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Movimento religioso: crescimento e queda - Revista 138

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Por que as religiões perdem qualidade, quando crescem quantitativamente? O fenômeno é relativamente fácil de explicar: é um misto da vaidade humana com a falta do conhecimento verdadeiramente cristão. Inexpressiva do ponto de vista numérico, qualquer religião obriga seus líderes a uma maior vigilância para que ela não se autodestrua em sua fragilidade, além disso a pequena quantidade de adeptos não excita a vaidade

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Porqueas religiõesperdemqualidade,quandocres-cemquantitativamente? O fenômeno é relativamente fácil de explicar: é ummistodavaidadehumanacomafaltadoconhecimentover-dadeiramentecristão. Inexpressivadopontodevistanumérico,qualquerre-ligiãoobrigaseuslíderesaumamaiorvigilânciaparaqueelanãoseautodestruaemsuafragilidade,alémdissoapequenaquantidadedeadeptosnãoexcitaavaidade. Quandocrescem,surgemaspreocupaçõescomaad-ministração, arrecadação defundos, aquisição de compu-tadores, construção de tem-plos, geralmente faustosos,com eleições, com o poder...Adisputahierárquicaseesta-belece e os “representantes”doPoderDivinoaparecem. A ocupação do espaçopela “autoridade’’ substitui osentimento de simplicidade evangélica e o orgulho pessoalsemanifesta. Nummundoviciadocomoonosso,osadeptosdeto-dasascrenças,deumaformageral,admiramopoder,aplau-demosqueaparecem,porquetambémnãotêmconsciênciamaisprofundadoexatosentidodosprincípiostrazidosporJesusCristo. Quantomaisvaidoso,mais inseguroéoserhumano,necessitando do reconhecimento público, dos elogios, docomandoparaserealizaremsuasfraquezas. Porisso,sóotíbioeoinsensatolutamporcargosesedesesperamparamantê-los.

Editorial

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Movimento religioso:crescimento e queda

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“O que se faz preciso, em vos-sa época, é estabelecer a diferen-ça entre religião e religiões.

A religião é o sentimento di-vino que prende o homem ao Criador. As religiões são orga-nizações dos homens, falíveis e imperfeitas como eles próprios; dignas de todo o acatamento pelo sopro de inspiração superior que

ReligiãoereligiõesReligiãoereligiões

O movimento espírita, em muitas instituições, passaporessafase. Chapasdiversasdisputamdiretorias, nosmoldesde-primentesdapolíticamundana.Hámédiunsque“recebemmensagens’’induzindoaescolha,identificandoosprotegidosde“Bezerra”,“Emmanuel”,“Ismael”e,atémesmo,de“Je-sus”.Queremdireitodedecisão,porsesentirem“salvado-resdealmas”e“enviadosdoalto”. Há,ainda,osqueinvocamencarnaçõespassadas,parajustificarem suas pretensões. Muitos desses “messias” seconsideramoretornodePaulo,deLutero,deKardecetc.,numacomprovaçãotácitadaobsessão. Deveriam lembrar-se de Bias, o notável cidadão dePriena,aoresponderaquelesqueestranhavamoseudesa-pegodosbensmateriasedodestaquesocial:“Eutragotudodentrodemim”. Os verdadeiros líderes, que contamcomo apoiodeelevados benfeitores, são aqueles que ocupam cargos semambicioná-los,trabalhamporamoreestudamcomhumilda-de.Nãosãoarrogantesnempretensiosos.Servemepassam,distribuindosemcontaroquedão.Nãoofendemoscom-panheirosnemosprincípiosimáculosdaDoutrina.Elessãoidentificadospelanobrezadocaráter,pelapermanentededi-caçãoepelasimpatiaquetipificamoequilíbrionecessárioaqualquerníveldeliderança.

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as faz surgir, são como gotas de orvalho celeste, misturadas com os elementos da terra em que ca-íram. Muitas delas, porém, estão desviadas do bom caminho pelo interesse criminoso e pela ambi-ção lamentável dos seus exposito-res; mas a verdade um dia brilha-rá para todos, sem necessitar da cooperação de nenhum homem.”

Trecho do livro “Emmanuel”, Emma-nuel/Chico Xavier, cap. 4, Ed. FEB.

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Por um poucoPresença de Emmanuel/Chico XavierPresença de Emmanuel/Chico Xavier

Nesta passagem, refere-se Paulo à atitude de Moisés, abs-tendo-se de gozar por um pouco tempo das suntuosidades da casa do Faraó, a fim de consagrar-se a libertação dos companheiros cativos, criando imagem sublime para definir a posição do espírito encarnado na Terra.

“Por um pouco”, o administrador dirige os interesses do povo.

“Por um pouco”, o servidor obedece na subalternidade.“Por um pouco”, o usurário retém o dinheiro.“Por um pouco”, o infeliz padece privações.Ah! Se o homem reparasse a brevidade dos dias de que dis-

põe na Terra! Se visse a exiguidade dos recursos com que pode contar no vaso de carne em que se movimenta!...

Certamente, semelhante percepção, diante da eternidade, dar-lhe-ia novo conceito da bendita oportu-nidade, preciosa e rápida, que lhe foi conce-dida no mundo.

Tudo favorece ou aflige a criatura ter-restre, por um pouco de tempo.

Muita gente, contudo, vale-se dessa pequenina fração de horas para complicar-se por muitos anos.

