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MONITORAMENTO DO DESMATAMENTO NOS BIOMAS BRASILEIROS POR SATÉLITE
ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA MMA/IBAMA
MONITORAMENTO DO BIOMA PAMPA2002 a 2008
CENTRO DE SENSORIAMENTO REMOTO – CSR/IBAMABRASÍLIA, 20 DE MAIO DE 2010
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMAINSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA
República Federativa do BrasilPresidenteLUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Vice-PresidenteJOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
Ministério do Meio AmbienteMinistro IZABELLA MÔNICA VIEIRA TEIXEIRA
Secretaria ExecutivaSecretáriaJOSÉ MACHADO
Secretaria Nacional de Biodiversidade e FlorestasSecretáriaMARIA CECÍLIA WEY DE BRITO
Departamento de Conservação da BiodiversidadeDiretorBRAULIO FERREIRA DE SOUZA DIAS
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Presidente ABELARDO BAYMA AZEVEDODiretoria de Proteção Ambiental DiretorLUCIANO MENESES EVARISTO
EQUIPE TÉCNICA – MMASecretaria de Biodiversidade e FlorestasDepartamento de Conservação da Biodiversidade
Adriana Panhol Bayma Analista [email protected]
Cláudia Schafhauser Oliveira Técnica [email protected]
João Arthur SeyffarthAnalista Ambientaljoao-arthur.seyffarth@mma
EQUIPE TÉCNICA - IBAMA
COORDENAÇÃO
Humberto Navarro de Mesquita Jr. (CSR/Ibama)Chefe do Centro de Sensoriamento Remoto – CSR/[email protected]
Daniel Moraes de Freitas (CSR/Ibama)Analista [email protected]
Mariano Pascual (CSR/Ibama)Analista Ambiental Temporá[email protected]
Rodrigo Antônio de Souza (CSR/Ibama)Analista Ambiental e Chefe Substituto do CSR/[email protected]
Silvia Nascimento Viana (CSR/Ibama)Analista [email protected]
SERVIDORES DO CSR/IBAMACeleno Lopes CarneiroAnalista [email protected]
Divino Antônio da Silva Técnico [email protected]
Felipe Luis Lacerda de Carvalho Cidade Matos (CSR/Ibama)Analista [email protected]
José Itamá da SilvaTécnico [email protected]
Marlon Crislei Silva (CSR/Ibama)Analista [email protected]
Kelly Borges ResendeAnalista [email protected]
Maria Salete AlvesAnalista [email protected]
Maurício MarquesAnalista [email protected]
Rodrigo Soares de Castro (CSR/Ibama)Analista Ambiental [email protected]
Paulo Marcos Coutinho dos Santos (CSR/Ibama)Analista Ambiental [email protected]
Werner Luis GonçalvesAnalista [email protected]
CONSULTORES TÉCNICOS PNUD
Consultores em Monitoramento AmbientalElaine Cristina de OliveiraElisa Toniolo LorensiJulio Cezar Nogueira NetoMarcelo Gonçalves de Lima
Consultores em interpretação de imagens de sensores remotos orbitaisAmanda Regina Martins PéscioBrunna Rocha WerneckCamila Velleda Thomaz BastianonChristiany Marques ReinoClarisse Lacerda Mata Daniel Assumpção Costa FerreiraDayane Cavalcante de AbreuElaine Marra dos SantosEstevão Machado Cidade de RezendeFernando Ferreira CaixetaGalgane Patricia LuizLorena Oliveira SantosLuise Lottici KrahlMarcus Vinícius Coelho Vieira da Costa Mirian Rodrigues da SilvaOscar Omar Guevara Herrera
Consultores em georreferenciamento de imagens de satélitesEdwin Andrés Piscoya RodríguezJuliana de Castro Freitas
Consultores em Programação JavaPaulo Roberto Dias Viera
Consultora em Arquitetura RUPLudmilla Flôres Meneses Lima
Ministério do Meio Ambiente – MMACentro de Informação, Documentação Ambiental e Editoração Luís Eduardo Magalhães – CID AmbientalEsplanada dos Ministérios – Bloco B – TérreoBrasília – DF 70.068-900Fone. 55 61 3317 1414E-mail. [email protected] www.mma.gov.br
APRESENTAÇÃO
O presente relatório refere-se ao monitoramento e mapeamento de áreas desmatadas no
Bioma Pampa, ocorridas até o ano de 2002 e entre os anos de 2002 e 2008.
Tal estudo faz parte de uma iniciativa entre a Secretaria de Biodiversidade e Florestas do
Ministério de Meio Ambiente – SBF/MMA, Diretoria de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Dipro/Ibama, Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama
- CSR, Agência Brasileira de Cooperação - ABC e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento –
PNUD.
Esta iniciativa, ainda, foi corroborada por meio de um acordo de cooperação técnica
celebrado entre o MMA e o Ibama, o qual visa o monitoramento do desmatamento nos biomas brasileiros
por meio de satélites, à exceção da Amazônia, com recursos provenientes do Projeto PNUD BRA 08/11.
1. CONTEXTO
Situado no extremo sul do Brasil e se estendendo também pelo Uruguai e Argentina os
campos sulinos ou “pampas”, termo indígena que significa região plana, é o único bioma brasileiro
restrito apenas a uma unidade da federação, o estado do Rio Grande do Sul onde ocupa 63% de
sua área, correspondente a aproximadamente 178.000 quilômetros quadrados.
É um ecossistema campestre com vegetação predominantemente de gramíneas e alguns
arbustos espalhados e dispersos. Próximos aos cursos d'água e nas encostas de planaltos a
vegetação torna-se mais densa, com ocorrência de árvores. Os Banhados, áreas alagadas perto
do litoral, também fazem parte desse bioma.
