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O que torna uma acção moralmente correcta?

Moral utilitarista versão final

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O que torna uma acção moralmente correcta?

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TEXTO

Primeiro, imaginamos a possibilidade de um determinado estado de coisas que gostaríamos de ver concretizado – um estado de coisas no qual todas as pessoas sejam tão felizes e abastadas quanto possível.

De acordo com o princípio da maior felicidade (...), o fim último, relativamente ao qual e em função do qual todas as outras coisas são desejáveis (quer consideremos o nosso próprio bem como o bem de outras pessoas) é uma existência tanto quanto possível isenta de dor, e tão rica quanto possível de prazeres» J.S.Mill, O Utilitarismo.

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Em que consiste a felicidade?

Na possibilidade de alcançar o bem-estar para o maior número de pessoas.

O bem-estar consiste no maior número de prazeres e no menor número de dores.

O critério utilitário não consiste na maior felicidade do agente, mas na maior soma de felicidade geral.

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OBJECTIVOS

• Propiciar o máximo de felicidade possível para o maior número de pessoas e o mínimo de dor para o menor número de pessoas. Desse modo a felicidade estava ligada ao prazer e a infelicidade à dor.

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CRITÉRIO DA UTILIDADE

• A decisão de agir deve considerar a utilidade das consequências que dela resultam.

• Só assim será possível garantir que estas acções produzam o maior grau de felicidade possível.

• Nas situações concretas da vida, quando somos chamados a decidir se devemos praticar esta ou aquela acção, o que devemos ter em conta é qual delas produzirá resultados mais úteis.

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CRITÉRIOS VALORATIVOS PARA OS

PRAZERES Tipos de prazeres

Superiores (espirituais) durabilidade, fecundidade, dignidade,

preferência

Inferiores (sensoriais) efémeros, vitais, individuais

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SUPERIORES

Intelectuais - ler uma obra literária

Sociais- acções de solidariedade

Estéticos - contemplar uma obra de arte

Morais – participar numa acção de solidariedade

INFERIORES

Necessidades físicas/fisiológicas – comer, beber, dormir, sexo

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«Aqueles homens que buscam os prazeres

superiores podem não alcançar tanta satisfação na

vida como os que se contentam com os prazeres

do corpo. Todavia, é inegável que, por mais

insatisfeito que um homem sábio e justo se encontre,

ele será, sempre, superior a um porco satisfeito por chafurdar na lama. »

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RESUMINDO

• Uma acção será correcta do ponto de vista moral, se das suas consequências resultar o maior grau de felicidade e bem-estar para o maior número possível de pessoas.Um médico que, pelo exercício da sua profissão, salvasse um grande número de pessoas, praticaria uma acção moralmente louvável, quer a sua intenção fosse ajudar o próximo, quer fosse alcançar a fama e a fortuna.

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O UTILITARISMO É UMA MORAL CONSEQUENCIALISTA

• O valor moral das acções não se mede , nem pela «pura intenção do agente», nem pela sua submissão a um princípio estabelecido «a priori», mede-se pelas consequências que produz.

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imparcialidade

A ética utilitarista exige que o agente se coloque de um ponto de vista imparcial e desinteressado. Determinar o valor moral das acções praticadas. O progresso moral dos indivíduos deve ser acompanhado pelo aumento do bem estar da humanidade.

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CRÍTICAS AO UTILITARISMO

Ao reduzir o princípio da moralidade à mera satisfação das nossas necessidades sensíveis, o ser humano fica reduzido ao mais baixo grau de animalidade.

«Não se pode comparar a felicidade

que os indivíduos pretendem alcançar

com aquilo que torna um porco feliz»

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«Os prazeres deixam-se analisar

segundo a qualidade e não só pela quantidade»

«É pela qualidade que é possível

distinguir duas ordens de prazeres: os primeiros dizem

respeito ao corpo, os segundos são de

ordem moral e intelectual»

«É a satisfação dos prazeres superiores, de

natureza moral e intelectual, que os

homens buscam e é neles que encontram

maior felicidade»

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A utilidade não é o único critério para determinar o que é ou não é moralmente correcto.

As consequências não são a única coisa que importa.

OBJECÇÕES AO UTILITARISMO

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Argumentos anti-utilitarismo

Justiça - A justiça exige que tratemos a pessoa com equidade, segundo as suas necessidades e méritos individuais. Assim, uma teoria ética segundo a qual a utilidade é tudo o que conta não pode estar correcta.

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Direitos - O utilitarismo está em conflito com a ideia de que as pessoas têm direitos que não podem ser espezinhados apenas porque alguém antecipa bons resultados. O indivíduo não pode ser tratado como meio para atingir um fim, mesmo que esse fim traga felicidade para a maioria.

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O utilitarismo pode justificar muitas acções que habitualmente são consideradas imorais numa perspectiva tradicional

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Aspectos positivos do utilitarismo

Contribui para alterações de vida social e económica

Alerta para o empenhamento social dos indivíduos

Instituições Sociedade

Para a responsabilidade na construção do bem geral.

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