É indispensável fixar o cérebro e o coração no exemplo de quantos souberam glorificar a romagem apressada no caminho comum.

Livro “Fonte Viva”, cap. 42, Ed. FEB.

Emmanuel

“Escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que por um pouco de tempo ter o gôzo do pecado.” Paulo (Hebreus, 11:25)

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Na antiguidade profana, estu-damos a teologia pagã, e recolhe-mos dela os mais preciosos dados, como provas de que o Espiritismo vem da origem dos tempos, e tem suas raízes na crença religiosa de todos os povos, que foram respeita-dos por seu saber.

Desde os hindus, cuja crença domina também a China e o Japão, desde os pereus, um dos ramos ilustres da família ariana, desde os egípcios, que supuseram autóc-tones em sua ciência, por Manau, por Zoroastro, por Bandah, e por Manés, os grandes vultos orientais em matéria teológica, até a Grécia e Roma, por seus mais notáveis histo-riadores, filósofos e poetas, Heródo-to, Homero, Platão, Sérvio, Virgílio e Ovídio, temos testemunhas dos dogmas espíritas.

Podemos, pois, dizer que a te-ologia pagã na antiguidade profana abraçou unanimemente o dogma da pluralidade das existências da alma, que é a pedra angular do Espiritis-mo.

O que mais pode valer: essa crença universal dos povos idos,

ensinada pelos maiores vultos do mundo antigo, que o mundo moder-no ainda hoje acata, ou a crença de alguns sábios modernos (verdadei-ros sábios, porém, desvairados pelo espírito de sistema) e pela claque de sábios, que nem conhecem o que afirmam, nem conhecem o que negam, senão per suma capita?

A autoridade está com aqueles, e os fatos que estes recusam sem o conveniente estudo, confirma aque-la autoridade, como teremos de de-monstrar.

Sigamos, porém o nosso pro-grama, e entremos no estudo da antiguidade profana, sob a segunda face: a filosofia pagã.

Faremos representar esta im-portante seção pelos grandes filó-sofos, que a Humanidade acata sob os nomes de Platão, de Platino, de Profírio e de Jamblico.

No seu imortal Fedon, o filósofo que ainda hoje é conhecido pelo – divino - diz: “que a natureza é gover-nada pela lei dos contrários, e pois que vemos, em seu seio,a morte su-ceder à vida, somos obrigados a crer que à vida sucederá a morte’’. (...)

DasériepublicadanojornalOPAIZ,noRiodeJaneiro,apartirde1886.

Bezerra de MenezesPensamentos Doutrinários XX

Excertos da página“PRECURSORES DO ESPIRITISMO”

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E mais acentua a sua crença, com relação à alma humana, quan-do diz que aprender é recordar.

A alma, pois, já viveu antes da vida presente, tanto que se lembra de alguma coisa, que aprendeu na passada ou passadas existências.

E se é certo que já teve uma vida antes desta, o que poderá opor-se à crença de ter tido mais de uma, e de ainda vir a ter uma e mais?

Tendo múltiplas existências, onde pára a alma durante o tempo do interstício?

A Platão não escapou esta questão, e foi por ela que chegou à convicção de um outro mundo, que chama inferno, onde vive em espírito e, se for filósofo, viverá em sociedade com Deus, participando de Sua pu-reza, de Sua felicidade e de Sua sabedoria.

“Se a alma, diz ele, sai do corpo puro, sem mácula de matéria, não tendo tido voluntaria-mente com ela comércio algum, e pelo contrário, tendo sempre evitado qualquer, re-colhida em si mesma e meditando sempre, isto é, filosofando em ver-dade e aprendendo efetivamente a morrer, por que a filosofia não será uma preparação para a morte? (...)

Digam: não é esta a pura Dou-trina Espírita, no que tem ela de es-sencial?

Os espíritos são criados em ino-cência e ignorância, têm por missão transformar aquelas sementes do bem e do saber em suma virtude e em suma sabedoria; para isso Deus lhes dá a liberdade e o tempo que quiserem, dispondo de maior ou menor número de existências cor-porais, conforme fizeram mau ou bom uso daquela liberdade; nas vidas sucessivas eles progridem, lavando-se numas faltas de outras, e sempre avolumando a massa de seus conhecimentos – desde, pois, que por seu progresso eles se li-bertam da lei da morte, não voltam mais à Terra, mas a qualquer outro

mundo de expiação e vão gozar a bem-aven-turança.

A identidade é per-feita, havendo apenas um ponto em que o Espiritismo vai além de Platão: o que se refere ao destino humano.

O filósofo define-o, terminantemente, uma vez livre o espírito da lei das reencarnações,

ao passo que o Espiritismo ensina que a perfectibilidade é infinita e, portanto, que o espírito tem sempre de progredir, fazendo-o, depois de purificado, em meio de gozos, ao passo que antes fazia-o em meio de sofrimentos.

Platão, pois, atesta a verdade do Espiritismo.

BezerradeMenezes

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Ao editar “O Evangelho segundo o Espiritismo” em 1864, Allan Kar-dec preocupou-se ao dizer, já no primeiro capítulo, que a “Aliança da Ciên-cia e da Religião” dar-se-ia porque “são chegados os tempos que os ensina-mentos do Cristo têm de ser completados” e que a “ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual”.

