Monografia_Marcelle

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UFRRJINSTITUTO DE FLORESTAS CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA FLORESTAL

Avaliao da eficcia da Resoluo CONAMA 06/94 utilizada na classificao dos estdios sucessionais dos fragmentos de Floresta Secundria existentes na faixa de servido da diretriz do Arco Metropolitano Rodovirio do Rio de Janeiro

Marcelle Nardelli Baptista

Orientador: Hugo Barbosa Amorim

Seropdica, RJ Dezembro de 2008

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE FLORESTAS CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA FLORESTAL

MARCELLE NARDELLI BAPTISTA

AVALIAO DA EFICCIA DA RESOLUO CONAMA 06/94 UTILIZADA NA CLASSIFICAO DOS ESTDIOS SUCESSIONAIS DOS FRAGMENTOS DE FLORESTA SECUNDRIA EXISTENTES NA FAIXA DE SERVIDO DA DIRETRIZ DO ARCO METROPOLITANO RODOVIRIO DO RIO DE JANEIRO

Monografia apresentada ao Curso de Engenharia Florestal, como requisito parcial para a obteno do Ttulo de Engenheiro Florestal, Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Sob a Orientao do Professor Hugo Barbosa Amorim

Seropdica, RJ Dezembro de 2008

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Aprovada em 10/12/2008

BANCA EXAMINADORA

Hugo Barbosa Amorim IF/DS UFRRJ Orientador

Carlos Alberto Moraes Passos IF/DS UFRRJ Membro Titular

Jos de Arimata Silva IF/DS UFRRJ Membro Titular

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AGRADECIMENTOSAgradeo primeiro a Deus, por tudo. A meus pais que me ajudaram de todas as formas possveis. Sem eles nada disso seria realidade! Amo vocs mais do que tudo na vida!! E a minha vzinha que amo tanto! A todos os mestres que me ajudaram a construir os meus conceitos e minha caminhada, em especial ao Professor Hugo. A toda a galera, que eu tenho certeza que vamos se encontrar muito por a!! Foi muito importante essa convivncia, fez muita diferena, aprendi muito com vocs! E vou levar pra sempre essas lembranas no meu corao. A todas as girls, viva o alojamento, viva o 101!! Valeu pela convivncia, histrias inesquecveis, um grande beijo pra todas! As girafas sempre morrero!! Ao Franko e todos do BLOCODECONCRETO, que me mantiveram perto da arte no meio dessa loucura toda. E por ltimo agradeo a Rural. Tenho certeza que nenhuma outra universidade poderia ter me ensinado tanto. Eu amo a Rural desde o dia que a conheci e, como para muitos, a RURAL MINHA ME! E como vai ser difcil esse parto! Eu sei que a mudana inevitvel (mesmo no aceitando isso na maioria das vezes), mas s o que me cabe rezar para que seja sempre para melhor. Muito obrigada Vida, obrigada Mundo, obrigada Deus, essa misso foi cumprida! Agora, to pronta pra prxima.

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RESUMOEsse trabalho visou avaliar a eficcia da resoluo CONAMA 06/94 para classificar a vegetao dos fragmentos de florestas secundrias existentes na faixa de servido da diretriz do Arco Metropolitano Rodovirio do Rio de Janeiro e a utilizao dos parmetros fitossociolgicos para aperfeioa-la. Os dados utilizados no trabalho originaram-se do Inventrio Florestal e Fitossociolgico realizado para a obteno da autorizao para supresso da vegetao. Foram selecionados dezesseis locais amostrados (unidades amostrais e censos), sendo oito classificados como pertencentes ao estdio inicial e oito ao estdio mdio, utilizando os parmetros da resoluo CONAMA 06/94. Um exame mais detalhado da resoluo evidenciou algumas insconsistncias, entre elas: no caracteriza vegetaes pioneiras e de clmax, se limitando a florestas secundrias; utiliza o critrio de plantas indicadoras, que no pondera a diversidade de ambientes que possui o Estado e no consenso entre os botnicos; subsdios para identificao do estdio so muito vagos e de difcil mensurao em campo; no apresenta uma continuidade nos parmetros mensurveis e oferece texto confuso, podendo haver diferentes interpretaes. Foram calculados os parmetros fitosssociolgicos de cada estdio sucessional para caracterizar as estruturas horizontal e vertical, alm dos ndices de diversidade (ndice de Shannon-Wiener, ndice de Simpson, Equabilidade de Pielou e Coeficiente de Mistura Jentsen). A espcie mais presente, em ambos os estdios, foi a Gochnatia polymorpha, com 64,29% e 28,45% de densidade nos estdios inicial e mdio, respectivamente. Essa espcie tambm se destacou pelos maiores valores de VI e VC nas estruturas vertical e horizontal. No estdio inicial, a mdia dos dimetros foi de 9 cm, altura mdia 7 m. No estdio mdio, obteve-se 12 cm de mdia dos dimetro e 6,3 de altura. Quanto eficcia da resoluo, concluiu-se que a mesma tem validade para uma classificao de mbito genrico.Os ndices fitossociolgicos apresentaram coerncia, considerando o estdio mdio com diversidade maior e dominncia menor da principal espcie, que o estdio inicial. O emprego dos ndices fitossociolgicos visando aperfeioar a classificao dos estdios sucessionais, apresentou possibilidades que merecem estudos mais detalhados. Palavras chave: fitossociologia, florestas secundrias, resoluo CONAMA 06/94

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ABSTRACTThis study aimed to evaluate the effectiveness of the resolution to 06/94 CONAMA classify the existing vegetation in the fragments of secondary forest in the range of servitude of the guideline of Arco Metropolitano Rodovirio in Rio de Janeiro and the use of phytosociological parameters for improving it. The data used in the work originated from the Forest Inventory and phytosociological done to obtain the authorization for removal of vegetation. Selected sixteen sites sampled (sampling units and census), eight classified as belonging to the initial stage and eight medium to the stage, using the parameters of the resolution CONAMA 06/94. A more detailed examination of the resolution showed some problems, among them: no vegetation characterized pioneer and climax, is limited to secondary forests, using the criterion of indicator plants, not considering the diversity of environments that have the state and is not consensus among the botanists; subsidies for identification of the stadium are very vague and difficult to measure in the field, does not present a continuity in measurable parameters and offers text confusing, and there may be different interpretations. We calculated the parameters of each stage phytosociological succession to characterize the vertical and horizontal structures, in addition to the indices of diversity (Shannon-Wiener index, index of Simpson, equability of Pielou and coefficient Jentsen mixture). The more species present in both stages, was the Gochnatia polymorpha, with 64.29% and 28.45% of density in the initial stages and medium respectively. This species is also highlighted by the higher values of VI and VC in the vertical and horizontal structures. In the initial stage, the average of diameters was 9 cm, height 7 m. In the middle stage, it was obtained average of 12 cm in diameter and 6.3 in height and basal area of. As for the effectiveness of the resolution, it was concluded that it is valid for a classification of context genrico.Os phytosociological indices showed consistency, considering the average level with greater diversity and less dominance of the main species, that the initial stage. The employment index fitossociolgicos aiming to improve the classification of successional stages, presented opportunities that deserve more detailed studies. Key words: phytosociology, secondary forests, CONAMA resolution 06/94

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SUMRIOLISTA DE FIGURAS..........................................................................................................VIII LISTA DE TABELAS.........................................................................................................VIII 1 INTRODUO ....................................................................................................................1 1.1 Licenciamento Ambiental de Empreendimentos.........................................................1 1.2 O Arco Metropolitano Rodovirio................................................................................2 1.3 Resoluo CONAMA 06/94 ...........................................................................................3 1.4 A Fitossociologia na Caracterizao da Vegetao .....................................................5 2 OBJETIVOS .........................................................................................................................7 3 MATERIAL E MTODOS .................................................................................................7 3.1 rea de Estudo................................................................................................................7 3.2 Origem dos Dados...........................................................................................................9 3.3 Estimativa dos Parmetros Fitossociolgicos.............................................................14 3.4 Avaliao da eficcia da Resoluo CONAMA 06/94 utilizada na classificao dos estdios sucessionais ...........................................................................................................15 4 RESULTADOS ...................................................................................................................15 4.1 Fragmentos Selecionados .............................................................................................15 4.2 Relao das Espcies ....................................................................................................16 4.3 Densidade das espcies .................................................................................................20 4.3.1 Estdio inicial.......................................................................................................20 4.3.2 Estdio mdio.......................................................................................................22 4.4 Distribuio dos dimetros e das alturas....................................................................26 4.4.1 Estdio inicial.......................................................................................................26 4.4.2 Estdio mdio.......................................................................................................26 4.5 Curva Espcie-rea......................................................................................................27 4.6 Parmetros Fitossociolgicos.......................................................................................29 4.6.1 Estrutura horizontal............................................................................................29 4.6.1.1 Estdio inicial...........................................................................................29 4.6.1.2 Estdio mdio...........................................................................................31 4.6.2 Estrutura vertical ..............................................................................................34 4.6.3 Diversidade..........................................................................................................39 4.7 Avaliao da Resoluo CONAMA ............................................................................41 5 CONCLUSES E RECOMENDAES .........................................................................42 6 REFERNCIA BIBLIOGRFICA..................................................................................43

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LISTA DE FIGURAS Figura 1: Arco Rodovirio da Regio Metropolitana do Rio de Janeiro Segmentos A, B, C, D. (FONTE: EIA-RIMA).............................................................................................................02 Figura 2: Distribuio Atual da Floresta Ombrfila Densa na Regio Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. (FONTE: EIA-RIMA).........................................................................08 Figura 3: Unidade amostral alocada penperdicularmente ao eixo, no ponto 15.1..................09 Figura 4: Exemplo de censo, ponto 6.2...................................................................................10 Figura 5: Estacas demonstrando a localizao das unidades amostrais..................................10 Figura 6: Parcelas selecionadas pertencentes ao estdio inicial..............................................12 Figura 7: Parcelas selecionadas pertencentes ao estdio mdio..............................................13 Figura 8: Distribuio das famlias no estdio inicial.............................................................25 Figura 9: Distribuio das famlias no estdio mdio.............................................................25 Figura 10: Distribuio das alturas..........................................................................................26 Figura 11: Distribuio das alturas..........................................................................................27 Figura 12: Curva espcie-rea para o estdio inicial...............................................................28 Figura 13: Curva espcie-rea do estdio mdio.....................................................................28 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Caractersticas de estgios de sucesso para o Estado do Rio de Janeiro, segundo RESOLUO N 6, de 04 de maio de 1994. ..........................................................................03 Tabela 2: Localizao dos pontos selecionados.......................................................................11 Tabela 3: Frmulas para o clculo da Estrutura Horizontal.....................................................14 Tabela 4: Frmulas para o clculo da Estrutura Vertical.........................................................14 Tabela 5: Frmulas para o clculo dos ndices fitossociolgicos. ..........................................15 Tabela 6: Unidades amostrais e censos selecionados e classificados como pertencentes floresta secundria estdio inicial. ........................................................................................16 Tabela 7: Unidades amostrais e censos selecionados e classificados como pertencentes floresta secundria estgio mdio..........................................................................................16 Tabela 8: Listagem das espcies encontradas nos estdios mdio e inicial. ...........................16 Tabela 9: Densidade absoluta, relativa e acumulada das espcies do estdio inicial...............20 Tabela 10: Densidade absoluta, relativa e acumulada das espcies encontradas no estdio mdio........................................................................................................................................22 Tabela 11: Parmetros fitossociolgicos relativos do estdio inicial......................................29 Tabela 12: Grupo ecolgico das espcies com maiores VI Estdio Inicial..........................31 Tabela 13: Parmetros fitossociolgicos relativos do estdio mdio......................................31 Tabela 14: Grupo ecolgico das espcies com maiores VI Estdio Mdio..........................34 Tabela 15: Parmetros fitossociolgicos relativos do estdio inicial Estrutura Vertical......................................................................................................................................34 Tabela 16: Parmetros fitossociolgicos relativos do estdio mdio Estrutura Vertical.....................................................................................................................................36 Tabela 17: ndices de diversidade obtidos nas parcelas do estdio inicial..............................40 Tabela 18: ndices de diversidade obtidos nas parcelas do estdio mdio..............................40 Tabela 19: Distribuio das parcelas nos estdios sucessionais, I = Inicial e M = Mdio........................................................................................................................................41 Tabela 20: Distribuio das parcelas nos estdios sucessionais, I = Inicial e M = Mdio........................................................................................................................................4

