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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Metodologia do Ensino Superior Cecília Oliveira Isabel Cristina Molina Destro Oliveira MÉTODOS E TÉCNICAS PEDAGÓGICAS APLICADAS AO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM DA ENFERMAGEM LINS – SP 2009

MÉTODOS E TÉCNICAS PEDAGÓGICAS APLICADAS · PDF fileM.Sc. Heloísa Helena Rovery da Silva. LINS – SP 2009 ... (GILDA LUCK apud MACHADO, 2006, p.33) A reflexão do professor sobre

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Metodologia do

Ensino Superior

Cecília Oliveira

Isabel Cristina Molina Destro Oliveira

MÉTODOS E TÉCNICAS PEDAGÓGICAS

APLICADAS AO PROCESSO

ENSINO/APRENDIZAGEM DA ENFERMAGEM

LINS – SP

2009

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CECÍLIA OLIVEIRA

ISABEL CRISTINA MOLINA DESTRO OLIVEIRA

MÉTODOS E TÉCNICAS PEDAGÓGICAS APLICADAS AO PROCESSO

ENSINO/APRENDIZAGEM DA ENFERMAGEM

Monografia apresentada à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, como requisito parcial para a obtenção do título de especialista em Metodologia do Ensino Superior sob a orientação da Profª M.Sc. Tatiana Longo Borges Miguel e da Profª M.Sc. Heloísa Helena Rovery da Silva.

LINS – SP

2009

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Oliveira, Cecília; Oliveira, Isabel Cristina Molina Destro

O46m Métodos e Técnicas Pedagógicas Aplicadas ao Processo Ensino/Aprendizagem da Enfermagem. Cecília Oliveira; Isabel Cristina Molina Destro Oliveira. - -Lins, 2009.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico

Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP para Pós-Graduação “Latu Sensu” em Metodologia do Ensino Superior, 2009.

Orientadores: Tatiana Longo Borges Miguel; Heloísa Helena Rovery da Silva.

1. Métodos Pedagógicos. 2. Técnicas Pedagógicas. 3. Processo

Ensino/Aprendizagem. 4. Enfermagem

EDU

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CECÍLIA OLIVEIRA

ISABEL CRISTINA MOLINA DESTRO OLIVEIRA

MÉTODOS E TÉCNICAS PEDAGÓGICAS APLICADAS AO PROCESSO

ENSINO/APRENDIZAGEM DA ENFERMAGEM

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de especialista em Metodologia do Ensino Superior.

Aprovada em: ____/____/____

Banca Examinadora:

Profª M.Sc. Tatiana Longo Borges Miguel

Mestre em Ciências – Área de concentração Farmacologia pela Faculdade de

Medicina de Ribeirão Preto/USP

______________________________________________________________

Profª M.Sc. Heloísa Helena Rovery da Silva

Mestre em Administração pela CNEC/FACECA - MG

______________________________________________________________

Lins – SP

2009

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MENSAGEM

Não sei... Se a vida é curta

Ou longa demais pra nós,

Mas sei que nada do que vivemos

Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Cora coralina

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DEDICATÓRIA

Aos meus professores e orientadores,

Que não mediram esforços ao transmitir conhecimento

e colaborarem para o meu crescimento pessoal e profissional. Que com

presteza e eficácia me atenderam, orientaram e ensinaram com paciência.

Cecília

Isabel Cristina

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AGRADECIMENTOS

A Deus,

Que guia meus passos e é luz no meu caminho.

Aos meus familiares e amigos,

Que estiveram do meu lado, me incentivando para que

pudesse alcançar com êxito essa etapa de minha vida, obrigada a todos que

me apoiaram.