Esta realidade se comprova com o número expressivo de livros vol-tados para os aspectos espirituais da criatura humana como “As Sete Leis Espirituais do Sucesso” e “Conexão Saúde”, ambas do médico indiano, endocrinologista, e mundialmente famoso Deepak Chopra (foto) que tem concorrida clínica na Califórnia, Estados Unidos. Ele defende o tratamento e a prevenção das doenças, estabelece uma ampla e consciente sintonia entre mente e corpo. Reedita o conceito do poeta romano Juvenal que, no século II da nossa Era, já dizia “mens sana in corpore sano”, em sua obra “Sátiras”.

Chopra afirma: “A saúde é o espelho do que pensamos” e que “os pen-samentos interferem na maneira como o organismo funciona e defende que o melhor caminho para uma vida saudável é saber ouvir o próprio corpo”.

Em entrevista à Revista ISTO É número 2.220, Deepak Chopra, tam-bém autor da obra “Cura Quântica”, faz declarações significativas como: “Hoje, sabe-se que 95% dessas enfermidades são motivadas por fatores que envolvem estresse sobre o organismo. A medicina ocidental é capaz de dar uma re-posta positiva imediata para médicos e pacientes com drogas e tratamentos comprovadamente capazes de reduzir um tumor, por exemplo. Essa inter-venção mais urgente é necessária em alguns casos, mas em outros ela é dis-pensável porque é preciso fazer uma analise mais profunda sobre as origens da doença e ter uma atitude de cura, de saúde, com alimentação adequada e bons relacionamentos.

A saúde é o espelho da nossa consciência, do que pensamos. Atualmen-te, os estudos comprovam que pensamentos geram respostas fisiológicas correspondentes, que podem ser positivas ou negativas. Cada estado de hu-mor fica impresso em nossas células. Assim, temos a capacidade de controlar algumas reações do organismo por meio do domínio dos pensamentos.”

A profética visão de Allan Kardec

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ATUALIDADEDOPENSAMENTOESPÍRITAMédium:DivaldoPereiraFranco

Pergunta:

Vianna de Carvalhoresponde

Fala-se muito numa nova era que deverá surgir após a virada do século. Quais seriam as perspectivas de melhoria para a Humanidade, e quais são as bases de mudança desta para outra era?

A evolução é inevitável, porque faz parte dos mecanismosda vida. Os períodos sucedem-se com as suas conquistas e quedas,cimentando os valores elevados que servem de base para novasaquisiçõesemaisbemconsolidadasrealizações,quetêmporobjetoafelicidadedetodos. Anovaerajácomeçounasmentesenoscoraçõesquesevêmvoltando ao bem e à verdade. No entanto, graças a esse processodeevolução,oplanetaTerra,qualocorrecomosdemais,passapordiferenteciclonaescaladosmundoseavançaparaumestádiosuperior,conformerevelaramosespíritoselevadosaAllanKardec. ATerradeixarádesermundodesofrimentos,deexílioespiritual,derecuperaçõesdolorosas,paratornar-seumplanoderegeneração,quandoadormaiscruelbateráemretiradaeocrimeforabandonado,abenefíciodocultivodosdeveresedasvirtudes.Todoesseprocesso,noentanto,sedaránoindivíduo,dedentroparafora,espontaneamenteou através de ocorrências afligentes, que o convidem a reflexões emudançasdecomportamento. Nãoserá,comosepretendeemalgumasáreas religiosas,deum para outro momento, porém, lentamente, sem choques, nemviolências,semimposiçõesarbitráriasnemcalamidadesdestruidoras,mas dentro de uma programática dignificante como tudo o que érealizadopelaDivindade.

Resposta:

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CURIOS IDADESQUE EDIF ICAM

Redesdedefesamagné-tica

No capítulo 8, “Treva esofrimento”,André faz refe-rência a um ataque de “bo-las de substância negra” e adeterminação da benfeitoraZenóbia para estender “asredes de defesa”. São redesluminosasdeelevadopoten-cial magnético que detêm oataque ocorrido em regiõesumbralinas.

Aolongodosanos,asci-taçõesdestaobrageramre-ações.Editadaem1946,nãotinharespaldopelatecnologiadaépoca.Agora,comosur-gimento de disparadores deeletrochoquescomoapisto-lataser(imagemquesegue),comopotencialdemilharesdevolts,quepodeimobilizaraspessoaspormeiodeumadescargaelétrica,tudosetor-namaiscompreensível.

UmbralsemcriançasAndré afirma, ainda no

capítulo8,que“nãohaviaaliumasócriança.Apenasadul-tos,jovensevelhosdetodososaspectos”.

Aleituradocapítulonosmostra que os espíritos quedesencarnaram em corposinfantissãorecolhidosàsins-tituições especializadas nosplanos imediatos, até queatinjam maioridade mentale façamopçãopelobemoupelomal.

Em corpos infantis, cé-rebrospoucodesenvolvidos,esses espíritos não têm ne-nhuma defesa. Nas regiões

Extraídasdaobra“ObreirosdaVidaEterna”AutoriadeAndréLuiz,psicografiadeChicoXavier,Ed.FEB.

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umbralinas,elesseriamalvosdecrueldadesqueagravariamsuascondiçõesespirituais.

RelógioalaserNocapítulo2,“NoSan-

tuáriodaBenção”,aobrafazuma revelação de alto teorcientífico falando-nos de um“grande relógio que apre-sentava simbolicamente, nomostrador, a caprichosa for-ma de um olho humano degrande proporções, em quedois raios luminosos indica-vamashoraseosminutos”.

