Módulo 02 - Portal Senar EADead.senar.org.br/lms/webroot/uploads/senar/conteudos/52/c11_m2_1/... · Você já ouviu a frase: “eu faço o meu melhor, mas ninguém me valoriza”?

Módulo 02

Comprometimento, comunicação e autocontrole

40Módulo 02 – Comprometimento, comunicação e autocontrole

Curso Trabalhador Empreendedor

Apresentação do módulo

Olá! No módulo anterior você conheceu a importância de ter uma visão do todo em relação a sua propriedade e às atividades que quer desenvolver. Aprendeu o que precisa fazer para ser uma pessoa proativa e os ganhos que pode ter nos resultados quando o trabalho é feito em equipe. Estas são competências fundamentais de um trabalhador empreendedor.

Neste módulo você terá oportunidade de conhecer e desenvolver mais três competências: comprometimento, comunicação e autocontrole, que diferenciam as pessoas pelos seus resultados. Você verá como agem as pessoas comprometidas, a importância da comunicação eficiente e ainda como trabalhar o autocontrole na sua vida pessoal e profissional.

Confira os objetivos deste módulo.

ObjetivosAo final deste módulo, você será capaz de:

Compreender o conceito das competências: comprometimento, comunicação e autocontrole.

Identificar as competências: comprometimento, comunicação e autocontrole como fatores determinantes para o sucesso na vida pessoal e profissional do trabalhador empreendedor.

Diagnosticar a sua capacidade de manter o autocontrole em situações adversas.

Durante o aprendizado, você irá participar de muitas atividades interessantes de forma interativa, o que tornará o estudo prazeroso e fácil. Então, avance e realize o desafio deste módulo.

Desafio do móduloVamos fazer um autodiagnóstico para verificar os seus conhecimentos prévios a respeito do que vai ser tratado neste módulo. Responda às seguintes perguntas.

Por que é importante ser comprometido com o que faz?

O que é necessário para uma boa comunicação?

Uma das competências para o sucesso nos negócios é ter autocontrole. O que você entende por autocontrole?

Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem desse curso para realizar o desafio.

Lembre-se de que os conceitos apresentados neste desafio serão explicados com mais detalhes no decorrer do módulo. Prossiga e inicie o estudo da competência comprometimento.



O que é comprometimento?

Felipe: Vovô, estou estudando sobre comprometimento no curso trabalhador empreendedor.

Felipe: O que o senhor entende sobre esse assunto?

Alfredo: Felipe, não tenho muito conhecimento sobre ele. Que tal lermos juntos este conteúdo no curso?

Felipe: Boa ideia, vovô! Vamos lá!

Comprometimento é tudo que as pessoas fazem a mais, sem que alguém tenha solicitado.

É surpreender as pessoas, assumir a responsabilidade do sucesso e também do fracasso. É muito raro você encontrar uma pessoa que diga: Fui eu que errei! Eu esqueci! Eu não acompanhei! Normalmente a culpa é atribuída a alguém!

É perceptível que as pessoas têm perdido o apreço ao vínculo e lealdade na relação de trabalho e passaram a focar a sua trajetória profissional de

acordo com as suas próprias conveniências.

Diante de tal situação, mesmo a mais elaborada estratégia de negócio e o mais moderno aparato tecnológico não conseguem alavancar resultados positivos, sem que haja o engajamento com o trabalho e, consequentemente, o comprometimento com os resultados.

Numa economia baseada principalmente no conhecimento, o comprometimento do trabalhador é parte fundamental.

Assim, emerge a consciência de que o comprometimento/engajamento dos colaboradores

com os objetivos do negócio representa um diferencial competitivo, incrementa os resultados e cria condições essenciais para o sucesso.



É daí, portanto, a razão pela qual os empregadores têm se preocupado muito com que os colaboradores se comprometam cada vez mais com eles.

As maiores queixas dos empregadores são que os colaboradores estão realizando estritamente o necessário, ou seja, fazem apenas as atribuições da sua função.

Quantas vezes já fomos a alguma empresa, para resolver algum tipo de problema, e as pessoas nos foram passando para outras, dizendo que a responsável não era ela. Ou pediram para que

voltássemos outro dia, pois a responsável não se encontrava no momento!

O compromisso em resolver o problema, independente da sua responsabilidade, isto é um exemplo de comprometimento.

Certamente conhece pessoas que sempre estão dispostas a colaborar com as atividades. Excedem seu tempo de trabalho para concluir uma tarefa, como em situações de colheita, vacinação de animais, arrumação das máquinas, organização do ambiente e outras situações mais. Por vezes ficam por mais tempo, sem ganhar horas extras, pelo compromisso com aquele trabalho ou a atividade.

Enfim, tudo que você faz a mais, sem o interesse de obter alguma vantagem, é o que faz a diferença hoje no mundo profissional.

Comprometimento também está fortemente ligado a prazos prometidos. Quando você diz que vai entregar o produto, ou concluir uma tarefa e estipula o tempo, cumprir com o prometido sinaliza o seu comprometimento com os resultados, pois é provável que você faça parte de uma cadeia produtiva e, assim, contribui para o sucesso final da atividade ou do produto.



Sabe aquela pessoa que, independente de qualquer situação, você sabe que pode contar com ela? Esse é outro exemplo de comprometimento.

Em várias circunstâncias certamente iremos nos deparar com pessoas com comprometimento ou não. A presença desta característica é diferencial que traz a credibilidade e sucesso para pessoas e empresas.

Em outras palavras, estar comprometido não significa apenas, ser esforçado, mas apresentar resultados. É

colocar paixão no que faz, dar sempre o “algo mais”, se destacar apresentando diferentes soluções, aliando empenho, iniciativa e criatividade.

Alfredo: Interessante este assunto, não é mesmo, Felipe?

Felipe: Sim, vovô. A pessoa comprometida é aquela que é “pau para toda obra”. Alguém que sempre podemos contar.

Alfredo: É verdade, Felipe! Temos muitos funcionários assim!

