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    MOTIVAO E AUTO-ESTIMA

    Maria Arlinda Reis de Marques Freitas*

    Neste artigo iremos, inicialmente, acompanhar um breve relato da evoluo dos

    estudos sobre motivao. Isto servir para entendermos o que motivao ecomo ocorre o processo motivacional nos indivduos. Em seguida, tentaremosresponder a questes do tipo como as empresa podem motivar seusfuncionrios?, palestras motivacionais realmente funcionam? ou por que noconseguimos ficar o tempo todo motivados?. Veremos que, apesar do muito que

    j se escreveu sobre o assunto, este , na realidade, um tema muito malcompreendido.

    Quanto ao tema da Auto-estima, este ser considerado no bojo deste percurso.

    Abraham Maslow

    O primeiro autor que estudaremos, Abraham Maslow, elaborou a conhecidaHierarquia das Necessidades, que embora trate de necessidades, aceita comoestrutura conceitualno estudo da motivao humana, em situaes diversas davida, no lar, trabalho e sociedade.

    Por trs das aes humanas, diz Maslow, existem necessidades que seapresentam de forma hierarquizada, de tal modo que, somente ao satisfazer umadelas, o indivduo estaria apto para obter a satisfao da seguinte, numa escalaque conduz at o ponto da auto-realizao do indivduo. Maslow consideranecessidade a manifestao natural de uma sensibilidade interna que leva a umatendncia para realizar um ato ou as procurar determinada categoria de objetos.

    Pode-se dizer que Maslow estuda a motivao atravs das necessidades humanas.E, utilizando a figura de uma pirmide, assim teoriza:

    As necessidades que esto na base da pirmide so chamadas necessidadesfisiolgicas, cuja importncia primria, requerendo satisfao imediata, como anecessidade de saciar a fome e a sede, de respirar etc.

    As necessidades de segurana vm logo a seguir e somente podem ser satisfeitas,se satisfeitas as primeiras. Referem-se a segurana fsica, psicolgica, abrigo eordem. Quando a pessoa sente a sensao de segurana e ordem fica satisfeita es ento comear a desenvolver a prxima.

    Necessidades de pertencimento indicam que o indivduo valoriza o fato depertencer a um grupo social, que tem desejos de afiliao ou de relacionamentointerpessoal, desejos de se associar e experimentar laos de afeto e amizade.

    Somente satisfeitas estas necessidades que ele apresentar o desejo de auto-estima, ou seja, experimentar a necessidade de ser reconhecido, de ter prestgiosocial, de realizao e sucesso perante os demais, e um certo grau de autonomiae independncia.

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    Por fim, aparece a necessidade de auto-realizao, que se caracteriza peloautodesenvolvimento (excelncia pessoal, intelectualidade, criatividade) at oalcance da plenitude de seu potencial como ser humano.

    Veja Figura 1:

    Figura 1. Hierarquia das necessidades, de Maslow

    Frederick Herzberg

    Frederick Herzberg em 1959, explorando as concluses de Maslow, props umaTeoria dos Dois Fatores, relacionando a hierarquia das necessidades com otrabalho e sua execuo. Ele postulou que os fatores de satisfao(satisfacientes) estavam nas escalas mais altas da pirmide (necessidades de

    pertencimento, de auto-estima e de auto-realizao), enquanto que os fatoresdas escalas localizadas mais abaixo (bsicas e de segurana), eram fatores deinsatisfao (insatisfacientes). Aos primeiros Herzberg denominou Fatores deMotivao, aos segundos, Fatores de Higiene.

    Os Fatores de Higiene so aspectos do trabalho que apenas podem impedir ainsatisfao, atuando de maneira preventiva; no motivam nem estodiretamente ligados ao trabalho, mas proporcionam o atendimento dasnecessidades bsicas que, no entanto, no implicam na maior eficincia naexecuo das tarefas e atividades laborais.

    Ao contrrio, Fatores Motivacionais se relacionam diretamente com a satisfao eimplicam necessariamente no aumento da eficcia e produtividade.

