecto é da responsa-bilidade da FEMA – Ferreira & Machado.

Sede do comité Olímpico de moçambique

Sede do comité Olimpico de moçambique

Os trabalhos de construção do novo edifí-cio que vai albergar o Comité Olímpico de Moçambique deverão arrancar no mês de Março em Maputo, prevê aquele organismo. Além de escritórios, o edifício de 15 andares irá também contar com uma zona comercial, que irá ocupar cerca de três andares e que tem como objectivo contribuir para a susten-tabilidade financeira do projecto.

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Em declarações recentes à imprensa, o presi-dente do Comité Olímpico de Moçambique realçou a importância desta infra-estru-tura que, garante, não vai só melhorar as condições de trabalho, mas também pre-parar os atletas nacionais em diferentes modalidades. Edifício 24A Imovisa (do grupo Visabeira) é a promotora responsável pelo Edifício 24, situado no cen-tro de Maputo e num dos mais importantes pontos da cidade, no cruzamento da avenida 24 de Julho com a Avenida Salvador Allende e a Rua Dr. Almeida Ribeiro.De uso misto, este edifício integra funções comerciais (25 lojas com áreas a partir dos

48 m²), espaços de escritórios e habitação, e está já em fase de conclusão e, segundo os promotores, tem já vendidos todos os flats da sua oferta residencial.Erguendo-se com 10 pisos acima do solo, in-clui ainda dois pisos subterrâneos para esta-cionamento. As lojas localizam-se no piso tér-reo e no piso 1 encontram-se as sobrelojas, a esplanada e o jardim. Os pisos 2 a 4 destina--se a uso de escritórios, ao passo que os pisos 5 a 9 são ocupados por habitação, com apar-tamentos nas tipologias T2, T3 e duplex T5, todos com estacionamento subterrâneo. Na cobertura do edifício, o equivalente ao piso 10, encontra-se a área de lazer, que inclui pis-cinas, ginásio, um salão de festas, um salão de jogos, uma zona aberta protegida por pérgo-

la de sombra e um terraço com sombra para as piscinas.O projecto da arquitectura é da autoria da José Forjaz Arquitectos. Gethesemane Village condomínioA CPI deu luz verde a um projecto de 100 milhões de dólares a ser desenvolvido pelo grupo moçambicano Gethesemane na zona de Maputo, e que prevê a construção de 700 moradias e um espaço comercial com 125 lojas, uma clínica, serviços, cam-pos de golfe, entre outros. O designado Gethesemane Village Condomínio e o cen-tro comercial irão ficar localizados no pos-to administrativo de Mandevo-Imaputo, em Namaacha.

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cidadela de matola

cidadela de matola

Para o terreno das antigas instalações do Centro Emissor da Rádio Moçambique está previsto o desenvolvimento da nova Cidadela de Matola, num investimento de aproximada-mente 200 milhões de dólares. A promoção es-tará a cargo da Public Investment Corporation, um fundo de investimento da África do Sul especializado exclusivamente no setor públi-co, e que inclui entre os seus clientes o maior fundo de pensões sul-africano, e que contará com a participação da empresa sul-africana

McCormick Property Development e da SIF, um consórcio moçambicano.Este projeto imobiliário vai permitir que a ci-dade de Matola passe a contar com um centro comercial, numa área de 46.000 m², com lojas, restaurantes, cabeleireiros e outros serviços; além de um centro de saúde e SPA, hotel e cen-tro de conferências, escritórios, lojas especia-lizadas para a venda de automóveis e serviços relacionados, restaurantes, e um complexo governamental de quatro edifícios com vários departamentos do Governo da província de

Maputo e um para o Concelho Municipal de Matola, bem como um centro cultural, museu e a futura praça Samora Machel.O consórcio que concebeu este projeto tem a seu cargo a construção do centro comercial, com cerca de 110 a 120 lojas, do edifício do Governo da Província de Maputo, da zona residencial e de escritórios e do ginásio, num investimento estimado em 180 milhões de dólares, sendo que o mercado local será convidado no sentido de desenvolver o remanescente. As obras do centro comercial deverão ficar concluídas até 2014.

Projecto residencial de Intaka custará 440 milhões de dólares

Até 2014 deverão ficar concluídas as 5.000 novas casas previstas para Intaka, no município da Matola, no sul Moçambique. De ini-ciativa Estatal, este projecto é liderado pelo Fundo para Fomento de Habitação (FFH), em parceria com a empresa chinesa Henan Guoji Imobiliária Limitada, num investimento de cerca de 12.000

milhões de meticais (cerca de 440 milhões de dólares). Além da componente residencial, este projecto prevê também o desenvol-vimento de outro tipo de infra-estruturas sociais, incluindo siste-mas de abastecimento de água, energia eléctrica, saneamento, escolas, unidade sanitária, vias de acesso e um centro comercial.

