97
MANUAL OPERATIVO VOLUME 1

MOP PDMI VOLUME1 R fev08 · PROMOB Programa de Infraestrutura para Mobilidade Urbana ... MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

  • Upload
    doanh

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

MANUAL OPERATIVO VOLUME 1

RIO GRANDE DO SUL BAGÉ, PELOTAS, RIO GRANDE, SANTA MARIA e URUGUAIANA

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO

PDMI

MANUAL OPERATIVO – VOLUME 1 14 de Fevereiro de 2008

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 3

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO PDMI

Contatos:

Website do PDMI: www.pdmi.com.br 14 de Fevereiro de 2008

Prefeitura Municipal de Pelotas

Unidade Gestora do Projeto

Rua Professor Araújo1653

(053) 3227-1513

[email protected]

Jair Seidel

Coordenador da UGP

Prefeitura Municipal de Bagé

Unidade Gestora do Projeto

Rua

(53)3240-7800

[email protected]

Estefania Damboriarena

Coordenadora da UGP

Prefeitura Municipal de Uruguaiana

Unidade Gestora do Projeto

Rua 15 de novembro 1882 – Centro

(055) 3411-7535

[email protected]

Júlio C. F. Tietböhl

Coordenador da UGP

Prefeitura Municipal de Rio Grande

Unidade Gestora do Projeto

Endereço

(53) Prefeitura Municipal de Pelotas

Unidade Gestora do Projeto

Rua Professor Araújo1653

(53) 3227-1513

Prefeitura Municipal de Santa Maria

Unidade Gestora do Projeto

Rua Venâncio Aires, 1686/702 – Centro

(055) 3219-0104

[email protected]

Igor Bernardi Sonza

Responsável Técnico da UGP

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 4

ABREVIATURAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas AES Sul Agência de Distribuição de Energia do Rio Grande do Sul ANA Agência Nacional de Águas BANRISUL Banco do Estado do Rio Grande do Sul BIRD Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento BNB Banco do Nordeste do Brasil BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social CAIXA Caixa Econômica Federal CEEE Companhia Estadual de Energia Elétrica CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente CORSAN Companhia Estadual de Águas e Saneamento - RS DAEB Departamento de águas e Esgotos de Bagé DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes EMATER Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural

EMATER/RS Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural

FEE FEE – Fundação de Economia e Estatística do RS FEPAM Fundação Estadual de Meio Ambiente - RS FURG Universidade Federal do Rio Grande FMR Relatório de Gerenciamento Financeiro IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDH Índice de Desenvolvimento Humano calculado pelo PNUD MCidades Ministério das Cidades MIN Ministério da Integração Nacional MMA Ministério do Meio Ambiente MOP Manual Operativo PAD Project Appraisal Document PIB Produto Interno Bruto

PNAFM Programa Nacional de Suporte ao Gerenciamento Administrativo e Fiscal das Cidades Brasileiras

PROMOB Programa de Infraestrutura para Mobilidade Urbana SANEP Serviço Autônomo de Águas e Esgotos de Pelotas SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SENAI Serviço Nacional Aprendizagem Industrial SENAC Serviço Nacional Aprendizagem Comercial SIG Sistema de Informações Georreferenciadas UAP Unidade de Articulação do Programa - UAP UCPEL Universidade Católica de Pelotas UGP Unidade de Gerenciamento do Programa

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 5

SUMÁRIO - Volume 1

ABREVIATURAS ...................................................................................................... 04

LISTA DE TABELAS ................................................................................................ 10

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. 11

1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................ 12

2. DESCRIÇÃO DO PROGRAMA ............................................................................ 14

2.1 Conceituação ..................................................................................................... 14

2.2 Objetivos do Programa ..................................................................................... 14

2.2.1 Geral .................................................................................................... 14

2.2.2 Específicos ......................................................................................... 15

2.3 Componentes do Programa ............................................................................. 15

2.3.1 Componente 1 - Fortalecimento Municipal/Desenvolvimento Institucional ................................................................................................. 15

2.3.1.1 Sub-componente - Qualificação da Gestão Pública .................... 16

2.3.1.2 Sub-componente - Gerenciamento e Monitoramento do Programa ..................................................................................................... 16

2.3.2 Componente 2 – Geração de Trabalho e Renda .............................. 17

2.3.2.1 Sub-componente Planejamento do Desenvolvimento Econômico Local ............................................................................................................ 17

2.3.2.2 Sub-componente Melhoramento do Ambiente Empresarial Municipal ..................................................................................................... 18

2.3.2.3 Sub-componente Apoio para Negócios Informais ....................... 19

2.3.2.4 Sub-componente - Inovação e P&D para Negócios de Alto Valor Agregado ..................................................................................................... 21

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 6

2.3.3 Componente 3 - Melhorias de serviços de infra-estrutura/Qualificação Territorial .............................................................. 22

2.3.3.1 Sub-componente - Reabilitação ou pavimentação de vias urbanas existentes e estradas rurais ........................................................ 22

2.3.3.2 Sub-componente - Abastecimento de água, saneamento e sistemas de drenagem em áreas urbanas e rurais .................................. 23

2.3.3.3 Sub-componente - Tratamento e disposição final de resíduos sólidos, centros de reciclagem e apoio para embalagens de resíduos . 23

2.3.3.4 Sub-componente - Melhoramento Urbano ................................... 23

2.4 Prazos de execução .......................................................................................... 26

2.5 Recursos do PDMI ............................................................................................. 26

3. ÁREA DO PROGRAMA ........................................................................................ 28

3.1 Caracterização do Rio Grande do Sul ............................................................. 28

3.2 Metade Sul do Rio Grande do Sul .................................................................... 28

3.3 Caracterização dos Cinco Municípios ............................................................. 29

3.4 Área de Abrangência e Beneficiários .............................................................. 30

4. GESTÃO DO PROGRAMA ................................................................................... 32

4.1 Estrutura Organizacional do PDMI .................................................................. 32

4.1.1 Municipalidades responsáveis pela implementação ...................... 32

4.1.2 Entidades Participantes e Responsabilidades Institucionais ........ 32

4.1.3 Unidades de Gestão do Programa ................................................... 34

4.1.4 Outras entidades envolvidas na execução do Programa............... 38

4.1.5 Detalhamento da estrutura por município ....................................... 39

5. IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA .................................................................. 50

5.1 Critérios de Avaliação e Elegibilidade dos Subprojetos ................................ 51

5.2. Normas Técnicas Padrão ................................................................................. 56

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 7

5.3 Análise Econômica e Financeira ...................................................................... 57

5.3.1 Avaliação Financeira ......................................................................... 57

5.3.2 Avaliação Econômica ........................................................................ 58

5.4 Salvaguardas do BIRD ...................................................................................... 61

5.5 Avaliação Ambiental e Social ........................................................................... 61

6. PLANEJAMENTO DO PROGRAMA .................................................................... 63

6.1 Documentos para planejamento do Programa ............................................... 63

7. EXECUÇÃO DO PROGRAMA .............................................................................. 67

7.1 Aquisições ......................................................................................................... 67

7.1.1 Métodos previstos no PDMI .............................................................. 68

7.1.2 Revisão pelo Banco ........................................................................... 70

7.1.2.1 Revisão Prévia ................................................................................ 70

7.1.2.2 Revisão Posterior ........................................................................... 73

7.1.3 Divulgação das Aquisições .............................................................. 73

7.1.4 Planejamento das aquisições ........................................................... 74

7.1.5 Execução e fiscalização de contratos ............................................. 74

7.2 Administração Financeira e Desembolsos ..................................................... 76

7.2.1 Controle interno ................................................................................. 76

7.2.2 Administração Financeira ................................................................. 77

7.2.3 Execução Financeira ......................................................................... 79

7.2.3.1 Sistemas de Administração Financeira e Contábil ...................... 79

7.2.3.2Fluxo de recursos ............................................................................ 80

7.2.3.3 Relatórios Financeiras Intermediários .......................................... 82

7.3 Auditoria ....................................................................................................................... 84

7.4 Relatórios ........................................................................................................... 86

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 8

7.4.1 Relatórios Financeiros Intermediários ............................................ 86

7.4.2 Relatório de Execução ...................................................................... 86

7.4.3 Relatório de Demonstrativos Financeiros Auditados..................... 87

7.4.4 Relatório de Avaliação Intermediária ou de Meio Termo ............... 88

7.4.5 Relatório Final .................................................................................... 88

8. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ..................................................................... 90

8.1 Monitoramento .................................................................................................. 90

8.2 Avaliações .......................................................................................................... 92

8.3 Indicadores de resultados ................................................................................ 92

8.3.1 Associados ao Componente Desenvolvimento Institucional ........ 92

8.3.2 Associados ao Componente Geração de Renda ............................ 93

8.3.3 Associados ao Componente Qualificação Territorial ..................... 94

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ........................................................................... 97

VOLUME 2

BLOCO DE ANEXOS 1 – PLANOS

ANEXO 1.1 - Modelo de Plano Operativo Anual

ANEXO 1.2 - Modelo de Plano de Ação

BLOCO DE ANEXOS 2 – AQUISIÇÕES

ANEXO 2.1 – Modelo de Plano Municipal de Aquisições (18 meses)

ANEXO 2.2 – Modelo de Aviso Geral do Programa

ANEXO 2.3 – Modelo de Aviso de Licitação Internacional

ANEXO 2.4 – Modelo de Aviso de Licitação Nacional

ANEXO 2.5 – Modelo de Aviso de Manifestação de Interesse

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 9

ANEXO 2.6 – Modelo de Cotação de Preços (Três cotações) – Obras

ANEXO 2.7 - Fax Padrão – para a Comparação de Preços (Shopping)

ANEXO 2.8 – Fluxo para processos de aquisições do PDMI

BLOCO DE ANEXOS 3 - DESEMBOLSOS E AUDITORIA

ANEXO 3.1 – IFR

ANEXO 3.2 – Modelo de DOARP

ANEXO 3.3 – Modelo de SOE

ANEXO 3.4 – Roteiro de processos de desembolso do PDMI

ANEXO 3.5 – Termos de Referência para contratação de Auditoria Externa

BLOCO DE ANEXOS 4 – RELATÓRIOS

ANEXO 4.1 – Roteiro de Relatório de Execução

ANEXO 4.2 – Relatório da Matriz de Decisão

BLOCO DE ANEXOS 5 - MARCOS DOS PROJETOS

ANEXO 5.1 - Marco Lógico do Projeto de Desenvolvimento Municipal Integrado do Município de Pelotas

ANEXO 5.2 - Marco Ambiental

ANEXO 5.3 - Marco de Reassentamento

BLOCO DE ANEXOS 6 - PLANOS DE NEGÓCIOS

ANEXO 6.1 – Plano de Negócios – Avaliação Financeira

ANEXO 6.2 – Roteiro para Elaboração do Plano de Negócio

VOLUME 3

PLANO DE AMBIENTAL E SOCIAL DO PDMI E ANEXOS

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 10

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tipologia dos investimentos por componente ..............................................

Tabela 2 - Componentes Chave por Município .............................................................

Tabela 3 – Distribuição dos Recursos do Programa ....................................................

Tabela 4 - Usos e Fontes de Recursos por Município e Componente ..........................

Tabela 5 - População total e participação de cada Metade no total do estado do Rio Grande do Sul 1890 – 2000 ..........................................................................................

Tabela 6 - Área, População (2002), PIB total (2001) e PIB per capita da Metade Norte e Metade Sul do estado do Rio Grande do Sul ...................................................

Tabela 7 - População, PIB Total e Valor Adicionado Bruto dos municípios ..................

Tabela 8 - IDH municipal, Educação, Renda e Longevidade 2000 ...............................

Tabela 9 - Condições para Implementação - Componente 2 ........................................

Tabela 10 - Políticas de salvaguarda do Banco Mundial relacionadas com o Programa.......................................................................................................................

Tabela 11 - Planos e prazos para apresentação ..........................................................

Tabela 12 - Métodos de Aquisição do PDMI ..............................................................

Tabela 13 - Contratos sujeitos e revisão prévia – informações para solicitações de não objeção ...................................................................................................................

Tabela 14 - Alocação Autorizada ..................................................................................

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 11

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Organograma de articulação do Programa ..................................................

Figura 2 - Organograma de articulação do Projeto em Bagé .......................................

Figura 3 - Organograma de articulação do Projeto em Pelotas ....................................

Figura 4 - Organograma de articulação do Projeto em Rio Grande .............................

Figura 4 - Organograma de articulação do Projeto em Santa Maria ............................

Figura 4 - Organograma de articulação do Projeto em Uruguaiana .............................

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 12

1. APRESENTAÇÃO

Este Manual Operativo – MOP foi elaborado como parte integrante dos

documentos do Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado - PDMI a ser

desenvolvido pelos municípios de Bagé, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e

Uruguaiana, com recursos oriundos de um empréstimo junto ao Banco Internacional

para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).

Este documento constitui o marco referencial para a execução do PDMI e

possui caráter normativo para todas as atividades do Programa, tendo por finalidade

orientar os executores, co-executores, parceiros e potenciais participantes quanto a

concepção, arranjo interinstitucional, instrumentos administrativos e financeiros a

serem adotados no planejamento, execução, monitoramento e avaliação das ações

do Programa.

O documento está estruturado em três volumes: (i) Volume 1 - informações

do Programa, estrutura organizacional para gestão, diretrizes para implementação,

planejamento e execução, monitoramento e impactos esperados; (ii) Volume 2 –

anexos contendo modelos e exemplos a serem adotados; (iii) Volume 3 – Marco

Ambiental e Social do Programa.

O Volume 1 está estruturado em oito capítulos, sendo os três primeiros

dedicados a descrição do Programa, área de atuação, prazos e recursos envolvidos.

No capítulo 4 é definida a estrutura organizacional para a gestão do Programa,

indicando as entidades envolvidas e as respectivas responsabilidades na condução

dos processos. O Capítulo 5 são apresentados critérios de elegibilidade aos quais

serão submetidas ações que ingressem futuramente no Programa, além de análise

econômica e financeira, salvaguardas do BIRD ativadas pelo Programa e avaliação

ambiental e social. O Capítulo 6 apresenta os documentos para o planejamento do

Programa, prazos para apresentação destes e responsáveis pela elaboração. O

Capítulo 7 apresenta as diretrizes de execução a serem seguidas para as

aquisições, administração financeira, desembolsos, auditoria e elaboração de

relatórios. O Capítulo 8 define as regras de monitoramento e avaliação, além de

apresentar os indicadores de resultados considerados na linha de base e que serão

monitorados durante toda a execução do Programa.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 13

O Volume 2 indica os documentos-padrão a serem utilizados, em função das

condições estabelecidas no Acordo de Empréstimo e em consonância com as

políticas e diretrizes do Banco Mundial - BIRD. Este subdividido em seis blocos de

anexos temáticos, sendo o Bloco 1 formado por modelos de plano operativo e plano

de ação. O Bloco 2 contém documentos e modelos relacionados às aquisições do

Programa, incluindo fluxo para composição dos processos administrativos de

aquisições. O Bloco 3 contém documentos e modelos relacionados aos

desembolsos e auditoria. O Bloco 4 apresenta modelos de relatórios de execução e

relatório da matriz de decisão. O Bloco 5 contém o marco lógico elaborado para o

Município de Pelotas, bem como um resumo dos marcos ambiental e de

reassentamento do Programa que serão apresentados integralmente no Volume 3.

O Bloco 6 define a metodologia para avaliação financeira a ser aplicada para os

Planos de Negócios – Componente 2 do Programa e apresenta um roteiro para

elaboração de Planos.

O Volume 3 é composto pelo Plano Ambiental e Social do PDMI, foi

elaborado por consultor contratado anteriormente. Este conteúdo foi incorporado ao

MOP em função da importância das orientações contidas para as futuras obras e

intervenções do Programa. Destacam-se os marcos ambientais, de desapropriação

e reassentamento, além de manuais e guias técnicos apresentados nos anexos ao

documento.

O presente Manual deverá ser continuamente atualizado e aperfeiçoado de

comum acordo entre os Mutuários e o Banco Mundial, segundo as necessidades

surgidas e lições aprendidas ao longo da sua implementação.

Dúvidas e esclarecimentos complementares em relação ao Programa de

Desenvolvimento Municipal Integrado - PDMI poderão ser solucionadas consultando-

se os demais documentos do Programa ou as UAP e UGPs, nos endereços

informados a seguir. Às Unidades caberá ainda a resolução de eventuais casos

omissos em relação ao disposto no presente Manual Operativo.

Eventuais casos de conflito entre o estabelecido no MOP e nos respectivos

Acordos de Empréstimo, PAD e Mini-PADs, prevalecerá o disposto no respectivo

Acordo e anexos.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 14

2. DESCRIÇÃO DO PROGRAMA

2.1 Conceituação O Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado que será desenvolvido

de forma conjunta pelos municípios de Bagé, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e

Uruguaiana, foi concebido a partir da existência de demandas locais, cujas soluções

não são possíveis com recursos próprios, dada sua escassez. A capacidade de

investimentos dos municípios é limitada, não havendo possibilidade de atendimento

da demanda existente, somente com recursos da própria municipalidade, motivo

determinante da busca de financiamentos em instituição financeira internacional.

Nos componentes previstos, algumas das atividades serão comuns e/ou

compartilhadas, outras serão específicas de cada município devido às

peculiaridades de cada um.

O Programa atuará em cinco frentes convergentes de ação, distribuídas em

três componentes: a primeira relacionada à melhoria e a qualificação do serviço

público, prestado pelas administrações municipais aos cidadãos; a segunda para o

aumento da renda e melhoria das condições de trabalho das pessoas seja de forma

direta através do crédito subsidiado e capacitação ou por meio de processos de

inovação tecnológica; a terceira relacionada à qualificação territorial urbanística

mediante investimentos de melhoria do sistema viário, facilitando a trafegabilidade

dos veículos e a mobilidade das pessoas; a quarta voltada para melhorias no espaço

rural facilitando o deslocamento de pessoas e o transporte de produtos e também

possibilitando o acesso à água para consumo e produção; a quinta direcionada à

gestão ambiental com vistas ao manejo da água, esgotos, resíduos sólidos e

preservação da Biodiversidade.

2.2 Objetivos do Programa 2.2.1 Geral O objetivo do programa é fortalecer a capacidade dos municípios de Bagé,

Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Uruguaiana para fornecimento de serviços do

infraestrutura urbana e rural e ampliação de oportunidades de trabalho e geração de

renda para sua população.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 15

2.2.2 Específicos

• Promover a inclusão social e acesso universal aos serviços públicos de

alta qualidade;

• Estimular o crescimento e estabilidade do trabalho e renda;

• Ampliar a equidade entre as regiões com o desenvolvimento regional e

local;

• Ampliar a integração entre o desenvolvimento e o meio ambiente; e

• Promover a participação da sociedade civil na tomada de decisão

municipal.

2.3 Componentes do Programa O Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado foi estruturado em três

Componentes, que se dividem em sub-componentes que, por sua vez, se

subdividem em atividades. Cada dos cinco projetos que compõem PDMI terão os

mesmos três componentes: (a) fortalecimento municipal, (b) renda e geração de

emprego e (c) melhorias de serviços de infra-estrutura. Um jogo comum de

indicadores de resultado será implementado pelos cinco municípios, embora o

investimento específico, planejamento e atividades sejam customizadas para obter o

plano de desenvolvimento respectivo de cada município.

2.3.1 Componente 1 - Fortalecimento Municipal/Desenvolvimento Institucional

O propósito deste componente é financiar atividades relacionadas a melhoria

da capacidade municipal para planejar, avaliar, financiar, implementar e monitorar

infra-estrutura e investimentos de desenvolvimento econômico local. Serão

introduzidas práticas fiduciárias, sociais e ambientais para fortalecer a capacidade

municipal nestas áreas e unificar procedimentos por todas as secretarias

pertencentes aos Governos Municipais. Os Municípios de Rio Grande, Santa Maria e

Bagé vêm continuamente melhorando a administração pública, através de

programas como o PMAT do BNDES, com enfoque para aprimoramento da gestão

fiscal, cadastro e recolhimento de impostos, sendo que estes esforços serão

futuramente apoiados pelo PDMI. Em Bagé e Pelotas, os Governos Municipais

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 16

usarão recursos do PDMI para melhorar o gerenciamento global dos serviços de

água e saneamento.

Além disso, para promover o aprendizado pelos cinco municípios, cada

município alocará recursos deste componente para seus arranjos de administração

dos Projetos e contribuição para cobertura do custo da Unidade de Articulação do

Programa - UAP, conforme arranjo apresentado no capítulo seguinte.

Os tipos de atividades a serem realizadas sob este componente incluem:

sistemas de informação, consultores, desenvolvimento/treinamento de recursos

humanos, estudos, equipamentos, melhorias nos escritórios e custos operacionais

incrementais.

2.3.1.1 Sub-componente - Qualificação da Gestão Pública Contempla atividades para melhorar o serviço público prestado pelos

municípios considerando os serviços de gestão interna, os serviços prestados à

população, o aumento da arrecadação e a redução de custos.

Os principais objetivos deste sub-componente, considerando as atividades

pelas quais está constituído, podem ser assim enunciados: unificar um sistema de

informações que possa ser acessado por todas as secretarias e órgãos municipais;

qualificar o fluxo de informações e processos entre os diversos níveis da

administração; promover a informatização de toda a estrutura administrativa da

Prefeitura Municipal; capacitar o corpo funcional nos diversos segmentos da

administração; melhorar a fiscalização dos serviços prestados à população local;

melhorar a arrecadação e a receita do município, enfim melhorar os serviços

prestados pela administração municipal.