Na década de 1960,muitosanosdepoisdo livro,Theodore Maiman, físicoamericano,dominouatécni-calaser,comoestánaobra“AOdisséiadoLaser’’.

Os primeiros modelosde relógio a laser surgiramrecentementenaHolanda.

Floresluminosas“Osolémuitomais lin-

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donessapaisagemdeencan-tadora luzeque, ànoite, asárvoresfloridasassemelham-se a formosos lampadários,porqueasfloresmaravilhosasretêmoluardivino”.Estánocapítulo 17, “Rogativa singu-lar”.(Abaixoimagensilustrativas)

FogopurificadorO chamado “fogo eté-

rico” são descargas elétricasdos átomos nas esferas es-pirituais. Servem para purifi-cação periódica das regiõesgrosseiras, os umbrais. Sãoforças higienizadoras paraqueavida,nessesredutos,setornepossível,aindaquecomenormessofrimentos.

Dante Alighieri, condu-zidopelobenfeitorVirgílioaessasregiões,comoelecontaemsuaobra“ADivinaComé-dia”,viuaaçãodessesraios,comonarranocantoXIV,fa-lando-nosdaschuvasdebra-sas/chamasqueimantes.

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Odesânimo,constana lite-raturaespírita, foiosentimentomaisusadonas fórmulasobses-sórias dos filhos da sombra atéduasoutrêsdécadasatrás.Mas,o progresso excitante dos diasquecorremalterouopanoramada vida, abrindo novas opçõespara o crime e a perversão es-piritual.

Comclimapropício,os vi-gilantes do mal passaram a im-primir total reformulação nosmapasdaobsessão.Odesânimodesceu a plano secundário e osexosetornouomaioreomaistristedosobjetivosdosinfelizessenhoresdosubmundodasesfe-rasinvisíveis.

Homens de bem, líderesreligiosos,mulheresricasdeva-loresnobresejovenspromisso-res abandonam, atormentados,o trabalho de reajustamento econstrução superior, embarcan-do no “transatlântico” da sen-sualidade. Oradores de todosos credos,quedeveriamviven-ciar as Leis de Deus, cedem àpressãoentregandoamenteaopostodassugestõeseróticasnaevidente aceitação do jogo quejamais ganharão. Assim, velhoscultivadores do vício milenar,deliramnaerotomaniasemem-preenderemamenor luta,des-considerando a sublimidade daautoevangelização.

Nervosos e desassossega-

dos, de desequilíbrio em dese-quilíbrio, desarmonizados emseus centros anímicos, vivemdistribuindointranquilidadeein-gratidão.

Quantos problemas familia-res,sociaisereligiosostêmsuasorigensnosdesacertossexuais?

Peregrinos da libido, entre-guesaoamorlascivo,sempode-rem identificar a fonte de seusdesajustes e sem entenderemoutra posição que não a pró-pria, principalmente no camporeligioso,dificultamacriaçãodeambientemaispuroondeopen-samentodoSenhor Jesuspossarespirar sem os perigos doscomportamentosletais.

Opioréque,semaceitaremarealidadedifícilemquevivem,recusam e acusam a ação dosquepropugnampelahonestida-deespiritualnadefesadosmaissantosinteressesdatãoConso-ladoraMensagemdoEvangelho.

Publicado há 33 anos

Sexo: triste objetivo

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Nos estertores da agonia,prevendo a redimida civilizaçãoque se avizinha, os emissáriosdo anticristo apertam o cercodobanquetedosexo,naúltimaemacabraesperançadearreba-nharomáximodevítimasparaoignóbilconcertodastrevas.

Até agora, a vitória destaterrívelestratégiavaisefazendocadavezmaisvisível.Aíestãoosseus ameaçadores reflexos: de-sagregaçãofamiliar,rebaixamen-todonívelmoraldasociedade,literatura imoral, amor livre,uniões ilícitas, “filhos de nin-Artigo publicado na REVISTA O ESPÍRITA, número 4, 1979.

guém”, prostituição empresa-riada,abortoscriminosos,taras,complexos,infidelidadeconjugaletc.

Urge vigiar, para não cair-mosemtentação!

Todostemosproblemas!Quando Jesus mandou que

fariseuseescribasapedrejassema pecadora, caso não tivessempecado,sabiaquefinalidadesa-gradadoamorsexual,divinoemsuas origens, atingia e atingiriaemseusdesvios,cadavezmaisintensamente,acriaturaterres-tre,semexceção.

Como devemos efetuar nossa autoeducação, esclarecida pela luz do Evangelho, nos problemas das atrações sexuais, cujas tendências egoístas tantas vezes nos levam a atitu-des antifraternais?

Não devemos esquecer que o amor sexual deve ser entendido como o impulso da vida que conduz o homem às grandes realizações do amor divino, através da progressividade de sua espiritualização no devotamento e no sacrifício.

Toda vez que experimentardes disposições antifraternais em seu círculo, isso significa que preponderam em vossa organização psíquica as recordações prejudiciais, tendentes ao estacio-namento na marcha evolutiva.

É aí que urge o esforço da autoeducação, porquanto toda criatura necessita resolver o problema da renovação de seus próprios valores.

Haveis de observar que Deus não extermina as paixões dos homens, mas fá-las evoluir, convertendo-as pela dor em sagrados patrimônios da alma, competindo às criaturas dominar o coração, guiar os impulsos, orientar as tendências, na evolução sublime dos seus sentimentos.