    Na linha de raciocnio de Herzberg, baixos salrios e condies fsicasinadequadas no desmotivam, embora criem uma atmosfera de insatisfao.Porm, as chances de serem estimadas e reconhecidas no ambiente de trabalho,so os que verdadeiramente funcionariam como impulsionadores daprodutividade. Cabe Administrao evitar que situaes e ocorrncias negativasimpeam a manuteno destes dois tipos de necessidades, o que pode influir naqueda do desempenho dos trabalhadores.

    Fisiolgicas

    Segurana

    Sociais

    Estima

    Auto-Realizao

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    Satisfao Insatisfao

    Viso Tradicional

    Satisfa o No Satisfao

    Viso Herzberg

    Insatisfa o No Insatisfao

    Figura 2. Comparao entra as vises

    A teoria de Herzberg, apesar de alguns crticos, foi amplamente divulgada ebaseada nela, os executivos permitiram que os funcionrios tivessem maisresponsabilidades no planejamento controle do prprio trabalho.

    Douglas McGregor

    Douglas McGregor, em 1960, elaborou a Teoria X e Y, caracterizando dois tiposdistintos e opostos de gerentes: os gerentes X e os gerentes Y.

    l. Gerente X tem a viso tradicional de administrador: acredita que os

    subordinados, como as pessoas em geral, no gostam de trabalhar, por issonecessitavam de constante superviso e controle; que so negligentes; queevitam responsabilidades; pouco ambiciosos, preferindo a segurana pessoal;no interessados nos objetivos da empresa e sim nos prprios objetivos.

    2. Gerente Y viso moderna: acredita que seus subordinados sejam pessoascapazes, responsveis e dispostas a dar o melhor de si para realizar um trabalhoem prol de objetivos comuns; estando comprometidos com os objetivos daempresa, sero capazes de exercer autodireo e autocontrole; podem aprendera aceitar e at procurar responsabilidades; podem ser criativas e capazes detomar boas decises.

    Embora ainda no representasse uma descrio precisa do homem, asorganizaes passaram a disseminar a viso do gerente Y, difundindo osobjetivos empresariais de assegurar as boas relaes entre gerentes esubordinados, entre empresa e trabalhadores, em todos os sentidos;desenvolvendo mecanismos para assegurar um bom clima e treinamentos paraadequar o corpo gerencial a esta nova postura.

    Victor Vroom

    Victor Vroom explica o comportamento humano atravs de metas particulares eexpectativas de sucesso. Na sua Teoria da Expectativa, de 1930, afirma que odesejo nas pessoas de produzir depende dos resultados a serem alcanados, dos

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    objetivos pessoais e da percepo do valor relativo do desempenho como meiode atingir esses objetivos. Por exemplo, um maratonista capaz de sublimar afome e a sede para alcanar a linha de chegada, um executivo capaz desacrificar a vida pessoal e familiar para concluir um grande projeto que redundarem justa recompensa pelo seu esforo.

    Este autor encara a produtividade como um meio de alcanar satisfao, nocomo um fim em si. De modo que se torna importante para o administradorentender os objetivos dos empregados e vincular as recompensas desejadas (emerecidas) ao desempenho individual de cada um deles.

    Em sntese, para este teoria, o que garantiria a motivao dos empregados seriaa percepo individual de que seu esforo conduz um a desempenho, seudesempenho conduz a uma recompensa, a recompensa satisfaria seus objetivospessoais.

    Este modelo reconhece que no existe um mtodo universal para motivarpessoas; alm disso, nada pode assegurar que um empregado reconhea queseus esforos e desempenho foram justamente avaliados e recompensados, ouat mesmo que o bom desempenho no emprego leve necessariamente satisfao.

    Figura 3. Teoria da Expectativa

    McClelland

    McClelland comprovou sua Teoria dos Motivos Humanos atravs de pesquisasrealizadas na empresa multinacional de telecomunicaes AT&T. Postula quecertas necessidades, embora presentes nas pessoas, so aprendidas na interaocom o meio social. Seriam elas:

    Necessidade de realizao: busca da excelncia, de se realizar em relaoa determinados padres, de lutar pelo sucesso.

