Módulo Formação Humanística 1

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    MDULO FORMAO HUMANSTICA

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    Programa - Filosofia do Direito1 O conceito de Justia. Sentido lato deJustia, como valor universal. Sentido estrito deJustia, como valor jurdico-poltico.Divergncias sobre o contedo do conceito.

    2 O conceito de Direito. Equidade. Direito eMoral.

    3 A interpretao do Direito. A superao dos

    mtodos de interpretao mediante puroraciocnio lgico-dedutivo. O mtodo deinterpretao pela lgica do razovel

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    Filosofia do Direito

    Filosofia. Conceito. Natureza. Origemexistencial e Histrica

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    Dogmtica e Zettica

    segurem esse ladro!

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    FILOSOFIA : Etimologia

    Philo= aquele que tem sentimento de amizade,de amor fraterno

    Sopha= sabedoria

    Filosofia = disposio interior de quem estima osaber; deseja, procura e respeita o conhecimento

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    FILOSOFIA : Origem Histrica Os historiadores indicam que a Filosofia surge com os Milsios na passagem do sc. VII

    para o sc. VI a. C. (Tales, Anaximandro e Anaxmenes), especialmente com Tales de

    Mileto (624-545), e a preocupao de estudar uma cosmologia, conhecimento racionalda ordem do mundo ou da natureza. Para Tales, o princpio primordial do qual tudoderiva (arch) a gua, matriz da vida (sementes, alimento) e sobre a qual a Terra flutua

    Acredita-se que o termo Filosofia tenha sido cunhado por Pitgoras de Samos (570-500) ao definir que compareciam aos Jogos Olmpicos 3 tipos de pessoas: oscomerciantes, para satisfazer a prpria cobia; os atletas e artistas, para competir esatisfazer com os louros sua vaidade e os espectadores, que como os filsofos no se

    movem por interesse financeiro nem dispe de seu conhecimento para vencercompetidores, mas pelo desejo de observar, avaliar, refletir e conhecer . Para Pitgoras,o arch no estava num elemento fsico como para os Milsios, mas sim no nmero,elemento essencial da realidade (no mera abstrao), coincide com a matria, dotadode dimenso espacial e se manifesta na justia, nos astros, na msica, na reencarnao

    etc.

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    FILOSOFIA: Origem Existencial

    A Filosofia surge quando alguns pensadoresgregos se do conta de que a verdade domundo e dos humanos no deveria ser algo

    secreto e misterioso, revelado apenas apoucos iniciados por divindades, ao contrrio,poderia ser dado ao conhecimento de todos,

    por meio das operaes mentais do raciocnio,e serem transmitidos por meio da linguagem.

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    Tradio Oriental x Milagre grego

    Porm, os gregos imprimiram mudanas qualitativasoriginais:

    1.Os mitos gregos j aparecem antropomorfizados;

    dotados de racionalidade nas narrativas sobre a origem dascoisas (trabalho, leis, a moral)

    2.O conhecimento foi transformado de um saber prtico

    numa cincia (conhecimento racional, abstrato e universal)Calcular e contarmatemtica, aritimtica e geometria

    Prticas astrolgicas de predioastronomia

    Prticas mistico-curandeiras

    medicina

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    Tradio Oriental x Milagre grego

    3. A organizao social deixa de se basear nas formastradicionais de autoridade (chefe de famlia, sacerdote,lder guerreiro e suas linhagens genealgicas) para se

    basear na polis(cidade organizada por leis e instituiespblicas) nas quais se separava o poder pblico do poderprivado e nas quais se criava a idia de lei e justia comoexpresso da vontade coletiva pblica

    4. Os gregos criam a idia de Razo (logos),pensamento que segue regras universais

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    DO MITO A FILOSOFIA

    mthos = do verbo mytheyo (conversar, narrar, contar, anunciar,nomear) designa o ato de narrar em pblico algo que reputa-se verdadeiropela autoridade do narrador (poeta), que testemunhou ou teve revelado(por deuses) os acontecimentos.

    A mitologia grega narra cosmogonias e teogonias, profundamenteentranhadas no modo de pensar e se organizar da sociedade (configuram aviso de mundo dos indivduos), forjada ao longo da tradio com apelo aosobrenatural, ao mistrio e ao sagrado.

    EX.: Homero (sec. IX a.C.) e Hesodo (sec. VIII a.C.)

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    DO MITO A FILOSOFIA

    Passagem do mthos ao logos Longo processo de fermentao deidias (secularizao das explicaes mticas e naturalistas) que culmina

    num salto de racionalidade propcio para o surgimento da Filosofia.

    A rigor, a filosofia, percebendo as contradies e limitaes dos mitos foireformulando e racionalizando as narrativas mticas, passou a pretenderexplicar o por que das coisas

    patamar de racionalidade (interrogao e problematizao) capaz de criarcampos de investigao como a Cincia, a tica, a Poltica, a Esttica, oDireito, a Metafsica todos os saberes englobados pela Filosofia

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    FILOSOFIA: Conceito

    Conceito - A filosofia o conjunto de saberesque nasce da necessidade de explicar o mundocom explicaes reais, sem amparo no

    mitolgico, no incompreensvel; derrubandoassim o mito para introduzir uma nova formade analisar e compreender o mundo e seus

    fenmenos.

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    FILOSOFIA ANTIGA

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    Filosofia Antiga: Periodizao1.Grcia Homrica Corresponde ao Perodo Mtico dos 400 anos narrados porHomero

    2.Grcia Arcaica (7 Sbios) Corresponde ao Perodo Pr-Socrtico oucosmolgico. Formao das principais Cidades-Estado (Invases dricas entre 900e 750 a.C.) nas quais passa a predominar o comrcio e o artesanato e nas quais associedades governadas por monarquia divina e a aristocracia rural e militarentravam em crise

    3.Grcia Clssica Nos sculos V e IV a.C. at o incio do sculo III a.C. Progressivasecularizao da poltica. Desenvolvimento da democracia, apogeu de Atenas at aGuerra do Peloponeso. Corresponde aos perodos Socrtico (antropolgico) esistemtico

    4.poca Helenstica e Greco-Romana Comea em meados do sc. III quando aGrcia sucumbe dominao de Alexandre, o Grande da Macednia, e, a seguir,Romana (at o sculo VI d.C.). Corresponde consolidao do perodo sistemticoe sua pulverizao entre seus ramos tica, metafsica, gnosiologia, lgica etc.

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    Filosofia Pr-Socrtica Escolas Jnicas cidades da Jnia (sia Menor): Interessa-se pela Physis e

    os elementos da Natureza

    Tales (624-545), Anaximandro (610-547), Anaxmenes (585-525), de Mileto Herclito de feso (540-480)

    Xenfanes, de Colofon (580-480)

    Escolas Itlicas cidades do sul da Itlia e Siclia.Caracteriza-se por umaviso mais abstrata, menos naturalista Pitgoras (570-520) e Melisso (?-444) de Samos

    Alcmeon e Filolau de Crotona

    rquitas, de Tarento Parmnides (?-500) e Zeno (?-450) de Elia prenncio da lgica e da

    metafsica

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    Filosofia Pr-Socrtica

    Segunda fase Pr-Socrtica chamada de

    pluralistaAnaxgoras de Clazmena (500-428)

    Empdocles de Agrigento (?-450)

    Leucipo e Demcrito (460-370) da Abdera (Trcia)

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    Filosofia Pr-Socrtica

    O perodo pr-socrtico buscava entender

    racionalmente a origem e as transformaesocorridas na natureza ao longo do tempo paratambm dessa forma entender o homem

    (1) A Causalidade o meio pelo qual se buscaexplicao racional para todas as coisas. Como o

    raciocnio no pode se perder em causas anterioresat o infinito, busca-se uma causa primeira;

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    Filosofia Pr-Socrtica(2) o Archera, pois, o princpio que sirva de ponto de partida para o processo

    racional de criao e transformao das coisas (elemento primordial): Para Tales de Mileto, o archera a gua (hydor) da qual tudo o mais evolui Para Anaximandro o archera o infinito, peiron. Para Anaximenens era o ar

    (pneuma), elemento invisvel que permeia Para Herclito, o archera o fogo como metfora do devir, estado de fluncia

    e mutao contnua e eterna do Ser.