Examinando-se, ainda, o elevado coeficiente de viciação do amor sexual, que os homens criaram para os seus destinos, somos obrigados a ponderar que, se muitos contraem débitos penosos, entre os excessos da fortuna, da inteligência e do poder, outros o fazem pelo sexo, abusando de um dos mais sagrados pontos de referência de sua vida.

É por esse motivo que observamos, muitas vezes, almas numerosas aprendendo, entre as angústias sexuais do mundo, a renúncia e o sacrifício, em marcha para as mais puras aquisições do amor divino.

Depreende-se, pois, que ao invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, é im-prescindível que os homens eduquem suas almas para a compreensão sagrada do sexo.

Questão 184 do livro “O Consolador” - Emmanuel/Chico Xavier/FEB.

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Verificação de ConhecimentosDoutrinários

Baseada na literatura espírita consagrada por Allan Kardec, Léon Denis, Bezerra de Menezes, Bittencourt Sampaio, Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, Joanna de

Ângelis, Yvonne A. Pereira, Cairbar Schutel, Vianna de Carvalho entre outros.

Assinale a opção correta e confirao resultado na página 24:

1. Contribuiu para a popularização da astronomia e foi grande divulgador do Espiritismo, suas obras, de uma forma geral, giram em torno do postulado espírita da pluralidade dos mundos habitados, estamos falando de:

Ernesto Bozzano. Gabriel Delanne. Oliver Lodge. Camille Flammarion.

2. Qual é a escrita produzida diretamente pelo espírito, sem intermediário algum?

Pneumatografia Psicografia Tiptologia Sematologia

3. Segundo Emmanuel, na obra “A caminho da Luz” (foto), qual povo tem, desde os primórdios da organização da Terra, mais conhecimentos acerca da reencarnação?

Egípcio Hindu Hebreu Arianos

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4. Com base em “O Livro dos Médiuns” (foto), a obsessão, que é um fenômeno muito estudado pelos espíritas, apresenta três principais variedades, quais são?

Obsessão simples, fascinação e subjugação. Possessão, obsessão simples e fascinação. Possessão, fascinação e subjugação. Obsessão simples, possessão e subjugação.

5. Ismael, Governador Espiritual do Brasil, personagem mencionado no livro de Gênesis, do Antigo Testamento, e referenciado no Alcorão, foi filho de:

Abraão e Sara. Esaú e Sara Abraão e Agar. Isaac e Sara. 6. Quem foi o autor do “Tratados de Metapsíquica”, prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1913, e utilizou a denominação “ectoplasma”, como uma substância que emana dos médiuns de efeitos físicos? Charles Richet William Crookes Andrew Jackson Davis Connan Doyle 7. Em “A caminho da Luz”, Emmanuel relata que o povo egípcio guardava a reminiscência do seu doloroso degredo na Terra, acreditando que a alma de um homem podia regressar ao corpo de um irracional por determinação punitiva dos deuses. Qual teoria considerada esta possibilidade?

Evolução anímica Regressão astral Metempsicose Palingenesia

8. Daniel Dunglas Home foi considerado, por Arthur Conan Doyle, um médium raro pelo fato de possuir 4 tipos diferentes de mediunidade. Quais eram elas?

Psicografia, psicofonia, efeitos físicos e clarividência. Voz direta, psicofonia, efeitos físicos e clarividência. Clariaudiência, clarividência, psicofonia e voz direta. Psicografia, psicofonia, clarividência e voz direta.

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Depois que Jesus dispensouAs pessoas que o seguiram,

Ele entrou em uma casaE os discípulos Lhe pediram:

- Explica-nos, agora, Senhor,O que nos quis dizer

Com a parábola do joioPara que possamos entender.

Ele, respondendo, disseAos amados discípulos seus

Aqueles ensinamentosDe nosso bondoso Deus:

- Aquele que semeiaA boa semente

É o Filho do Homem,Esclareceu, docemente.

- O campo é o mundo;Os filhos do reino, então...E continuou o pensamento:

- São, na verdade, o bom grão;

Os filhos da iniquidadeSão o joio plantado;E o diabo é o inimigo

Que o joio tenha semeado;

O tempo da colheita,No fim do mundo, ocorrerá,

E os anjos do SenhorSerão os que vão ceifar;

O que se faz com o joioQue é arrancado e queimado

Far-se-á no fim do mundo,Está tudo programado.

O filho do homem, enfim,Enviará os anjos seus;

Estes reunirão e levarãoPara fora do reino de Deus

Todos os que houverem sidoDiretamente responsáveisPor escândalos e quedas,

Sendo, por isso, condenáveis,

E os lançarão na fornalhaDe chamas tão ardentes,Onde haverá muito pranto

E, também, ranger de dentes.

E os justos, finalmente,Como o sol brilharãoNo reino de Meu Pai,Onde eles estarão.

(Mateus,13:36-43)

ExplicaçãodaParáboladoJoioedoTrigo

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A OPINIÃO DE KARDEC

A esse respeito, é interessante reproduzir as recomendações feitas por Allan Kardec:

“Isso me leva a dizer algumas palavras so-bre as comunicações mediúnicas.