O clima da região é caracterizado como subtropical, com grande amplitude térmica,
ocorrência de geadas e neve em algumas regiões durante o inverno e temperatura chegando a 35
graus no verão. A precipitação anual se situa em torno de 1200 mm com pouca variação sazonal.
Embora sua paisagem pareça monótona e uniforme, abriga uma grande biodiversidade.
Segundo levantamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), são três mil
espécies de plantas, sendo 450 espécies de gramíneas, mais de 150 de leguminosas, 70 tipos de
cactos, 385 de aves e 90 de mamíferos, sendo que várias espécies são endêmicas e outras
ameaçadas de extinção. Apesar desta riqueza, o bioma tem apenas 0,3% de sua área protegida
por Unidades de Conservação e estima-se que 49% do bioma já perdeu sua vegetação nativa
(MMA-PROBIO 2007).
O solo predominante é fértil, o que levou o bioma a ser bastante explorado pela pecuária,
principal atividade econômica da região. Outras atividades econômicas impactantes na região são
as lavouras de arroz em áreas de banhado, e mais recentemente, o plantio de eucalipto. Há
também a ocorrência de solo arenosos na região de Alegrete que inspira maiores cuidado em seu
manejo para não se transformar em deserto.
Figura 1.1 – Localização do bioma Pampa (polígono verde) – mapa-imagem obtida no Google Earth.
2. METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do monitoramento do bioma Pampa foram adquiridas ao
todo 163 imagens digitais. Destas 111 cenas são dos sensores orbitais CBERS2B e 52 são do TM
Landsat 5, as quais foram disponibilizadas gratuitamente por meio do sítio do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais - INPE (fig. 2.1). Tais imagens foram georreferenciadas por meio do software
ESRI ArcGIS, mantendo a projeção original UTM (datum SAD69), tendo como referência cenas
Landsat Geocover do GLCF (Global Landsat Cover Facility). Tais imagens, antes de sua correção
geométrica, foram processadas no software Spring para fins de correções radiométricas. As
imagens utilizadas encontram-se arroladas nas tabelas 1 e 2 do anexo.
Figura 2.1 – Distribuição das imagens dos sensores CBERS2B e TM Landsat 5 no bioma Caatinga.
A análise e detecção dos desmatamentos tiveram como área útil de trabalho o
Mapa de Cobertura Vegetal dos Biomas Brasileiros, escala 1:250.000, ano base 2002 (MMA,
2007) elaborado por um conjunto de instituições de pesquisa contratado pelo Projeto de
Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira – Probio/MMA,
considerando-se como “mapa de tempo zero” para início do monitoramento aqui apresentado.
O procedimento de identificação dos polígonos de áreas desflorestadas teve como
escala base de trabalho a escala 1:50.000 e área mínima de detecção do desmatamento de 2 há.
Os respectivos resultados estão separados/disponibilizados conforme articulação dos mapas
índices de 1:250.000 do IBGE (fig. 2.2) em sistema de referência geográfica (datum SAD69).
Figura 2.2 – Articulação dos mapas índices (MI), IBGE 1:250.000, no bioma Pampa.
As análises foram executadas também por meio do “software” ArcGIS a partir da
detecção visual e digitalização manual das feições de supressão da vegetação nativa encontradas
nas áreas dos polígonos de remanescentes supracitados. Tais desmatamentos foram
classificados, tão-somente, como áreas antropizadas, sem tipologias e detalhamentos quanto ao
uso.
Quanto à definição de áreas antropizadas, não foram consideradas as cicatrizes
características de ocorrências de queimadas, bem como as áreas modificadas ou em processo
regenerativo. Desta forma, os comportamentos espectrais utilizados como parâmetros para
definição de áreas efetivamente modificadas por atividades antrópicas levaram em consideração,
principalmente, as necessidades de monitoramento e controle do desmatamento ilegal por parte
do Ibama.
A cada alvo de desflorestamento identificado e digitalizado, foram atribuídas
informações relevantes de interesse do MMA e Ibama. Ademais, com o objetivo de disponibilizá-
las ao público em geral, foram produzidos conjuntos de dados contendo os seguintes atributos:
período do desmatamento (anterior a 2002, ≤ 2002, ou entre 2002-2008); fonte do dado (MMA ou
CSR/Ibama); área em hectares; e o Bioma em que se encontra. Cabe ressaltar que, de modo a se
resgatar os dados omitidos pelo Probio, em virtude da escala final 1:250.000 pré-determinada
para aquele Projeto, ficou sob responsabilidade do CSR/Ibama identificar, também, os
desmatamentos ocorridos até 2002 dentro da referida área útil de trabalho supracitada. As figuras
que seguem exemplificam o processo de interpretação e delimitação dos alvos (fig. 2.3, 2.4, 2.5 e
2.6).
Figura 2.3 – Primeiro estágio: a) imagem de 2008, contendo polígonos pretos referentes ao desmatamento de 2002 (máscara PROBIO/MMA) e; b) em vermelho, o desmatamento detectado pelo intérprete.
Figura 2.4 – Segundo estágio: a) imagem de 2002, contendo os polígonos pretos referentes ao desmatamento de 2002 (máscara PROBIO) e; c) círculos laranja, destacando que naqueles pontos/áreas já existiam o desmatamento em 2002.
Figura 2.5 – Estágio final: a) mesma imagem de 2002, contendo os polígonos pretos referentes ao desmatamento de 2002 (máscara PROBIO); b) em vermelho, o desmatamento de 2008 detectado pelo intérprete do MMA/Ibama, conforme figura 2.3; c) círculos laranja, destacando que naquelas áreas já existiam desmatamento em 2002, e; d) polígonos de borda laranja, indicando o ajuste feito pelo intérprete, recuperando, assim, o desmatamento de 2002, não detectado pelo PROBIO/MMA.