2.3.1.2 Sub-componente - Gerenciamento e Monitoramento do Programa

Serão apresentados os arranjos institucionais para a Implementação do

Programa, a estrutura e o funcionamento das Unidades de Gerenciamento do

Programa (UGP’s), da Unidade de Articulação do Programa (UAP), o sistema de

acompanhamento e monitoramento através de indicadores de resultados.

O objetivo é promover a adequada execução, implantação e avaliação do

Programa, observados o planejamento das atividades e os procedimentos

recomendados pelo órgão financiador e a legislação brasileira.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 17

2.3.2 Componente 2 - Geração de Trabalho e Renda Busca-se com as diversas ações deste componente uma maior rentabilidade

das economias locais por meio da qualificação dos micronegócios, estímulo à

criação de unidades empresariais inovadoras de base tecnológicas e criação de

novas alternativas geradoras de renda.

Este componente foi projetado com base em uma análise cuidadosa do

potencial produtivo de cada município. São propostos quatro sub-componentes:

A. Planejamento do Desenvolvimento Econômico Local

B. Melhoramento do Ambiente Empresarial Municipal

C. Apoio para Negócios Informais

D. Inovação e P&D para Negócios de Alto Valor Agregado

2.3.2.1 Sub-componente - Planejamento do Desenvolvimento

Econômico Local Este sub-componente priorizará a capacitação dos municípios para

promover mais efetivamente o crescimento sustentável através da preparação de

planos e estratégias voltados para fortalecer os recursos produtivos locais.

Estratégia de Desenvolvimento Econômico Local Municipal: Cada

município preparará uma estratégia de Desenvolvimento Econômico Local baseada

na identificação de seu potencial produtivo, vantagens comparativas, nichos

competitivos e possíveis aglomerações produtivas (arranjos produtivos locais-APL).

Os resultados esperados seriam a melhoria da capacidade municipal para promover

Desenvolvimento Econômico Local e empregos. A estratégia também será usada

para fixar objetivos e indicadores para monitorar implementação do Projeto.

Desenvolvimento de Arranjos Produtivos Locais – APLs: Com o

desenvolvimento de APLs, o PDMI financiará a preparação de organização de

agrupamentos e estratégias de crescimento; planos empresariais; identificação e

prestação de serviços de treinamento e assistência técnica a partir das

necessidades efetivas dos produtores; estabelecimento de alianças de negócios e

parcerias público- privadas (capital social), provisão de infra-estrutura produtiva

seletiva e acesso a financiamento. O trabalho de campo feito durante a preparação

do Projeto mostra uma lista de aglomerações produtivas potenciais, tais como

turismo (Rio Grande), frutas e legumes (Bagé, Pelotas, Uruguaiana, Santa Maria),

pescado (Rio Grande), atividades baseadas no conhecimento (Pelotas e Santa

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 18

Maria), e reciclagem (Santa Maria, Uruguaiana, Rio Grande). Os resultados

esperados incluiriam maior competitividade dessas aglomerações produtivas e

empregos mais sustentáveis.

2.3.2.2 Melhoramento do Ambiente Empresarial Municipal Este sub-componente identificará medidas para facilitar o desenvolvimento

empresarial nos municípios (facilitação administrativa) e a promoção do

empreendedorismo local.

Facilitação administrativa: Os Projetos do PDMI colocam alta prioridade na

simplificação dos procedimentos administrativos de modo a tornar fácil o

desenvolvimento de negócios nos respectivos municípios. Uma intervenção geral

objetivará a melhoria do ambiente empresarial municipal com foco na redução de

tempo, esforço e custo para lidar com a excessiva regulamentação empresarial e

encorajar o crescimento e formalização de atividades produtivas. O ponto de partida

para isto seriam leis e regulamentos municipais que afetam o custo dos negócios

(por exemplo, indicadores de barreiras à entrada e saída, tempo exigido para

registrar um negócio, número de licenças exigidas), regulamentação do uso da terra

e zoneamento, política tributária municipal, políticas locais que afetam fatores

produtivos e eficiência de instituições locais, inclusive o judiciário. Os resultados

esperados incluem medidas para enfrentar barreiras administrativas para o

desenvolvimento empresarial, simplificação de procedimentos de registros de

empresas e exigências para obtenção de licenças de construção, ambos em termos

de custos e complexidade.

Empreendedorismo Cidadão: O sistema de ensino público dos municípios

carece de mecanismos para treinar os cidadãos para identificar e aproveitar um

potencial econômico local de uma maneira sustentável, assim criando novos

empreendimentos produtivos, trabalhos e atividades geradoras de renda. Esta

intervenção, que será encabeçada por Santa Maria, apoiará um programa de

educação pública para incorporar conteúdo relacionado ao desenvolvimento

potencial local, habilidades empresariais e um contexto para estudantes tomarem

decisões mais bem fundamentadas sobre oportunidades para se posicionarem na

economia de mercado. A estratégia abrangerá atividades de treinamento para os

professores das escolas e estudantes, uso de tecnologia da informação para

treinamento e coleta de dados, preparação de conteúdo sobre recursos produtivos

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 19

locais, recursos ambientais e assuntos relacionados, recursos turísticos e

desenvolvimento urbano.

Os tipos de atividades a serem financiadas incluem serviços de consultores

especializados, melhoria de instalações, laboratórios e equipamentos de tecnologia

de informação para escolas e produção de material impresso para disseminação

pública. Os resultados esperados seriam o aumento da consciência empreendedora

e criação de novos negócios e trabalhos.

2.3.2.3 Apoio para Negócios Informais Este sub-componente priorizará o apoio para formalização de negócios

informais, ampliação de operações e aumento da rentabilidade.

Acesso ao Micro-Crédito: Negócios informais enfrentam freqüentemente

barreiras para ter acesso a financiamentos apropriados e de razoável custo (falta de

garantias, alta taxa de mortalidade, empréstimos de pequena escala etc). Iniciativas

de Micro-crédito emergiram como uma solução sólida para financiar tanto capital de

giro como investimentos fixos, especialmente para micro-negócios, freqüentemente

informais. Dado a disponibilidade significativa de linhas de micro-crédito no Brasil, o

PDMI apoiará os clientes de micro-crédito potenciais para ter acesso a esses

financiamentos, ou seja, ao invés de usar os recursos do empréstimo do Banco

Mundial para financiar um novo programa de micro-crédito, o PDMI apoiará os

clientes potenciais aplicarem e alcançarem linhas de micro-crédito que já operam no

mercado.

As iniciativas incluirão disseminação pública de linhas de micro-crédito,

serviços de consultores para ajudar na preparação de planos empresariais

simplificados, provisão de espaço de escritório e equipamento para operação de

agentes de crédito, além de oferta de treinamento e assistência técnica dirigida para

apoiar o desenvolvimento empresarial e contribuir para reduzir o risco operacional

envolvido em operações de crédito.

Durante a preparação do projeto, os municípios foram ajudados na

identificação de programas potenciais de micro-crédito com os quais eles pudessem

coordenar suas iniciativas para aumentar o acesso das atividades informais locais a

essa modalidade de crédito, e ao mesmo tempo para melhorar o impacto da

obtenção do crédito através da oferta de apoio complementar (por exemplo,

treinamento, assistência técnica). A alternativa preferida identificada foi o

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 20

CrediAmigo, operado pelo Banco do Nordeste do Brasil, e originalmente financiado,

em parte, por um empréstimo do Banco.

Os cinco municípios estão assinando um acordo com o Banco do Nordeste

para permitir a ampliação do CrediAmigo para a região do PDMI. Para introdução do

CrediAmigo nos municípios, os governos municipais concordaram em compartilhar

parte dos custos de expansão que incluirão uma pesquisa de mercado, adaptação

do sistema de controle, apoio para divulgação do programa em comunidades locais,

instalação de escritório nos cinco municípios e custos iniciais de supervisão (primeiro

dois meses).

Todos os fundos a serem usados para operações do CrediAmigo serão do

Banco do Nordeste, o qual também assumirá todo o risco comercial associado com

cada operação de micro-crédito contratada. Dessa forma, o Banco do Nordeste

assumirá responsabilidade total pela análise da operação e decisões sobre

aprovação de crédito. O PDMI complementará a concessão de crédito com

treinamento adicional e assistência técnica para beneficiários. Haverá também uma

parceria com o Banco do Estado do Rio Grande do Sul - Banrisul, ou outro parceiro

local para realizar os desembolsos de micro-crédito e cobrança dos empréstimos

dos clientes do CrediAmigo, já que o Banco do Nordeste não tem agências no Sul.

Separação e Reciclagem de resíduos sólidos: Dentro do apoio para

negócios informais, três municípios requisitaram apoio do PDMI para trabalhar com

algumas das categorias mais pobres da cidade - o catador de lixo. O projeto

financiará intervenções voltadas para melhorar a qualidade dos empregos,

condições de trabalho e produtividade, como também pretende aumentar a

reciclagem no município.

Os investimentos focarão a construção de instalações de reciclagem,

provisão de equipamento de trabalho, atividades de treinamento, organização,

campanhas de informação pública e serviços de consultoria. Os resultados

esperados incluem melhoria do trabalho e condição de saúde dos catadores de lixo,

redução da informalidade, expansão da produtividade e renda dos beneficiários,

além de aumento dos lucros ambientais devido à reciclagem, melhoria no

processamento de resíduos sólidos e redução de custos/impactos ambientais pela

disposição descontrolada de resíduos.

Provisão de Infra-estrutura Produtiva: Negócios informais freqüentemente

não possuem espaço produtivo apropriado para operar e são limitados para executar

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 21

as atividades nas ruas ou em outras localizações precárias. Em dois dos municípios

(Santa Maria e Pelotas), o Projeto investirá na melhoria de instalações comerciais

apropriadas para permitir aos vendedores ambulantes a melhoria da operação

empresarial, alcance de uma base de clientes maior, alcance de economias de

escala e maiores incentivos para melhorar a eficiência e organização, além de

diminuir a congestão urbana. Os beneficiários cobrirão as despesas de aluguel,

calculado para cobrir parte do investimento e despesas administrativas. A

administração destas instalações será supervisionada pelo Governo Municipal,

embora realizada por uma entidade privada, com representação dos beneficiários. O

plano de negócios exigido indicará a estratégia de recuperação de custos,

viabilidade financeira, impactos econômicos, como também arranjos de

administração.

2.3.2.4 Sub-componente - Inovação e P&D para Negócios de Alto Valor Agregado

Sob este sub-componente, o PDMI apoiará dois municípios para melhorar o

acesso a Economia do Conhecimento, fortalecendo potenciais locais para esforços

de P&D, tanto por parte de universidades como empresas do setor privado.

Iniciativas envolvem estabelecimento de parques tecnológicos, associados com

incubadoras empresariais e equipamentos de P&D.

Parque tecnológicos: Em Pelotas e Santa Maria, há recursos significativos

para desenvolver produtos e serviços inovadores de alto valor agregado,

considerando a disponibilidade de capital humano altamente qualificado (devido às

universidades), sólidas capacidades de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias.

Áreas de expertise incluem desde a biotecnologia, metal-mecânica e tecnologia da

informação, em Santa Maria, como design industrial, tecnologia da informação,

instrumentos médicos e biotecnologia, em Pelotas.

Nos dois municípios, o PDMI financiará a implementação de parques

tecnológicos para abrigar firmas inovadoras baseadas no conhecimento, inclusive as

incubadoras tecnológicas. A visão é de que a aglomeração de empresas baseadas

no conhecimento tenderá a produzir sinergias e iniciativas coletivas e assim

estimulará o compartilhamento de informações, projetos de cooperação e inovações

adicionais. Os Parques seriam uma iniciativa em comum de firmas privadas,

municípios, universidades e instituições de R&D que operam em nível local. Essas

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 22

instalações seriam administradas baseadas em recuperação de custo por uma

entidade privada a ser criada pelos beneficiários, sob supervisão municipal. O

financiamento dos parques tecnológicos dependeria da apresentação de um sólido

plano de negócios aprovado pelo Banco.

Acesso de Internet: Como uma iniciativa complementar, alguns dos

governos municipais planejam ampliar a infra-estrutura de tecnologia da informação

para conectar todas as agências municipais via internet de modo a reduzir custos,

melhorar a eficiência governamental municipal na provisão de serviços. A rede de

conexão internet também permitirá a instalação de quiosques de internet para

encorajar a população local, inclusive a comunidade empresarial informal, a ter

acesso e usar o serviço da internet. Os resultados esperados do investimento são

expansão de negócios baseados no conhecimento e aumento do valor agregado e

renda produzida nos municípios.

2.3.3 Componente 3 - Melhorias de serviços de infra-estrutura/Qualificação Territorial

Este componente abrigará os maiores investimentos do PDMI (entre 65% e

75% de cada Projeto). O objetivo será ajudar os municípios a melhorar a capacidade

de prover serviços de infra-estrutura de forma eficiente, ambientalmente sustentável.

Uma análise cuidadosa foi realizada durante a preparação do Projeto para ajudar os

municípios a consolidar os investimentos de infra-estrutura em algumas áreas

prioritárias para maximizar o impacto. Os investimentos específicos também foram

priorizados para ter efeito em: melhoria dos serviços de acesso à água pela

população mais carente, contribuição ao programa de trabalho de crescimento

municipal e/ou benefícios ambientais. Os investimentos de infra-estrutura incluídos

neste componente são os seguintes:

2.3.3.1 Sub-componente - Reabilitação ou pavimentação de vias urbanas existentes e estradas rurais

Inclui reabilitação de pequenas pontes, melhoria de serviços de transporte

público, construção de ciclovias, ajardinamento e estratégias de manutenção a longo

prazo. Esta será a área de investimento de prioritário para Pelotas, embora os outros

quatro municípios também incluam investimentos em transporte urbano. As vias

urbanas selecionadas ou provêem acesso de transporte público para bairros de

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 23

baixa renda ou são corredores de acesso de transporte importantes para a cidade.

Os investimentos de Rio Grande, Pelotas e Santa Maria incluem melhorias em

estradas em áreas rurais. Os investimentos de estrada rurais são focados no centro

da cadeia que provê acesso para áreas rurais.

2.3.3.2 Sub-componente - Abastecimento de água, saneamento e sistemas de drenagem em áreas urbanas e rurais

A ampliação dos sistemas de abastecimento e esgotamento sanitário e

melhoria do desempenho do departamento de águas e esgotos municipais (DAEB

em Bagé e SANEP em Pelotas) serão os investimentos prioritários nestes dois

municípios. Em Uruguaiana e Santa Maria onde a Companhia Estadual de

Saneamento – CORSAN possui concessão, investimentos paralelos serão feitos

pela CORSAN para complementar os esforços de melhoramento urbano que serão

feitos em bairros específicos. Estes tipos de investimentos objetivarão o acesso aos

serviços pelas camadas mais pobres e também terão impactos positivos na proteção

dos recursos hídricos e meio ambiente.

2.3.3.3 Sub-componente - Tratamento e disposição final de resíduos sólidos, centros de reciclagem e apoio para embalagens de resíduos

O investimento prioritário em Uruguaiana é fechar seu lixão, abrir um aterro

controlado, melhorar a administração global de seu resíduo sólido e manter

endereços de coleta de resíduos. Ações para apoiar coleta de resíduos e reciclagem

também serão apoiados através de Componente 2 no Rio Grande e Santa Maria.

Estes investimentos são soluções importantes para problemas ambientais e sociais

nestas cidades.

2.3.3.4 Sub-componente - Melhoramento Urbano Incluindo melhorias sociais em bairros pobres e áreas de risco ambiental. Os

municípios de Rio Grande e Santa Maria farão investimentos grandes em áreas

ambientais críticas que foram invadidas por colonos informais durante os últimos

anos. Os municípios têm trabalhado para adotar a visão mais holística e integrada

do Banco Mundial melhorar a sujeira das ruas focando na reintegração socio-

econômica das famílias afetadas, uma participativa e justa política de

reassentamento e uso físico imediato das áreas ambientalmente protegidas de onde

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 24

foram removidos os cortiços. A reabilitação destas áreas é uma solução muito

importante para proteção dos recursos ambientais nestas cidades e

desenvolvimento de políticas para melhorar problemas com assentamentos

informais.

Tabela 1

Tipologia dos investimentos por componente Componente Tipologia dos investimentos

1 Desenvolvimento Institucional

Aquisição de software, hardware, sistema de geoprocessamento, máquinas, equipamentos e mobiliário para estruturar Sistema de Gestão Pública Informatizado e Cadastro Único Multifinalitário; Contratação de consultorias para elaboração de projetos executivos, implantação de programa de capacitação dos recursos humanos das administrações municipais e assessoria técnica; Contratação de serviços para readequação de prédios públicos; Aquisições de veículos leves e utilitários para fiscalização e Gestão; Realização de eventos para realizar o planejamento, acompanhamento, avaliação e divulgação do projeto com participação da sociedade.

2 Geração de Trabalho e Renda

Contratação de consultorias para promover a capacitação de micro e pequenos empresários, realização de estudos e pesquisas e realização de eventos de divulgação dos produtos visando o fortalecimento do Micronegócio; Construção de estufas com sistemas de irrigação para a Produção Programada de Hortifrutigranjeiros; Construção de Agroindústrias, prédios para beneficiamento e comercialização de produtos; Construção ou reforma e adequação de prédios para implantação de Parques Tecnológicos; Facilitação de acesso a linhas de microcrédito.

3 Qualificação Territorial

Pavimentação asfáltica ou com blocos em ruas e avenidas; Qualificação de vias com a construção de rótulas, implantação de ciclovias, passeios e estacionamentos, mobiliário urbano, sinalização viária, iluminação pública e arborização; Construção e ampliação de sistemas de abastecimento de água; Construção, adequação e restauração de prédios Públicos; Implantação e ampliação de sistemas de esgoto sanitário e pluvial; Construção e limpeza de canais para drenagem pluvial; Obras de qualificação e requalificação de espaços públicos como calçadões e praças; Construção de pontes no meio urbano e rural; Aquisição de máquinas e equipamentos para manutenção de estradas rurais; Construção de poços artesianos ou pequenas barragens no meio rural; Implantação de aterro sanitário e remediação de depósito de resíduos sólidos; Construção de moradias e infra-estrutura básica para famílias reassentadas.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 25

Tabela 2 Componentes Chave por Município

Municípios A OBJETIVOS DOS PROJETOS E COMPONENTES CHAVE B

agé

Desenvolvimento Institucional • Plano Diretor de Água e Saneamento, sistema de georeferenciamento e cadastro de

usuários • Gerenciamento do Programa e Projeto Geração de Trabalho e Renda • Capacitação e programa de micro-crédito para micro-empresas • Apoio para pequenos produtores de frutas e verduras em áreas rurais Qualificação Territorial • Reabilitação de infraestrutura de estradas e ajardinamento urbano • Expansão do sistema urbano de abastecimento de água e rede de coleta e tratamento de

esgotos

Pel

otas

Desenvolvimento Institucional • Modernização dos serviços públicos, plano diretor de drenagem e plano de gerenciamento

de água e saneamento • Gerenciamento do Programa e Projeto Geração de Trabalho e Renda • Capacitação e programa de micro-crédito para micro-empresas • Centros de processamento para frutas e vegetais e formalização do espaço do mercado • Parque Tecnológico Qualificação Territorial • Reabilitação da infraestrutura de estradas rural e urbana e ajardinamento urbano • Expansão do sistema urbano de água e saneamento e sistemas de drenagem

Rio

Gra

nde

Desenvolvimento Institucional • Modernização dos serviços públicos e Programa de Educação do Cidadão • Gerenciamento do Programa e Projeto Geração de Trabalho e Renda • Capacitação e programa de micro-crédito para micro-empresas • Reorganização e melhorias no setor de turismo e reciclagem de lixo Qualificação Territorial • Reabilitação da infraestrutura de estradas rural e urbana e ajardinamento urbano • Recuperação ambiental e renovação urbana da Orla da Lagoa dos Patos • Implementação de Programa de Habitação (Programa Aliança)

San

ta M

aria

Desenvolvimento Institucional • Modernização dos serviços públicos • Gerenciamento do Programa e Projeto Geração de Trabalho e Renda • Capacitação, micro-credito e educação do cidadão • Suporte as cooperativas de reciclagem, Centro de inclusão comercial e social • Incubadora de negócios do Parque Tecnológico Qualificação Territorial • Reabilitação da infraestrutura de estradas rural e urbana e ajardinamento urbano • Renovação ambiental do Arroio Cadena e Rio Vacacaí Mirim

Uru

guai

ana

Desenvolvimento Institucional • Modernização dos serviços públicos • Gerenciamento do Programa e Projeto Geração de Trabalho e Renda • Capacitação e programa de micro-crédito para micro-empresas • Hortas comunitárias e suporte à produção rural Qualificação Territorial • Reabilitação de infraestrutura viária urbana e ajardinamento urbano • Gerenciamento municipal integrado de resíduos sólidos e educação sócio-ambiental • Sistemas de esgoto e drenagem em comunidades de baixa renda

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 26

2.4 Prazos de execução O período de execução do PDMI conforme definido nos documentos do

Programa em negociação entre os Municípios de Bagé, Pelotas, Rio Grande, Santa

Maria e Uruguaiana e o BIRD é de cinco anos.

O Projeto no Município de Rio Grande será realizado em duas fases (APL),

iniciando-se a segunda fase quando 50% do empréstimo relativo a primeira fase for

desembolsado. Ambas as fases serão executadas no período de cinco anos.

2.5 Recursos do PDMI A previsão do custo total do Programa é de US$ 103.641.754,00 (cento e

três milhões, seiscentos e quarenta e um mil e setecentos e cinqüenta e quatro

dólares americanos), considerando todas as ações a serem desenvolvidas. A fonte

externa de recursos é o Banco Mundial (BIRD) e a fonte interna os recursos

orçamentários dos cinco municípios a serem beneficiados.