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1 INTRODUO 1.1 Licenciamento Ambiental de Empreendimentos

O licenciamento ambiental um importante instrumento de gesto da Poltica Nacional de Meio Ambiente. Por meio dele, a administrao pblica busca exercer o necessrio controle sobre as atividades humanas que interferem nas condies ambientais. Desta forma tem, por princpio, a conciliao do desenvolvimento econmico com o uso dos recursos naturais, de modo a assegurar a sustentabilidade dos ecossistemas em suas variabilidades fsicas, biticas, scio-culturais e econmicas. Esse processo possui trs etapas distintas: Licenciamento Prvio, Licenciamento de Instalao e Licenciamento de Operao (MMA, 2008). A Licena Prvia (LP) deve ser solicitada na fase de planejamento da implantao, alterao ou ampliao do empreendimento. Essa licena no autoriza a instalao do projeto, e sim aprova a viabilidade ambiental do projeto e autoriza sua localizao e concepo tecnolgica. Alm disso, estabelece as condies a serem consideradas no desenvolvimento do projeto executivo (OLIVEIRA, 1986). Atividades que causam impactos ao ambiente dependero do Estudo Prvio de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatrio de Impacto Ambiental (RIMA) nessa fase. Sero requeridos para os demais empreendimentos apenas estudos mais simplificados. O EIA/RIMA um dos instrumentos da poltica Nacional do Meio Ambiente e foi institudo pela resoluo CONAMA no 001/86, de 23 de janeiro de 1986. Apresenta uma srie de procedimentos especficos, inclusive realizao de audincia pblica, e envolve diversos segmentos da populao interessada ou afetada pelo empreendimento. O EIA composto por estudos tcnicos, cientficos, sociais, econmicos e outros que possam aferir o impacto ambiental. um instrumento preventivo de tutela ambiental onde se apresenta os detalhamentos de todos os levantamentos tcnicos. Nesse caso composto por: diagnstico ambiental dos meios fsico, bitico e socioeconmico; anlise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas; definio das medidas mitigadoras dos impactos negativos e elaborao de medidas mitigadoras dos impactos negativos e programas de acompanhamento e monitoramento. O RIMA realizado posteriormente ao EIA. O RIMA detalha e completa o Estudo, que ser apresentado ao rgo responsvel pelo licenciamento. Deve ser apresentado de forma objetiva e em linguagem acessvel, para facilitar a anlise por parte do pblico interessado. Nessa etapa so realizadas Audincias Pblicas para que a comunidade seja consultada (LA ROVERE, 2001). No projeto para elaborao do Arco Metropolitano Rodovirio do Rio de Janeiro ser necessria a elaborao do EIA/RIMA devido a ser essa uma atividade modificadora do meio ambiente, devido construo de estradas de rodagem com duas faixas de rolamento. O prximo passo a Licena de Instalao (LI), que autoriza o incio da obra ou instalao do empreendimento. solicitada aps a obteno da Licena Prvia. Nesta fase que so apresentados os planos e os programas ambientais tais como: Planos de Controle Ambiental, Programas de Recuperao Ambiental, etc. O prazo de validade dessa licena estabelecido pelo cronograma de instalao do projeto ou atividade, no podendo ser superior a seis anos, embora essa possa ser renovada dependendo do tipo de empreendimento. necessrio tambm a elaborao do Plano Bsico Ambiental e se a obra implicar em desmatamento elaborado o Inventrio Florestal e Fitossociolgico, para subsidiar a emisso da Autorizao de Supresso de Vegetao. A Licena de Operao (LO) deve ser solicitada antes de o empreendimento entrar em operao, pois essa licena que autoriza o incio do funcionamento da obra. Sua concesso

est condicionada vistoria a fim de verificar se todas as exigncias e detalhes tcnicos descritos no projeto foram desenvolvidos e atendidos ao longo de sua instalao e se esto de acordo com o previsto nas LP e LI. O prazo de validade desta licena no pode ser inferior a quatro anos e superior a dez anos. Esta licena tambm tem que ser renovada periodicamente, inclusive para se verificar se todos os condicionantes para a operao esto sendo cumpridos. S ser concedida se todo o procedimento anterior for aprovado. Aps a sua liberao o empreendimento est apto a iniciar as obras. Como parte do processo de implantao do Arco Metropolitano Rodovirio do Rio de Janeiro BR-493/RJ-109, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, atravs da Secretaria de Estado de Obras e Fundao Departamento de Estradas de Rodagem, encontra-se na fase de atender legislao vigente no que diz respeito ao processo de licenciamento ambiental, visando a obteno da Licena de Instalao (LI). Dentre as exigncias desse processo, emerge aquela que prev a obteno da autorizao do Instituto Estadual de Florestas do Estado do Rio de Janeiro para a supresso da vegetao existente na rea onde ser implantado o empreendimento. Configura-se, dessa forma, o contexto do Inventrio Florestal e Fitossociolgico dentro do processo de Licenciamento Ambiental. 1.2 O Arco Metropolitano Rodovirio

O Arco Metropolitano Rodovirio do Rio de Janeiro BR-493/RJ-109, no trecho designado como segmento C, situa-se entre a Rodovia Rio Petrpolis (BR-040), no municpio de Duque de Caxias, e o acesso ao Porto de Itagua, no municpio de Itagua (BR101), com extenso de 77 km, conforme mostra a Figura 1.

Figura 1: Arco Metropolitano Rodovirio do Rio de Janeiro Segmentos A, B, C, D.(FONTE: EIA-RIMA)

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Desde 2003, o Estado do Rio de Janeiro vem mantendo entendimentos com a Unio para viabilizar financeiramente a implantao desse projeto. Mesmo antes, diversos estudos foram desenvolvidos, o que bem atesta a sua relevncia como um projeto estruturador do sistema de transportes de regio. Recentemente, o Arco Metropolitano Rodovirio do Rio de Janeiro foi includo no Programa de Acelerao do Crescimento PAC do governo federal, que assegura os recursos financeiros necessrios sua construo, delegada, por convnio, ao Estado do Rio de Janeiro. A concluso do Arco Metropolitano Rodovirio contribuir decisivamente para atender diversas demandas como: Facilitar o trfego de longa distncia entre as regies SUL/SUDESTE e NORTE/NORDESTE do pas, desviando esses veculos das principais vias metropolitanas, como a Avenida Brasil; Conectar as rodovias federais BR-040, BR-116, BR-465 e BR-101; Ampliar a acessibilidade aos Portos de Itagua e Rio de Janeiro; Viabilizar a implantao de terminais logsticos ao longo da rodovia, com reduo dos tempos de viagem e custos de transportes; Introduzir novas possibilidades de expanso urbana para os municpios localizados prximos rodovia; 1.3 Resoluo CONAMA 06/94

Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA possui uma importante funo no processo democrtico e na construo do desenvolvimento sustentvel. A finalidade do CONAMA estudar e propor diretrizes e polticas governamentais para o meio ambiente e deliberar, no mbito de sua competncia, sobre normas, padres e critrios de controle ambiental. Atravs da resoluo n 10, de 1 de outubro de 1993, o CONAMA dispe sobre a vegetao primria e secundria nos estdios inicial, mdio e avanado de regenerao da Mata Atlntica. Posteriormente a Resoluo no 388, de 23 de fevereiro de 2007, convalidou a resoluo no 06, de 4 de maio de 1994, que estabelece definies e parmetros mensurveis para anlise de sucesso ecolgica da Mata Atlntica especificamente para o Estado do Rio de Janeiro. Os parmetros utilizados para diferenciao dos estdios so: fisionomia, presena e comportamento de epfitas e trepadeiras, presena ou no do subosque e serrapilhera. Em espcies lenhosas a diferenciao se d por rea basal por ha, idade, classes de DAP e H e diversidade. Integra a resoluo listas de espcies herbceas e arbreas que so consideradas indicadoras dos estdios. A Tabela 1 mostra os parmetros e espcies que so utlizados para classificar os estdios sucessionais, segundo a Resoluo n 06/94. Tabela 1: Caractersticas de estdios de sucesso para o Estado do Rio de Janeiro, segundo RESOLUO N 6, de 04 de maio de 1994.Caractersticas Fisionomia Estdio Inicial Fisionomia herbceo/arbustiva, cobertura aberta ou fechada, com a presena de espcies predominantemente helifitas, As espcies so de crescimento rpido e ciclo biolgico curto; Indivduos lenhosos Estdio Mdio Fisionomia arbustivo/arbrea, cobertura fechada com incio de diferenciao em estratos e surgimento de espcies de sombra. Muitas das rvores do estdio inicial podem permanecer, porm mais grossas e mais altas; As espcies lenhosas, por Estdio Avanado Fisionomia arbrea, cobertura fechada formando um dossel relativamente uniforme no porte, podendo apresentar rvores emergentes com subosque j diferenciado em um ou mais estratos formados por espcies escifilas; As espcies arbreas podem ser

Espcies lenhosas

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Tabela 1: ContinuaoCaractersticas Estdio Inicial ocorrentes pertencem a, no mximo, 20 espcies botnicas por hectares; DAP e H de plantas lenhosas Idade rea basal mdia Epfitas e trepadeiras Subosque DAP mdio de 5 centmetros e altura mdia de at 5 metros; 0 a 10 anos; 0 a 10 m2/ha; Epfitas raras podendo ocorrer trepadeiras; Ausente; Estdio Mdio sombreamento, eliminam as componentes herbceas ou de pequeno porte do estdio inicial; DAP mdio de 10 a 20 cm e H mdia de 5 at 12 m; Entre 11 e 25 anos; 10 a 28 m2/ha; Trepadeiras, quando presentes so predominantemente lenhosas; Presente Estdio Avanado remanescentes do estdio mdio acrescidas de outras que caracterizam esse estdio; DAP mdio 20 centmetros e altura superior a 20 metros; Acima de 25 anos; Superior a 28 m2/ha; Presena de cips, trepadeiras e abundncia de epfitas; Menos expressivo que no estdio mdio e geralmente muito rico em espcies esciofilas; aumenta o nmero de espcies de rubicas e de marantceas, principalmente, surgindo, ainda cricima Olyra spp (Gramineae), Leandra spp (melastomataceae), e muitas espcies e famlias de Pteridophyta. Sempre presente, com intensa decomposio;

Serrapilheira Espcies herbceas de pequeno porte (estdio inicial) e subosque (estdio mdio)

Espcies lenhosas mais freqentes e indicadoras desse estdio so:

Quando existente, forma uma camada fina pouco decomposta, contnua ou no; Baccharis dracunulifolia (Compositae) Vernonia polyanthes (Compositae) Lantana camara (Verbenaceae) Urena lobata (Malvaceae) Crotalaria umcronata (Leguminosae) Elephantopus mollis (Compositae) Solanum aculeatissimum (Solanaceae) Solanum panculatum (Solanaceae) Attalea humilis (Palmae) Clidemia hirta (Melastomataceae) Imperata brasi-liensis (Gramineae) Pteridium aquilinum (Polypodiaceae) Asclepias curassavica (Asclepiadaceae) Sida spp. (Malvaceae) Borreria verticillata (Rubiaceae) Mikania spp. (Compositae) Aradenanthera colubrina (Leguminosae) Psidium cattleyanum (Myrtaceae) Schinus terebinthifolius (Anacardiaceae) Trema micrantha (Ulmaceae) Cecropia spp. (Moraceae) Peschiera laeta (Apoynaceae) Psidium guayava (Myrtaceae) Mimosa bimucronata (leguminosae) Vanillosmopsis erythropappa (Compositae) Alchornea iricurana (Euphorbiacea) Croton urucurana

Sempre existente, na qual h sempre muitas plntulas; Piper spp. (Piperaceae) Potomorphe spp. (Piperaceae) Solanum sp. (Soloanaceae) Pshychotria leiocarpa (Rubiaceae) Pshychotria nuda (Rubiaceae) Maranta spp. Ctenanthe spp. (Marantaceae) Helioconia spp. (Musaceae)