    Para Demcrito, o archera o tomo Para Empendocles, o archeram os 4 elementos primordiais (terra, fogo, gua

    e ar) Para Pitgoras, o arch era o nmero permitindo a elaborao de um ideal de

    ordem, de racionalidade (logos) e harmonia

    Para Parmnides 0 arch o Ser (t on, on), uno, homogneo, imutvel,eterno, indivisvel, completo e perfeito, alcanvel apenas pela verdade universal(altheia), jamais pelas opinies (doxa) superficiais, provocadas pela percepoilusria dos nossos sentidos

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    Filosofia Pr-Socrtica

    (3) Phsys o princpio natural de onde se gera todas as

    coisas (=fazer surgir, fazer brotar, fazer nascer); causaprimordial (arch) da existncia de todos os seres esuas transformaes. Somente pode ser conhecida pelopensamento (e no como as coisas j existentes,conhecidas pela percepo sensorial)

    A Physis a natureza tomada em sua totalidade (princpio

    primordial eterno e imutvel), mas d origem aos seres(coisas fsicas) mortais e em contnua transformao(knesis)

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    Filosofia Pr-Socrtica(4)Kosmos o perodo marca a passagem da cosmogonia para a

    cosmologia, ou seja, a ordem estabelecida por certos princpios e leis

    racionais que organizam o mundo natural, em oposio ao kaos.

    (5) Logos - a racionalidade do mundo que o torna compreensvel pelarazo humana (logos). A palavra polissmica e tem vrios significados(contar, colher, organizar). Para Herclito o discurso decorrente darazo, argumentativo, em que as explicaes so justificadas e sujeitas crtica (no-dogmtico). Tambm pode ser a condio do entendimento eda cognoscibilidade do real, este mesmo dotado de racionalidade prpria(a realidadade tem um logos)

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    Perodo Socrtico

    Filosofia e Polis - A passagem do mito razo reflete uma srie detransformaes polticas, econmicas e sociais.

    Com a primazia do comrcio urbano, expandem-se os valores devirtude da aristocracia (aret=excelncia, superioridade) para

    todos os demais cidados, como virtude cvica, que passam atambm partilhar o poder (democracia)

    A polis como princpio de afirmao do homem livre e apto a

    decidir sobre os assuntos pblicos, aperfeioa o logos pois criaoracional dos homens, capazes de criar convenes e julg-las.

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    Perodo Socrtico

    O perodo socrtico ou antropolgico (objeto de estudo passa dametafsica para o homem em si) foi marcado:

    Pela democracia na poltica dapolis, dando direito participao diretano governo, na elaborao das leis nas Assemblias (ekklesia), e ainda naeducao grega (redirecionando a formao para o bom cidado,respeitoso das leis e versado nas artes da oratria persuasiva).

    Na igualdade dos cidados (euptridas) perante s leis isonomia e naigualdade para falar isegoria. Inexistia entre os demais setores sociais(mulheres, metecos, xenos e escravos)

    No sculo V a. C. a deliberao das leis calcada no logos, na palavra-dilogo, da valorizar-se a educao da retrica e da persuaso dadapelos sofistas

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    Sofstica

    Sofistas So os primeiros filsofos do perodo socrtico (meadosdo sc. V). Sua antropologia questiona tanto os mitos religiososquanto os ensinamentos cosmologistas ambos cheios de erros,contradies e inteis para a vida naplis.

    Ensinamentos baseados na arte da argumentao e persuaso

    (Retrica e Eloqncia) 1s advogados Protgotas de Abdera: o homem a medida de todas as coisas

    Grgias de Leontini negava a existncia do Ser ou afirmava suaincognoscibilidade; relativiza a moral, admitindo o hedonismo e o utilitarismo

    particularista. A moral passa a ser lei racional do agir humano (na vida terrena) Iscrates de Atenas

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    Sofstica

    As prticas culturais existiam em funo de convenes ounomos", e que a moralidade ou imoralidade de um ato no

    poderia ser julgada fora do contexto em que ocorreu. Tal posiolevou-os a serem perseguidos, inclusive, pelos filsofos gregos.

    Relativizao prtica da verdade - so os primeiros a romperemcom a busca pr-socrtica por uma unidade originria (physis)

    Ensinamentos baseados em estratgias de argumentao epersuaso (Retrica) 1s advogados

    Protgotas de Abdera: o homem a medida de todas as coisas

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    Sofstica

    Os sofistas estabelecem oposio entre natureza e lei (physis Xnomos), poltica ou moral, considerando a lei como fruto

    arbitrrio, interessado, mortificador, mera conveno, eentendendo por natureza, a natureza humana sensvel, animal,instintiva.

    Crtica ao direito posto, contingente e seu discurso de natural(fundado na natureza racional dos homens). O verdadeirodireito natural o da natureza sensvel, animal, passional o

    direito do mais forte / de quem detm o poder

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    Sofstica

    no verdade que a submisso lei torne oshomens felizes, pois grandes malvados,mediante graves crimes, tm freqentemente

    conseguido grande xito no mundo e, alis, aexperincia ensina que para triunfar no mundo,no mister justia e retido, mas prudncia ehabilidade

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    Scrates (470-399)

    Sem negar a existncia de coisas relativas, buscava verdadesuniversais e necessrias. Preconizavam a moral como normauniversal de conduta.

    Como os sofistas opunha-se ao ensino antigo (guerreiro bom-belo) e tambm aos cosmologistas pois que a variedade entre

    suas idias no figuravam caminho seguro para o conhecimentoda verdade

    Scrates concilia o ideal de Justia absoluta com observncia

    das normas postas. A obedincia decorre da transmisso doconhecimento verdadeiro, conducente aos princpios da Justia

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    Scrates

    Poderamos conhecer a arte de melhorar a

    qualidade dos calados se noconhecssemos os sapatos?

    Poderamos conhecera arte de melhorar o

    prprio homem se no soubssemos quem

    somos?

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    ScratesPropunha:

    O conhecimento de si (dos homens, antropos) antes do conhecimentoda natureza e das tcnicas de persuaso, da ocupar-se da ao, docomportamento, dos valores, crenas e idias (morais e polticas)

    A filosofia volta-se para definir as virtudes morais(do indivduo) e polticas(do cidado)

    A definio da essncia das coisas, seu conceito, obtido pela reflexoracional (inteligibilidade do conhecimento verdadeiro, aletheia) e nopela experincia sensorial, inconstante, traioeira, que forma a meraopinio (doxa)

    Mtodo da pergunta Maiutica e da ironia que ajudam ao indivduodescobrir a verdade

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    Filosofia X Sofstica

    Scrates dizia que os Sofistas no eram filsofos, pois noamavam a sabedoria, o conhecimento, nem respeitavam averdade j que defendiam qq idia, se fosse vantajoso.

    Os sofistas aceitavam a validade das opinies e daspercepes sensoriais, sobretudo na formao de argumentospersuasivos. Scrates as considera fonte de erro, falsidade,formas imperfeitas do conhecimento por no alcanarem a

    verdade

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    Plato (428-347)

    Plato resolve o impasse entre Parmnides e Herclito dividindoo mundo das coisas, mutvel, ilusrio, contraditrio e submetido nossa experincia sensvel (e que no deixa de pertencer ao Ser,ainda que seja, segundo Plato, um falso Ser) e o mundo dasidias ou das formas inteligveis e essenciais, superior, verdadeiro,

    que deve ser buscado pela filosofia (ontologia), atravs doprocesso de anamnese. Diferencia o sere o ente. O ser, o que fazcom que as coisas sejam (as idias) no se confunde com as coisas,estando separado delas.

    Repblica contemplando o mundo das formas inteligveis, cria umateoria sobre o justo que serve de gide para o Estado

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    Aristteles (384-324)

    Aristteles o mesmo o Ser e o pensar, i.., a estruturados seres reais e a estrutura do pensamento soexatamente a mesma, obedientes ambas s mesma leisfundamentais, logo, todo o Ser inteligvel.

    O saber se apresenta em graus desde as sensaes e a

    memria; passando para a experincia das coisas emconcreto (empeiria); elevando-se pela arte ou tcnica(tkhne), que consiste num saber fazer; at alcanar oconhecimento pleno das coisas, por meio da verdadeira

    sabedoria (sopha), composta pela cincia que demonstraas coisas a partir de seus princpios (epistme) e tambmpela apreenso intuitiva dos princpios (que no derivamde algo), efetuada pela mente ou pensamento (nos).