A Tabela 3 apresenta a distribuição dos recursos por fonte de financiamento.

O Banco Mundial (BIRD) financiará 60% e os municípios 40 % dos investimentos

como contrapartida.

Tabela 3 Distribuição dos Recursos do Programa

Município BIRD (US$ M)

Contrapartida (US$ M)

Total (US$ M)

Bagé 6.60 4.40 11.00 Pelotas 18.90 12.60 31.50 Rio Grande (Fase 1) 8.10 5.40 13.50 Rio Grande (Fase 2) 7.80 5.20 13.00 Santa Maria 13.95 9.25 23.20 Uruguaiana 6.83 4.60 11.43 Não alocado 3.83 1.55 5.32 Total do Programa 66.00 43.00 109.00

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 27

Na Tabela 4 estão discriminadas as informações de cada município

participante do Programa, com distribuição dos valores entre os componentes.

Tabela 4 Usos e Fontes de Recursos por Município e Componente

Município Componente BIRD (US$ M)

Contrapartida (US$ M)

Total (US$ M)

Bagé 1. Desenvolvimento Institucional 0.52 0.55 1.09 2. Geração de trabalho e renda 0.28 0.04 0.32 3. Qualificação Territorial 5.73 3.79 9.52

Total Bagé 6.60 4.40 11.00

Pelotas 1. Desenvolvimento Institucional 1.81 2.51 4.32 2. Geração de trabalho e renda 1.63 0.54 2.17 3. Qualificação Territorial 14.71 9.55 24.26 4. Não Alocado 0.75 0.75

Total Pelotas 18.90 12.60 31.50

Rio Grande (Fases 1&2)

1. Desenvolvimento Institucional 1.18 1.89 3.07 2. Geração de trabalho e renda 0.59 0.24 0.83 3. Qualificação Territorial 13.52 8.26 21.78

Total Rio Grande 15.90 10.60 26.50

Santa Maria

1. Desenvolvimento Institucional 1.62 0.80 2.42 2. Geração de trabalho e renda 3.69 0.86 4.55 3. Qualificação Territorial 7.39 7.59 14.98

Total Santa Maria 13.95 9.25 23.20

Uruguaiana 1. Desenvolvimento Institucional 0.65 0.19 0.84 2. Geração de trabalho e renda 0.63 0.56 1.19 3. Qualificação Territorial 5.47 3.84 9.31

Total Uruguaiana 6.83 4.59 11.42

Total do Projeto 62.12 41.48 103.60

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 28

3. ÁREA DO PROGRAMA 3.1 Caracterização do Rio Grande do Sul

O Estado do Rio Grande do Sul localiza-se na extremidade meridional do

Brasil, com uma população total de 10.749.595 habitantes, perfazendo 6% do total

da população brasileira, e uma superfície de 281.748,5 km² correspondendo 3,32%

do território brasileiro. Apresenta grande diversidade cultural e formação étnica

decorrente dos povos indígenas, africanos e europeus.

A participação do estado do Rio Grande do Sul no Produto Interno Bruto

(PIB) do país é de 7,8% do total, com um valor de R$142,8 bilhões, o que coloca o

estado como a quarta economia nacional. O PIB per capita em ascensão nos últimos

anos é superior à média brasileira, situando-se em R$13.290,00 no ano de 2004,

sendo que o nacional situou-se em R$9.728,00.

3.2 Metade Sul do Rio Grande do Sul A economia da Metade Sul, em meados do Século XIX ocupava grande

destaque na geração de riquezas para o estado, tendo na indústria do charque sua

principal atividade, com produção concentrada nas charqueadas do município de

Pelotas, as quais eram abastecidas por animais provenientes da região da

Campanha (Bagé) e, após a industrialização, eram exportados pelo porto de Rio

Grande, tornaram estas cidades os principais centros urbanos do interior do estado,

consolidando o desenvolvimento econômico, proporcionando a concentração da

propriedade rural e gerando emprego e renda à população urbana.

Posteriormente, na metade do Século XIX, ocorreu um processo de

estagnação e perda da dinâmica econômica da Metade Sul do estado. Juntamente

com a desaceleração econômica da Metade Sul ocorreu uma diminuição do

contingente populacional, conforme comprova Tabela 5.

Tabela 5 População total e participação de cada Metade no total do estado do Rio Grande do

Sul 1890 – 2000 Ano

População Participação % Metade Norte Metade Sul Metade Norte Metade Sul

1890 415.681 481.774 46,32 53,68 1920 1.142.268 851.100 57,30 42,70 1950 2.755.862 1.408.959 66,17 33,83 1970 4.730.042 2.025.416 70,02 29,98 2000 7.012.367 3.169.382 68,87 31,13

Fonte: Núcleo de Indicadores Sociais/FEE.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 29

Considerando a disparidade entre as duas regiões, a Assembléia Legislativa

criou, em 1995, a Comissão Especial Para o Desenvolvimento da Metade Sul. A

acentuada divisão econômica e populacional entre a Metade Norte e a Metade Sul

são apresentados na Tabela 6.

Tabela 6 Área, População (2002), PIB total (2001) e PIB per capita da Metade Norte e Metade

Sul do estado do Rio Grande do Sul

Região Superfície População PIB Total (R$ 1.000) PIB per

capita Km² % Hab. % R$ %

M. Sul 136.403,40 48,41 2.693.442 25,9 18.279.695,39 18,78 6.786,74

M. Norte 145.345,14 51,59 7.704.691 74,1 79.030.499,11 81,22 10.257,45Fonte: FEE,2004.

3.3 Caracterização dos Cinco Municípios1

Como cidades-pólos das suas microrregiões, os cinco municípios

apresentam caracterizações sócio-econômicas de certa forma hegemônicas,

conforme demonstra a Tabela 7.

Tabela 7 População, PIB Total e Valor Adicionado Bruto dos municípios

Municípios População PIB total (1.000) PIB per

capta (R$) VAB %

Nº % Nº % A I S

Bagé 118.965 1,12 716.288 0,56 6.021 16,28 26,14 57,57

Pelotas 334.594 3,15 2.115.030 1,65 6.321 6,67 33,60 59,73

Rio Grande 192.195 1,81 3.812.737 2,98 19.838 2,51 65,11 32,39

Santa Maria 257.938 2,43 1.554.394 1,21 6.026 7,09 22,87 70,04

Uruguaiana 132.040 1,24 1.185.244 0,93 8.976 30,30 27,35 42,36

Total 1.035.732 9,75 9.383.693 7,33

RS 10.607.617 100 128.039.611 100 Fonte: FEE – Fundação de Economia e Estatística do RS/2004.

Com relação aos indicadores sociais, mais precisamente ao Índice de

Desenvolvimento Humano, os municípios apresentam-se próximos aos coeficientes

alcançados pelo estado e acima dos índices do país, conforme se observa na

Tabela 8.

1 As informações para a caracterização dos municípios foram extraídas do “Relatório Parcial de Diagnóstico

dos Empreendimentos (RP-01)”, elaborado pela ACL - Assessoria & Consultoria Ltda - Agosto, 2006.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 30

Tabela 8 IDH municipal, Educação, Renda e Longevidade 2000.

Municípios IDHRenda

IDHLongevidade

IDHEducação

Bagé 0,722 0,786 0,898 Pelotas 0,748 0,777 0,922 Rio Grande 0,735 0,727 0,918 Santa Maria 0,785 0,817 0,932 Uruguaiana 0,719 0,753 0,892 Rio Grande do Sul 0,754 0,785 0,904 Brasil 0,723 0,727 0,849

3.4 Área de Abrangência e Beneficiários

A área de abrangência definida para as ações do Programa envolve o meio

urbano e rural dos cinco municípios participantes, com maior ênfase para a infra-

estrutura e serviços das zonas urbanas. Os municípios também se beneficiarão em

função da melhoria propiciada pelas parcerias e realçada pelo trabalho coletivo em

prioridades comuns para o desenvolvimento regional.

Os benefícios esperados são: (i) qualificação dos servidores públicos e a

conseqüente melhoria dos serviços prestados à população; (ii) maior geração de

emprego e renda; (iii) melhoria da infra-estrutura urbana e rural com maior acesso a

bens e serviços e; (iv) maior qualidade ambiental para a população.

Por meio do Componente Desenvolvimento Institucional serão beneficiados

os servidores públicos, através de capacitação em gestão pública e os munícipes em

geral que serão mais bem atendidos pela administração municipal.

No Componente de geração de renda, está previsto o atendimento a famílias

tanto do meio urbano como rural, compreendendo o beneficiamento de

micronegócios, criação de alternativas de trabalho e renda e criação de dois parques

tecnológicos.

Na Qualificação Territorial o Programa buscará atender a população urbana,

tanto dos municípios diretamente envolvidos como de municípios adjacentes com

diversas ações com destaque para a infra-estrutura viária, lixo, água e esgoto. No

âmbito rural estão previstas aquisições e obras para beneficiar famílias residentes no

interior dos municípios.

As ações no melhoramento ambiental atingirão indiretamente toda a

população dos municípios, estimada em 1.035.732 segundo a Fundação de Economia

e Estatística do Rio Grande do Sul - FEE.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 31

4. GESTÃO DO PROGRAMA

O sistema de gestão do PDMI está apoiado em um arranjo institucional que

garantirá ampla participação das esferas estaduais e municipais, além ONGs,

Universidades e Institutos de pesquisa e assegurará participação popular e controle

social nas ações a serem implementadas.

4.1 Estrutura Organizacional do PDMI

A estrutura que deverá ser adotada para a implementação do Programa nos

cinco Projetos Municipais para assegurar o cumprimento de suas respectivas

atividades e investimentos será descrito a seguir.

4.1.1 Municipalidades responsáveis pela implementação As Prefeituras Municipais de Bagé, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e

Uruguaiana serão as tomadoras dos empréstimos e ordenadoras de despesas de

cada um dos cinco Projetos. Cada município fará um contrato de empréstimo

individual com o órgão financiador dos Projetos.

As principais atribuições das Prefeituras Municipais na execução do PDMI

são: (i) cumprir as condições do Acordo de Empréstimo, (ii) disponibilizar o

orçamento e a equipe necessária para tomar as providências relativas à formatação

e implementação do Programa, (iii) definir os critérios técnicos e de viabilidade, (iv)

instituir a UGP - Unidade de Gestão do Projeto no município, (v) participar do

Conselho Técnico; e, (vi) participar/liderar o Conselho Superior.

4.1.2 Entidades Participantes e Responsabilidades Institucionais Os municípios envolvidos no PDMI apresentam uma estrutura de Secretarias

Municipais, e Departamentos que terão envolvimento diferenciado de acordo às

especificidades das atividades a serem desenvolvidas. De forma geral as secretarias

municipais com envolvimento direto do Programa são:

a) Secretarias Municipais da Fazenda - terão importante papel nos

processos licitatórios, arranjos financeiros em geral, análise de relatórios de

empresas contratadas, liberação de recursos conforme cronograma físico-financeiro,

fiscalização da aplicação de recursos, entre outras.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 32

b) Secretarias Municipais de Planejamento - coordenarão o planejamento

geral da implementação das ações do Projeto, especificamente apoiará na

elaboração do POA (Plano Operativo Anual) e todos os relatórios de progresso, além

de aprovar a liberação dos recursos de contrapartida, junto com a Secretaria da

Fazenda.

c) Secretarias Municipais de Obras - estarão diretamente envolvida na

elaboração, análise e aprovação de projetos executivos das diversas obras de infra-

estrutura, na seleção de empresas, no acompanhamento e fiscalização de obras, na

análise e aprovação de relatórios técnicos de empresas executoras.

d) Secretarias de Agricultura - terão papel fundamental na condução das

atividades ligadas ao desenvolvimento rural, geração de trabalho e renda,

coordenando e supervisionando ações de assistência técnica.

e) Secretarias de Meio Ambiente - serão responsáveis pela coordenação dos

processos ambientais e sociais, provisão de licenciamentos ambientais, quando

requeridos e de executar as atividades conectadas com a melhoria ambiental e

atividades de educação ambiental em geral.

f) Secretarias de Desenvolvimento - estarão voltadas principalmente para as

atividades de geração de emprego e renda e assistência social.

g) Departamentos Municipais de Águas e Esgotos - em Bagé o DAEB e em

Pelotas a SANEP. Nestes dois municípios, os serviços de águas e esgotos serão

responsáveis por investimentos neste setor e na execução de programas de

fortalecimento institucional.

A ação das Secretarias municipais se dará de forma articulada com a

Unidade Gestora municipal em estreita parceria com os órgãos do Estado presentes

no município relacionados com as atividades do Programa, os quais darão

orientações técnicas aos municípios. As entidades a serem envolvidas serão

apresentadas por município nos tópicos a seguir.

Alguns órgãos estaduais poderão desempenhar papéis na execução do

Programa, nenhuma delas, porém, movimentará recursos do PDMI, a exemplo de:

(a) CORSAN – Companhia Estadual de Águas e Saneamento: responsável

pela prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário nos

Municípios de Rio Grande, Santa Maria e Uruguaiana. A CORSAN financiará os

serviços incluídos nos projetos municipais como fundos de contrapartida em Santa

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 33

Maria e Uruguaiana. Os municípios firmarão convênios que especificarão as

responsabilidades no âmbito do Programa.

(b) CEEE - Companhia Estadual de Energia Elétrica: fornecerá a orientação

e será responsável por assegurar a conformidade com as normas técnicas que

regem a instalação de sistemas de iluminação pública.

(c) EMATER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural já possui

acordos de cooperação com as secretarias municipais de agricultura e meio

ambiente para prestação de auxílio técnico e extensão rural. Este mesmo acordo

será usado para executar os projetos produtivos relacionados à produção, os

processamento e marketing de produtos agrícolas nos cinco municípios.

(d) FEPAM - Fundação Estadual de Meio Ambiente, além a fornecer a

orientação às municipalidades em todos os aspectos relacionados à legislação

ambiental, será responsável pela emissão das licenças para atividades onde esta

seja requerida, correspondendo à aprovação em nível de Estado. A FEPAM também

avaliará e aprovará todas as medidas de mitigação propostas e inspecionará a

execução dos trabalhos.

Quando as ações do Programa exigirem uma participação das entidades

que extrapole os deveres e obrigações rotineiras destas, o relacionamento

interinstitucional se dará através da firmatura de convênios ou acordos entre estas

entidades e as Prefeituras Municipais visando à execução das atividades previstas.

4.1.3 Unidades de Gestão do Programa A estrutura institucional seguirá o desenho apresentado na Figura 1,

contanto com uma Unidade de Articulação do Programa (UAP), cinco Unidades

Gestoras do Projeto nos municipais (UGP’s) e Entidades Executoras das ações e

atividades de cada componente. Os municípios celebraram o Convênio 01/2007,

objetivando a criação da estrutura de gestão do Programa composta por Conselho

Superior, Conselho Técnico e UAP (Unidade de Articulação do Programa). Foram

também criadas a nível municipal as UGP/UGM (Unidade Municipal de Gestora do

Projeto), cada município se responsabilizou pela implantação da UGP/UGM,

configuradas de formas distintas, conforme será apresentado nos tópicos a seguir.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 34

Figura 1 - Organograma de articulação do Programa

a) Conselho Superior O Conselho Superior será composto pelos Prefeitos dos cinco municípios e

constituirá a instância máxima de decisão e terá caráter deliberativo para assuntos

do Programa. A presidência será exercida por um dos Prefeitos sendo rotativa, com

escolha anual do Presidente, escolhido pelos demais por votação. Serão realizadas

uma reunião ordinária trimestral e reuniões extraordinárias sempre que necessário.

O Conselho Superior desempenhará os seguintes papéis: (i) servirá como um fórum

para integrar o Programa com as estratégias de desenvolvimento regional; (ii)

aprovará os Relatórios de Avanço Anual e as modificações ao Manual Operativo, (iii)

acompanhamento global do programa, definindo medidas para seu aperfeiçoamento,

(iv) supervisionar o Conselho Técnico e a UAP, (v) definir a contratação de serviços

e aquisição de bens para a UAP de acordo com a legislação vigente e normas do

BIRD, (vi) aprovar as despesas e as correspondentes prestações de contas da UAP,

(vii) definir os repasses dos convenentes para as despesas da UAP, (viii) definir as

responsabilidades dos convenentes e dos integrantes da UAP, (ix) definir em

votação o presidente do Conselho.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 35

b) Conselho Técnico O Conselho Técnico será composto por dez membros: os cinco Secretários,

responsáveis pelo Planejamento Municipal em cujas secretarias estão vinculadas as

UGP’s e pelos cinco Coordenadores das Unidades de Gerenciamento dos Projetos.

A coordenação será exercida por representante do mesmo município do Presidente

do Conselho Superior. Serão realizadas reuniões bimestrais e tantas extraordinárias

quanto necessárias.

Este órgão de apoio técnico e gerencial e suporte ao Conselho Superior terá

como atribuições as seguintes atividades: (i) servir como fórum para debater as

estratégias de implementação do Programa; (ii) articular o desenvolvimento das

ações conjuntas e comuns aos cinco municípios; (iii) orientar e supervisionar a

Unidade de Articulação do Programa, (iv) deliberar sobre os avanços e dificuldades

da implantação do Programa; (v) revisar os indicadores de avanço físico-financeiro e

deliberar sobre os Relatórios de Avanço Anual, (vi) propor ao Conselho Superior os

ajustes e modificações nas atividades do Programa e do seu Manual Operativo; (vii)

identificar necessidades comuns de assistência técnica, capacitação, apoio a UAP

na contratação e acompanhamento dos consultores,(viii), buscar através do debate a

convergência dos interesses regionais, (ix) debater sobre atividades desenvolvidas

para troca de experiências, (x) dar parecer referente à prestação de contas da UAP,

(xi) dar suporte e apoio técnico ao Conselho Superior.

c) Unidade de Articulação do Programa A Unidade de Articulação do Programa será responsável primordialmente

pela capacitação e assistência técnica das equipes municipais e pela articulação

entre os cinco municípios nos aspectos relacionados com a troca de experiência e

desenvolvimento das ações conjuntas, dará suporte aos Conselhos e não terá

função de representatividade dos municípios. Perante o Banco Mundial, atuará como

interface entre este e os municípios, facilitando atividades de supervisão e

orientações, fazendo a compilação de informações em relatórios, a revisão de

documentos e demais providências referentes a ações comuns dos cinco

municípios, o monitoramento, a avaliação e a integração.

A Unidade de Articulação será exercida através de Empresa, instituição ou

órgão a ser contratado e será constituída de um Secretário Executivo contratado

com a aquiescência do Conselho Superior e consultores também contratados por

produto e por tempo determinado para prestarem serviço específico, conforme

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 36

necessidade, com autorização do Conselho Superior. A UAP desenvolverá as

seguintes funções: (i) capacitar e assistir as equipes municipais, com ênfase em

procedimentos fiduciários e de aplicação de salvaguardas do Banco Mundial, (ii)

apoiar no planejamento e articular a execução das ações comuns aos cinco

municípios, (iii) analisar os relatórios técnicos e financeiros preparados pelas UGPs

para identificar e expandir boas práticas, além de consolidar os resultados para o

PDMI, (iv) liderar os processos contínuos de monitoramento e avaliação do

programa, consolidando seus resultados, (v) apoiar na articulação de eventos de

divulgação e promoção do Programa no âmbito regional e estadual, (vi) facilitar e

apoiar na articulação e programação de missões de supervisão do Banco Mundial,

(vii) estimular a continua troca de experiências e compartilhamento de lições, com

vistas a facilitar o aprendizado e melhoria da capacidade das equipes municipais em

temas relacionados a gestão pública, (viii) atualizar e manter o website do Programa

que deve ser dinâmico contendo informações detalhadas e completas sobre os

projetos, (ix) servir como Secretaria Executiva dos Conselhos Superior e Técnico, (x)

promover atividades para compartilhar lições entre os diversos municípios.

d) Unidade Gestora do Projeto A Unidade Gestora do Projeto (UGP) será responsável pela coordenação

municipal, supervisão, aprovação de serviços e monitoramento das atividades

implementadas pelas Entidades Executoras. As funções específicas do UGP variam

ligeiramente em cada município, mas podem ser especificadas como segue:

preparar e coordenar a execução do Plano de Aquisições municipal junto

com as Entidades Executoras. O Plano de Aquisições (PP) deverá ser atualizado

sempre que necessário, no mínimo anualmente;

assegurar a aplicação correta pelas secretarias executoras de todos os

procedimentos incluídos no manual operacional do PDMI, com uma ênfase especial

nos aspectos fiduciários, ambientais e sociais;

ordenar e coordenar a execução das obras, serviços e aquisições

previstas nos Planos de Aquisições do Programa;

preparar e executar o Plano de Monitoramento e Avaliação para monitorar

e avaliar as realizações e os avanços dos projetos, por meio dos indicadores de

resultado e de impacto contidos no Marco Lógico;

construir uma base de dados que forneça dados para os diferentes níveis

de tomada de decisão, começando com os indicadores da linha de base;

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 37

elaborar relatórios técnicos de avanços dos Projetos, incluindo relatórios

de desempenho das aquisições;

ser responsável pelo gerenciamento, aprovação do pagamento e a

geração dos relatórios financeiros respectivos a fim assegurar-se de que toda a

despesa está em conformidade com os critérios fiduciários e de elegibilidade do

Banco Mundial. Sempre que possível, o sistema do relatório de gerenciamento

financeiro será interligado com os procedimentos normais empregados pelos

municípios;

maximizar a utilização dos fundos e recursos existentes e buscar novas

fontes de recursos;

promover a divulgação das informações e dos resultados à sociedade,

inclusive apoiando na administração do website do Programa e provendo

informações para o mesmo;

fornecer informações aos Conselhos Técnico e Superior;

Coordenar a supervisão técnica ambiental e social das obras, envolvendo

as respectivas Secretarias e órgãos municipais;

Promover, através de encontros, a avaliação periódica e o aprimoramento

do Programa;

Dar andamento ao fluxo financeiro no seu nível de responsabilidade.

