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MÓDULO INTRODUTÓRIO

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Educação Profissional Básica paraAgentes Indígenas de Saúde

Módulo Introdutório

Brasília, 2005

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Brasil. Fundação Nacional de Saúde.Formação inicial para agentes indígenas de saúde: módulo introdutório /

Fundação Nacional de Saúde. - Brasília : Fundação Nacional de Saúde, 2005.50 p.

1. Saúde dos Povos Indígenas. 2. Capacitação em serviço. 3. Serviços comunitários de saúde. I. Título.

É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

Copyright © 2005Fundação Nacional de Saúde (Funasa)Ministério da Saúde

Editor:Assessoria de Comunicação e Educação em Saúde/Ascom/FunasaNúcleo de Editoração e Mídias de RedeSetor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bl. N, Sala 51170.070-040 – Brasília/DF

Distribuição e Informação:Departamento de Saúde IndígenaSetor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bl. N, Telefones: 0xx (61) 3314-6527/3314-634070.070-040 - Brasília/DF.

Tiragem: 5.000 exemplaresImpresso no Brasil/Printed in Brazil

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Apresentação

O programa de Formação inicial ora apresentado tem como objetivo valorizar, fortalecer e qualificar o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos Agentes Indígenas de Saúde (AIS) em todo o Brasil e propiciar àqueles que estão sendo contratados, novas bases para seu processo de formação e inserção na equipe de saúde que atua nos Dis-tritos Sanitários Especiais Indígenas (Dsei).

A estrutura curricular está organizada em módulos temáticos, sob os princípios da interdisciplinaridade e intersetorialidade, enfocando a promoção da saúde e prevenção das doenças e agravos de maior impacto epidemiológico entre os povos indígenas. Recomenda-se que o Módulo Introdutório, com 120 horas de concentração e 60 horas de dispersão seja o primeiro a ser aplicado, por introduzir o contexto das relações in-terculturais e suas implicações no processo saúde-doença e na mudança do perfil de morbimortalidade e a organização dos DSEI. O critério epidemiológico indica a escolha dos módulos subseqüentes. As competências e habilidades previstas no processo de formação serão desenvolvidas ao longo destes seis módulos.

O conceito de competência e habilidades que sustenta esta organização curricular é baseado em Zarifian (1999) que conceitua competência profissional como capacidade de enfrentar situações e acontecimentos próprios de um campo profissional, com iniciativa e responsabilidade, segundo uma inteligência prática sobre o que está ocorrendo e com capacidade de coordenar-se com outros atores na mobilização de suas capacidades.

Este conceito de competência está baseado na visão do trabalho como conjunto de acontecimentos, com forte dose de imprevisibilidade e baixa margem de prescrição, contrariamente ao que propõem os estudos clássicos sobre a organização e gestão do trabalho, identificados com o fordismo, o taylorismo ou o fayolismo. Tal acepção, por sua vez, implica a reconceitualização da qualificação profissional, que deixa de ser a disponibilidade de um “estoque de saberes”, para se transformar em “capacidade de ação diante de acontecimentos” (Zarifian, 1999).

Esta concepção de competência inclui uma série de sentidos, cujas definições também podem ser explicitadas:

• iniciativa: capacidade de iniciar uma ação por contra própria;

• responsabilidade: capacidade de responder pelas ações sob sua própria iniciativa e sob iniciativa de pessoas envolvidas nestas ações;

• autonomia: capacidade de aprender, formular, argumentar, defender, criticar, concluir e antecipar, mesmo quando não se tem poder para, sozinho, mudar uma realidade ou normas já estabelecidas. Pressupõe que a organização do trabalho admita que as ações profissionais transcendem as prescrições; porém, não é sinônimo de independência e sim de interdependência, entendida como responsabilidade e reciprocidade;

• inteligência prática: capacidade de articular e mobilizar conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, colocando-os em ação para enfrentar situações

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4 Fundação Nacional de Saúde

do processo de trabalho. Envolve tanto a dimensão cognitiva (saber), como a compreensiva (relacionar o conhecimento com o contexto), por isso, utilizam-se os termos articular e mobilizar ao invés de aplicar;

• coordenar-se com outros atores: capacidade e disponibilidade de estabelecer movimentos de solidariedade e de compartilhamento de situações e acontecimentos do trabalho, assumindo co-responsabilidade e fazendo apelo ético às competências dos outros;

• situações e acontecimentos próprios de um campo profissional: conjunto de eventos que demandam responsabilidade de trabalho e as maneiras singulares de aprender cada situação, de se situar em relação a elas e de determinar suas conseqüentes ações, nesse sentido, ultrapasse-se a noção de recursos humanos e de postos normativos de trabalho.

Assim, competência profissional inclui capacidades, atividades e contextos, tratando da combinação de conhecimentos, destrezas, experiências e qualidades pessoais usadas efetiva e apropriadamente em atos individuais e coletivos, como resposta às várias circun-stâncias relativas à prática profissional.

As seqüências de atividades pedagógicas que integram os módulos estão organizadas nos seguintes eixos temáticos:

• Percebendo nossa realidade – oportuniza a representação, pelos AIS, da realidade de suas aldeias nos aspectos ambientais, culturais, históricos, sociais e epidemiológicos, por meio da identificação dos problemas que afetam diretamente a qualidade de vida e a saúde da comunidade.

• Entendendo o processo saúde-doença, promovendo a saúde e intervindo neste processo, propiciam a análise dos problemas calcada em referencial teórico num contexto intercultural, na perspectiva da promoção à saúde, prevenção das doenças e controle dos agravos.

• Conhecendo e organizando o serviço de saúde – subsidia a elaboração, pelos próprios AIS, de proposta de intervenção na realidade, colaborando para a solução dos problemas, considerando o processo de trabalho em equipe.

A metodologia proposta está fundamentada na pedagogia problematizadora, inser-indo-se no campo de uma educação crítica. Tem por princípio a integração teoria-prática, a integração ensino-serviço-comunidade, a construção coletiva do conhecimento a partir do referencial cultural dos próprios agentes e a relação indissociável entre o processo de formação e a organização dos serviços. Essa proposta educativa insere-se no processo de construção dos distritos sanitários, apoiando sua implantação a partir da oferta de ações de saúde mais qualificadas, desenvolvidas pelos AIS.

As experiências vivenciadas pelos AIS e resgatadas no processo pedagógico estimu-lam a relação e interação entre as diferentes concepções culturais acerca dos agravos e doenças, suas causas, formas de abordagem terapêutica e medidas de prevenção e con-trole, valorizando e preservando o conhecimento dos povos indígenas acumulados durante gerações.

A avaliação da aprendizagem é feita durante todo o processo de concentração e dis-persão, na perspectiva diagnóstica e qualitativa, dos conhecimentos, habilidades e atitudes que compõem as competências esperadas. Para isso, são utilizados instrumentos próprios e todo o material produzido pelos AIS durante o processo.

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 5

A presente proposta curricular, implantada a partir de 1999, está sendo avaliada por es-pecialistas, com vistas a sua reformulação em consonância com a Política de Atenção Básica aos Povos Indígenas, para que efetivamente possa se constituir em um dos pilares desse modelo de atenção. Pretende-se com isto uma nova orientação ao processo de formação dos AIS, na perspectiva de fortalecimento dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas.

Alexandre Rocha Santos Padilha

Diretor do Departamento de Saúde Indígena

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Sumário

Apresentação

I - Introdução .......................................................................................................9

II - Educação permanente .....................................................................................9

III - Certificação .....................................................................................................10

IV - Perfil e seleção do agente indígena de saúde ...................................................10

V - Número de agentes na comunidade ................................................................11

VI - Competências e habilidades dos agentes indígenas de saúde ..........................11

VII - Perfil dos instrutores-supervisores ....................................................................14

VIII - Proposta modular ............................................................................................18

IX - Modulo introdutório ........................................................................................19

X - Seqüências de atividades .................................................................................20

- Percebendo nossa realidade .........................................................................20

- Entendendo o processo saúde-doença ..........................................................21

- Promovendo a saúde e intervindo no processo saúde-doença ......................22

- Conhecendo e organizando o serviço de saúde ............................................27

- Dispersão ......................................................................................................30

XI - Carga horária ...................................................................................................31

XII - Anexo ..............................................................................................................32

XIII - Fichas de avaliação .........................................................................................34

XIV - Referências bibliográficas ................................................................................49

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I - Introdução

A maior parte dos povos indígenas no Brasil vive distante dos centros urbanos onde o acesso aos serviços de saúde é prejudicado pela precariedade da rede, pelos aspectos logísticos e operacionais e particularidades socioculturais. As doenças infec-ciosas e parasitárias constituem os agravos observados com maior freqüência, sendo que as doenças diarréicas e as respiratórias são responsáveis pela maioria das mortes registradas, revelando a baixa resolutividade da assistência.

A demanda pela formação de agentes indígenas de saúde por parte das comunidades indígenas tem se intensificado nos últimos anos, não só para garantir atenção primária à saúde, como também para buscar novos elementos que favoreçam a comunicação entre a população indígena e o Sistema Único de Saúde.

A atuação dos agentes indígenas de saúde tem proporcionado um acúmulo de discussões, experiências e propostas por parte de profissionais de saúde, instituições de ensino, organizações não-governamentais e pelos próprios agentes de saúde e organiza-ções indígenas. O Relatório Final da II Conferência Nacional para os Povos Indígenas realizada em 1993, baseando-se nessas experiências, propõe os princípios e diretrizes para a capacitação dos agentes indígenas de saúde. Essa discussão foi ampliada em uma série de oficinas de trabalho específicas, ocorridas em 1996 e consolidadas no docu-mento Formação de Agentes Indígenas de Saúde Propostas e Diretrizes (MS/FNS/Cosai* julho 1996).