Turismo será um dos grandes pilares do desenvolvimento económico

Em contra-ciclo com a situação vivida na Europa, 2013 será um ano em que a economia moçambicana voltará a crescer a bom ritmo, fruto da dinâmica empresarial e de investi-mento que se vive no país. E, «o turismo está definido como um dos grandes pilares para o desenvolvimento económico de Moçambique», lembra Margarida Pinheiro, directora-geral dos Girassol Hotels, a marca hoteleira do grupo Visabeira Moçambique.Citada pela imprensa, a responsável lembra que «a dinâmica económica que se vive em Moçambique atrai cada vez mais turistas, interessados não só nas possibilidades de investi-mento que o país oferece, mas também em conhecer o país assim que tenham oportunidade».Em 2011, este mercado foi responsável por receitas de aproximadamente 230 mi-lhões de dólares, correspondentes à entrada de praticamente dois milhões de tu-ristas no país. Dado o potencial desta área para a criação de riqueza, ao longo dos últimos anos, têm sido feitos esforços acrescidos para a continuação do desenvolvi-mento e promoção do turismo moçambicano. Mas, existe ainda muito trabalho por desenvolver para fomentar o crescimento ainda mais rápido do sector, e que passa, por exemplo, pela implementação de medidas que diminuam o custo das ligações aéreas, mas também pelo investimento em novas unidades turísticas.

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A forte pujança da economia moçambicana tem vindo a acentuar a procura de produtos imobiliá-rios, o que provoca um crescente desajustamento com a oferta disponível, o que continuará a justi-ficar a elevada dinâmica na realização de promo-ções imobiliárias e no arrendamento habitacional, industrial, comercial e de serviços, bem como na prestação de serviços imobiliários especializados.O direito de uso e aproveitamento da terra, con-sagrado na Lei das Terras, confere aos seus titula-res os direitos de gozo e fruição. É esta a base em que assenta a promoção imobiliária. As formas de aquisição deste direito, por ocupação ou por au-torização, permitem o gozo e a fruição sobre certa área de terreno e sobre o espaço aéreo corres-pondente, desde que não integrado no domínio público.A concessão de títulos de autorização são atri-buídas pelo período fixado na Autorização de Investimento que não pode exceder os 50 anos e que é renovável.

Os titulares deste direito podem constituir hipo-tecas e transmitir o edificado (infra-estruturas, construções e benfeitorias), através de escritura pública precedida da autorização da entidade estatal concedente. A constituição, modifica-ção, transmissão e extinção daquele direito são factos sujeitos a registo na Conservatória do Registo Predial e no Cadastro Nacional de Terras. O Regulamento do Solo Urbano prevê ainda, para aplicação nas zonas urbanas, a criação de outros mecanismos de atribuição de direito de uso e aproveitamento da terra, nomeadamente, por sorteio, por hasta pública e por negociação particular. A nível do arrendamento, destaca-se o regime de arrendamento de imóveis por entidades privadas, com o prazo máximo de 30 anos, renovando-se, sucessivamente, por períodos iguais ao de duração inicial, sendo limitados ao prazo de um ano se o prazo de duração inicial for superior.

A resolução do contrato por incumprimento tem que ser decretada judicialmente e, quando fun-dada em incumprimento do arrendatário, tem que ser com um dos fundamentos previstos na lei, nomeadamente, por falta de pagamento da renda, por utilização para fim diverso do previsto e por conservar o locado encerrado por mais de um ano.No arrendamento para habitação a cessação do contrato por iniciativa do senhorio está bastante limitada. Nos arrendamentos não habitacionais o arrendatário pode, quando o contrato cesse por caducidade ou por o senhorio impedir a sua renovação, ter direito a uma compensação que é fixada judicialmente mas que não pode exceder o quíntuplo da renda anual.De forma genérica, são estes os princípios legais em que continuará a assentar o desenvolvimen-to imobiliário a que se assiste em Moçambique, com tendência para um crescimento cada vez mais acentuado.

