12
PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves UNIDADE DE ENSINO: Economia 1 ead.faminas.edu.br Neste módulo nossa discussão iniciará sobre os tópicos da abordagem macroeconômica, que são assuntos muito abordados nos jornais e revistas especializadas. São assuntos que dizem a respeito da situação econômica, indicadores econômicos, condução da política econômica e sobre os problemas econômicos dos países. Espero que vocês tirem bom proveito deste material, e passem a entender melhor os jargões econômicos que são utilizados em jornais e revistas, e passem a entender de forma clara a situação econômica do nosso país e do mundo. 3.1- Conceito de macroeconomia 3.2- A contabilidade Nacional de um país 3.3- Crescimento e Desenvolvimento econômico 3.4- Demanda e oferta agregada 3.5- Políticas macroeconômicas: Fiscal e Monetária 3.6- Moeda Como a economia atualmente se encontra, em períodos altos e baixos, a macroeconomia se torna fundamental para entendermos os acontecimentos recentes. A macroeconomia é uma parte da ciência econômica, que além de procurar soluções para os problemas econômicos de um país, buscam minimizar também possíveis efeitos de problemas ocorridos nas economias externas, que acabam por afetar as economias internas também. Ou seja, uma crise que ocorra em qualquer parte do mundo poderá afetar o meu país. A globalização e as relações econômicas entre os países tornaram as decisões econômicas pautadas não só nos problemas internos, mas também nos problemas externos, e isso será objeto de estudo dessa unidade que iniciamos agora, denominada de teoria macroeconômica. Introdução Tópicos abordados nesta unidade 3.1- TEORIA MACROECONÔMICA

Modulo_3 (3)

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Modulo_3 (3)

PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves

UNIDADE DE ENSINO: Economia

1 ead.faminas.edu.br

Neste módulo nossa discussão iniciará sobre os tópicos da abordagem macroeconômica, que são

assuntos muito abordados nos jornais e revistas especializadas. São assuntos que dizem a respeito

da situação econômica, indicadores econômicos, condução da política econômica e sobre os

problemas econômicos dos países. Espero que vocês tirem bom proveito deste material, e passem a

entender melhor os jargões econômicos que são utilizados em jornais e revistas, e passem a

entender de forma clara a situação econômica do nosso país e do mundo.

3.1- Conceito de macroeconomia

3.2- A contabilidade Nacional de um país

3.3- Crescimento e Desenvolvimento econômico

3.4- Demanda e oferta agregada

3.5- Políticas macroeconômicas: Fiscal e Monetária

3.6- Moeda

Como a economia atualmente se encontra, em períodos altos e baixos, a macroeconomia se torna

fundamental para entendermos os acontecimentos recentes.

A macroeconomia é uma parte da ciência econômica, que além de procurar soluções para os

problemas econômicos de um país, buscam minimizar também possíveis efeitos de problemas

ocorridos nas economias externas, que acabam por afetar as economias internas também. Ou seja,

uma crise que ocorra em qualquer parte do mundo poderá afetar o meu país. A globalização e as

relações econômicas entre os países tornaram as decisões econômicas pautadas não só nos

problemas internos, mas também nos problemas externos, e isso será objeto de estudo dessa

unidade que iniciamos agora, denominada de teoria macroeconômica.

Introdução

Tópicos abordados nesta unidade

3.1- TEORIA MACROECONÔMICA

Page 2: Modulo_3 (3)

PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves

UNIDADE DE ENSINO: Economia

2 ead.faminas.edu.br

A contabilidade nacional de um país demonstra o significado de alguns índices econômicos de um

país como índices de produção, e as transações deste país com o resto do mundo. Exemplo:

Quando falamos que o PIB de um país foi de X bilhões em determinado ano, esse índice faz parte da

contabilidade nacional do país.

Mas qual será o significado destas siglas tão faladas como PIB/ PNB/ PIL/ PNL? É o que vamos

aprender agora.

PIB- PRODUTO INTERNO BRUTO.

PIB= Computação de todos os bens e serviços finais produzidos em economia uma economia.