Luethea grandiflora (Tiliaceae) Guarea guidonia (Meliaceae) Zanthoxylon rhoifolium (Rutaceae) Miconia fairchildiana (Melastomataceae) Lamanonia ternata (Cunoniaceae) Tabebuia chrysotricha (Bignoniaceae) Sparattosperma leucanthum (Bignoniaceae) Cybistax antisyphilitica (Bignoniaceae) Schizolobium parahiba (Leguminosae)

Vochysia laurifolia (Vochysiaceae) Centrolobium robu-stum (Leg) Ocotea, Nectandra, Cryptocarya (Lauraceae) Cabralea canjerana (Melia) Cedrela fissilis (Meliaceae) Sterculia chicha (Sterculiaceae) Lecythis pisonis (Lecythidaceae) Johannesia princeps (Euphorbia-ceae) Apuleia leiocar-pa (Leg) Ficus spp. (Moraceae) Cariniana legalis, Cariniana estrellensis, Couratari pyramidata (Lecythidaceae) Virola oleifera (Miristicacea) Plathy-menia

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Tabela 1: ContinuaoCaractersticas Estdio Inicial (Euphorbiacea) Estdio Mdio Senna multijuga (Leguminosae) Senna macranthera (Leguminosae) Xylopia brasiliensis (Annonaceae) Cupania oblongifolia (Sapindaceae) Estdio Avanado foliolosa (Legu-inosae) Aspidosperma spp. (Apocynaceae) Pouteria sp. (Sapota-eae) Gallezia ntegri-olia (Phyttolaccaceae) Astrocaryum aculea-issimum (Palmae) Geonoma spp.(Palmae) Euterpe edulis(Palmae) Attalea dubia (Palmae)

1.4

A Fitossociologia na Caracterizao da Vegetao

Segundo RODRIGUES & GANDOLFI (1998), fitossociologia o ramo da Ecologia Vegetal que procura estudar, descrever e compreender a associao de espcies vegetais dentro das comunidades, que por sua vez caracterizam as unidades fitogeogrficas, como resultado das interaes destas espcies entre si e com o seu meio. Para MARTINS (1989), a fitossociologia envolve o estudo das inter-relaes de espcies vegetais dentro da comunidade vegetal no espao e no tempo. Refere-se ao estudo quantitativo da composio, estrutura, funcionamento, dinmica, histria, distribuio e relaes ambientais da comunidade vegetal. Uma maneira de detectar o estdio em que a floresta se encontra, assim como a alteraes que esta sofrendo, realizar a anlise estrutural da vegetao ali existente de tal modo que possam ser observados os aspectos que envolvem as espcies quando consideradas isoladamente (aspectos autoecolgicos) e as interaes relativas aos indivduos que compe a comunidade florestal (aspectos sinecolgicos), (SCOLFORO, 1997). Segundo LAMPRECHT (1962) a anlise das estruturas vertical e horizontal permite importantes dedues sobre a origem, caractersticas ecolgicas e sinecolgicas, dinamismo e tendncias do desenvolvimento futuro das diferentes formaes vegetais, alm de informaes sobre as rvores e a vegetao em sua totalidade. A anlise da estrutura horizontal feita de acordo com a ocupao, grau de agregao e distribuio das espcies em cada estrato da floresta. SCOLFORO (1997) cita que a estrutura horizontal indica a participao, na comunidade, de cada espcie vegetal em relao s outras e a forma em que esta se encontra distribuda espacialmente na rea. A densidade, ou abundncia, avalia o grau de participao das diferentes espcies identificadas na comunidade vegetal. LONGHI (1980) define abundncia no sentido quantitativo, como sendo o nmero de indivduos de cada espcie dentro de uma associao vegetal, e sempre referido em uma unidade de superfcie, geralmente em hectare. LONGUI (1980) define tambm que a dominncia a medida da projeo total do corpo das plantas, sendo esse o parmetro que busca expressar a influncia de cada espcie na comunidade, atravs de sua biomassa. Geralmente utiliza-se a rea basal pra esse fim, visto que a obteno da cobertura de copa um dado de difcil mensurao em campo. Segundo SOUZA (1973), a freqncia expressa a porcentagem de ocorrncia de uma espcie dentro das parcelas do levantamento, sendo por isso, um conceito esttico, relacionado com a uniformidade de distribuio das espcies. A abundncia, dominncia e freqncia so dados estruturais que revelam aspectos essenciais na composio florstica das florestas, conforme LONGHI (1980), mas sempre so

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somente enfoques parciais, que isoladas no do a informao requerida sobre a estrutura florstica da vegetao em conjunto. Os autores afirmam que para a anlise da vegetao importante encontrar um valor que permita uma viso mais abrangente da estrutura das espcies ou que caracterize a importncia de cada espcie no conglomerado total do povoamento. Um mtodo para integrar os trs aspectos parciais acima mencionados, consiste em combin-los numa expresso nica e simples de forma a abranger o aspecto estrutural em sua totalidade, calculando o chamado "ndice de valor de importncia". O VI% permite uma viso mais ampla da posio da espcie caracterizando sua importncia no conglomerado total do povoamento. Atravs da anlise da estrutura vertical pode-se obter, pelo menos, um indcio sobre o estdio sucessional em que se encontra a rea em estudo. FINOL (1971) props a incluso deste estudo na Anlise Estrutural de uma comunidade, visando caracterizar melhor e de modo mais verdadeiro a ordem de importncia das espcies estudadas, apresentando para isso um novo parmetro: a posio sociolgica. A estrutura sociolgica das espcies possibilita conhecer sobre a composio florstica dos distintos estratos da floresta no sentido vertical, alm do papel das diferentes espcies em cada um deles (HOSOKAWA, 1982). A partir desses dados, obtem-se o Valor Fitossociolgico por Estrato. Estes ndices, calculados por espcie, daro uma idia da distribuio dos indivduos quanto a regularidade e gradiente de ocorrncia, quando normalmente esperado uma diminuio do nmero de indivduos ao passar do estrato inferior para o superior. O ndice de Valor de Importncia Ampliado (VIA) torna o estudo da estrutura da vegetao preciso, refletindo de modo mais verdadeiro a complexa composio estrutural da vegetao, na sua grande heterogeneidade e irregularidade entre os estratos. Este ndice reuni os valores obtidos na anlise da estrutura horizontal (Valor de Importncia) e vertical (posio sociolgica), destacando a real importncia fitossociolgica do indivduo dentro da comunidade vegetal. A fitossociologia estuda tambm a diversidade, utilizando ndices como: ndice de Shannon-Wiener, ndice de Simpson, Quociente de Mistura de Jentsch e Equabilidade de Pielou. O ndice de diversidade de Shannon-Wiener retrata a possibilidade de se coletar dois indivduos aleatoriamente em uma comunidade e estes pertencerem a espcies distintas (MAGURRAN 1988, PINTO-COELHO 2002, CULLEN JR. et al. 2004). A contribuio de cada espcie pesada por sua abundncia relativa, que significa a proporo do nmero total de indivduos numa comunidade que pertence quela espcie. Segundo MAGURRAN (1988) e KREBS (1989), o ndice de diversidade de comunidades de Shannon-Wiener , na verdade, a quantia de incerteza de uma distribuio. Portanto, quanto maior o nmero de espcies, maior a incerteza associada ao arranjo, ou seja, mais difcil prever a qual espcie pertence o prximo indivduo amostrado. O ndice de Simpson obtido a partir de uma medida de dominncia. Este ndice uma expresso do nmero de vezes que se teria que coletar um par de indivduos aleatoriamente e estes pertencerem mesma espcie (BROWER & ZAR 1984). O Quociente de mistura de Jentsch (QM) foi usado para expressar a composio florstica medindo a intensidade de mistura das espcies. A Equabilidade de Pielou (J) uma medida de ponderao, relacionando a distribuio de indivduos amostrados com o nmero de espcies (MAGURRAN 1988; PINTO-COELHO 2002, CULLEN JR. et al. 2004).

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2 OBJETIVOS Geral Avaliar a eficcia da resoluo CONAMA 06/94 para classificar a vegetao existente em diferentes estdios sucessionais. Especficos Classificar os fragmentos segundo o estdio sucessional, utilizando os parmetros da resoluo CONAMA 06/94; Estimar os parmetros fitosssociolgicos de cada estdio sucessional e, Avaliar a representatividade dos parmetros fitossociologicos dos diferentes estdios sucessionais. 3 MATERIAL E MTODOS

O traado do segmento C do Arco Metropolitano Rodovirio tem incio na interseo entre a BR-040 e o ramo norte da BR-116 (para Mag), no Municpio de Duque de Caxias, onde ingressa em pequena rea urbana (Chcara Rio Petrpolis), localizada s margens da BR-040. Em seu trecho final, atravessa o canal Santo Antnio e o rio Mazomba, cruzando a rodovia BR-101 j na altura do acesso ao porto de Itagua. A rea possui microclima tpico de regies litorneas tropicais influenciadas por fatores tais como: latitude e longitude, proximidade do mar, topografia, tipo de cobertura vegetal e, principalmente, circulaes atmosfricas de larga e meso escalas. A regio delimitada, a oeste, pela Serra do Mar que se estende na direo Sudoeste-Nordeste, com altitude mdia de 900 m. No setor oriental encontram-se os macios costeiros, com altitudes mdias de 500 m, enquanto a parte sul limitada pela baa de Sepetiba (BERNARDES, 1952). A temperatura mdia do ar na regio em estudo varia de 20 C a 28 C, sendo que o trimestre mais quente ocorre de dezembro a fevereiro e o mais frio de junho a agosto e os mais frios ocorrem no trimestre de junho a agosto. A temperatura mdia mxima da regio varia de 24 C a 35 C. A temperatura mdia mnima da regio varia de 15 C a 24 C (BERNARDES, 1952). A umidade relativa do ar na regio de estudo apresenta variaes intermensais que podem atingir at 8%. As diferenas sazonais so marcantes, embora pouco acentuadas. Os efeitos orogrficos, a proximidade do mar e a direo das massas de ar combinam-se para produzir microclimas e variaes de regime pluvial a curtas distncias. A precipitao mdia anual na bacia situa-se entre 1.000 mm e mais de 2.230 mm. As serras apresentam precipitaes superiores as zonas de baixada. O perodo de precipitao pluviomtrica mxima vai de dezembro a maro (vero) e o de precipitao mnima, de junho a agosto (inverno). O ms mais seco junho, com uma precipitao mdia mensal de 30 mm, e o mais chuvoso janeiro, com mdia mensal de 110 mm (BLAIR & FITE, 1964). De acordo com o Sistema de Classificao da Vegetao Brasileira proposto pelo Projeto RADAMBRASIL, em 1970, posteriormente adaptado por RIZZINI & COIMBRAFILHO (1988); VELOSO et al. (1991) e, oficialmente, por IBGE (1992), grande parte da rea de influncia indireta do projeto est inserida na regio de Domnio Fitoecolgico da Floresta

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Ombrfila Densa, devido ntima relao desta fisionomia com ambientes tropicais, caracterizados por elevadas temperaturas (mdias de 25 C) e alto ndice pluviomtrico, onde as precipitaes so bem distribudas ao longo do ano e no existem perodos secos. Este tipo de vegetao pode ocorrer sobre litologia variada, sendo marcante a presena dos latossolos com caractersticas distrficas e raramente eutrficas, originados de vrios tipos de rochas desde as cratnicas (granitos e gnaisses) at os arenitos com derrames vulcnicos de variados perodos geolgicos (IBGE, 1992). As caractersticas da rea de Influncia Indireta AII da RJ-109 permitem o enquadramento da vegetao dentro das formaes Terras Baixas, Submontana e Montana. A Figura 2 ilustra a situao atual da distribuio da Floresta Ombrfila Densa na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro e Sul Fluminense, com destaque para a rea de influncia do projeto, podendo-se verificar que a mesma encontra-se quase que desprovida de fragmentos significativos contendo vegetao.