A capacitação dos agentes de saúde vem sendo realizada por diversas instituições e é bastante heterogênea quanto aos objetivos, metodologia e aos mecanismos de avalia-ção. Tem como característica a predominância de cursos teóricos com duração variável, geralmente com grandes períodos de espaçamento entre eles. Os assuntos abordados, embora muitas vezes pertinentes à situação local, geralmente não estão ordenados de modo a favorecer uma formação de complexidade crescente.

Nesse contexto, a proposta aqui apresentada está inserida no processo de construção dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas e tem como objetivo normalizar as ações concernentes à sua capacitação e inserção institucional, contemplando a discussão com as comunidades sobre o papel do agente, sua seleção, capacitação e educação continuada, acompanhamento, avaliação e institucionalização do programa.

II - Educação permanente

O processo de formação de recursos humanos indígenas e não indígenas deverá ser articulado em todas as esferas e integrado aos programas de educação indígena, de meio ambiente e de atividades produtivas locais, priorizando a educação continuada e a visão holística dos fatores determinantes do processo saúde-doença.

O conteúdo dos cursos de capacitação deverá integrar as áreas técnica, pedagógica e política, no sentido de valorizar um processo de aprendizado mais amplo, respeitando a cultura dos diferentes povos indígenas e as diferentes realidades epidemiológicas,

* Desai, a partir de 2000.

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integrando as áreas de antropologia, ética, habilidades de leitura, escrita e operações matemáticas. Deverá ser estruturado de maneira a abordar um núcleo comum, pertinente à situação de saúde da maioria dos povos indígenas e um núcleo específico, a ser trabalhado de acordo com as especificidades de cada distrito.

III - Certificação

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (Lei nº 9.394/1996) traz um novo enfoque de formação para o trabalho, sustentado num conceito político-educacional abrangente, visando a integrar gradual e continuamente, conhecimentos gerais e específi-cos, habilidades teóricas e práticas, hábitos, atitudes e valores éticos que possibilitem aos indivíduos o exercício eficiente do seu trabalho, a participação ativa, consciente e crítica no mundo do trabalho e na esfera social, além da sua auto-realização.

A proposta de formação dos Agentes Indígenas de Saúde já foi elaborada dentro dos marcos preconizados pela nova Lei, ou seja, o ensino direcionado para a construção de competências/habilidades.

A Educação Profissional na LDB poderá ser desenvolvida em três graus: formação inicial, técnico de nível médio e tecnológico. A formação inicial poderá ser oferecida a qualquer cidadão, independente do seu grau de escolaridade; o grau técnico àqueles que estão cursando o ensino médio ou já o concluíram e o grau tecnológico, aos que já ter-minaram o ensino médio e desejam ingressar no ensino superior tecnológico. (Decreto nº 5.154/2004).

Pela heterogeneidade, principalmente no que diz respeito à escolaridade dos candi-datos à formação de agentes indígenas de saúde, será oferecida a formação inicial, com possibilidade de aproveitamento de estudos e progressão ao nível técnico. Para tanto, os cursos deverão ser oferecidos por meio das instituições autorizadas pelo Conselho Estadual de Educação do respectivo Estado, prioritariamente as escolas técnicas do SUS.

A Fundação Nacional de Saúde já vem estabelecendo um trabalho de parceria com as escolas técnicas de saúde/centros formadores de recursos humanos da rede do SUS, vincu-ladas e mantidas pelas secretarias estaduais e municipais de saúde, para o desenvolvimento de ações de capacitação de pessoal na área da vigilância em saúde e dos próprios AIS.

IV - Perfil e seleção do agente indígena de saúde

O agente indígena de saúde será formado para participar da atenção à saúde de todos os membros de sua comunidade e das localidades de sua área de abrangência, devendo desenvolver prioritariamente ações de vigilância em saúde, prevenção e controle das doen-ças e agravos, por meio de visitas domiciliares, atividades educativas individuais, familiares e coletivas e ações de atenção primária à saúde, sob a supervisão e acompanhamento de profissionais de saúde capacitados para exercerem essa função (instrutores/supervisores), lotados nas equipes de saúde dos distritos sanitários.

A escolha do agente indígena de saúde se dará por meio de processo seletivo dentro das comunidades previamente esclarecidas sobre seu papel, com assessoria dos Conselhos Distritais de Saúde.

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 11

Aos agentes indígenas de saúde deve ser garantida a certificação das competências e habilidades adquiridas durante a formação, permitindo prosseguimento de itinerários educativos, conforme interesse de cada aluno ou conforme demanda do Dsei.

Requisitos para ser um agente indígena de saúde:

• ser indicado pela comunidade;

• residir na área de atuação;

• pertencer à sociedade junto a qual vai atuar, preferencialmente;

• não ter outro vínculo empregatício;

• ter um bom relacionamento com a comunidade;

• ter idade, preferencialmente, acima de 18 anos;

• ser alfabetizado, preferencialmente;

• manifestar interesse, aptidão e responsabilidade para o trabalho de saúde.

A substituição de um agente pode acontecer quando ele:

• deixar de residir na sua área de atuação;

• assumir outra atividade que comprometa o desempenho de suas funções;

• gerar conflitos ou rejeição junto à sua comunidade;

• não cumprir os compromissos e atribuições assumidas;

• por motivos particulares, pedir seu afastamento.

Esses casos devem ser discutidos junto às comunidades, conselhos locais e distritais de saúde e às equipes técnicas dos distritos.

V - Número de agentes na comunidade

O número de agentes de saúde a serem formados em cada distrito será baseado na proporção de um agente para cerca de 100 habitantes/aldeia na região da Amazônia Legal e Centro-Oeste e 1/300 habitantes/aldeia nas regiões Sudeste e Nordeste. Entretanto, devem ser considerados critérios populacionais, geográficos, étnicos, culturais, de acesso e de otimização dos serviços a serem prestados nos distritos sanitários. Caberá aos conselhos distritais definir as adequações necessárias relativas ao seu número.

VI - Competências e habilidades dos agentes indígenas de saúde

1. Competência I

Elaborar seu plano de trabalho com base na identificação das necessidades relacio-nadas ao processo saúde-doença, de acordo com o contexto de sua atuação.

– Habilidades

• participar de estudos e levantamentos que identifiquem os determinantes do processo saúde-doença dos grupos indígenas, famílias e indivíduos;

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12 Fundação Nacional de Saúde

• identificar os principais problemas que afetam a saúde do seu grupo populacional;

• estabelecer relações entre as condições de vida e os problemas de saúde identificados;

• reconhecer os fatores socioculturais que interferem no processo de adoecer e buscar tratamento, procurando identificar práticas que possam implicar em riscos à saúde;

• registrar os dados e informações necessários à elaboração do plano de trabalho;

• participar junto aos conselhos locais e distritais de saúde na elaboração do plano estratégico das ações a serem desenvolvidas no Distrito;

• apoiar as equipes técnicas para a adequação das intervenções de saúde à realidade cultural.

2. Competência II

Desenvolver ações de promoção da saúde, indicadas para as diferentes fases do ciclo da vida.

– Habilidades

• identificar as ações de atenção à saúde a partir da observação dos fatores relacionados ao processo saúde-doença;

• participar dos procedimentos de intervenção, referência e acompanhamento, conforme as normas vigentes no serviço;

• utilizar os princípios éticos no atendimento ao ser humano, considerando as diferentes fases do ciclo da vida;

3. Competência III

Realizar ações de promoção da saúde, que resultem na melhoria da qualidade de vida, utilizando os recursos dos serviços e práticas existentes, de forma articulada com recursos de outros setores.

– Habilidades

• reconhecer os determinantes fundamentais da qualidade de vida, relacionando-os aos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos e de serviços;

• identificar as organizações governamentais, não-governamentais e organizações indígenas na região, que contribuem para elevar a qualidade de vida;

• conhecer as possibilidades e atribuições de cada instituição, no esforço conjunto para o equacionamento dos problemas de saúde, contextualizando as possibilidades e limitações do Sistema Único de Saúde;

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 13

• promover a mobilização social em parceria com os atores sociais (professores indígenas, lideranças tradicionais, pajés e outros), em torno das demandas e necessidades de saúde;

• realizar ações de promoção que resultem em melhorias da qualidade de vida, considerando os fatores de risco e a vulnerabilidade de segmentos populacionais específicos, para a prevenção de doenças e agravos.

4. Competência IV

Empreender ações básicas de atenção à saúde individual, familiar e coletiva, com ênfase na prevenção das doenças transmissíveis e no monitoramento do meio ambiente.

– Habilidades

• identificar os principais fatores ambientais que representam riscos ou danos à saúde do ser humano;

• reconhecer os principais mecanismos de defesa/adaptação do ser humano às agressões do meio ambiente;

• identificar as formas de interação entre os seres vivos (simbiose, comensalismo, parasitismo), destacando o conceito de transmissibilidade;

• identificar as doenças transmissíveis e não transmissíveis prevalentes em sua comunidade/região;

• distinguir as doenças imunopreveníveis daquelas que são controladas por medidas de intervenção sobre o meio ambiente;

• reconhecer as alterações orgânicas causadas pela penetração, trajetória e localização de agentes infecciosos no corpo humano;

• executar medidas que quebrem os elos da cadeia de transmissão de doenças;

• reconhecer e identificar situações atípicas e casos suspeitos de doenças;

• realizar medidas de controle de comunicantes;

• efetivar medidas de limpeza, assepsia e desinfecção;

• participar do monitoramento da situação vacinal da população sob sua responsabilidade;

• identificar áreas/ambientes que oferecem riscos à saúde de sua comunidade e planejar a intervenção;

• entender a utilização dos medicamentos, os mecanismos de resistência biológica, os riscos de hipermedicação e a política de medicamentos do subsistema de saúde indígena.

