MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)

    1/10

    D.E.L.T.A.,ol.

    10,N"2,

    994

    (329-338)

    PESQLIISA

    NTERPRETATIVISTA

    EM LINGSTICA

    APLICADA:

    A LINGUAGEM

    COMO

    CONDIO

    E SOLUO(I

    )

    Luiz

    Paulo

    da MOITA LOPES

    (Universidade

    Federal

    do Rio de

    Janeiro

    ABSTMCT:

    In his

    ruer,

    the nterpretath,ist

    rdiidt

    o eech

    in

    Adied

    Linguistics is

    dscussed

    This is dcne

    through

    a comprison

    between

    he positivist

    and the

    interprelativisl

    m&s

    of recu-ch on the

    basis

    of ther

    ontological

    epistemological

    od

    metfulogical

    principles.

    Il is argued

    tha, since language

    both

    corditions

    wial

    realty

    -

    ie,

    men constrlrct

    il throtrgh

    mtgnge

    ase

    -

    and

    ofers the

    means

    or

    its comprehension,

    lg

    interpretativi

    tradition

    pems

    to be

    more

    adequate

    o the

    W

    o daa one

    s cor{ronted

    vith when

    dow

    research

    in Applied

    Littguistics.

    Tlre interprctativist

    ttion

    is

    exemplifed

    through

    he dscwssion

    two

    tyWSo

    refuarch

    Wadigms:

    the ethnogrqhic

    atd

    trv introqactive pqrdigms.

    0. Introduo

    Antes

    de tratar

    da

    questo

    da

    pesquisa

    nterpreatista

    m

    Lingustica

    Aplicada

    (LA),

    tema

    central

    deste tralho,

    seria

    til

    esclaecer

    o motivo pelo qual

    considero

    este um

    tpico relevante

    da

    ,re,

    H

    trs

    motivos principais

    po que

    me

    parcce

    mpotante

    disc1rt

    lo.

    l) Ce

    queles

    que

    rzem

    pesquisa

    m LA

    comideraraspectos

    e

    natureza

    pistemolgica

    a fuea.E necessrio

    ue

    se

    discutacomo

    se d

    a

    produo

    de

    coecimento neste

    campo,principalmente

    orque

    emuma rea de investigaoo novas discusso

    ontribui

    para

    definir a

    L

    atravsda anse

    as ormas

    de investigao.

    a verdade,

    nota-se,

    no Brasil,

    um interesse

    ada vez maior pela

    compreenso

    o

    que

    seja

    LA

    ie, como

    se

    produz

    coecimento

    em LA

    Os ts encontros

    de LA

    realizados

    no

    ano de 1990

    (cf

    Rarnio

    do

    GT de LA na V ANpOLL

    -

    I-FPE, I

    SIMPLA na

    IIFRJ, e

    o

    I INPLA

    na

    PUC-Sp)

    trataram da

    questo cf

    Moita l-opes,

    l99l);

    2)

    Muitas

    das

    pesquisas ue

    se

    produzer4

    no Brasil,

    sob

    o

    rtulo

    de

    LA

    ignoram

    as tradies

    de

    pesquisa

    as quais

    se inseren-

    parec

  • 7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)

    2/10

    330

    D,E.L-T.A-

    essencial

    que,

    como

    pesquisadores formadores

    de

    pesquisadores m

    Ld

    possamos

    efletir sobre as

    formas de

    produzir

    coecimento

    em

    nosso campo.

    A constituiode um

    corpo de metacoecimento sobre

    uma

    rea de investigao

    extremanentemportante

    para

    o seu

    desenvolmento;

    3) H aindaem Ld e no sono Brasil e no em L ie, as C.

    Sociais

    como um todo, uma

    forte tradio de

    pesquisa

    de base

    positista

    que parece

    ou ignorar ou

    ejeita

    outas

    formas de

    produzir

    coecimento.

    Como exemplo,

    astaexaminarem-ss ctlogos

    do IX

    e

    do X Congresso nternacional e

    LA

    (Ar

    A-90 e

    93),

    onde

    se not4

    claramente,

    em Ld uma

    prepondefancia

    e

    pesquisa

    de

    natureza

    positivista. Na verdade,os metodos

    quantuivos,

    nas C. Sociais,

    m

    um status

    privilegiado

    e,

    geralmentg

    o so

    questionados.

