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Módulo 3 – Justiça Restaurativa e Práticas Restaurativas A Responsabilização sob o viés restaurativo Instrutores: Ana Terra, Caio, Giselle e Lucas Monitores: Nayara; Maria Elisa; Francine

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Módulo 3 – Justiça Restaurativa e Práticas

Restaurativas

A Responsabilização sob o viés restaurativo

Instrutores: Ana Terra, Caio,Giselle e Lucas

Monitores: Nayara; Maria Elisa;Francine

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O que aprenderemos:

1. Responsabilização jurídica e objetiva – ECA – Lei 8069/90

2. O Adolescente e a responsabilidade subjetiva

3. A Responsabilização no paradigma restaurativo

4. A Justiça Restaurativa favorece a responsabilização jurídica e subjetiva

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1 - Responsabilidade jurídica e objetiva segundo o ECA – lei 8.069/90

• Os adolescentes não são responsáveis criminalmente como os

adultos, mas respondem pelos atos infracionais cometidos na

medida de sua capacidade, ou seja, enquanto pessoas em

desenvolvimento.

• Para o Direito, a inimputabilidade do adolescente não significa

impunidade. Por isso, estabeleceu-se um sistema de

responsabilização juvenil, por meio do Estatuto da Criança e do

Adolescente e das medidas socioeducativas.

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Processo de Responsabilização

Jurídica do Adolescente

Concepção de Socioeducação = sanção/punição + promoção social

Medida socioeducativa –

caráter sancionatório +

efetivação direitos (escolarização,

saúde, etc.)

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Apesar dos ideais de promoção social e de efetivação de garantias, a noção de responsabilização do ECA é pautada na culpabilização e nos aspectos formais do processo. Na

prática, isso indica que os adolescentes, apesar da condenação e cumprimento da medida, muitas vezes não

se vêem como responsáveis por suas próprias escolhas, perpetuando o caminho da violência e da infração.

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2 – A Responsabilidade subjetiva segundo o olhar da psicanálise

• No aspecto subjetivo (que leva em conta o sujeito), o termo

responsabilidade está relacionado à capacidade de responder

pelas consequencias de seus próprios atos.

• Para a psicanálise, somos sempre responsáveis por nossa posição

subjetiva, independente do tempo de maturidade.

• Adolescência – momento de intensas transformações corporais e

psíquicas – no plano social demanda do adolescente uma

assunção desta posição subjetiva e emancipação (descolamento)

dos pais, constituindo suas proprias identificações.

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2 – A Responsabilidade subjetiva segundo o olhar da psicanálise

• Diante da irrupção das pulsões (sexualidade, escolhas

amorosas…), dos embaraços proprios desse tempo e das falhas

dos recursos simbólicos, o adolescente pode lançcar mão da

atuação.

• Por isso, a responsabilização implica em propiciar ao adolescente

um lugar de fala. Dizer sobre suas angustias, questões e motivos

pode vir no lugar da atuação.

• Ao falar de si o adolescente pode compreender o que lhe causa e

reelaborar suas posições subjetivas; suas atuações e escolhas. Por

isso, apostar na palavra é apostar no sujeito.

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2 – A Responsabilização no paradigma Restaurativo

• A responsabilização constitui um dos valores que sustentam as

práticas restaurativas, podendo, inclusive, ser considerada como

um dos objetivos destas práticas.

• A responsabilização se efetiva em três níveis: ofensor,

comunidade e em algumas situações, a vítima.

• As práticas restaurativas são baseadas no encontro entre os

envolvidos no conflito, no diálogo e na construção de uma

solução/acordo consensual.

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2 – A Responsabilização no paradigma Restaurativo

• Ao abrirem espaço para a fala e escuta, as práticas restaurativas

propiciam a responsabilização, não somente no aspecto da

reparação, mas também no aspecto subjetivo, possibiliando ao

adolescente ter contato com as consequencias de seus atos.

• Da mesma forma, a metodologia restaurativa acolhe a história de

cada sujeito, bem como os pontos de singularidade do caso, o

que também favorece o processo de responsabilizacão.

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