Para garantir uma atuação eficiente tanto em âmbito regional como

municipal, os integrantes das Unidades Gestoras receberão um treinamento inicial

sobre os aspectos relacionados com o gerenciamento do Programa e os

procedimentos exigidos em cada área, tanto por parte do Banco Mundial, como da

legislação nacional. Também serão orientados sobre sistemas de manejo da

informação, elaboração de planos e relatórios. Os custos deste treinamento devem

ser previstos no subcomponente gerenciamento e monitoramento que integra o

Componente Desenvolvimento Institucional.

4.1.4 Outras entidades envolvidas na execução do Programa Poder Legislativo Municipal (Câmaras de Vereadores) O Programa poderá estar sujeito a alterações e/ou criação de novas leis

municipais, para poder ser operacionalizado em determinadas atividades que

apoiará, as quais ainda não estejam amparadas por legislação específica. Neste

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 38

caso, deverá contar com a Câmara de Vereadores para a aprovação da legislação

necessária.

Mecanismos de Participação Considerando a abrangência e caráter de integração do Programa, o mesmo

exigirá um arcabouço institucional que envolve e mobiliza toda a municipalidade,

acima dos interesses institucionais individuais, privilegiando as ações

interinstitucionais voltadas ao objetivo maior e comum do desenvolvimento

local/regional.

Em coerência com o grande processo participativo realizado para concepção

do programa, para a garantia do envolvimento das instituições, inicialmente será

realizado um workshop em cada município, com a participação dos potenciais

parceiros do Programa. Estes são constituídos por universidades, ONG’s, empresas

privadas, representações de classe, associações de moradores, associações

comunitárias, entre outros. Neste evento será delineado o papel de cada parceiro,

detalhadas as atividades a serem realizadas, assim como validado o cronograma de

execução proposto para o Programa. O resultado dos workshops será a validação

do Plano de Parcerias para Execução do Projeto de cada município, incluindo a

descrição das funções e das responsabilidades de cada instituição. Este o Plano de

Parcerias será divulgado, de maneira ampla, à sociedade, sendo que, os resultados

serão disseminados através de eventos anuais, onde serão também identificadas

novas oportunidades de parcerias.

4.1.5 Detalhamento da estrutura por município A estrutura a composição das UGPs/UGMs variaram conforme as

necessidades dos municípios em relação aos Projetos. Os coordenadores,

servidores municipais ou funcionários de instituições parceiras serão designados em

tempo parcial, sem custos adicionais para o Programa. A seguir são detalhados os

arranjo municipais:

BAGÉ

A Unidade Gestora Municipal - UGM de Bagé foi criada pelo Decreto

Municipal nº131, de 19 de junho de 2007, vinculada a Secretaria Geral de

Governo do Município de Bagé, ligada diretamente ao Prefeito. As entidades

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 39

envolvidas com o Projeto são as Secretarias Municipais: Geral de Governo,

Fazenda, Desenvolvimento, Atividades Urbanas, bem como os órgãos municipais:

Departamento de Águas e Esgotos de Bagé - DAEB e Empresa Bageense de

Transporte e Circulação - EBTC. A estrutura organizacional da UGP é a seguinte:

Figura 2 - Organograma de articulação do Projeto em Bagé

O Perfil da equipe que compõe a Unidade Gestora do Projeto em Bagé é o

seguinte:

Coordenador Geral do Projeto: Com experiência de no mínimo três anos

em gerência de projetos e habilidade em liderar equipes multidisciplinares. Fará a

coordenação da UGM Municipal, sendo o responsável pela interlocução entre esta e

o Conselho Técnico, Conselho Superior e BIRD.

Coordenador de Gestão do Projeto: Com experiência de no mínimo três

anos em gerência de projetos e habilidade em integrar e liderar equipes

multidisciplinares. Atuará em tempo integral no programa. Estará diretamente responsável pelo manejo das informações, garantindo o funcionamento do

monitoramento e do banco de dados para a gestão eficiente do Programa.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 40

Coordenador de Infra-Estrutura: Profissional experiente da área de

engenharia, com conhecimento em planejamento e execução de projetos

urbanísticos e de infra-estrutura em geral. Habilidade em supervisionar trabalhos

técnicos da área específica, avaliar tecnicamente obras e projetos, analisar relatórios

técnicos e emitir pareceres.

Coordenador Ambiental: Profissional da área Ambiental, com experiência

na área e conhecimento da realidade do município e dos sistemas envolvidos no

Programa. Habilidade na supervisão e avaliação de projetos ambientais e na análise

e aprovação de relatórios técnicos.

Coordenador Social: Profissional da área de assistência social, com

experiência em avaliação de projetos sociais e análise a aprovação de relatórios

técnicos.

Coordenador Administrativo/Financeiro: Profissional da área de

administração ou financeira, com conhecimento em procedimentos administrativo-

financeiros, legislação Nacional e normas do Banco Mundial para programas com

financiamento internacional, licitações e demais procedimentos afins. Conhecimento

de sistemas de acompanhamento físico financeiro de projetos.

Coordenador de Informática: Profissional da área de Informática, com

conhecimento em concepção, especificação, projeto, implementação, avaliação,

suporte e manutenção de sistemas e de tecnologias de processamento e

transmissão de dados e informações, incluindo hardware e software, bem como

aspectos organizacionais e humanos, visando a aplicações na produção de bens,

serviços e conhecimentos.

Co-financiadores - foram identificados como co-financiadores do Projeto

em Bagé as seguintes entidades: (i) Agência Nacional de Águas - ANA e (ii)

Ministério das Cidades - MCidades.

Considerando o relevante papel que será desempenhado pelo

Departamento de Águas e Esgotos de Bagé - DAEB, sobretudo relacionados aos

subcomponentes I.1 e III.2 do Projeto, o município firmará um acordo específico com

DAEB, sob os termos e as circunstâncias satisfatórios ao Banco, onde serão

determinadas as respectivas responsabilidades.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 41

PELOTAS A UGP de Pelotas que será responsável pela coordenação local, avaliação,

fiscalização, gerenciamento, monitoramento e prestação de contas de todas as

ações de execução no PDMI foi criada pela Lei Municipal Nº. 5.302, de 28 de

dezembro de 2006 vinculada a Secretaria de Coordenação e Planejamento. As

entidades envolvidas com o Projeto são as Secretarias Municipais: Coordenação e

Planejamento - SCP, Administração e Finanças - SAF; Segurança, Transporte e

Trânsito - STT, Urbanismo - SMU, de Governo - SMG; de Desenvolvimento Rural -

SDR, de Desenvolvimento Econômico - SDE, Qualidade Ambiental - SQA, de Obras

- SMO e de Cultura - SECULT. A estrutura organizacional da UGP é a seguinte:

Figura 3 - Organograma de articulação do Projeto em Pelotas

A UGP em Pelotas será composta pelos seguintes membros:

Coordenador Geral: Com experiência de no mínimo dois anos em gerência

de projetos e habilidade em integrar e liderar equipes multidisciplinares. Atuará em

tempo integral no Projeto. Estará diretamente responsável pelo manejo das

informações garantindo o funcionamento da supervisão, do monitoramento, da

avaliação e do banco de dados para a gestão e execução eficiente do Projeto.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 42

Assessor Técnico da Área de Arquitetura e Urbanismo: Profissional

experiente da área de Arquitetura e Urbanismo, com conhecimento sobre

planejamento e execução de projetos urbanísticos e de infra-estrutura em geral.

Habilidade em supervisionar trabalhos técnicos da área específica, avaliar

tecnicamente obras e projetos, analisar relatórios técnicos e emitir pareceres.

Assessor Técnico da Área de Engenharia: Profissional experiente da área

de Engenharia Civil, com conhecimento sobre planejamento e execução de obras

civis de engenharia e de infra-estrutura em geral. Habilidade em supervisionar

trabalhos técnicos da área específica, avaliar tecnicamente obras e projetos, analisar

relatórios técnicos e emitir pareceres.

Assessor Técnico da Área Rural: Profissional da área das Ciências Rurais,

com experiência comprovada em desenvolvimento rural e conhecimento da

realidade do município e dos sistemas e produção, constantes no Projeto.

Habilidade na supervisão e avaliação de projetos agrícolas, na análise e aprovação

de relatórios técnicos e emissão de pareceres.

Assessor Técnico da Área Ambiental: Profissional com formação e

experiência comprovada na área de meio ambiente. Conhecimento da legislação,

procedimentos para licenciamentos e avaliação ambiental. Com experiência na

elaboração e análise de projetos, habilidade em supervisionar trabalhos técnicos,

elaboração de relatórios técnicos e emissão de pareceres.

Assessor Técnico da Área Social: Profissional da área de Assistência

Social, com conhecimento em planejamento e políticas sociais voltadas às melhorias

da população e procedimentos para o reassentamento de famílias. Com experiência

na elaboração e análise de projetos, relatórios técnicos e emissão de pareceres.

Assessor Técnico da Área Jurídica: Profissional da área do Direito com

conhecimento da legislação brasileira, dos procedimentos e diretrizes utilizados pelo

Banco Mundial, na execução de projetos financiados por esta instituição, elaboração

de relatórios técnicos e emissão de pareceres.

Assessor Técnico da área Administrativa e Contábil: Profissional

experiente da área de Administração e Contabilidade, com conhecimento em normas

e procedimentos administrativos, contábeis e financeiros utilizados no país e pelo

Banco Mundial. Conhecimento de sistemas de acompanhamento físico-financeiro de

projetos.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 43

Assessor Técnico da área Econômica: Profissional da área da Economia

com experiência e conhecimento sobre planejamento e execução de projetos de

geração de trabalho e renda. Habilidade em supervisionar trabalhos técnicos da área

específica, avaliar técnica e economicamente os projetos, analisar relatórios técnicos

e emitir pareceres.

Apoio Administrativo: Profissional com conhecimento e capacitação para o

uso da informática e de programas (Word, Excel, Internet). Habilidade em

comunicação e conhecimento em procedimentos administrativos em geral.

Comissão Permanente de Licitações (CPL): Para as aquisições do

Projeto, a Comissão, preferentemente deverá ser a mesma, já existente para os

procedimentos rotineiros da administração municipal acrescida de um integrante da

UGP.

Co-financiadores - foram identificados como co-financiadores do Projeto

em Pelotas as seguintes entidades: (i) Banco Nacional do Desenvolvimento

Econômico e Social - BNDES, (ii) Serviço Autônomo de Águas e Esgotos de Pelotas

- SANEP, (iii) Programa Monumenta - Ministério da Cultura, (iv) Caixa Econômica

Federal - CAIXA, (v) Ministério da Integração Nacional, (vi) Banco do Estado do Rio

Grande do Sul - BANRISUL e (vii) Ministério da Fazenda - CIDE.

RIO GRANDE A Unidade Gestora Municipal foi criada através da Lei Municipal Nº6.457 de

10 de outubro de 2007, vinculada ao Gabinete do Prefeito. As Secretarias envolvidas

com o Projeto são: da Coordenação e do Planejamento - SMCP, Obras e Viação -

SMOV, Segurança do Tráfego e Transporte - SMSTT, Educação e Cultura - SMEC,

Agricultura - SMAg, Pesca - SMP, Fazenda - SMF, Esporte, Turismo e Lazer -

SMETEL, Meio Ambiente - SMMA, Cidadania e Auxílio Social - SMCAS, Habitação.

A estrutura organizacional da UGM é a seguinte:

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 44

Figura 4 - Organograma de articulação do Projeto em Rio Grande

O Perfil da equipe que compõe a Unidade Gestora do Projeto em Rio

Grande é o seguinte:

Coordenador do Projeto - profissional com formação em áreas exatas com

no mínimo 10 anos de experiência em elaboração e execução de projetos, que já

tenha coordenado equipe.

Coordenador Social - profissional com formação na área social com 01 ano

de experiência em elaboração e implantação de projetos sociais.

Coordenador de Infraestrutura - profissional com formação em engenharia

ou arquitetura com 01 ano de experiência na elaboração de projetos de infra-

estrutura urbana.

Coordenador da Ambiental - profissional com formação em ecologia ou

engenharia agronômica, com experiência de 01 ano na elaboração de projetos de

licenciamento ambiental, em especial medidas mitigadoras de impacto.

Coordenador Administrativo-Financeiro - profissional com formação em

economia ou contábeis com experiência de 01 ano em analise econômica.

A Comissão Municipal de Licitações - CML será responsável por todos os

aspectos de obtenção do Projeto. O coordenador financeiro da UGP será integrado

na Comissão.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 45

Co-financiadores - foi identificado como co-financiador do Projeto em Rio

Grande, o BNDES com Programa de Modernização do Setor Público.

SANTA MARIA A Unidade Gestora Municipal - UGM de Santa Maria foi criada pelo Decreto

Municipal nº096, de 3 de maio de 2007, vinculada ao Gabinete do Prefeito Municipal

e ao Escritório da Cidade de Santa Maria. As Secretarias envolvidas com o Projeto

são: Escritório da Cidade - EC, Municipal de Finanças - SMF; de Captação de

Recursos - SECAP, Trafego, Transporte e Mobilidade Urbana - SMTTU, Turismo e

Eventos - SMTE, Desenvolvimento Econômico - SMDE, Proteção Ambiental - SMPA,

Educação - SME, Obras e Serviços de Urbanos - SMOSU e Desenvolvimento Rural

SMDR. A estrutura organizacional da UGM é a seguinte:

Figura 5 - Organograma de articulação do Projeto em Santa Maria

O Perfil da equipe que compõe a Unidade Gestora do Projeto em Santa

Maria é o seguinte:

Gerente do Projeto: Com experiência de no mínimo três anos em gerência

de projetos e habilidade em integrar e liderar equipes multidisciplinares. Atuará em

tempo integral no programa. Estará diretamente responsável pelo manejo das

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 46

informações, garantindo o funcionamento do monitoramento e do banco de dados

para a gestão eficiente do Programa.

Coordenador de Infra-Estrutura: Profissional experiente da área de

engenharia ou arquitetura, com conhecimento em planejamento e execução de

projetos urbanísticos e de infra-estrutura em geral. Habilidade em supervisionar

trabalhos técnicos da área específica, avaliar tecnicamente obras e projetos, analisar

relatórios técnicos e emitir pareceres.

Coordenador de trabalho e Renda: Profissional da área de Ciências

Econômicas, com experiência e conhecimento na área de Geração de Trabalho e

Renda.

Coordenador Ambiental: Profissional da área Ambiental, com experiência

na área e conhecimento da realidade do município e dos sistemas envolvidos no

Programa. Habilidade na supervisão e avaliação de projetos ambientais e na análise

e aprovação de relatórios técnicos.

Coordenador Social: Profissional da área de assistência social, com

experiência em reassentamentos e políticas de desapropriações.

Coordenador Administrativo/Financeiro: Profissional da área de

administração, com conhecimento em procedimentos administrativo-financeiros,

legislação Nacional e Normas e Procedimentos do Banco Mundial sobre programas

com financiamento internacional, licitações e demais procedimentos afins.

Conhecimento de sistemas de acompanhamento físico financeiro de projetos. Apoio Administrativo: profissional com conhecimento em informática e de

programas como Word, Excel, Internet. Habilidade em comunicação, organização

administrativa e conhecimento em procedimentos administrativos em geral.

Co-financiadores - foram identificados como co-financiadores do Projeto

em Santa Maria as seguintes entidades: (i) Programa Nacional de Suporte ao

Gerenciamento Administrativo e Fiscal das Cidades Brasileiras - PNAFM, (ii)

Programa de Infraestrutura para Mobilidade Urbana - PROMOB, (iii) Caixa

Econômica Federal - CAIXA e (iv) Departamento Nacional de Infraestrutura de

Transportes - DNIT, (v) Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC) - Governo

Federal.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 47

URUGUAIANA A Unidade de Gestão do Projeto - UGP de Uruguaiana foi criada pela

Portaria n°029/2007, vinculada a Secretaria Municipal de Planejamento. As

Secretarias envolvidas com o Projeto são: Secretaria de Planejamento - SEPLAN,

Secretaria de Administração - SECAD, Secretaria de Fazenda - SEFAZ, Secretaria

Municipal de Obras e Serviços Urbanos - SMOSU, Secretaria Municipal de

Agricultura - SEMA, Secretaria de Saúde e Meio Ambiente - SESMA, Secretaria

Municipal de Indústria e Comércio - SEMIC e Secretaria Municipal de Ação Social e

Habitação - SMASH. A estrutura organizacional da UGP é a seguinte:

Figura 6 - Organograma de articulação do Projeto em Uruguaiana

O Perfil da equipe que compõe a Unidade Gestora do Projeto em

Uruguaiana é o seguinte:

Coordenador Geral - profissional com formação superior e experiência de

no mínimo 05 anos em gerência e supervisão de projetos e habilidade em integrar e

liderar equipes multidisciplinares. Estará diretamente responsável pelo manejo das

informações garantindo o monitoramento do funcionamento e do banco de dados

para a gestão eficiente do Programa. Atuará em tempo integral no Programa.

Coordenador de Infraestrutura - profissional de engenharia ou arquitetura

com no mínimo 02 anos de experiência em planejamento e execução de projetos

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 48

urbanísticos e de infra-estrutura em geral. Possuir habilidade em supervisionar

trabalhos técnicos da área específica, avaliar tecnicamente obras e projetos, analisar

relatórios e emitir pareceres.

Coordenador de Desenvolvimento Econômico - profissional com

formação superior e no mínimo 02 anos de experiência em projetos de

Desenvolvimento Econômico que visem ampliar as oportunidades de trabalho com

incremento de renda. Conhecimento da realidade do município, das oportunidades e

dos sistemas de produção contidos no programa. Apresentar habilidade em análise

e avaliação de projetos e aprovação de relatórios técnicos e emissão de pareceres.

Coordenador Ambiental - profissional com formação superior e experiência

comprovada de no mínimo 02 anos na área de meio ambiente. Conhecimento da

legislação, procedimentos para avaliação e licenciamentos ambientais. Possuir

experiência na elaboração e análise de projetos, relatórios técnicos e emissão de

pareceres.

Coordenador da Área Social - profissional com formação superior em

Serviço Social, com experiência de no mínimo 02 anos na elaboração e análise

projetos, relatórios técnicos e emissão de pareceres sociais.

Coordenador de Comunicação e Informação - profissional com no mínimo

02 anos de experiência e conhecimento em gestão da informação e comunicação.

Conhecimentos em informática, Internet e programas de computadores tais como:

Word, Excel e Power Point. Experiência em procedimentos da organização

administrativa e documental. Coordenador Administrativo-Financeiro - profissional com formação

superior e com no mínimo 02 anos de experiência e conhecimento em

procedimentos administrativos e financeiros, legislação do Banco Mundial, legislação

nacional e demais procedimentos afins. Conhecimentos de sistemas de

acompanhamento físico-financeiro de projetos

Co-financiadores - não foram identificados co-financiadores do Projeto em

Uruguaiana.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 49

5. IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA

A etapa de implementação inicia-se com a efetividade do Programa, as

condições de efetividade incluem: (i) UGP composta dentro de dois meses, (ii) UAP

estabelecida após a efetividade de pelo menos três Acordos Municipais, (iii) Planos

de Negócios elaborados para os projetos produtivos do componente 2, incluindo

acordos de parcerias se necessários para o parque tecnológico e incubadora de

negócios e (iv) submissão dos Planos de reassentamento em conformidade com as

salvaguardas social e ambiental para Santa Maria (Arroio Cadena) e Rio Grande

(Orla da Laguna dos Patos), (v) cumprimento do plano de ação (aquisições), (vi)

adoção do Manual Operacional de forma satisfatória ao Banco, (vii) registro do

Empréstimo no Banco Central, (viii) outras condições que venham a ser incluídas

nos respectivos Acordos.

Iniciada a implementação, são identificadas uma série de ações no âmbito

geral do Programa que irão garantir eficiência e eficácia. No âmbito das UGPs

municipais, inicialmente seria:

• Realização do Seminário Lançamento do Programa;

• Publicação do Aviso Geral do Projeto;

• Detalhamento e implementação do Programa de Fortalecimento da

Gestão Ambiental e Social do PDMI;

• Implantação do Programa de Comunicação Social e Consulta Pública,

conforme previsto no Manual Ambiental e Social do Programa;

• Amplo treinamento sobre as Diretrizes de Aquisições e Desembolsos,

envolvendo não apenas a CPL, mas todo o pessoal da UGP e órgãos envolvidos;

• Publicação de Solicitação de Manifestação de Interesse para os sub-

componentes, objetivando a formação das primeiras listas longas para os serviços

de consultoria do Programa;

• Finalização dos termos de referência, especificações técnicas, planilhas

de custo e editais necessárias aos primeiros estudos e intervenções constantes dos

Planos de Aquisições dos primeiros 18 meses;

• Realização do Workshop para interação com a sociedade e identificação

de oportunidades de parcerias;

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 50

• Implantação/monitoramento das estruturas de supervisão ambiental e

supervisão de obras, conforme os Manuais e Guias adotados.

No ambiente de implementação é necessário prever o ingresso de novas

ações, garantindo, porém, sua total aderência com os objetivos gerais e específicos

do Programa. Serão inicialmente fixados e acordados com o Banco, critérios para

elegibilidade dos sub-projetos e ações a serem incorporadas.