    Necessidade de poder: necessidade de fazer outras as pessoas secomportarem de uma maneira que no fariam naturalmente.

    Necessidade de associao: desejo de relacionamentos interpessoaisprximos e amigveis.

    Conhecer as necessidades de cada um de seus membros salutar para aorganizao, pois lhe possibilita estabelecer o melhor ambiente de trabalho paracada um deles. Assim, uma pessoa com alta necessidade de poder no sentidode desejar controlar os demais ficar melhor em um ambiente competitivo, poisapresentar desempenho mais satisfatrio, e, claro, maior satisfao pessoal, sepuder ter a oportunidade subir rapidamente na hierarquia. J pessoas com

    necessidades de afiliao saem-se melhor desempenhando funes em ambientesestveis, onde podem criar razes e estabelecer relacionamentos duradouros.

    Esforo Desempenho Individual Esforo Esforo1 2 3

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    Viktor Frankl

    Judeu, nascido em Viena, mdico, psiquiatra, criador da Logoterapia. Foi preso eenviado para os campos de concentrao de Auschwitz, Sobibor e Treblinka, e foio nico sobrevivente de sua famlia. Durante sua estada no campo de

    concentrao, Frankl viu todos os seus familiares mais prximos serem levadospara a cmara de gs, e ele mesmo sofreu muitas humilhaes, como, porexemplo, ser aprisionado nu em uma cela minscula por longos e interminveisdias!

    Ele observou a si mesmo e aos demais prisioneiros e percebeu que asobrevivncia estava intimamente ligada a uma atitude individual alternativafrente s condies dadas. Grande parte dos prisioneiros que no sucumbiam aoshorrores do campo de extermnio utilizava-se de sua capacidade interior detranscender as piores fases de desumanizao, manter a ntima liberdade e,assim, no renunciar ao sentido da vida.

    Por isso, Frankl concluiu, como Nietzsche, que: "Quem tem por que viver,agenta quase qualquer como".

    Sobre si naqueles campos de concentrao, Frankl concluiu que tinha trs metas:

    1) Sobreviver2) Aprender algo de til naquele holocausto e;3) Ajudar como mdico seus companheiros de infortnio.

    E ele cumpriu as trs.

    Frankl alega que a principal fora motivadora no ser humano a busca dosentido. O sentido entendido por Frankl em dois nveis distintos: o sentidosupremo, caracterizado pela misso que a pessoa percebe frente ao mundo, e osentido do momento, que representa o significado especfico da vida de umapessoa numa dada circunstncia.

    E so trs os caminhosque podem levar uma pessoa a descobrir um sentido, sejaele supremo ou momentneo:

    a) Criando um trabalho ou praticando um ato.b) Experimentando algo - como a bondade, a verdade e a beleza,experimentando a natureza e a cultura, ou experimentando outro ser humano emsua originalidade prpria - amando-o.c) Pela atitude que a pessoa toma em relao ao sofrimento inevitvel.

    Assim, ele conclui que, uma vez que o ser humano esteja imbudo de um fortesentido de misso, quer seja ela num nvel supremo ou num nvel especfico, elecaminha para a realizao deste sentido, sobrepujando at mesmo suasnecessidades bsicas, e seus sofrimentos mais dolorosos. A busca do sentidopossui, portanto, um papel fundamental no estudo da motivao, pois representaum caminho importante para a felicidade do ser humano.

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    Mas, por que apesar de tanto se teorizar sobre motivao, as empresasno conseguem manter seu pessoal motivado?

    A motivao humana tem sido um dos maiores desafios na gesto organizacional,para psiclogos, gerentes e executivos. Alm destas, diversas teorias e inmerastcnicas tm tentado explicar o funcionamento desta fora aparentemente

    misteriosa que leva as pessoas a agirem em direo ao alcance de objetivos.Existe ainda muita confuso e desconhecimento sobre o assunto.