A sua publicação tanto pode ser útil, se feita com discernimento quanto perniciosa, em caso contrário. No número dessas comunicações algumas há que, por muito boas que sejam, não interessam senão àqueles que as recebem e que pareceriam, aos olhos dos leitores estranhos, simples banalidades. Outras apenas têm in-teresse nas circunstâncias em que são transmitidas. Sem o conhecimento dos fatos a que se relacionam, surgem insignificantes aos olhos do ob-servador. Todo esse inconveniente estaria circunscrito apenas aos bolsos dos editores; todavia, ao lado disso, algumas há que são evidente-mente nocivas, tanto por sua forma, quanto por seu conteúdo e que, sob nomes respeitáveis, logicamente apócrifos, revelam, um contexto absurdo ou trivial, o que, naturalmente, se presta ao ridículo e oferece armas à crítica. Tudo se torna ainda pior quando sob o manto desses mesmos nomes, formulam sistemas excêntricos ou grosseiras he-resias científicas (...). Todos os espíritas que, de coração, vigiam para que a Doutrina não seja comprometida, devem, pois, sem hesita-ção, denunciá-las, tanto mais porque, se algumas delas são produtos da boa fé, outras constituem trabalho dos próprios inimigos do Espiritis-mo, que visam desacreditá-lo e poder motivar acusações contra ela. Eis porque, repito, é necessário que saibamos distinguir aquilo que a Doutrina Espírita aceita daquilo que ela repudia.”

Tradução de Wallace Leal V. Rodrigues, edição “O Clarim”, Matão, pág. 115/116.

Comunicações, mensagens e livros mediúnicos de baixo valor doutrinário e

prejudiciais ao movimento espírita.

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Extraídas da obra “Seara dos Médiuns”, autoria Emmanuel , psicografia Chico Xavier.

“Se abraçaste na Doutrina Espírita o roteiro da própria renovação, em toda parte és naturalmente chamado a fixar-lhe os ensinos.”

“Aprendamos, assim, a calar toda frase que malsine ou destrua, por-que, conforme a Lei do Bem pro-mulgada por Deus, toda palavra que obscureça ou enode é moeda falsa no tesouro do coração.”

“Mediunidade é talento divino nas tuas mãos e a Divina Bondade nunca se vende.”

“O pensamento é idioma universal e, compreendendo-se que o cérebro ativo é um centro de ondas em mo-vimento constante, estamos sempre em correspondência com o objeto que nos prende a atenção.”

“Com a bússola do Evangelho, sabe-mos perfeitamente onde se localizam o bem e o mal, razão por que, dis-pondo todos nós do leme da vonta-de, o problema de sintonia corre por nossa conta.”

“Tarefa mediúnica sustentada atra-vés do tempo não brota da persona-lidade. Exige burilamento, disciplina, renunciação e suor.”

meditaçãoFrases que merecem

“Se pudéssemos definir Deus, se-ria lícito repetir que Deus é amor e amor é trabalho do bem por todas as direções.”

“Não existem, desse modo, médiuns maiores ou médiuns menores, favo-recendo, entre nós, a constituição de prerrogativas e castas.”

“E, de ponta a ponta, vemos que o Novo Testamento trata o problema da obsessão com o mesmo interesse humanitário da Doutrina Espírita.”

“Seja quem for o doente do qual te aproximes, compadece-te quantas vezes se fizerem necessárias, en-tendendo que é preciso aprender a ajudar o necessitado, de maneira que o necessitado aprenda a ajudar a si mesmo.”

“Não te faças portador das mensa-gens de pessimismo. A Terra já pos-sui legiões enormes para a força do mal. Sê a palavra que reconforte e auxilie.”

“Se surpreendes, assim, o compa-nheiro em posição de queda, aju-da-o a reerguer-se para o trabalho digno, sem perda de tempo em co-mentários inúteis.”

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Pergunta:Como a Doutrina Espírita inter-

preta o fenômeno do hipnotismo?

Resposta: Deriva do grego, a palavra hip-

notismo quer dizer sono. Hipnotismo seria a ação de um agente ativo sobre um passivo, levando a um estágio de sono artificial ou sono nervoso que é um estado de sonambulismo. Em con-dições normais, o hipnotismo nada tem de paranormal ou mediúnico. É apenas a alteração da consciência que leva a super sensibilidade, fazen-do que o agente passivo se submeta às determinações do hipnotizador.

Os agentes ativos e passivos fi-cam ligados pela ação das correntes mentais que transitoriamente susten-tam o fenômeno.

A hipnose pode ser obtida a dis-tância, por gravador, pela TV etc. Desde que o passivo ponha-se dócil às sugestões feitas. A hipnose obtém-se pela sugestão ou pela ação mag-nética, por meio de passes ou opera-ções de envolvimento do “sujet” pelas forças magnéticas do hipnotizador.

O hipnotizado, liberando agluti-ninas mentais que facultam o sono comum (ver “Mecanismos da Mediu-nidade”, autor André Luiz), tem os nú-cleos de controle do espírito obscure-cidos em diversas regiões do cérebro,

Tribuna Livre O ESPÍRITA responde

colocando-se à disposição da “onda-motor” da vontade do hipnotizador.

O hipnotismo, conseguido pela magnetização, começou com Franz Anton Mesmer, descobridor do mag-netismo animal. Mais tarde, o cientista inglês, pesquisador e médico James Braid, reproduziu as experiências dos magnetizadores utilizando-se somen-te da vontade orientada, chamando-a de teoria da imaginação.