Felipe: Olha aqui, vovô! O material do curso traz a indicação de um filme “O problema não é meu”, para complementar o assunto. Vamos assistir?

Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem para assistir o vídeo.

Alfredo: Interessante o filme, não é Felipe? Agora compreendo melhor o que é o comprometimento.

Felipe: No próximo tópico vamos conhecer mais uma história sobre comprometimento.

Alfredo: Ah! Lembre-se, se tiver dúvidas, entre em contato com seu tutor pela ferramenta Tira-dúvidas, acessando o Ambiente Virtual de Aprendizagem.



Até que ponto você está comprometido?

Você está comprometido com o seu trabalho? Você se sente feliz com aquilo que faz?

O comprometimento é uma característica que vai além da vida profissional, e se estende para sua vida pessoal. É a capacidade de assumir a responsabilidade pelos seus resultados.

No mundo dos negócios, conta-se a história sobre uma parceria entre um porco e uma galinha. Os dois se encontraram e discutiram a ideia de montar um grande negócio: a produção de ovos com bacon para vender omelete.

Acompanhe a história!

Moral da história: a galinha estava envolvida. O porco, comprometido.

No anexo 1 você terá mais detalhes sobre a moral da história.

Agora você já sabe o que é ser uma pessoa comprometida. No próximo tópico você vai analisar se realmente é uma pessoa comprometida. Avance!



Você é comprometido?

Como você avalia seu comprometimento com o seu trabalho e sua vida pessoal? Pense um pouco como você costuma agir no seu dia a dia.

Você costuma cumprir os prazos? Colabora com a equipe e tenta sempre fazer o melhor que pode? Se respondeu que sim a pelo menos uma dessas perguntas, você está no caminho certo e pode ser considerado comprometido.

Nas relações de trabalho uma das dificuldades apontadas pelo empregador, gerente, gestores e até mesmo os próprios colaboradores, é a falta de comprometimento dos colaboradores ou colegas de trabalho.

No tópico, a seguir, você vai testar seu grau de comprometimento e entender melhor o que é ser uma pessoa comprometida.

Atividade - Avaliando seu grau de comprometimento

Está na hora de avaliar o seu nível de comprometimento diante de algumas situações que podem ocorrer no dia a dia. Responda as alternativas de acordo com seu comportamento.

Teste seu comprometimento

Nunca Raramente Ocasionalmente Frequentemente Sempre

1. ... Procura sempre colocar-se no lugar dos outros; sentir o que os outros sentem.

2. ... Faz tudo com atenção aos detalhes. Presta atenção em tudo o que faz.

3. ... Termina o que começa e não deixa as coisas pela metade.

4. ... Vem com soluções, e não com mais problemas, quando tem uma tarefa a cumprir.



5. ... Pergunta o que não sabe e demonstra vontade de aprender. Vai fundo até dominar o que não sabe e deveria saber.

6. ... Cumpre prazos e horários.

7. ... Não vive dando desculpas por seus atos e nem procura culpados pelos erros cometidos.

8. ... Não reclama da vida e fala mal das pessoas. Age para modificar a realidade.

9. ... Não desiste facilmente. Não descansa enquanto não resolver um problema. Vai atrás da solução.

10. ... Está sempre pronto a colaborar com os outros. Participa, dá ideias. Sabem que pode contar contigo.

Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem desse curso para realizar a atividade.

Com esta atividade você pôde avaliar seu grau de comprometimento.

Seja comprometido com o que você faz! Faça o seu trabalho da melhor maneira possível, procurando melhorias e inovações, independente se você é um colaborador ou o dono do negócio.

Esta atitude favorecerá o crescimento da empresa e o seu próprio crescimento. O seu trabalho leva a sua cara! É preciso acreditar que suas determinações vão resultar em satisfação.

Estar comprometido com suas decisões exige esforço para sair do comodismo e aceitar cada mudança como uma oportunidade de crescimento. Significa entender, que, como toda ação tem uma reação, isso pode contribuir para a contínua construção da sua trajetória de sucesso profissional.

Como ser uma pessoa comprometida

Você já ouviu a frase: “eu faço o meu melhor, mas ninguém me valoriza”?

A primeira pessoa que precisa lhe dar valor é você mesmo. Acredite, todos ao seu redor sabem o profissional que você verdadeiramente é pelas suas atitudes. A maneira como você trata os outros fará com que seja percebido e isso pode lhe trazer novas oportunidades.



Agora que você já conhece seu grau de comprometimento e sabe o quanto vale a pena ter esta característica, realize a atividade a seguir.

Escreva no espaço abaixo, ações que você precisa colocar em prática para ser reconhecida como uma pessoa comprometida com o que faz!

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Com esta atividade, você descreveu as ações necessárias para ser uma pessoa comprometida com o que faz no seu trabalho.

A seguir, entenda o que fazer para estimular o comprometimento em seus colaboradores.

Estimulando o comprometimento nos colaboradores

Felipe: Eu já sei como ser uma pessoa comprometida. Mas, pai... como podemos estimular o comprometimento nas pessoas que trabalham com a gente?

Ivo: Filho, para começar, você sabia que a palavra comprometimento tem tudo a ver com metas?

Felipe: Não. Como assim?

Ivo: Seu avô sabe muito bem disso, não é pai?

Alfredo: Sim, meu filho. Preste atenção, Felipe! Comprometimento tem tudo a ver com metas, até na palavra: “comproMETA-se”.

Alfredo: Isso quer dizer que você compromete uma pessoa quando envolve os sonhos dela às metas do seu negócio.

Ana: Mas, não basta pedir a eles que vistam a camisa da empresa?

Ivo: Não, Ana! Este velho ditado popular significa pouco para os colaboradores.

Ivo: O colaborador precisa se sentir parte importante no processo. Assim será mais fácil comprometer-se com as atividades propostas e os resultados esperados.

Felipe: Ah, agora ficou claro! Ao entender o porquê das metas ele se identifica com elas e, por isso, se programa para atingi-las.