5.1 Critérios de Avaliação e Elegibilidade dos Subprojetos Os subprojetos deverão ser submetidos a critérios para avaliação e

elegibilidade que comprovem sua efetiva contribuição para o alcance das metas e

indicadores traçados para o Programa, serão examinados à luz dos objetivos do

subcomponente onde se inserirão, devendo, portanto ser adaptados por cada

Município no momento da sua utilização. Apresenta-se a seguir, sugestão de

critérios a serem observados, levando-se em conta aspectos técnicos, sociais,

ambientais, econômicos e de desenvolvimento:

Critérios Técnicos Possuir estudo de viabilidade prévio e positivo;

Apresentar indicação clara da área e população beneficiários;

Ter localização que possibilite acesso a maior número possível de

beneficiários;

Apresentar interferência positiva ou neutra em relação a outras ações;

Dispor de elementos técnicos para as avaliações econômicas e

ambientais preliminares;

Possuir ação de complementaridade em relação a Projetos e Programas

em andamento.

Critérios Ambientais Obter avaliação positiva na ficha de avaliação preliminar, conforme Plano

Ambiental e Social do Programa, comparando-se os resultados entre

subprojetos;

Obter licença prévia do órgão competente, quando legalmente exigível;

Gerar impactos mitigáveis;

Não ativar novas salvaguardas do BIRD;

Gerar externalidades positivas (correção de problemas ambientais

atuais).

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 51

Critérios Sociais Possuir aceitação Pública da ação por meio de reunião/consulta pública

ou nos workshops anuais previstos;

Impactar Índice de Desenvolvimento Humano;

Criar novas oportunidades para a população (atuação positiva nos Índice

de Desemprego acesso a bens de consumo, entre outros);

Atender beneficiários de perfil predominante;

Nível de contribuição na melhoria da qualidade de vida da população;

Nível de contribuição em processos de inclusão social.

Critérios Econômicos Comparar custo per capita do investimento (valor orçado no

projeto/população beneficiada em R$/hab): os projetos com menor custo

per capita devem ter prioridade na aplicação de investimentos;

Comparar custo de operação e manutenção: os projetos sem custos ou

com menor custo devem ter prioridade na aplicação de investimentos;

Comparar propriedades atingidas/remoção de população: custos

menores devem ser priorizados;

Apresentar menor custo de medidas mitigadoras: os projetos com menor

custo devem ter prioridade na aplicação de investimentos

Possuir boa relação benefício/custo;

Apresentar resultados positivos nas avaliações financeira e/ou

econômica: Taxa Interna de Retorno Econômico, Taxa Interna de

Retorno Financeiro.

Critérios de Desenvolvimento Ampliar arrecadação municipal;

Atender áreas prioritárias de desenvolvimento municipal;

Gerar empregos;

Contribuir na atração de negócios correlatos;

Possuir aderência aos Programas de Governo;

Possuir viabilidade política.

Os critérios e sub-critérios serão cruzados em forma de matriz de decisão,

onde cada um receberá peso a ser fixado pelo município em função de interesse em

privilegiar determinado critério em relação a outro ou da sensibilidade que

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 52

demonstrem na simulação da matriz. Um exemplo de seleção de ação utilizando a

matriz de decisão é apresentado no Bloco de Anexos 4.

Critérios específicos para implementação do Componente 2 A seleção de ações para o Componente 2 será realizada através de

avaliação financeira, considerando que estas visam lucratividade em termos

financeiros. O instrumento utilizado para realizar esta análise é o Plano de Negócios,

que deverá detalhar as idéias contidas nos projetos de geração de trabalho e renda

de maior complexidade.

O Plano de Negócios deverá explicitar de forma fidedigna os benefícios e os

riscos dos empreendimentos produtivos propostos. Dependendo da complexidade

do subprojeto poderão ser elaborados Planos Simplificados ou Completos.

A versão simplificada do Plano Estratégico de Negócios deve conter

informações sobre as características, condições e necessidades do futuro

empreendimento, com o objetivo de analisar sua potencialidade e viabilidade,

facilitando sua implantação e sustentabilidade. Os principais componentes desse

estudo estão listados a seguir:

1. Visão de futuro: indica a posição que os gestores e parceiros desejam

para o empreendimento no âmbito de seu ambiente de operações;

2. Análise FOFA: considera pontos fortes e fracos (interno ao projeto);

oportunidades e ameaças (externas ao empreendimento);

3. Objetivos Estratégicos: expressa os marcos que o empreendimento

espera alcançar; devem ser definidos de forma que possam ser medidos,

comparados e avaliados;

4. Estudo de Mercado: indica como o mercado alvo será definido e

alcançado, vantagens competitivas do empreendimento sobre seus concorrentes e

mix de produtos;

5. Aspectos Operacionais: descreve o processo para alcançar os objetivos

do empreendimento, indicando as tarefas necessárias à produção do bem ou

serviço, tecnologias e métodos adotadas e relações com fornecedores e

distribuidores;

6. Plano Organizacional: define os recursos necessários ao empreendimento

(ex.: equipamentos, móveis, pessoal), quadro de pessoal (administrativo e de

produção) e responsabilidades;

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 53

7. Plano Financeiro e de Investimentos: desenvolve a modelagem financeira

do empreendimento, descrevendo os investimentos, custos, receitas, fluxos de

caixa, tempo de retorno, taxa de retorno e ponto de nivelamento.

A versão completa do Plano Estratégico de Negócios deve indicar as

principais escolhas do empreendimento em termos de seus objetivos,

posicionamento no ambiente onde este vai atuar, forma de atuação, modelo de

gestão e plano de sustentabilidade. Os principais componentes desse estudo devem

estar compostos em duas partes: Parte A - Estratégia; e Parte B - Modelo de

Negócios e Planos Instrumentais, conforme descrito a seguir:

Parte A - Estratégia 1. Visão de futuro: indica a posição que os gestores e parceiros desejam

para o empreendimento no âmbito de seu ambiente de operações;

2. Análise FOFA: considera pontos fortes e fracos (interno ao projeto);

oportunidades e ameaças (externas ao projeto);

3. Objetivos Estratégicos: expressa os marcos que o empreendimento

espera alcançar; devem ser definidos de forma que possam ser medidos,

comparados e avaliados;

4. Estratégias e Plano de Ação: envolvem decisões sobre como o

empreendimento pretende alcançar seus objetivos, lista de ações necessárias e

cronograma, definição dos responsáveis por cada ação específica e indicação dos

respectivos custos.

Parte B - Modelo de Negócios e Planos Instrumentais 1. Resumo executivo: apresenta uma visão geral do empreendimento e do

conteúdo do plano de negócios;

2. Características do projeto: descreve o empreendimento e sua proposta de

valor, incluindo sua justificativa, vantagens para sua implementação e benefícios

esperados, principais parcerias. Responde as perguntas:

• Qual o problema está sendo resolvido?

• Qual é o benefício de sua solução para o cliente/consumidor?

3. Modelo de Negócios: apresenta o produto ou serviço a ser oferecido,

indica o posicionamento do empreendimento na cadeia de valor e responde as

seguintes questões. Responde as perguntas:

• Quais são as etapas necessárias para o produto ou serviço chegar ao

cliente?

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 54

• Em quais etapas o empreendimento se propõe a atuar? Qual a essência

do negócio?

4. Estudo de Mercado: indica como o mercado alvo será definido e

alcançado, estratégias de segmentação, tendências, competição, vantagens

competitivas do empreendimento sobre seus concorrentes e mix de produtos;

5. Plano Operacional: descreve o processo para alcançar os objetivos do

empreendimento, indicando detalhadamente as tarefas necessárias à produção do

bem ou serviço, tecnologias e métodos adotadas, inclusive diagrama de fluxos e

identificação dos responsáveis, além das relações com fornecedores e

distribuidores;

6. Plano Organizacional: define os recursos necessários ao empreendimento

(ex.: equipamentos, móveis, pessoal) e seus sistemas de controle, inclusive

documentos legais como estatutos, regulamentos internos, (sistema de acesso etc).

Inclui também uma clara visão da estrutura administrativa, organograma de pessoal

previsto, tarefas e responsabilidades dos integrantes do quadro de pessoal;

7. Plano Financeiro e de Investimentos: desenvolve a modelagem financeira

de curto e médio prazo, descrevendo os investimentos (valores, composição,

origem, financiamento, fontes etc), custos, receitas, fluxos de caixa e parâmetros

financeiros (tempo de retorno, taxa de retorno, análise de liquidez, ponto de

nivelamento, retorno sobre o capital investido etc);

8. Análise de Risco: identificação dos principais riscos envolvidos no

empreendimento e apresentação das medidas planejadas para o enfretamento

desses;

9. Plano de Implementação: descrição das etapas de implementação,

incluindo tarefas e recursos envolvidos, papel dos parceiros, prazos e cronograma

de execução.

A tabela a seguir apresenta os requerimentos para implementação dos

subprojetos em cada município.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 55

Tabela 9 Condições para Implementação - Componente 2

Municípios/Projetos/Subprojetos

Condições para Implementação

Plano de Negócios Completo

Plano de Negócios Simplificado

Termo de Cessão(1)

Pel

otas

Parque Tecnológico √

Centros Digitais √

Camelódromo √

Agroindústria √ √

San

ta M

aria

Apoio aos Separadores de Resíduos Sólidos √ √

Parque Tecnológico e Incubadora √

Camelódromo √

Empreendedorismo √

Uru

guai

ana

Hortas Comunitárias Urbanas √ √

Estufas e Agroindústrias √ √

Bag

é Estufas, Agroindústrias e Sistemas de Irrigação

√ √

Rio

Gra

nde Apoio às Atividades de Turismo

Pescado, Horticultura, Agroindústria e Separação de Resíduos Sólidos

√ √

(1) Corresponde a subprojetos (conforme definido no Acordo de Empréstimo) que envolvem transferência de ativos para beneficiários finais.

5.2. Normas Técnicas Padrão

As ações deverão ser realizadas em acordo com os Manuais, Guias,

Diretrizes e procedimentos relacionados nos documentos do Programa. Além destes

deverão ser seguidas as normas definidas pela ABNT (Associação Brasileira de

Normas Técnicas) para edificações, pavimentação, obras de arte e saneamento

ambiental, cuja relação está disponível no site do PDMI (www.pdmi.rs.br). Deverão

ainda ser observadas as normatizações definidas e utilizadas pelas administrações

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 56

municipais e que fazem parte do Plano Diretor, do Código de Obras, do Código

Postura local e do Plano Ambiental e Social do Programa.

5.3 Análise Econômica e Financeira

5.3.1 Avaliação Financeira A avaliação financeira do Programa considerou um conjunto sistemático de

informações financeiras para a tomada de decisão de um investimento futuro. O

método de avaliação utilizado antecipa os resultados econômicos das ações

específicas planejadas. Para isso, estimaram-se os custos e receitas decorrentes da

sua execução, comparando-os e determinando, em última instância, a factibilidade

dos investimentos previstos dentro de horizonte temporal definido.

A avaliação financeira combina as atividades por sistemas produtivos,

abrangendo: i) fluxo de caixa com estimativas de custos, receitas e investimentos; ii)

análise de viabilidade financeira: pelo cálculo do Valor Presente Líquido (VPL)

positivo ou da Taxa Interna de Retorno (TIR) superior à taxa de desconto.

A viabilidade poderá ser demonstrada se o fluxo de caixa for positivo a partir

do segundo ou terceiro ano do subprojeto/plano e o VPL for positivo (>1) ou a TIR

for maior que a taxa de desconto praticada no mercado, ou seja, o custo de

oportunidade do capital for menor que a TIR.

A avaliação financeira do Programa consiste em considerar um conjunto

sistemático de informações financeiras, para a tomada de decisão de um

investimento futuro. Este método de avaliação antecipa os resultados econômicos

das ações específicas planejadas. Para isso, estimam-se os custos e receitas

decorrentes da sua execução, comparando-os e determinando, em última instância,

a factibilidade dos investimentos previstos, dentro de um horizonte temporal definido.

Geralmente a avaliação financeira é realizada em projetos que visam uma

lucratividade medida em termos monetários.

Adotou-se para esta análise o Plano de Negócios, cuja essência é detalhar

as idéias contidas nos projetos de geração de trabalho e renda do Componente 2 do

PDMI que apresentem maior complexidade. É desejável que seja objetivo e

convincente, que apresente de forma direta as informações necessárias ao executor

e as que interessam ao agente financiador - BIRD, explicitando de forma fidedigna

os benefícios e os riscos dos empreendimentos produtivos propostos.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 57

Considerando-se que o ambiente crescentemente ampliado dos negócios

traz em si o componente competição e que os micronegócios não tem escala para

enfrentar tais desafios, cabe ao poder público proporcionar possibilidades de

cooperação entre estes pequenos negócios e instituições de ensino, pesquisa,

mercados e agentes financiadores. (Clemente, Ademir, 1988). Deve-se, portanto, ter

como norte, a visão de que os pequenos negócios formais e informais, fortalecidos,

tornam-se importantes indutores do desenvolvimento sócio-econômico desejado.

Na elaboração dos Planos de Negócios, cada município deve considerar os

estudos preliminares das consultorias contratadas na fase de preparação do PDMI e

as orientações dos técnicos do Banco, além das orientações gerais, que são

apresentadas no Bloco de Anexos 6.

5.3.2 Avaliação Econômica Diferentemente da análise financeira, que analisa a rentabilidade líquida dos

investimentos sob a ótica empresarial ou privada, a análise econômica realizada

para o Programa avaliou o impacto das intervenções sob o ponto de vista da

sociedade como um todo. Para isso é necessário isolar as interferências de natureza

particulares dos indivíduos, famílias, empresas e regiões.

No fluxo de caixa econômico, quando for o caso, deverão ser computados os

custos da mão de obra familiar, devido ao custo de oportunidade (calculado em

função dos níveis de emprego do município), bem como também introduzir todos os

investimentos previstos, tanto os de cunho produtivo como aqueles que

indiretamente afetam a produção (estradas, energia, etc), excluindo, no fluxo de

caixa, transferências tais como: autoconsumo, subsídios e tributos.

Feito isso, a análise econômica deverá ser realizada em um único fluxo de

caixa, considerando todos os investimentos. Poderá ser demonstrada se a relação

B/C for maior que 1 (mais usual), o fluxo de caixa for positivo a partir do segundo ou

terceiro ano do plano, ou o VPLE for positivo (>1), com a adoção de custo de

oportunidade do capital (taxa de desconto econômica de 12%ªª, para 20 anos).

As modalidades para analisar os benefícios econômicos dos projetos foram:

Benefícios Econômicos A análise econômica de cada componente do projeto resulta de uma análise

de benefícios e custos incrementais, atendendo ao princípio de maximização da

rentabilidade social do investimento, isto é, que o Valor Presente dos benefícios

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 58

totais gerados pelo projeto seja maior que o Valor Presente de todos os custos

necessários à sua implantação e posterior funcionamento, ambos descontados à

mesma taxa.

Portanto, é estimada a totalidade dos fluxos de custos e de benefícios

econômicos de cada um dos componentes a avaliar e para os mesmos é calculado

os seguintes indicadores: (i) Valor Presente Líquido (VPL), (ii) Relação

Benefício/Custo (RBC), (iii) Taxa Interna de Retorno Econômico (TIRE).

A projeção para a consideração de benefícios e custos para as avaliações

foi para o período de 20 anos, descontado a uma taxa de 12% ao ano. Para a

quantificação dos benefícios diretos e indiretos é necessária a determinação prévia

dos tipos de benefícios que a implantação do projeto produzirá, assim como a

quantificação do número de beneficiários por intervenção. Após a definição de todas

as localidades e comunidades que receberão os benefícios, calcula-se a população

atual dos projetos, projetando-a com base em modelos estatísticos apropriados, para

o horizonte de projeto mencionado.

Metodologias de avaliação Avaliação Contingente O tratamento econométrico para obtenção da função de disposição a pagar

é baseado no modelo paramétrico bounded logit, que consiste em calcular a DAP,

relacionando a probabilidade de resposta afirmativa ao valor ofertado com variáveis

selecionas e uma variável relacionando esse valor e a renda.

escoeficientmicassocioeconô variáveisX

i"" indivíduo ao ofertadovalor vi"" indivíduo dofamiliar rendaafirmativa resposta de adeprobabilid

:onde ,ln

i

i

====

=

−−

−=

β

APsim

XvvAPsim

i

ii

ii β

A medida da DAP é calculada para o valor que representa a mediana da

variável dependente dado por:

i"" indivíduo dopagar a disposição da mediana

:onde ,1

=+

= −

i

Xi

i

MWTP

AMWTPiβl

O modelo bounded logit utiliza controle endógeno de consistência entre

renda e valor ofertado, na medida em que o cálculo da mediana da DAP só e

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 59

definido para valores positivos e a renda familiar ( iA ) é utilizada como assíntota para

o resultado da DAP. No caso deste modelo, na falta de uma fórmula analítica para

obtenção do desvio padrão da DAP, o intervalo de confiança é obtido por um

procedimento de bootstrapping, que utiliza o método de Monte Carlo para simular

valor de estimativas da DAP com base em geração randômica dos parâmetros da

função utilizando a matriz de co-variação dos mesmos. Como resultante é obtido um

intervalo de confiança da DAP.

Preços Hedônicos A base desse método é a identificação de atributos ou características que

permitam mensurar o preço de mercado das propriedades. Na teoria econômica, as

propriedades são freqüentemente consideradas como um bem durável,

caracterizado por vários atributos que podem ser analisados independentemente.

Conseqüentemente, as propriedades podem ser classificadas como bens

heterogêneos com características peculiares como localização, tamanho, tipo de

construção e outros. A demanda pelas propriedades pode então, ser analisada como

uma função dos vários atributos e características responsáveis por seu valor de

mercado.

O trabalho clássico que formalizou a metodologia de preços hedônicos foi

descrito por ROSEN (1974). Para estimativa dos benefícios através da metodologia

de preços hedônicos elaborar-se-á uma função hedônica capaz de determinar o

preço das propriedades afetadas pelo projeto com as seguintes características:

P = f(C) (Função Hedônica) Onde P é o preço da propriedade e C um vetor composto pelos atributos que

determinam seu valor de mercado. Neste caso, é realizada uma pesquisa para se

obter informações sobre as propriedades das áreas de intervenção afetadas. Os

entrevistados respondem por qual valor eles alugam o imóvel se forem locatários e o

preço de venda dos imóveis caso sejam proprietários. Os questionários também

contêm perguntas relativas à presença ou ausência de características de habitação.

Estas perguntas serviram para avaliar a influência desses atributos nos valores das

habitações.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 60

5.4 Salvaguardas do BIRD Especial atenção deverá ser dada às salvaguardas relacionadas com o

Programa: (i) Habitats Naturais, (ii) Ambiental, (iii) Reassentamento Involuntário, (iv)

Propriedade Cultural, (v) Segurança de Barragens e (vi) Manejo de Pragas. Estas

devem ser consideradas nos critérios para inclusão de novas ações, planejamento e

execução do Programa principalmente em função do ciclo e prazos necessário para

o desenvolvimento das ações preparatórias e de mitigação relacionadas, devendo

estas considerações estarem refletidas no planos e cronogramas. Os estudos

técnicos conduzidos no período de preparação indicaram os procedimentos

ambientais específicos necessários, tanto do ponto de vista das salvaguardas

acionadas como da própria legislação ambiental local e estadual. Na Tabela 10

constam às políticas de salvaguarda do Banco indicando as que têm relação com o

Programa.

Tabela 10 Políticas de salvaguarda do Banco Mundial relacionadas com o Programa

Política de Salvaguarda acionadas pelo Programa Sim Não

Avaliação Ambiental (OP/BP/GP 4.01)2 X Habitats Naturais (OP/BP 4.04) X Manejo de Pragas (OP 4.09) X Propriedade Cultural (OPN 11.03, revisada para OP 4.11) x Reassentamento Involuntário (OP/BP 4.12) X Povos Indígenas (OD 4.20, revisada para OP 4.10) X Florestas (OP/BP 4.36) X Segurança de Barragens (OP/BP 4.37) X Projetos em Áreas Disputadas (OP/BP/GP 7.06) X Projetos em Cursos de Água Internacionais (OP/BP/GP 7.50) X

5.5 Avaliação Ambiental e Social É esperado que o Programa tenha impactos ambientais e sociais positivos

de longo prazo, já que estão previstas ações de reabilitação de áreas

ambientalmente degradadas e melhorias na qualidade de serviços de saneamento e

transporte público, bem como melhoria da qualidade de serviços públicos e de

geração de renda para comunidades. 2 Neste caso, considerando a classificação do Programa como categoria B, a avaliação ambiental é simplificada

para os aspectos gerais. Para o caso da atividade de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos de Uruguaiana foi elaborada, como parte dos estudos preliminares, uma avaliação ambiental conforme legislação vigente para este tipo de empreendimento, a qual se constitui num dos documentos apresentados ao Banco.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 61

Uma criteriosa avaliação ambiental foi realizada para todos os investimentos

que serão financiados durante os primeiros 18 meses do Programa. Um consultor

coordenou o processo de avaliação ambiental e social para seleção das ações. O

resultado das análises é apresentado no Plano de Gestão Ambiental e Social do

Programa, documento que deverá nortear a atuação dos municípios em relação às

questões ambientais e sociais.

No documento é estabelecido marco institucional e regulatório ambiental e

social, definidas as competências da Coordenação de Gestão Sócio-Ambiental,

levantados os procedimentos ambientais e as salvaguardas relacionadas ao

Programa, detalhados os procedimentos ambientais e sociais requeridos pelas

intervenções, bem como fluxograma de responsabilidades que deverá ser seguido

pelos executores, conforme resumo apresentado no Bloco de Anexos 5. Foi

também elaborada uma ficha de avaliação preliminar de impactos ambientais e

sociais de obras a qual deverão ser submetidas todas as intervenções do Programa.