Figura 2.6 – Estágio final: a) imagem de 2008, contendo os polígonos pretos referentes ao desmatamento de 2002 (máscara PROBIO); b) em vermelho, o desmatamento de 2008, detectado pelo intérprete do MMA/Ibama, conforme figura 2.3, e; c) círculos laranja, destacando que naquelas áreas já existiam desmatamento em 2002, com seus respectivos polígonos de bordas laranjas, indicando, assim, o ajuste feito pelo intérprete.
Após o processo de identificação e delimitação, procede-se à validação dos alvos
delimitados. Essa etapa foi executada a partir do conhecimento prévio, por parte dos especialistas
envolvidos no processo, das características geomorfológicas e vegetativas, com também do uso
da terra no Pampa. Quando havia imagens de alta resolução disponibilizadas gratuitamente pelo
INPE (HRC CBERS2B) e pelo Google Earth (fig. 2.7), também eram utilizadas para auxiliar esse
processo.
Desse modo, as interpretações equivocadas são diminuídas, principalmente, no tocante
aos alvos de áreas de pastagens naturais, de substratos rochosos associados a relevos
acidentados com pouca cobertura vegetal, regiões de dunas, entre outros elementos naturais que
apresentam aspectos similares às respostas espectrais de áreas antropizadas.
Nesse sentido, para este trabalho, foi entendido como remanescente florestal todos os
polígonos classificados majoritariamente como Remanescentes de Vegetação Natural pelo
Probio/Pampas na legenda composta. Portanto, polígonos os quais obtiveram legenda composta
A)B)
Figura 2.7 – A) Imagem TM Landsat 5 (30 metros de resolução) e B) Imagem Google Earth (1 metro), ilustrando o nível
de detalhamento dos alvos no seu processo de validação.
com área antrópica majoritária e vegetação minoritária não fizeram parte da área útil deste
trabalho. Ou seja, foram adicionados às máscaras.
Isso posto, destaca-se que tanto o refinamento da escala (de 1:250.000 para 1:50.000)
quanto a análise detalhada dos polígonos de vegetação remanescente em legendas compostas,
provocaram diferenças entre os resultados do período anterior a 2002 feitas por este projeto e
dados originais do Probio. Esses dois aspectos permitiram a detecção de polígonos de supressão
com pequenas áreas no interior de grandes polígonos de cobertura vegetal, antes generalizadas,
acarretando no aumento da área com antropismo.
3. RESULTADOS
A partir da delimitação/quantificação das áreas antropizadas, foram elaborados
mapas, efetuados cálculos e algumas estatísticas de forma a estabelecer, identificar e visualizar
espacialmente a distribuição da supressão da vegetação do Bioma no estado, municípios e nas
regiões hidrográficas. Assim sendo, verifica-se na figura 3.1 a distribuição das áreas antropizadas
e respectivos remanescentes florestais até ano de 2008.
Figura 3.1 – Mapa do bioma Pampa, contendo a distribuição espacial das áreas com vegetação (verde), desmatamento acumulado até 2008 (marrom) e corpos d’água (azul).
Destaca-se, como resultado consequente, a área dos remanescentes de vegetação do
Pampa. Essa, em 2002, com o refinamento da escala e da área mínima de detecção, era de
37,25% e, em 2008, observa-se uma diminuição para 36,08%. Todas essas estatísticas foram
baseadas na área total do bioma que é 177.7671km², ou seja, mais de 17 milhões de hectares,
calculados a partir do “software” supracitado (fig. 3.2 e tabela 3.1).
52,76
53,98
37,25
36,08
9,99
9,99
0% 20% 40% 60% 80% 100%
2002
2008
Vegetação suprimida
Vegetação remanescente
Corpos d’água
Figura 3.2 – Caracterização do Pampa até os anos de 2002 e entre 2002 e2008, tendo como referência a área total do bioma - 177.767,19km².
Nesse sentido, em números absolutos, o Pampa teve sua cobertura vegetal original e
secundária reduzida de cerca de 66.226km² para 64.131km². Portando, o bioma sofreu uma perda
de pouco mais de 1% entre 2002 e 2008.
No tocante ao desmatamento, o Pampa teve sua cobertura vegetal nativa suprimida, entre
2002 a 2008, em aproximadamente 2.179km², o que representa uma taxa anual média nesses
seis anos de 363 km²/ano (tabela 3.1). Desta forma, significa que o Pampa perdeu, em média,
0,2% de sua cobertura vegetal nativa por ano no período analisado.
Por fim, é importante destacar que os resultados obtidos ainda podem ser revisados e
atualizados, que, portanto, poderão sofrer pequenos ajustes até a conclusão desse projeto. Os
resultados encontrados estão apresentados nas figuras, nos quadros e tabelas abaixo.
Tabela 3.1 – Estimativa de vegetação suprimida no Pampa até o ano de 2002 e entre os anos de 2002 e 2008, tendo como referência a área total do bioma – 177.767,19km².
Até 2002 2002-2008
Vegetação suprimida 52,76% 53,98%
Vegetação remanescente 37,25% 36,03%
Corpos d’água 9,99% 0,00%
A distribuição de áreas antropizadas ensejou uma análise mais aprofundada, de modo que
foi possível dimensionar a ocorrência das ações antrópicas por unidades espaciais importantes às
ações de gestão e controle ambiental por parte do MMA e Ibama.