    Ht,

    contudo,

    ormas novadoras e

    nvesgao rnL

    que,

    fazendo

    parte

    de uma tradigo

    epistemolgica iferentq

    podern

    ser rweladoras

    de

    coecimento,

    que

    no

    est

    ao a.lcance a tradio

    positivistl,

    dedo a

    sebasearern

    rn

    princpios

    diferotes.

    Essa tradio inovadora o que se convencionouchamar de

    pesquisa nterpretatista, de

    que

    trata o cerne deste

    tabalho.

    Paa

    considerar

    a

    questo,vou fazer uma breve comparao nte as bases

    gerais em

    que

    se assentam tradio

    positista

    e a

    interpretatista

    do

    ponto

    de vista ontolgico,epistemolgico

    metodolgico

    dHitchcock

    &

    Hughes, 1989).

    para a seguir, conc

    ta-me

    na

    pesqsa

    interpretatista" atravs

    da exemplificao

    e dois tipos de

    pesquisa

    dentro desta adio:

    a etnogficae a

    infospctiv8"

    que

    j

    contam

    com alguns

    ralhos representativos

    o Brasil.

    Conforme Ochsner

    1979:

    70-71)

    apont4

    estas duas

    tradi@s

    remontim

    a um debate

    filosofico antigo,

    que

    tem sua.s

    bases

    na

    antiguidadg

    e,

    a

    so monottica a

    hermenuticae

    pesa

    o

    mundo.

    O debateassenta m concepesiferent

    s obrea existnciado mundo

    social ndependentemerte

    o homen\

    e, do coecimento

    que

    enos do

    mundo.

    Nas C. Sociais,como

    disse acim4

    provavelmente edo

    crena de

    que

    o

    fazer cientfico se

    dweia

    Pauta

    pelos mesmos

    princpios que

    oriedam

    as C. Naturais,

    h uma

    grande

    preferncia

    pela

    posio positist4 considerad4

    mtas vezes,a maneira

    egtima de

    produzir

    cincia.

    Em

    outras

    palawas,

    o saber

    cientfico

    o saber

    oriundo

    da tradio

    positist4 que

    te4 en

    mtos

    gmpos

    de

    pesqsadorego monopliosobre

    a chamada

    erdadecienfic4 o

    que

  • 7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)

    3/10

    MOITALOPES

    quer que

    isso

    seja. Deste

    ponto

    de

    st4 o mundo social existirir-

    indpendntemente

    o homem.

    Toda4

    aqueles

    que

    defendema

    posio

    nterpretatista omo a

    maneira mais

    adequada de

    produzir

    coecimento

    nas

    C. Sociais

    argumentam

    ue

    a

    naturezado

    objeto de

    investigao as C. Sociaise

    to diversado das C.Naturais, queno se ustifica a utilizaodemeios

    e

    procedimeos

    as

    C,

    Naturais nas

    C. Sociais.

    A natureza o mundo

    social

    de tal ordem

    que

    necessrio

    que

    se desanbram

    meios

    adequados

    produo

    cientfica nas C. Sociais

    (sendo

    est4 no meu

    entender,

    ma

    das ares

    da

    LA).

    O

    que

    especfico,

    o mundo

    social,

    o

    fato

    de os significados

    que

    o caracteizam eremconstndos

    pelo

    homenqque

    interpeta e re-interpreta o mundo a sua volt4 fazendo,

    assir4com

    que

    no hajauma realidade

    nic4 mas

    vrias ealidades.

    A utilizao

    da

    linguagem pelo

    homenq

    portanto.

    toma

    inadequado

    uso dos mesmos

    procedimentos

    das C. Naturais nas C.

    Sociais,

    pois

    o objeto

    de investigao

    das C. Sociais

    faz

    uso da

    linguagem

    n.-.difer

    ntenente

    dos fenmenos isicos, os atoressociais

    atribuemsignificadosa si mesmos,aos outros e aos contextossociais

    em

    que

    vem

    '

    (Hughes,

    1990: 96). A linguagem

    possibilita

    a

    construodo mundo social e

    a condio

    para

    que

    ele exista: o

    significado no

    o

    resultado

    da inteno indidual

    mas

    de

    inteligibilidade nter-indiduI.