    Segundo percebemos, cada autor tem sua viso do problema da motivao, noesgotando completamente o assunto. E ns sabemos o quo complexo o serhumano! Cumpre-nos explorar ainda mais, outras vises, com o cuidado debuscar consistncia terica e prtica.

    Hoje em dia, tm-se o imperativo de transformar teoria em prtica, com amesma velocidade com que as transformaes acontecem na sociedade. Em vistadisso, muitas tcnicas motivacionais tm surgido, sendo amplamente utilizadaspelas empresas, mas em geral, mostrando-se passageiras e ineficazes paramotivar funcionrios.

    Uma palestra empolgada, queima rpido e forte como fogo de palha, e logo viracinza. A tal injeo de nimo mesmo como uma injeo, de efeito rpido, masque logo depois se esvai, e quando temos que lidar novamente com a realidade,muita das vezes difcil, faz-se necessrio que busquemos nova dose!

    A prtica tem mostrado que oferecer recompensas ou incentivos por metasalcanadas pode ter um efeito tambm muito breve e em alguns casos chega aser corruptvel. Alguns funcionrios podem pensar: eu odeio esta empresa,odeio meu chefe, mas vou dar o mximo de mim porque eu quero a recompensa.

    Encaremos a verdade, este tipo de comportamento empresarial, pode inclusivealimentar a tendncia natural do ser humano de esperar receber, antes de dar.Enquanto que, numa cultura sadia, os funcionrios sentem orgulho da empresa erealizam o seu trabalho porque apreciam a forma como a empresa opera e trataseus funcionrios, eles no precisam de recompensas.

    Qual a soluo ento para se ter funcionrios mais motivados? Nossa primeiradica : Desista de tcnicas de motivao! Quaisquer que sejam as atitudesadotadas, elas simplesmente funcionaro como paliativos. Tudo que as empresasquerem que os funcionrios produzam mais, dem mais retorno, mais dinheiroe os clientes estejam felizes, voltando e recomendando a organizao. Para isso, melhor procurar por mtodos mais duradouros, se que se encontra!

    MITOS SOBRE A MOTIVAO

    Vamos ainda desmistificar alguns mitos e idias equivocadas sobre motivao.Muitas frases bonitinhas so amplamente utilizadas, contudo surtem pouco ounenhum efeito. Falaremos agora destas frases, que so mitos a serem por nsdesvendados:

    MITO N 01 - Faa o que gosta e voc se sentir motivado

    O que est errado com essa frase?

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    Eis a resposta: Como veremos adiante a motivao est relacionada comobjetivos futuros o motor que o move em direo do que voc deseja. Noexatamente com a satisfao do aqui-agora. Pessoas bem-sucedidas, queatingiram e continuam buscando objetivos, fazem o que for preciso parachegarem onde desejam. Isto significa, muitas vezes, fazer o que no se gosta!

    MITO N 02 - possvel motivar o outroAs empresas ainda tm esperana de que um grande palestrante de renomenacional ou internacional possa operar o milagre de motivar equipe, dispondo-se a pagar fortunas por um trabalho desta natureza.

    O que veremos adiante : motivao algo que vem de dentro.

    MITO N 03 - Dinheiro um forte fator motivacional

    Pode ser que um funcionrio trabalhe mais e com mais empenho para conseguirmais dinheiro. Contudo, isto no significar necessariamente que ele estejaentusiasmado com o trabalho, feliz por estar realizando suas tarefas que oobjetivo da real motivao. possvel se ter profissionais trabalhando comextremo mau humor, mas que fazem de tudo para obterem a recompensa(dinheiro).

    MITO N 04 - A motivao o resultado da satisfao

    Muitos empregadores investiro em um ambiente agradvel, estaes detrabalho confortveis, espaos para descanso, lazer, funcionrios recebendoelogios freqentemente, equipes constantemente treinadas... O problema queeles sentem-se to confortveis que se acomodam ficam contentes, contudo,no h motivao alguma.

    MAS, ENTO, O QUE REALMENTE MOTIVA?