Durante o processo foi concebido o “Programa de Fortalecimento da Gestão

Ambiental e Social do PDMI”, destinado a incrementar a capacitação humana e

material das Coordenações de Meio Ambiente das UGPs e dos órgãos ambientais

das Prefeituras Municipais de Bagé, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Uruguaiana.

As novas exigências de atuação sócio-ambiental, inerentes a um Programa desse

porte para os municípios, requerem que os órgãos que atuam mais diretamente com

os impactos relativos ao Programa sejam fortalecidos para atendimento às novas

demandas que se impõem.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 62

6. PLANEJAMENTO DO PROGRAMA

6.1 Documentos para planejamento do Programa O processo de planejamento do programa contempla a preparação de

alguns documentos que representam compromissos junto ao Banco mundial, outros

se mostram necessários em função da dinâmica de implementação que exige

cumprimentos de prazos e cronogramas com interdependências entre etapas.

Preparação do Processo de Planejamento Participativo Os workshops previstos para apresentação o e discussão das ações do

Programa entre setores públicos e sociedade civil deverá ser planejado de modo

que haja espaço e tempo adequados para esta interação e para garantir que as

contribuições recebidas possam de fato ser incorporadas, bem como as parcerias

reconhecidas possam ser efetivadas.

Os municípios devem preparar seus cronogramas de seminários em acordo

com o Programa de comunicação social e consulta pública elaborada no âmbito do

Plano de Gestão Ambiental e Social de modo que as contribuições decorrentes

possam ser incluídas nos documentos formais de planejamento a serem entregues

ao Banco.

Plano de Gestão Ambiental e Social do PDMI Durante a preparação do projeto, a avaliação ambiental foi empreendida

para todos os investimentos que serão financiados durante os primeiros 18 meses

do projeto. Os municípios foram envolvidos na seleção de investimentos propostos,

através de equipe treinada que também considerou as necessidades de avaliações

ambientais adicionais. Um consultor coordenou o processo ambiental e social de

avaliação e seleção.

O resultado desta consistente avaliação é apresentada no Plano de Gestão

Ambiental e Social, que apresenta: i) estrutura institucional e marco regulatório do

Estado de Rio Grande do Sul e dos 5 municípios, bem como as políticas da proteção

do Banco; (ii) a explanação do processo de seleção durante a preparação do projeto

e impactos principais identificados; (iii) responsabilidades dos atores envolvidos

durante a execução do Programa; (iv) manual ambiental e social do Programa com

medidas e procedimentos para mitigar, impedir e controlar impactos ambientais e

sociais associados com a infraestrutura proposta; (v) política de informação e

consulta pública; (vii) Uma guia da gerência e da segurança do tráfego; (viii) lista de

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 63

Web site relacionados; (ix) Manual de licenciamento ambiental no Estado e, (vii)

estrutura da política de reassentamento.

O Plano deverá ser revisto sempre que considerado necessário e atualizado

de modo a conter informações sobre os impactos das ações a serem incorporadas

ao Programa.

Plano de Reassentamento Involuntário Durante a preparação, no âmbito do Plano Ambiental e Social, foi

desenvolvida a Política de Reassentamento Involuntário do PDMI, contendo roteiro e

procedimentos a serem adotados para elaboração dos Planos de Reassentamento

Involuntários para as obras que demandarão relocação de população. Neste

documento são apresentados fundamentos da Política de Reassentamento

Involuntário do Banco Mundial, enriquecidos por métodos de trabalhos consagrados

em outros projetos de mesma natureza e que foram considerados como “boas

praticas”.

As Prefeituras disporão de equipe interdisciplinar composta por profissionais

nas seguintes áreas: ciências sociais, engenharia civil e ambiental, arquitetura e

urbanismo, direito fundiário e urbano, antropologia para a elaboração dos Planos.

Os Planos de Reassentamento Involuntário a serem elaborados podem ser

divididos em 3 etapas distintas; (i) Coleta de Dados, (ii) Planejamento e Elaboração

da Política de Atendimento, (iii) Elaboração do Plano de Ação. As etapas de

elaboração dão uma idéia exata da importância do planejamento e adoção de

cronogramas consistentes para que o reassentamento não se configure em

elemento de atraso das obras.

Plano Operativo Anual – POA Um dos instrumentos utilizados para o planejamento e gerenciamento do

PDMI são os Planos Operativos Anuais – POA de cada Município, as Secretarias

Municipais de Planejamento, que coordenam o planejamento geral das ações do

Programa, apoiarão as UGPs na elaboração deste.

O POA é essencial para a efetiva execução física e utilização dos recursos

financeiros previstos no Programa e deve ser apresentado da seguinte forma: (i)

programação detalhada de todas as atividades do Projeto, sob responsabilidade das

UGP’s, para o ano subseqüente, com detalhamento mensal; (ii) programação de

todas as atividades, sob responsabilidade das UGP’s, para os demais anos até a

conclusão do Programa.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 64

Estas programações deverão ser apresentadas na forma de cronogramas

físico-financeiros com a indicação das fontes dos recursos. Todas as atividades

novas, incluídas no Plano, deverão vir acompanhadas de uma descrição de seus

objetivos e de uma adequada justificativa para a inclusão.

Complementando o POA, as UGP’s deverão elaborar uma descrição

detalhada de como vem atendendo as diretrizes do Programa, bem como um relato

da situação de cada um de seus componentes em execução.

Este plano deverá ser preparado até o dia 31 de novembro de cada ano para

que a UAP possa consolidar todos os POA’S e encaminhar o POA Consolidado ao

Banco. O POA também fornecerá os elementos necessários para a

revisão/elaboração do Plano de Aquisições. Um modelo é apresentado no Bloco de Anexos 1.

Plano de Aquisições Os Planos de Aquisições (PP) inicial de cada município foi preparado e

aprovado pelo Banco para os primeiros 18 (dezoito) meses do Programa, devendo

ser seguidos até os períodos de atualização previstos. O PP deve necessariamente

conter: (i) relação das licitações de bens, obras e serviços previstos para o período,

procedimentos aplicáveis, métodos selecionados e um cronograma para os

processos com as datas para as principais submissões, e (ii) relação do processo de

seleção de consultores e dos treinamentos previstos para o período, procedimentos

aplicáveis, métodos, critérios de seleção e cronogramas.

O Plano é anual e deverá ser atualizado periodicamente para refletir a real

execução do Projeto e sempre que for alterada a relação de obras, bens, serviços ou

serviços de consultoria a contratar e submetidas ao Banco no último trimestre de

cada ano. No Bloco de Anexos 2 é apresentado exemplo de Plano de Aquisições

para os primeiros dezoito meses.

Plano de Ação Sempre que forem identificadas pelo Mutuário ou durante as Missões de

Supervisão do Banco, atrasos significativos que poderiam comprometer os

desembolsos e a implementação do Programa em nível municipal, será elaborado

um Plano de Ação específico para corrigir, contornar, reduzir os impactos nos

processo. O Plano trata de um planejamento de curto prazo para ações imediatas,

designa ações especificas requerida, responsabilidades e fixa prazos para a

solução. Os Planos devem ser preparados pelas UGPs e encaminhados ao Gerente

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 65

do Programa para que este acompanhe o andamento. Um modelo de Plano de Ação

encontra-se incluído no Bloco de Anexos 1.

Tabela 11 Planos e prazos para apresentação

Plano Periodicidade\/encaminhamento Responsável

Plano Operativo Anual – POA Anual /até 31de novembro UGPs e Sec. Planejamento

Plano de Aquisições Revisões periódicas (mínimo

anual)/Até 15 de dezembro de cada ano

UGPs

Plano de Gestão Ambiental e Social - revisões

Revisões periódicas/assim que concluído UAP e UGPs

Plano de Reassentamento Involuntário

Conclusão antes do início das obras/imediato assim que concluído UGPs e consultores

Plano de Parcerias Anuais com revisões periódicas UGPs

Plano de Ações Após Missões de Supervisão/ imediato assim que concluído UGPs

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 66

7. EXECUÇÃO DO PROGRAMA

Neste Capítulo serão tratados aspectos de aquisições, gerenciamento

financeiro e desembolsos para execução do Programa, abrangendo os seguintes

tópicos: (I) Aquisições; (II) administração financeira e desembolsos (III) auditoria e

(IV) Relatórios.

7.1 Aquisições A aquisição de bens, obras e serviços utilizando recursos do PDMI serão

realizados observando-se o seguinte:

a) As aquisições do Programa serão realizadas sob as “Diretrizes para

Aquisições no Âmbito de Empréstimos do BIRD e Créditos da AID”, no caso de bens

e obras e “Diretrizes para Seleção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do

BIRD”, no caso de serviços de consultoria, conforme faculta o Artigo 42 da Lei nº

8.666. Serão utilizadas as Diretrizes publicadas em maio de 2004 e revisadas em

outubro de 2006;

b) As aquisições de bens, obras e serviços seguirão as modalidades e

limites, bem como as categorias de gastos fixados no PAD PDMI principal;

(c) Os recursos somente serão utilizados para realização de despesas

elegíveis contidas nos componentes e sub-componentes previamente aprovados;

(d) Os recursos do Programa não poderão ser utilizados para adquirir bens e

serviços procedentes de países sob sanção do Conselho de Segurança das Nações

Unidas.

A responsabilidade pelo planejamento, execução, supervisão,

monitoramento e avaliação dos processos de aquisições sob o Programa será das

UGPs, apoiadas em Comissões Municipais de Licitação, em cooperação com as

Secretarias Municipais de Fazenda e Planejamento.

A UAP, quando constituída, deverá agregar um especialista em aquisições

com experiência em programas com financiamento do BIRD. Este especialista

deverá coordenar, capacitar e monitorar a qualidade das aquisições realizadas em

cada Município.

Todas as equipes envolvidas no Programa deverão receber treinamentos

periódicos sobre a política e os métodos de aquisições sob normas do Banco. Será

oferecido pelo Banco um treinamento inicial sobre as normas e procedimentos e

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 67

anualmente, as Comissões de Licitação deverão participar também de treinamento

sobre a legislação nacional.

O Banco Mundial disponibilizará através do site www.worldbank.org,

Documentos Padrão para aquisições. No Bloco de Anexos 2 são apresentados

alguns modelos para avisos de licitação e solicitações de cotações de preços.

7.1.1 Métodos previstos no PDMI a) Aquisição de bens, obras e serviços: Licitação Pública Internacional (ICB): procedimento padrão e obrigatório

nos casos de licitações para aquisição de bens e serviços com custo estimado

equivalente ou acima de US$500.000 ou mais e para execução de obras civis com

custo estimado equivalente ou acima de US$10.000.000;

Licitação Pública Nacional (NCB): aplicável às licitações para aquisição de

bens e serviços com custo estimado equivalente ou acima de US$100.000 até

US$500.000; e para execução de obras civis com custo estimado equivalente ou

acima de US$500.000 até US$10.000.000; Comparação de Preços (Shopping): aplicável às licitações para aquisição

de bens e serviços com custo estimado inferior a US$100.000 e para execução de

obras civis com custo estimado inferior a US$500.000;

Pregão Eletrônico: aplicável também para aquisição de bens (material de

consumo) e serviços (impressão gráfica, logística de treinamentos em hotéis e

passagens aéreas) com valor estimado inferior a US$500.000, seguindo os

procedimentos indicados na Lei nº10.520 de 17/07/2002, utilizando o sistema

“Comprasnet” do Governo Federal.

b) Contratação de consultores: Seleção Baseada na Qualidade e Custo (SBQC): indicado para serviços

de consultoria especializada e de relativa complexidade. Apropriado para processos

competitivos com critério de seleção baseado na qualidade da proposta técnica e no

custo dos serviços e obrigatório para serviços com valor estimado superior

equivalente a US$200.000.

Seleção Baseada na Qualidade (SBQ): aplicável para serviços complexos

ou altamente especializados. Apropriado para processos competitivos com critério

de seleção baseado na qualidade da proposta técnica.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 68

Seleção pelo Menor Custo (SMC): aplicável para serviços considerados

pequenos, que apresentem natureza técnica padronizada e rotineira, para os quais

já existem práticas e padrões bem estabelecidos.

Seleção Baseada nas Qualificações do Consultor (SQC): aplicável para

serviços considerados pequenos para os quais não se justifica a elaboração e

avaliação de propostas competitivas.

Contratação Direta: poderá ser utilizada com a aprovação prévia do Banco

e em circunstâncias excepcionais, conforme condições apresentadas nas Diretrizes.

Seleção de Consultores Individuais (CI): aplicável a serviços que não

requeiram a participação de equipe ou apoio profissional. A qualificação e

experiência da pessoa são os requisitos principais.

Empresas Não Governamentais, Universidades e Institutos de Pesquisa Governamentais: Durante a preparação do projeto, os municípios identificaram sua

intenção em utilizar universidades locais, instituições de pesquisa do governo e

instituições públicas do treinamento no auxílio técnico e em atividades específicas

de capacitação. As instituições identificadas e as atividades para as quais serão

contratadas são relacionadas em cada Mini PAD. As instituições podem ser

contratadas usando o método da seleção de fonte única de acordo com as

Diretrizes, devendo ser submetidas a aprovação prévia do Banco.

Convênios ou Acordos: serão avaliados caso a caso pelo Banco à luz das

justificativas requeridas nas diretrizes específicas para contratação direta, devendo

receber não objeção prévia. Estes convênios ou acordos poderão ser firmados com

entidades identificadas nos Planos de Parceria, bem como com entidades

identificadas durante a fase de preparação para assistência técnica e capacitação de

microempresários, programa de micro-crédito, entre outras atividades.

A tabela 12 apresenta o resumo das modalidades previstas no PDMI e

limites para utilização.

Tabela 12 Métodos de Aquisição do PDMI

Categoria de Gastos Valor inicial do Contrato (US$ milhões) Método de Aquisição

Obras >10,000 LPI (ICB)

>500 <10,000 LPN (NCB) <500 Shopping

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 69

Categoria de Gastos Valor inicial do Contrato (US$ milhões) Método de Aquisição

Bens >500 LPI (ICB)

>100 <500 LPN (NCB) <100 Shopping

< 500 Pregão Eletrônico

Serviços (incluindo treinamento,

comunicação)

>500 LPI (ICB) >100 <500 LPN (NCB)

<100 Shopping

< 500 Pregão Eletrônico

Consultoria (pessoa jurídica)

>100 SBQC/SBQ/SMC/SQC <100 SBQC/SBQ/SMC/SQC

Consultoria (individual) - Seção 5 das Diretrizes

Contratação Direta - Seção 3 das Diretrizes

7.1.2 Revisão pelo Banco O Banco revisa os procedimentos de aquisições, documentos, avaliações de

propostas, recomendações de outorga e contratos do Mutuário, a fim de assegurar

que o processo seja realizado de acordo com os procedimentos acordados e Plano

de aquisições previamente aprovado. A revisão poderá ser prévia ou posterior,

conforme procedimentos e limites pactuados descritos a seguir.

7.1.2.1 Revisão Prévia

Estarão sujeitos à revisão prévia pelo Banco, aplicando-se para tanto os

procedimentos estabelecidos no parágrafo 2 do Apêndice 1 das Diretrizes, os

documentos que compõem os processos de aquisição e seleção de consultores,

conforme apresentado na Tabela 13.

Procedimentos de Revisão Prévia Os documentos de licitação serão previamente encaminhados ao Banco

Mundial, para a obtenção da sua “não objeção”, através das UGP’s, que também

deverão efetuar a análise prévia desta documentação.

Os processos de licitação serão revistos pelo Banco em diferentes

momentos, no que concerne aos documentos padrão utilizados, especificações

técnicas, critérios indicados para avaliação das propostas, minuta de contrato e

posteriormente, relatórios de avaliação de propostas e contrato adjudicado.

Com relação aos processos de seleção para contratação de consultores, o

Banco procederá à revisão dos processos propostos pelas UGP’s, inclusive no que

concerne ao documento padrão utilizado, lista curta, critérios de seleção, termos de

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 70

referência, estimativas de custo, adequação da minuta de contrato escolhida e

posteriormente, relatórios de avaliação de propostas e recomendação de

adjudicação e contrato negociado.

Cópias dos contratos firmados referentes a processos com revisão prévia

devem ser fornecidas ao Banco para cadastramento. Todos os documentos relativos

aos processos de licitação, não encaminhados ao Banco para a revisão prévia, bem

como os documentos relativos aos processos de pagamento deverão ser guardados

pela UGP para subseqüente exame por auditores independentes e missões de

supervisão do Banco.

A guarda destes documentos deve ser criteriosa para facilitar exames

futuros das Auditorias e Missões de Supervisão do Banco.

Tabela 13 Contratos sujeitos e revisão prévia – informações para solicitações de não objeção Categoria de

Gastos Método de Aquisição Revisão prévia - informações

Obras

LPI (ICB)

Todos os processos (em inglês, francês ou espanhol), com envio de: (i) minuta de edital ICB, especificação da obra, critérios para avaliação das propostas, condições de contrato, estimativa de custos e minuta do aviso de licitação, (ii) relatório de avaliação das propostas e recomendação de adjudicação, (iii) cópia do contrato.

LPN (NCB)

O primeiro processo de qualquer valor e todos os processos acima de US$1,000,000 (em português) com envio de: (i) minuta de edital NCB, especificação da obra, critérios para avaliação das propostas, condições de contrato e estimativa de custos (ii) relatório de avaliação das propostas e recomendação de adjudicação, (iii) cópia do contrato.

Shopping Primeiros três processos com envio de: minuta de carta ou fax solicitando cotação, especificações e estimativa de custos.

Bens

LPI (ICB)

Todos os processos (em inglês, francês ou espanhol) com envio de: (i) minuta de edital ICB, especificação dos bens, critérios para avaliação das propostas, condições de contrato e estimativa de custos e minuta do aviso de licitação, (ii) relatório de avaliação das propostas e recomendação de adjudicação, (iii) cópia do contrato.

LPN (NCB)

O primeiro processo de qualquer valor e todos os processos (em português) acima deU$250,000 com envio de: (i) minuta de edital NCB, especificação da obra, critérios para avaliação das propostas, condições de contrato e estimativa de custos (ii) relatório de avaliação das propostas e recomendação de adjudicação, (iii) cópia do contrato.

Shopping Primeiros três processos com envio de: minuta de carta ou fax solicitando cotação, especificação do bem e estimativa de custos.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 71

Categoria de Gastos

Método de Aquisição Revisão prévia - informações

Serviços (incluindo treinamento, comunicação).

LPI (ICB)

Todos os processos (em inglês, francês ou espanhol) com envio de: (i) minuta de edital ICB, especificação dos serviços, critérios para avaliação das propostas, condições de contrato e estimativa de custos e minuta do aviso de licitação, (ii) relatório de avaliação das propostas e recomendação de adjudicação, (iii) cópia do contrato.

LPN (NCB)

O primeiro processo de qualquer valor e todos os processos (em português) acima de US$250,000 com envio de: (i) minuta de edital NCB, especificação da obra, critérios para avaliação das propostas, condições de contrato e estimativa de custos (ii) relatório de avaliação das propostas e recomendação de adjudicação, (iii) cópia do contrato.

Shopping Primeiros três processos com envio de: minuta de carta ou fax solicitando cotação, especificação do serviço e estimativa de custos.

Consultoria (pessoa jurídica)

SBQC/SBQ/ SMC/SQC

Todos os processos acima de US$100,000 (em inglês, francês ou espanhol) com envio de: (i) minuta de solicitação de propostas, lista curta, folha de dados, termos de referência, minuta de contrato e estimativa de custos, (ii) relatórios de avaliação de propostas (técnica, financeira, conforme o método), (iii) contrato negociado, (iv) cópia do contrato.

SBQC/SBQ/ SMC

Primeiros dois processos de cada método de seleção para processos (em português) abaixo de US$100,000 com envio de: (i) minuta de solicitação de propostas, lista curta, folha de dados, termos de referência, minuta de contrato e estimativa de custos, (ii) relatório de avaliação das propostas, (iii) contrato negociado, (iv) cópia do contrato.

SQC

Todos contratos de fonte única e os primeiros dois processos (em português) com envio de: (i) minuta de solicitação de proposta, termos de referência, minuta de manifestação de interesse e apresentação de qualificações para o serviço, estimativa de custos, minuta de contrato, (ii) contrato negociado, (iii) cópia do contrato.

Consultoria (individual)

Seção 5 das Diretrizes

Todos os casos acima de US$50,000 e todos contratos de fonte única (em português) com envio de: (i) termos de referência, mínimo de três currículos, justificativas/qualificação do consultor escolhido, minuta de contrato, (ii) contrato negociado, (iii) cópia de contrato.

Contratação Direta

Seção 3 das Diretrizes

Todos os casos independente do valor (em português) com envio de: (i) minuta de solicitação de proposta, termos de referência, justificativas, estimativa de custos e minuta de contrato, (ii) contrato negociado, (iii) cópia de contrato.

7.1.2.2 Revisão Posterior Além das revisões prévias, serão realizadas duas Missões anuais de revisão

posterior que revisarão as aquisições não sujeitas a revisão prévia,

independentemente do valor dos contratos e verificarão os trabalhos em campo. Na

ocasião os processos serão revisados, incluindo termos de referência, solicitações

de proposta, propostas recebidas, correspondências trocadas antes e depois das

adjudicações de contratos e demais documentos relacionados. Todos os

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 72

documentos devem ser mantidos até pelo menos dois anos após o encerramento do

Programa. Além das revisões posteriores, uma auditoria independente anual das

aquisições será requerida.