Cecília

Isabel Cristina

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RESUMO As atividades desempenhadas pelo profissional da Enfermagem requerem conhecimentos teóricos e práticos fundamentados em atitudes pessoais, profissionais, científicas e éticas no cuidar de seres humanos. A formação do Enfermeiro deve capacitar o profissional para intervir em situações-problemas de saúde utilizando atitudes crítico-reflexivo e principalmente humanista. Portanto, o processo ensino/aprendizagem em enfermagem deve ir além de adquirir (codifica), reter (armazenar) e recuperar as informações que são transmitidas. Os professores dos cursos de graduação em Enfermagem necessitam que as informações transmitidas sejam transformadas em conhecimentos aplicáveis. Para tanto, utilizam métodos e técnicas pedagógicas que facilitem este processo. Os métodos e técnicas pedagógicas escolhidos para dirigir o ensino são focados nos objetivos propostos pelo curso e nas atividades profissionais futuras. Esta Era da Tecnologia e do Conhecimento desafia relações de poder, quebra barreiras e provoca rupturas, descentraliza o conhecimento, afetam culturas, sociedades e democratiza a informação. As informações estão acessíveis a todos, a todo o momento e em todo lugar. Os alunos dos cursos de Enfermagem precisam saber o que fazer com tanta informação disponível. O problema é a velocidade com que as informações atingem, afetando os hábitos e maneiras dos alunos. A informação deve ser cada vez mais fácil de ser assimilada. O professor tem a função de direcionar estas informações transmitidas e transformá-las em conhecimento de maneira ágil e flexível. O presente trabalho tem como objetivo a pesquisa bibliográfica quanto aos métodos e técnicas pedagógicas existentes. Abrange, também, um levantamento das estratégias de ensino utilizadas pelos professores de Enfermagem do Unisalesiano e as preferências dos alunos para o processo ensino/aprendizagem. Palavras-chave: Métodos Pedagógicos. Técnicas Pedagógicas. Processo Ensino/Aprendizagem. Enfermagem.

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ABSTRACT

The activities played for the professional of the Nursing require theoretical and practical knowledge based on personal, professional, scientific and ethical attitudes in taking care of human beings. The formation of the Nurse must enable the professional to mainly intervene in health situation-problems using attitudes critical-reflexive and humanist. Therefore, the process education/learning in nursing must go beyond acquired (it codifies), hold back (to store) and recoup the information that are transmitted. The professors of the courses of graduation in Nursing need that the transmitted information is transformed into applicable knowledge. For in such a way, they use methods and pedagogical techniques that facilitate this process. The methods and pedagogical techniques chosen to direct education are in of focus in the objectives considered for the course and in the future professional activities. This Age of the Technology and the Knowledge defies relations of being able, it breaks barriers and it provokes ruptures, it decentralizes the knowledge, affect cultures, society and democratizes the information. The information is accessible to all, all the moment and in all places. The pupils of the courses of Nursing need to know what to make with as much available information. The problem is the speed with that the information reach, affecting the habits and ways them pupils. The information must be each more easy time of being assimilated. The professor has the function to direct these transmitted information and transforms them into knowledge in agile and flexible way. The present work has as objective the bibliographical research how much to the existing methods and pedagogical techniques. It encloses, also, a survey of the strategies of education used by the professors of Nursing of the Unisalesiano and the preferences of the pupils for the process education/learning.

Keywords: Pedagogical methods. Pedagogical techniques. Process Education/Learning. Nursing.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Métodos Pedagógicos/Professores...................................................39

Tabela 2: Métodos Pedagógicos/Alunos...........................................................40

Tabela 3: Técnicas Pedagógicas/Professores..................................................41

Tabela 4: Técnicas Pedagógicas/Alunos..........................................................42