Para se evitar a dupla contabilização no PIB, só se considera os bens e serviços finais, ou seja,

aqueles que não vão sofrer um processo de industrialização.

Tudo que é produzido dentro do país por empresas nacionais e estrangeiras. Ou seja, tudo aquilo

que as empresas brasileiras e as empresas estrangeiras produzem dentro do território brasileiro,

serão computadas no PIB. Esse é um dos indicadores mais importantes que existe, através dele é

que são mensurados os índices de crescimento econômico. Por exemplo, através de uma subtração

da medida do PIB de 2009 e do PIB de 2010, o resultado dessa subtração índica quanto que o país

cresceu ou retraiu de um ano para outro.

Existem dois indicadores de PIB, um denominado de real e outro denominado nominal. Vamos as

suas diferenciações.

PIB Real - Mede a taxa de crescimento da economia a preços constantes, levando em

consideração uma variação real ou física (ano base). Indica que houve aumento ou queda do

volume físico da produção sem considerar os preços. Todas as mercadorias e serviços

produzidos no país a preços constantes. Mede também o PNB per capita, que é o PNB real

dividido pela população.

PIB Nominal- Valor que considera a variação de preços, ou seja leva em consideração a inflação

(mede produção considerando os preços do ano). Todas as mercadorias e serviços produzidos

no país a preços correntes.

3.2- A CONTABILIDADE NACIONAL

Page 3: Modulo_3 (3)

PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves

UNIDADE DE ENSINO: Economia

3 ead.faminas.edu.br

PNB- PRODUTO NACIONAL BRUTO.

Tudo o que é produzido pelo país, empresas nacionais, dentro do seu território e fora dele. Uma

forma de computar o PNB é subtrair do PIB a produção das empresas estrangeiras que estão no

país (renda enviada ao exterior) e somar a produção de empresas brasileiras que estão no exterior

(renda líquida recebida do exterior).Ou seja, empresas que estão dentro do Brasil ou fora do território

brasileiro (exterior), terão suas produções computadas no PNB brasileiro.

PNL- PRODUTO NACIONAL LÍQUIDO.

É o produto nacional bruto descontando-se a depreciação, que é considerada neste caso a produção

de maquinas destinada para a reposição.

Depreciação: As máquinas e equipamentos fazem parte do processo de produção. O desgaste

dessas máquinas e equipamentos é o que chamamos de depreciação. Ou seja, um valor que os

empresários vão destinar a reposição de máquinas e equipamentos que vão sofrer um desgaste ao

longo do tempo.

O PNL é dividido em duas categorias:

PNL a custo de fatores- desconta os impostos indiretos.

PNL a preços de mercado- incluí os impostos indiretos.

Mas qual seria a diferença entre impostos diretos e indiretos?

Os impostos indiretos são aqueles que estão embutidos nos preços dos produtos, pagamos por eles

quando consumimos bens e serviços, mas não temos consciência do valor que pagamos. Exemplos:

IPI, ICMS.

Já os impostos diretos são aqueles que pagamos a parte, temos ciência do valor que

desembolsamos nos pagamentos destes impostos. Como IPVA, IPTU, IR.

Page 4: Modulo_3 (3)

PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves

UNIDADE DE ENSINO: Economia

4 ead.faminas.edu.br

RENDA PER CAPITA.

É considerado o melhor indicador de riqueza ou bem-estar da comunidade. Se tomarmos o PIB real

e dividirmos pela população do país, obteremos o PIB real per capita. Ou seja, terei um indicador que

me demonstra qual seria a renda gerada ou a sua contribuição por pessoa em relação ao que é

produzido no país.

Existem duas formas de melhorar esse indicador. A economia fica mais rica quando seu PIB real

aumenta, ou quando á população diminuí. Mas não sabemos de que forma essa renda está

distribuída, as vezes o aumento do PIB real foi devido a um aumento do lucro dos empresários. No

Brasil a renda per capita não se aproxima da nossa realidade econômica, pois no nosso país essa

renda é mal distribuída. A maioria da população fica com vinte por cento do PIB e a minoria da

população fica com oitenta por cento do PIB.