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    Aristteles

    Organizao sistmica do conhecimento Filosofia =conhecimento da totalidade dos conhecimentos,estudando o ser enquanto ser

    2 tipos de cincia: Tericas (superiores): matemtica, fsica, metafsica

    tratam do que necessrio e universal (+ profundas,examinam as causas)

    Prtic-empricas: medicina, tica, poltica tratamdaquilo que possvel e em casos particulares (examinamas manifestaes fenomnicas)

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    Aristteles

    Aristteles ultrapassa a diviso platnica para dizer que o mundosensvel do devir no se traduz em mera aparncia ou iluso, masparte do real cuja caracterstica justamente o estado deincessante mudana, e, para dar cabo dos fenmenos a originadoserige-se a fsica (physis) como cincia que estuda os seres vivos ou

    naturais cuja essncia o movimento.

    De outra parte, a essncia das coisas est nas prprias coisas. possvel estudar a essncia da totalidade das coisas, aindaindiferenciada, e tal o objeto da metafsica, cincia que investigado Ser enquanto Ser.

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    Aristteles

    4 Causas: a substncia de qualquer sercoincide com sua causa, mas umaacontecimento (evento) tem sempre 4 causas:

    1) material;2) Eficiente

    3) formal;4) final.

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    RACIONALISMO E EMPIRISMO

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    Conhecimento na Modernidade

    Boa parte de tradio filosfica da Idade Moderna assentou-

    se sobre o problema do conhecimento, mas rejeitando a buscaaristotlica pela essncia (substncia) das coisas, e, sobretudo,o conhecimento condicionado pela f.

    Em torno da questo da verdade, de como conhecemos?formaram-se duas posturas fundamentais: O Racionalismo (por meio de mtodos racionais fundadosem categorias inatas)

    e o Empirismo (por meio da experincia oriunda dapercepo)

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    RACIONALISMO

    Doutrina que privilegia o pensamento abstrato, lgico e formal

    da razo como nica via de acesso ao conhecimento seguro.No se nega o conhecimento obtido pelos sentidos, mas

    destitudo de valor cientfico, universal e necessrio

    Em geral se privilegia o raciocnio dedutivo do qual se parte deuma premissa universal, geral (verdade evidente) para aplic-las ou desenvolv-las em situaes particulares

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    RACIONALISMO

    Descartes (1596-1650)

    afirma que o conhecimento filosfico pode encontrar um caminhoseguro, tal como a cincia natural havia encontrado processosconfiveis:

    mtodo cognitivo reflexes filosficas construdas base deconcluses rigorosamente lgicas. O cientista no pode confiar nasprprias habilidades intelectuais, seu estudo deve ser estruturado em

    processos prprios, voltado objetivamente para si, indiferente a qualquerutilidade ou interesse conjunto de regras capazes de evitar o erro egarantir a validade do resultado (verdadeiramente evidente). O modelo o da geometria de Euclides: a deduo

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    RACIONALISMO

    Descartes (1596-1650)

    dvida metdica momento preliminar de todo conhecimento, nopara negar a existncia de qualquer verdade, mas remover ospreconceitos e equvocos da doxa. Deve-se duvidar de todas asafirmaes que no sejam intuitivamente evidentes ainda que a custa deum certo esforo em contrariar os hbitos mentais cotidianos.

    O senso comum afirma a realidade corprea sem necessidade deconfirmao, como uma evidncia intuitiva. Porm, tal percepes no

    resistem dvida metdica

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    Dvida Metdica

    Logo suporei que existe no um verdadeiro Deus, que fonte

    soberana da verdade, mas um certo gnio mau, no menos astuto eenganador que poderoso, que tenha empregado todo o seu engenhopara enganar-me. Pensarei que o cu, o ar, a terra, as cores, as figuras,os sons, todas as coisas exteriores que vemos no sejam mais que

    iluses e enganos de que ele se serve para surpreender a minhacredulidade.

    Permanecerei obstinadamente preso a esse pensamento; e se portal meio no estiver em meu poder alcanar o conhecimento de qualquerverdade, ao menos estar em meu poder suspender o meu juzo. Eisporque procurarei cuidadosamente no aceitar qualquer falsidade, eprepararei to bem o meu esprito contra as astcias desse grandeenganador que, por mais poderoso que seja, jamais poder me imporcoisa alguma.In: Ren Descartes. Meditaes Metafsicas

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    RACIONALISMO

    Descartes (1596-1650)- A totalidade do mundo composta por 2

    substncias:

    Res cogitans valorizada pelos racionalistas,equivale mente, ao pensamento, inextenso (semdimenso espacial), consciente de si (substnciapensante) e livre

    Res extensa valorizada pelos empiristas, equivaleao corpo; a matria, sempre extensa, semconscincia de si e mecanicamente determinada

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    RACIONALISMO

    Descartes (1596-1650)

    cogito, ergo sum O cogito indica a evidnciapela qual cadaindivduo reconhece a prpria existncia enquanto sujeito pensante,levando a 2 verdades que superam a dvida metdica:

    (1) o pensamento uma realidade em si;

    (2) o ser humano tanto res extensa (corpo, que reclama alimento, quese movimenta por fora de algo que lhe estranho) como tambm rescogitam (posto que a dvida um pensamento, quem duvida ,indubitavelmente, sujeito pensante, mente; alma e seus atributos: sentir,

    pensar) Ambas as substncias se encontrariam na glndula pineal nocrebro.

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    RACIONALISMO

    Descartes

    Do cogito ao conhecimento objetivo (do idealismo ao realismo)1) Introspeco exame da realidade no interior do pensamento ; 2) O juzo composto de ideias que sero verdadeiras ou falsas (a adequao e veracidade

    da ideia depende de suas qualidades intrinsecas); 3) uma ideia ser verdadeirana medida em que for evidente. Alm disso preciso que as ideias sejamrepresentaes de algo

    3 espcies de ideias Adventcias advm da experincia Factcias resultam da elaborao das ideias adventcias Inatas- independem da experincia

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    RACIONALISMO Spinoza (1632-1677)

    interpretao histrico-crtica da Bblia pantesmo (Deus imanentee no transcendente, ente que coincide com a natureza do mundo,no lhe antecedendo como criador)

    A substncia nica de tudo que (causa interna, monismo) deve ser

    Deus, livre (age por impulso da necessidade de sua natureza) eeterna; matria e esprito so apenas suas manifestaes(atributos=aquilo que a mente humana pode perceber dasubstncia)

    tica fundamentada pelo mtodo geomtrico as leis da natureza(paixes, ambies, prazer) condicionam o potencial de liberdade enos impedem de chegar felicidade

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    RACIONALISMO

    Leibniz (1646-1716)

    Em polmica com Dsecartes sustenta que a simples descrio dos mecanismosdo fenmeno (mecanicismo) no bastam para explic-lo. Tudo o que existe temuma causa final que define seu propsito e sua existncia

    As mnadas equivalem a elementos s do universo, unidades ontolgicas

    irredutveis da fora viva, espiritual e incorprea que constitui o fundamentoltimo da realidade.

    A conscincia no um ingrediente necessrio ao pensamento ( possvel ouviralgo mesmo dormindo, sendo capaz de acordar) e sensao ( possvel nomais notar um rudo com que se acostuma). possvel a percepo inconsciente

    (antecipao dapsique) A justia uma ideia clara e inata, cujo conhecimento dispensa a experincia. A

    vida em sociedade regula-se por princpios de direito natural. Este direito seriaproduto da eterna razo divina, a nica capaz de estabelecer as regrasadequadas para o convvio em sociedade

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    RACIONALISMO

    Hugo Grcio As verdades constitutivas doDireito Natural so obras da razo humana,anlogas s proposies da matemtica

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    RACIONALISMO E DIREITO

    Transpostas para o Direito tais teses idealistasdiro que o conhecimento jurdico no se datravs da experincia (vivncia da realidade),mas por princpios, normas ou categorias

    apreendidas previamente, racionalmente, pelosindivduos

    Hugo Grcio As verdades constitutivas do Direito

    Natural so obras da razo humana, anlogas sproposies da matemtica

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    EMPIRISMO

    A Experincia a base do conhecimento cientfico, s adquire-se conhecimento

    atravs da percepo do Mundo externo, ou ento do exame da atividade danossa mente, que abstrai a Realidade que nos exterior e as modificainternamente. Da ser o Empirismo de carter individualista, pois tal conhecimentovaria da percepo, que diferente de um indivduo para o outro

    A origem das Idias o processo de abstrao que se inicia com a percepo quetemos das coisas atravs dos nossos sentidos. Da no preocupa-se o Empirismocom a coisa em si (objetivismo); nem tampouco com a idia que fazemos da coisaatribuda pela Razo (Racionalismo); mas puramente como percebemos esta coisa,ou melhor dizendo, como esta coisa chega at ns atravs dos sentidos.