    A resposta a esta pergunta est na palavra MOTIVAO o MOTIVO para a suaAO. o porqu, a razo pela qual voc faz o que faz. A motivao geradapor um desejo, quanto mais forte for este desejo, mais forte ser a motivao.

    Pessoas altamente motivadas so constantemente energizadas pela imensavontade que possuem de conquistar aquilo que desejam. Elas sabem ondequerem chegar, no andam pela vida sem rumo esperando que umaoportunidade qualquer bata porta. Elas acordam ansiosas para dar o melhor desi no trabalho, vo para o trabalho alegres, apreciam o que fazem e esto vidaspor alcanar metas desafiadoras. Elas no se importam em realizar tarefasdesagradveis, enfrentar desafios, trabalhar muito alm da conta sem receberpor isso. Elas so movidas por um combustvel muito mais poderoso do que asrecompensas que uma empresa pode oferecer a elas.

    Portanto, quem realmente deve querer a motivao a prpria pessoa VOC!Motivao sempre uma auto-motivao! Ou seja, ela endgena, surge dedentro pra fora. Surge de dentro de VOC.

    Voc quer energia positiva? SEJA uma pessoa capaz de gerar energia positiva.Voc quer que as pessoas sejam compreensivas e amorosas? SEJA uma pessoacompreensiva e amorosa.

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    Voc quer ser valorizado? SEJA envolvido e comprometido.Voc quer confiar nas pessoas? SEJA confivel.Voc quer se amado por sua esposa/esposo? AME sua esposa/esposo.

    A motivao, como a felicidade, resulta de condies internas, de um processonatural de crescimento. preciso ir assimilando todas as experincias, obtendo

    conhecimentos e, sobretudo, auto-conhecimento, ao enfrentar as durezas da vidaem nome de um objetivo, aprendendo a viver autenticamente, para no depois setornar possvel a realizao de seus sonhos, ou o alcance da sua viso.

    A pessoa verdadeiramente auto-motivada vive, por assim dizer, numa realidadeparalela. Ela segue seu rumo independente do que ocorre em volta dela.Recompensas no a motivam, erros e crticas no a desmotivam. Ela segue suabssola interna, no se importando com as condies de trabalho desfavorveis,ou com as dificuldades na vida pessoal ou financeiras.

    Contudo, as empresas devem, sim, tratar bem os funcionrios, ouvi-los evaloriz-los! Tratar os funcionrios como clientes ou voluntrios pensar queeles podem e devem oferecer-se voluntariamente, com seus coraes ementes, dando de si o melhor!

    Ser ativo ou passivo?

    "Nossa liberdade fundamental o direito e o poder dedecidir como qualquer pessoa ou qualquer coisa fora de nsnos afetar".(Stephen Covey)

    A sua vitria pessoal , sobretudo, uma vitria sobre si mesmo. No se mantenha

    passivo diante dos acontecimentos da vida. Seja autor de nossa prpria histria.A prpria existncia cobra de ns as respostas pergunta: QUAL O SENTIDO DAVIDA?

    H pessoas que jamais sero auto-motivadas, simplesmente porque nousufruem de sua auto-conscincia, de seu poder de escolha, no sabem que tmliberdade, no conhecem a si mesmas e no acreditam em si mesmas. Elas notm vontade independente. Elas esperam muito dos outros, do patro, docnjuge, da vida!

    Viva da sua imaginao, visualize seu futuro e o construa! Crie imagens que

    transcendam a sua realidade presente. Quem no sabe lidar proativamente coma realidade, se desmotiva facilmente.

    "Eu posso mudar. Eu posso viver da minha imaginao aoinvs da minha memria. Eu posso me amarrar ao meu

    potencial ilimitado ao invs do meu passado limitado".(Stephen Covey)

    Preste ateno na sua rotina. Voc acorda e encara a perspectiva de um novo diacom alegria? Quando recebe uma nova tarefa, voc a inicia com espritorenovado? Quando finaliza um trabalho, experimenta aquela sensaomaravilhosa de dever cumprido? Voc trabalha com confiana (f), com absoluta

    serenidade frente aos infortnios, sentimentos e sensaes negativas advindosde todos que o cercam?