Figura 2: Distribuio Atual da Floresta Ombrfila Densa na Regio Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro. (FONTE: EIA-RIMA) Alm dos ambientes florestais, existem na regio de interesse do projeto, importantes formaes de manguezais dispostos ao longo do litoral na Baa de Sepetiba. Tambm podem ser encontradas manchas significativas de mangues nas desembocaduras de rios e margeando esturios prximos ao Porto de Sepetiba, no municpio de Itagua. Devido grande importncia biolgica dos mangues para o equilbrio de outros ecossistemas, a Resoluo

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CONAMA n303/2002 (artigo 3), considera as formaes de manguezais, em toda a sua extenso, como reas de Preservao Permanente. 3.2 Origem dos Dados

Os dados utilizados no presente trabalho foram selecionados a partir do Inventrio Florestal realizado pela FAPUR/UFRRJ, atravs do Departamento de Silvicultura do Instituto de Florestas, para atender ao: Termo de Referncia para apresentao de documentos, Estudos e Projetos referente a solicitao de Autorizao de Supresso de Vegetao do Projeto de Implantao do Arco Metropolitano Rodovirio do Rio de Janeiro BR-493/RJ-109 emitido pelo Instituto Estadual de Florestas do Estado do Rio de Janeiro em 03 de janeiro de 2008. A rea de domnio definida para a implantao do Arco Metropolitano Rodovirio corresponde a 814,02 ha dos quais 178,29 ha (14,62% do total) encontram-se ocupados por vegetao que ser suprimida. Para inventariar essa populao foram mensurados 81 pontos (24 unidades amostrais e 57 censos1), cuja localizao georreferenciada foi estabelecida pelo IEF/RJ (2008). As unidades amostrais apresentam dimenses de 10 x 100 m (1.000m2 de rea), alocadas preferencialmente no sentido da diretriz do eixo do traado da rodovia. Essa determinao obedeceu a duas questes principais: a primeira, considerando que no campo, o eixo da diretriz estava alocado com preciso topogrfica, facilitando a instalao da unidade amostral e a segunda, considerando que a implementao desse empreendimento no necessitar, a princpio, que toda a vegetao seja removida. Nesse caso, parte da vegetao localizada nas extremidades da faixa de domnio permanecer intacta. Quando a vegetao ao longo do eixo era rarefeita, a unidade amostral foi instalada perpendicularmente ao eixo, buscando-se mensurar uma parcela mais significativa da vegetao. A Figura 3 mostra como exemplo a situao acima citada.

Figura 3: Unidade amostral alocada penperdicularmente ao eixo, no ponto 15.1

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Segundo o IEF/RJ (2008), que exige unidades amostrais para alguns fragmentos e censo para outros.

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Para os censos foi obedecido o seguinte procedimento: alocao da rea a ser mensurada na diretriz do eixo da rodovia, obedecendo ao comprimento determinado pelo IEF, sendo a largura definida pela largura mdia da faixa de domnio (100 m), como pode ser observado na Figura 4.

Figura 4: Exemplo de censo, ponto 6.2. Nas unidades amostrais e censos foram coletados os dados no campo, obedecendo aos seguintes procedimentos: Coordenadas geogrficas da estaca inicial que demarca o local de mensurao, com a utilizao de um GPSMAP 76CSx, da marca Garmin; Nome vulgar das espcies, sendo feitas exsicatas do material no identificado para posterior identificao no herbrio da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; Circunferncia Altura do Peito (CAP), mensurada com fita mtrica de 1,50m. Foi utilizado como critrio de seleo a CAP mnima de 15,7cm, que corresponde ao DAP de 5 cm. Em rvores com bifurcaes abaixo de 1,3 m, todos os fustes com CAP iguais ou maiores que 15,7 cm foram mensurados. Alturas Total e Comercial, sendo esta ltima definida como a parte aproveitvel do fuste, obtida com auxlio de uma vara graduada. Qualidade do Fuste, variando de 1 a 3, sendo um o fuste de melhor qualidade. . Presena e quantidade de epfitas, cips e serrapilheira, alm de outras informaes sobre a composio do sub-bosque que merecessem destaque. As unidades amostrais foram alocadas utilizando-se estacas pintadas e numeradas, que permaneceram no local para facilitar sua localizao, conforme mostra a Figura 5.

Figura 5: Estacas mostrando a localizao das unidades amostrais 10

Aps o processamento dos dados, as unidades amostrais foram classificadas segundo seu estdio sucessional, utilizando os parmetros da resoluo CONAMA 06/94. A partir dessa classificao, foram selecionados dezesseis locais amostrados (unidades amostrais e censos) para a realizao do presente trabalho, sendo oito classificados como pertencentes ao estdio inicial e oito ao estdio mdio. O critrio para a seleo foi a existncia de rea com vegetao representativa. A Tabela 2 e as Figuras 6 e 7 mostram a localizao e os aspectos dos fragmentos selecionados. Tabela 2: Localizao dos pontos selecionados PONTO TIPO DIMEN REA IEF SES TOTAL (m) (ha) 6 7 28 29 39 48 50 55 2 8 21 27 29 30 32 35

REA COM VEGETAO (ha)

Coord E

Coord N

Unidade amostral e censo do Estdio Inicial 2-CENSO 50x100 0,5 0,4 668800 CENSO 100x100 1,0 0,5 668250 CENSO 100x100 1,0 0,5 655370 2-CENSO 50x100 0,5 0,5 654100 2 - CENSO 100x100 1,0 0,64 649170 3 - CENSO 100x100 1,0 0,8 643300 CENSO 200x100 2,0 0,85 642600 CENSO 200x100 2,0 0,8 6938250 Censos do Estdio Mdio 1- CENSO 50x100 0,5 0,35 671000 1-CENSO 100x100 1,0 1,0 666050 CENSO 80x100 0,8 0,55 657850 CENSO 50x100 0,5 0,38 655370 1-AMOSTRA 30x100 0,3 0,24 654230 1- CENSO 80x100 0,8 0,7 653850 2 - CENSO 100x100 1,0 0,48 654230 CENSO 100x100 1,0 0,75 651400

7493200 7492950 7490330 7490300 7492250 7493880 7493950 7492050 7492600 7491900 7490900 7490330 7490280 7490380 7490280 7490870

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Censo 6.2

Censo 7

Censo 28

Censo 29.2

Censo 39.2

Censo 48.3

Censo 50 Figura 6: Parcelas selecionadas pertencentes ao estdio inicial.

Censo 55

12

Censo 2.1

Censo 8.1

Censo 21

Censo 27

Unidade Amostral 29.1

Censo 30.1

Censo 32.2 Figura 7: Parcelas selecionadas pertencentes ao estdio mdio

Censo 35

13

3.3

Estimativa dos Parmetros Fitossociolgicos A estimativa dos parmetros fitossociolgicos foi efetuada a partir das planilhas das unidades amostrais e censos selecionados para o presente trabalho, utilizando o Microsoft Excel. Como resultados, o levantamento fitossociolgico apresenta: Relao das espcies inventariadas contendo nome vulgar, nome cientfico e famlia botnica; Densidade das espcies Distribuio dos dimetros e das alturas Curva espcie-rea; Anlise da estrutura horizontal; Anlise da estrutura vertical e; ndices de diversidade das espcies. Segundo LAMPRECHT (1962) e FINOL (1971), a caracterizao fitossociolgica da estrutura horizontal das florestas pode ser feita mediante clculos de densidade, freqncia e dominncia. As frmulas utilizadas para o clculo dessa estrutura se encontram na Tabela 3.

Tabela 3: Frmulas para o clculo da Estrutura Horizontal ndice Frmula Parmetros Freqncia Absoluta (Fa) Fa=Pi/Pt*100 Pi = Parcelas em que a espcie i aparece Pt = Total de Parcelas Amostradas Freqncia Relativa (Fr) Fr=Fai/Fat*100 Fai = Freqncia Absoluta da espcie i Fat = Freqncia Absoluta Total Densidade Absoluta (Da) Da=Ni/A*10.000 Ni = Nmero de Indivduos da Espcie i A = Total da rea amostral Densidade Relativa (Dr) Dr=Ni/NT*100 Ni = Nmero de Indivduos da Espcie i Nt = Total de Indivduos Dominncia Absoluta Doa=Sbi/A Sbi = rea basal da espcie i (Doa) A = rea amostral total em ha Dominncia Relativa (Dor) Dor=Sbi/Sbt*100 Sbi = rea basal da espcie i Sbt = rea basal total das espcies ndice de Valor de VI = Fr + Dr + Dor Fr = Freqncia Relativa Importncia (VI) Dr = Densidade Relativa Dor = Dominncia Relativa Para a obteno da estrutura vertical calcula-se um novo parmetro: a posio sociolgica. Neste clculo considera-se trs estratos.Os limites so definidos pela variabilidade da altura das espcies observadas. Obtm-se o Valor Fitossociolgico por Estrato e por Espcie. Tabela 4: Frmulas para o clculo da Estrutura Vertical ndice Frmula Posio Sociolgica Estrato inferior: hj< (h Sh) Estrato mdio: h + Sh hj h Sh Estrato superior: hj > (h + Sh) Valor VF = Ne/N*100. Fitossociolgico por Estrato Parmetros Hj = altura total da rvore H = mdia das alturas Sh = desvio padro Ne = no de indivduos no estrato N = no total de indivduos observados

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ndice Valor Fitossociolgico Absoluto por Espcie (PsA) Valor Fitossociolgico Relativo por Espcie (PsR)

Frmula PsA = [VF (Ei) * n (Ei)] + [VF (Em) * n (Em)] + [VF (Es) * n (Es)]

PsR = PsA / PsA * 100

Parmetros VF (Ex) = Valor Fitossociolgico do Estrato x N (Ex) = nmero de indivduos da espcie considerada no estrato x Ei, Em, Es = estratos inferior, mdio e superior PsA = Valor Fitossociolgico Absoluto por Espcie

A diversidade das espcies foi avaliada a partir dos ndices mostrados na Tabela 5. Tabela 5: Frmulas para o clculo dos ndices de diversidade. ndice Frmula Parmetros Equabilidade de Pielou (J) J= H mx/H H = ndice de Shannon-Wiener Hmax = log S S = total de espcies encontradas nas amostras Shannon-Wiener (H) pi = proporo da amostra contendo H = pi*ln pi indivduos da espcie i (ni/N) ln pi = logaritmo neperiano de pi ndice de Simpson (C) C = [ni * (ni-1) Ni = nmero de indivduos da i-sima / N * (N-1)] espcie N = soma total do nmero de indivduos Quociente de Mistura de QM = Ns/N Ns = nmero de espcies encontradas na Jentsch (QM) parcela N = nmero total de rvores na parcela

3.4 Avaliao da eficcia da Resoluo CONAMA 06/94 utilizada na classificao dos estdios sucessionais A resoluo CONAMA 06/94 foi avaliada atravs do exame detalhado do seu contedo, buscando verificar se o mesmo se coaduna com a cobertura florestal inventariada. Subsidiariamente verificar-se- a possibilidade do refinamento da classificao dos estdios sucessionais pela utilizando os ndices que descrevem a fitossociologia dos fragmentos sobre avaliao. 4 4.1 Fragmentos Selecionados RESULTADOS

As Tabelas 6 e 7 mostram as informaes bsicas das unidades amostrais e censos selecionados para o presente trabalho, segundo o estdio de regenerao. Verifica-se que, na maioria dos locais amostrados, a rea com vegetao menor que a rea da unidade amostral ou censo. Esse fato decorreu da obrigao de se instalar a unidade amostral ou censo nas coordenadas geogrficas definidas pelo IEF.