    Privilegia o raciocnio indutivo, segundo o qual de experinciasparticulares deriva um conceito geral ou mesmo universal

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    EMPIRISMO

    Locke (1632-1704) Inexistem ideias inatas e a noo cartesiana de verdades evidentes que

    precedem qualquer experincia, pois tudo aprendido com ela. Ao nascer amente humana uma tbula rasasobre a qual a prtica do mundo externo ea posterior reflexo do indivduo imprimiro as marcas do que denominamosconhecimento

    Todos os nossos pensamentos so reflexos daquilo que um dia percebemosatravs dos sentidos.

    Idias sensoriais simples idias de reflexo. A mente humana no inventanenhuma ideia, pois todos os seus contedos reconduzem a uma percepo.Apenas reelabora, numa abstrao crescente os dados que recebe doexterior

    Os sentidos s reproduzem a verdadeira propriedade das coisas quando

    referidas s qualidades primrias (extenso, peso, forma, movimento) e noas secundrias (gosto, cheiro cores, textura). H diretrizes ticas universalmente vlidas que decorrem do instinto natural

    do indivduo (vida, liberdade, propriedade, tolerncia), e que devem sersalvaguardadas e aperfeioadas pelo Estado

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    EMPIRISMO

    Berkeley (1685-1753) Imaterialismo - As qualidades objetivas da matria

    (extenso, forma, grandeza) so apenas umarepresentao da mente (os objetos materiais sexistem na mente de quem os percebe); seconseguimos nos mover nesse mundo de iluses s pela interveno de Deus

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    EMPIRISMO

    Hume (1711-1776)

    A experincia gera as impresses (simples ou complexas) e as idias delasretidas. Impossibilidade de conhecimento ideal prvio dos fenmenos, sendo a

    experincia a nica forma de apreenso dos contedos

    Sempre possvel aclarar, por via terica os conceitos de bem e mal, logo ouso da razo pode contribuir para a tica. Porm, quando analisamos ocomportamento dos homens a racionalidade conta pouco, pois eles seguem asregras de justia e de moralidade no com base em noes abstratas, massegundo um sentimento de sua utilidade coletiva. Assim, justo aquilo que se

    convencionou coletivamente como tal, com base na considerao emprica decertos comportamentos reais numa determinada situao e num dadomomento histrico, no se fundando num princpio eterno e universal

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    EMPIRISMO

    Hume (1711-1776)

    Quanto mais prximas das sensaes as ideias estiverem, mais ntidas elassero. Todo conhecimento vem dos sentidos, mas no passam de impresses.Temos que admitir que verdadeiramente no conhecemos nada

    As vezes, o pensamento nos leva a construir ideias que em nada correspondem realidade.

    O hbito pode nos levar a concluses equivocadas. O fato de uma determinadacoisa acontecer muitas vezes no quer dizer que tal coisa acontecer

    eternamente. A relao de causa e efeito est marcada no pensamento dosujeito; um hbito mental. No que se duvide de leis cientficas extradasmetodicamente ou indutivamente, mas apenas no temos condies deassegurar que a Lei ser eterna

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    EMPIRISMO E DIREITO

    Exclui a possibilidade de conhecimento prvio d do direito,

    posto que este s se conhece na experincia da realidadejurdica os costumes , por meio da percepo subjetivasobre

    Assim como o racionalismo, o empirismo refora a viso de

    mundo individualista burgus, sendo que o idealismoracionalista fundou o civil law continental e o segundodesdobrou-se no common law anglo-saxo

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    KANT (1724-1804)

    Racionalismo e Empirismo O Racionalismo constri a cincia

    tipicamente com juzos analticos (explicao dedutiva a partir de algumaverdade evidente, portanto indiscutvel, embora nada acrescente aoprocesso cognitivo. Ex: um tringulo tem 3 lados); o Empirismo se valede juzos sintticos, (conhecimento que se acresce pelo resultado daexperincia, e por isso sempre dependente e posterior aquelaexperincia individual Ex.: O giz caiu; a lousa branca e plana)

    Kant prope o conhecimento fundado em juzos sintticos a priori (queunem a certeza e universalidade com a fecundidade cognitiva)

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    KANT (1724-1804)

    Universalizao do conhecimento - estrutura a priori formal e

    abstrata da razo, universal; condio de possibilidade do conhecimentoemprico (formas de sensibilidade: tempo e espao) e intelectivo(categorias do entendimento)

    Criticismo Porque o conhecimento condicionado por estruturas

    mentais preexistentes e porque a mente tem uma irrefrevel tendncia aespeculaes metafsicas, impe-se a anlise crtica dos fundamentosdo saber, que consiste numa tentativa da mente se analisar a si comonum tribunal onde juiz e ru so a mesma pessoa (a razo) para severificar como e quando se produz um conhecimento verdadeiro (seuslimites para alm dos quais se abandona qq pretenso de certeza)

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    KANT (1724-1804)

    Gnosiologia O ato cognitivo no uma adequao da mente

    ao objeto, mas so os esquemas mentais apriorsticos (universaise necessrios) que determinam o que podemos conhecer incognoscibilidade do supra-sensvel (no se conhece a coisa emsi (noumeno), s os fenmenos experimentais)

    Ex: imortalidade da alma; existncia de Deus; infinitude doUniverso

    Nunca seremos capazes de saber como as coisas so narealidade, s podemos saber como elas se mostram parans. O Mundo no tem ordem em si, a ordem quepercebemos produto da razo

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    KANT Razo Prtica

    Duas coisas enchem o esprito deadmirao e reverncia sempre novas ecrescentes, quanto mais frequentemente e

    demoradamente o pensamento nelas sedetm: o cu estrelado sobre mim e a leimoral dentro de mim

    Crtica da Razo Prtica

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    KANT Filosofia Moral Opondo-se a Rousseau, no existe bondade natural, Pornatureza, somos egostas, ambiciosos, destrutivos, agressivos, cruis, vidos deprazeres insaciveis e pelos quais matamos, mentimos, roubamos. Nosso corpo enossas emoes so feitos de apetites, impulsos, desejos e paixes. por isso que

    precisamos do dever para nos tornarmos seres morais, retomando a autonomia tica,para alm da iluso da liberdade como satisfao irracional de nossos interesses. Razo Prtica - A razo pura terica e prtica so universais, mas a 1 cuida darealidade exterior (segundo as leis de causa e efeito do reino da necessidade), j a 2cuida da realidade interior (segundo as leis da razo guiadas pela liberdade efinalidade). A razo prtica a capacidade de criar e leis morais baseadas naliberdade. Dever No imposio externa, mas expresso da lei moral interior, que por issorealiza nossa autonomia, revela nossa verdadeira natureza racional. Porm, o deverno se apresenta como um catlogo com contedos fixos de virtudes, mas como umaforma geral que deve valer para cada ao moral

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    KANT

    Imperativo Categrico Assim como a razo terica se universaliza em

    estruturas apriorsticas, tambm a razo prtica deve encontrarcomportamentos que a conscincia considere certos (que se impemimperativamente) independentemente das situaes especficas em que sedesenvolvem (ultrapassa o caso concreto, a utilidade ou o interessepessoal)somente as aes (mximas) que puderem ser universalizadas sojustas e boasAge de tal modo que a mxima da tua vontade possa valer sempree ao mesmo tempo como princpio de uma lei universal

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    KANT

    Imperativo Categrico 3 mximas do dever moral

    1. Age como se a mxima de tua ao devesse ser erigida por tua vontade em leiuniversal da Natureza;

    2. Imp. Prtico: Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tuapessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio;