5. Competência V

Planejar seu trabalho, atuando individualmente ou em equipe, avaliando e reorientando o processo da implementação da atenção básica sob sua responsabilidade.

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14 Fundação Nacional de Saúde

– Habilidades

• identificar a natureza do trabalho a ser realizado, considerando o quê, para quem e como fazer;

• organizar seu trabalho, com base nas demandas da comunidade e na programação do seu Distrito Sanitário;

• participar junto aos conselhos local e distrital de saúde indígena, avaliando a prestação de serviços: cobertura, impacto e satisfação;

• participar dos encaminhamentos que devem ser feitos em relação aos pontos de estrangulamento no desempenho individual, ou da equipe;

• realizar ações de comunicação, buscando o apoio das lideranças indígenas e a utilização dos meios de comunicação disponíveis, para interagir com sua equipe e com os usuários.

VII - Perfil dos instrutores-supervisores

O instrutor-supervisor será capacitado para desenvolver ações de atenção à saúde da população indígena, implantar e desenvolver ações de Vigilância em Saúde, prevenção e controle das doenças no Dsei. Deve, além disso, ser capacitado nos aspectos técnico-pedagógicos relacionados à formação e acompanhamento dos agentes de saúde, buscando a interação com a comunidade e com os conselhos locais e distritais de saúde.

O instrutor deverá também ser sensibilizado sobre aspectos culturais dos grupos indígenas sob sua responsabilidade, com vistas a uma interação respeitosa com a população.

São requisitos para o Instrutor-Supervisor:• estar lotado na equipe de saúde do Distrito;

• ter disponibilidade para desenvolver as atividades nas comunidades indígenas;

• conhecer e respeitar os aspectos culturais dos grupos indígenas com os quais vai atuar;

• não ter outro vínculo empregatício;

• ser profissional de nível superior;

• ter facilidade para o trabalho em equipe, bom relacionamento com as comunidades indígenas e com os agentes de saúde.

1. Competência I

Elaborar seu plano de trabalho com base na rede de serviços e nas características do grupo de agentes de saúde a ser capacitado.

– Habilidades

• orientar e apoiar a realização de estudos e levantamentos que identifiquem os determinantes do processo saúde-doença dos grupos indígenas;

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 15

• orientar e participar do levantamento dos principais problemas de saúde do grupo populacional indígena , levando os agentes a estabelecer as relações entre os problemas de saúde e as condições de vida;

• reconhecer os fatores socioculturais que interferem no processo de adoecer e buscar tratamento, procurando identificar práticas que possam implicar em risco à saúde;

• levantar os custos das principais atividades, visando à otimização dos recursos;

• participar junto aos conselhos locais e distritais de saúde da elaboração do plano estratégico das ações a serem desenvolvidas no Distrito;

• participar dos processos de planejamento das capacitações técnica, pedagógica e gerencial, definidos pela gerência do distrito e pela esfera central;

• ter conhecimentos sobre a cultura da sociedade indígena sob sua responsabilidade, visando a uma interação respeitosa;

• conhecer técnicas de abordagem de sociedade, grupos e indivíduos.

2. Competência II

Orientar e prestar cuidados básicos de recuperação e reabilitação, indicados para as diferentes fases do ciclo da vida.

– Habilidades

• apoiar a identificação das medidas de recuperação e reabilitação, a partir da constatação dos agravos prevalentes na sua área de atuação;

• orientar e aplicar os procedimentos de intervenção, referência e acompanhamento, conforme as normas vigentes no serviço;

• orientar e utilizar princípios éticos no atendimento do ser humano, considerando as diferentes fases do ciclo de vida e as especificidades culturais dos grupos indígenas sob sua responsabilidade;

• orientar a realização de procedimentos semiotécnicos, correlacionando sinais e sintomas para abordagem sindrômica, e a prestação de cuidados referentes a cada uma das fases do ciclo de vida.

3. Competência III

Apoiar e realizar ações de promoção à saúde que resultem na melhoria da qualidade de vida, utilizando os recursos dos serviços e práticas existentes, de forma articulada com recursos de outros setores.

– Habilidades

• reconhecer os determinantes fundamentais da qualidade de vida dos povos indígenas, relacionando-os aos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos e de serviços;

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16 Fundação Nacional de Saúde

• orientar a identificação das organizações governamentais, não-governamentais e organizações indígenas atuantes na região, avaliando as possibilidades de cada uma no esforço conjunto para o equacionamento dos problemas de saúde identificados, incluindo a articulação com a rede de serviços do Sistema Único de Saúde;

• participar dos movimentos de mobilização social em parceria com os agentes indígenas, agentes de comunicação e lideranças comunitárias, para responder às demandas e necessidades identificadas;

• orientar e realizar ações de promoção que resultem em melhorias da qualidade de vida, considerando os fatores de risco e a vulnerabilidade de segmentos populacionais específicos, para a prevenção e controle de enfermidades.

4. Competência IV

Orientar e empreender ações de atenção à saúde individual, familiar e coletiva, com ênfase na prevenção de enfermidades transmissíveis e no controle do meio ambiente.

– Habilidades

• realizar, com os demais profissionais do Distrito, levantamento demográfico e reconhecimento da situação socioeconômica, ambiental e epidemiológica, destacando áreas de risco e grupos de maior vulnerabilidade para a priorização das atividades dos agentes de saúde;

• orientar a identificação dos fatores ambientais que representam risco à saúde, reconhecendo os principais mecanismos de defesa/adaptação do ser humano às agressões do meio ambiente, correlacionando-as com as condições de saúde;

• orientar a identificação dos elementos que compõem a cadeia de transmissão, destacando o conceito de transmissibilidade e as medidas de intervenção necessárias à quebra dos elos da cadeia;

• elaborar e acompanhar a programação de visitas às comunidades, a serem realizadas pelos agentes de saúde, para prestar assistência, encaminhar pacientes quando necessário, desenvolver processos educativos e coletar informações em saúde;

• orientar e acompanhar o desenvolvimento das ações referentes à prevenção e ao controle de enfermidades realizadas pelos agentes de saúde;

• conhecer o processo da epidemiologia do contato e da transição epidemiológica dos grupos indígenas sob sua responsabilidade;

• conhecer a política de medicamentos e orientar os agentes de saúde quanto à sua utilização, mecanismos de ação e resistência.

5. Competência V

Gerenciar seu trabalho, atuando individualmente ou em equipe, acompanhando, avaliando e reorientando o processo de prestação de cuidados desenvolvidos pelos agentes indígenas de saúde sob sua responsabilidade.

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 17

– Habilidades

• orientar, organizar e realizar o trabalho em conjunto com os agentes de saúde, com base na demanda das comunidades e na programação do Distrito Sanitário de sua região;

• identificar e aplicar instrumentos de avaliação da prestação de serviços: cobertura, impacto e satisfação, consolidando, analisando e divulgando os dados gerados pelo sistema de informação;

• decidir os encaminhamentos que devem ser feitos em relação aos pontos de estrangulamento no desempenho individual e da equipe;

• orientar a coleta de informações geradas pelos agentes, desenvolvendo e aplicando formulários apropriados;

• assessorar as comunidades indígenas e os conselhos locais e distritais de saúde, no caso de substituição dos agentes de saúde.

6. Competência VI

Conhecer a política nacional de saúde e os aspectos pertinentes à saúde indígena.

– Habilidades

• conhecer e orientar os agentes de saúde quanto à legislação sobre os direitos indígenas e à política nacional de saúde;

• conhecer e orientar os agentes de saúde quanto à política de saúde indígena, seu modelo assistencial, gerencial e instâncias de controle social;

• conhecer e orientar os agentes de saúde quanto às atribuições das instituições envolvidas na prestação de serviços de saúde na sua região;

• participar dos conselhos locais e distritais de saúde, quando solicitado.

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18 Fundação Nacional de Saúde

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 19

IX - Módulo introdutório

1. Objetivos

a) Geral

Capacitar os Agentes Indígenas de Saúde para atuarem em suas comunidades, identi-ficando os problemas de saúde, especificamente os relacionados à diarréia e IRA, visando a resolução precoce e livre de riscos para a população.

b) Específicos

• identificar os aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais do território e da comunidade, com vistas à intervenção nas ações e serviços de saúde;

• identificar os determinantes do processo saúde-doença que interferem nas condições de saúde na comunidade;

• conceituar saúde e doença;

• descrever sinais e sintomas das doenças diarréicas e infecções respiratórias;

• participar, junto à equipe de saúde, das ações de prevenção e controle da diarréia/desidratação e IRA;

• participar, junto à equipe de saúde, da aplicação de tratamentos padronizados em casos de diarréia/desidratação e IRA;

• realizar atividades educativas e de promoção à saúde, relativos à diarréia/desidratação e IRA;

• cadastrar as famílias existentes na comunidade;

• enumerar os serviços de saúde existentes em sua área de abrangência, distinguindo os diferentes graus de complexidade;

• conceituar Dsei e identificar sua forma de organização como um sistema local de saúde;

• reconhecer o papel do agente indígena de saúde junto à comunidade e à equipe de saúde.

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20 Fundação Nacional de Saúde

X - Seqüências de atividades

Concentração: Percebendo nossa realidadeSeqüência de atividades 1

Atividades do aluno Orientações para o instrutor

5 - Apresente em plenária o resultado das discus-sões.

5 - Coordene a plenária, orientando na construção de um painel, a fim de sistematizar as discussões. Enfatize as transformações que ocorreram naquela área, por que ocorreram (determinantes), as conseqüências para os povos indígenas e para as questões da saúde, em particular. Convide uma liderança ou pessoa mais velha para contar a história da ocupação do território.