Sabe-se que as pessoas hipnoti-zadas só fazem aquilo que os limites de sua formação ética e moral permi-tem. Uma ordem para matar não será obedecida, se o hipnotizado não tiver a índole assassina. Mas pode acon-tecer, se a posição for contrária. Daí a proibição da prática hipnótica, por causa da sugestão pós-hipnótica, que pode levar alguém a cometer atos le-sivos, se receber comando para isso.

Na sugestão pós-hipnótica, o hipnotizado desperta do transe, mas mantém a sugestão no inconsciente, que será utilizada quando surgirem os fatores ideais.

No Brasil, como em outros países, a hipnose é proibida para leigos, por exigir muita habilidade e treinamento. Se for utilizada incorretamente pode provocar sérios distúrbios psíquicos.

A hipnose, hoje, é praticada por psicólogos, psiquiatras, médicos, dentistas, entre outros profissionais, para fins terapêuticos.

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20 Maio/agosto - 2012

Por 8 votos contra 2, o Supremo Tribunal Federal - STF - liberou o aborto para fetos anencéfalos. Neste trágico e histórico dia 12 de abril de 2012, passou a ser legal o assassinato de corpos com formação que tenham redução parcial ou total da massa cerebral. A resposta da espiritualidade está em sábia e con-vincente mensagem dada por Joanna de Ângelis pelas mãos abençoadas de Divaldo Franco, como segue:

O materialismo venceu

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Anencefalia Nada no Universo ocorre como fe-

nômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.

De igual maneira, nos destinos hu-manos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversi-ficadas apresentem-se.

O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desen-volver o conhecimento intelectual en-quanto lapida as impurezas morais pri-mitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.

(...)Sentindo, intimamente, a presen-

ça de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam con-dicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dú-vidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.

Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com exceções com-preensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, ata-do às paixões defluentes do egoísmo.

Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espi-ritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da ra-zão.

Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se en-contra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...

Desequipado dos conteúdos su-periores que proporcionam a autocon-fiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, as circunstâncias ditas aziagas, consi-deram injustas e, denominados pelo de-sespero, fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degra-da, entre os quais o nefando suicídio.

Na imensa grama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é pra-ticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...

Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregarão de compor os futuros aparelhos materiais para o prossegui-mento da jornada de evolução.

É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.

Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituí-dos do órgão cerebral.

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21Maio/agosto - 2012 21Maio/agosto - 2012

Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.

Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptilia-no, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervo-so central…

Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o re-nascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.

Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considera-dos normais pelo conhecimento gené-tico atual...

(...) Sucede, porém, que a genitora igual-

mente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.

Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legi-timação de todas as formas cruéis de abortamento.

... E quando a Humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civili-zação já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelec-to-moral.

Todos os recentes governos dita-toriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de

etnia, de religião, de política, de socie-dade...

A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.

As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quan-do nasciam com qualquer tipo de imper-feição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem de-ficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.

Qual, porém, a diferença entre a ati-tude da civilização grega e o primaris-mo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?

O processo de evolução, no entan-to, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida…

Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de re-dimir-se.

Considera que se ele houvesse nas-cido bem formado e normal, apresen-tando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, moto-ras ou de outra natureza, como aconte-ce amiúde, se também o matarias?

Se exercitares o aborto do anen-céfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se ale-ga no caso da anencefalia.

Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bên-çãos e de felicidade.

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22 Maio/agosto - 2012

Em função do fracasso dasreligiõestradicionaisamortetemsidovista,ao longodosséculos,como algo pavoroso que impõemedoeestásempreenvoltapelomísticoesobrenatural.Estecená-rioatéhojenãomudou.Sócomarevelaçãoespírita,amorte,ra-cionalmente,passaaseraceitaecompreendida. Na verdade atémesmo entre espíritas vemos apresença do atavismo religiosolevando a comportamentos au-tomatizadoseporvezesirracio-nais.

Nós,espíritasconvictos,nãopodemosagiralheiosaosensina-mentosdoutrinários.

Odiadefinadoséumexem-plo de como a sociedade tratainadequadamente o assunto. Éuma invenção do homem quemascaraaverdadeeprocura“ali-viar”asnossasconsciênciaspelaausência no trato das coisas es-pirituais quando, por obrigação,num determinado e convenien-tedia,lembramosdos“mortos”com alguma disciplina e oraçãoeorestodoanocontinuamosarotinamaterialista.

Bittencourt Sampaio, espíri-tosábioregistra:

(...)Diadefinados!AIgrejaoinventou!

Homens, cujo cérebro temalguma coisa a pensar, fora damatéria; espíritos lúcidos quenão obedeceis exclusivamenteaosimpulsosdacarne;almassãse boas que não viveis somenteparaessa vidaobjetiva–euvospergunto:-Compreendeisodiadefinados?

Se não o compreendeis, ousenãoobedeceisaessepreceitoirregulareatéimoral,criadopelaIgrejaromana,équebemsabeisqueasaudadenãotemdia,adornão temhoras,o sentimento,oafeto não obedecem a calendá-rios inventados para conspurcaro que possui a criatura de maispuroedelicado–alembrançadeumserqueseevolou,masqueaespera.(...)1

Morre o corpo, mero ins-trumento de experiência parao espírito que prossegue na ca-minhada evolutiva. Assim, o diade finados deve ser visto comomais um dia em que devemoselevarnossospensamentosaJe-sus,orandopelosquejápartirampara a verdadeira vida. Aplique-mos a fé racional, aquietandonossoscoraçõesnacerteza que tudoestá amparado naMagnânimaMiseri-córdiaDivina.