A análise da distribuição desses polígonos por município, em área absoluta por exemplo,
identificou que Alegrete foi o município que mais sofreu supressão da cobertura vegetal nativa no
Pampa entre 2002 e 2008, seguido Dom Pedrito. As figura 3.3 e 3.4 ilustram a distribuição
espacial da supressão ocorrida naquele período em todo bioma, sendo possível verificar a
concentração e distribuição no município supracitado.
Figura 3.3 – Distribuição espacial da área antropizada no Pampa entre os anos de 2002 e 2008.
A tabela 3.4 ilustra os 20 municípios que tiveram a maior quantidade de supressão de
vegetação nativa do Pampa entre 2002 e 2008. A distribuição espacial do desmatamento por
municípios segue na figura 3.4. A lista dos demais municípios com respectivos valores de
desmatamentos encontra-se no anexo deste relatório.
Tabela 3.4. Municípios (20) que mais sofreram desmatamento entre o período de 2002 a 2008, tendo como a supressão absoluta da vegetação.
MUNICÍPIO ÁREA DES-MATADA ate 2002 (KM2)
ÁREA DESMA-TADA NO PE-RIODO 2002-2008 (KM2)
TOTAL DES-MATADO
ÁREA MU-NICIPIO
NO PAMPA (KM2)
% MUNIC DES-MATADO TOTAL
% MUNIC DES-MATADO NO PE-
RIODO 2002-2008
Alegrete 3.839,47 176,15 4015,62 7.804,57 51,45% 2,26%Dom Pedrito 2.551,33 120,3259 2671,66 5.188,27 51,49% 2,32%Rosário do Sul 1.795,80 86,683 1882,48 4.367,63 43,10% 1,98%Encruzilhada do Sul 1.386,96 85,178 1472,14 3.437,51 42,83% 2,48%Santana do Livramen-to
1.535,31 84,7195 1620,03 6.894,70 23,50% 1,23%
Uruguaiana 3.724,17 82,998 3807,16 5.684,45 66,98% 1,46%São Gabriel 2.502,70 81,2653 2583,96 5.017,09 51,50% 1,62%Bagé 1.470,35 66,86 1537,21 4.092,96 37,56% 1,63%Piratini 1.243,54 63,7785 1307,32 3.561,69 36,70% 1,79%São Borja 2.618,00 60,6612 2678,66 3.591,04 74,59% 1,69%Itaqui 2.659,52 53,0475 2712,57 3.397,03 79,85% 1,56%Jaguarão 1.036,42 48,4664 1084,89 2.001,30 54,21% 2,42%Caçapava do Sul 723,26 46,91 770,17 3.049,15 25,26% 1,54%São Francisco de As-sis
826,33 43,2843 869,61 2.181,92 39,86% 1,98%
Cachoeira do Sul 2.619,57 42,825 2662,39 3.686,36 72,22% 1,16%Santiago 517,02 40,9812 558,00 2.091,50 26,68% 1,96%Cacequi 1.359,60 39,6117 1399,21 2.368,00 59,09% 1,67%Herval 303,48 38,354 341,84 1.752,22 19,51% 2,19%Santa Maria 1.168,92 36,0976 1205,01 1.541,15 78,19% 2,34%Maçambara 1.199,56 35,8854 1235,44 1.685,31 73,31% 2,13%
TOTAL 35.081,30 1.334,08 36415,38 - - -
Analisando as figura 3.3 e 3.4 de supressão da vegetação nativa absoluta entre 2002 e
2008, pode-se observar que há uma região especifica de concentração de áreas antropizadas.
Um forte indicador disso é a própria tabela 3.4 a qual mostra que juntos, 20 municípios,
representam 37% de supressão da vegetação nativa no bioma como um todo no período
considerado.
A distribuição das áreas de supressão por regiões hidrográficas (RH) está representada
conforme a tabela 3.5 e a ilustração na figura 3.6.
Figura 3.4 – Distribuição espacial de vegetação nativa suprimida por município que entre 2002 e 2008.
Tabela 3.5 - Situação do desmatamento no Pampa por RH, tendo como referência a área total original do bioma em cada região.
Região Área km2 Área Antropizada entre 2002-2008 (km2)
% RG Antropizada
Região Hidrográfica Atlântico Sul
174.288 873,9
Região Hidrográfica do Uruguai 187.294 1.305,1TOTAL 361.582 2.719
As tabelas abaixo (tabelas 3.6 e 3.7) representam a área de vegetação suprimida por
unidades de conservação e terras indígenas respectivamente.
A lista com todos os municípios que se encontram no Pampa, assim como a lista das
imagens de satélites utilizadas para este estudo estão nos anexos.
Figura 3.6 – Distribuição do desmatamento ocorrido entre 2002 e 2008 nas regiões hidrográficas.
Tabela 3.6 - Situação do desmatamento no Pampa por Unidade de Conservação
UNIDADE DE CONSERVA-ÇÃO
JURISDIÇAO TIPO AREA km2 AREA DES-MATADA ANTES
2002(KM2)
AREA DESMA-
TADA 2002-2008
(KM2)
% TOTAL DES-MATADO NA TI
% DESMATADO NA TI NO PERIODO 2002-2008
APA do Banhado Gran-de
Estadual US 1.031,10 885,45 5,09 86,37% 0,49%
APA do Delta do Jacuí Estadual US 228,44 58,16 0,19 25,55% 0,09%APA do Ibirapuitã Federal US 3.166,77 217,48 7,34 7,10% 0,23%
EE do Taim Federal PI 1.112,71 75,50 0,00 6,78% 0,00%PE do Camaquã Estadual PI 97,97 21,52 0,02 21,99% 0,02%
PE do Delta do Jacuí Estadual PI 142,54 58,16 0,15 40,91% 0,11%PE do Espinilho Estadual PI 16,28 5,86 1,63 46,02% 9,99%
PE do Podocarpus I Estadual PI 16,36 8,68 2,31 67,15% 14,13%PE do Podocarpus II Estadual PI 0,33
PN da Lagoa do Peixe Federal PI 367,22 86,24 0,12 23,52% 0,03%RB de São Donato Estadual PI 44,12 33,67 0,16 76,70% 0,37%
TOTAL 6.223,50 1322,13 14,43 21,48% 0,23%
Tabela 3.7 - Situação do desmatamento no Pampa por Terra Indígena.