Crescimento Econômico, quer dizer crescimento da produção do país (PIB). Todas as vezes que o

país aumenta sua produção em relação ao ano anterior ele atinge taxas de crescimento econômico.

Esse indicador é importante por indicar se o país está em crescimento, uma das premissas para ele

atingir desenvolvimento econômico, ou se o mesmo se encontra em recessão que significa a

retração da atividade econômica. A medida que o país cresce ocorre consequentemente um

aumento da geração de emprego e de renda.

Esses indicadores que definimos, são muito importantes na

macroeconomia, pois vão ser determinantes para os conceitos de

crescimento de desenvolvimento econômico, assuntos que vamos

discutir no próximo tópico. Vocês sabem a diferença entre

crescimento e desenvolvimento econômico? E aí somos um país

desenvolvido?

Vamos ao próximo assunto para responder a essa pergunta.

3.3- DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO ECONÔMICO

Page 5: Modulo_3 (3)

PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves

UNIDADE DE ENSINO: Economia

5 ead.faminas.edu.br

Desenvolvimento Econômico, para um país ser considerado como desenvolvido são analisadas três

variáveis: Crescimento econômico, renda per capita e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Já

mencionamos os significados de crescimento econômico e de renda per capita, vamos definir melhor

o significado de IDH. Faz parte da composição do IDH diversas variáveis como: índice de

analfabetismo, número de leitos por habitantes, saneamento, expectativa de vida ao nascer, etc.

Na microeconomia conceituamos demanda e oferta, na macroeconomia essa demanda e oferta, são

denominadas de demanda agregada e oferta agregada, pois não demonstram somente o

comportamento das famílias e das empresas, mas tratam de uma série de variáveis agregadas, as

quais descreveremos a seguir.

DEMANDA AGREGADA

= Demanda Agregada

= Consumo ( significam os gastos que temos com consumo).

= Investimentos (valor que as empresas ou empresários destinam a investimentos em bens ou

serviços).

= Governo (gastos ou consumo do governo, se por uma lado o governo arrecada por outro lado

ele gasta. Esse G representa os gastos do governo em diversas esferas, como serviços básicos

educação, saúde e segurança, como gastos em investimentos).

= Exportações (o que produzimos de forma excedente e eficiente e podemos vender ao exterior).

O Brasil é considerado um país emergente, pois apesar do

crescimento seu IDH é baixo e sua renda per capita é mal

distribuída, para melhorar seu desenvolvimento econômico o

Brasil precisa melhorar a distribuição de renda per capita e seu

IDH.

Conclusão: o Brasil ainda não é um país desenvolvido.

3.4- DEMANDA E OFERTA AGREGADAS

Page 6: Modulo_3 (3)

PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves

UNIDADE DE ENSINO: Economia

6 ead.faminas.edu.br

= Importações (aquilo que não produzimos de forma competitiva ou que não é suficiente a nossa

produção para atender o mercado interno, precisamos comprar de outros países, para atender ao

consumo interno).

A demanda da microeconomia analisa o comportamento dos consumidores. A demanda da

macroeconomia analisa o comportamento dos consumidores, dos empresários, do governo, as

exportações e as importações, o que denominamos de demanda agregada.

Componentes da demanda agregada: É composta pela soma do consumo ( ), investimentos ( ),

gastos do governo ( ), exportação ( ), subtraindo-se a importação ( ).

OFERTA AGREGADA.

A oferta da microeconomia analisa o comportamento dos produtores. A oferta da macroeconomia

analisa a produção das empresas e do governo. Ou seja, toda a produção de bens e serviços

disponíveis no sistema econômico. Essa produção poderá ser oferecida pelas empresas (setor

privado) ou pelo governo (setor público).

Oferta Agregada: mostra o nível de preço associado ao produto (produção nacional).

Política fiscal

A política fiscal significa medidas tomadas pelo governo, referente aos impostos para restringir ou

aumentar o consumo e a produção. Ela poderá ser expansiva ou restritiva.