Alfredo: Isso mesmo, Felipe. No curso trabalhador empreendedor li sobre as maneiras de estimular o comprometimento nos nossos colaboradores para que os objetivos sejam alcançados. Vamos ler juntos?



Estimulando o comprometimento nos seus colaboradoresComprometimento é resultado da identificação, programação e planejamento de metas. Reconhecer o desempenho de cada colaborador motiva a equipe.

Por exemplo: Você tem dois colaboradores em sua equipe que desempenham as mesmas funções, são remunerados e avaliados da mesma maneira. Você precisa de um determinado serviço e pede para que os dois lhe tragam a solução. Um deles resolve seu problema de maneira simples. O outro lhe traz a solução, mas apresenta diversas formas para a resolução do problema. Qual dos

dois você considera mais valioso para sua equipe?

Diante disso, surge a necessidade de rever a forma como você tem avaliado e mesmo remunerado cada indivíduo dentro de sua equipe. Uma vez que, a remuneração fixa remunera unicamente as competências técnicas empregadas pelo colaborador na execução de suas tarefas. Mas, e o comprometimento, a pró atividade, e todas as atitudes positivas de determinados colaboradores, não deveriam ser avaliadas e remuneradas de forma diferente?

É possível avaliar, baseado no resultado de cada colaborador, o quanto cada um tem feito para alcançar a meta. Mas, a partir disso, temos também os indicadores que nos permitirão medir de forma mais justa quais receberão as devidas recompensas pelo comprometimento com o trabalho.

Observe o quanto é importante de se remunerar cada indivíduo não somente por aquilo que se espera dele (remuneração fixa),

mas, sobretudo recompensar com remuneração variável, aqueles que se comprometem verdadeiramente com o seu trabalho e com o alcance das metas.

Assim, medir o índice de entrega de cada um dos colaboradores nos permite avaliá-los e recompensá-los de modo mais apropriado.

Felipe: Interessante, nunca tinha me dado conta de que reconhecer e recompensar o desempenho de cada colaborador motiva a equipe.

Ivo: É mesmo, Felipe. Estamos aprendendo muito com este curso. No próximo tópico, vamos conhecer mais uma competência que precisamos desenvolver: a comunicação.



O que é comunicação?

Comunicação não é o que se diz e sim o que o receptor entende. Comunicar-se bem significa ser entendido pelo receptor da mensagem.

Vale ressaltar que, além das palavras, a comunicação ocorre pelas nossas expressões, gestos, atitudes e comportamentos.

Lembra a última vez que você discutiu com alguém, levantou a voz e saiu praguejando sem chegar a um entendimento? Pois saiba que brigas familiares, “arranca-rabos” no trabalho e a maior parte dos conflitos têm algo em comum: poderiam ser evitadas apenas com palavras. A maneira como falamos e ouvimos os outros é a chave para a maioria dos problemas, desavenças ou discórdias.

Quando acontece a falta de comunicação? Quando não há troca. Geralmente estamos tão preocupados com nosso ponto de vista que não escutamos o que os outros estão dizendo. Ou pior: quando julgamos aqueles que não agem de acordo com o que acreditamos ser correto.

E como discutir um assunto que gera discórdia?O primeiro passo é reformular a maneira como falamos e ouvimos o outro. A ideia é treinar sempre e se expressar com honestidade e clareza, ao mesmo tempo em que damos aos outros uma atenção respeitosa. Mas temos a síndrome do “disco riscado”: repetimos reações, julgando os outros.

Exemplo

Uma mãe vai falar com o filho adolescente que deixou a sala uma bagunça. Um jeito não-violento de se expressar poderia ser o seguinte: Roberto, quando vejo bolas de meias sujas na sala, fico irritada porque preciso de mais ordem no espaço que usamos em comum. Você poderia colocar as meias no seu quarto ou na lavadora? Veja bem, a mãe poderia reagir de diversas maneiras: bufar, punir o filho. Mas quando pratica a comunicação não-violenta ela deixa claro o que observa, como se sente, qual necessidade não está sendo atendida. Pode ter certeza de que a chance de ser compreendida é maior.

Esses passos, na verdade, funcionam para termos mais consciência antes de agir de maneira reativa e impensada. Experimente respirar fundo e dar um tempo antes de começar a falar em uma situação que está prestes a entrar em ebulição. Parece papo pra boi dormir, mas funciona! Assim você consegue elaborar o que o está incomodando.

No ambiente de trabalho ou no seu negócio a comunicação pode ocorrer de duas formas: interna e externa. Avance para o próximo tópico e conheça o que é comunicação interna.

Comunicação interna

A comunicação interna é aquela que acontece dentro do seu negócio ou propriedade entre as pessoas que compõem a equipe de trabalho. É a forma como chegam as mensagens e comandos para as pessoas que trabalham na propriedade.

Você se lembra da brincadeira que fazia quando criança do “telefone sem fio”?



Na maioria das vezes a mensagem final chegava totalmente distorcida da mensagem inicial, não é mesmo? Mas por que isso acontece?

Veja, em seguida, uma situação de comunicação ineficaz:

O Engenheiro Agrônomo, responsável técnico pela Fazenda Sucupira, orienta o proprietário:Seu Hélio, de acordo com a Lei 6514 de 1977, da CLT, todos os empregados da fazenda que tiverem contato com agrotóxicos devem fazer uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) para evitar riscos à sua saúde. Portanto, qualquer um que fizer a aplicação de defensivos na lavoura de tomate ou na de pimentão terá de estar usando o EPI. O senhor precisa também informá-los sobre o armazenamento e utilização adequada agroquímicos, no campo e no depósito.

Seu Hélio passa a informação para o gerente da fazenda:Seu Moacir, o senhor deve preparar as equipes de trabalho para a utilização de um tipo de uniforme durante a aplicação de produtos químicos no tomate e no pimentão. Aqueles que não estiverem usando o “tal” do EPI no campo ficarão doentes e intoxicados. No depósito também tem de ter EPI. Isso tá na Lei do LTC. Vê lá, hein, Moacir! Não vamos fazer gol contra!!! Vamos cuidar do nosso tomate!!!

