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Módulo 10- Disciplina da Segurança Penitenciária III Disciplina: Prevenção e Controle de Incêndios

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TEORIA DO FOGO FOGO é o resultado de uma reação química exotérmica (liberação de calor), denominada combustão, também caracterizada pela presença de luz. Para que se processe essa reação, é necessária a presença de três elementos: combustível, comburente e temperatura de ignição. A DIFERENÇA ENTRE FOGO E INCÊNDIO consiste em que fogo é uma reação química, enquanto incêndio é toda e qualquer destruição ocasionada pelo fogo que se processar fora do desejo e do controle humano, com prejuízos consideráveis e não previstos. A causa de incêndio pode ser ACIDENTAL, INTENCIONAL e NATURAL

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FORMAÇÃO DO FOGO: Para o fogo existir, são necessários, inicialmente, os três elementos básicos: Combustível, Comburente e Calor (ou temperatura de ignição). COMBUSTÍVEL é toda matéria suscetível de queima, como por exemplo madeira, papel, carvão, fibras vegetais, gasolina, álcool, éter, óleo diesel, metano, propano, butano. Os combustíveis poderão ser: VOLÁTEIS: Quando à temperatura ambiente o combustível emana vapores capazes de se inflamar (Ex.: gasolina, nafta, éter, hexano, tolueno, benzeno, etc.); ou NÃO VOLÁTIL: Quando à temperatura ambiente o combustível não emana vapores capazes de se inflamar (Ex.: óleo combustível, óleo lubrificante, óleo diesel, querosene, etc.). COMBURENTE: É todo agente químico que conserva a combustão. Os comburentes mais conhecidos são: o Oxigênio e, sob determinadas condições, o cloro. OBS: Percentual de O2 na atmosfera é igual a 21% (ao nível do mar); sendo menor que 16% deixa de haver queima.

CALOR OU TEMPERATURA DE IGNIÇÃO é a temperatura em que os combustíveis começam a soltar vapores ou gases e, em contato com o ar, entram, se mantém em combustão e incentivam sua propagação. Nenhum dos três elementos por si, a união de apenas dois desses elementos ou a reunião indiscriminada dos três elementos desencadeará a reação química para a produção do fogo. A união proporcional dos três elementos é imprescindível para a formação do fogo

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A REAÇÃO EM CADEIA torna a queima autossustentável. O calor irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante. Surge um novo conceito para a formação do fogo: o TETRAEDRO. Quando os três elementos se combinarem em partes PROPORCIONAIS, ocorrendo o que chamamos de MISTURA IDEAL. Porém, poderá ocorrer a MISTURA POBRE, quando o OXIGÊNIO se apresenta acima da dosagem necessária à combustão; ou ocorrer a MISTURA RICA, quando o COMBUSTÍVEL se apresenta acima da dosagem necessária. Os gradientes de temperatura que possibilitam a origem da combustão denominam-se de PONTOS DE FULGOR, COMBUSTÃO e IGNIÇÃO.

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FATORES QUE DETERMINAM A VELOCIDADE DAS COMBUSTÕES: NATUREZA DO MATERIAL COMBUSTÍVEL: Se o combustível é bom ou mau, queima-se com facilidade ou com dificuldade.

RELAÇÃO SUPERFÍCIE MASSA DO MATERIAL COMBUSTÍVEL: Quanto maior a superfície ocupada pela unidade de massa, maior será a velocidade de reação Ex.: um livro fechado e um livro aberto, ou com suas páginas soltas e espalhadas, pela dificuldade e facilidade com que ambas podem comburir, em relação à superfície e à massa.

CONCENTRAÇÃO OU ESTAGNAÇÃO DO CALOR: Quanto maior a quantidade de calor no ambiente, ou na massa do combustível, maior será a velocidade de reação.

PRESENÇA DE SUBSTÂNCIAS CATALISADORAS: É a presença de bons ou maus combustíveis, que possam acelerar ou retardar a reação

MÉTODOS DE TRANSMISSÃO DE CALOR:

MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS:

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AS FASES DO DESENVOLVIMENTO DOS INCÊNDIOS SÃO:

ECLOSÃO: Início do incêndio, caracterizado pelo surgimento das chamas. INCUBAÇÃO: Os gases aquecidos se formam no fogo inicial, ocasionando a elevação de temperatura e surgimento dos gases tóxicos e inflamáveis. DEFLAGRAÇÃO: Fazendo iniciar o Incêndio ainda no mesmo ambiente. PROPAGAÇÃO: A transmissão do incêndio se dá para outras áreas da edificação ou área. EXTINÇÃO: Término do incêndio, ocorrido pela ação humana ou pelo consumo total dos elementos do fogo.

