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MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO: O QUE É? O QUE FAZ?
O Ministério Público do Trabalho (MPT) é o órgão do Ministério Público da
União que tem como função atuar na defesa dos direitos individuais e coletivos nas
relações trabalhistas. Ele tem autonomia funcional e administrativa, atuando como
órgão independente dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Antes de entrar em vigor a Constituição Federal de 1988, o Ministério
Público do Trabalho atuava somente como fiscal da lei; e, após a promulgação da Lei
Maior vigente, passou a atuar também como órgão agente na defesa dos direito difusos,
coletivos e individuais homogêneos e indispensáveis ao campo das relações de trabalho.
Direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos são aqueles em que os
seus titulares são a coletividade, o grupo, a classe ou uma categoria de pessoas.
No MPT atuam os Procuradores do Trabalho (autoridades representantes)
que buscam dar proteção aos direitos fundamentais e sociais do cidadão diante de
ilegalidades praticadas no âmbito trabalhista.
O Ministério Público do Trabalho tem como pontos especiais de atuação: o
combate ao trabalho infantil; o combate ao trabalho escravo; a luta contra toda espécie
de discriminação no trabalho; o combate às fraudes nas relações de trabalho; o combate
às fraudes na Administração Pública (nos níveis federal, estadual e municipal); e atua
para que o trabalhador tenha um meio ambiente do trabalho saudável e seguro.
Cabe a ele operar como custus legis, além de propor as ações necessárias à
defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e índios, promover a ação civil
pública no âmbito da Justiça do Trabalho para defesa de interesses coletivos,
manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, quando entender existente
interesse público que justifique. Exercer a função de árbitro ou mediador em dissídios
coletivos e fiscalizar o direito de greve nas atividades essenciais.
Além do Ministério Público do Trabalho, há duas instituições no Brasil que
somam esforços para fazer cumprir a legislação trabalhista. São autônomas e
independentes entre si; porém, exercem funções que se complementam. São elas:
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e Justiça do Trabalho.
O MTE tem função discutir questões como as políticas necessárias para a
criação de empregos e a geração de renda, auxílios ao trabalhador, fazer evoluir as
atuais relações de trabalho, fiscalizar e aplicar as devidas sanções, promover uma
política salarial, promover formação e desenvolvimento para os trabalhadores, assim
como garantir a segurança e a saúde no trabalho.
Já a Justiça do Trabalho criada em meados da década de 30, é encarregada
de julgar e conciliar os dissídios surgidos, individual ou coletivamente, entre
empregados e empregadores, bem como quaisquer controvérsias surgidas no âmbito das
relações de trabalho. O órgão objetiva não apenas pôr fim aos conflitos trabalhistas (de
natureza individual ou coletiva); mas sim, na necessidade de que a solução seja a mais
justa possível.
Nas Varas da Justiça do Trabalho, os trabalhadores das cidades, os
trabalhadores rurais, os trabalhadores avulsos, os trabalhadores temporários, os
trabalhadores domésticos, os pequenos empreiteiros e outros trabalhadores, cidadãos
conscientes, podem reclamar seus direitos.
O trabalhador e os cidadãos em geral podem buscar mais informações para
assistência jurídica gratuita e denúncia de trabalho irregular nos Sindicatos, Faculdades
de Direito, Defensoria Pública, Tribunal Regional do Trabalho ou Varas da Justiça do
Trabalho, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério do Trabalho e
Emprego/Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Ministério Público do
Trabalho, Promotoria da Infância e da Juventude e Conselhos Tutelares.
Juliana Aparecida Arantes de Souza e Cristiane Della Giustina
Bacharelandas em Direito – Unemat/AF