    3. Imp. Universal: Age como se a mxima de tua ao devesse servir de leiuniversal para todos os seres racionais.Os imperativos categricos no nos dizem para praticarmos esta ou aquela aodeterminada, mas nos dizem para cumprirmos as trs mximas morais. isto quedetermina por que uma ao moral dever ser sempre honesta, justa, veraz,

    generosa, ou corajosa. Ao agir, devemos indagar se nossa ao est emconformidade com os fins morais, isto , com as mximas do dever

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    KANT

    Imperativo Categrico 4 casos

    1.No universal o suicdio (contraria a funo da natureza humana que desenvolver a vida);2.No universalizvel a mentira em benefcio e utilidade em benefcio

    prprio (porque tornaria impossvel qualquer promessa, todas cadas emdescrdito);3.No universalizvel negligenciar o aprimoramento de seus donsnaturais em funo do prazer e do cio (o ser racional quer o

    desenvolvimento das suas faculdades);4.no basta deixar de invejar, prejudicar o outro, se esse outro passadificuldades deve-se prestar assistncia (pois ningum est livre deprecisar de outrem)

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    KANT

    - Vontade e Liberdade A vontade, se dominada pela inteligncia

    ser conduzida por meio dos imperativos categricos (a lei moraldetermina imediatamente a vontade).- A abstrao dos interesses e circunstncias para a

    universalizao dos imperativos categricos funda-se na boa-

    vontade.- Paz perptua - O mundo regido pelas normas de direito natural

    sadas racionalmente dos imperativos categricos e seguidaspelos Estados, conduziria a uma sociedade universal regida poruma legislao universal

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    FILOSOFIA DO DIREITO

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    Filosofia do Direito: Grcia

    Filosofia do Direito OBJETO daFilosofia, que, por isso mesmo podeser vislumbrada por seus maisdiversos mtodos

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    Filosofia do Direito: Grcia Concepo de Completude - O Direito abarca todos os aspectos da

    vida humana, especialmente em sua insero na sociedade. No sesepara da tica e da Poltica. Os gregos vangloriam-se de possuiruma percepo ntida da legalidade intrnseca, i.e., do dever deobedincia Lei estatuda, independentemente de estar prescrita .

    Ideal grego de ordem, harmonia e moderao princpio

    unificador das foras irracionais (caos) que constri a ordem(cosmo) gera a conscincia dos gregos em relao Lei comocondio da realizao do ideal tico.

    A Lei (nmos =aquilo que atribudo a algum numa partilha)- cone dademocracia substitui a Zeus (a Thmis ou a Dke), o rei ou o tirano.

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    CONCEITO DE JUSTIA

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    Aristteles Justia

    Justia(dikaiosne) = virtude integral (no apenas uma parte da

    virtude) + exigncia concreta da atuao harmnica Virtude (Habitus= disposio contnua e deliberada para agir equerer coisas justas) meio-termo racionalmente determinado,baseado no ponto de equilbrio do homem prudente

    Homem justo age conforme a lei e respeita a igualdadeuma vez que o transgressor da lei injusto, enquanto justoquem se conforma lei, evidente que tudo aquilo que seconforma lei de alguma forma justo: de fato, as coisas

    estabelecidas pelo poder legislativo conformam-se lei edizemos que cada uma delas justa"

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    Aristteles Justia

    Virtude mais completa

    sempre relacional; inserido numa relao com o outro, refervelpor meio da lei

    Somente a Justia entre todas as virtudes o bem de um outro, vistoque se relaciona com o nosso prximo, fazendo o que vantajoso a umoutro, seja um governante, seja um associado. Ora, (...) o melhor doshomens no o que exerce sua virtude para consigo mesmo, mas para

    com um outro, pois difcil tarefa essa

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    Aristteles Justia

    Justia Distributiva - a que se manifesta nas distribuies de

    honras, de dinheiro ou das outras coisas que no so divididas entreaqueles que tm parte na constituio (pois a possvel receber umquinho igual ou desigual ao de um outro)

    O justo implica, portanto, obrigatoriamente ao menos quatro termos: aspessoas para as quais de fato justo, e que so duas, e as coisas em que semanifesta, que so igualmente em nmero de duas. (...) se as pessoas noso iguais no recebero partes iguais

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    Aristteles Justia

    Justia Comutativa - a que deve presidir s trocas,

    desempenhando um papel corretivo nas transaes entre indivduos.

    Uma permuta justa quando os dois termos trocados tm o mesmovalor. Por trs da equivalncia dos objetos trocados, reconhecemos aigualdade das pessoas que trocam porque cada um deles tem osmesmos direitos

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    Aristteles Justia

    EquidadeO que faz surgir o problema que o eqitativo justo,porm no o legalmente justo, e sim uma correo dajustia legal.

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    Justia - RawlsReunio Liberdade (individual) + Igualdade (scio-econmica) =coexistncia de diferentes concepes de vida

    Posio Original/Vu da Ignorncia2 Princpios de Justia

    1)Toda pessoa tem igual direito a um projeto satisfatrio de direitos eliberdades bsicas iguais para todos e compatveis entre todos, tendo as

    liberdades polticas garantido o seu valor equitativo;2)As desigualdades socioeconmicas decorrem: a) de posies e cargosabertos a todos em condies de igualdade de oportunidades; b) derepresentarem o maior benefcio possvel aos menos privilegiados

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    CONCEITO DE DIREITO

    Viso Conjunta Cincia do DireitoViso Conjunta Cincia do Direito

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    Epistemologia JurEpistemologia Jurdicadica - caractersticas prprias do objeto e do mtodo decada cincia, investigando suas relaes e os princpios comuns ou diferenciais;gnosiologia; filosofia da cincia (estudo crtico dos postulados cientficos)

    Axiologia JurAxiologia Jur

    dicadica - estudo dos valores jurdicos, na base dos quais est a

    justia. Recebe, por isso, tambm as denominaes de Teoria dos valores jurdicos,Teoria do direito justo, Deontologia jurdica, Teoria da justia

    DogmDogmtica Jurtica Jurdicadica -- sistema de normas jurdicas positivadas e vigentes;Jurisprudncia Teoria dos Direitos Subjetivos: Toda "regra" se traduz, na prtica,

    pelo "poder" reconhecido a uma pessoa (privada ou pblica) para agir emdeterminado sentido nas relaes sociais

    Sociologia JurSociologia Jurdicadica -- tem por objeto o estudo do fenmeno jurdico,considerado como fato social. Direito como um ser

    jj

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    AcepAcepo antigao antiga - atribuio do que seu (suum cuique), baseado nas

    virtudes da justia, da eqidade e da prudncia, direito natural no sentido danatureza em si das coisas e dos homens e no na noo de direitosubjetivo. (Ex.: Antgona)

    AcepAcepo medievalo medieval (escolstica) Toms de Aquino inscreve o DireitoNatural entre as leis divinas dadas ao conhecimento humanoEm sociedades territorialmente pequenas e com homogeneidade cultural, asacralidade da tradio submetia inclusive a autoridade do chefe poltico,envolvendo todos pelo imaginrio normativo que naturalizado

    DIREITO NATURALDIREITO NATURAL

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    SScc XIII a XIVXIII a XIV Retomada da centralidade do Corpus Iuris Civilede justiniano glosadores

    SScc XV a XVIXV a XVI necessidade de sistematizao e atualizao do Corpus Iurerealidade presente comentadores; pandecistas SScc XVII a XVIIIXVII a XVIII jusracionalistas rompem com o Direito Romano e fundam um

    Direito baseado na razo Hugo Grocio, Hobbes, Leibniz, Puffendorf, Wolff,(vrios sistemas de Direito Natural que, no fundo repetem a tradio romanstica,afirmando descobrir regras universais a partir de critrios de evidncia,terminavam por afirmar como vlidas as regras fundamentais de sua cultura e/ouideologia)

    Destaque para os contratualistascontratualistas que fundam uma viso jurdica de mundo,estabelecendo o contrato na base explicativa da sociedade (no mais asverdades da tradio, ou a justificao das autoridades ou uma derivao

    espontnea da natureza humana)

    DIREITO NATURALDIREITO NATURAL

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    AcepAcepo Modernao Moderna leis naturais determinadas pelo mtodo racional (e

    no da f, dos costumes ou da natureza das coisas), dom atribudouniversalmente a todos os indivduos (razo subjetiva; interesse pessoalque deve ser legitimado).A evoluo da filosofia do direito na modernidade traduz-se num longo processode independncia entre teorias do direito e concepes de moralidade, atculminar no positivismo epistemolgico

    o Direito progressivamente trasladado do campo da cultura e doscostumes para o campo da poltica (a necessidade de universalizaodeveria romper com idiossincrasias culturais)

    DIREITO NATURALDIREITO NATURAL

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    UniversaisUniversais quer pelo mtodo da experincia, quer pelo mtodo do

    inatismo das ideias, quer ainda pela razo prtica kantiana se estabelecemconceitos universais que fundam os direitos dos indivduos

    AbsolutosAbsolutos no se relativizam diante de circunstncias polticas ouculturais, impedindo qq legitimao do absolutismo

    ImutImutveisveis contedos vinculados a um ideal de justia (kosmo; Deus;razo) que prevalece sobre quaisquer disposies formais da legislao emvigor

    DIREITO NATURALDIREITO NATURAL

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    Vitoriosa a revoluo burguesa contra o antigo regime, um jusracionalismomuito livre transformava-se em um elemento de instabilidade, pois poderiam sebuscar princpios do direito natural sobrepostos s regras do direito positivoestatal.