O desenvolvimento do mercado imobiliário

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A vocação internacional do Grupo de Engenharia Betar, nascida na década de 1990, intensificou--se sobretudo em Angola, Moçambique, Cabo Verde e Brasil a partir de 2000, através da pres-tação de serviços de projecto de engenharia, numa primeira fase no domínio das Fundações e Estruturas de Edifícios e Pontes. Mais tarde, passou a englobar as Instalações Hidráulicas e a Geologia e Geotecnia. Por outro lado, e num alargamento da oferta de competências, acres-ce o serviço de coordenação de todos os pro-jectos de Engenharia, recorrendo a parcerias com prestigiados gabinetes para as Instalações Especiais.Fruto do volume de trabalho desenvolvido em Angola e Moçambique, ao longo dos últimos dez anos, e da necessidade de promover o apoio local ao desenvolvimento dos projectos e à prestação da assistência técnica às obras, o Grupo Betar expandiu-se com a abertura de duas empresas: a BTR.AO, com sede em Luanda, Angola, e a MZ Betar, com sede em Maputo, Moçambique.No âmbito dos projectos de maior impac-te para Moçambique salientem-se a Ponte de Katembe, com estudo prévio concluído, o Masterplan de Katembe, também conclu-ído, bem como a estrada que liga Maputo à Ponta do Ouro, concluído o projecto-base. Em Maputo estão em curso projectos de execução de Engenharia Civil (Fundações e Estruturas e Instalações Hidráulicas) e Coordenação dos pro-jectos das especialidades do Edifício Sede do Banco Comercial de Investimento; está quase concluída a obra do edifício Epsilon 24, de uso misto, com mais de 30.000 m² de área bruta de construção; e foram elaborados os projectos de execução de Engenharia Civil do Conjunto Habitacional Bainha. Ainda em Moçambique, a Betar elaborou os projectos de execução de Engenharia Civil e Coordenação dos projectos das especialidades do Shopping de Tete, edifí-cio de uso misto numa área de construção de 22.900 m². Por outro lado, a Betar foi adjudica-

tária do Estudo de Inspecção e Elaboração do Projecto de Reparação de 10 pontes localizadas nas Linhas de caminho-de-ferro de Ressano Garcia e Goba. As obras de construção da nova ponte de Tete e acessos imediatos decorrem a bom ritmo.Ambas as empresas sediadas em África – BTR.AO e MZ Betar – têm origem na empresa-mãe Betar Estudos e Projectos de Estabilidade, Lda, fundada em 1973, cuja principal actividade con-sistiu na prestação de serviços para o sector da Construção Civil e Obras Públicas. Remonta a Janeiro de 1988 a constituição de uma outra empresa, Betar Consultores, Lda, com o objectivo de criar um sector autónomo para as obras-de-arte, túneis e estruturas especiais. Na década de 1990, complementando o domínio da Engenharia Civil, o Grupo autonomizou um sector dedicado aos projectos de Hidráulica.Na senda da complementaridade disciplinar e diversificação da oferta, em 2009 o Grupo Betar adquiriu a empresa Geotest, Consultores Geotécnicos e Estruturais, Lda, alargando a acti-vidade à geologia e geotecnia.Em Agosto daquele ano, num reforço da pre-sença em Moçambique, visando a internacio-nalização e diversificação do Grupo, é fundada a Beta, Engenharia Gestão e Ambiente, Lda., sediada em Maputo, dedicada, desde então, a projectos, estudos, trabalhos de consultoria na área do Ambiente.

Graças ao exigente processo de obtenção da Certificação de Qualidade de acordo com a nor-ma ISO 9001, concretizado em 2007, o Grupo Betar aplicou um critério de uniformização a procedimentos implementados ao longo do tempo, garantindo uma homogeneidade de processos organizativos, maior produtividade e controlo.Nome de referência no panorama da Engenharia Civil Portuguesa, mercê das competências cien-tíficas comprovadas ao longo de quarenta anos de actividade, o Grupo Betar conserva desde a génese uma aposta firme na inovação e na cria-tividade, fomentadas pelo dinamismo empresa-rial e pela formação contínua dos seus quadros. Garante da solidez institucional é também a postura profissional de encarar todos os projec-tos como desafios, procurando sempre a satisfa-ção dos objectivos, no respeito pela qualidade, cumprimento de prazos e orçamentos.

A internacionalização consolidadaBETAR em África

A internacionalização do Grupo de Engenharia Betar consolidou-se recentemente com a abertura de empresas em Angola e Moçambique, corolário de uma longa e experiente trajectória na elaboração de projectos para o continente africano que remonta à década de 1990.

Shopping de Tete, em moçambique, edifício de uso misto (retail, clínica médica e escritórios), numa área de construção de 22.900 m2

Ponte maputo-Katembe, incluindo masterplan da Katembe e estrada até Ponta do Ouro

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Afaplan Southern Africa projecta crescimento de 70% para 2013Criada em 2012 com o objetivo de apostar no mercado moçambicano e, a partir daí, expandir para outras geografias da África Austral, a Afaplan Southern África prevê um crescimento anual de 70% para 2013, revela fonte da administração.