    Em outras palawas,

    o significado

    e

    construdo ocialmerte.."

    (Aronowitz

    & Groux,

    l99l:93). Assim,

    a

    investigao as

    C. Sociais em

    que

    da mnta da

    pluralidade

    de vozes

    em ao

    no

    mundo social e considerar

    que

    isso envolve

    quesies

    relavas a

    poder,

    ideologi4 histria

    e subjetividade.

    Na

    posio

    interprettist4 no

    possvel

    ignorar

    a so dos

    paticipantes

    do

    mundo

    social caso se

    pretenda

    investig-lo,

    que

    esta

    que

    o

    determina: mundo

    social tomado como existindo

    na

    dependnciao

    homem.Tais

    serian\ ento, as concepes ntolgicas obrea natureza

    do mundosocial,emquesebaseiam s duas radi@esdepes(uisa.

    A concepoda forma de

    produzir

    coecimento

    que

    subjaz a

    estasduas radies amben diferente,Na

    positista

    so a experincia

    pessoal

    tavsda obsewaodireta do fato a ser estudado

    possivel,

    enquanto

    que,

    na interpretatist4

    o acessoao

    fato

    deve ser

    feito de

    forma indireta

    atravs da

    interpretao

    dos vrios significados

    que

    o

    constitu

    n.

    3 3 1

  • 7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)

    4/10

    D.E.L.T.A.

    Tais

    concepes determinam procedimentos

    metodolgicos

    especificos que

    sam a

    captar aspectosdiferentesdo fato

    sociat

    considerados omo relevantes

    em cada uma

    das tradies.

    Na so

    positist4

    as

    variveis

    do mundo

    socialso

    passvds

    de

    padronizao,

    podendo,

    portanto,

    ser tratadas estatisticanente

    para gea

    generalizaes.

    na so interpretatist4

    os multiplos signficados

    queconstituemas realidades o sopassiveis e nterpretao. o frtor

    qualitativo,

    e,

    o

    paicular,

    que

    nteressaPara

    se rlar

    de

    generalizao

    necessrio

    ue

    esta seja entendida

    de

    forma

    diferente,

    que

    no

    procede

    de urna

    causa observvel. E uma

    generalizao

    onstruida

    intersubjetivamente,

    ue privilegia

    a especifdade,o contingentee o

    particular.

    Acredita-seque

    impossvel ontrolar

    as

    variveis,

    para

    usar

    um

    termo

    positista,

    que

    caacteiam o homem o mundo social de

    modo que

    s

    possa

    demonstraa causade um fato

    observado.

    a so

    positist4

    a realidade

    passvel

    de

    ser

    reduzida

    a uma caus4

    que

    se

    torna observvel travsda

    padronizao

    a

    realidade

    m expeimentos-

    Na so interpretalist4

    a

    padronizao

    sta corno esponsvel

    or

    uma realidade istorcidg ig construda

    pelosppriosprocedimertos

    e

    investigao,

    ue

    trazem ton4

    potanto,

    resultadosde investigo

    queabsolutamenteo interessam or no cptarem muhiplicidade e

    significados

    ue

    o

    homem atribui

    ao

    mundo

    social ao constituilo.

    Na

    positist4

    o

    elementoobjetidade

    a

    qualquerproo

    o

    que

    interessa

    iq os frtos sociais resistem a nossavontade

    (cf

    Hughes, 1990:24).

    enquanto

    qug

    na so

    interpretatista"

    o nico

    preo

    a

    pagar

    a

    subjetividade,ou

    melhot a intersrbjetidade,

    os significados

    que

    os

    homens.ao inreragirem

    uns

    com os outos, conslroeL destroerne

    reconstroem. E

    justamente

    a

    intersubjetidade que

    possibilita

    chegarmos

    mais

    prximo

    da realidade

    que

    consituda

    pelos

    atores

    sociais

    -

    ao contrapormos os significados construdos

    pelos

    participantes

    o

    mundo social. O foco , entiio, colocadoen aspectos

    processuaisdo mundo social em

    vez

    do

    foco em um

    produto

    padronizado.