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Tabela 6: Unidades Amostrais e censos selecionados e classificados como floresta secundria estdio inicial. Ponto Unidade rea com rea Mdia das Mdia dos IEF Amostral Vegetao Basal dimetros alturas 2 -1 nmero (ha) (cm) (ha) (m ha ) (m) 7 1,00 0,50 5,2035 4,3 8,8 28 1,00 0,50 3,7880 5,5 9,9 29.2 0,50 0,50 7,1664 5,0 10,4 6.2 0,50 0,40 3,2788 5,6 8,7 39.2 1,00 0,64 3,4033 4,3 6,9 48.2 0,50 0,32 5,5057 4,2 8,4 50 2,00 0,85 5,4079 4,8 8,0 55 2,00 0,80 3,8923 4,7 7,6 TOTAL 9,00 4,56 MEDIA

pertencentes Volume Total (m3 ha-1) 24,2258 21,2234 36,9684 14,3528 17,1461 30,7505 28,0771 15,0462 25,517

Tabela 7: Unidades amostrais e censos selecionados e classificados como pertencentes floresta secundria estdio mdio. Mdia das Mdia dos Volume Ponto Unidade rea com rea alturas dimetros Total IEF Amostral Vegetao Basal (m) (cm) (m3 ha-1) nmero (ha) (ha) (m2 ha-1) 2.1 0,50 0,35 13,0436 6,1 11,0 64,2513 8.1 1,00 1,00 10,7687 6,9 11,3 57,6844 21 0,80 0,55 10,2519 6,1 10,8 52,5522 27 0,50 0,38 4,9665 6,7 11,3 30,4244 29.1 0,30 0,24 13,2056 5,3 12,9 71,9553 30.1 0,80 0,70 6,1380 6,1 11,9 31,2201 32.2 1,00 0,48 4,7316 5,2 12,3 21,2447 35 1,00 0,75 11,6644 6,5 11,9 61,5649 TOTAL 6,00 4,53 MDIA 54,7511 4.2 Relao das Espcies

Nos oito pontos que compe o estdio inicial, foram mensurados 2438 fustes de 2543 rvores, pertencentes a 67 espcies e 29 famlias. No estdio mdio foram mensurados 3033 fustes de 2378 rvores, pertencentes a 88 espcies e 35 famlias. O nmero total de espcies diferentes encontradas foi de 113, pertencentes a 39 famlias, sendo que 41 espcies so comuns aos dois estdios, equivalendo a 35,96% do total de espcies mensuradas. Apresenta-se a seguir a Tabela 8, com a lista das espcies. Tabela 8: Listagem das espcies encontradas nos estdios mdio e inicial.n1 2 3 4 5 6

Nome Cientfico Astronium graveolens Jacq. Schinus terebinthifolius Raddi Tapirira guianensis Aubl. Annona montana Mac. Annona muricata L. Himatanthus bracteatus (A.

Nome Vulgargonalo-alves aroeira-pimenta pau-pombo fruta-do-conde graviola banana-de-

FamliaAnacardiaceae Anacardiaceae Anacardiaceae Annonaceae Annonaceae Apocynaceae

InicialX X X X

MdioX X X

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Tabela 8: Continuaon Nome Cientfico Nome Vulgarpapagaio leiteira tucum coqueiro palmeira-geriv cambar boldo ip-verde cinco-chagas caixeta ip-amarelo ip-campo ip-amarelo-dobrejo louro trema caparis arco-de-pipa tapi boleira pau-de-sapateiro burra-leiteira garapa farinha-seca swartzia angelim-demorcego angelim ararib-rosa sombreiro guarana-timbo rabo-de-bugio jacaranda-caviuna

FamliaApocynaceae Arecaceae (Palmae) Arecaceae (Palmae) Arecaceae (Palmae) Asteraceae (Compositae) Asteraceae (Compositae) Bignoniaceae Bignoniaceae Bignoniaceae Bignoniaceae Bignoniaceae Bignoniaceae Boraginaceae Cannabaceae Capparidaceae Erytroxylaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae Euphorbiaceae FabaceaeCaesalpinioideae FabaceaeCaesalpinioideae FabaceaeCaesalpinioideae FabaceaeFaboideae FabaceaeFaboideae FabaceaeFaboideae FabaceaeFaboideae FabaceaeFaboideae FabaceaeFaboideae Fabaceae-

InicialX X X

MdioX

DC.) Woodson 7 Tabernaemontana australis Mll.Arg. 8 Astrocaryum sp.9 10 11

Cocos nucifera L. Syagrus romanzoffiana (Cham.)Glassmon

X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 12 Vernonia condensata Baker

Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. 14 Sparattosperma leucanthum13

Tabebuia cassinoides (Lam.) DC 16 Tabebuia chrysotricha (Mart ex DC.) Standl. 17 Tabebuia ochracea15 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 (Cham.)Standl. Sandwith

(Vell.) Schum.

Tabebuia umbellata (Sond.) Cordia sellowiana Cham. Trema micrantha (L.) Blume Capparis sp. Erytroxylum pulchrum A.St.Hil. Alchornea triplinervea (Spreng.) Mull. Arg. Joannesia princeps Vell. Pera glabrata (Schott) Baill. Sapium glandulatum (Vell.) Pax Apuleia leiocarpa (Vogel) J. F. Macbr Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.Pelt Swartzia sp. Andira anthelmia (Vell.)Macbr. Andira fraxinifolia Benth. Centrolobium tomentosum Guillemin ex Benth. Clitoria fairchildiana R. A. Howard Dahlstedtia pinnata (Benth.) Malme Dalbergia frutescens (Vell.) Britton Dalbergia nigra Vell.

X

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Tabela 8: Continuaon37 38 39 40

Nome Cientfico Erythrina sp. Erythrina speciosa Andrews Machaerium aculeatum Raddi

Nome Vulgarmulungu-do-brejo mulungu-do-litoral bico-de-pato borrachudo jacarand vinhtico jacaranda-branco sucupira monjoleiro angico-branco ing-cilndrico ing-quadrado ing-do-brejo maric pau-jacar angico-cambu lacistema tarum canela-ferrugem sapucaia-mirim murici pixirica-peluda pixirica-dourada miconia-do-folho jacatiro pixirica-lisa quaresmeira cedro-branco carrapeta ataba trichilia jaqueira mulatinho

FamliaFaboideae FabaceaeFaboideae FabaceaeFaboideae FabaceaeFaboideae FabaceaeFaboideae FabaceaeFaboideae FabaceaeFaboideae FabaceaeFaboideae FabaceaeFaboideae FabaceaeMimosoideae FabaceaeMimosoideae FabaceaeMimosoideae FabaceaeMimosoideae FabaceaeMimosoideae FabaceaeMimosoideae FabaceaeMimosoideae FabaceaeMimosoideae Lacistemaceae Lamiaceae Lauraceae Lecythidaceae Malpighiaceae Melastomataceae Melastomataceae Melastomataceae Melastomataceae Melastomataceae Melastomataceae Meliaceae Meliaceae Meliaceae Meliaceae Moraceae Moraceae

InicialX

Mdio

X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld 41 Machaerium sp. 142 43 44 45 46

Plathymenia sp. Platypodium elegans Vogel Swartizia flaemingii Raddi. Acacia polyphilla DC.

Albizia polycephalla (Benth.) Killip 47 Inga cylindrica (Vell.) Mart.48 49 50

Inga subnuda Salzm. Inga vera DC.

Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze 51 Piptadenia gonoacantha

52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69

(Mart.)Macbr. Pseudopiptadenia contorta (DC) G.P. Lewis & M.P. Lima

Lacistema pubescens Mart. Vitex sp. Nectandra rigida (Kunth) Nees Lecythis lanceolata Poir. Byrsonima sp. Henriettea saldanhaei (glaziovii) Cogn. Miconia albicans (Sw.)Triana Miconia calvensis Schrank & Mart. ex DC. Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin Miconia prasina (Sw.) DC. Tibouchina granulosa ( Desr.) Cedrela odorata L. Guarea guidonia (L.) Sleumer Guarea macrophylla Vahl Trichilia sp. Artocarpus heterophyllus Lam. Brosimum guianensis (Aubl.)

X X X

X

Cogn.

X X X

18

Tabela 8: Continuaon70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107

Nome Cientfico Huber Ficus gomelleira Kunth & Bouch Ficus hirsuta Schott. Sorocea sp. Myrsine ferruginea (Swartz) R.Br. ex Roem et Schult. Campomanesia xanthocarpa Berg. Eucalyptus sp. Eugenia aff. mikaniana O.Berg Eugenia florida DC. Eugenia villa-novae Kiaresk. Gomidesia fenzliana O. Berg. Myrcia fallax (Rich.) DC. Myrcia multiflora (Lam.) DC. Myrcia rostrata DC.Myrtaceae 1

Nome Vulgargomeleira ficus 2 sorocea capororoquinha guabiroba eucalipto myrtaceae (frutinho) guamirim myrtaceae-dogasjape gomidesia guamirim-da-folhamida cambu piuna myrtaceae goiabeira jamelo cerejeira-do-mato joo-mole pau-d'alho alseis marmelada-brava genipapo rubiaceae 1 limo-galego laranjeira limoeiro mamica-de-porca pau-lagarto camboat camboat-de-rego camboat-liso talisia pau-de-leite negamina aureliana fumo-bravo fruta-de-lobo solanum 2

FamliaMoraceae Moraceae Moraceae Myrsinaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Myrtaceae Nyctaginaceae Phytolaccaceae Rubiaceae Rubiaceae Rubiaceae Rubiaceae Rutaceae Rutaceae Rutaceae Rutaceae Salicaceae Sapindaceae Sapindaceae Sapindaceae Sapindaceae Sapotaceae Siparunaceae Solanaceae Solanaceae Solanaceae Solanaceae

Inicial

MdioX

X X X X X X X X X X

X X

X X X X X X X X X X X X

Psidium guajava L. Syzygium cumini (L.) Skeels Eugenia cf. involucrata DC. Guapira opposita (Vell.) Reitz Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms Alseis involuta K.Schum Amaioua guianensis Aulb. Genipa americana L. Rubiaceae 1 Citrus aurantifolia (Christm.) Swingle Citrus aurantium L. Citrus sp. Zanthoxylum rhoifolium Lam. Casearia sylvestris SW. Cupania oblongifolia Mart. Cupania racemosa (Vell.) Radlk. Cupania sp. Talisia sp. Chrysophyllum flexuosum Mart. Siparuna guianensis Aubl. Aureliana aff. fasciculata (Vell.) Sendtn. Solanum inaequale Vell. Solanum lycocarpum A. St.-Hil. Solanum sp.2

X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

X X X

X X X

19

Tabela 8: Continuaon108 109 110 111 112 113

Nome Cientfico Solanum swartizianum Roem. & Schult Theaceae 1 Luehea grandiflora Mart. & Zucc. Cecropia glazioui Snethl. Cecropia pachystachya Trecul Aegiphyla sellowiana Cham.

Nome Vulgarfuminho theaceae aoita-cavalo embaba-vermelha embabapachystachya papagaio

FamliaSolanaceae Theaceae Tiliaceae Urticaceae Urticaceae Verbenaceae

InicialX X X

Mdio

X X X X X

X X

4.3 4.3.1

Densidade das espcies

Estdio inicial . A Tabela 9 exibe os valores das densidades absolutas, relativas e acumuladas das espcies do estdio inicial, considerando-se o nmero de fustes e o de rvores (no caso das rvores bifurcadas, o fuste de maior dimetro representou a rvore), respectivamente. A densidade foi calculada a partir do nmero de indivduos mensurados dividido pelo somatrio da rea (4,5 ha) das parcelas desse estdio. Tabela 9: Densidade absoluta, relativa e acumulada das espcies encontradas no estdio inicialPor fuste n 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Por rvore

Nome Cientfico Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Acacia polyphilla DC. Aegiphyla sellowiana Cham. Alchornea triplinervea (Spreng.) Mull. Arg. Alseis involuta K.Schum Andira anthelmia (Vell.)Macbr. Andira fraxinifolia Benth. Annona muricata L. Apuleia leiocarpa (Vogel) J. F. Macbr Artocarpus heterophyllus Lam. Astrocaryum sp. Aureliana aff. fasciculata (Vell.) Sendtn. Capparis sp. Casearia sylvestris SW. Cecropia pachystachya Trecul Clitoria fairchildiana R. A. Howard Cocos nucifera L. Cupania oblongifolia Mart. Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart.