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    A motivao fundamental para o seu sucesso pessoal e profissional eprincipalmente para a sua felicidade. E lembre-se: de DENTRO PR FORA!

    Faa uma auto-anlise, veja os pontos que voc precisa mudar ou revitalizar.Mude a trajetria de seus pensamentos acerca de si mesmo e da sua vida. Mudeseu humor, sua linguagem, suas atitudes e colha os resultados. Busque ajuda, se

    necessrio. Priorize as reas em que sente maior necessidade de mudana.Como seres humanos, temos potencialidades, talentos, competncias, capacidadede produzir e sentir prazer e proporcionar prazer, mas tambm temos fraquezas,falhas, iluses e medos. No mundo real no existem super-heris. No tenhavergonha de buscar ajuda, nem de expor quem voc verdadeiramente !

    O que voc est fazendo no jogo da vida? Por que voc trabalha? Por que aceitouestar onde est? Conhea quem voc , o que voc tem e pode dar. Ame suavida. E vibre com os resultados.

    Voc s pode dar o que voc tem!

    Reconhea seus prprios talentos, sua competncia, suas habilidades, e procuresempre dar o melhor de si, e at superar a si mesmo. Faa o seu melhor! Sejanico para seu cliente, seja nico para sua organizao, seja nico para seusamigos. Quando voc entende que nico voc faz a diferena.

    O Hbito faz o Monge

    Uma biloga relatou o seguinte:

    - Eu costumava colocar os peixes em grandes aqurios, separados por lminas de vidro,para que pudesse estudar cada espcie individualmente. Um dia decidi remover uma daslminas de separao para limp-la. Ao voltar com a lmina, para recoloc-la em seulugar, me surpreendi com o que vi. Os peixes no haviam se misturado.

    Quantas vezes, em nossas vidas agimos exatamente como aqueles peixes,respeitamos limites que j no existem mais! Estamos habituados a serdesmotivados. A no acreditar em nossa felicidade, a no acreditar no nosso pas,nos nossos governantes, nos nossos chefes, nem na sade da nossa organizao.Estamos habituados a ser pequenos, em nome de uma tal humildade que malcompreendemos o que seja.

    "A transformao pessoal requer a substituio de velhoshbitos por novos".(W. A. Peterson)

    SOCORRO! COMO VENCER A FALTA DE MOTIVAO?

    I. Gerencie Seus Pensamentos

    Como disse Augusto Cury: Vire a mesa dos prprios pensamentos! Critique cada pensamento negativo;

    Desacelere o pensamento; Pratique o silncio contemplativo e desenvolva a intelignciaemocional e espiritual;

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    Tenha postura aberta, crtica e reciclvel do processo de interpretao darealidade; aprenda a se esvaziar dos processos decorrentes da histriaintrapsquica (liberte-se de traumas passados); faa exerccios de domnioadministrativo do eu; destrua as algemas da ansiedade, do medo, dainsegurana; no tenha auto-compaixo, ela porta aberta para o fracasso!!

    II. Gerencie Suas Emoes

    o Expanda a energia do amor, da satisfao, da paz interior;o Ou voc domina sua energia emocional ou ela dominar voc.o No faa de sua emoo uma lata de lixo dos seus problemas;o O eu (vontade consciente) deve governar, proteger, direcionar a emoo.o Pense antes de reagir diante de ofensas.o Brinde a Vida, Contemple o belo!

    Voc um especialista em reclamar ou em reunir foras paraagradecer e caminhar?"(Augusto Cury)

    III. Tenha um Projeto de Vida

    Voc precisa ter um alvo, um projeto de vida, querer ser bem-sucedido. Se vocno tem um projeto de vida, dificilmente ser realizado e feliz.