    apresentao

    eita acim4 subjaz uma clara

    prefernciapela

    investigao

    e

    natueza nterpetatist4

    que

    me

    parece

    mais adequada

    para

    ratar dos

    atos com

    que

    o

    linguisa

    aplicado e

    depar4 almde ser

    mais enriquecedora

    por permitir

    revelar coecimentos

    de natureza

    diferente

    dedo ao

    sanenfoque

    novador.Alm

    disso, endo

    abalhdo

    com a

    vetente

    positista

    ern

    pesqsas

    anteriores

    (como

    mtos

    pesquisadoresm Ld

    mia iniciaoem

    pesqsa oi feita

    com base

    no

    paradigma

    ositista),

    pude

    daectar cnmo a interpretao e dadosde

  • 7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)

    5/10

    MOITA

    LOPES

    natureza

    quantitativa

    ica copletsmeflte

    abitrria

    ou especulava

    e

    dados de

    naturezasubjetiva e

    qualitativa

    forem

    ignorados

    (cf

    Moita

    Lopes, 1990b). Contudo,

    parece-me

    essencial

    aqui

    que

    dois

    pontos

    fiquemclaros

    para

    o

    pesqsador

    ern

    LA:

    a) as

    implicaes

    ontolgicas

    e epistemolgicas

    e suas escolhas

    metodolgicas

    de

    investigao,

    sendo

    que

    estas

    muitas vezes dependem

    e fatores

    pragrnticos

    ais

    comotempo e financiamento isponveis ara concluir um doutorado,

    por

    o

  • 7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)

    6/10

    334

    D.E,L.T.A.

    Tendo

    considerado,

    cim4

    o

    porqu

    da pesquisanterpretatist4

    passo

    agoa

    a trata

    do como.Para

    ilustr.:rr

    as formas

    de hzer

    pesquisa

    de

    base interpretatista,

    primeiramente,

    apresentaeialguns

    taos

    caractersticos

    a

    p

    sqsa

    etnogfica

    (que

    consider4

    primordialmante,

    aspectos

    sociais)

    e,

    a seguir,

    da

    pesquisa

    introspectiva (que

    e,

    ess

    ncialmere,

    e nureza psicolgica)

    2).

    A

    pesquisa

    tnogfca

    origina-se

    na

    sociologia

    e

    na

    antropologia

    e

    focaliza

    o conto(o

    social

    da

    perspectiva

    dos participantes,

    sto

    , em

    vez

    de considerar

    om

    nte

    observao

    o

    pesqsador

    externo,

    mmo

    tradicionalmente

    eito

    em

    pesqsa

    de

    base

    positistq

    a

    pesquisa

    etnogrfica eva

    ern

    cofta

    que

    em

    qualquer

    estudo

    conts

  • 7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)

    7/10

    MOITALOPES

    A outra vertente

    de

    pesquisa e base nterpretatista

    a

    que

    quero

    me referir

    aqui

    a

    chamada

    pesqsa

    ntrospectiva"

    que

    assenta

    suall

    bases em

    psicologia

    cognitiv4 e

    que

    tem despetado

    o inteess

    de

    lingsas

    aplicados.No

    Brasil" so os trabalhosde Cavalcanti

    1989)

    e

    de

    Paschoal

    1992),

    e no cortexto

    nternacional,o

    liwo editado

    por

    Faerch & Kasper

    (1987)

    e o volume

    8(4)

    da

    evista Text

    de 1988,

    editadopor Van jk eWodakque podern luttrtr esta endncia.

    Esta forma de

    pesqsa

    tern

    sido usada

    para

    investigar os

    pocessosque

    zubjazem

    compreen$o e

    produo ingistica e os

    processos

    de ensino/aprendizagern

    ingstica. Devido ao

    fato de estes

    processos

    no serem

    passveis de observao diet4

    tem-se

    agumentado

    ue

    uma

    maneirade se e acesso eles

    atravesdo uso

    da tcricade

    potocolo

    veltal,

    originalmente

    esenvoMda

    a Teoria de

    Resoluo

    de

    Problernas, m

    que

    se solicitava

    que

    o sjeito

    sob

    irwestigao elatasse s

    passos

    nvolvidos a

    resolugo e uma tarefa-

    problema (cf

    Cavalcan,1987:234}

    Em

    poucas palavras,

    o uso

    desta

    tecnica

    em LA ao deslocaro foco tradicionalda anse

    o

    produto

    -

    ,

    ig compreenso e um todo ou do

    poduto

    de uma traduo,

    por

    o

  • 7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)