DAbs355,4348 25 24,56522 23,47826 18,47826 17,17391 12,17391 5,869565 5,434783 5,217391 5 4,782609 4,347826 4,347826 3,478261 3,043478 2,826087 2,608696 1,73913

DRel64,29 4,52 4,44 4,25 3,34 3,11 2,20 1,06 0,98 0,94 0,90 0,87 0,79 0,79 0,63 0,55 0,51 0,47 0,31

DAcum DAbs64,29 68,82 73,26 77,51 80,85 83,96 86,16 87,22 88,20 89,15 90,05 90,92 91,70 92,49 93,12 93,67 94,18 94,65 94,97 1609 113 111 106 73 55 49 24 22 22 21 21 20 18 16 13 12 12 7

DRel66,00 4,63 4,55 4,35 2,99 2,26 2,01 0,98 0,90 0,90 0,86 0,86 0,82 0,74 0,66 0,53 0,49 0,49 0,29

DAcum66,00 70,63 75,18 79,53 82,53 84,78 86,79 87,78 88,68 89,58 90,44 91,30 92,12 92,86 93,52 94,05 94,54 95,04 95,32

20

Tabela 9: ContinuaoPor fuste n 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 Por rvore

Nome Cientfico Dalbergia frutescens (Vell.) Britton Erythrina sp. Erytroxylum pulchrum A.St.Hil. Eucalyptus sp. Eugenia cf. involucrata DC. Eugenia villa-novae Kiaresk. Ficus hirsuta Schott. Genipa americana L. Gomidesia fenzliana O. Berg. Guapira opposita (Vell.) Reitz Guarea guidonia (L.) Sleumer Henriettea saldanhaei (glaziovii) Cogn. Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson Inga subnuda Salzm. Joannesia princeps Vell. Lacistema pubescens Mart. Luehea grandiflora Mart. & Zucc. Machaerium aculeatum Raddi Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Machaerium sp. 1 Miconia albicans (Sw.)Triana Miconia calvensis Schrank & Mart. ex DC. Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Myrcia multiflora (Lam.) DC. Myrsine ferruginea (Swartz) R.Br. ex Roem et Schult.Myrtaceae 1

DAbs1,521739 1,521739 1,521739 1,304348 1,304348 1,304348 1,086957 1,086957 1,086957 1,086957 1,086957 0,869565 0,869565 0,869565 0,652174 0,652174 0,652174 0,434783 0,434783 0,434783 0,434783 0,434783 0,434783 0,434783 0,434783 0,434783 0,434783 0,434783 0,434783 0,217391 0,217391 0,217391 0,217391 0,217391 0,217391 0,217391

DRel0,28 0,28 0,28 0,24 0,24 0,24 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,16 0,16 0,16 0,12 0,12 0,12 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

DAcum DAbs95,24 95,52 95,79 96,03 96,26 96,50 96,70 96,89 97,09 97,29 97,48 97,64 97,80 97,96 98,07 98,19 98,31 98,39 98,47 98,55 98,62 98,70 98,78 98,86 98,94 99,02 99,10 99,17 99,25 99,29 99,33 99,37 99,41 99,45 99,49 99,53 7 6 5 5 5 5 5 4 4 4 4 4 4 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1

DRel0,29 0,25 0,21 0,21 0,21 0,21 0,21 0,16 0,16 0,16 0,16 0,16 0,16 0,12 0,12 0,12 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04

DAcum95,61 95,86 96,06 96,27 96,47 96,68 96,88 97,05 97,21 97,37 97,54 97,70 97,87 97,99 98,11 98,24 98,32 98,40 98,48 98,56 98,65 98,73 98,81 98,89 98,97 99,06 99,14 99,18 99,22 99,26 99,30 99,34 99,38 99,43 99,47 99,51

Plathymenia sp. Platypodium elegans Vogel Psidium guajava L. Rubiaceae 1 Sapium glandulatum (Vell.) Pax Schinus terebinthifolius Raddi Siparuna guianensis Aubl. Solanum inaequale Vell. Solanum lycocarpum A. St.Hil. Solanum swartizianum Roem. & Schult

21

Tabela 9: ContinuaoPor fuste n 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 Total Por rvore

Nome Cientfico Sparattosperma leucanthum (Vell.) Schum. Swartizia flaemingii Raddi. Syzygium cumini (L.) Skeels Tabebuia cassinoides (Lam.) DC Tabebuia chrysotricha (Mart ex DC.) Standl. Tabebuia ochracea (Cham.)Standl. Tabernaemontana australis Mll.Arg. Tapirira guianensis Aubl. Theaceae 1 Tibouchina granulosa ( Desr.) Cogn. Trichilia sp. Zanthoxylum rhoifolium Lam.

DAbs0,217391 0,217391 0,217391 0,217391 0,217391 0,217391 0,217391 0,217391 0,217391 0,217391 0,217391 0,217391 552,8261

DRel0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 21,73913

DAcum DAbs99,57 99,61 99,65 99,69 99,72 99,76 99,80 99,84 99,88 99,92 99,96 100,00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2438

DRel0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 100,0

DAcum99,55 99,59 99,63 99,67 99,71 99,75 99,79 99,84 99,88 99,92 99,96 100,00

Observa-se nesse estdio, a forte dominncia de uma espcie, a G. polymorpha, responsvel por 66% da densidade, o que demonstra agressividade da mesma na ocupao do espao. H uma grande quantidade de espcies (49) com densidade menor que 2, equivalente a 73% do total de espcies amostradas. Apenas 4 (9,09%) das espcies tiveram mais de 100 indivduos mensurados. Houve 105 bifurcaes, equivalente a 4,5% do total de fustes. 4.3.2 Estdio mdio A Tabela 10 mostra as distribuies das densidades absolutas, relativas e acumuladas das espcies do estdio mdio, considerando-se o nmero de fustes e o de rvores (no caso das rvores bifurcadas, o fuste de maior dimetro representou a rvore), respectivamente. A densidade foi calculada a partir do nmero de indivduos mensurados dividido pelo somatrio da rea das parcelas desse estdio. Tabela 10: Densidade absoluta, relativa e acumulada das espcies encontradas no estdio mdioPor Fuste n1 2 3 4 5 6 7 8 9

Por rvore DAb198 108 53 31 33 29 25 23 22

Nome Cientfico Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Guarea guidonia (L.) Sleumer Miconia prasina (Sw.) DC. Eugenia aff. mikaniana O.Berg Tabernaemontana australis Mll.Arg. Sparattosperma leucanthum (Vell.) Schum. Nectandra rigida (Kunth) Nees Siparuna guianensis Aubl. Eugenia florida DC.

DAb201 111 55 37 33 30 25 24 23

DRel28,4 15,7 7,81 5,21 4,75 4,19 3,59 3,40 3,30

DAcu28,45 44,21 52,03 57,24 61,98 66,17 69,77 73,16 76,46

DRel28,8 15,8 7,74 4,55 4,79 4,25 3,63 3,40 3,26

DAcu28,87 44,70 52,45 57,00 61,79 66,03 69,67 73,06 76,32

22

Tabela 10: ContinuaoPor Fuste n10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

Por rvore DAb17 17 14 10 9,07 6,74 6,05 4,19 3,95 3,26 3,26 3,49 3,02 3,02 2,56 2,56 2,79 2,56 2,56 2,33 2,09 1,86 2,09 1,63 1,86 1,63 1,63 1,63 1,63 1,63 1,16 1,40 1,16 1,16 0,93 0,93 1,16 0,93 0,93 0,70 0,93

Nome Cientfico Cecropia pachystachya Trecul Cupania oblongifolia Mart. Casearia sylvestris SW. Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Myrsine ferruginea (Swartz) R.Br. ex Roem et Schult. Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Aegiphyla sellowiana Cham. Tibouchina granulosa ( Desr.) Cogn. Acacia polyphilla DC. Dalbergia nigra Vell. Psidium guajava L. Apuleia leiocarpa (Vogel) J. F. Macbr Tabebuia chrysotricha (Mart ex DC.) Standl. Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. Luehea grandiflora Mart. & Zucc. Platypodium elegans Vogel Guapira opposita (Vell.) Reitz Syzygium cumini (L.) Skeels Cecropia glazioui Snethl. Schinus terebinthifolius Raddi Guarea macrophylla Vahl Machaerium aculeatum Raddi Inga vera DC. Piptadenia gonoacantha (Mart.)Macbr. Andira fraxinifolia Benth. Cupania racemosa (Vell.) Radlk. Myrcia fallax (Rich.) DC. Solanum inaequale Vell. Vitex sp. Pera glabrata (Schott) Baill. Tabebuia umbellata (Sond.) Sandwith Campomanesia xanthocarpa Berg. Miconia albicans (Sw.)Triana Myrcia rostrata DC.Pseudopiptadenia contorta (DC) G.P. Lewis & M.P. Lima

DAb17 17 15 10 9,07 7,21 6,05 4,19 4,19 3,49 3,49 3,49 3,02 3,02 2,79 2,79 2,79 2,56 2,56 2,33 2,33 2,09 2,09 1,86 1,86 1,63 1,63 1,63 1,63 1,63 1,40 1,40 1,16 1,16 1,16 1,16 1,16 0,93 0,93 0,93 0,93

DRel2,47 2,44 2,11 1,48 1,29 1,02 0,86 0,59 0,59 0,49 0,49 0,49 0,43 0,43 0,40 0,40 0,40 0,36 0,36 0,33 0,33 0,30 0,30 0,26 0,26 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,20 0,20 0,16 0,16 0,16 0,16 0,16 0,13 0,13 0,13 0,13

DAcu78,93 81,37 83,48 84,97 86,25 87,27 88,13 88,72 89,32 89,81 90,31 90,80 91,23 91,66 92,05 92,45 92,85 93,21 93,57 93,90 94,23 94,53 94,82 95,09 95,35 95,58 95,81 96,04 96,27 96,51 96,70 96,90 97,07 97,23 97,40 97,56 97,73 97,86 97,99 98,12 98,25

DRel2,51 2,51 2,11 1,53 1,32 0,99 0,88 0,61 0,58 0,48 0,48 0,51 0,44 0,44 0,37 0,37 0,41 0,37 0,37 0,34 0,31 0,27 0,31 0,24 0,27 0,24 0,24 0,24 0,24 0,24 0,17 0,20 0,17 0,17 0,14 0,14 0,17 0,14 0,14 0,10 0,14

DAcu78,84 81,35 83,46 84,99 86,31 87,30 88,18 88,79 89,37 89,84 90,32 90,83 91,27 91,71 92,09 92,46 92,87 93,24 93,61 93,95 94,26 94,53 94,84 95,07 95,35 95,58 95,82 96,06 96,30 96,54 96,71 96,91 97,08 97,25 97,38 97,52 97,69 97,83 97,96 98,06 98,20

Zanthoxylum rhoifolium Lam. Erythrina speciosa Andrews Eugenia villa-novae Kiaresk. Solanum sp.2 Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassmon

23

Tabela 10: ContinuaoPor Fuste n51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86

Por rvore DAb0,70 0,70 0,70 0,70 0,70 0,47 0,47 0,47 0,47 0,47 0,47 0,47 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 685

Nome Cientfico Citrus aurantifolia (Christm.) Swingle Citrus sp. Cupania sp. Genipa americana L. Henriettea saldanhaei (glaziovii) Cogn. Alchornea triplinervea (Spreng.) Mull. Arg. Amaioua guianensis Aulb. Centrolobium tomentosum Guillemin ex Benth. Clitoria fairchildiana R. A. Howard Dahlstedtia pinnata (Benth.) Malme Eucalyptus sp. Talisia sp. Albizia polycephalla (Benth.) Killip Annona montana Mac. Artocarpus heterophyllus Lam. Astronium graveolens Jacq. Brosimum guianensis (Aubl.) Huber Byrsonima sp. Cedrela odorata L. Chrysophyllum flexuosum Mart. Citrus aurantium L. Cordia sellowiana Cham. Ficus gomelleira Kunth & Bouch Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms Inga cylindrica (Vell.) Mart. Lacistema pubescens Mart. Lecythis lanceolata Poir. Machaerium sp. 1 Miconia calvensis Schrank & Mart. ex DC. Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.Pelt Solanum lycocarpum A. St.-Hil. Sorocea sp. Swartzia sp. Theaceae 1 Trema micrantha (L.) Blume Vernonia condensata Baker

DAb0,70 0,70 0,70 0,70 0,70 0,47 0,47 0,47 0,47 0,47 0,47 0,47 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 0,23 705

DRel0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 23,26

DAcu98,35 98,45 98,55 98,65 98,75 98,81 98,88 98,94 99,01 99,08 99,14 99,21 99,24 99,27 99,31 99,34 99,37 99,41 99,44 99,47 99,51 99,54 99,57 99,60 99,64 99,67 99,70 99,74 99,77 99,80 99,84 99,87 99,90 99,93 99,97 100,00

DRel0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 23,26

DAcu98,30 98,40 98,51 98,61 98,71 98,78 98,85 98,91 98,98 99,05 99,12 99,18 99,22 99,25 99,29 99,32 99,35 99,39 99,42 99,46 99,49 99,52 99,56 99,59 99,63 99,66 99,69 99,73 99,76 99,80 99,83 99,86 99,90 99,93 99,97 100,00

Total

A espcie mais abundante foi G. polymorpha responsvel por 863 (28,4%) indivduos, seguido de Guarea guidonia com 478 (15,7%) indivduos e Miconia prasina com 237 (7,8%) individuos. Juntas, essas espcies foram responsveis por 52% da densidade total. Observou-se que 24 espcies (68,57%) tiveram apenas um indivduo. Houve uma diminuio 24

da dominncia da G. polymorpha e um aumento no nmero de outras espcies demonstrando que essas parcelas esto de fato em um estdio de sucesso mais avanado que as demais. Foram encontradas 35 famlias, mas apenas oito tiveram abundncia superior a 3% do total de rvores mensuradas. A seguir encontram-se as Figuras 8 e 9 com a distribuio das famlias nos estdios inicial e mdio respectivamente.