AGENTES EXTINTORES: ÁGUA: É o agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por RESFRIAMENTO, devido a sua propriedade de absorver grande quantidade de calor. Em razão da existência de sais minerais em sua composição química, a água conduz eletricidade. Quando se vaporiza, à pressão normal, seu volume aumenta cerca de 1700 vezes. Reage agressivamente com determinados produtos, envolvendo metais incendiados (sódio, potássio, magnésio, titânio, zinco), hidretos de metais e carbureto de cálcio (decompõem o dióxido de carbono).

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ESPUMAS: Ação primária de ABAFAMENTO e secundária de RESFRIAMENTO. A ação primária, isolamento do combustível e gases do ar.

conforme seu processo de formação.

QUÍMICA, se resultou da reação entre as soluções aquosas de sulfato de alumínio e bicarbonato de sódio.

MECÂNICA, se a espuma foi produzida pelo batimento da água, LGE (líquido gerador de espuma) e ar. DIÓXIDO DE CARBONO (CO2): É um gás mais denso (mais pesado) que o ar, sem cor, sem cheiro, não condutor de eletricidade e não venenoso (mas asfixiante). Ação primária de ABAFAMENTO e secundária de RESFRIAMENTO. PÓ QUÍMICO SECO: Constituído de bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou cloreto de potássio, que, pulverizados, formam uma nuvem de pó sobre o fogo, extinguindo-o por QUEBRA DA REAÇÃO EM CADEIA e por ABAFAMENTO. O fosfato tricálcico e o pó de silicone são usados para evitar a absorção de umidade pela mistura e seu consequente empedramento. HALOTRON- COMPOSTOS HALOGENADOS São compostos químicos formados por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo). Atuam na quebra da reação em cadeia devido às suas propriedades específicas e, de forma secundária, por abafamento. CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS:

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EXTINTORES DE INCÊNDIO:

ÁGUA: Baixa pressão (direta ou interna ou pressão indireta ou externa). Possui mangueira com requinte. Melhor atuação em incêndio classes “a” e “b”. Pressurização por nitrogênio. Possui manômetro. PÓ QUÍMICO: Baixa pressão (direta ou interna ou pressão indireta ou externa). Possui mangueira com requinte. Melhor atuação em incêndio classes “b”, “c” e “d”. Pressurização por nitrogênio. Possui manômetro.

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DIÓXIDO DE CARBONO (CO2): Alta pressão direta ou interna Não possui manômetro. Possui difusor com punho. Melhor atuação em incêndio classes “c” e “b”. ESPUMA MECÂNICA: É pressurizado com CO2 ou N2. Possui manômetro. Possui esguicho formador de espuma. Melhor atuação em incêndio classes “b” e “a”. ESPUMA QUÍMICA: Não possui pressurização.

Não possui mangueira, só requinte. Deve ter sua posição invertida para funcionamento.

Melhor atuação em incêndio classes “b” e “a”.

HALOTRON: Baixa pressão (direta ou interna).

Possui mangueira com difusor. Possui manômetro.

Melhor atuação em incêndio classes “c”,“b” e “a”.

INSTALAÇÃO DOS EXTINTORES: 1) em locais de circulação, próximo a portas (nunca atrás), fora de escadas, nunca no interior de salas; 2) em locais de fácil acesso, visíveis e sinalizados; 3) de forma adequada à extinção do tipo de incêndio a proteger; 4) parte superior, no máximo a 1,60m de altura do piso, nunca diretamente nele.

DISCOS DE SINALIZAÇÃO: BRANCO - Água e espuma

AZUL - Pó químico

AMARELO - CO2

MANUTENÇÃO DOS EXTINTORES: 1) verificar o acesso ao extintor; 2) verificar o lacre e o pino de segurança; 3) verificar se o extintor está carregado (manômetro/peso); 4) verificar se o requinte está desobstruído; 5) efetuar a nova recarga e pressurização anualmente; 6) efetuar o teste hidrostático a cada cinco anos.

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7) Normas: a) EB.142-ABNT: extintores de água e espuma b) EB.148-ABNT: extintores de pó químico seco c) EB.160-ABNT: extintor de CO2

MANEJO DOS EXTINTORES: APARELHOS DE ÁGUA E PÓ QUÍMICO (PRESSÃO DIRETA) a) retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo, pela alça de transporte; b) soltar a trava de segurança c) apontar o requinte para a base do fogo ou anteparo, conforme o caso; c) apertar o gatilho; d) efetuar movimentos circulares à medida que se aproxima do fogo.