Exemplo: O governo adotou uma política de redução de IPI sobre automóveis e de linha branca

recentemente. Essa redução de IPI, diminuiu os preços finais dos automóveis e dos produtos de

linha branca, o que acabou incentivando o consumo e a produção. Essa política realizada pelo

governo foi uma política fiscal expansiva, ou seja, o governo diminuiu os impostos para aumentar o

consumo e a produção, evitando assim que a nossa economia entrasse em um período de recessão

que seria ocasionado pela crise norte-americana.

3.5- POLITICAS MACROECONÔMICAS FISCAL E MONETÁRIA

Page 7: Modulo_3 (3)

PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves

UNIDADE DE ENSINO: Economia

7 ead.faminas.edu.br

Política fiscal no modelo de D.A

Uma política fiscal expansiva levará a um aumento da demanda agregada e uma política fiscal

restritiva levará á uma diminuição da demanda agregada.

Se o governo resolver aumentar os impostos (política fiscal restritiva), isso implicará em diminuição

do poder de compra das pessoas logo haverá queda da demanda agregada.

Se o governo resolver diminuir os impostos (política fiscal expansiva), isso implicará em aumento do

poder de compra das pessoas logo haverá aumento da demanda agregada.

Política fiscal no modelo de O.A

Uma política fiscal expansiva levará a um aumento da oferta agregada e uma política fiscal restritiva

levará á uma diminuição da oferta agregada.

Se o governo resolver aumentar os impostos (política fiscal restritiva), isso implicará em diminuição

do poder de compra das pessoas logo haverá queda da oferta agregada, ou seja, menor consumo

implicará em menor produção por parte das empresas.

Se o governo resolver diminuir os impostos (política fiscal expansiva), isso implicará em aumento do

poder de compra das pessoas logo haverá aumento da oferta agregada, ou seja, maior consumo

implicará em maior produção por parte das empresas.

Política monetária.

A política monetária também é uma política governamental, são políticas as quais se refere a uma

reforma monetária, aumento/diminuição de dinheiro em circulação ou poder de compra.

Por exemplo, vocês já devem ter ouvido falar de uma taxa chamada de SELIC (Sistema Especial de

Liquidação e Custódia). A taxa SELIC é a taxa de juros, básica da economia e atualmente um dos

seus papéis é manter a inflação sobre controle. O COPOM (Comitê de Política Monetária) é o órgão

responsável pela determinação da SELIC.

Todas as vezes que o COPOM, decide elevar a taxa SELIC, significa que os juros vão aumentar, se

o juros aumentam o poder de compra das pessoas diminui, teremos menos moeda em circulação.

Como o consumo deve diminuir e a produção também, denominamos essa política de política

monetária restritiva, uma vez que, essa política visa reduzir o consumo e a produção. Se o consumo

diminui, menor demanda, menor preço e menor inflação também.

Todas as vezes que o COPOM reduz a taxa SELIC, significa que os juros vão diminuir, se o juros

diminuem, o poder de compra aumenta e a quantidade de moeda em circulação também, com isso, o

Page 8: Modulo_3 (3)

PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves

UNIDADE DE ENSINO: Economia

8 ead.faminas.edu.br

consumo deve aumentar e a produção também. Denominamos essa política de monetária expansiva,

uma vez que, ela visa aumentar o poder de compra, o consumo e a produção. Se o consumo

aumenta, as pessoas tendem a demandar mais, com a demanda superior a oferta, os preços

aumentam e haverá inflação.

Política monetária no modelo de D.A

Uma política monetária expansiva aumenta o estoque de moeda ou poder de compra, implicando em

aumento da demanda agregada, as pessoas tendo maior poder de compra tendem a aumentar o seu

consumo.

Uma política monetária restritiva significa que o governo resolve retirar dinheiro de circulação, ou

diminuir o estoque de moeda ou poder de compra, teremos uma queda da demanda agregada, as

pessoas tendo menor poder de compra tendem a diminuir o seu consumo.

Política monetária no modelo de O.A

Uma política monetária restritiva levará á uma diminuição da oferta agregada. Se o governo resolver

aumentar os juros (política monetária restritiva), isso implicará em diminuição do poder de compra

das pessoas, diminuição da demanda, logo haverá queda da oferta agregada.