    8/10

    D.E-L.T.A.

    trabalhacom basena

    procura

    das regularidades ue

    sugem

    nos

    dados

    (padres

    de

    unidades

    e significados)

    que possibilitam

    a

    formao

    de

    um arquivo de dados, elacionados

    (s)

    questo(es)

    ob

    anlise,

    que

    podem

    ser ento novamentee-inte4netados partir

    do confronto

    com

    dados

    provenientes

    e outros instrumentos

    u de

    novas nvesigaes.

    J

    quanto

    ao

    problema

    da diwlgo, resta

    ao

    pesqsado

    usa sua

    capacidade e fazer ulgamentos obreos dadose escolheraquelesque

    melhor lustrem

    sua

    nterpretao,

    stando lao,

    portanto,

    que

    os dados

    refletem

    sua

    ntcrprctrio,

    e

    que

    a sua otalidsde

    deve esta disponivel

    paa

    outos

    pesquisadores-int

    rpretadores,

    omo forma

    de oferecer

    seu

    tralho

    crtica

    (4).

    Para inalizar,

    gostaria

    dg citando

    fughes

    (

    I 990: 52), indicar

    que

    e

    provvel que

    :

    '

    A

    procurapelo

    coecimento soluto

    e

    certo

    dew

    ser abandonada substituida

    or

    umaseie nfinita

    de

    hterpretaes

    do

    mundo",

    que

    esto

    politica

    e historicamente

    ituadss.Esta talvez seja

    um

    modo

    de

    fazer

    circia mais adequadoaos dados com

    que

    nos

    deparamos m

    LA

    ou de dar conta do fato de

    que

    a

    linguagern

    q

    ao

    mesmo empo, condio

    para

    a co struodo mundo

    social e caminho

    paraencontrrsolues aracompreend-lo.

    Recebido

    m03/M/92lAceito m 2l03/93)

    NOTAS

    t. Esto r8balho qnou

    possvel ra&s

    a

    umabolsade

    pesquisa

    o CNPq

    (300194-86/2)

    a uln auxilioda FUJB

    3825-3).

    gradeo Silvia Brado

    CJFRJ)

    clas

    ugsts

    eitas uma

    rineira

    so

    st 'sbalho-

    2. Gostaria eenfatizar

    ue

    {i

    difercntrs

    todologias

    e

    pesquisa

    o

    Dabreza

    int

    pr

    tativistanusona reac LA

    (cf

    Cavalcanti Moita Lopes, 99l-

    por

    exonplo.

    para

    outros ipos).O

    que

    s

    apEscntaqui e son

    t

    urna

    rlustrao.

    3. E precisosalienurqueas pesquisasxerrplificadaseste r'abalho o

    eflelEm,

    ec

    ssiamente,n toto a viso de

    pesisa

    inierpftativista

    aprcsentadacima, obretudo

    o

    que

    e cfeeao atodeo atode

    psquisar

    .

    sido

    descritoaq como

    nseridohistqia

    c

    politicamete.

    essalve-sc.

    tsmbrq

    que

    houtros

    esquisadores

    o Brasilabalhado omebrografia

    intoepeco:

    que

    se

    ofere uma

    eqrna

    ocnpficao-

    4.

    Frcderik

    ricksor mdos

    grmdes squisadores

    faar usode eEografia-

    e|n Ecee counico

    p

    ssosl,

    argm

    ntou

    que

    o uo &

    estatstica

    descritiva

    ods

    ajrdara esclarecer

    qumtidade

    dados

    s

    ntcs

    o

    copus,

  • 7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)

    9/10

    MOTA

    LOPES

    '7

    efnbs

    a uma

    qusto

    em studo,

    que

    permite

    uma

    inerprtao

    detemin8da.

    REFERNCIAS

    BIBLIOGRFICAS

    ARONOWTTZ,S. & H.A. GIROIIX (1991) Postndenr Education.

    Mirmeapolis:

    University of Minnesota

    Press.

    BORTOM,

    S-M.