Seu Moacir passa a ordem para os empregados:Olha só, pessoal! O Seu Hélio vai dar um uniforme pra gente, quem não estiver com uniforme não joga no campo e vai para o depósito de EPI. Vem um time aí de intoxicados que chama LCT. O Tomate joga no gol e Zé Pimenta não vai jogar porque tá doente.

É importante ressaltar um conceito básico: só existe comunicação quando existe alguém para receber a informação. Sem receptor (quem recebe) não há um significado para a mensagem.

Então, ao criar a forma de comunicação interna escrita (boletim, cartaz, mural, comunicado de procedimentos, cronogramas etc.) ou oral (reuniões, apresentações, debates) use linguagem clara, objetiva e fique atento ao tipo de público que vai receber a mensagem.



A forma e o instrumento de comunicação interna deve despertar no público-alvo o desejo e o interesse na informação, sem necessidade de recomendações e estímulos para a adesão da mensagem.

No próximo tópico vamos aprender o que comunicar. Siga em frente!

O que comunicar?

Ivo: Pessoal, a comunicação é uma competência muito importante. Tudo o que estudamos até agora podemos aplicar em nosso dia a dia. Só fiquei em dúvida sobre o que comunicar aos nossos colaboradores.

Ana: Ivo, podemos comunicar muitas coisas, como por exemplo: os aniversariantes do mês, dicas de cursos e palestras, a conclusão de alguma tarefa, os resultados da semana...

Felipe: A produtividade que obtivemos, desligamento de pessoas, admissão de novos

colaboradores, uma relação de novas tarefas com as responsabilidades de cada um...

Alfredo: É importante informar também sobre assuntos que dizem respeito ao nosso negócio como, por exemplo, a aquisição de novos produtos, mudança na cultura, compra ou venda de propriedades. Isso evita a “rádio peão” que é uma atitude muito ruim para o negócio, pois gera desconfiança por parte dos colaboradores.

Ivo: Você tocou num ponto importante, pai. A comunicação pode ser responsável tanto pelo sucesso dos projetos e motivação das equipes, como também pelas dúvidas, atritos e não conclusão das atividades. Por isso, é tão importante se comunicar de maneira correta!

Ana: Isso mesmo, Ivo. Pessoal, ainda temos mais para aprender sobre este assunto, no próximo tópico vamos conhecer a comunicação externa. Avante!

Comunicação externa

A comunicação externa é a imagem que a empresa ou propriedade projeta para o público externo. Uma boa comunicação externa impacta, diretamente, na imagem do seu produto ou serviço.

Diferentemente do que se imagina comunicar-se de forma eficaz não significa ter um vocabulário invejável, dizer palavras bonitas e possuir uma voz de locutor de rádio. Ter uma comunicação eficaz nada mais é do que ser entendido perfeitamente. Lembre-se de que comunicação não é o que se diz e sim o que o receptor entende.

Você deve observar, também, que a comunicação não é avaliada apenas pelo que fala ou pelo que escuta, mas pela forma com que nos expressamos e gesticulamos, ou seja, por nosso comportamento e atitude.



Se você é proprietário, em algumas circunstâncias como: reuniões de sindicatos, programas de rádio, apresentação de um projeto novo ao gerente de banco ou novos parceiros e, especialmente, em momentos em que estiver fazendo negociação dos seus produtos ou serviços, é importante realizar uma boa apresentação do seu negócio. Isso exigirá um bom desempenho da comunicação verbal.

A pessoa que se comunica bem com o público tem vantagens sobre as demais.

A importância da boa comunicação com seus colaboradores

Manter uma boa comunicação com a sua equipe é realmente importante?

Analise as situações a seguir e responda as questões no Ambiente Virtual de Aprendizagem.

Na Propriedade A são desenvolvidas atividades rurais administradas pelo proprietário que tem como característica ser muito reservado, centralizador e fechado, ou seja, não tem o hábito de conversar com seus colaboradores.

Nesta propriedade, o papel dos colaboradores limita-se ao cumprimento das normas fixadas pelo proprietário, e não há espaço para questionamento, muito menos críticas sobre suas decisões ou sobre o modelo de negócios adotado.

Sugestões ou críticas não são bem-vindas, mas sim encaradas como perda de tempo ou como demonstração de má vontade por parte dos colaboradores.



Na Propriedade B, também são desenvolvidas atividades rurais administradas pelo proprietário. No entanto, este é uma pessoa acessível, de mente aberta, que sabe delegar responsabilidade e está sempre disposto a ouvir seus colaboradores. Estimula as sugestões e críticas de seus colaboradores em relação a qualquer assunto ligado à atividade. Ali, os colaboradores sabem que podem expor suas ideias, sem medo de sofrerem injustiças ou vinganças.

Em sua opinião, qual dos dois negócios tem mais chance de sucesso? Justifique sua resposta.

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Se a comunicação com os colaboradores permite melhorias e benefícios, por que ainda nos deparamos com administradores iguais ao da Propriedade A?

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Você percebeu o quanto é importante comunicar-se bem? Siga em frente e verifique se você consegue se comunicar bem com sua equipe.

Caso tenha alguma dúvida, acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e entre em contato com o tutor por meio da ferramenta Tira-dúvidas.

Atividade - Testando sua comunicação

Vamos agora testar a sua comunicação. Você sabe analisar seu desempenho como gestor, líder ou responsável pela equipe? Realize a atividade abaixo para obter esta resposta!

Você é assertivo com sua equipe?

Nesta atividade você vai saber como a assertividade, ou a falta dela, pode interferir na sua comunicação e o quanto pode ser decisiva para os resultados finais, levando ao sucesso ou ao fracasso da atividade e do desempenho dos envolvidos.

“Há momentos em que é preciso ser mais direto e tomar as rédeas da situação, enquanto em outros é necessário se deixar comandar. Este é o equilíbrio e a aplicação ideal da assertividade”. Basta responder a cada uma das afirmações, indicando como você costuma se posicionar.