NOME TERRA INDÍGENA AREA km2
DESMATAMENTO ANTERIOR A 2002
(KM2)
DESMATAMENTO 2002-2008 (KM2)
% TOTAL DESMATADO NA TI
Cantagalo 2,88 0,51 0,00 0,18Capivari 0,44 0,12 0,00 0,27
Guarani de Águas Brancas 2,18 1,51 0,00 0,69Pacheca 18,53 0,76 0,00 0,04
Salto Grande do Jacuí 2,35 0 0TOTAL 24,03 2,90 0,00 0,12
5. VALID5. METODOLOGIA DA VALIDAÇÃO
Foram utilizados 50 pontos de controle, gerados aleatoriamente pela extensão “Hawths
Tools 3 for ArcGIS”. Tais pontos são referentes a 50 polígonos de regiões pré-definidas como
desmatadas pelos técnicos do CSR/Ibama que contabilizaram uma área de cerca de 953km2. Tais
pontos foram aleatoriamente determinados dentro dos limites dos respectivos polígonos de
desmatamentos. É importante destacar que o centróide não se relaciona com o espaço físico da
poligonal, mas sim com um retângulo imaginário que o envolve, a partir de seus vértices das
linhas mais extremas - leste/oeste e norte/sul. Desse modo, os pontos não representariam
centróides de seus respectivos polígonos, pois a geração de centróides, por vezes, não resulta
em pontos localizados dentro do polígono.
Os polígonos utilizados para obtenção dos pontos de controle representam
desmatamentos ocorridos entre 2002 e 2008. Assim sendo, os pontos foram distribuídos pelo
supracitado “plug-in”, conforme Figura 3.7, representando 50 (cinquenta) polígonos do período
“2002-2008”.
Primeira Análise
Definiu-se analisar os polígonos delineados observando se esses eram desmatamentos
VERDADEIROS ou FALSOS. Para a checagem dos dados, foram utilizadas as imagens TM
Landsat 5 e 7, utilizadas no monitoramento, bem como aquelas disponibilizadas, de alta
resolução, pelo “software” Google Earth.
Como resultado, obtiveram-se 50 (cinquenta) pontos/polígonos de hipótese
VERDADEIRA e nenhuma FALSA, representando 100% de acerto neste quesito. A Figura 3.7
apresenta a localização dos referidos pontos e respectivas hipóteses.
Segunda Análise
A segunda análise buscou verificar os períodos mais adequados a ocorrência dos
desmatamentos encontrados. No caso do Pampa, todos os pontos foram identificados como
desmatamentos VERDADEIROS. Portanto, a amostragem foi de 50 pontos.
Nesta segunda etapa, os pontos definidos como VERDADEIROS foram aqueles cujo ano
do desmatamento era compatível com as imagens de 2008 e a região, consequentemente,
apresentava-se como remanescente na imagem de 2002. Nesse sentido, foram definidos como
FALSOS os pontos nos quais pode-se identificar o desmatamento nas imagens de 2002.
Foi possível verificar que dos 50 pontos datados com o período “2002-2008” de
desmatamento, 29 (vinte e nove) foram VERDADEIROS. Isso significa que 59% dos pontos
estavam adequadamente datados, conforme a figura 3.8 mostra.
Conclusões
Como os resultados aqui apresentados mostram, verifica-se que para um primeiro
estágio, o monitoramento do Pampa foi bastante satisfatório. Destaca-se, ainda, que no próximo
período de monitoramento (2008-2009) serão efetuados, além da detecção dos desmatamentos
que por ventura venham acontecer entre 2008 e 2009, as correções dos equívocos aqui
apresentados, bem como os acréscimos de polígonos de desmatamentos ocorridos nos períodos
“até 2002” e “2002-2008”, os quais podem ter sido omitidos nesta primeira fase do Projeto. Este
processo fará parte de uma constante melhoria e confiabilidade do presente trabalho, o qual é
bastante aplicado em renomados projetos, tais como, PRODES e DETER, executados pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE para o Bioma Amazônia.
Figura 3.7 – Distribuição dos pontos definidos na primeira análise como VERDADEIROS: “checks”.
Figura 3.8 – Distribuição dos pontos definidos na segunda análise como VERDADEIROS (“checks”) e FALSOS (data errada).
6. DISPONIBILIZAÇÃO DOS RESULTADOS
Os resultados do monitoramento estão estruturados em banco de dados geográfico,
de maneira que o público em geral poderá visualizá-los e os obter por meio do sítio
“http://siscom.ibama.gov.br/monitorabiomas/pampa”.
Neste endereço será possível fazer o “download” dos polígonos de desmatamento
por quadrículas referentes às cartas 1:250.000 do IBGE, bem como as imagens de satélites
utilizadas para a elaboração do trabalho, a partir de serviços de mapas confeccionados em
GeoServer e ArcServer (fig. 4, 5 e 6). Ademais, neste mesmo sítio, é possível visualizar as
estatísticas aqui apresentadas.