7.1.3 Divulgação das Aquisições Antes de se iniciar as aquisições as UGPs devem providenciar a publicação

do Aviso Geral de Licitações (GPN). Para tanto deve elaborar uma minuta deste

aviso, com base no modelo apresentado no site do Banco

(http://web.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/PROJECTS/PROCUREMENT) e submeter à publicação

no Development Business online (UNDB online) e no Development Gateway Market

(dgMarket) por meio do Client Connection.

Cada edital de licitação de bens e obras, conforme o caso deve ser objeto de

ampla divulgação. No caso de licitação internacional a publicação deve também ser

veiculada no UNDB online e no dgMarket, além de jornais de grande circulação

nacional e opcionalmente no Diário Oficial da União, site do Programa e portal web

do município. No caso de licitação nacional a publicação deve ocorrer em pelo

menos um jornal de grande circulação nacional ou no Diário Oficial da União ou no

portal web do município, a critério das UGPs em acordo com o Banco.

Para cada seleção de empresas de consultoria a UGP deve providenciar a

publicação da solicitação de manifestação de interesse em pelo menos um jornal de

grande circulação nacional ou no Diário Oficial da União, bem como no portal web

do município. No caso de contratos com valor estimado superior a US$ 200.000 a

solicitação de manifestação de interesse deve ser publicada no UNDB online e no

dgMarket. No Bloco de Anexos 2 encontram-se modelos de Manifestação de

Interesse, destinada a captar informações de consultoras interessadas no serviço,

para composição da futura lista curta.

7.1.4 Planejamento das aquisições As licitações deverão ser realizadas de acordo com o Plano de Aquisições

elaborado para um período inicial de 18 (dezoito) meses e sistematicamente

revisado, minimamente a cada seis meses. Os planos seguintes cobrirão períodos

anuais, conforme estabelecido no parágrafo 1 do Apêndice 1 das Diretrizes. O Plano

será atualizado pelas UGPs, com apoio das Secretarias envolvidas e submetido à

aprovação do Banco até 15 de dezembro de cada ano.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 73

Os Planos de Aquisições apresentam: (i) relação dos processos de obtenção

de bens, obras e serviços de não consultoria previstos incluindo pacotes de

contratos, métodos aplicáveis e processos programados; (ii) relação das seleções e

contratação de serviços de consultoria e treinamentos previstos incluindo pacotes de

contratos, procedimentos e critérios aplicáveis.

O conteúdo mínimo do Plano de Aquisições deverá possuir as seguintes

informações: (i) Descrição do contrato, (ii) custo estimado em US$, (iii) método de

aquisição (iv) necessidade de revisão prévia do Banco, (v) data em que a CPL

receberá as especificações técnicas / tdr, (vi) data que preparará o edital e

respectivo envio à não objeção do Banco, (vii) período de preparação da proposta,

(viii) data prevista para abertura das propostas, (ix) período de análise e preparação

do relatório de julgamento (x) data prevista para assinatura do contrato, (xi) data

prevista para término do contrato.

No Bloco de Anexos 2, há uma descrição do fluxo dos processos das

licitações públicas internacionais (ICB) e Nacionais (NCB) e do processo de seleção

de consultores utilizando o método SBQC, demonstrando também as

responsabilidades de cada um dos agentes participantes.

7.1.5 Execução e fiscalização de contratos Os Editais de Licitação (obras, bens e serviços) e Solicitações de Proposta

(consultoria) deverão indicar claramente o tipo de contrato a ser celebrado, bem

como, conter as disposições contratuais apropriadas. Deverão ser utilizados os

modelos disponíveis no site do Banco Mundial.

A execução se dará a partir da assinatura do contrato, podendo ser

expedidas autorizações para início como ordens de serviço ou autorizações de

fornecimento.

A fiscalização das ações contratadas sob o PDMI deverá ser realizada em

conjunto com as instruções normativas de cada órgão executor. As etapas de

fiscalização (Relatório de Fiscalização dos Serviços ou aceitação das Notas de

Fornecimento dos Bens/Boletins de Medição para o caso de obras) deverão ser

realizadas pelas UGPs e órgãos executores.

A fiscalização das obras contratadas deverá observar o cumprimento das

normas técnicas, guias e manuais existentes, atendendo as exigências dos órgãos

responsáveis, bem como o Plano Ambiental e Social do Programa contido no

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 74

Volume 3 do presente Manual. Os pagamentos serão respaldados nos boletins de

medição e relatórios de andamento e supervisão. Um termo de recebimento será

expedido na entrega da obra, observadas com especial atenção as questões

referentes aos cuidados ambientais.

Em relação ao fornecimento de bens, a fiscalização deverá observar o

atendimento às especificações e normas técnicas aplicáveis. Os pagamentos

ocorrerão mediante aceitação da nota de fornecimento e conforme as condições de

pagamento estipuladas no Edital e ratificadas na Ordem de Fornecimento.

Os serviços de consultoria serão supervisionados para assegurar a qualidade

dos serviços, o cumprimento dos termos de referência e condições da solicitação de

proposta. Os pagamentos serão realizados contra aceitação dos produtos/relatórios

e conforme condições estipuladas no contrato.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 75

7.2 Administração Financeira e Desembolsos As equipes municipais e a UGP’s são responsáveis pela administração

financeira, desembolsos e prestações de contas. Os processos gerenciais, as

responsabilidades pela condução desses processos e os procedimentos e

documentos-padrão a serem utilizados deverão estar em consonância com

condições estabelecidas no Acordo de Empréstimo e diretrizes do Banco Mundial

reveladas através das Políticas Operacionais (PO) e dos Procedimentos do Banco

(PB)3.

7.2.1 Controle interno O controle interno do Programa, como processo integrado efetuado pelos

núcleos de decisão e funcionários deverá estar estruturado para enfrentar riscos e

fornecer razoável segurança de serão atingido os seguintes objetivos: (i) execução

ordenada, ética, econômica, eficiente e eficaz das operações, (ii) cumprimento das

obrigações de prestar contas, (iii) cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis,

(iv) salvaguarda dos recursos para evitar perdas, mau uso e dano.

Os procedimentos de controle contribuem na diminuição dos os riscos e

alcance dos objetivos. São aplicáveis:

• Procedimentos de autorização e aprovação: autorização e execução de

transações e eventos realizadas somente por pessoas que detenham esta

autoridade;

• Segregação de funções (autorização, execução, registro, controle):

obrigações e responsabilidades atribuídas a certo número de pessoas para

assegurar a realização de revisões e avaliações efetivas;

• Controles de acesso a recursos e registros: limitados a pessoas

autorizadas que sejam responsáveis pela guarda e/ou utilização;

• Verificações: eventos e transações verificados antes e depois de

ocorrerem;

• Conciliações: registros conciliados com documentos apropriados de forma

periódica;

3 PO/PB 10.02 (Gestão Financeira) requerem que o Tomador mantenha sistemas de informações gerenciais a

fim de assegurar informações precisas e oportunas sobre os recursos e despesas dos projetos; PO/PB 12.00 (Desembolsos) orientam para o controle dos desembolsos para gastos elegíveis pelo Banco

(bens, obras e serviços adquiridos de acordo com diretrizes do Banco para Licitações e contratação de Consultores) e para a definição da metodologia de desembolso.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 76

• Avaliação de desempenho operacional: realizado à luz das normas, de

forma periódica, mediante avaliação da eficácia e da eficiência;

• Avaliação das operações, processos e atividades: periódica para

assegurar que cumpram com os regulamentos, políticas e procedimentos em vigor;

• Supervisão (alocação, revisão e aprovação, orientação e capacitação):

compreendendo comunicação clara das funções, responsabilidades, obrigações de

prestar contas, revisão sistemática do trabalho da cada membro e aprovação do

trabalho em seus momentos críticos.

O monitoramento permite avaliar a qualidade da atuação dos controles

internos ao longo do tempo. Poderá ser realizado de forma contínua ou em

avaliações específicas. O monitoramento deve assegurar que os achados de

auditoria e as recomendações sejam resolvidas de forma adequada e oportuna.

7.2.2 Administração Financeira A administração orçamentária e financeira será realizada por cada município

através das respectivas Secretarias de Planejamento e Fazenda, conforme

preconiza a OP/BP 10.02 and the “Financial Management Practices in World Bank

Financed Investment Operations Manual”, de 3 de novembro de 2005.

As UGPs serão responsáveis por todos os aspectos de administração

financeira e desembolsos relacionados ao município, inclusive preparação dos

Relatórios Financeiros Intermediários IFR para exame pelo Banco. A UAP possuirá

responsabilidades no auxílio as UGPs, facilitação da supervisão do Banco ao

Programa como um todo, articulação e suporte para a boa administração do

Programa. A boa administração financeira do Programa deverá proporcionar:

a) as informações essenciais requeridas pelos que gerem, implementam e

supervisionam projetos, inclusive os órgãos de supervisão do governo e as

instituições financeiras;

b) conforto necessário às Prefeituras Municipais e ao Banco de que os

recursos são utilizados eficientemente e para os fins propostos;

c) um inibidor de fraude e corrupção, visto que inclui sistemas de controle

interno e capacidade de identificar rapidamente ocorrências e procedimentos

incomuns.

O arranjo de administração financeira existentes nos municípios foi

considerado satisfatório às exigências mínimas do Banco, podendo atender às

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 77

demandas de informações sobre a implementação do Programa. Os arranjos

adotados devem fornecer no mínimo: (i) controle e esclarecimento dos rendimentos,

despesas e transações do Programa, (ii) indicações financeiras confiáveis para

composição de IFR satisfatórios ao Banco e gerência do Programa, (iii) proteção dos

recursos do Programa, (iv) desembolsos eficientes de acordo com as regras e

procedimentos aplicáveis.

A equipe financeira mínima consiste em um coordenador financeiro

(preferencialmente um contador) e um assistente administrativo. Considerando o

aumento do ritmo de implementação do Programa e conseqüente ampliação dos

compromissos requeridos, uma pessoa extra poderá ser necessária. A Gerência de

Avaliação Financeira do Banco confirmou que cada município possui equipe de

funcionários capaz para responder à execução do Projeto.

A medida em que ocorram as negociações entre o Banco e os Municípios,

serão incluídos nas revisões do Manual Operativo, a equipe alocada, detalhes dos

sistemas utilizados e fluxo de atividades. Minimamente, a organização e

funcionamento da equipe dos municípios deverá estar apta a realizar a

administração financeira dos Projetos realizando as atividades como as relacionadas

a seguir:

Controle Financeiro:

a. Acompanhamento contábil dos recursos do programa

• Elaboração do POA (Plano Operativo Anual) • Elaboração do PPA (Plano Plurianual) • Acompanhamento do Programa

Solicitação de parcelas Avaliação, Acompanhamento de Projeto e Programa Cadastro de convênios e contratos

• Acompanhamento de fixação e empenhos dos recursos

b. Acompanhamento dos recursos externos

• Movimentação dos Recursos da Conta Designada • Elaboração de SOE´s • Relatórios rotineiros para o BIRD • Solicitação e acompanhamento de auditoria independente para o

exercício anterior e acompanhamento durante e após (atendimento das recomendações do relatório de auditoria)

• Acesso aos sistemas do Banco Comercial, Banco Mundial e sistema municipal.

c. Controle de convênios

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 78

• Revisão preliminar, anexo de cláusulas padrões e reprodução das cópias devidas antes do passo seguinte

• Transmissão dos dados pessoais para as outras vias do convênio • Encaminhamentos para assinaturas • Publicação no Diário Oficial requerido • Providências de arquivamento no Projeto

d. Controle da liberação de recursos

• Recebimento de Laudos de Execução de Obras • Elaboração de Balancetes Mensais das Contas dos Programas • Treinamentos de executores e co-executores • Registro de informações financeiras (contas correntes, pendências,

tramitações, etc.)

e. Apoio em serviços de informática e burocráticos

• Digitalização de trabalhos de rotina (SOE, edital na internet, etc.) • Controle do Fluxo dos Processos • Recebimento, expedição e xerox de documentos rotineiros • Transmissão das Autorizações de Desbloqueio e documentos

diversos • Apoio Logístico em Trabalhos Eventuais

Prestação de Contas:

• Treinamento sobre Prestação de Contas • Prestação de Contas de Convênios realizados sob o Projeto • Atendimento a Solicitações de Auditores • Elaboração de Demonstrativos Financeiros • Cobrança de prestação de contas em atraso ou não aprovadas

7.2.3 Execução Financeira O controle e a execução financeira dos recursos alocados ao Programa,

inclusive da contrapartida do PDMI, estarão sob a responsabilidade das Secretarias

Municipais de Fazenda de cada município.

7.2.3.1 Sistemas de Administração Financeira e Contábil Os sistemas de administração financeira incluem orçamento, contabilidade e

pagamentos em cada município. Todos os sistemas municipais obedecem a

Legislação Nacional em relação à execução4 orçamentária e provimento de

informação financeira de execução de Projetos por componente e fonte de recursos.

4 Lei 4320/64, aceitável ao Banco Mundial

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 79

Os sistemas municipalidades satisfazem exigências mínimas de monitoramento da

implementação dos Projetos em termos de estrutura de informação.

Os pagamentos realizados sob os projetos municipais serão administrados

pelo respectivo sistema, centros de custo específicos serão abertos para a

contabilidade do Projeto em cada sistema, facilitando a informação sobre despesas

do Projeto.

Os registros contábeis das operações decorrentes da execução do

Programa, objeto do financiamento, deverão ser escriturados de forma destacada e

em separado dos demais registros que não envolvem recursos do financiamento,

através de sistema contábil capaz de apresentar fidedignamente à situação e os

resultados das operações financeiras dos recursos ou grupo de contas dos

Executores, em conformidade com os princípios de contabilidade geralmente

aceitos. A contabilidade do programa será realizada através de um sistema de

controle a ser estruturado.

No registro de operações contábeis e na execução dos trabalhos de

auditoria deverão ser observados os requisitos especificados nas “Guidelines for

Financial Reporting and Auditing of Projects financed by the World Bank”, editado

pelo Banco Mundial em janeiro de 1995, com a estreita cooperação de equipes de

auditores de países mutuários do BIRD, inclusive a Secretaria Federal de Controle

do Ministério da Fazenda.

7.2.3.2Fluxo de recursos Todas as operações financeiras deverão ser executadas em conformidade

com a legislação local sobre fluxos financeiros e impostos aplicáveis, bem como

fluxos financeiros a serem adotados no âmbito do Programa, detalhados a seguir.

As Contas Designadas (em US$) serão abertas em banco comercial em

Nova York e serão abertas em nome da Secretaria Municipal da Fazenda de cada

município e os desembolsos deverão ser autorizados/assinados pelo Prefeito e/ou

Secretário Municipal da Fazenda e/ou representante da Prefeitura designado por

eles.

As Contas Operativas Programa serão abertas em Bancos Comerciais, em

reais em cada município (Bagé, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Uruguaiana) e

receberão os recursos do Banco Mundial através das Contas Designadas e os

recursos de contrapartida dos Municípios. Serão abertas também em nome das

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 80

Secretarias Municipais da Fazenda, sendo o Prefeito quem autoriza os pagamentos

para as aquisições de bens, serviços, obras e consultorias. As contas bancárias

específicas para o Programa serão administradas pelas Secretarias Municipais da

Fazenda, que se encarregarão também da rotina de pagamentos e do cumprimento

dos procedimentos de controle financeiro próprios das Administrações Municipais.

A Carta de Desembolso prevê como métodos de desembolso a serem

praticados no PDMI: (i) reembolso, (ii) pagamento direto e (iii) pagamentos através

da conta designada. Um roteiro para cada método de desembolso é apresentado no

Bloco de Anexos 3. A alocação autorizada, ou seja, os depósitos iniciais nas Contas Designadas

de cada município, bem como os valores mínimos de aplicações para reembolsos e

pagamentos diretos por município são apresentados na tabela 18 a seguir:

Tabela 14 Alocação Autorizada

Município Alocação Autorizada (US$) Aplicação Mínima para Reembolso e Pagamento Direto (US$)

Bagé 700,000 140,000 Pelotas 2,000,000 400,000 Rio Grande – Fase 1 900,000 180,000 Santa Maria 1,500,000 300,000 Uruguaiana 800,000 160,000

Os desembolsos do PDMI serão realizados através do Summary of

Expenditures - SOEs que serão preparados com base nos pagamentos realizados

sob ordens do Secretário de Finanças e UGPs, através de relatórios extraídos dos

sistemas e confirmados pelos sistemas de acompanhamento das aquisições de

serviços, bens, obras e serviços de consultoria.

Os passos para se efetivar um desembolso através do procedimento SOE,

são esquematizado simplificadamente na figura apresentada a seguir:

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 81

FLUXO FINANCEIRO - DESEMBOLSOS ATRAVÉS DE SOE

7.2.3.3 Relatórios Financeiras Intermediários As UGPs prepararão trimestralmente Relatórios Financeiros Intermediários.

Os IFRs serão elaborados em reais (R$) e as figuras de despesas serão indicadas

por trimestre e acumuladas para o Programa. Os Relatórios serão submetidos ao

Banco até 45 (quarenta e cinco) dias após o final de cada trimestre. A UAP

fornecerá a todas as UGPs, dados para avaliação da execução do Programa como

um todo. Os seguintes IFR serão gerados:

IFR 1A - fonte e aplicação de fundos por categoria de custo conforme

Acordo de Empréstimo;

IFR 1B - declaração dos investimentos por componente e por atividade;

Os IFRs serão utilizados para exame pela auditoria externa. Além dos IFR

cada município será responsável por informar progresso físico da implementação e

obtenções realizadas. Cada UGP também proverá declarações financeiras anuais

que demonstrem que as atividades refletem os propósitos pelo empréstimo do

Banco, preparado conforme padrões de contabilidade aceitável para o Banco.

A supervisão financeira ocorrerá a cada 06 (seis) meses e incluirá: (i) revisão

do IFR trimestral, (ii) revisão de relatórios de auditoria e avanço na revisão da carta

gerencial, (iii) participação na supervisão do Programa através dos relatórios

financeiros e de desembolso, (iv) revisão do relatório de exame do controle interno,

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 82

(v) revisão dos respectivos planos de ação. Ao final da Missão de Supervisão, um

relatório de supervisão do gerenciamento financeiro deve ser preparado, discutido

com os Mutuários e enviado ao líder da equipe de projeto junto com o ISR.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 83

7.3 Auditoria Externa

As contas do Programa serão auditadas anualmente de acordo com normas

publicadas por organismos internacionais5, conduzidas por auditores externos

independentes aceitáveis ao Banco6, contratados segundo diretrizes e termos de

referências apresentados no Bloco de Anexos 3 e devendo ser aprovados pelo

Banco Mundial antes da contratação e início dos trabalhos de auditoria. É

recomendado que o processo contratação seja iniciado logo após a assinatura do

Empréstimo.

O quarto conjunto de IFRs gerado durante o ano, mostrando os dados

acumulados para o período deverá ser submetido aos auditores externos que farão

a revisão por ocasião da auditoria externa.

Além da Carta Gerencial (relatório sobre os controles internos), o relatório de

auditoria conterá opinião única sobre as declarações financeiras de Projetos que

incluiriam os Demonstrativos Financeiros do Projeto (IFRs e SOEs) e da Conta

Designada e uma carta de administração que identifiquem qualquer fragilidade de

controle interno e necessidades de melhoria. O relatório de auditoria deverá ser

entregue ao Banco Mundial até seis meses após a conclusão de cada ano

calendário. Para que estes prazos sejam cumpridos, os relatórios de auditoria

deverão ser enviados as UGP’s tão logo estejam disponíveis, no máximo, até 150

(cento e cinqüenta) dias após o encerramento de cada ano fiscal, para que a UAP

possa encaminhá-los ao Banco Mundial no prazo estabelecido no Acordo de

Empréstimo.

Adicionalmente, o escopo do relatório de auditoria deverá incluir, mas não

estar limitado: a) revisão completa de todas as transações com recursos do Projeto,

inclusive aquelas realizadas no financiamento retroativo, mediante a utilização do

sistema contábil; b) o IFR emitido no final do período cumulativo (para cada ano

calendário); c) revisão integral dos arranjos de gerenciamento financeiro incluídos no

PAD, MOP, Acordos de Empréstimo, assim como em toda a outra documentação

oficial do Banco; d) uso apropriado de sistemas de gerenciamento financeiro; e)

arranjos de controle interno; f) disponibilidade oportuna de fundos de contrapartida;

5 Normas Internacionais de Auditoria (ISA) publicadas pelo Comitê Internacional de Normas de Auditoria e

Segurança da Federação Internacional de Contadores, e as Normas de Auditoria publicadas pela Organização Internacional de Instituições Superiores de Auditoria (INTOSAI).

6 Política Operacional do Banco Mundial 10.02. Gestão Financeira.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 84

g)documentação de suporte e os arranjos (e tópicos) acordados na avaliação da

capacidade de gerenciamento financeiro (ou qualquer outra documentação oficial

que tenha atualizado tais arranjos ou acordos).

Os auditores emitirão relatórios que contenham os pareceres e conclusões

específicas requeridas. Todos os relatórios resultantes da auditoria do Projeto

deverão ser incorporados em um único documento (Relatório Final). Do mesmo

modo os relatórios resultantes de cada etapa da auditoria dos Projetos deverá ser

consolidados em um único documento (Relatório Parcial correspondente a cada

etapa). Estes relatórios serão endereçados e entregues à Agência Implementadora

até 30 dias após o início dos trabalhos. Os relatórios serão emitidos em Português,

devidamente assinados e encadernados, no original e 02 (duas) cópias.