Análise pessoal como gestor, líder ou responsável da equipe

Nunca Às vezes Sempre

1. Como gestor, você define claramente os objetivos do trabalho, certificando-se de que todos entenderam.

2. Facilita para que as decisões sejam tomadas pela equipe, buscando o consenso da decisão na equipe. Incentiva os participantes a defenderem os próprios pontos de vista.

3. Avalia o desempenho do trabalho do grupo. Altera os procedimentos que não estão dando resultados positivos.

4. Sabe acolher as ideias novas e diferentes surgidas na equipe. Facilita a participação das pessoas. Deixa que apareçam, entre os participantes, os conflitos de ideias que podem agregar valor ao trabalho da equipe. Facilita a sinergia inerente à equipe.

5. Divulga os dados e informações a todos os membros da equipe e os incentiva a buscar informações precisas. A equipe trabalha apoiada em informações confiáveis.

6. Permite que surjam outras lideranças informais (por exemplo, às vezes um participante que domina mais o assunto em discussão no momento).



7. Dispõe-se a alterar seu ritmo para se adequar ao ritmo de trabalho da equipe, e facilita as contribuições que os participantes podem dar ao trabalho.

8. Define claramente os papéis dos componentes da equipe, impedindo a ocorrência de atritos entre as pessoas e retrabalhos.

9. Escuta com empatia, procurando entender as colocações dos participantes, respeitando as opiniões de todos.

10. Permite ou facilita a participação de pessoas estranhas ao grupo dominante (por exemplo, pessoas de outras áreas da empresa).

Acima de 80%:Parabéns! Você consegue conduzir bem o grupo, de forma proativa, geralmente obtendo bons resultados. Para aprimorar seu desempenho, analise os pontos em que não respondeu “Sempre” ou “Às vezes”.

De 50% a 75% : Você tem pontos de assertividade, mas precisa melhorar para conseguir obter os resultados esperados das equipes que lidera. Analise os pontos em que não respondeu “Sempre” ou “Às vezes”, procurando melhorar seu desempenho.

Abaixo de 50% : Você precisa repensar sua forma de atuação ao liderar equipes. Às vezes, até atinge os resultados buscados, mas não utiliza todo o potencial da equipe. Melhorando sua postura, poderá alcançar melhores resultados.

Com esse teste você pôde verificar se a maneira que está lidando com a equipe que lidera é assertiva. Avance e entenda como elaborar um plano de desenvolvimento para você melhorar sua comunicação.



Melhorando a comunicação

Com base no que você viu até agora e na sua autoavaliação, que atitudes e que ações são necessárias implementar no seu ambiente de trabalho e na sua vida pessoal, para melhorar o nível e a eficiência na comunicação?

Faça um plano de desenvolvimento pessoal, listando que atitudes você precisa adotar para melhorar a sua comunicação e quais ações são necessárias para colocar estas atitudes em prática.

Plano de desenvolvimento pessoal

Atitudes Ações

1

2

3

4

5

Muito bem, você fez seu plano de desenvolvimento e listou as atitudes e ações que podem lhe ajudar a melhorar sua comunicação.

A seguir, estudaremos sobre mais uma competência essencial para o trabalhador empreendedor: o autocontrole.

Autocontrole

Ana: Nossa, estou tão cansada! As vezes sinto que não vou conseguir resolver tudo o que é preciso.

Ivo: Calma, Ana! Você está sempre correndo de um lado para outro, tentando resolver tudo. Você precisa dividir as tarefas e não se cobrar tanto, senão, vai ficar cada vez mais estressada e pode até adoecer.

Alfredo: É verdade, Ana! A rotina do dia a dia, a pressão no trabalho, a necessidade de aumentar os rendimentos para cumprir os compromissos

financeiros, fazer muitas coisas ao mesmo tempo e ainda dar atenção para a família deixa qualquer um estressado.



Ana: Vocês têm razão. Eu estava mesmo lendo no curso trabalhador empreendedor sobre a importância do autocontrole. Muitas situações do dia a dia podem nos tirar do sério.

Felipe: Eu também li sobre este assunto. Mas, digam, quem consegue se manter calmo diante de alguém que se acha o “sabichão”, de um amigo que te liga só pra falar dos problemas dele, sem nem perguntar como você está...

Ana: ...de um filho doente, da família cobrando atenção, das tarefas domésticas, das contas a pagar...

Ivo: ...de um colaborador que está sempre na defensiva, de um negócio mal feito, uma colheita perdida, uma seca que compromete a produtividade, uma chuva forte na hora errada, o medo de tomar uma decisão errada, os riscos diante de um negócio novo, muitas decisões para tomar...

Alfredo: Calma, calma, calma pessoal, só de ouvir tudo isso já estou perdendo o controle.

Alfredo: Mas, olhem, eu acredito que o pior de tudo é não decidir nada. Ter medo de decidir. Ficar num cantinho vendo os outros viverem e você só sobrevivendo!

Ivo: Este é o assunto do nosso próximo tópico. Vamos seguir em frente!

Procrastinar e protelar

Procrastinar, protelar ou não tomar decisões podem gerar um alto nível de estresse, levando você a perder seu autocontrole.

Isso sinaliza a falta de autogerência, ou seja, a incapacidade de gerenciar situações adversas. Na maioria das vezes, você não pode evitar os problemas ou as pessoas, mas pode aprender a lidar melhor com eles.

Mas, como impedir que as situações do dia a dia e as pessoas te afetem tanto? Como superar as dificuldades sem sofrer desnecessariamente? Afinal de contas, você é um ser humano. Conheça as três atitudes que caracterizam o ser humano.

O pensamento, mesmo que você queira, não consegue ficar um minuto sem pensar. Muitas vezes o pensamento é inconsciente, nem presta atenção no que está pensando, está longe, no mundo da lua mas, mesmo assim, está pensando em algo.



O sentimento. Você está quase que o tempo todo sentindo alguma emoção. Pode ser algo indefinido, sem muita intensidade, como, uma leve irritação, um pouco de felicidade, um pouco de angústia, um pouco de tristeza... ou pode ser intenso, como uma fúria, depressão, euforia, etc.