Uma política monetária expansiva levará a um aumento da oferta agregada Se o governo resolver

diminuir os juros (política monetária expansiva), isso implicará em aumento do poder de compra das

pessoas logo haverá aumento da oferta agregada.

Resumindo...

“Toda a política restritiva independente de ser uma política fiscal ou monetária, visa reduzir o consumo e a produção. Toda a política expansiva independente de ser uma política fiscal ou monetária visa aumentar o consumo e a produção.”

Page 9: Modulo_3 (3)

PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves

UNIDADE DE ENSINO: Economia

9 ead.faminas.edu.br

Equilíbrio de mercado

Na microeconomia o equilíbrio de mercado ocorrerá quando a quantidade demandada e ofertada se

igualarem. Na macroeconomia não é nada diferente, o equilíbrio também vai ocorrer quando a

demanda agregada e a oferta agregada forem iguais. Ou podemos dizer que, esse equilíbrio ocorrerá

quando houver um intercepto entre as curvas de demanda agregada e oferta agregada.

Nesse ponto teremos uma taxa de juros de equilíbrio e uma produção de equilíbrio. Ou seja, a taxa

de juros determinada pelo COPOM, será a ideal tanto para o sistema econômico, controlando a

inflação e também para o sistema produtivo.

Origem

Antes do surgimento da moeda a economia era baseada nas trocas de mercadorias, o que era

denominada de economia de escambo. Mas nem sempre havia uma coincidência para a realização

dessas trocas, e a economia foi se aperfeiçoando, para criar algo que fosse facilitar essas trocas.

Primeiro criaram uma mercadoria moeda, que fosse aceita para todos os tipos de troca, o sal foi á

primeira mercadoria moeda. Depois vieram os metais preciosos e com o passar do tempo a moeda,

que surge com a finalidade de facilitar as transações comerciais, ou seja, um instrumento monetário

que seja aceito por todos.

A moeda é o instrumento monetário de maior liquidez no sistema econômico, é aceita por todos em

qualquer tipo de transação comercial.

Atualmente o governo está alterando a taxa de juros SELIC, ela está

tendo uma tendência de alta para controlar a inflação, que novamente

nos ameaça, mas essa elevação é muito criticada pelo setor produtivo

que é prejudicado por essa elevação. Vocês podem aprofundar mais

sobre este assunto, basta consultar o livro.

Manual de Economia – Professores da USP capítulos 15 e 19.

3.6- MOEDA

Page 10: Modulo_3 (3)

PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves

UNIDADE DE ENSINO: Economia

10 ead.faminas.edu.br

Funções

O dinheiro surgiu como forma de pagamento das transações comerciais. O dinheiro pode ser

definido como o que é aceito por todos como forma de troca.

A principal função do dinheiro é servir como meio de troca, ou como intermediário da troca. Porém o

dinheiro tem outras funções.

Ele pode servir também como reserva de valor, quando uma pessoa recebe um dinheiro e

guarda para gastá-lo depois.

Como unidade de contabilidade, ou seja, o dinheiro é utilizado como padrão monetário, todos

os bens e serviços possuem o seu valor baseado no padrão monetário, a moeda é utilizada

para determinar preços.

CARACTERÍSTICAS QUE A MOEDA DEVE TER.

Indestrutibilidade: Deve ser durável. Algo difícil de ser destruído

Inalterabilidade: Difícil de ser falsificada.

Homogeneidade: Ser facilmente ser convertida em outras.

Divisibilidade: Possuir vários valores.

Transferibilidade: Poder passar de um indivíduo para outro.

Facilidade de manuseio e transporte.

TIPOS DE MOEDA.

Moeda fiduciária: Tinha seu lastro em ouro. Para toda a moeda emitida na economia o governo

daquele país deveria ter o correspondente em reservas de ouro. Atualmente nenhum país emite

moeda lastreada em ouro. Ou seja, não há mais moeda fiduciária, as moedas atualmente são

escriturais.