APARELHO DE ÁGUA E PÓ QUÍMICO (PRESSÃO INDIRETA) a) retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo, pela alça de transporte; b) soltar a trava de segurança c) apontar o requinte para a base do fogo ou anteparo, conforme o caso; d) abrir a ampola de pressurização e) apertar o gatilho; f) efetuar movimentos circulares à medida que se aproxima do fogo. APARELHO DE CO2 a) retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo, pela alça de transporte; b) soltar a trava de segurança c) segurar no punho e apontar o difusor para a base do fogo ou anteparo, conforme o caso; d) apertar o gatilho; e) efetuar movimentos circulares à medida que se aproxima do fogo. APARELHOS DE ESPUMA: a) retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo, pela alça de transporte. b) No caso do aparelho de espuma química, invertê-lo de posição, acioná-lo direcionando o jato de espuma para a base do fogo ou anteparo. c) No caso do aparelho de espuma mecânica, acioná-lo direcionando o jato de espuma para base do fogo ou anteparo.

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MATERIAL OPERACIONAL DE INCÊNDIO: Ë o conjunto de materiais, equipamentos, ferramentas, viaturas e acessórios, empregados pelo Bombeiro nas atividades operacionais de extinção de incêndios. Para as atividades nas Unidades prisionais, os principais são: ESGUICHO AUTOMÁTICO DE 1 ½” e 2 1/2”: Serve para lançar água permitindo ao usuário a escolha entre jato sólido e jato de neblina. Pode ser do tipo regulável ou automático.

CHAVE DE MANGUEIRA 2½” X 1 1½”: Serve para apertar ou folgar as mangueiras e esguichos de incêndio.

REDUÇÃO STORZ 2½ ” X 1½ ”: Utilizada para redução de linhas de incêndio de 2½" quando utilizada na maioria dos hidrantes.

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MANGUEIRA DE 1 ½”. ou 2 ½”, São tubos flexíveis de borracha vulcanizada a uma capa de fibra, tendo em suas extremidades metálicas de união do tipo engate rápido. Serve para levar a água do hidrante até o esguicho para ser lançada no incêndio. Mede 15 metros de comprimento.

PROCEDIMENTOS NO CONTROLE DE EMERGÊNCIAS NAS UNIDADES PRISIONAIS

Têm por OBJETIVO principal estabelecer os procedimentos internos de segurança para um eficaz controle de emergências, geradas por ACIDENTES ocorridos nas instalações internas e/ou circunvizinhas da unidade, AMENIZAR EFEITOS DAS EMERGÊNCIAS. EMERGÊNCIA é qualquer anormalidade que coloque em risco a integridade do ser humano e/ou o patrimônio da Unidade, onde é necessário o uso imediato de recursos materiais e pessoal organizado e devidamente treinado, aptos a enfrentar com rapidez e eficiência as situações de crise. TIPOS DE EMERGÊNCIA: Incêndio em instalações, equipamentos ou veículos. Vazamento de gases. Incêndio em instalações circunvizinhas à Unidade Prisional. Desabamento de estruturas prediais, inclusive as prateleiras com mercadorias do depósito; PRINCIPAIS RISCOS DE INCÊNDIO NAS UNIDADES PRISIONAIS: Incêndio em colchões, lençóis, travesseiros, roupas nas celas (almoxarifados, lavanderia). Vazamento de gases combustíveis (GLP) Incêndio em gases e líquidos combustíveis Riscos elétricos

PROCEDIMENTOS PARA ABANDONO DE EDIFÍCIOS:

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EVACUAÇÃO É o deslocamento organizado, total ou parcial, dos agentes e apenados que estejam na Unidade Prisional, em fila única para a Área de Segurança, diante de um sinistro (incêndio ou desabamento). ÁREA DE SEGURANÇA É um local externo previamente designado, e que não exponha os agentes e apenados aos riscos decorrentes dos sinistros. O abandono de um edifício em chamas deve ser feito pelas escadas, com calma, sem afobamentos. NUNCA USE O ELEVADOR PARA SAIR DE UM PRÉDIO ONDE HÁ INCÊNDIO Se ficar preso em meio à fumaça, procure rastejar. O AR MAIS PURO SE MANTÊM PRÓXIMO AO CHÃO

Respire pelo nariz, em rápidas inalações. Se possível, molhe um lenço e utilize-o como máscara improvisada. Feche todas as portas que ficarem atrás de você, retardando assim a propagação do fogo. Se ficar preso em uma sala cheia de fumaça, fique junto ao piso, onde o ar é sempre melhor. Se possível, fique perto de uma janela, onde poderá chamar por socorro.