Oremos, to-dos os dias pelos“mortos”!

Dia dos mortos

1Livro:Docalvárioaoapocalipse,cap.13Espírito:BittencourtSampaioMédium:FredericoPereiradaSilvaJúniorEditora:FederaçãoEspíritaBrasileira-FEB

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Área do cérebro relacionada à inteligênciaImagens de ressonância magnética revelam correspondência entre

conexões do córtex pré-frontal e o desempenho intelectual. Imagens de atividades de neurônios do cérebro podem prever o quão inteligente você é, diz estudo (Kiyoshi Takahase Se-gundo/Getty Images/iStockphoto).

“A inteligência depende de dois fatores: ter um córtex pré-frontal que faça bem o seu trabalho e fazer com que ele se comunique bem com o resto do cérebro”, diz Todd Bra-ver, da Universidade de Washington, co-autor do estudo, feito em parceria com cientistas das universidades americanas de Colorado, Yale e de Liubliana, na Eslovênia. (http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia)

A ciência, na realidade, está constatando os efeitos que ocorrem no cérebro em decorrência da dinâmica mental do espírito quando exer-cita atividade intelectual. Na questão 71 de “O Livro dos Espíritos”, é revelado que a inteligência não é um atributo do princípio vital, que em suma, confere animus ao cérebro humano. O simples fato de regiões do cérebro estarem mais ativas em momento de atividades inteligentes não dá suporte à inferência de que a inteligência se origine no próprio cérebro. A inteligência é um atributo essencial do espírito (Q. 24, idem). A fonte da inteligência é a Inteligência Universal (Q. 72, idem). A alma independe do princípio vital, o corpo não é mais que o envoltório (Q. 136, idem).

Traços exóticos da “partícula de Deus” surpreendem físicosA partícula de Deus está, ao que parece, do jeito que o diabo gosta:

mal comportada. É o que indica uma análise preliminar de dados cole-tados no LHC, maior acelerador de partículas do mundo.

O trabalho, feito por Oscar Éboli, do Instituto de Física da USP, sugere que o chamado bóson de Higgs, que seria responsável por dar massa a tudo o que existe, não está se portando como deveria, a julgar pela teoria que previu sua existência, o Modelo Padrão.

Notícias comentadas

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Se confirmado, o comportamento anômalo da partícula seria a deixa para uma nova era da física.

“Estamos ainda num estágio inicial da exploração das proprieda-des dela”, diz Éboli, “contudo, há uma indicação de que o Higgs decaia mais em dois fótons (partículas de luz sem massa) do que seja espera-do no Modelo Padrão”. (http://tools.folha.com.br)

O bóson de Higgs tem massa estimada equivalente a cerca de 120 prótons. Essa partícula seria o conversor que confere massa às partículas que interagem com ela formando tudo o que existe. Antes de interagir com o campo de Higgs, as partículas não têm massa. Verifi-car sua existência é a base para confirmar o Modelo Padrão, principal teoria sobre a composição do Cosmos. Sua imagem figurada é a de um “tijolo”: um container formado pelo campo de Higgs, que ao frear as partículas, passam a ter massa. A verdadeira unidade fundamental que for-ma tudo o que existe, contendo massa ou não, ainda se encontra muito distante da compreensão da ciên-cia humana. A conquista recente é mais uma etapa na compreensão da maravilhosa engenharia do Senhor na criação. É dado ao homem conhecer o princípio das coisas? “Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo” (O Livro dos Espíritos, questão 17).

RespostasVerificação de conhecimentos doutrinários

Páginas 14 e 15

Q.1 - Camille Flammarion.Q.2 - Pneumatografia

Q.3 - HinduQ.4 - Obsessão simples, fascinação e subjugação.

Q.5 - Abraão e Agar.Q.6 - Charles RichetQ.7 - Metempsicose

Q.8 - Voz direta, psicofonia, efeitos físicos e clarividência.

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Carta ao atual e futuroASSINANTE MANTENEDOR

Querido(a) irmão(ã),

A revista O ESPÍRITA, fundada em 3 de outubro de 1978, jamais deixou de circular em seus 33 anos de existência.

Sempre com dificuldades, levou para todo o Brasil a mensagem consoladora do Espiritismo Cristão, com a pureza e a beleza propostas por nossos benfeitores sob a égide de Jesus Cristo.

Cabe colocar, que muitas casas espíritas carentes, mormente no interior, onde há enorme falta de material de divulgação, estão recebendo gratuitamente O ESPÍRITA. Por esta razão, solicitamos à sua nobre consciência, que contribua anualmente com um valor sugerido de R$ 15,00 (quinze reais), ou mediante colaboração espontânea acima deste valor, para que possamos custear as três edições da revista (abril/agosto/dezembro), as postagens dos exemplares que serão remetidos em seu nome e a distribuição gratuita para centenas de instituições espíritas.

Ao enviar sua parcela de contribuição, você viabilizará a continuação deste trabalho e apoiará os editores, que lutam com denodo para manterem erguida a bandeira da Nova Fé, e que arcam com grande parte dos custos desta produção, sem nada receberem pelos serviços prestados.

Que não nos falte a sensibilidade espiritualizada, entendendo que a luta pela vitória do bem é da responsabilidade de todos.

Contribua com a divulgação da Doutrina Espírita.Preencha o formulário no verso.

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