    Com isso, o jusnaturalismo de combate que animou os revolucionriosprecisava ser convertido em um jusnaturalismo conservador, que justificasse aordem de poder instaurada pela revoluo. Somente ao legislador cabia arevelao do direito natural

    DIREITO NATURALDIREITO NATURAL

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    Em suas diversas variaes, tornou-se a concepo dominante no direitono decorrer do sculo XIX e ainda hoje domina o senso comum tericodos juristas. Para manter essa posio hegemnica por tanto tempo,esse positivismoteve de modificar-se vrias vezes, incorporando parceladas crticas levantadas

    Na medida em que adota o discurso cientfico, o positivismo aparentemente se

    liberta do jusracionalismo, pois enquanto este precisavajustificar racionalmentea validade das normas que seus tericos elaboravam, os positivistas percebemsua funo como a de apenas descrever o direito vigente. Eles simplesmenteabandonam o problema da legitimao, por entender que se trata de umaquesto filosfica e no cientfica.

    DIREITO POSITIVODIREITO POSITIVO

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    MMtodotodo transformao do direito numa cincia fsico-matemtica, fundada na evidncia fenomnica, (juzo de fato esfera do ser). A norma vlida quando existe num ordenamentoreal (definio estritamente factual). Logo, define-se o direitoexclusivamente em funo de sua estrutura formal (considerandocomo o direito se produz), prescindindo do seu contedo oumatria.

    SeparaSeparao Filosofia X Cinciao Filosofia X Cincia -- Foi-se consolidando paulatinamente

    a ideia de que a razo no era capaz de discernir o justo do injusto,mas tratava-se de um instrumento capaz apenas de discernir overdadeiro do falso

    DIREITO POSITIVODIREITO POSITIVO

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    TeoriaTeoria -- subdivide-se em concepes que estabelecem o primado da Lei,como comando coativo e imperativo, e organizada de modo unitrio,

    sistemtico e interpretada de modo lgico-dedutivo, concretizada por meiode um conjunto de teorias.

    Teoria coativa do direito coao meio (elemento estrutural da norma) peloqual a norma se faz valer. O direito regula a fora coativa, logo, destinado aos

    rgos estatais que o aplicam. Teoria da lei como fonte do direito Prevalece a leicomo fonte hierarquicamente superior s demais (monoplio estatal na produodo direito). Teoria imperativa da norma jurdica A norma jurdica tem, pordefinio impor um comando proveniente de algum investido de autoridade edestinado a um cidado. Passou caracterizar-se como um imperativo hipottico

    (ao imposta mediante uma condio) destinado aos juzes. Teoria doOrdenamento Jurdico (coerncia e completude) Caracteriza-se pela unidadeformal, coerncia e pela completude (certeza do direito pelo dever deinafastabilidade da jurisdio e subordinao do juiz lei). Teoria da interpretao

    lgica ou mecanicista utilizao de meios puramente lgico-dedutivos,

    DIREITO POSITIVODIREITO POSITIVO

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    IdeologiaIdeologia -- modo de descrever os fatos e prescrever o direito(portanto, um juzo que tem por fim influir na realidade, no apenasconhec-la). Dever absoluto de obedincia lei (um fim em si), at asconcepes de valor instrumental da lei como um meio excelente pararealizar a ordem e a conformidade da vida social com um ordenamento

    jurdico, independentemente de seu contedo axiolgico.

    O discurso dogmtico torna-se transparente, pois gera uma cadeiasignificativa que remete o operador jurdico diretamente realidade.Porm oculta as condies de produo do sentido do discurso a"feitichizao do discurso" atravs dele, a lei passa a ser vista como leiem si, abstrada das condies de produo que a engendraram.

    DIREITO POSITIVODIREITO POSITIVO

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    No CommonCommon LawLaw, por mais que a autoridade do parlamento tenhasido afirmada, o direito comum, de matriz jurisprudencial

    continuou sendo hegemnico, mesmo que o direito legisladoganhasse espao em uma srie de mbitos do jurdico. Porm, talcomo no direito legislado o common law estatal, escrito epositivo ( inferido da jurisprudncia dos tribunais, a partir daleitura das suas decises).

    No CivilCivil LawLaw, a implantao dos Estados liberais envolveu umprocesso de reduo do direito lei, que erigiu ao status de fonte

    primria o direito legislado pelos parlamentos.

    DIREITO POSITIVODIREITO POSITIVO

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    Positivismo ExegPositivismo Exegticotico - limitao ao estudo da lei e do esclarecimentodo sentido correto de seu texto, relegando a um papel de fonte

    secundria o costume e a jurisprudncia; Predomnio da postura que implica a valorizao dos saberes prticos e avesso teoria e filosofia;

    No existe mtodo para identificar a literalidade, pois a percepo do

    sentido gramatical imediato (evidncia gramatical), A boca que diz a lei - logo a aplicao do direito uma operaoobjetiva, restando ao juiz apenas extrair das normas as consequnciaslogicamente adequadas. A sua atividade, portanto, no criativa masdescritiva, no valorativa mas puramente racional

    DIREITO POSITIVODIREITO POSITIVO

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    Escola HistEscola Histricarica Para Savigny, o direito no era revelado ao legislador pelarazo, mas que deveria ser extrado do esprito do povo (Volksgeist)

    o Estado era fruto da necessidade humana de haver um limite para a

    arbitrariedade de uns contra os outros, limite este que deveria ser estabelecidopela lei do Estado. Por isso, os juzes deveriam interferir nos conflitos como terceiros imparciais,

    para determinar em que limite as liberdades de uns cederiam s liberdades dosoutros e, para evitar que os juzes agissem de forma arbitrria, existia algo

    objetivo, independente e distante de toda convico individual: a lei. Interpretao reconstruo do contedo da lei. O intrprete deve colocar-seno ponto de vista do legislador e, assim, produzir artificialmente seupensamento. Insere-se alm das interpretaes lgica e gramatical, a histrica(conhecimento das condies histricas para captar o pensamento da lei.), e,

    finalmente a sistemtica (o nexo que liga em uma grande unidade todos osinstitutos e regras jurdicas)

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    Jurisprudncia dos ConceitosJurisprudncia dos Conceitos Windscheid, Ihering, Puchta AJurisprudncia dos conceitos representou um importantssimo

    perodo de depurao do conhecimento jurdico, pois as rigorosaanlise conceitual que levou a cabo levou os juristas da poca acompreender melhor os conceitos com os quais trabalhavam,elaborando uma teoria composta por noes fundamentais

    para resolver um problema jurdico especfico, em vez de analisaro sentido literal da norma ou de buscar reconstruir a vontade dolegislador histrico, busca-se os conceitos que foram elaborados

    por meio do processo de anlise cientfica do ordenamentojurdico

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    Positivismo SociolPositivismo Sociolgicogico Holmes, Bentham, Pound, Geny, Duguit,Ehlich, Kantrowicz e Ihering. tentativa de separar poltica e moral do

    direito. Argumentos valorativos que normalmente organizam o discursotico e poltico foram substitudos por referncias puramente denticase conceituais.

    os juristas no deveriam projetar um direito ideal, mas descrever o

    direito efetivamente existente. Porm, diversamente do positivismolegalista que somente era capaz de enxergar o direito nos cdigos, opositivismo sociolgico buscou identificar o direito nas prprias relaessociais