Moeda escritural: Origina-se na medida de seus recebimentos. ( caixa, depósito BACEN, reservas

livres).É criada pelos Bancos Comerciais de acordo com seus recebimentos. São exemplos de

moedas escriturais: dinheiro, cheque, cartões de débito, de crédito, etc.

Demanda por moeda.

Nós somos os grandes demandadores de moeda, ou seja, precisamos de moeda e essa demanda

de moeda ou entesouramento de moeda ocorrerá pelos seguintes fatores:

Page 11: Modulo_3 (3)

PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves

UNIDADE DE ENSINO: Economia

11 ead.faminas.edu.br

As pessoas resolvem guardar moeda por três motivos:

Especulação: A incerteza de rendimentos quando se guarda esse dinheiro, eles podem

resolver optar por outras formas de guardar esse dinheiro. A incerteza quanto á moeda do

país também gera especulação. Ao invés de guardar reais vou optar por guardar dólares, isso

é o que denominamos especulação, consideramos que guardar dólar é mais rentável que

guardar dólares.

Transação: Quando não ocorre uma coincidência entre datas de recebimento e pagamento.

As pessoas guardam moeda para arcar com futuros compromissos. Recebo no dia 05 e

efetuo meus pagamentos entre os dias 15 e 20 de cada mês. Vou deixar um dinheiro no

banco para efetuar esses pagamentos nos dias 15 e 20.

Precaução: Quando as pessoas resolvem reter moeda por imprevisibilidade, ou seja,

situações que poderão ocorrer. Ao invés de pagar um plano de saúde prefiro guardar

mensalmente este dinheiro. Se algum dia eu precisar de um médico particular, terei a minha

reserva para efetuar esses pagamentos.

Oferta de Moeda.

Sistema Monetário e Financeiro

Definição de M1: O dinheiro é a soma de papel-moeda em circulação e a soma dos depósitos a

vista. Todo o dinheiro que temos a nossa disposição, no bolso, carteira, etc. e o dinheiro que temos

disponível para saque nos bancos. Denominamos todo o dinheiro disponível para saque ou em

nosso poder como M1 ou base monetária, significa todo o dinheiro em circulação no sistema

econômico.

Emissão de dinheiro: A emissão de dinheiro é feita pelo Banco Central um órgão do governo que

emite moeda de acordo com a necessidade e expansão dos meios de pagamento. Mas os bancos

comerciais acabam emitindo dinheiro também, uma vez que eles captam depósitos á vista e

emprestam esse dinheiro captado a prazo. O dinheiro que depositamos no banco acaba retornando

para o sistema econômico o que acaba aumentando a base monetária.

Page 12: Modulo_3 (3)

PROFESSOR AUTOR: Ms. Christiane Maria Souza Alves

UNIDADE DE ENSINO: Economia

12 ead.faminas.edu.br

EXCESSO DE LIQUIDEZ E CRISE DE LIQUIDEZ.

Quando a quantidade de moeda em circulação é superior à produção, dizemos que há na economia

um excesso de liquidez, muita moeda e pouco produto, isso poderá implicar um processo

inflacionário. Com mais moeda, ou maior poder de compra, as pessoas tendem a consumir mais.

Quando a quantidade de moeda em circulação é inferior á produção denominamos crise de liquidez,

pouca moeda e muito produto, podendo levar a economia a um processo deflacionário. Menor poder

de compra, ou menor renda as pessoas tendem a consumir menos.

DORNBUSCH, Rudiger; FISCHER, Stanley; BEGG, David. Introdução à economia: para os cursos de administração, direito, ciências humanas e contábeis. Rio de Janeiro: Campus, 2004. EQUIPE DE PROFESSORES DA USP.Manual de economia. São Paulo: Saraiva, 2004. MANKIW, N. G. Introdução à economia: Princípios de microeconomia e macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 2001. MOCHON, F; TROSTER, R. F. Introdução à economia. São Paulo: Makron Books, 2002. ROSSETTI, J. P. Introdução à economia. 19 ed. São Paulo: atlas, 2003.

Referências