Especialista na área de planeamento e gestão de projectos, desde 2006 que a portuguesa Afaplan tem vindo a desenvolver e intensificar o seu processo de internacionalização. E, Brasil, Moçambique, Cabo Verde, Roménia e Itália são mercados onde a empresa está actualmente representada.

2011 foi o ano de aposta no mercado Moçambicano, não só porque a Afaplan já ti-nha tido uma experiência em 2001 com a re-modelação do Hotel Turismo, mas também porque Moçambique já se apresentava como um mercado em franco crescimento na área da construção. E, logo nesse ano, a empresa ga-nhou o seu primeiro serviço com a Fiscalização da Reabilitação da avenida Julius Nyerere em Maputo, uma obra do Conselho Municipal de Maputo e financiada pelo Banco Mundial.

No início de 2012 é criada a Afaplan Southern Africa, Lda., uma empresa de direito moçam-bicano, não só com a perspectiva de apostar neste mercado como em toda a Africa Austral. E, ao apostar na criação da nova empresa a

Afaplan mobilizou para a sua liderança um dos seus Directores de Produção, o Engenheiro Carlos Gonçalves que faz parte dos quadros há 13 anos.

«Moçambique representa actualmente um dos países com maior crescimento e com carências a nível de infra-estruturas, pelo que as perspectivas futuras passam pelo desenvolvimento de projec-tos a este nível (ferrovias, rodovias, barragens, infra-estruturas hidráulicas, energia, para além de edifícios), sectores onde a Afaplan apresenta know-how de referência e de apoio aos clientes, quer em Portugal quer nos países onde se im-plantou», explica fonte da Administração da empresa.

Para 2013, os objectivos já estão traçados. Além de prever a formação e integração na equipa de quadros Moçambicanos, para este ano a Afaplan Southern Africa projecta uma facturação da or-dem dos 12.000.000 MT, num crescimento de aproximadamente 70% relativamente a 2012. E o objectivo é garantir um crescimento de dois dígitos nos próximos cinco anos.

junto dos projectos do futuroRua do Parque, nº49 - 1º - Sommerschield | Maputo | Moçambique

+258 826 652 017 | www.afaplan.pt

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Mozta Engenharia ganha terreno no mercado moçambicanoDois anos após a sua criação, a Mozta Engenharia faz um balanço positivo da atividade no mercado moçambicano. Colocando a «competência ao serviço da engenharia», a empresa conta já no seu portfólio com alguns projectos emblemáticos.

A Mozta Engenharia Lda é uma empresa de enge-nharia civil que oferece um leque de serviços que abrange as vertentes de coordenação e gestão de projecto / fiscalização de empreitadas.Desde a sua constituição, em 2011, que a empre-sa apostou na implementação de «uma estratégia focalizada na satisfação do cliente e num modelo de gestão flexível, descentralizado e autónomo, por for-ma a aperfeiçoar a qualidade dos serviços prestados e a interacção com os seus clientes, tirando partido da competência, da especialização, da inovação e do desenvolvimento das novas tecnologias», conta fonte oficial da administração da empresa.As actividades principais abrangem todas as es-pecializações da engenharia civil, estando a em-

presa vocacionada fundamentalmente para a gestão da qualidade de empreendimento, acom-panhamento, controlo e coordenação e fiscaliza-ção de obras. Além disso, refere a mesma fonte, a Mozta «tem um sistema estrutural apoiado na qualidade e em meios tecnológicos, permanentemente actualiza-dos ao serviço de uma equipa plenamente motiva-da e informada».O método de trabalho da MOZTA é «interactivo, fazendo simbiose do conhecimento e das necessida-des específicas de cada projecto com a experiência acumulada no acompanhamento da construção de obras», garante a administração. E, conta com uma equipa de «profissionais altamente qualifica-

dos, com experiência e capacidade para identificar problemas, avaliar riscos envolvidos e conceber so-luções inovadoras e sustentáveis», remata.Volvidos os dois primeiros anos após a sua cons-tituição a MOZTA, já conta no seu portfolio com alguns projectos emblemáticos a decorrer em Moçambique, nomeadamente a construção do Edifício Sede do Banco de Moçambique, assim como a construção do Museu das Pescas, entre outros, entre vários outros.

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º2 FEVEREIRO 2013

EDIÇÃO MOÇAMBIQUE

MOÇAMBIQUEA HORA DE APOSTAR NO IMOBILIÁRIO CHEGOU!Crescimento económico impulsiona investimento na Construção, Obras, Públicas & ImobiliárioTEKTÓNICA está de regresso a Maputo em 2013

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