Figura 4 – Ambiente GeoServer para navegação e acesso aos dados vetoriais.
Figura 5 – Ambiente ESRI ArcServer para navegação e acesso aos dados vetoriais.
Figura 6 – Ambiente para “download” de imagens de satélites utilizadas no monitoramento do desmatamento dos
Pampas.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista o grande volume de dados gerados por este trabalho, verifica-se que
alguns ajustes poderão ser efetuados. Todavia, tal validação não mudará de forma significativa o
total percentual de antropismo ocorrido no bioma Pampa.
Destaca-se a importância das informações geradas não apenas para o governo federal,
mas também para as esferas estaduais e municipais. Com base nessas informações será
possível, por exemplo, fazer o cálculo de emissões de gases do efeito estufa (GEE).
8. BIBLIOGRAFIA
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Sawyer, D. 2009. Fluxos de carbono na Amazônia e no Cerrado: um olhar socioecossistêmico. Sociedade e Estado 24(1):149-171.
ANEXO 1
Tabela 1 – Ordem alfabética dos municípios localizados no bioma Pampa e a área antropizada até
2002 e entre o período de 2002 a 2008.
MUNICÍPIO ÁREA MUNI-CIPIO NO PAMPA (KM2)
ÁREA DES-MATADA ate 2002 (KM2)
ÁREA DES-MATADA NO
PERIODO 2002-2008
(KM2)
TOTAL DES-MATADO
%TOTAL DESMATADO NO MUNIC
% MUNIC DESMATADO NO PERIODO
2002-2008
Aceguá 1.541,12 989,63 31,29 1020,92 66,25% 2,03%Agudo 2,13 1,15 0,00 1,15 53,90% 0,00%Alegrete 7.804,57 3.839,47 176,15 4015,62 51,45% 2,26%Alvorada 70,31 62,75 0,00 62,75 89,25% 0,00%Amaral Ferrador 508,38 415,43 0,86 416,29 81,89% 0,17%Arambaré 522,08 432,93 1,44 434,38 83,20% 0,28%Arroio do Padre 123,94 82,60 1,21 83,81 67,62% 0,97%Arroio do Sal 82,31 20,53 2,24 22,77 27,66% 2,72%Arroio dos Ratos 427,04 321,73 2,02 323,74 75,81% 0,47%Arroio Grande 2.517,84 1.621,18 26,04 1647,22 65,42% 1,03%Augusto Pestana 71,96 70,17 0,07 70,24 97,61% 0,10%Bagé 4.092,96 1.470,35 66,86 1537,21 37,56% 1,63%Balneário Pinhal 85,90 54,05 0,00 54,05 62,92% 0,00%Barão do Triunfo 435,86 253,01 5,72 258,73 59,36% 1,31%Barra do Quaraí 1.002,91 825,04 18,19 843,24 84,08% 1,81%Barra do Ribeiro 732,13 619,30 4,45 623,75 85,20% 0,61%Boa Vista do Cadeado 533,88 508,88 1,89 510,77 95,67% 0,35%Boa Vista do Incra 382,12 369,26 2,98 372,24 97,42% 0,78%Bossoroca 1.596,21 747,21 9,78 756,99 47,42% 0,61%Brochier 1,01 1,01 0,00 1,01 99,99% 0,00%Butiá 769,33 611,16 14,47 625,62 81,32% 1,88%Caçapava do Sul 3.049,15 723,26 46,91 770,17 25,26% 1,54%Cacequi 2.368,00 1.359,60 39,6117 1399,21 59,09% 1,67%Cachoeira do Sul 3.686,36 2.619,57 42,825 2662,39 72,22% 1,16%Cachoeirinha 43,84 38,94 0,00 38,94 88,83% 0,00%Caibaté 104,30 97,16 0,0384 97,20 93,19% 0,04%Camaquã 1.676,34 1.458,20 1,5748 1459,78 87,08% 0,09%Campo Bom 11,96 7,41 0,2168 7,62 63,76% 1,81%Candelária 98,03 92,77 0,3063 93,07 94,94% 0,31%Candiota 935,33 603,65 2,5618 606,21 64,81% 0,27%Canguçu 3.524,94 2.555,35 14,353 2569,70 72,90% 0,41%Canoas 131,63 113,06 0,00 113,06 85,90% 0,00%Capão da Canoa 62,35 26,40 0,3096 26,71 42,84% 0,50%Capão do Cipó 1.022,98 786,72 7,3044 794,02 77,62% 0,71%Capão do Leão 783,95 556,08 4,085 560,17 71,45% 0,52%Capela de Santana 183,10 162,77 0,00 162,77 88,90% 0,00%Capivari do Sul 415,38 365,44 2,5146 367,95 88,58% 0,61%Caraá 0,82 0,21 0,00 0,21 25,16% 0,00%Cerrito 452,82 336,10 2,1742 338,28 74,70% 0,48%
Cerro Grande do Sul 324,49 260,74 0,00 260,74 80,35% 0,00%Cerro Largo 7,30 6,94 0,00 6,94 95,17% 0,00%Charqueadas 216,68 184,95 0,00 184,95 85,36% 0,00%Chuí 201,67 163,61 23,6348 187,25 92,85% 11,72%Chuvisca 219,38 198,75 0,00 198,75 90,60% 0,00%Cidreira 209,50 131,41 0,00 131,41 62,73% 0,00%Cristal 681,04 518,64 1,3718 520,01 76,35% 0,20%Cruz Alta 500,40 486,86 2,8172 489,67 97,86% 0,56%Dezesseis de Novem-bro