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CUIDADO COM O BACKDRAFT Se você não puder sair, mantenha-se atrás de uma porta fechada. Qualquer porta serve como couraça. Procure um lugar perto de janelas, e abra-as em cima e embaixo. Calor e fumaça devem sair por cima. Você poderá respirar pela abertura inferior. Se houver pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure outra saída. Uma vez que você tenha conseguido escapar, NÃO RETORNE.

Procure conhecer o equipamento de combate à incêndio para utilizá-lo com eficiência em caso de emergência. Um prédio pode lhe dar várias opções de salvamento. Conheça-as previamente. NÂO SALTE DO PRÉDIO. Muitas pessoas morrem sem imaginar que o socorro pode chegar em poucos minutos. OUTRAS MEDIDAS DE CONTROLE EM CASOS DE EMERGÊNCIA: • O que mais mata num incêndio é o pânico; EVITE-O; NÃO GRITE NEM CORRA. • Não se preocupe em apanhar seus objetos antes de sair do local incendiado; você só não poderá recuperar sua vida perdida num incêndio; • Se ficar preso em andares superiores de um prédio incendiado, procure janelas ou varandas voltadas para o lado de onde sopra o vento e procure chamar a atenção das pessoas, pedindo socorro; NÃO ENTRE EM PÂNICO. • Mantenha-se vestido e molhe suas roupas e das demais pessoas. • Com ajuda de uma mesa deitada, tampo voltado para o fogo, proteja-se do calor irradiado, que se propaga em linha reta. • Oriente todos que, ao abrir uma porta, protejam-se contra a parede. O fogo que deve estar do outro lado poderá atingi-lo diretamente no rosto, ao receber o jato frio da porta aberta. • Em caso de salvamento por helicóptero, faça com que todos tenham calma. O pânico poderá matar os poucos sobreviventes sobre um prédio e os tripulantes do aparelho. • Só deixe terceiros ajudar a combater o incêndio, se souberem manusear, com eficiência os equipamentos de combate.

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PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM CASO DE ACIDENTES COM VÍTIMAS: • Em caso de QUEIMADURAS, só coloque água fria em abundância e não fure as bolhas. Em caso de CHOQUE ELÉTRICO, nunca entre em contato com a vítima, desligue primeiro a chave geral de energia. • Encaminhe a vítima ao hospital mais próximo em caso de DESMAIO. • Abandonar a casa se ela apresentar RUÍDOS, RACHADURAS ou muita INFILTRAÇÃO. PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM CASO DE VAZAMENTO E INCÊNDIO COM GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO - GLP. O gás de cozinha é combustível formado pela mistura de hidrocarbonetos com três ou quatro átomos de carbono (propano 50% e butano 50% ) extraídos do petróleo, podendo apresentar-se em mistura entre si e com pequenas frações de outros hidrocarbonetos. Ele tem a característica de ficar sempre em estado liquido quando submetido a uma certa pressão, sendo por isso chamado de gás liquefeito de petróleo (GLP). De fácil combustão, o GLP é inodoro, mas, por motivo de segurança, uma substância do grupo MERCAPTAN é adicionada ainda nas refinarias. Ela produz o cheiro característico percebido quando há algum vazamento de gás. O GLP não é corrosivo, poluente e nem tóxico, mas, se inalado em grande quantidade, produz efeito anestésico. Os botijões são fabricados com chapas de aço, capazes de suportar altas pressões e segundo normas técnicas de segurança da Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT). O gás dentro dos botijões encontra-se no estado líquido e no de vapor. Do volume do botijão, 85% é de gás em fase líquida e 15% em fase de vapor, o que constitui um espaço de segurança que evita uma pressão elevada dentro do botijão. BOILING LIQUID-EXPANDING VAPOR EXPLOSION (BLEVE) - EXPLOSÃO DE VAPORES EXPANDIDOS DE LÍQUIDOS EM EBULIÇÃO:

É a explosão (liberação súbita de pressão) de vapor em expansão de um líquido com temperatura superior a seu ponto de ebulição através da passagem de líquido para vapor. Nesse processo de expansão, é gerada a energia que agride a estrutura do recipiente, projetando os fragmentos e ocasionando a rápida mistura do gás com o ar (que dá por resultado uma bola de fogo característica). Para proteger recipientes de explosões, deve-se resfriá-los com água, utilizando-se uma linha de proteção com jato d'água em forma de neblina, isolando o local de estranhos aos serviços de bombeiros e resfriando os recipientes de gás até que não seja mais necessário.