1 - Oriente os agentes para a realização da atividade individualmente. Se houver mais de um agente da mesma comunidade, realizar a atividade em conjunto.

Os desenhos devem conter casas, rios, roças, escola, posto de saúde, centro comunitário, área de lazer, etc. Enfatize que todas as casas devem ser desenhadas.

Prepare o material: papel, revistas, barbante, cola, lápis preto e colorido, canetas, tintas, pincéis etc.

1 - Desenhe sua comunidade.

2 - Oriente a apresentação, estimulando relatos: roças (o que se planta, quanto tempo se demora para chegar à roça); centro comunitário (que atividades são ali realizadas); escola (quantos estudam, quem ensina); centro de saúde (quem atende, condições do posto). Coordene a sistematização da discussão, estabelecendo diferenças e semelhanças entre os recursos das diversas comunidades representadas.

2 - Apresente seu desenho em plenária.

3 - Desenhe sua terra indígena. 3 - Divida os grupos por áreas indígenas ou formas de ocupação do território. Oriente a atividade, solicitando que destaquem a localização de todas as comunidades, fontes de água (rios, lagos, poços), limites (municípios vizinhos, fazendas), invasões, vias de acesso (trilhas, caminhos, estradas) e de comunicação (rádio, telefone, radiofonia), serviços de referência para a saúde (postos, centros de saúde, hospitais), projetos de colonização, garimpos, madeireiras, locais turísticos.

4 - Discuta as seguintes questões:• como o seu povo ocupou a terra?• como se deu o contato com o não índio?• que mudanças aconteceram daquela época até

hoje?

4 - Mantenha os grupos e oriente a discussão sobre a história desta ocupação. Destaque aspectos de mobilidade (onde gostam de andar), mudanças sociais, culturais e alimentares, transformações do meio ambiente (impacto ambiental) e do entorno, decorrentes das relações interculturais.

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 21

Concentração: Entendendo o processo saúde-doençaSeqüência de atividades 2

Atividades do aluno

6 - Apresente em plenária o resultado das discussões. 6 - Coordene a plenária, orientando a construção de um painel para sistematizar as discussões. Destaque os aspectos mais relevantes, resgatando os determinantes do processo saúde-doença e sua relação com o modo de vida da comunidade.

Orientações para o instrutor

1 - Expresse com suas palavras o que é saúde. 1 - Estimule cada agente a relatar o que entende por saúde. Após a listagem, auxilie o grupo na categorização dos conceitos segundo sua natureza (alimentação, moradia, condições de trabalho, lazer, acesso a bens e serviços especialmente serviços de saúde).

2 - Discuta a seguinte questão:• quais problemas de saúde ocorreram com os

povos indígenas após a relação com os não índios?

2 - Apóie as discussões dos grupos, orientando para que retomem o mapa elaborado na Seqüência 1, atividade 3 - e auxilie os agentes na sistematização das doenças relacionadas à ocupação do território e à relação intercultural.

3 - Expresse com suas palavras o que é doença. 3 - Estimule cada agente a escrever ou relatar o que entende por doença. Após a listagem, auxilie o grupo na categorização dos conceitos segundo sua natureza (espirituais, biológicos, relacionados ao meio ambiente, etc.)

4 - Estimule os agentes a listar as doenças, separando as antigas e as atuais. Leve-os a estabelecer a relação entre as doenças atuais, a ocupação do território e as relações interculturais.

4 - Faça uma lista das doenças que existiam antigamente e das doenças que existem atualmente na sua comunidade.

5 - Organize os grupos e estimule os agentes a falar sobre os determinantes do processo saúde-doença. Atente para os aspectos culturais relativos à concepção de saúde na cultura indígena.

5 - Discuta a seguinte questão: • por que as pessoas adoecem?

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22 Fundação Nacional de Saúde

Concentração: Promovendo a saúde e intervindo no processo saúde-doençaSeqüência de atividades 3 - Parte I

Atividades do aluno Orientações para o instrutor

8 - Discuta as funções de cada parte do sistema digestivo no caminho da comida.

8 - Coordene a atividade no grande grupo, esclarecendo as dúvidas e acrescentando informações, se necessário.

1 - Responda à seguinte questão:• quais as doenças mais comuns na sua

comunidade?

1 - Oriente a atividade em grupos, retomando a lista das doenças elaborada na atividade 4, seqüência 2.

2 - Grife, em cores diferentes, as doenças que matam, as que pegam e as que afetam principalmente as crianças.

2 - Mantenha os grupos e oriente a atividade, destacando a IRA e a diarréia, por acarretarem maior impacto epidemiológico. Se o agente expressar-se em forma de sinais e sintomas, leve-o a relacionar estes sinais e sintomas aos quadros clínicos de IRA e diarréia.

Destaque as doenças que pegam, trabalhando o conceito de transmissibilidade. Leve os agentes a caracterizarem a diarréia e a IRA enquanto doenças transmissíveis.

3 - Discuta as seguintes questões:• como as pessoas sabem que estão doentes?• como o agente de saúde percebe as doenças

nas pessoas?

3 - Oriente os grupos nas discussões, chamando a atenção para as doenças com seus respectivos sinais e sintomas. Separe os resultados das discussões em três grupos: nomes das doenças, o que as pessoas sentem (sintomas) e o que os agentes percebem (sinais).

4 - Participe da plenária. 4 - Coordene a plenária, auxiliando o grupo na sistematização dos conceitos de sinais e sintomas.

5 - Separe o grupo em dois (um que faz a dramatização da diarréia e outro que observa). Após a dramatização discuta os sinais e sintomas e a origem da diarréia.

5 - Dramatize ou desenhe a situação de uma pessoa com diarréia, explorando ao máximo os sinais e sintomas.

6 - Oriente a atividade em pequenos grupos. Acompanhe o desenho livre e estimule a escrita na língua indígena.

6 - Desenhe o corpo humano, destacando o caminho da comida, escrevendo os nomes das partes do corpo por onde ela passa.

7 - Faça a exposição dos desenhos em plenária, explicando o trajeto da comida.

7 - Auxilie os agentes a sistematizar o desenho do sistema digestivo em uma cartolina ou pintando no corpo de um aluno com tinta guache (destacar boca, língua, dentes, esôfago, estômago, fígado, vesícula biliar, intestino delgado e grosso, reto e ânus).

9 - Discuta as seguintes questões: • o que é diarréia?• como ela aparece?• quais os tipos de diarréia que você conhece?• que medidas podem ser tomadas para se

prevenir a diarréia?

9 - Oriente a atividade em grupos, apoiando as discussões. Ressalte a relação entre as doenças diarréicas e os fatores de risco ambientais e as medidas preventivas por meio da educação em saúde.

10 - Discuta as partes e as funções do organismo afetadas quando a pessoa tem diarréia.

10 - Oriente a atividade em grupos, chamando a atenção para as alterações clínicas intestinais provocadas pela perda de líquidos e sais por meio da diarréia e vômitos. Trabalhe com o desenho do corpo humano elaborado pelos agentes.

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 23

Atividades do aluno Orientações para o instrutor

14 - Participe da palestra ou leia e discuta textos sobre desidratação.

14 - Faça a exposição ou selecione textos para leitura, abordando: conceito e sinais da desidratação, relacionando-os aos diferentes graus.

Utilize exemplos que facilitem a compreensão da perda de líquidos e sais do organismo, auxiliando os agentes a estabelecer a relação com os diferentes graus de desidratação.

Se possível leve os agentes para visitar crianças com diarréia ou desidratação.

Continuação

11 - Participe da plenária apresentando as conclusões de cada grupo.

11 - Coordene a plenária, auxiliando o grupo na sistematização sobre o conceito de diarréia, suas causas, classificação e medidas preventivas.

Se necessário, faça uma exposição ressaltando as causas relacionadas às questões ambientais, socia is , a l imentares e outras (uso de medicamentos, associação com outras doenças). Atente para os aspectos culturais.

Ressalte os aspectos da transmissibilidade da doença.

Para a discussão dos aspectos preventivos, retome o mapa da aldeia, auxiliando na localização de fatores de risco para a transmissão de doenças diarréicas em relação às questões apresentadas.

12 - Relate casos de pessoas da comunidade com diarréia.

12 - Trabalhe com todo o grupo. Estimule o relato de três ou quatro casos, ressaltando o quadro clínico (com destaque para a desidratação), causas, a conduta adotada e a evolução do paciente. Explore ao máximo a fala dos agentes, apoiando na sistematização da evolução e do encaminhamento dos casos.

13 - Discuta, a partir dos casos relatados, o que aconteceu com as pessoas com diarréia e a atuação do AIS nesses casos.

13 - Oriente a discussão em grupos, explorando a classificação e a evolução da diarréia e da desidratação. Enfatize o papel do AIS nesses casos: avaliação do paciente, aplicação do tratamento de acordo com protocolos técnicos, encaminhamento do paciente e ações preventivas.

15 - Apresente o que você entendeu sobre desidratação.

15 - Oriente a atividade individual, por meio de desenhos, dramatizações, relatos orais ou escritos, esclarecendo as dúvidas.

16 - Discuta, a partir dos casos relatados na atividade 13, de quem foi a responsabilidade de cuidar de cada um dos pacientes e quais as medidas adotadas.

16 - Oriente a discussão em grupos, explorando a utilização do tratamento tradicional e da medicina ocidental:• ressalte a contra-indicação do uso de

medicamentos antidiarréicos;• apresente a padronização do Ministério da

Saúde para o tratamento da desidratação (TRO);

• destaque a gravidade, quando e para onde encaminhar o paciente;

• ressalte o acompanhamento da evolução da diarréia/desidratação e a atuação da equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, auxiliar de enfermagem, AIS, pajés, raizeiros).