104,54 82,30 0,00 82,30 78,73% 0,00%
Dilermando de Aguiar 604,11 336,46 28,3317 364,80 60,39% 4,69%Dois Irmãos 7,92 4,29 0,0478 4,34 54,74% 0,60%Dom Feliciano 1.260,46 713,70 33,2785 746,98 59,26% 2,64%Dom Pedrito 5.188,27 2.551,33 120,3259 2671,66 51,49% 2,32%Dom Pedro de Alcânta-ra
10,79 0,50 0,00 0,50 4,64% 0,00%
Eldorado do Sul 509,79 443,78 4,0935 447,88 87,86% 0,80%Encruzilhada do Sul 3.437,51 1.386,96 85,178 1472,14 42,83% 2,48%Entre-Ijuís 317,81 285,00 0,8219 285,83 89,94% 0,26%Estância Velha 35,98 35,15 0,00 35,15 97,70% 0,00%Esteio 27,26 25,42 0,0365 25,45 93,37% 0,13%Eugênio de Castro 364,88 348,49 0,6236 349,11 95,68% 0,17%Fazenda Vilanova 0,79 0,79 0,00 0,79 100,01% 0,00%Formigueiro 580,36 528,29 1,6285 529,92 91,31% 0,28%Fortaleza dos Valos 228,52 220,98 1,8242 222,81 97,50% 0,80%Garruchos 780,06 506,96 5,05 512,01 65,64% 0,65%General Câmara 492,51 418,46 0,499 418,96 85,07% 0,10%Glorinha 157,68 135,72 1,1019 136,83 86,77% 0,70%Gravataí 334,04 276,63 0,6543 277,29 83,01% 0,20%Guaíba 374,81 324,24 5,3297 329,57 87,93% 1,42%Herval 1.752,22 303,48 38,354 341,84 19,51% 2,19%Hulha Negra 821,12 568,89 20,1916 589,08 71,74% 2,46%Imbaú 9,64 6,49 0,00 6,49 67,32% 0,00%Itaara 24,97 22,73 0,00 22,73 91,01% 0,00%Itacurubi 1.118,13 393,13 24,4554 417,59 37,35% 2,19%Itaqui 3.397,03 2.659,52 53,0475 2712,57 79,85% 1,56%Ivorá 0,35 0,23 0,00 0,23 64,12% 0,00%Ivoti 0,30 0,16 0,00 0,16 53,72% 0,00%Jaguarão 2.001,30 1.036,42 48,4664 1084,89 54,21% 2,42%Jaguari 298,07 200,29 4,507 204,80 68,71% 1,51%Jari 534,00 176,33 12,8512 189,18 35,43% 2,41%Jóia 1.178,53 985,69 16,6925 1002,38 85,05% 1,42%Júlio de Castilhos 1.683,31 1.339,23 19,2572 1358,49 80,70% 1,14%Lagoa dos Patos 10.065,40 10,35 0,00 10,35 0,10% 0,00%Lagoa Mirim 2.777,96 1,07 0,00 1,07 0,04% 0,00%Lavras do Sul 2.598,64 441,85 18,8494 460,70 17,73% 0,73%Maçambara 1.685,31 1.199,56 35,8854 1235,44 73,31% 2,13%Manoel Viana 1.391,31 978,83 23,1984 1002,03 72,02% 1,67%Maquiné 51,00 13,25 0,00 13,25 25,98% 0,00%
Maratá 3,60 1,98 0,00 1,98 55,08% 0,00%Mariana Pimentel 338,88 285,09 3,6336 288,72 85,20% 1,07%Mata 160,81 94,52 8,8848 103,41 64,30% 5,53%Mato Queimado 25,25 24,73 0,00 24,73 97,92% 0,00%Minas do Leão 423,69 352,14 6,2436 358,38 84,59% 1,47%Montenegro 401,07 367,67 0,1816 367,85 91,72% 0,05%Morro Redondo 245,61 208,51 0,00 208,51 84,90% 0,00%Mostardas 1.791,18 1.418,54 11,87 1430,41 79,86% 0,66%Nova Esperança do Sul 60,47 51,70 0,0017 51,70 85,50% 0,00%Nova Santa Rita 217,82 187,93 0,1124 188,05 86,33% 0,05%Novo Hamburgo 156,48 127,33 0,3087 127,64 81,57% 0,20%Osório 563,57 347,26 0,1253 347,38 61,64% 0,02%Palmares do Sul 897,59 681,21 1,3086 682,52 76,04% 0,15%Pantano Grande 847,23 686,23 31,5195 717,75 84,72% 3,72%Paraíso do Sul 1,64 1,15 0,0202 1,17 71,02% 1,23%Pareci Novo 24,14 16,41 0,00 16,41 68,00% 0,00%Passo de Torres 10,65 0,36 0,00 0,36 3,42% 0,00%Passo do Sobrado 110,77 97,51 0,00 97,51 88,03% 0,00%Paverama 28,86 27,66 0,00 27,66 95,87% 0,00%Pedras Altas 1.352,45 600,80 22,1393 622,94 46,06% 1,64%Pedro Osório 602,83 276,74 18,4129 295,15 48,96% 3,05%Pelotas 1.520,67 1.255,60 3,0085 1258,61 82,77% 0,20%Pinhal Grande 81,60 79,21 0,008 79,22 97,08% 0,01%Pinheiro Machado 2.228,11 317,96 13,5537 331,52 14,88% 0,61%Piratini 3.561,69 1.243,54 63,7785 1307,32 36,70% 1,79%Portão 131,89 122,71 0,00 122,71 93,04% 0,00%Porto Alegre 498,84 345,22 0,9334 346,15 69,39% 0,19%Quaraí 3.106,25 