    Pessoas que tm um projeto de vida no fazem cursos apenas para ter umdiploma e pendurar na parede. Elas transformam as informaes que aprendemem conhecimento, e o conhecimento em experincia. Elas desejam subir no pdio,

    e por isso esto dispostas a enfrentar a labuta dos treinos. Elas aprendem com asperdas e frustraes, tirando lies para o aperfeioamento pessoal. Elasconhecem a lei da colheita: h tempo de plantar, tempo de regar e tempo decolher.

    IV. Trabalhe sua Auto-Estima

    Juntamente com tudo que j foi explanado, deve-se trabalhar a auto-estima, oque tambm requer um processo de amadurecimento, rumo eficcia pessoal.

    O que auto-estima?

    Forma como nos sentimos em relao a ns mesmos, Sentimento de valor pessoal (auto-estima de ncleo) e Sentimento de competncia pessoal (auto-estima situacional).

    Torna-se imperativo desenvolver a auto-estima, que corresponde a expandirnossas capacidades e valores! Envolve SABEDORIA. um saber viver! Uma auto-estima elevada condio essencial para a felicidade ou o sucesso pessoal.

    Vamos conhecer os vrios componentes da auto-estima:

    COMPONENTES INTERNOS:

    1. AUTO-IMAGEM (conhea-se, descubra-se)

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    idias em comum. Portanto, comunicao interao, relacionamento. Seugrande escopo o necessrio entendimento entre os homens.

    Seremos bem-sucedidos em nossa comunicao, se a reao do outro for aquelaque queramos. Porm, muitas vezes somos ineficazes em nossas interaes, porno falarmos de forma clara e objetiva, com real interesse no outro, e por no

    sabermos ouvir. Saber ouvir tambm um hbito a ser criado.A causa de muitos outros impedimentos da comunicao eficaz decorre deconflitos individuais, falhas na interpretao, confuso entre aspectos objetivos esubjetivos e defeitos quanto a percepo.

    Como garantir a efetividade na comunicao?

    o Deve-se, de incio, formular crticas avaliao feita pela parte em relaoao todo,

    o Crticas intolerncia quanto aos pontos de vistas alheios,o

    Crticas s malhas do "eu j sei".

    o Deve-se indagar quando aconteceram os fatos que desejamos comunicar:"deixe-me ver o fato"; "mostre-me o fato"; "onde est o fato?".

    o Finalmente, deve-se ter como diretriz a clareza, a brevidade e, sobretudo,a racionalidade.

    VI. Desenvolva a Criatividade

    Segundo Torrance, criatividade o processo de tornar-se sensvel a problemas,deficincias, lacunas no conhecimento, desarmonia; identificar a dificuldade,buscar solues, formulando hipteses a respeito das deficincias; testar eretestar estas hipteses; e, finalmente, comunicar os resultados.

    E insanidade fazer sempre as mesmas coisas e esperar resultados diferentes!

    Criatividade um processo que envolve, ao mesmo tempo, emoo, fantasia eracionalidade. Requer a utilizao de ambos os hemisfrios cerebrais, pois com ohemisfrio direito, eu sonho, eu imagino, eu me emociono, uso de abstrao eintuio; j com o hemisfrio direito, eu analiso, planejo, executo de formaordenada.

    Contudo, as idias no surgem por acaso. preciso estar envolvido com oproblema; e ter apreendido os conceitos fundamentais; alm disso, precisodesenvolver a expectativa de ver o problema resolvido para se ter uma idia arespeito.

    So atributos da Criatividade:

    1. Motivao2. Persistncia3. Curiosidade4. Independncia5. Sociabilidade6. Divertimento

    7. Ausncia de planejamento rgido

    Os sete bloqueios criatividade nas empresas:

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    1. Medo de errar2. Preocupao excessiva com ordem e tradio3. Miopia de recursos4. A doena do especialista5. Relutncia a exercer influncia

    6. Relutncia a brincar7. Recompensa excessiva ao sucesso

    VII. Seja um garimpeiro da felicidade

    A felicidade no se deixa vender por dinheiro, no sepermite seduzir pela fama e nem aceita ser subjugada pelopoder. Se quisermos encontr-la, precisamos procur-la nosrecnditos annimos do esprito humano, nas avenidasocultas da emoo(Augusto Cury)

    O que o trabalho significa para voc? Apenas a possibilidade de ganhar meusustento ao final do ms? Ou traz, tambm, outros significados pessoais como,por exemplo, o de realizar algo importante, de fazer a diferena, de agregarvalor? Nesse caso, provavelmente seu auto-conceito e auto-estima traro umamotivao diferente para realiz-lo e voc encarar o trabalho como umaoportunidade constante de desenvolvimento pessoal e profissional.