O comportamento. Você está sempre agindo de alguma forma. Se você está agora lendo este texto, isso já é um comportamento, o comportamento de se concentrar na leitura.

A maneira como você pensa, sente e se comporta diante das situações do dia a dia vai determinar seu autocontrole.

Siga em frente e conheça o responsável pela suas reações diante das situações que acontecem.

Preservando seu bem-estar

Muitas pessoas acreditam que os problemas estão sempre fora delas. Responsabilizam os outros pela sua irritação, sua tristeza, sua felicidade e por tudo de bom ou ruim que lhe acontecem.

Será que isso é verdade? Os outros realmente têm todo este poder sobre você? Não! O que lhe afeta não são as pessoas ou os fatos e sim, pensamentos, interpretações e reações que você tem quando cada uma destas coisas acontece.

Se isso é verdade, a pergunta que você provavelmente está se fazendo é: mas como? Se estas situações de fato acontecem, como acreditar que o problema está em mim?



Mantém a calma e busca os procedimentos adequados à situação

Siga em frente! Você sabe utilizar-se do autocontrole! Você consegue pensar, sentir e controlar seus pensamentos agindo de forma equilibrada, obtendo resultado positivo para todos os envolvidos.

Não faz nada, mas perde o dia porque fica tremendo de raiva por horas

Atenção! Você está utilizando parte de seu autocontrole. Por não reagir no momento, acaba se prejudicando por passar horas revivendo a situação, isso significa que você fica preso aos pensamentos e precisa desenvolver um pouco mais o autocontrole.

Reage e briga com elaPare! Agindo assim você não está se utilizando do autocontrole. Independente do que aconteça, é o que você pensa e sente da situação que vai determinar o seu comportamento.

Você percebeu que a responsabilidade pelas suas reações diante dos fatos cotidianos é sua?

Perceba que falamos em responsabilidade e não culpa. Veja a seguir a diferença entre estas palavras.

Culpa X Responsabilidade

Alfredo: É, Felipe, essa questão de assumir responsabilidade pelos próprios sentimentos e comportamentos é muito importante.

Alfredo: Você não deve se culpar ou se recriminar. As pessoas usam as palavras culpa e responsabilidade como se fossem a mesma coisa, mas na verdade não são.

Felipe: Hum...não são a mesma coisa?

Alfredo: Não, Felipe, “culpar” significa “recriminar” e “responsabilizar” significa que

você responde pelos seus sentimentos e atitudes.

Felipe: Ah, entendi. A diferença é que assumir responsabilidades é saudável e culpar-se só faz mal para você mesmo.



Alfredo: Isso mesmo! A responsabilidade é o segredo que facilita viver muito melhor, pois significa que você assume o controle da sua vida.

Felipe: Sim! E a forma como a gente se sente, é definida por nós mesmos e não pelos outros ou pelo destino.

Alfredo: E você, aí do outro lado, se ainda tiver dúvidas, entre em contato com o tutor por meio da ferramenta Tira-dúvidas.

Felipe: Siga em frente e conheça no próximo tópico os quatro modos de pensar.

Quatro modos de pensar

Você sabia que existem quatro modos de pensar quando algo acontece a você?

Dos quatro modos, três são prejudiciais, conhecidos como pensamentos enlouquecedores. O pensamento saudável é o pensamento das preferências realistas, no qual a pessoa enfrenta as dificuldades com confiança, sabendo de suas limitações.

Conheça mais informações sobre cada tipo de pensamento:

1. O Pensamento catastrófico A pessoa que possui este tipo de pensamento, transforma tudo em algo muito mais importante do que realmente é. É fácil de reconhecê-los, porque muitos pensamentos catastróficos começam com a expressão “e se”.

Por exemplo: Você está no Banco, aguardando para falar com o gerente a respeito de um financiamento de uma máquina. Enquanto aguarda para ser atendido, a sua cabeça começa: “se ele perguntar coisas que ainda não sei”, “se ele duvidar da minha capacidade de pagamento” e “se eu não conseguir expor com clareza a necessidade do equipamento” .

Essas perguntas significam que, se algumas destas hipóteses realmente acontecer não vai ser só uma preocupação, vai ser uma catástrofe. Chegando à frente do gerente com isso na cabeça, existe uma grande possibilidade desses pensamentos se realizarem.

No casamento aparecem muitos pensamentos catastróficos. “se ele não me amar mais”, “se ele não mudar” e “se o trabalho vier sempre em primeiro lugar”.

Outra forma de pensamento catastrófico é identificada quando ouvimos as pessoas começando frases assim: “eu fico louco quando...”, “não aguento quando...”, “isso acaba comigo...”, “eu odeio quando...”. Sempre que se tem esse tipo de pensamento, você fica mais suscetível às pessoas ou situações que lhe tirem do sério.



Quantas vezes você entrou em pânico por situações que, depois que realmente aconteceu você viu que não eram tão ruins assim? Como, por exemplo, aquela pessoa que nem abre o resultado do exame com medo de ter uma doença grave, mas quando finalmente ela tem coragem de abrir vê que não tem doença nenhuma. Ou aquela pessoa que começa um trabalho achando que não vai conseguir aprender as funções, mas dali a alguns dias já está craque no serviço.

Pense: Qual a vantagem de entrar em pânico? Em pânico você não pensa com clareza, com lógica, você não tem chance de tomar boas decisões. E o melhor: se você reagir adequadamente, você não vai perder o controle. Então, “É só pensar com clareza? Assim é fácil”. Nem tanto! O segredo é como fazer isso.

2. O Pensamento Absolutista Os pensamentos absolutistas aparecem na forma de: “eu devo”, “eu tenho de”, “eu preciso”, “eu deveria”. Todos nós fazemos isso algumas vezes ao dia. O problema aparece quando você exagera nessa autocrítica.

As pessoas fazem muito isso com a aparência: eu devia ter esta parte do corpo mais fina, mais grossa, maior, menor, etc.