    (1991)

    Educao

    bidia-leral:

    o

    que

    ?

    possvel?

    Trabalho

    apresentado

    no Itr

    Simposio

    de Lingustica

    Apcada:

    LnguaEstrangeira

    e Lngua

    v{aterna

    a UFRI.

    CAVALCANTI,

    M.

    & L.P, MOITA

    LOPES

    (1991)

    knplnentao

    e

    pesquisa

    na

    sala de

    aula no contodo

    brasileiro,

    TraMIIns

    de

    L

    gastica

    Aplicada, 17:

    133-144.

    CAVALCANTI, M.

    (1989)

    [nterao

    Leito 7bxro.

    Campinas:Editora

    daUNICAMP.

    CAVALCANTI,

    M.

    (1987)

    Investigating

    FL

    reading

    performance

    though

    pause

    protocols.

    IN: C. Faerch

    & G.Kasper

    eds.)

    1987),

    230-250.

    COHEN, A. (1987) Using verbal reports in researchon language

    leaming.N:

    C. Faerch

    & G. Kasper

    eds.),

    987,

    2-95.

    ERICKSON,

    F.

    (1986)

    Qualitative

    rethods

    n research

    n

    teachins. N:

    M C. Wittrock (ed.), 1986).

    FAERCII,

    C. & c- KASPER (eds.) (1987)

    Introqnction

    in

    Second

    Lorguage Research.

    Clevendon:Multilingual

    Matters.

    GIORGI,

    A

    (1985)

    Phenomenolog

    ad

    Psychological

    Research.

    Pittsburgh:

    Duquesne

    University

    Press.

    HITCHC@K

    G. & D. HUGI{ES

    (1989)

    Research

    rd tlre

    Imguage

    Zeacer.

    ondon: Routledge.

    HUGHES,

    J.

    (1990)

    The Philoxtphy

    of Srrcial

    Research.

    -ordion:

    Longman.

    KUHN, T.

    (1970)

    The

    Shltctare o

    Scienfirtc Re+olations.Chicago:Universityof ChicagoPress.

    MOITA

    LOPES,

    L.P.

    (1990a)

    Percepo

    do processo

    de

    ensino/aprendizagern

    e leitura

    em ingls:

    um estudo

    etnogfico.

    Atuis

    tu V

    ANPOII,297-308.

    MOITA LOPES,

    L.P,

    ('1990b)

    The

    evaluation

    of an EFL

    reading

    syllus model:

    integrating

    experimental

    and ethnographic

    data.

    Trabalho

    apresentado

    no IX

    Congresm Intemaciornl

    de

    L.

    Apli,

    Thessaloniki (ED

    324950,

    coleo de micro-ficha

    da

    ERIC

    Clearinghouse

    n Languages

    ndLinguics).

  • 7/26/2019 MOITA-LOPES: Pesquisa Interpretativista Em LA (1994)

    10/10

    DT.L.T.

    MOIT

    LOPES,

    L.P.

    (1991)

    Applied

    Linguistics in Bnzit:

    a

    perspective,

    Newsletter of The British

    Asseiatid,

    of Applied

    Linguistics,

    39 27

    30.

    OCHSNE&

    R.

    (1979)

    A

    poetics

    of second language

    acquisioq

    Laguage l2ning,29,

    1: 53-80.

    PASCHOAL,

    M.S.

    (1992)

    O

    processo

    e

    compreenso

    a neifora na

    formaodosprofessorcs e nguamaterna. N: M.S. Pasi:bal &

    M.A Celani

    orgs.)

    {1982\

    233-246.

    PASCHOAL,

    M.S.

    &

    M.A

    CEI.A}

    (ores) (t9y

    z\ I;ngftrtica

    Apli:

    fu

    qlic@

    da li8.sric

    tgstica

    trri&iplirw.

    SoParo:

    EDUC.

    VAN

    DIJIE

    T.

    &.

    R

    WODK

    (ed$.1(1988\

    YerM reports

    6 a in

    a* cotprelwtion

    rcEedL Tqt

    (Edi?fu

    Erycid),

    Et 4:

    VAN LIE&

    L.

    (1988)

    The

    Clrcsun d

    tlc l;4uage Leorcr.

    Londres:.Longman.