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24 Fundação Nacional de Saúde

Atividades do aluno Orientações para o instrutor

Continuação

18 - Divida a turma em dois grupos: enquanto um apresenta a dramatização o outro observa. Troque os papéis, de modo que todos participem, observando e atuando.

Estimule relatos de formas de abordagem das doenças diarréicas na cultura indígena e na medicina ocidental.Oriente para a discussão dos seguintes aspectos:• identificação do doente (nome, idade, onde

mora);• história da doença (o que as pessoas com

diarréia falam; o que precisamos saber do doente, como: alimentação, vômito, febre, urina, uso de medicamentos, outras doenças. O que precisamos saber sobre a diarréia, como: duração (diarréia aguda ou crônica, freqüência, aspecto das fezes, presença de muco ou sangue, etc.);

• exame do doente (como devemos agir com o doente que tem diarréia e desidratação: medir a temperatura e peso corporal, observar a evolução do estado geral e do grau de hidratação). Auxilie os alunos na verificação de temperatura e peso corporal, especialmente na identificação de valores numéricos encontrados nas medidas de temperatura e peso. Faça exercícios de medida de superfícies e objetos, com fita métrica ou régua, para facilitar a compreensão da escala decimal. Solicite, se possível, apoio de professores indígenas da área de matemática, para trabalhar a concepção de grandeza e quantidade na cultura indígena e a relação com os números;

• registro no livro do AIS, conforme formulário em anexo.

17 - Leia as histórias e discuta as seguintes questões:• identifique os sinais de desidratação;• classifique os diversos graus de desidratação;• identifique as formas de tratamento e

encaminhamento dos casos.

17 - Coordene a atividade em grupos. Prepare histórias de casos clínicos que possibilitem variadas situações e graus de desidratação (preocupe-se em caracterizar os sinais de gravidade).

18 - Dramatize uma situação de atendimento de caso de diarréia e desidratação, seguindo o roteiro ao lado.

19 - Oriente a discussão, enfocando o grau de resolutividade do AIS na comunidade, destacando as atividades de atenção primária à saúde. Ressalte o papel do AIS de interlocutor da comunidade junto aos serviços de saúde por meio de:• identificação e encaminhamento dos pacientes

para a equipe de saúde;• controle das doenças transmissíveis;• aplicação do tratamento padronizado pelo

Ministério da Saúde;• atividades de promoção à saúde, com

destaque para as práticas educativas.

19 - Discuta o papel do AIS na prevenção e controle da diarréia e desidratação em sua comunidade.

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 25

Concentração: Promovendo a saúde e intervindo no processo saúde-doençaSeqüência de atividades 3 - Parte II

Atividades do aluno Orientações para o instrutor

8 - Faça uma lista dos sinais e sintomas da gripe. 8 - Divida a turma em dois grupos. Faça duas colunas com os sinais e sintomas apresentados. Relembre os conceitos de sinal e sintoma trabalhados na seqüência anterior.

1 - Retome o desenho do corpo humano, destacando o caminho do ar, escrevendo os nomes das partes do corpo por onde ele passa.

1 - Oriente a atividade em pequenos grupos. Acompanhe o desenho livre e estimule a escrita na língua indígena.

2 - Faça a exposição dos desenhos em plenária, explicando o trajeto do ar.

2 - Auxilie os agentes a sistematizar o desenho do sistema respiratório em uma cartolina ou pintando no corpo de um aluno com tinta guache (destacar nariz, boca, faringe, laringe, traquéia, pulmões, bronquíolos e alvéolos).

3 - Discuta as funções de cada parte do corpo no caminho do ar.

3 - Coordene a atividade com todo o grupo, esclarecendo as dúvidas e acrescentando informações, se necessário.

4 - Faça uma lista das doenças respiratórias que você conhece.

4 - Trabalhe com todo o grupo. Auxilie na identificação das doenças respiratórias mais comuns na comunidade (IRA, gripe, pneumonia) e na relação com as partes do corpo afetadas. Lembrar outros problemas respiratórios freqüentes, como dor de ouvido, dor de garganta, bronquites.

5 - Trabalhe com todo o grupo, chamando a atenção para as alterações das funções respiratórias (tosse, produção de muco, alteração dos movimentos respiratórios) e alterações gerais (febre, desânimo, inapetência).

5 - Discuta as partes e as funções do corpo que são afetadas quando a pessoa tem doença respiratória.

6 - Elabore uma história sobre a transmissão da gripe a partir das palavras-chave cuia, cidade, catarro.

6 - Divida a turma em grupos, orientando na elaboração das histórias utilizando as três palavras-chave.

7 - Apresente as histórias em plenária de forma criativa.

7 - Auxilie cada grupo a abordar como a gripe aparece, como se apresenta nas pessoas e como se espalha na comunidade. A seguir coordene a sistematização das apresentações, enfocando os aspectos de transmissibilidade por meio das vias respiratórias.

9 - Participe do exercício de fixação de apren-dizagem.

9 - Trace uma linha no chão e escreva sinal de um lado e sintoma do outro. Organize os alunos em fila única sobre a linha, orientando-os que a cada sinal ou sintoma apresentado pelo instrutor, pulem para um dos lados da linha.

10 - Discuta as seguintes questões:• o que é gripe?• como se pega gripe?• como fica a pessoa quando pega gripe?• como se sabe que a gripe complicou?• que medidas podem ser tomadas para se

prevenir a gripe?

10 - Oriente a atividade em grupos, apoiando as discussões.

Ressalte a relação entre as doenças respiratórias e os fatores de risco ambientais e as medidas preventivas por meio da educação em saúde.

11 - Discuta as partes e as funções do organismo afetadas quando a pessoa tem gripe.

11 - Oriente a atividade em grupos, chamando a atenção para as alterações clínicas respiratórias.

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26 Fundação Nacional de Saúde

Atividades do aluno Orientações para o instrutor

Continuação

14 - Dramatize uma situação de atendimento de caso de IRA, seguindo o roteiro ao lado.

14 - Divida a turma em dois grupos: enquanto um apresenta a dramatização o outro observa. Troque os papéis, de modo que todos participem, observando e atuando. Oriente para a discussão dos seguintes aspectos:• Identificação do doente (nome, idade, onde

mora);• História da doença (o que as pessoas com

IRA falam; o que é preciso saber do doente: alimentação, vômito, febre, nariz escorrendo ou entupido, falta de ar, tosse, dor de garganta, dor de ouvido, dor no peito, uso de medicamentos, outras doenças, etc. O que é preciso saber sobre IRA: duração, aspecto do muco, presença de tiragem intercostal, etc.);

• Exame do doente (como devemos agir com o doente que tem IRA: observar o estado geral, medir a temperatura, medir a freqüência respiratória, examinar a garganta, comprimir o ouvido). Auxilie os alunos na verificação da freqüência respiratória, especialmente no uso do relógio. Caso necessário, faça exercícios de contagem do tempo em minutos, utilizando desenhos de relógios. Atente para aspectos culturais relativos à contagem do tempo, solicitando, se possível, apoio de professores indígenas;

• Tratamento do doente (dar os medicamentos por via oral, segundo orientação da equipe);

• Registro no livro de atendimento.

12 - Participe da plenária apresentando as conclusões de cada grupo.

12 - Coordene a plenária, auxiliando o grupo na sistematização sobre o conceito de gripe, quadro clínico, as complicações e medidas preventivas.

13 - Participe da palestra ou leia e discuta textos sobre a IRA.

13 - Faça a exposição ou selecione textos sobre IRA abordando: conceito, causas, quadro clínico, características epidemiológicas e complicações que podem aparecer nos seios da face, na garganta, no ouvido e no pulmão e medidas preventivas.

Apresente a padronização da classificação das IRA, preconizada pelo Ministério da Saúde.

Se possível leve os agentes para visitar crianças com IRA.

15 - Oriente a discussão, enfocando o grau de resolutividade do AIS na comunidade, destacando as atividades de atenção primária à saúde. Ressalte o papel do AIS de interlocutor da comunidade junto aos serviços de saúde por meio de:• identificação e encaminhamento dos

pacientes;• controle das doenças transmissíveis;• aplicação do tratamento padronizado pelo

Ministério da Saúde;• atividades de promoção à saúde com destaque

para as práticas educativas.

15 - Discuta o papel do AIS na prevenção e controle das doenças respiratórias em sua comunidade.

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 27

Concentração: Conhecendo e organizando o serviço de saúdeSeqüência de atividades 4

Atividades do aluno Orientações para o instrutor

4 - Complete as seguintes informações sobre sua comunidade:• quantas pessoas adoeceram na aldeia neste

ano?• quantas pessoas morreram neste ano na

aldeia?• das pessoas que morreram, quantas eram

crianças?• quantas pessoas doentes precisaram fazer

tratamento fora da aldeia? por quê?

4 - Oriente a discussão em grupos, enfocando a importância de realizar:• registro diário de atendimentos (relembrar os

passos da abordagem do doente, ressaltando sua importância para o acompanhamento da morbi-mortalidade e da produção de serviços);

• encaminhamento de pacientes;• óbitos.Auxilie os grupos na sistematização dos dados apresentados.Enfatize os motivos que levam ao tratamento fora da aldeia, sejam eles ligados à falta de estrutura física, inexistência de recursos tecnológicos (insumos, transporte, etc), ou falta de capacitação.