Dizemos o tempo todo: eu deveria ser mais inteligente, maduro, criativo, desinibido, estável, confiante, decidido, sério, alegre, nunca envelhecer. E sabe o que acontece quando você se enche desses “deverias”? Você acaba

achando que os outros também deveriam ser mais, ser menos, fazer isso ou aquilo.

Mas, a pior critica é a que faz para si mesmo. Pois quando você se critica tanto, qualquer olhar diferente do outro para você já é uma reprovação, qualquer suspiro é uma condenação.

E como é que tudo isso começa? Na realidade começa lá na infância. Possivelmente você teve pais dizendo: você deveria brincar direito com seu irmão, você deveria ser médico, advogado, piloto de avião. Você deveria ser o que eu quero que seja...

Outra fonte cruel dos “deverias” é a televisão. Ela vive te dizendo que, se você não usar a pasta de dente certa, se não tiver o corpo daquela modelo, se não usar aquele xampu, jamais você vai ser alguém na vida. A TV vive te convencendo das coisas que você deve ter e ser.

3. O Pensamento de Racionalização

O terceiro tipo de pensamento enlouquecedor é a racionalização. Raciocinar é uma coisa, racionalizar é outra bem diferente.

Raciocinar é entender as coisas como elas são. Racionalizar é negar os sentimentos. Por exemplo: você tem um filho que te dá muito trabalho. Dizer “chega, filho, eu não ligo mais, se quiser arruinar a própria vida o problema é seu”. Isso é racionalizar. Esta sua atitude vai durar dois ou três dias, depois o pânico volta e aparece tudo de novo.

Outro exemplo de racionalização, uma pessoa muito tímida que tem uma dificuldade danada em se relacionar com pessoas. E o que ela

faz? Diz que prefere mesmo viver sozinha, comer sozinha, ir ao cinema sozinha ou nem sai de casa.



Na psicologia isto se chama de dissonância cognitiva, que são essas justificativas que as pessoas arrumam para dar sentido a uma coisa que não tem sentido nenhum.

De toda forma, a racionalização é uma tentativa de superar o problema. Mas é uma tentativa muito frágil. Foi feita uma pesquisa com mulheres que fizeram cirurgia de câncer no seio. Perguntaram a elas quanto tempo se passou desde o momento que notaram os primeiros nódulos nos seios até a procura pelo médico e tratamento. O interessante é que algumas esperaram anos para ir ao médico. A média foi seis meses. Elas ficaram racionalizando, dizendo para si mesmas que aquilo não era nada. Achando que se ela ignorasse o nódulo, ele sumiria. Veja a que ponto de prejuízo pode chegar a racionalização.

Bem, vimos que entrar em pânico, racionalizar e criticar, são as três formas erradas, mas infelizmente as mais comuns que as pessoas usam para lidar com as situações difíceis.

4. O Pensamento das Preferências Realistas Não são as pessoas ou as situações que nos aborrecem. Parece que é, mas na verdade é o modo como pensamos e reagimos que determina o nível da nossa irritação.

Somos nós que nos irritamos, mas podemos aprender a ser diferentes. Como? Aprendendo a aplicar o quarto tipo de pensamento. É fácil de entender, mas é difícil de colocar em prática. Mas, com muita persistência e dedicação você chega lá.

Este tipo de pensamento acontece na forma de preferências. As mais eficientes são assim: “eu me sentiria melhor se...“, “eu gostaria de...”, “eu preferiria que...”, “seria melhor se...”.

Veja bem, isso não é usar pensamento positivo. É trabalhar com a capacidade de suportar as dificuldades da vida, que todo mundo tem, ninguém nasce com bônus de viver sem qualquer problema.

Por exemplo: Um trabalhador rural decidiu vender a produção de milho verde na feira do produtor em sua cidade. No primeiro final de semana passou pelos três tipos de pensamentos enlouquecedores. Primeiro os catastróficos. “E se não conseguir vender nada”? “E se não gostarem do produto”? “E se os concorrentes não abrirem espaço”? “E se todos preferirem as outras bancas”?

Aí ele passou para a fase da autocrítica: “Eu deveria ter capacidade para negociar e vender, mesmo sendo a minha primeira experiência na feira! Minha mãe tinha razão, eu sou um idiota mesmo. Nunca vou ser nada na vida”.

Em seguida, ele partiu para as racionalizações. “E daí, nem me importo. Se eles não gostarem do produto, significa que são burros demais para entender o valor dele. Se eles não sabem apreciar um produto de boa origem, o problema é deles”.

Quando ele consegue colocar a coisa em termos de preferências realistas, a sua visão referente à situação se expressa assim: “Gostaria que o cliente ficasse satisfeito com a compra! Eu gostaria de vender todo o meu produto! Se não for assim, será uma pena, mas não vai ser horrível, a não ser que eu assim o determine”.



Se um problema vai ser o fim de tudo, depende do quanto você permite que assim seja.

Pensar em termos de preferências ajuda a fazer o melhor dentro da sua capacidade. Você pode melhorar sempre, praticando.

O pensamento realista não te garante que tudo vai dar certo, mas garante que vale a pena tentar, corrigir e aprender a cada tentativa. Você percebe a enorme diferença tanto na forma como você se sente como na forma que você se comporta.

Compreender que tudo depende da forma como você pensa ajuda no seu auto gerenciamento e no desenvolvimento do seu autocontrole.

Você conheceu as quatro formas de pensar detalhadamente. Agora siga adiante e faça uma autoavaliação para saber mais sobre seu autocontrole.

Caso tenha alguma dúvida, acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e entre em contato com o tutor por meio da ferramenta Tira-dúvidas.

Atividade - Avaliando seu autocontrole

Pense no seu comportamento e em suas reações diante das diversas situações de sua vida.

Verdadeiro Falso

1. Às vezes tenho vontade de xingar as outras pessoas.

2. De vez em quando gostaria de poder sair quebrando tudo que vejo pela frente.

3. Muitas vezes não consigo entender por que me irrito tão facilmente.

4. Às vezes me dá vontade de bater em algumas pessoas.