    O principal argumento utilizado para possibilitar uma tal flexibilizaodos sentidos dominantes foi o teleolgico

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    PositivismoPositivismo NormativistaNormativista Hans Kelsen. Ao defender que a cincia dodireito deveria ser um conhecimento descritivo acerca do direitoexistente, Kelsen somente poderia enxergar nos discursossociologizantes uma espcie de ideologizao da teoria jurdica

    Kelsen se dedicou a elaborar um discurso puramente normativo, em queos valores polticos e ticos fossem deixados em seu devido lugar: napoltica e na tica

    Estrutura: Pirmide - a norma superior no determina completamente ocontedo das normas inferiores, mas atribui competncia legislativa aum determinado agente, que deve complementar o direito, mas semextrapolar os limites de forma e contedo definidos pelas normas

    superiores Interpretao: Moldura

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    DIREITO ALTERNATIVODIREITO ALTERNATIVO

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    O Direito alternativo como espO Direito alternativo como espcie da teoria crcie da teoria crticaticaDesde a tradio marxista, desenvolve-se uma reflexo sobre o

    Direito buscando compreend-lo integralmente, por meio dos seunexos profundos com a economia, com a poltica, com os valores, aideologia, a cultura, a religio, enfim, todos os fenmenos quecompem a totalidade da vida social

    Transpe as explicaes do Direito dentro do Direito positivo etambm as que o explicam alm do direito posto, mas limitam aapenas um fenmeno dentro dessa realidade ou baseado empressupostos idealistas Crtico por tentar descobrir os fios ocultos que ligam o Direito aomodo de dominao/explorao do capital

    DIREITO ALTERNATIVODIREITO ALTERNATIVO

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    O Direito alternativo como espO Direito alternativo como espcie da teoria crcie da teoria crticatica

    PachukanisPachukanis percebe que a explorao capitalista (diferente das anteriores) se dsempre segundo figuras jurdicas e no pela fora, fazendo com que o Estado agaranta de modo sistmico

    GramsciGramsci entende que o papel do Direito fundamental na hegemonia. O domnioque o capital exerce no se d apenas pela fora do Estado ou dos capitalistas, mastambm pela hegemonia no campo cultural, ideolgico, de valores. O Direito fazcom que a explorao seja naturalizada; ensina o explorado que teoricamente

    igual ao explorador, ocultando os mecanismos da explorao por meio de formasjurdicas, como o contrato

    BlochBloch pensa a Justia apontando para a transposio concreta do capitalismo

    DIREITO ALTERNATIVODIREITO ALTERNATIVO

    DIREITO ALTERNATIVODIREITO ALTERNATIVO

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    A Lei no esgota o DireitoA Lei no esgota o Direito o juiz deve assumir diante da lei umapostura crtica: Considerando-a injusta deve deixar de aplic-la,

    combatendo os mitos da neutralidade e imparcialidade (a lei no neutra,mas produto da classe dominante; o juiz aprecia a lei com sua pr-compreenso)

    Reconhecimento do Direito noReconhecimento do Direito no--estatalestatal -- instituinte negado,

    emerge do pluralismo jurdico, Direito paralelo e insurgente, que coexistecom o estatal.

    Uso Alternativo do DireitoUso Alternativo do Direito -- O institudo sonegado (positividadecombativa) seria a concretizao de direitos individuais e sociais

    conquistados. uma luta dentro do Direito j posto. O institudo relidoconfigura hermenutica renovadora das normas j existentes, utilizando ascontradies, ambigidades e lacunas.

    DIREITO ALTERNATIVODIREITO ALTERNATIVO

    DIREITO ALTERNATIVODIREITO ALTERNATIVO

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    O Direito oficial representaria expresso da classe dominante. O usoalternativo consistiria num modo de prosseguir a luta de classes, no

    pela revoluo nem sequer pela negao da legalidade, mas pelaexplorao de todas as potencialidades abertas pela ordem jurdicavigente. Aproveitar-se-iam as lacunas, contradies e imprecises doprprio sistema positivo para extrair solues mais favorveis aos

    explorados Perante a ordem jurdica, h assim que perguntar: at que ponto a

    injustia (violao dos princpios fundamentais de convivncia) docontedo pode ser motivo para o entendimento e a aplicao do direito

    posto?

    DIREITO ALTERNATIVODIREITO ALTERNATIVO

    DIREITO ALTERNATIVODIREITO ALTERNATIVO

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    No Brasil desenvolveu-se uma corrente mais radical. No se fala de usoalternativo do Direito, mas de Direito Alternativo que alude a existncia

    de um ordenamento paralelo ao hegemnico e que legitima oafastamento, a no observncia das normas desse direito

    Direito desviante da legalidade estatal, em nome de uma idia social deJustia perante a ordem dominante, o jurista no neutro. A lei deve

    ser rejeitada quando conduzir a um resultado desfavorvel s classesdominadas. Admite-se assim a deciso contra legem.

    DIREITO ALTERNATIVODIREITO ALTERNATIVO

    PPSS POSITIVISMOPOSITIVISMO

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    Marco HistMarco Histricorico

    o Ps-Guerra: Constitucionalismo redemocratizao; EBE;

    Marco FilosMarco Filosficofico

    o Reaproximao Direito Moral : reinsero da razo prtica na deciso;racionalidade dialgica, argumentativa e intersubjetiva; correo dasdecises vinculadas ao teste do debate pblico

    o Dignidade Humana: (Kant) vida e integridade fsica; mnimo existencial;direitos de personalidade

    o Razoabilidade relao racional entre meios e fins

    PPSS--POSITIVISMOPOSITIVISMO

    PPSS--POSITIVISMOPOSITIVISMO

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    Marco TeMarco Tericorico

    o

    Fora Normativa da ConstituiooExpanso da Jurisdio Constitucional

    oNova Interpretao e novo papel do intrprete

    PPSS--POSITIVISMOPOSITIVISMO

    NEOCONSTITUCIONALISMONEOCONSTITUCIONALISMO

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    Reformulaes trazidas pela invaso da Constituio

    Teoria da NormaAbertura das regras para princpios e seus critrios

    jurdico-procedimentais de ponderao e coerncia diante de suaestrutura aberta

    Teoria das Fontes - Novo papel de primazia dos princpios e suanormatividade revogadora do art. 4 LICC

    Teoria da Interpretao Assimilao de novas concepes tericas etcnicas interpretativas: Tpica; Nova Hermenutica; Teoria daArgumentao

    Aplicao direta da Constituio pela deciso judicial

    Aplicao Indireta com Controle de compatibilidade anterior

    Aplicao Indireta com Controle de finalidade posterior

    NEOCONSTITUCIONALISMONEOCONSTITUCIONALISMO

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    QUESTES

    DPU 2007DPU 2007

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    Conhecemos pouco dos sofistas. Em primeiro lugar, porque, comexceo de um sofista tardio, Iscrates, de quem temos as obras, no

    possumos seno fragmentos dos dois principais sofistas: Protgoras deAbdera e Grgias de Leontini. Em segundo, porque os testemunhosrecolhidos pela doxografia foram escritos por seus inimigos Tucdides,

    Aristfanes, Xenofonte, Plato e Aristteles , que nos deixaram relatos

    altamente desfavorveis nos quais o sofista aparece como impostor,mentiroso e demagogo. Esses qualificativos acompanharam os sofistasdurante sculos e a palavra sofista era empregada sempre com sentido

    pejorativo.

    Marilena Chaui. Introduo histria da filosofia dos pr-socrticos aAristteles. So Paulo: Cia. das Letras, 2002

    DPU 2007DPU 2007

    DPU 2007DPU 2007

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    Tendo o texto acima como referncia inicial, julgue os itens que se seguem.

    1 Desde o final do sculo XIX, tem-se observado uma reabilitao da

    sofstica. Historiadores da filosofia, a partir de ento, consideram ossofistas fundadores da pedagogia democrtica mestres da arte daeducao do cidado.

    Certo

    2 A sofstica uma arte e uma cincia. Alm de um modo de ensinar, eladesigna uma doutrina, tal qual a dos filsofos, diferindo da destes apenaspor seus desdobramentos prticos e por suas implicaes polticas.