601,46 25,7872 627,24 20,19% 0,83%Quevedos 401,75 214,56 11,6556 226,21 56,31% 2,90%Restinga Seca 684,28 588,42 5,5979 594,01 86,81% 0,82%Rio Grande 2.565,61 1.039,76 14,0204 1053,78 41,07% 0,55%Rio Pardo 1.941,28 1.545,43 24,2659 1569,69 80,86% 1,25%Rolador 147,88 143,50 0,1529 143,65 97,14% 0,10%Roque Gonzales 3,53 3,15 0,0056 3,16 89,49% 0,16%Rosário do Sul 4.367,63 1.795,80 86,683 1882,48 43,10% 1,98%Salto do Jacuí 249,33 223,85 2,2692 226,11 90,69% 0,91%Santa Cruz do Sul 79,29 71,20 0,00 71,20 89,80% 0,00%Santa Margarida do Sul 958,51 11,89 11,9032 23,79 2,48% 1,24%Santa Maria 1.541,15 1.168,92 36,0976 1205,01 78,19% 2,34%Santa Vitória do Palmar 4.697,77 3.024,56 28,6646 3053,22 64,99% 0,61%Santana da Boa Vista 1.419,32 274,37 6,1302 280,50 19,76% 0,43%Santana do Livramento 6.894,70 1.535,31 84,7195 1620,03 23,50% 1,23%Santiago 2.091,50 517,02 40,9812 558,00 26,68% 1,96%Santo Antônio da Patru-lha
607,02 518,57 2,3903 520,96 85,82% 0,39%
Santo Antônio das Mis-sões
1.713,52 964,64 23,4265 988,07 57,66% 1,37%
São Borja 3.591,04 2.618,00 60,6612 2678,66 74,59% 1,69%São Francisco de Assis 2.181,92 826,33 43,2843 869,61 39,86% 1,98%
São Gabriel 5.017,09 2.502,70 81,2653 2583,96 51,50% 1,62%São Jerônimo 937,26 574,33 16,6857 591,01 63,06% 1,78%São José do Norte 726,42 498,28 1,2036 499,48 68,76% 0,17%São José do Sul 1,21 0,67 0,00 0,67 55,10% 0,00%São Leopoldo 104,28 82,04 0,0478 82,09 78,72% 0,05%São Lourenço do Sul 2.038,49 1.619,38 1,5733 1620,96 79,52% 0,08%São Luiz Gonzaga 1.239,04 1.029,18 6,1957 1035,38 83,56% 0,50%São Martinho da Serra 475,15 272,64 5,2458 277,89 58,48% 1,10%São Miguel das Mis-sões
1.172,80 894,49 10,9501 905,44 77,20% 0,93%
São Nicolau 359,76 310,73 1,1086 311,84 86,68% 0,31%São Pedro do Butiá 0,16 0,11 0,00 0,11 69,39% 0,00%São Pedro do Sul 632,29 396,56 11,5508 408,11 64,54% 1,83%São Sebastião do Caí 23,67 19,56 0,00 19,56 82,62% 0,00%São Sepé 2.191,81 1.418,01 9,4601 1427,47 65,13% 0,43%São Vicente do Sul 1.177,20 774,43 25,8995 800,33 67,99% 2,20%Sapucaia do Sul 57,49 50,44 0,0189 50,45 87,76% 0,03%Sentinela do Sul 281,96 256,28 0,00 256,28 90,89% 0,00%Sertão Santana 251,41 193,27 0,0579 193,33 76,90% 0,02%Tabaí 90,88 84,75 0,0812 84,83 93,34% 0,09%Tapes 806,72 636,75 6,1443 642,90 79,69% 0,76%Taquari 220,83 200,34 0,254 200,59 90,83% 0,12%Tavares 515,61 323,24 1,3046 324,55 62,94% 0,25%Terra de Areia 11,74 5,45 0,8016 6,25 53,25% 6,83%Toropi 12,00 10,20 0,00 10,20 84,96% 0,00%Torres 42,63 35,98 0,2503 36,23 84,98% 0,59%Tramandaí 113,24 77,10 0,00 77,10 68,09% 0,00%Três Cachoeiras 37,59 0,03 0,0288 0,06 0,15% 0,08%Triunfo 823,24 706,92 1,1381 708,05 86,01% 0,14%Tupanciretã 2.254,71 1.918,10 34,7541 1952,85 86,61% 1,54%Turuçu 285,44 208,17 0,5554 208,72 73,12% 0,19%Unistalda 601,49 175,98 6,6732 182,65 30,37% 1,11%Uruguaiana 5.684,45 3.724,17 82,998 3807,16 66,98% 1,46%Vale Verde 277,87 213,59 0,2602 213,85 76,96% 0,09%Venâncio Aires 67,54 55,90 0,00 55,90 82,76% 0,00%Vera Cruz 36,46 30,14 0,00 30,14 82,66% 0,00%Viamão 1.495,30 1.165,33 13,4193 1178,75 78,83% 0,90%Vila Nova do Sul 523,63 229,02 1,4824 230,50 44,02% 0,28%Vitória das Missões 32,98 32,74 0,00 32,74 99,26% 0,00%Xangri-lá 30,50 14,61 0,00 14,61 47,91% 0,00%
TOTAL 176.605,39 93.782,43 2.178,98 95.961,41
*Siglas: APA – Área de Proteção Ambiental;ARIE – Área de Relevante Interesse Econômico;EE – Estação Ecológica;FN – Floresta Nacional;
PE – Parque EstadualPEc – Parque MunicipalPN – Parque NacionalPI – Proteção Integral.RB – Reserva Biológica RESEx – Reserva Extrativista
MN – Monumento Natural;US – Uso Sustentável;