1 - Retome o mapa da comunidade e responda:• quem é o chefe da casa?• quantas famílias moram em cada casa?• quantas pessoas vivem em cada casa?• quantas crianças dessas casas estão na idade de

zero a cinco anos?• quantas gestantes há na aldeia?• quantas crianças nasceram este ano na aldeia?

1 - Retome a seqüência 1, atividade 3. Oriente a atividade em pequenos grupos, enfatizando a necessidade de saber a idade das pessoas e de agrupá-las em faixas etárias. Ressalte a importância do cadastro das famílias para o planejamento das atividades de saúde na comunidade (previsão de deslocamentos e consumo de medicamentos), elaboração do censo, manutenção do sistema de informação (Siasi) e para auxiliar na vigilância epidemiológica. Apresente a ficha de cadastro que será feita durante a dispersão, ajudando-os a analisar os dados nela contidos (nome, data de nascimento, sexo, número de pessoas na casa e número de famílias da aldeia).

2 - Identifique os serviços de saúde existentes em sua terra indígena e descreva as ações de saúde que cada serviço oferece.

2 - Retome a seqüência 1, atividade 3 destacando os serviços de saúde disponíveis. Coordene os trabalhos em grupos, analisando a atuação desses serviços na resolução dos problemas locais de saúde e como estão organizados para atender às necessidades da comunidade. Destaque os níveis de complexidade de cada serviço e como se relacionam. Ressalte que um conjunto de ações e serviços em diversos níveis constituem um Sistema de Saúde.

3 - Retome a lista das doenças mais comuns em sua comunidade e identifique na rede de serviços os locais onde as pessoas são atendidas.

3 - Coordene as atividades em grupos, estimulando os relatos do atendimento oferecido às pessoas dentro e fora da aldeia e as formas de encaminhamento de pacientes entre esses serviços (referências).

5 - Oriente a discussão em grupos com a finalidade de resgatar o direito à saúde e de acesso aos serviços de saúde, preconizados na Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/1990, artigo 3º e no artigo 196 da Constituição Federal.

Problematize quais são os direitos e deveres do cidadão.

5 - Discuta a seguinte questão:• quais os problemas que você enfrenta quando

procura os serviços de saúde?

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28 Fundação Nacional de Saúde

Atividades do aluno Orientações para o instrutor

Continuação

6 - Participe da palestra: a proposta dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas.

6 - Prepare a exposição, apresentando em mapa a proposta da área de abrangência dos Dsei, dos serviços de saúde que o compõem e do seu funcionamento. Se possível, convide para esta exposição o gestor do Dsei ou seu representante, para que os possíveis questionamentos e dúvidas possam ser esclarecidos no debate. Enfoque o processo de organização de serviços no Dsei enquanto conquista da saúde como direito de cidadania.

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 29

Concentração: Conhecendo e organizando o serviço de saúdeSeqüência de atividades 5

Atividades do aluno Orientações para o instrutor

3 - Divida a turma em grupos e apóie o trabalho de elaboração do roteiro para as visitas domiciliares. Auxilie os agentes a fazer o planejamento com base no número de famílias que cada um atende. Oriente-os a utilizar o mapa da aldeia para facilitar o trabalho.

1- Participe da atividade de planejamento de ações educativas na comunidade, sobre o tema: prevenção de diarréia e IRA. Utilize o roteiro abaixo:

• qual será a atividade?• como será realizada?• quando será realizada?• quem vai participar?• quais pessoas da comunidade podem colaborar

no trabalho educativo?• qual o material necessário?

1 - Divida os alunos em pequenos grupos, de acordo com a atividade proposta:• 1º grupo: preparo de uma palestra sobre

prevenção de diarréia e IRA, para toda a comunidade;

• 2º grupo: elaboração de cartazes explicativos sobre prevenção de diarréia e IRA;

• 3º dramatização sobre o preparo do soro de reidratação oral (SRO) e orientação à mãe sobre os cuidados na administração. Acompanhe a elaboração dos trabalhos, discutindo a realidade dos agentes de saúde e incentivando propostas criativas, a participação comunitária e a expressão na língua indígena.

2 - Apresente em plenária o trabalho elaborado pelo seu grupo.

2 - Estimule a análise, pelos demais participantes, dos planejamentos apresentados. Discuta o papel do agente de saúde na divulgação de informações e o direito da comunidade de ter acesso a informações corretas. Avalie a necessidade de planejar atividades específicas para determinados grupos, como: mulheres, adolescentes, estudantes que moram na cidade, idosos. Utilize textos de apoio para subsidiar a discussão.

3 - Participe da atividade de planejamento da visita domiciliar às famílias de sua comunidade. Utilize o roteiro abaixo:• qual será a atividade?• como será realizada?• quando será realizada?• quantas famílias vão ser visitadas?• quanto tempo vai demorar?• qual o material necessário?• que estratégias serão utilizadas para abordagem

das famílias?• qual o melhor dia e horário para realizar as

visitas?• o que é importante observar em cada família?• quais perguntas devem ser feitas a cada

família?

4 - Coordene a atividade, auxiliando na sistema-tização do roteiro para a visita domiciliar.

4 - Apresente em plenária o trabalho elaborado pelo seu grupo.

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30 Fundação Nacional de Saúde

Dispersão

Atividades do aluno Orientações para o instrutor

6 - Realize atendimento de pacientes com IRA, junto à equipe de saúde.

7 - Verifique peso corporal

8 - Realize termometria.

9 - Verifique a freqüência respiratória.

7 a 11 - Utilize as fichas de avaliação de desempenho nºs 9, 10, 11, 12 e 13 para o desenvolvimento destas atividades, discutindo cada item com o aluno, antes da execução da atividade prática. Enfatize o papel do AIS junto à equipe de saúde.

1 - Com base na discussão da seqüência anterior, prepare atividades educativas para as comunidades no período de dispersão. Sugestões:• palestras;• exibição de filmes e slides;• visitas às escolas;• reuniões com grupos específicos: lideranças,

mulheres, adolescentes;• orientações individuais e em pequenos grupos• visitas domiciliares.

1 e 2 - Acompanhe o preparo da dispersão, estabelecendo cronograma de trabalho. Envolva outros profissionais do Dsei nas atividades. Oriente para a utilização do roteiro preparado na seqüência anterior.Utilize para avaliar as fichas nºs 1, 2 e 3.

2 - Realize visitas domiciliares às famílias de sua comunidade.

3 - Supervisione a atividade. Adeqüe os impressos existentes à realidade local ou construa os formulários. Caso o agente atue em mais de uma comunidade, ajude-o a organizar uma agenda de trabalho, buscando apoio das lideranças locais. Discuta a importância de se manter o cadastro atualizado, o fluxo das informações coletadas e a consolidação dos dados em forma de censo. Utilize a ficha de avaliação nº 4.

3 - Realize atividades de cadastro e organize o censo de famílias na comunidade.

4 - Realize atendimento de pacientes com diarréia e desidratação, junto à equipe de saúde.

4 e 6 - Observe a abordagem do paciente, constando: histórico, exame físico, conduta padronizada, atividades de orientação e registros. Utilize as fichas de avaliação nºs 5, 6, 7 e 8. Enfatize as ações a serem desenvolvidas pelos AIS.

5 - Execute procedimento de reidratação oral.

11 - Organize o seu local de trabalho.

10 - Realize anotações no livro de registro de atendimento.

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 31

Dias Seqüências de atividades

1º dia

2º dia

3º dia

4º dia

5º dia

6º dia

7º dia

8º dia

9º dia

10º dia

11º dia

12º dia

13º dia

14º dia

15º dia

Manhã Seq. 1/Ativ. 1 e 2 Tarde - Seq. 1/Ativ.3

Manhã - Seq. 1/Ativ. 4Tarde - Seq. 1/Ativ.5

Manhã - Seq. 2/Ativ.1 e 2Tarde - Seq. 2/Ativ.3 e 4

Manhã - Seq. 2/Ativ.5 e 6Tarde - Seq.3/Parte 1 Ativ.1, 2 e 3

Manhã - Seq.3/Parte 1 Ativ.4 e 5Tarde - Seq. 3/Parte 1 Ativ.6, 7 e 8

Manhã - Seq.3/Parte 1 Ativ.9 e 10Tarde - Seq. 3/ Parte 1 Ativ.11 e 12

Manhã - Seq.3/Parte 1 Ativ.13Tarde Seq. 3/Parte 1 Ativ.14

Manhã - Seq. 3/Parte 1 Ativ.15 e 16Tarde - Seq. 3/Parte 1 Ativ.17

Manhã - Seq. 3/Parte 1 Ativ.18 e 19Tarde - Seq. 3/Parte 2 Ativ. 1, 2 e 3

Manhã - Seq. 3/Parte 2 Ativ. 4, 5 e 6Tarde - Seq. 3/Parte 2 Ativ. 7, 8 e 9

Manhã Seq. 3/Parte 2 Ativ. 10 e 11Tarde - Seq. 3/Parte 2 Ativ.12 e 13

Manhã - Seq.3/Parte 2 Ativ. 14Tarde - Seq.3/Parte 2 Ativ.15

Manhã - Seq. 4/Ativ.1Tarde - Seq. 4/Ativ.2 e 3

Manhã - Seq. 4/Ativ.4Tarde - Seq. 4/Ativ.5 e 6

Manhã - Seq. 5 Ativ.1 e 2Tarde - Seq. 5 Ativ. 3 e 4.

XI - Carga horária sugerida

Concentração - 120 horasDispersão - 60 horas

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32 Fundação Nacional de Saúde

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 33

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34 Fundação Nacional de Saúde

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 35

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36 Fundação Nacional de Saúde

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 37

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e ex

plic

a o

obje

tivo

da v

isita

.•

Faz

-se

ente

nder

e o

rgan

iza

a in

form

ação

.•

Obs

erva

e r

egis

tra:

- no

me,

dat

a de

nas

cim

ento

e s

exo

das

pess

oas

da

casa

;-

núm

ero

de p

esso

as n

a ca

sa;

- nú

mer

o de

fam

ílias

da

alde

ia.