    Como est seu auto-conhecimento e a sua capacidade de exercer todos os meuspapis com autenticidade, buscando plenitude? Se voc faz escolhascontrariamente aos seus valores, baseado no medo, por exemplo, issorepresentar uma potencial ameaa sua felicidade.

    Investir no campo pessoal buscando auto-conhecimento e desenvolvimentopessoal em todas as suas dimenses fsica, mental, emocional e espiritual , fundamental para poder supr-lo da energia que o habilitar a desempenhar todosos meus papis com a mxima coerncia com meus valores.

    Voc pode estar em uma situao difcil agora, mas parabns, pois ainda est no jogo da Vida! Crie sua motivao, em cima de valores prprios e torne-se umnovo profissional, e ser humano, fazendo dela o seu diferencial competitivo!

    Todo mundo reconhece o valor do entusiasmo. Mas, no h entusiasmo sem

    felicidade! Estar entusiasmado estar em Teos, ou seja, em Deus.Quem compra um servio ou produto quer a garantia de que aquilo vai lhe trazerfelicidade, satisfao. Quem compra um servio em sade no quer apenas sercurado de sua doena, quer tambm ter a alegria de se sentir bem recebido,acolhido, amado como ser humano. Quer ser feliz!

    No adianta ser competente tecnicamente, ensina Shinyashiki. "A felicidade quevoc proporciona com aquilo que vende o seu diferencial competitivo . Emoutras palavras, aquele que vender angstia colher angstia!

    Pessoas felizes so: Criativas; Auto-motivadas;

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    Entusiasmadas; Capazes de desenvolver sua inteligncia; Generosas; Humildes; Competentes.

    Mas, como ser feliz?Hans Seye nos diz: Uma vida longa, saudvel e feliz o resultado decontribuies, de projetos significativos que sejam pessoalmente animadores eque contribuam e abenoem a vida dos outros.

    Covey nos ensina a cuidar de nossa pessoa completa:

    1. Cuidar do corpo nossas necessidades fsicas, incluindo alimentao,abrigo e vesturio.

    2. Cuidar da mente que representa nossa necessidade intelectual de crescere de aprender continuamente.

    3. Cuidar do corao que corporifica nossa necessidade de relacionamentos,amizades e amor.

    4. E cuidar do esprito que est relacionado nossa necessidade decontribuir, de deixar um legado e de fazer a diferena.

    Deixar um legado servir s necessidades humanas, ter sentido fraternal,humanitrio, ser generoso, ter princpios no relacionamento com os demais princpios como honestidade, imparcialidade, integridade, dignidade humana,pacincia, educao, dedicar-se s atividades com qualidade ou excelncia. Terum sentido de estar conectado com algo maior. Ter uma vida de significado econtribuio. Encontrar a sua voz interior. Compartilhando novas idias, einstruindo e inspirando os demais.

    Covey foi muito inspirado por Viktor Frankl.

    *Maria Arlinda Reis de Marques Freitas psicloga, especialista em consultoriaorganizacional, docente em cursos de graduao e ps-graduao e diretoratcnica de People Gesto Organizacional.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS:

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    CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administrao. V.2. so Paulo: Atlas.

    CHRISTY, Fran. Os segredos da motivao. Coleo Sonhos Estratgicos. E-bookpublicado em 2006 por www.sonhosestrategicos.com . Acesso em 18/07/2007.

    COVEY, Stephen. Os 7 hbitos das pessoas altamente eficazes. So Paulo:Editora Best Seller. 9. ed. 2002.

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