Asteraceae (Compositae)15%

Bignoniaceae Solanaceae Verbenaceae64%

4% 4% 6%

7%

Apocynaceae Outros

Figura 8: Distribuio das famlias no estdio inicial4% 3%

5% 10%

5%

Asteraceae (Compositae) Meliaceae Melastomatacea e Myrtaceae18%

10%

Bignoniaceae Apocynaceae Lauraceae16%

Siparunaceae29%

Outros

Figura 9: Distribuio das famlias no estdio mdio A famlia Asteraceae aparece como a mais abundante nos dois estdios graas a espcie G. polymorpha. Essa famlia o grupo sistemtico mais numeroso dentro das Angiospermas, compreendendo cerca de 1.100 gneros e 25.000 espcies (HEYWOOD, 1993). So plantas de aspecto extremamente variado, incluindo principalmente pequenas

25

ervas ou arbustos e raramente rvores, sendo a espcie G. polymorpha uma exceo. Cerca de 98% dos gneros so constitudos por plantas de pequeno porte, e so encontradas em todos os tipos de habitats. Essa famlia caracterizada como pioneira, sendo visvel sua menor participao no estdio mdio. 4.4 Distribuio dos dimetros e das alturas

4.4.1 Estdio inicial Verifica-se nesse estdio que o nmero de indivduos decresce com o acrscimo do tamanho do dimetro. Est relacionada com a regenerao contnua (ALMEIDA, 2000). Esse padro considerado normal para florestas nativas. Observa-se ainda uma grande concentrao de indivduos nas duas primeiras classes diamtricas, salientando que a partir do dimetro de 21 cm o nmero de indivduos presentes restringe-se a apenas algumas rvores. A mdia aritimtica dos dimetros foi de 9 cm. Quanto altura, observa-se um crescimento vertical normal da floresta estudada, apresentando poucos indivduos nos extremos nas classes centrais de altura. A mdia aritimtica das alturas foi de 4,7 m. 4.4.2 Estdio mdio Esse estdio possui uma maior freqncia nas primeiras classes diamtricas. Segundo MARTINS, (1991) uma populao que est em equilbrio tende a apresentar uma srie completa de classes de dimetro que decresce geometricamente, apresentando um nmero maior de indivduos jovens, bem como um nmero menor de indivduos nas classes de dimetros maiores. A mdia do DAP foi de 12 cm. Esses fragmentos apresentaram maior concentrao (87,3%) dos indivduos com altura entre 3 e 9 m. Somente 12 individuos (0,3%) tiveram mais que 15 m de altura. A altura mdia foi de 6,33 m. As Figuras 10 e 11 a seguir mostram a comparao das distribuies dos dimetros e das alturas, respectivamente, entre os estdios. Como esperado, o estdio inicial obteve menores valores de dimetro e altura do que o estdio mdio.140 120 100 80 60 40 20 0 0 10 20 30 40 50 DAP (cm) MDIO INICIAL

Figura 10: Distribuio dos dimetros

26

120 100 80 60 40 20 0 MDIO INICIAL

1

3

5

7

9

11

13

15

17

19

21

Altura (m)

Figura 11: Distribuio das alturas Curva Espcie-rea A relao espcie-rea, entendida como o acrscimo do nmero de espcies por unidade de rea, um aspecto importante de uma comunidade (MULLER-DOMBOIS & ELLENBERG, 1974). Um dos usos mais freqentes dessa curva tem sido na determinao do tamanho timo da amostra, buscando-se encontrar a chamada suficincia amostral. Esse termo est relacionado idia de rea mnima, entendido como a menor rea que pode conter uma representao adequada da comunidade, tanto em relao ao nmero de espcies como combinao caracterstica dessas espcies. (HOPKINS, 1957). O ponto onde grande parte da diversidade da composio local foi inventariada fundamental, podendo ser valioso na descrio do estdio sucessional. As curvas espcie-rea construdas da forma usual consideram a ordem de coleta dos dados. Dependendo da forma como as unidades amostrais forem ordenadas, a curva pode apresentar inclinaes bastante diferenciadas, induzindo a concluses tendenciosas quanto suficincia amostral. Nesse trabalho foram construidas quatro curvas para avaliao do comportamento das mesmas, mediante diferentes formas de ordenamento das unidades amostrais. Para ambos estdios, utilizou-se quatro diferentes forma de ordenamento das unidades amostrais: Unidade com maior nmero de espcie para a unidade com menor nmero de espcies; Unidade com menor nmero de espcie para a unidade com maior nmero de espcies; Unidades na ordem crescentes em que foram mensuradas e Unidades na ordem decrescentes em que foram mensuradas 4.5.1 Estdio inicial A Figura 12 mostra que as diferentes ordens produziram curvas diferenciadas, mas que a mesma no apresentou estabilidade ntida em nenhum dos casos. A curva com melhor comportamento foi a com unidades de maior nmero de espcies para unidades com menor nmero de espcies. Essa curva representa, juntamente com a curva das unidades com menor nmero de espcies para as unidades com maior nmero, o intervalo do comportamento que as demais curvas podem apresntou. Apenas uma curva (unidades com maior nmero de espcies para unidade com menor nmero de espcies) apresentou comportamento assinttico 4.5

23

27

acentuado. As demais curvas no apresentaram esse comportamento em funo da existncia de muitas espcies com baixa freqncia, distribudas ao longo de todo o percurso estudado.

Figura 12: Curva espcie-rea para o estdio inicial 4.5.2 Estdio mdio Esse estdio produziu duas curvas bem parecidas. A curva das unidades na ordem inversa que foram mensuradas obteve um padro inesperado. Observou-se um grande nmero de espcies com pouca freqncia. Como essas unidades esto dispersas na paisagem, apresenta-se uma grande variao de ambientes e grandes distncias entre eles, responsvel pelo constante aparecimento de novas espcies. Por isso no se observa a tendncia assinttica.

Figura 13: Curva espcie-rea do estdio mdio O ordenamento das unidades amostrais para a construo da curva com as unidades com maior nmero de espcies para as unidades com menor nmero mostra que a ocorrncia

28

de novas espcies, no configuram uma interferncia significativa dos requisitos ambientais na distribuio das mesmas. 4.6 Parmetros Fitossociolgicos

4.6.1 Estrutura horizontal Segundo Oosting e Lamprecht, apud VIEIRA (1987), as espcies com a mesma abundncia, nem sempre tm a mesma importncia em uma comunidade vegetal, devido as diferentes distribuies que podem apresentar. Portanto, h necessidade de interpretar os valores de abundncia ou caracterizar outros parmetros (como dominncia e freqncia) que, combinados com a abundncia, servem para completar o conjunto. Essas informaes sobre a dinmica da floresta associadas aos ndices de diversidade nos fornecem importantes subsdios para a classificao da floresta no seu estdio sucessional, com dedues sobre a origem, caractersticas ecolgicas e sinecolgicas, dinamismo e tendncias do desenvolvimento futuro das diferentes formaes vegetais, alm de informaes sobre as rvores e a vegetao em sua totalidade. Os aspectos quali-quantitativos das espcies so valiosos na classificao. Temos nesse caso a presena de poucas espcies com muitos indivduos e muitas espcies com poucos indivduos, o que um indicativo de estdios iniciais de sucesso. Essas espcies, que possuram tambm alto VI%, so pertencentes ao grupo ecolgico pioneiro e secundrio inicial. No houve espcies com dominncia expressiva, sendo o nmero de rvores o parmetro responsvel pelos ndices. 4.6.1.1 Estdio inicial A Tabela 11 mostra os valores dos parmetros fitossociolgicos relativos do estdio inicial. Tabela 11: Parmetros fitossociolgicos relativos do estdio inicial Nome Cientfico Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Aegiphyla sellowiana Cham. Tabernaemontana australis Mll.Arg. z indet Cecropia pachystachya Trecul Sparattosperma leucanthum (Vell.) Schum. Solanum lycocarpum A. St.-Hil. Tabebuia cassinoides (Lam.) DC Miconia albicans (Sw.)Triana Artocarpus heterophyllus Lam. Guarea guidonia (L.) Sleumer Machaerium aculeatum Raddi Sapium glandulatum (Vell.) Pax Solanum inaequale Vell. Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Cupania oblongifolia Mart. Inga subnuda Salzm. Siparuna guianensis Aubl. Andira fraxinifolia Benth. N 1291 91 73 37 47 42 90 48 19 2 11 20 13 13 20 14 1 6 5 DR 65,27 4,6 3,69 1,87 2,38 2,12 4,55 2,43 0,96 0,1 0,56 1,01 0,66 0,66 1,01 0,71 0,05 0,3 0,25 FR DoR VC(%) VI(%) 5,88 60,53 62,9 43,89 5,04 2,55 3,58 4,07 3,36 2,39 3,04 3,15 5,04 1,8 1,84 2,91 4,2 1,51 1,94 2,7 2,52 3,29 2,71 2,65 0,84 2,48 3,52 2,62 0,84 4,39 3,41 2,55 4,2 0,38 0,67 1,85 0,84 3,9 2 1,61 2,52 1,52 1,04 1,53 1,68 1,15 1,08 1,28 1,68 1,31 0,98 1,21 2,52 0,42 0,54 1,2 1,68 0,86 0,94 1,18 1,68 0,92 0,81 1,1 0,84 2,32 1,19 1,07 2,52 0,11 0,21 0,98 2,52 0,12 0,18 0,96

29

Tabela 11: Continuao Nome Cientfico Schinus terebinthifolius Raddi Eucalyptus sp. Tibouchina granulosa ( Desr.) Cogn. Eugenia villa-novae Kiaresk. Clitoria fairchildiana R. A. Howard Casearia sylvestris SW. Myrsine ferruginea (Swartz) R.Br. ex Roem et Schult. Psidium guajava L. Aureliana aff. fasciculata (Vell.) Sendtn. Miconia calvensis Schrank & Mart. ex DC. Ficus hirsuta Schott. Zanthoxylum rhoifolium Lam. Alchornea triplinervea (Spreng.) Mull. Arg. Tapirira guianensis Aubl. Syzygium cumini (L.) Skeels Capparis sp. Cocos nucifera L. Acacia polyphilla DC. Joannesia princeps Vell. Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Henriettea saldanhaei (glaziovii) Cogn. Platypodium elegans Vogel Tabebuia chrysotricha (Mart ex DC.) Standl. z-morta Alseis involuta K.Schum Myrcia multiflora (Lam.) DC. Myrtaceae 1 Trichilia sp. Andira anthelmia (Vell.)Macbr. Annona muricata L. Apuleia leiocarpa (Vogel) J. F. Macbr Rubiaceae 1 Swartizia flaemingii Raddi. Dalbergia frutescens (Vell.) Britton Erythrina sp. Erytroxylum pulchrum A.St.Hil. Genipa americana L. Gomidesia fenzliana O. Berg. Luehea grandiflora Mart. & Zucc. Machaerium sp. 1 Plathymenia sp. Astrocaryum sp. Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. Eugenia cf. involucrata DC. Guapira opposita (Vell.) Reitz Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson