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CUIDADOS COM OS RECIPIENTES- O maior número de ocorrências é com botijões de 13 kg de GLP, mais comuns nas residências, e as causas mais prováveis de vazamentos, com e sem fogo, são: mangueira furada, diafragma da válvula furada, rosca da válvula mal fechada, plugue-fusível fundido e corrosão do botijão. CUIDADOS DIVERSOS- O controle de vazamento sem fogo deve ser feito através da dispersão do gás, evitando o contato com pessoas e fontes de ignição e eliminando o vazamento (fechando o registro da válvula, usando o estanca-gás, etc). O controle de vazamento com fogo deve ser feito através da diminuição da quantidade de calor produzido pelo fogo através de aplicação de nuvem de água. Deve-se tomar precaução para evitar a conversão de um fogo em botijão para uma explosão provocada por gases acumulados após a extinção das chamas sem sanar o vazamento. PRECAUÇÕES AO CHEGAR NO LOCAL

ISOLAR a área de risco - com exceção das pessoas autorizadas pelo Cmt das Operações no local, afaste as pessoas para evitar acidentes e não atrapalhar os serviços de bombeiros. COLETAR o maior número de informações possíveis relativas à ocorrência de todas as fontes disponíveis ( solicitante, COBOM, vizinhos, etc) e acionar apoio necessário. Questionar o local exato da ocorrência, o aspecto da edificação, as fontes de ignição (eletricidade), a quantidade e o tipo de vítimas, a descrição do material do local, as vias de acesso, os riscos iminentes e outras dúvidas que possam surgir. Traçar um plano de ação levando em consideração os meios disponíveis e as condições do local, emitir decisões e ordens claras e precisas. MANTER a guarnição com o vento às costas em local aberto para aproximação de um fogo ou vazamento de GLP. Se o local for confinado, faça ventilação forçada ou sature o ambiente com agentes extintores (C02, PQS ou água em forma de neblina). ELIMINAR todas as fontes de ignição e gás externas e simultaneamente manter todas as pessoas fora da área da nuvem de GLP, iniciando esse procedimento logo que chegar ao local.

ENTRAR no local adotando procedimentos padrão de atendimento, apenas ressaltando que se a Chave Geral for do lado de fora da área gasada, deve ser desligada, mas se for do lado de dentro, não deve ser desligada para evitar faíscas; usar linha de proteção ao adentrar no local. Em locais confinados, cuidado com explosões ambientais, que podem ser evitadas ventilando o local ( utilizar o ventilador/exaustor das viaturas introduzindo sua manga no ambiente, nunca usar eletrodomésticos) ou saturando o ambiente com um agente extintor (C02, PQS ou água em forma de neblina).

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EXPLORAR com cuidado as partes baixas do local (chão, porão), pois o gás tende a acumular-se nessas regiões; a vítima provavelmente estará intoxicada (eventualmente queimada), o que prioriza a remoção para local seguro e ventilado antes de qualquer outro procedimento de resgate. CONTROLE DE VAZAMENTO DE GLP COM FOGO CORTAR a fonte do gás (fechar o registro) dos recipientes e depois realizar a extinção. VAZAMENTO DE GLP APÓS EXTINÇÃO DO FOGO FECHAR as válvulas e registros para cortar o fluxo de gás. Nos casos em que não for possível fechar os registros, estrangule a tubulação (desde que seja de pequeno diâmetro ou de cobre). PROCEDER continuamente a Proteção de Salvados, verificando se não sobraram para trás faces de incêndio escondidos no forro, atrás de móveis, etc; e nem vazamentos de GLP. REMOVER todo o material que não for atingido, principalmente recipientes inflamáveis para local seguro. Os cilindros devem ser mantidos em posição vertical o tempo todo. RETIRAR todas as pessoas do local e amplie a área de isolamento se perceber o aumento de pressão interna do cilindro ( aumenta o ruído da válvula de alívio ou aumenta o volume do fogo). DISPERSAR o gás na atmosfera se não puder fechar o fluxo de gás, de modo que não atinja a concentração dentro da faixa de explosividade.