Após entrega do relatório de auditoria ao Banco, o Projeto receberá uma

carta do Banco Mundial sobre a revisão do relatório de auditoria e se for o caso,

solicitará explicações das ressalvas indicadas pelos auditores assim como as ações

a serem tomadas pelo projeto para saná-las; a qual deverá ser respondida para

registro e acompanhamento. Independente da auditoria, representantes do Banco

Mundial supervisionarão a execução financeira durante a implementação do Projeto.

Em relação à auditoria a UGP é responsável pela:

• Preparação e apresentação formal dos documentos básicos do Projeto;

• Preparação de todas as demonstrações financeiras e notas explicativas,

assegurando que: (i) todos os registros necessários estejam disponíveis para

auditoria, incluindo documentos legais do Banco Mundial, ajudas memórias,

emendas, regras e procedimentos de licitações, entre outros; (ii) todos os

lançamentos e ajustes contábeis que tenham sido feitos; (iii) todas as ações

necessárias tenham sido tomadas para permitir aos auditores emitir o Relatório de

Auditoria final até o prazo estipulado;

• Pelo atendimento às solicitações formalizadas pelos auditores, devendo

assegurar que: (i) todos os registros necessários estejam disponíveis para a

auditoria; (ii) todos os lançamentos contábeis e ajustes sejam feitos; (iii) todas as

ações necessárias foram seguidas antes da emissão do relatório final dos auditores;

• Pelo atendimento às solicitações formalizadas pelo Banco Mundial,

devendo assegurar que: (i) todas as ações necessárias foram prontamente seguidas

e/ou apresentar proposta e plano de ação para mitigá-las, (ii) no caso do Banco

solicitar novas informações, essas devem ser confirmadas pelos auditores.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 85

7.4 Relatórios

As UGP’s deverão, durante a vigência do Acordo de Empréstimo, produzir

documentos contendo informações sobre o Programa, para produção destes será

utilizado sistema dos municípios, conforme descrito a seguir.

7.4.1 Relatórios Financeiros Intermediários Os IFRs serão apresentados na moeda corrente local (R$) e as figuras das

despesas serão indicadas por trimestre e acumuladas para o Projeto. Além dos IFRs

cada município será responsável pela produção de relatórios de progresso físico da

execução e obtenção. Os índices e os formatos dos relatórios foram discutidos

dentro de cada município, sendo apresentado um modelo de IFR no Bloco de

Anexos 3.

Cada UGP fornecerá também demonstrativos financeiros anuais que reflitam

as atividades realizadas sob o Empréstimo preparadas de acordo com os padrões

da contabilidade aceitáveis ao Banco.

Os IFR7 servem de base para os demonstrativos financeiros auditados,

requeridos anualmente pelo Banco.

Os IFR devem ser encaminhados ao Banco em até 45 (quarenta e cinco)

dias após o encerramento do período de declaração. A UAP é a responsável pela

consolidação de todos os IFR elaborados pelos UGP’s. Desta forma estes deverão

encaminhar a UAP tais relatórios, em até 30 (trinta) dias após o fim do período de

operação (quadrimestre civil), para que a UAP possa consolidá-los e enviá-los ao

Banco, em até 45 (quarenta e cinco) dias após o fim do período de apresentação. 7.4.2 Relatório de Execução Deverão também ser elaborados Relatórios de Progresso ou de Execução,

que contemplarão as ações executadas no semestre anterior incluindo:

(i) – os cronogramas físicos e financeiros dos semestres anteriores, onde

deverá ser apresentado o comparativo entre o planejado e o realizado e explicitados

os correspondentes desvios;

7 Se, por qualquer motivo, não for possível a utilização do sistema de gestão financeira do Tomador, qualquer

sistema contábil independente, concebido para a administração do Projeto poderá servir para monitorar o Programa e gerar os IFRs.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 86

(ii) – uma explanação sobre as ações desenvolvidas no período, bem como

as ações tomadas para a correção de eventuais desvios;

(iii) – outras informações que as UGP’s e a UAP julgarem necessárias para

um perfeito entendimento do andamento dos projetos a seu cargo;

(iv) informes de avanços e resultados do Plano de Manejo Ambiental e

Social Específico da Obra (PMASE);

(v) – Informações do avanço dos resultados baseados nos indicadores;

(vi) – outras informações solicitadas pelo Banco Mundial.

Além do descrito anteriormente, o Relatório de Execução incorporará

informações referentes a:

• Relatórios Financeiros Intermediários do segundo e do quarto trimestres

de cada ano;

• Informações Sobre o Progresso Físico - descrição dos indicadores de

resultados acordados durante a preparação do Programa que vinculam a informação

financeira com o progresso físico e ressaltam as principais questões que devem ser

observadas;

• Informações Sobre Aquisições - informações sobre as aquisições de bens,

contratação de obras e serviços e seleção de consultores e sobre os métodos de

aquisição acordados. Nestes informes é comparado o desempenho das aquisições

com relação ao Plano de Aquisições;

• Informações sobre os aspectos ambiental e social

• Orçamento designado por municípios (empenhado, pago).

Estes relatórios deverão ser finalizados pelas UGPs até 30 (trinta) dias após

o encerramento de cada semestre civil ( e consolidados pela UAP, caso existente,

até 60 dias) entregues ao Banco Mundial após o fim do período de apresentação.

Apresenta-se no Bloco de Anexos 4, roteiro básico para relatório de execução.

7.4.3 Relatório de Demonstrativos Financeiros Auditados Os demonstrativos financeiros auditados deverão ser apresentados ao

Banco até 30 de junho de cada ano após o encerramento do exercício fiscal. A não

apresentação destes demonstrativos pode resultar na suspensão dos desembolsos.

Para a execução deverá ser contratada uma empresa de auditoria independente.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 87

No Bloco de Anexos 3 apresenta-se um modelo de DOARP -

Demonstrativo das Origens e Aplicações dos Recursos no Programa, que deve ser

elaborado anualmente e entregue à empresa de auditoria independente, juntamente

com as Notas Explicativas. 7.4.4 Relatório de Avaliação Intermediária ou de Meio Termo Este documento deverá contemplar todas as ações executadas no período

compreendido entre o início do Programa e 60 (sessenta) dias anteriores à data

correspondente a metade do prazo de execução do Programa e deverá conter:

(i) - cronograma físico-financeiro de todos os projetos;

(ii) - uma análise sobre a eficiência e eficácia de cada componente;

(iii) - as justificativas e os estudos de viabilidade para a eventual inclusão de

novos projetos e/ou readequação dos existentes que, por algum motivo, não vêm

produzindo os resultados esperados;

(iv) - outras informações que o Banco Mundial, de forma razoável, venha

solicitar.

Este relatório deverá ser preparado em até 30 (trinta) dias antes da data

estabelecida para a Missão de Avaliação de Meio Termo e enviado ao Banco

Mundial. Os Relatórios de Supervisão Financeira do trimestre que antecede o

período de apresentação do Relatório de Avaliação de Meio Termo será parte

integrante deste relatório.

7.4.5 Relatório Final De acordo com as Condições Gerais Aplicáveis, os municípios através das

UGP’s deverão preparar e apresentar a UAP um relatório completo e detalhado

sobre a execução e a operação inicial do Programa, seu custo e benefícios obtidos e

a obter, o desempenho dos Tomadores em suas respectivas obrigações, as lições

aprendidas e outros aspectos que, ao longo da implementação do Programa a UAP

ou o Banco venham a julgar relevante. Os municípios que concluírem os respectivos

empréstimos elaborarão Relatório Final do Projeto, até no máximo 90 (noventa) dias

após a Closing Date, em um formato semelhante aos padrões do ICR -

Implementation Completion Report, a ser oportunamente fornecido pelo Banco.

Encerrados todos os Acordos de Empréstimos, a UAP deverá consolidar

todos os relatórios recebidos das UGP’s e entregar ao Banco, até no máximo 90

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 88

(noventa) dias após a Closing Date do ultimo empréstimo, o Relatório Final do

Programa, em um formato semelhante aos padrões do ICR - Implementation

Completion Report, a ser oportunamente fornecido pelo Banco.

A Tabela a seguir apresenta os relatórios a serem produzidos e a

periodicidade de apresentação destes.

Relatório Periodicidade DATA DE APRESENTACAO AO BIRD RESPONSAVEL/EXECUTOR

IFR trimestral 45 após termino do trimestre UGP/Financeira

Execução semestral 30 dias após encerramento do semestre civil UGP

Auditoria anual 30 de junho UGP/EMPRESA CONTRATADA

Meio Termo _ 60 dias antes da metade do Projeto

UGP/EMPRESA CONTRATADA

Final _ 90 dias após conclusão do Projeto

UGP/EMPRESA CONTRATADA

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 89

8. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 8.1 Monitoramento

Será estabelecido um sistema de monitoramento em cada um dos

municípios e os resultados, experimentos e lições aprendidas serão

compartilhados pelos participantes do PDMI.

Em relação ao monitoramento e avaliação do Projeto, as UGPs serão

responsáveis por: (i) monitorar as atividades implementadas pelas Entidades

Executoras (outras secretarias municipais ou departamentos); (ii) preparar e

implementar Plano de Monitoramento e Avaliação para acompanhar o

progresso e realizações do projeto, com base em indicadores de resultados;

(iii) construir um banco de dados dos indicadores de M&A para os diferentes

níveis dos tomadores de decisão e (iv) preparar relatórios de progresso técnico

e avaliação dos projetos e do Programa. A UAP, quando instituída, será

responsável pela padronização e consolidação dos dados individualizados dos

municípios num módulo do sistema de M&A específico para a análise agregada

dos projetos municipais, e pela produção de relatórios consolidados periódicos

do Programa; e pela difusão entre os municípios das principais lições

aprendidas.

Para medir os resultados do Programa, serão considerados indicadores

do marco lógico (Bloco de Anexo 5) que serão coletados através das

metodologias e fontes indicadas na seção 8.3, e deverão ser detalhados no

Plano de M&A a ser elaborado por cada município no início do seu projeto. Ao longo da implementação dos projetos, espera-se contar com: (i) um

sistema de monitoramento dos indicadores de resultados; (ii) um banco de

dados geográfico; (iii) um sistema físico-financeiro implantado; (iv) avaliações

externas realizadas no meio-termo e no final.

Os passos seguintes serão seguidos na operacionalização do processo

de monitoramento e avaliação durante implementação do Projeto:

(a) Seminário de Lançamento do Projeto: um seminário será

realizado no começo da implementação do Projeto em cada município para

informar as entidades participantes e beneficiários sobre objetivos do Projeto,

procedimentos, resultados esperados e indicadores de monitoramento. No

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 90

seminário será apresentado o Plano de M&A, previamente elaborado, para

discussão e aprovação.

(b) Definição dos números da linha de base: A linha de base

encontra-se parcialmente elaborada no Anexo III do PAD, com base nas

informações de fontes secundárias, disponíveis quando da preparação dos

Projetos. Demais informações, a serem levantadas em campo, deverão ser

coletadas antes do início dos respectivos sub-projetos, pelas UGPs e em

coordenação com a UAP. Os procedimentos para follow-up dos indicadores da

linha de base deverão constar no Plano de M&A; este poderá ser gradualmente

complementado conforme indicações que surgirem dos levantamentos em

campo para complementação da linha de base.

(c) Monitoramento do dia-para-dia e disseminação de informação dos projetos: O processo de monitoramento começará da linha de base no

começo de execução de PDMI. Serão levantadas informações sobre uma base

periódica. As informações relevantes serão divulgadas por boletins, folhetos,

rádio, televisão, website do Programa e uma variedade de eventos diferentes

para o benefício da comunidade. Disseminação de informações sobre o projeto

também ajudarão na geração de conhecimento e encorajarão compromisso e

consciência social do pessoal local.

(d) Relatórios Semestrais: A UGP será responsável por obter

informação das secretarias municipais participantes para preparar relatórios de

progresso técnicos semestrais, com o conteúdo definido no Manual Operativo.

(e) Seminários Regulares: Seminários municipais e regionais serão

organizados para fornecer informações sobre o progresso do PDMI e dar uma

oportunidade para times técnicos, sociedade civil e governo discutirem e

avaliarem os resultados do PDMI. Estes seminários também podem ser

temáticos para discutir o progresso de componentes específicos.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 91

8.2 Avaliações Avaliação de Meio Termo A avaliação de meio-termo fornecerá detalhes do progresso e

resultados de cada Projeto e Programa, e avaliará a conformidade com os

objetivos. Esta avaliação também apontará a necessidade de possíveis ajustes

para o Programa para assegurar sua continuada eficácia. Além disso, a

avaliação enfatizará a necessidade de obedecer a prazos finais de

implementação e identificar qualquer área e componentes que requeiram

ajuste. Também chamará atenção para as lições aprendidas que poderão ser

úteis para conduzir ações durante a fase final do Programa e para a possível

incorporação de tais lições no design de projetos futuros.

Avaliação Final A Avaliação Final à conclusão do PDMI contribuirá para o Relatório de

Conclusão. Enfocará as mesmas perguntas e indicadores de avaliação

levantados na avaliação de meio-termo. A avaliação buscará identificar os

resultados dos Projetos e do Programa, assim como a sua sustentabilidade a

longo prazo. A Avaliação Final também apontará ações futuras necessárias

para assegurar continuidade do compromisso local e consciência no contexto

do desenvolvimento de longo-termo dos municípios.

8.3 Indicadores de resultados

Os indicadores de resultados considerados na linha de base e que

serão monitorados durante a implementação do Programa foram considerados

para cada componente.

8.3.1 Associados ao Componente Desenvolvimento Institucional O componente está focado na qualificação do serviço público municipal

tendo como eixo central a modernização do desenho e estratégia de gestão

pública, causando efeitos positivos. As ações previstas neste componente

sejam por meio de consultorias específicas, a partir da capacitação e

treinamento dos quadros técnicos, ou a partir da disponibilização das

informações de bancos de dados, deverão ocasionar efeitos positivos no

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 92

fortalecimento institucional. Para este componente foram considerados os

seguintes indicadores e relativas metas:

a) Pelo menos 3 projetos em cada município onde são

institucionalizados melhores processos de gestão em relação aos

aspectos de avaliação, ambientais e sociais; este indicador refere-

se a instrumentos gerenciais como: o manual sócio-ambiental, o

manual de obras, o plano de reassentamento, o sistema de M&A,

etc.; é medido na base dos outputs produzidos pelos projetos que

os requerem.

b) Mínimo de 70% dos cidadãos satisfeitos com o acesso mais

amigável e rápido aos serviços para a clientela dos municípios; é

medido por meio de um questionário a ser aplicado nas

dependências onde os serviços à clientela estão localizados –

temas a serem pesquisados: quantas vezes os cidadãos têm que

voltar aos serviços, tempo e qualidade das respostas dadas pelo

município.

c) Resultado da transferência de conhecimento no PDMI (pelo menos

3 boas práticas ou inovações replicadas em cada município, a partir

da experiência dos demais); este indicador utiliza relatórios da UAP

e documentos dos projetos.

Foram previstos indicadores intermediários que sinalizarão se o

Programa está avançando de modo a atingir seus objetivos finais. Os

indicadores intermediários são:

a) Um espaço da administração municipal melhorado física e

funcionalmente e informatizados, um GIS implantado com cadastro

georeferenciado , e bancos de dados integrados; fonte: registros

administrativos do projeto.

b) 1000 funcionários municipais treinados; fonte: registros

administrativos do projeto.

c) 90% do programa de trabalho anual realizado dentro do prazo,

conforme cronograma do plano de aquisições; fonte: registros

administrativos do projeto.

8.3.2 Associados ao Componente Geração de Renda

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 93

Este componente tem por objetivo promover e apoiar ações e

atividades produtivas baseadas no aproveitamento de novas oportunidades e

potencialidades locais. Os indicadores de resultados são:

a) O aumento líquido percentual no número de empregos formais é

pelo menos 10% maior (ou a sua diminuição é menor) entre os

beneficiários do projeto do que na economia municipal globalmente

considerada, anualmente; fonte dos dados municipais:

http://perfildomunicipio.caged.gov.br; fonte dos dados dos beneficiários:

pesquisas de follow-up.

b) O aumento percentual do estoque de empresas formais é pelo

menos 10% maior (ou a sua diminuição é menor) entre os

beneficiários do projeto do que na economia municipal globalmente

considerada, anualmente; fonte dos dados municipais:

http://cagedestabelecimento.caged.gov.br; fonte dos dados dos beneficiários:

pesquisas de follow-up.

Os indicadores intermediários para este componente são:

a) Número de beneficiários de ações de treinamento ou assistência

técnica (metas: 500 empresas dos clusters e 200 vendedores

ambulantes; 5 empresas inovadoras e 10 empresas incubadas no

Parque Tecnológico); fonte: registros administrativos do projeto, e

das instituições de treinamento e assistência técnica.

b) Número de micro-créditos concedidos (meta: 500 anualmente a

partir do ano 2); fonte: registros administrativos do projeto, e das

instituições de crédito.

c) Número de infra-estruturas produtivas implantadas (meta: uma

packing house, um Centro Comercial de Inclusão Social, um

Parque Tecnológico); fonte: acompanhamento em campo pela

UGP.

8.3.3 Associados ao Componente Qualificação Territorial Este componente tem por objetivo promover e apoiar ações e

atividades produtivas baseadas no aproveitamento de novas oportunidades e

potencialidades locais. Os indicadores de resultados são:

a) Número (rural) e % (urbano) de população atendida pela oferta de

água (meta: 2000 habitantes da zona rural), esgotamento sanitário,

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 94

drenagem (meta: 25% da população urbana); % de esgoto tratado

(meta: 65%); % da redução de perdas físicas e financeiras de água

(meta: redução respectivamente em 30% e 12%); fonte: cobertura –

registros administrativos dos habitantes atendidos comparados à

projeção da população; esgoto tratado e perdas: registros da

Sanep.

b) Redução na densidade de veículos (meta: menos 20%) e aumento

da sua velocidade média (meta: 10%) em avenidas selecionadas

atendidas pelo projeto e estradas próximas; fonte: pesquisa de

tráfego nas avenidas atendidas e nas ruas próximas, ex-ante e ex-

post das intervenções.

c) 70% de satisfação da população com a qualidade dos serviços de

infraestrutura; fonte: pesquisa de opinião ex-post, em amostras de

população das áreas urbanas atendidas.

Os indicadores intermediários para este componente são:

a) Progresso físico das melhorias na infra-estrutura para transporte,

como % atingida da meta: km de vias pavimentadas/reabilitadas

(meta: 55 km); km de estradas com manutenção (meta: 1200);

número de pontes substituídas, reabilitadas ou duplicadas (meta:

19); fonte: registros administrativos do projeto.

b) Progresso físico nas melhorias urbanas, e recuperação ambiental,

como % alcançado da meta: m2 de área verde implantada (meta: 1

parque com 3700 m2 de área verde); fonte: registros

administrativos do projeto.

c) Progresso físico das melhorias na infra-estrutura de água, esgoto e

drenagem, como número absoluto e como % atingido da meta: km

de sistema de água (meta 20 km mais 3,2 de adutoras), km de

sistema de esgoto, km de sistema de drenagem, número de

estações de tratamento (meta: uma), número de hidrômetros; fonte:

registros administrativos do projeto.

A responsabilidade pela coleta de dados é da UGP, suportada pela

UAP (indicador: boas práticas replicadas); por empresas especializadas em

pesquisa de opinião (indicadores de satisfação) e em contagem de tráfego

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 95

(indicador: densidade e velocidade dos veículos); por universidades locais

(indicadores: follow-up dos beneficiários do componente B); e por instituições

de treinamento, assistência técnica e crédito (componente B), assim como

pelas empreiteiras (componente C).

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 96

DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

BANCO MUNDIAL. Diretrizes para aquisições no Âmbito de Empréstimos do BIRD e créditos da AID. Washington, USA: Banco Mundial, 2004.

BANCO MUNDIAL. Diretrizes para Seleção e Contratação de Consultores pelos Mutuários do Banco Mundial. Washington, USA: Banco Mundial, 2004.

BANCO MUNDIAL. Draft Loan Ageement Municipalities of Bagé, Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Uruguaiana

BANCO MUNDIAL. Manual de Administração Financeira de Projetos. Washington, USA: Departamento de Empréstimos - Banco Mundial, fevereiro de 1999.

BANCO MUNDIAL. Negociated Text Loan Ageement Municipalitie of Pelotas datado de 21/11/2007

BANCO MUNDIAL. Pelotas Project Appraisal Document - MINI PAD Pelotas, datado de 21/11/2007 (Negociated)

BANCO MUNDIAL. Project Appraisal Document - PAD datado de 21/11/2007 datado de 21/11/2007 (Negociated)

BANCO MUNDIAL. Relatórios de supervisão financeira para projetos financiados pelo Banco Mundial: Diretrizes para os mutuários. Banco Mundial, novembro de 2002.

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Agricultura e Abastecimento. Programa. Manuais operativos, 2003. (4 volumes).

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Secretaria da Coordenação e Planejamento. Programa RS BIODIVERSIDADE. Versão Preliminar do PAD (Project Appraisal Document).

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Secretaria de Coordenação e Planejamento. Programa Desigualdades Regionais. Documento preliminar do Programa.

INTOSAI. Diretrizes para as Normas de Controle Interno do Setor Público

PREFEITURAS MUNICIPAIS DE BAGÉ, PELOTAS, RIO GRANDE SANTA MARIA E URUGUAIANA. Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado – PDMI. Versão preliminar do Programa. Porto Alegre.

MANUAL OPERATIVO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL INTEGRADO – PDMI

VOLUME 1 97

PREFEITURAS MUNICIPAIS DE BAGÉ, PELOTAS, RIO GRANDE SANTA MARIA E URUGUAIANA. Projetos de Desenvolvimento Municipal Integrado – PDMI. Versão preliminar dos Projetos.