N 10 1 21 9 5 4 3 3 3 3 2 2 12 4 1 4 1 3 1 4 3 1 2 1 1 2 2 2 2 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

DR 0,51 0,05 1,06 0,46 0,25 0,2 0,15 0,15 0,15 0,15 0,1 0,1 0,61 0,2 0,05 0,2 0,05 0,15 0,05 0,2 0,15 0,05 0,1 0,05 0,05 0,1 0,1 0,1 0,1 0,05 0,1 0,1 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05

FR 1,68 0,84 0,84 1,68 0,84 1,68 1,68 1,68 1,68 1,68 1,68 1,68 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84 0,84

DoR VC(%) VI(%) 0,49 0,5 0,89 1,62 0,84 0,84 0,61 0,84 0,84 0,27 0,36 0,8 1,11 0,68 0,73 0,12 0,16 0,67 0,13 0,14 0,66 0,13 0,1 0,06 0,05 0,03 0,22 0,38 0,4 0,18 0,31 0,19 0,26 0,1 0,07 0,13 0,07 0,12 0,1 0,03 0,04 0,06 0,03 0,08 0,03 0,02 0,07 0,04 0,04 0,04 0,04 0,03 0,04 0,03 0,04 0,01 0,02 0,01 0,02 0,01 0,14 0,13 0,11 0,08 0,07 0,41 0,29 0,23 0,19 0,18 0,17 0,16 0,15 0,11 0,09 0,08 0,08 0,07 0,07 0,07 0,08 0,07 0,07 0,06 0,06 0,06 0,04 0,05 0,04 0,04 0,04 0,05 0,04 0,04 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,65 0,64 0,63 0,61 0,6 0,56 0,47 0,43 0,41 0,4 0,39 0,38 0,38 0,36 0,34 0,34 0,34 0,33 0,33 0,33 0,33 0,32 0,32 0,32 0,32 0,32 0,31 0,31 0,31 0,31 0,31 0,31 0,31 0,31 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3

30

Tabela 11: Continuao Nome Cientfico N DR FR DoR VC(%) VI(%) Lacistema pubescens Mart. 1 0,05 0,84 0,01 0,03 0,3 Solanum swartizianum Roem. & Schult 1 0,05 0,84 0,02 0,04 0,3 Tabebuia ochracea (Cham.)Standl. 1 0,05 0,84 0,02 0,03 0,3 Theaceae 1 1 0,05 0,84 0,02 0,03 0,3 Nesse estdio a espcie com participao significativa, de maior VI e VC, foi a G. polymorpha uma espcie classificada pioneira, tpica de terrenos pobres e arenosos de cerrado e florestas estacionais, sendo citada tambm como presente nas formaes florestais ombrfilas (LORENZI, 1992). Os altos valores de VI e VC de apenas uma espcie (dominadora) acarretam para as demais espcies valores insignificantes Na Tabela 12 encontra-se o grupo ecolgico de algumas das espcies com maiores VI, podendo-se constatar que a maioria das mesmas pertencem ao grupo das pioneiras e secundria inicial, justificando a classificao do fragmento como estdio inicial. Tabela 12: Grupo ecolgico das espcies com maiores VI Estdio Inicial Espcie Grupo ecolgico Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Pioneira Aegiphyla sellowiana Cham. Pioneira e secundria inicial Cecropia pachystachya Trecul Pioneira Sparattosperma leucanthum (Vell.) Schum. Secundria inicial e pioneira Solanum lycocarpum A. St.-Hil. Pioneira e secundria inicial Tabebuia cassinoides (Lam.) DC Secundria inicial e tardia Guarea guidonia (L.) Sleumer Secundria inicial e tardia Machaerium aculeatum Raddi Secundria inicial Sapium glandulatum (Vell.) Pax Secundria inicial Solanum inaequale Vell. secundria inicial e tardia Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Pioneira VI 43,89 4,07 2,7 2,65 2,62 2,55 1,53 1,28 1,21 1,2 1,18

4.6.1.2 Estdio mdio A Tabela 13 mostra os valores dos parmetros fitossociolgicos relativos do estdio mdio. Tabela 13: Parmetros fitossociolgicos relativos do estdio mdio Nome Cientfico N DR DoR Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 863 28,07 28,22 Guarea guidonia (L.) Sleumer 478 15,54 19,42 Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze 237 7,71 3,15 Swartzia sp. 127 4,13 5,45 Talisia sp. 144 4,68 4,14 Eugenia florida DC. 100 3,25 5,30 Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.Pelt 109 3,54 4,26 Cupania oblongifolia Mart. 74 2,41 2,52 Cecropia pachystachya Trecul 75 2,44 1,75 Eugenia aff. mikaniana O.Berg 158 5,14 1,62 Solanum inaequale Vell. 103 3,35 0,96 Miconia prasina (Sw.) DC. 45 1,46 2,76 Casearia sylvestris SW. 64 2,08 1,71 FR VI % 4,12 20,14 1,55 12,17 2,58 4,48 3,09 4,22 2,58 3,80 1,03 3,19 0,52 2,77 3,09 2,67 3,61 2,60 0,52 2,42 2,58 2,30 2,58 2,27 2,58 2,12 VC% 28,14 17,48 5,43 4,79 4,41 4,28 3,90 2,46 2,10 3,38 2,16 2,11 1,90 31

Tabela 13: Continuao Nome Cientfico Inga cylindrica (Vell.) Mart. Myrcia fallax (Rich.) DC. Platypodium elegans Vogel Pseudopiptadenia contorta (DC) G.P. Lewis & M.P. Lima Machaerium aculeatum Raddi Machaerium sp. 1 Nectandra rigida (Kunth) Nees Acacia polyphilla DC. Solanum lycocarpum A. St.-Hil. Trema micrantha (L.) Blume Aegiphyla sellowiana Cham. Apuleia leiocarpa (Vogel) J. F. Macbr Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld Guapira opposita (Vell.) Reitz Schinus terebinthifolius Raddi Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. Eucalyptus sp. Siparuna guianensis Aubl. Andira fraxinifolia Benth. Tabebuia chrysotricha (Mart ex DC.) Standl. Dalbergia nigra Vell. Syzygium cumini (L.) Skeels Tabebuia umbellata (Sond.) Sandwith Lacistema pubescens Mart. Cecropia glazioui Snethl. Cupania racemosa (Vell.) Radlk. Piptadenia gonoacantha (Mart.)Macbr. Myrcia rostrata DC. Myrsine ferruginea (Swartz) R.Br. ex Roem et Schult. Campomanesia xanthocarpa Berg. Miconia calvensis Schrank & Mart. ex DC. Alchornea triplinervea (Spreng.) Mull. Arg. Cupania sp. Erythrina speciosa Andrews Guarea macrophylla Vahl Eugenia villa-novae Kiaresk. Zanthoxylum rhoifolium Lam. Tabela 10: continuao Dahlstedtia pinnata (Benth.) Malme Psidium guajava L. Genipa americana L. Tabernaemontana australis Mll.Arg. Clitoria fairchildiana R. A. Howard

N 47 39 8 12 12 26 31 15 7 18 18 13 9 11 15 12 2 10 7 11 15 4 13 8 10 7 6 6 6 5 5 2 3 4 9 4 7 2 5 3 6 2

DR 1,53 1,27 0,26 0,39 0,39 0,85 1,01 0,49 0,23 0,59 0,59 0,42 0,29 0,36 0,49 0,39 0,07 0,33 0,23 0,36 0,49 0,13 0,42 0,26 0,33 0,23 0,20 0,20 0,19 0,16 0,16 0,07 0,10 0,13 0,29 0,13 0,23 0,07 0,16 0,10 0,20 0,07

DoR 1,60 0,70 1,29 1,62 0,54 0,82 0,60 0,50 0,12 0,77 0,23 0,23 0,28 0,23 0,37 0,15 1,44 0,12 0,13 1,01 0,83 0,51 0,17 0,81 0,17 0,21 0,22 0,21 0,11 0,06 0,04 0,12 0,07 0,04 0,24 0,25 0,08 0,23 0,14 0,18 0,07 0,15

FR 3,09 2,06 2,06 1,55 2,58 1,55 1,55 2,06 2,58 1,55 2,06 2,06 2,06 2,01 1,55 1,55 0,52 1,55 1,55 0,52 0,52 1,03 1,03 0,52 1,03 1,03 1,03 1,03 1,02 1,03 1,03 1,03 1,03 1,03 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52

VI % 2,08 1,35 1,20 1,19 1,17 1,07 1,05 1,02 0,97 0,97 0,96 0,90 0,88 0,86 0,80 0,69 0,67 0,66 0,64 0,63 0,61 0,56 0,54 0,53 0,51 0,49 0,48 0,48 0,44 0,42 0,41 0,41 0,40 0,40 0,35 0,30 0,28 0,27 0,27 0,26 0,26 0,24

VC% 1,57 0,99 0,77 1,01 0,46 0,83 0,80 0,50 0,17 0,68 0,41 0,32 0,29 0,29 0,43 0,27 0,75 0,22 0,18 0,68 0,66 0,32 0,29 0,53 0,25 0,22 0,21 0,20 0,15 0,11 0,10 0,09 0,09 0,09 0,27 0,19 0,16 0,15 0,15 0,14 0,13 0,11

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Tabela 13: Continuao Nome Cientfico Albizia polycephalla (Benth.) Killip Sorocea sp. Centrolobium tomentosum Guillemin ex Benth. Inga vera DC. Henriettea saldanhaei (glaziovii) Cogn. Vitex sp. Citrus aurantifolia (Christm.) Swingle Artocarpus heterophyllus Lam. Byrsonima sp. Citrus sp. Theaceae 1 Amaioua guianensis Aulb. Ficus gomelleira Kunth & Bouch Astronium graveolens Jacq. Cedrela odorata L. Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms Vernonia condensata Baker Luehea grandiflora Mart. & Zucc. Cordia sellowiana Cham. Pera glabrata (Schott) Baill. Annona montana Mac. Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassmon Tibouchina granulosa ( Desr.) Cogn. Solanum sp.2 Brosimum guianensis (Aubl.) Huber Miconia albicans (Sw.)Triana Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin Chrysophyllum flexuosum Mart. Lecythis lanceolata Poir. Sparattosperma leucanthum (Vell.) Schum. Citrus aurantium L.

N 1 4 2 1 3 1 3 1 1 3 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

DR 0,03 0,13 0,07 0,03 0,10 0,03 0,10 0,03 0,03 0,10 0,07 0,07 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,01 0,01 0,00

DoR 0,17 0,04 0,08 0,10 0,03 0,09 0,03 0,09 0,09 0,02 0,02 0,01 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,02 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,52 0,52 0,52

FR 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,52 0,18 0,18 0,18

VI % 0,24 0,23 0,22 0,22 0,21 0,21 0,21 0,21 0,21 0,21 0,20 0,20 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,19 0,02 0,02 0,02

VC% 0,10 0,09 0,07 0,07 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,04 0,04 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02 0,01 0,01 0,01

Tambm nesse estdio a espcie de maior VI e VC, foi a G. polymorpha uma espcie pioneira (LORENZI, 1992). Encontramos tambm com VI significativo a Guarea guidonia, que possui maior disperso em formaes secundrias, localizadas ao longo de rios e fundo de vales, tendo no interior da floresta densa uma freqncia menor (LORENZI, 1992). A anlise dos dados revela um grande nmero de espcies com baixos valores de VI e um pequeno nmero de espcies com valores elevados de VI. MARTINS (1979) menciona como caracterstica das florestas tropicais a presena de grande nmero de espcies com VI baixo e que o nmero e o tamanho dos indivduos so as caractersticas mais importantes, ou seja, a densidade relativa e rea basal. Nesse estdio foram encontradas vrias espcies pioneiras com VI alto, acompanhadas das espcies secundrias que comeam a ocupar mais efetivamente os espaos.

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Tabela 14: Grupo ecolgico das espcies com maiores VI - Estdio Mdio Espcie Grupo ecolgico Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Pioneira Guarea guidonia (L.) Sleumer Secundria inicial Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze pioneira e secundria Swartzia sp. secundria tardia Talisia sp. secundria tardia e clmax Eugenia florida DC. secundaria inicial e tardia Peltophorum dubium (Spreng.) Taub.Pelt pioneira Cupania oblongifolia Mart. pioneira Cecrop