5. Perco a paciência com facilidade.

6. Com frequência me dizem que sou esquentado.

7. Acabo discutindo quando alguém passa à minha frente numa fila.



8. Às vezes respondo com agressividade à pessoas que são rudes ou inconvenientes.

9. Frequentemente me arrependo por me irritar tão facilmente.

10. Fico aborrecido quando me apressam.

11. Sou muito teimoso.

12. Não sei o que acontece comigo para, às vezes, eu ficar tão aborrecido e irritado.

13. Já cheguei a quebrar móveis e louças depois de beber.

14. Já fiquei aborrecido com uma pessoa a ponto de achar que ia explodir de raiva.

15. Às vezes chego a agredir fisicamente alguém que me irrita.

16. Quase nunca perco o autocontrole.

Você concordou com no mínimo 12 das 16 questões

Faça uma análise para avaliar as consequências destas suas atitudes. Pois indica que você é muito agressivo e deve se preocupar com isso. Se não se cuidar sua saúde e seus relacionamentos serão prejudicados.

Você concordou com no mínimo 4 e no máximo 11 das 16 questões

Você apresenta sinais de agressividade. É bom tomar consciência das suas irritações e encontrar formas de administrar, antes que isto vire um problema. Precisa relaxar mais.

Você concordou com no máximo 03 questões

Você não é agressivo. Demonstra autocontrole em situações de adversidade. Pensa antes de agir e não permite que fatores externos influenciem nas suas reações emocionais.

Você realizou a atividade de autoavaliação e identificou o grau do seu autocontrole. Siga em frente e acompanhe o resultado deste teste, também realizado pela Ana.



Como aumentar meu autocontrole?

Ana: Pessoal, fiz o teste de autoavaliação e o resultado diz que apresento sinais de agressividade.

Ivo: Você anda muito atarefada, Ana! Faz muitas coisas ao mesmo tempo e deve estar tendo dificuldade em lidar com esta situação. Você precisa relaxar, senão pode ficar doente.

Ana: Mas como posso relaxar, Ivo? Preciso cumprir minhas obrigações!

Ivo: Ana, que tal você analisar em qual área da sua vida você tem mais dificuldades e listar algumas ações que possam lhe ajudar a ter autocontrole?

Ana: Você tem razão, Ivo! Vou fazer isso, sim! E você, aí do outro lado, que tal fazer sua listinha também?

Acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e realize a atividade desse tópico.

Ivo: Você definiu ações que poderão lhe ajudar a ter autocontrole. Agora o mais importante é tirar estas ideias do papel e colocá-las em prática.

Ana: Estamos finalizando este módulo. Lembre-se de acessar o Ambiente Virtual de Aprendizagem e usar a ferramenta Tira-dúvidas para entrar em contato com o tutor, sempre que precisar.

Ana: A seguir verifique os principais pontos estudados neste módulo.



Você definiu algumas ações que poderão lhe ajudar a ter autocontrole. Agora o mais importante é tirar estas ideias do papel e colocá-las em prática.

A seguir verifique os principais pontos estudados neste módulo.

Finalização do módulo

Chegamos ao final deste módulo. Nele você entendeu os conceitos de comprometimento, comunicação e autocontrole. Conheceu as competências e habilidades de uma pessoa comprometida, que sabe se comunicar bem e tem autocontrole. Pode aprender, também, a importância do comprometimento e autocontrole e da facilidade de comunicação no sucesso nos negócios.

Tenha sucesso neste curso e em seus empreendimentos! E, para finalizar, acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem e realiza a atividade final. Por meio dela, você poderá certificar-se do seu aprendizado. Siga em frente!

Atividade final do módulo

Diante do que você estudou sobre comprometimento, autocontrole e comunicação, assinale a alternativa correta:

( ) A. Comprometimento é tudo o que as pessoas fazem a mais, sem que alguém tenha solicitado. É assumir a responsabilidade do sucesso e do fracasso. Esta característica é um diferencial que traz credibilidade e sucesso para as pessoas e empresas.

( ) B. Para ter autocontrole não é necessário prestar atenção nas emoções, pois ele está relacionado apenas à forma como pensamos.

( ) C. Um proprietário que deseja praticar a boa comunicação com seus colaboradores tem como característica ser muito reservado, centralizador, não tem o hábito de conversar e não aceita críticas nem sugestões para o seu negócio.



Referências

Marisa de Abreu, psicóloga.

Texto adaptado



Anexo 1

Uma pessoa comprometida faz além do necessário, dá o seu suor em favor do resultado esperado. Tem orgulho do seu trabalho, recomenda seus produtos e serviços e vê seu ambiente de trabalho como um dos melhores lugares para crescer.

Quem não está envolvido nem comprometido geralmente têm baixa produtividade e pode espalhar esse sentimento de ‘baixo-astral’ entre os demais membros da equipe. Você já notou a diferença entre uma pessoa comprometida e outra apenas envolvida com o que faz? Qual delas você acha que obtém mais sucesso?

Uma pessoa envolvida, apesar de não ver o seu trabalho apenas como uma forma de ganhar a vida, ela não está satisfeita. Parece que está faltando algo para se completar.

Já uma pessoa comprometida, além de ter orgulho do que faz, vê o seu trabalho como o melhor para si.

Pense na sua vida particular. Já começou aquela dieta que você prometeu começar no início do ano? E aquelas caminhadas pela manhã? Parou de fumar? E a bebida, diminuiu a frequência e a quantidade? Colocou as coisas importantes para você em primeiro lugar? Descartou o que não lhe traz mais nenhum retorno? Parou de adiar seus compromissos? Está trabalhando, economizando ou investindo para realizar o seu sonho?

Se você estiver comprometido consigo mesmo, você sabe que você vai conseguir!

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Módulo 02 - Portal Senar EADead.senar.org.br/lms/webroot/uploads/senar/conteudos/52/c11_m2_1/... · Você já ouviu a frase: “eu faço o meu melhor, mas ninguém me valoriza”?