• A

tual

iza

as in

form

açõe

s do

cad

astr

o, d

e ac

ordo

com

a

freq

üênc

ia a

dota

da p

elo

Dis

trito

.•

Man

tém

atu

aliz

ado

o flu

xo d

e in

form

açõe

s.

Fich

a de

ava

liaçã

o de

des

empe

nho

4

Dat

a:A

ss. a

gent

e:A

ss. I

nstr

utor

/Sup

ervi

sor:

Cor

e:

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38 Fundação Nacional de Saúde

Nom

e do

Age

nte:

Etni

a:

Pólo

-bas

e:A

ldei

a

Ativ

idad

eD

esem

penh

osD

atas

Inst

ruto

r/Su

perv

isor

Rec

epçã

o e

aten

dim

ento

.•

Rec

ebe

o pa

cien

te c

om c

ordi

alid

ade

e at

ençã

o.•

Lev

anta

dad

os d

e id

entif

icaç

ão e

mot

ivo

da p

rocu

ra.

• P

reen

che

adeq

uad

amen

te o

liv

ro d

e re

gist

ro d

e at

endi

men

to c

om o

s da

dos

de h

istó

ria,

exa

me

físic

o e

cond

uta.

• R

ealiz

a o

aten

dim

ento

e p

roce

de a

os e

ncam

inha

men

tos

nece

ssár

ios.

• O

rien

ta o

doe

nte

ou f

amili

ar q

uant

o à

cond

uta

ou

enca

min

ham

ento

dec

orre

nte.

Fich

a de

ava

liaçã

o de

des

empe

nho

5

Dat

a:A

ss. a

gent

e:A

ss. I

nstr

utor

/Sup

ervi

sor:

cons

elho

:

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 39

Nom

e do

Age

nte:

Etni

a:

Pólo

-bas

e:A

ldei

a

Ativ

idad

eD

esem

penh

osD

atas

Inst

ruto

r/Su

perv

isor

Ate

ndim

ento

de

pac

ient

es c

om

diar

réia

e d

esid

rata

ção.

• I

dent

ifica

cas

os d

e di

arré

ia.

• I

dent

ifica

o e

stad

o de

hid

rata

ção

por m

eio

dos

sina

is d

e al

erta

(ch

oro,

lág

rim

as,

lábi

os r

esse

cado

s, d

imin

uiçã

o da

uri

na, o

lhos

fund

os).

• P

repa

ra e

adm

inis

tra

o so

ro d

e re

idra

taçã

o or

al e

ori

enta

a

fam

ília

para

fazê

-lo.

• O

rien

ta a

fam

ília

quan

to à

man

uten

ção

da a

limen

taçã

o,

incl

usiv

e o

alei

tam

ento

mat

erno

(se

for

o ca

so).

• A

dmin

istr

a m

edic

amen

tos

por

via

oral

pre

scri

tos

pelo

m

édic

o.•

Aco

mp

anh

a a

evo

luçã

o d

o q

uad

ro (

mer

o e

ca

ract

erís

tica

s da

s el

imin

açõe

s, p

eso

e hi

drat

ação

) ad

otan

do a

con

duta

ade

quad

a.

Fich

a de

ava

liaçã

o de

des

empe

nho

6

Dat

a:A

ss. a

gent

e:A

ss. I

nstr

utor

/Sup

ervi

sor:

cons

elho

:

Page 42: MÓDULO INTRODUTÓRIO - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agentes_indigenas_introdutorio.pdf · próprios AIS, de proposta de intervenção na realidade, colaborando

Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 40

Nom

e do

Age

nte:

Etni

a:

Pólo

-bas

e:A

ldei

a

Ativ

idad

eD

esem

penh

osD

atas

Inst

ruto

r/Su

perv

isor

Ad

min

istr

ação

do

so

ro d

e re

idra

taçã

o or

al (S

RO

).•

Ori

enta

a m

ãe q

uant

o ao

tra

tam

ento

, so

licita

ndo

sua

cola

bora

ção.

• L

ava

as m

ãos

ante

s e

depo

is d

o pr

oced

imen

to.

• D

ilu

i o

s sa

is e

m u

m l

itro

de

águ

a, à

tem

per

atu

ra

ambi

ente

.•

Ofe

rece

o so

ro à

von

tade

, util

izan

do-s

e de

serin

ga, c

olhe

r, co

po o

u cu

ia.

• O

bser

va a

cria

nça

cont

inua

men

te c

om re

laçã

o à

evol

ução

cl

ínic

a e

à ac

eita

ção

do s

oro.

• C

ontr

ola

peso

e te

mpe

ratu

ra c

orpo

rais

.•

Adm

inis

tra

lent

amen

te o

sor

o qu

ando

a c

rian

ça t

em

epis

ódio

s de

vôm

ito.

• U

tiliz

a a

ficha

de

acom

panh

amen

to p

ara

a TR

O.

• R

efer

e o

paci

ente

à e

quip

e/se

rviç

o de

saú

de c

onfo

rme

a ev

oluç

ão c

línic

a.•

Faz

reg

istr

o em

livr

o pa

dron

izad

o.

Fich

a de

ava

liaçã

o de

des

empe

nho

7

Dat

a:A

ss. a

gent

e:A

ss. I

nstr

utor

/Sup

ervi

sor:

cons

elho

:

Ass

. Coo

rden

ador

/Sup

ervi

sor

da in

stitu

ição

de

ensi

no:

cons

elho

:A

ss. C

oord

enad

or d

a fo

rmaç

ão/D

sei

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 41

Nom

e do

Age

nte:

Etni

a:

Pólo

-bas

e:A

ldei

a

Ativ

idad

eD

esem

penh

osD

atas

Inst

ruto

r/Su

perv

isor

Ate

ndim

ento

de

paci

ente

s com

IR

A.

• I

dent

ifica

cas

os d

e IR

A c

lass

ifica

ndo

em: s

em p

neum

onia

; co

m p

neum

onia

; com

pne

umon

ia g

rave

.•

Ori

enta

a fa

míli

a e

aplic

a m

edid

as q

ue b

aixa

m a

febr

e e

aliv

iam

a d

or.

• O

rien

ta e

apl

ica

med

idas

que

mel

hora

m a

fun

ção

resp

irat

ória

(hi

drat

ação

ora

l e

nebu

lizaç

ão),

conf

orm

e pr

otoc

olo

loca

l.•

Adm

inis

tra

med

icam

ento

s po

r vi

a or

al p

resc

rito

s pe

lo

méd

ico.

• I

dent

ifica

os

sina

is d

e al

arm

e pa

ra r

efer

ênci

a à

equi

pe

de s

aúde

(re

spir

ação

ráp

ida

ou d

ifíci

l; di

ficul

dade

em

al

imen

tar-

se o

u in

geri

r líq

uido

s; p

iora

do

esta

do g

eral

) e

adot

a a

cond

uta

adeq

uada

a c

ada

caso

.

Fich

a de

ava

liaçã

o de

des

empe

nho

8

Dat

a:A

ss. a

gent

e:A

ss. I

nstr

utor

/Sup

ervi

sor:

cons

elho

:

Page 44: MÓDULO INTRODUTÓRIO - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agentes_indigenas_introdutorio.pdf · próprios AIS, de proposta de intervenção na realidade, colaborando

42 Fundação Nacional de Saúde

Nom

e do

Age

nte:

Etni

a:

Pólo

-bas

e:A

ldei

a

Ativ

idad

eD

esem

penh

osD

atas

Inst

ruto

r/Su

perv

isor

Verif

icaç

ão d

e pe

so c

orpo

ral.

• L

ava

as m

ãos

ante

s e

depo

is d

o pr

oced

imen

to.

• T

ara

a ba

lanç

a an

tes

do p

roce

dim

ento

.•

Co

loca

o p

acie

nte

no

cen

tro

da

bal

ança

(se

m

calç

ados

).•

Ide

ntifi

ca o

pes

o in

dica

do n

a es

cala

.•

Tra

va a

bal

ança

.•

Reg

istr

a no

livr

o ap

ropr

iado

.

Fich

a de

ava

liaçã

o de

des

empe

nho

9

Dat

a:A

ss. a

gent

e:A

ss. I

nstr

utor

/Sup

ervi

sor:

cons

elho

:

Page 45: MÓDULO INTRODUTÓRIO - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agentes_indigenas_introdutorio.pdf · próprios AIS, de proposta de intervenção na realidade, colaborando

Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 43

Nom

e do

Age

nte:

Etni

a:

Pólo

-bas

e:A

ldei

a

Ativ

idad

eD

esem

penh

osD

atas

Inst

ruto

r/Su

perv

isor

Term

omet

ria.

Lava

as

mão

s an

tes

e de

pois

do

proc

edim

ento

.•

Pr

oced

e à

lim

peza

do

term

ômet

ro,

segu

ra-o

pel

a ex

trem

idad

e op

osta

ao

bulb

o e

faz

baix

ar a

col

una

do

mer

cúri

o a

36º

C.

Iden

tific

a os

loc

ais

adeq

uado

s pa

ra a

ver

ifica

ção

da

tem

pera

tura

.•

En

xuga

a a

xila

do

paci

ente

, de

acor

do c

om o

cas

o.•

M

anté

m o

ter

môm

etro

no

loca

l es

colh

ido

por

tem

po

sufic

ient

e (3

a 5

min

).•

Pr

oced

e co

rret

amen

te à

leitu

ra.