    Errado

    DPU 2007DPU 2007

    DPU 2007DPU 2007

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    Muitas tm sido as explicaes das causas histricas para a origem dafilosofia na Jnia. Alguns consideram que as navegaes e as

    transformaes tcnicas tiveram o poder de desencantar o mundo eforar o surgimento de explicaes racionais sobre a realidade. Outrosenfatizam a inveno do calendrio (tempo abstrato), da moeda (signoabstrato para a ao de troca) e da escrita alfabtica (transcrio

    abstrata da palavra e do pensamento), que teriam propiciado odesenvolvimento da capacidade de abstrao dos gregos, abrindocaminho para a filosofia.

    Idem, ibidem.

    DPU 2007DPU 2007

    DPU 2007DPU 2007

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    Tendo como referncia inicial o texto acima, julgue oitem a seguir.

    3 A formao da plis, a cidade-Estado, a principaldeterminao histrica para o nascimento da

    filosofia.Certo

    DPU 2010DPU 2010

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    Considerando concepes tericas do empirismo e do racionalismo, julgueos itens que se seguem.

    191 Segundo o racionalismo, todo e qualquer conhecimento embasadona experincia e s vlido quando verificado por fatos metodicamenteobservados.

    Errado

    192 Segundo John Stuart Mill, o conhecimento matemtico fundamentado na experincia e a induo o nico mtodo cientfico.

    Certo

    DPU 2010DPU 2010

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    A respeito da filosofia antiga, julgue o prximo item.

    193 De acordo com os sofistas, o direito natural no se

    fundava na natureza racional do homem, mas, sim,na sua natureza passional, instintiva e animal.

    Certo

    1) Disserte sobre o tema Dignidade da Pessoa Humana DPH1313 Magistratura FederalMagistratura Federal 11 RegReg..

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    1) Disserte sobre o tema Dignidade da Pessoa Humana DPH,desenvolvendo necessariamente e na sequncia proposta, osseguintes tpicos:

    - DPH como concepo filosfica e moral;

    - Pessoa humana como sujeito de direito e objeto de direito(aporia?);

    - Marcos de maior repercusso na trajetria histrica dessetema;

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    QUESTO 1 - Discorra sobre a finalidade da pena como sano especfica do1313 Magistratura FederalMagistratura Federal 11 RegReg..

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    QUESTO 1 - Discorra sobre a finalidade da pena como sano especfica dodireito penal, abordando as principais teorias relacionadas ao tema, com nfasena doutrina de Kant

    Na teoria retribucionista de Kant, a imposio de pena tem exclusiva tarefa derealizar justia, devendo a culpabilidade do autor ser compensada com aimposio de um mal proporcional, a pena, como consequncia jurdico penal dodelito, encontrando fundamento no livre arbtrio como capacidade do homem de

    decidir entre o justo e o injusto.A pena destituda de qualquer funo utilitria de melhorar ou corrigir o homem,sendo aplicada somente pelo fato de a lei ter sido violada a lei. A justia retributiva lei inviolvel, um imperativo categrico. Logo, a penalidade teria como thelos aimposio de um mal decorrente da violao do dever jurdico, encontrando nestemal(violao do direito)sua devida proporo.

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    4) Os ensinamentos de Scrates foram fundamentais para o1515 Magistratura FederalMagistratura Federal 33 RegReg..

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    4) Os ensinamentos de Scrates foram fundamentais para odesenvolvimento da filosofia do Ocidente, apesar de ele no ter deixadonenhum escrito. Na verdade, tudo o que se sabe sobre sua pessoa, vida e

    pensamento fruto de depoimentos deixados por discpulos ouadversrios. Os historiadores da filosofia consideram, unanimidade, queos principais testemunhos so fornecidos por Plato e Xenofonte, que oexaltaram, e por Aristfanes, que o combate e satiriza.

    Destaca-se, por sua relevncia o relato do julgamento de Scrates feito porPlato, tido pelos estudiosos como bastante fiel aos fatos. Num dos trechosdo relato de Plato, ao justificar sua absteno da poltica, afirma Scrates:

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    Atenienses: se h muito eu me tivesse voltado a poltica, h muito estaria morto e1515 Concurso Magistratura FederalConcurso Magistratura Federal

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    te e ses se u to eu e t esse o tado a po t ca, u to esta a o to eno teria sido til a vs nem a mim mesmo. Por favor, no vos doam as verdadesque vos digo; ningum pode se salvar quando se ope bravamente a vs ou a outramultido qualquer para evitar que acontea na cidade tantas injustias eilegalidades; quem se bate deveras pela justia deve necessariamente, para estar asalvo embora por pouco tempo, atuar em particular e no em pblico.

    Disso vos posso dar provas valiosas; no argumentos, mas fatos que o queacatais. Ouvi o que me sucedeu, para saberdes que no tenho, por medo da morte,transigncia nenhuma com a injustia e que por no ceder teria perecido (In:Scrates. So Paulo, Ed. Nova Cultural, p. 17, 1987)

    1 Onde se fundamenta o DIREITO e a JUSTIA?

    2 Ser justo traz riscos?

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    QUESTO 2 - tica TJTJ PB 2010PB 2010

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    Nesses Brasis que vi por a e so muitos , senti, com tristeza, que o maiorproblema da Instituio [Poder Judicirio] o elemento humano. Asgrandes mazelas do Poder Judicirio encontram, no homem, seu pontomais alto: despreparo intelectual, carter frgil, ausncia de autoridade,vaidades incontidas, personalidades deformadas, arbtrios exagerados, faltade bero, sobretudo... Para o exerccio da magistratura, o juiz devedesempenhar as suas funes com toda a alma, para que o seu trabalhoseja fecundo, s devendo ser destinado magistratura o que sejavocacionado... A magistratura reservada para uma elite qual cabe afuno de liderana em todos os setores da vida pblica, de modo a impedirque o Poder seja fracionado entre incompetentes, demagogos, incapazes,amorais, aticos, vaidosos, arbitrrios, venais, despreparados, elite essa

    que no se confunde com elitismo, porque o magistrado, como qualquerhomem, pode ter origem muito humilde, no precisando vir da altasociedade, porque a magistratura deve procurar recolher os melhores,os mais capazes, os mais habilitados.

    QUESTO 2 - tica TJTJ PB 2010PB 2010

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    Desembargador Antonio Carlos Alves Braga. Trecho da palestra proferida na possedos juzes substitutos aprovados no 152. Concurso de Ingresso na Magistraturade So Paulo, TJSP, 26/6/1986 (com adaptaes).

    Considerando o fragmento de texto acima como meramente motivador e tendoem vista a exigncia de a ao do magistrado ser fundamentada pela tica,disserte acerca da relevante funo da magistratura. Em seu texto, aborde,

    necessariamente e de forma fundamentada, os seguintes aspectos:< presteza no exerccio da jurisdio;

    < frequncia e aproveitamento em cursos de aperfeioamento, oficiais oureconhecidos;

    < humildade versus independncia;< eficcia do Cdigo de tica da Magistratura Nacional ante a ausncia de

    dispositivo sancionador

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    BIBLIOGRAFIA

    GONALVES JR., Jerson Carneiro et. al. (Coord.) Concurso daBibliografia Especfica

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    Magistratura: Noes Gerais de Direito e formao humanstica. So Paulo:Saraiva, 2011.

    GONZAGA. Alvaro de Azevedo et. al. (coord.) Vade MecumHumanstico. So Paulo: RT, 2011.

    MASCARO. Alysson Leandro. Filosofia do Direito. So Paulo: Atlas,2010.

    MERSIO. Patrik Maia. Noes Gerais de Direito e FormaoHumanstica conforme a resoluo n 75 do CNJ. Rio de Janeiro: CampusElsevier, 2010.

    PACHECO. Antonio Marcelo. Formao Humanstica. Porto Alegre:Verbo Jurdico, 2011.

    ARISTTELES. Obra Jurdica. So Paulo: cone Editora, 1997.Bibliografia Geral

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    (Captulo V de tica Nicmaco)

    BARROSO, Luis Roberto. Curso de Direito Constitucional

    Contemporneo. So Paulo: Saraiva, 2009.JAEGER, Werner. Paidia: A formao do homem grego. So

    Paulo: Martins Fontes, 1995.

    MOREIRA. Eduardo Ribeiro. Neoconstitucionalismo. So Paulo:Mtodo, 2009.

    SARLET. Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e DireitosFundamentais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004.

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