Lim

pa n

ovam

ente

o t

erm

ômet

ro e

gua

rda

em l

ocal

ap

ropr

iado

.•

R

egis

tra

no li

vro

apro

pria

do.

Fich

a de

ava

liaçã

o de

des

empe

nho

10

Dat

a:A

ss. a

gent

e:A

ss. I

nstr

utor

/Sup

ervi

sor:

cons

elho

:

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44 Fundação Nacional de Saúde

Nom

e do

Age

nte:

Etni

a:

Pólo

-bas

e:A

ldei

a

Ativ

idad

eD

esem

penh

osD

atas

Inst

ruto

r/Su

perv

isor

Veri

ficaç

ão d

a re

spir

ação

.•

Con

ta o

s m

ovim

ento

s re

spir

atór

ios

de f

orm

a a

evita

r al

tera

ções

vol

untá

rias

.•

Faz

a c

onta

gem

da

resp

iraç

ão d

uran

te u

m m

inut

o.•

Ano

ta c

orre

tam

ente

o r

esul

tado

, re

lata

ndo

o ri

tmo

e a

prof

undi

dade

da

resp

iraç

ão.

• O

bser

va s

e há

tira

gem

inte

rcos

tal.

• R

egis

tra

no li

vro

padr

oniz

ado.

Fich

a de

ava

liaçã

o de

des

empe

nho

11

Dat

a:A

ss. a

gent

e:A

ss. I

nstr

utor

/Sup

ervi

sor:

cons

elho

:

Page 47: MÓDULO INTRODUTÓRIO - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agentes_indigenas_introdutorio.pdf · próprios AIS, de proposta de intervenção na realidade, colaborando

Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 45

Nom

e do

Age

nte:

Etni

a:

Pólo

-bas

e:A

ldei

a

Ativ

idad

eD

esem

penh

osD

atas

Inst

ruto

r/Su

perv

isor

Ano

taçõ

es n

o liv

ro d

ere

gist

ro d

e at

endi

men

tos.

• P

reen

che

corr

etam

ente

tod

os o

s da

dos

solic

itado

s no

liv

ro d

e re

gist

ros.

• A

nota

os

dado

s im

edia

tam

ente

apó

s o

aten

dim

ento

.•

Faz

o r

egis

tro

dos

reto

rnos

.•

Faz

o r

egis

tro

dos

aten

dim

ento

s do

mic

ilia

res

e de

vi

agen

s pa

ra a

tend

imen

to.

• F

az a

nota

ções

legí

veis

e c

ompl

etas

, ass

inan

do a

o fin

al

de c

ada

aten

dim

ento

.•

Con

solid

a no

fina

l do

mês

os

aten

dim

ento

s re

aliz

ados

e

deix

a an

otad

o no

livr

o.•

Enc

amin

ha d

ados

ao

supe

rvis

or o

ao

Dse

i.

Fich

a de

ava

liaçã

o de

des

empe

nho

12

Dat

a:A

ss. a

gent

e:A

ss. I

nstr

utor

/Sup

ervi

sor:

cons

elho

:

Page 48: MÓDULO INTRODUTÓRIO - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agentes_indigenas_introdutorio.pdf · próprios AIS, de proposta de intervenção na realidade, colaborando

46 Fundação Nacional de Saúde

Nom

e do

Age

nte:

Etni

a:

Pólo

-bas

e:A

ldei

a

Ativ

idad

eD

esem

penh

osD

atas

Inst

ruto

r/Su

perv

isor

Org

aniz

ação

do

esp

aço

de

trab

alho

.•

Lim

pa p

iso,

móv

eis

e ut

ensí

lios

da u

nida

de d

e sa

úde.

• M

anté

m a

ord

em n

o lo

cal d

e at

endi

men

to n

a al

deia

• P

rocu

ra o

rgan

izar

-se

para

o tr

abal

ho, d

entr

o da

cul

tura

do

seu

pov

o.•

Man

tém

em

ord

em a

s m

edic

açõe

s em

uso

.•

Man

tém

em

ord

em a

s m

edic

açõ

es e

m e

sto

qu

e,

veri

fican

do d

ata

de v

alid

ade.

• A

bast

ece

de á

gua

limpa

o lo

cal d

e at

endi

men

to.

• M

anté

m li

mpo

s os

pan

os p

ara

seca

r as

mão

s.•

Col

oca

papé

is,

livro

s de

reg

istr

o ou

for

mul

ário

s em

or

dem

.

Fich

a de

ava

liaçã

o de

des

empe

nho

13

Dat

a:A

ss. a

gent

e:A

ss. I

nstr

utor

/Sup

ervi

sor:

cons

elho

:

Page 49: MÓDULO INTRODUTÓRIO - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agentes_indigenas_introdutorio.pdf · próprios AIS, de proposta de intervenção na realidade, colaborando

Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 47

Nom

e do

Age

nte:

Etni

a:

Pólo

-bas

e:A

ldei

a

Dat

aD

escr

ição

do

fato

obs

erva

do p

elo

inst

ruto

r/su

perv

isor

Diá

logo

com

o a

gent

e

Fich

a de

reg

istr

os d

e fa

tos

Dat

a:A

ss. a

gent

e:A

ss. I

nstr

utor

/Sup

ervi

sor:

cons

elho

:

Page 50: MÓDULO INTRODUTÓRIO - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agentes_indigenas_introdutorio.pdf · próprios AIS, de proposta de intervenção na realidade, colaborando

48 Fundação Nacional de Saúde

Obs

erva

ção:

Pare

cer

do In

stru

tor/

Supe

rvis

or.

Alu

no a

pto,

des

envo

lven

do s

uas

ativ

idad

es c

om a

uton

omia

Alu

no a

pto,

req

uere

ndo

acom

panh

amen

to e

vent

ual

Alu

no a

pto,

req

uere

ndo

acom

panh

amen

to c

onst

ante

Alu

no n

ão a

pto,

nec

essi

tand

o pa

ssar

nov

amen

te p

elas

eta

pas

de c

once

ntra

ção

e/ou

dis

pers

ão.

Col

eta

info

rmaç

ões

sobr

e sa

úde/

doen

ça n

a co

mun

idad

e.R

ealiz

a tr

abal

hos

educ

ativ

os s

obre

os

tem

as a

bord

ados

.Fa

z vi

sita

dom

icili

ar.

Rea

liza

cada

stro

das

fam

ílias

em

sua

áre

a de

atu

ação

.A

com

panh

a e

cont

rola

cas

os d

e di

arré

ia e

des

idra

taçã

o.A

dmin

istr

a so

ro d

e re

idra

taçã

o or

al.

Rea

liza

term

omet

ria.

Veri

fica

peso

cor

pora

l.A

com

panh

a e

cont

rola

cas

os d

e IR

A.

Veri

fica

resp

iraç

ão.

Faz

anot

açõe

s no

livr

o de

reg

istr

o de

ate

ndim

ento

s.O

rgan

iza

seu

espa

ço d

e tr

abal

ho.

Nom

e do

Age

nte:

Etni

a:

Pólo

-bas

e:A

ldei

a

Des

empe

nho

Fina

lC

orre

spon

de à

s ex

pect

ativ

as

dest

a et

apa

do p

roce

sso

de

apre

ndiz

agem

Nec

essi

ta e

vent

ualm

ente

de

ajud

a e

orie

ntaç

ão

Ain

da a

pres

enta

di

ficul

dade

s, n

eces

sita

ndo

de a

juda

e o

rien

taçã

o co

nsta

ntes

Ava

liaçã

o de

Des

empe

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Fina

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Formação Inicial para Agentes Indígenas de Saúde - Módulo Introdutório 49

XIV - Referências bibliográficas

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BRASIL. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para promoção e recuperação à saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, v.128, n.182, p.18055, 20 set. 1990. Seção 1.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE. ABC do SUS: doutrinas e princípios. Brasília: Ministério da Saúde, 1990.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia curricular para a formação do atendente de consultório dentário para atuar na Rede Básica do SUS - vol. 1. Brasília: Ministério da Saúde, 1998.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia curricular para formação do auxiliar de enfermagem para atuar na Rede Básica do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 1994.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Conferência Nacional de Saúde, 8., 1986 mar. 17-21; Brasília, Brasil. Relatório final. Brasília: Ministério da Saúde, 1987.

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50 Fundação Nacional de Saúde

Elaboração: Setembro de 1999Ena de Araújo Galvão - Coordenadora RH/VigisusEstela Wurker - ISA/SPHerbert Pereira de Melo - CRH/FunasaLavínia Santos de Souza Oliveira - Esma/Unifesp/Dsei XinguMaria Aparecida A . Guerra - Cosai/FunasaMaria Bittencourt - Apina/APMarina Machado - Organização Saúde em Limites - AM/Dsei Alto Rio NegroSuzana Grillo - Funai

Revisão: Setembro de 2002Eugênia Belém Calazans Coelho - Desai/FunasaSolange de Carvalho Oliveira - Escola de Formação Técnica em saúde "Enf. Izabel dos Santos"/Etis/SES/RJ

Colaboração:Maria Hilda Alves de Souza - Desai/FunasaSusana Grillo Guimarães - Desai/FunasaVanide Rivero - Desai/Funasa

Capa e projeto gráfico do mioloGláucia Elisabeth de Oliveira – Nemir/Codec/Ascom/Presi/Funasa/MS

Revisão ortográfica e gramaticalOlinda Myrtes Bayma S. Melo - Nemir/Codec/Ascom/Presi/Funasa/MS

DiagramaçãoMaria Célia de Souza - Nemir/Codec/Ascom/Presi/Funasa/MS

Normalização bibliográficaRaquel Machado Santos - Comub/Ascom/Presi/Funasa/MS

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