LISTA DE SIGLAS

CD: Disco Compacto

DVD: Digital Vídeo Disco

EAD: Educação à Distância

MEC: Ministério da Educação e da Cultura

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................13

CAPÍTULO I – O SABER PEDAGÓGICO...............................................................16

1 OS SABERES DA DOCÊNCIA..................................................................... 16

1.1 A Educação....................................................................................................... 17

1.1.1 A Educação em Enfermagem..................................................................19

1.2 A Pedagogia..................................................................................................... 21

1.3 O Conhecimento .............................................................................................. 23

CAPÍTULO II – O FAZER PEDAGÓGICO ..............................................................27

2 AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO/APRENDIZAGEM .................................27

2.1 Métodos Pedagógicos......................................................................................28

2.1.1 Método de exposição pelo professor.............................................................28

2.1.2 Método de trabalho independente .................................................................29

2.1.3 Método de elaboração conjunta .....................................................................29

2.1.4 Métodos de trabalho em grupo.......................................................................30

2.1.5 Atividades especiais.........................................................................................30

2.2 Técnicas Pedagógicas.....................................................................................31

2.2.1 Recursos impressos .........................................................................................31

2.2.1.1 Quadro de giz ..................................................................................................32

2.2.1.2 Apostila .............................................................................................................32

2.2.1.3 Texto..................................................................................................................32

2.2.2 Recursos audiovisuais .....................................................................................33

2.2.2.1 Retroprojetor ....................................................................................................33

2.2.2.2 Slide...................................................................................................................33

2.2.2.3 Datashow..........................................................................................................33

2.2.2.4 Filme..................................................................................................................34

2.2.2.5 Música...............................................................................................................34

2.2.2.6 Internet..............................................................................................................34

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2.2.3 Recursos Ambientais .......................................................................................35

2.2.3.1 Laboratório .......................................................................................................35

2.2.3.2 Campo de Estágio...........................................................................................35

CAPÍTULO III – O QUESTIONAMENTO.................................................................38

3 PESQUISA DE CAMPO..................................................................................38

3.1 A Metodologia Aplicada ...................................................................................38

3.2 Os Resultados Obtidos ....................................................................................39

CONCLUSÃO ...............................................................................................................44

REFERÊNCIAS ............................................................................................................45

APÊNDICES..................................................................................................................49

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Conte-me, e eu vou esquecer.

Mostre-me, e eu vou lembrar.

Envolva-me, e eu vou entender.

Confúcio

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INTRODUÇÃO

Um dos mais conhecidos gênio do século XX, Albert Einstein, tem uma

célebre frase: “Aprendizado é ação. Do contrário é só informação”. Assim, para

transmitir conhecimentos é imprescindível uma ação, ou seja, utilizar

ferramentas/recursos/estratégias/métodos/técnicas para garantir a

aplicabilidade da informação na realidade profissional.

Ser professor é treinar o aluno para desenvolver uma profissão. Ser

professor de enfermagem é treinar o aluno para cuidar de seres humanos.

A formação (ensino) de um profissional de enfermagem implica na

atuação (aprendizagem) deste indivíduo para desempenhar sua atividade.

O ato de ensinar utiliza três processos fundamentais: codificação,

armazenamento e recuperação, ou, para o aluno aprender ele precisa adquirir,

reter e recuperar as informações que são transmitidas.

Para transmitir conhecimentos e informações o professor precisa

desenvolver estratégias que tornem o processo ensino/aprendizagem

prazeroso e agradável. O professor deve motivar os alunos constantemente

utilizando ferramentas para facilitar todo o processo.

Segundo Alvin Toffer (apud MACHADO, 2006) no seu livro A Terceira

Onda atualmente, neste mundo globalizado, existe uma quantidade enorme de

informações acessíveis. É a chamada Era da Informação e do Conhecimento

altamente tecnológica que descentraliza o conhecimento, afeta culturas e

sociedades, e, democratiza a informação.

Nesta Era da Tecnologia, onde os recursos são diversos e estão

disponíveis a todos é importante sabermos além do O QUE e Por QUE ensinar,

COMO ensinar.

Esta pesquisa, portanto, tem como objetivo o questionamento do

processo ensino/aprendizagem nos cursos de enfermagem: Como os

professores de curso de enfermagem estão treinando seus alunos? Estão

utilizando estratégias adequadas para transmitir conhecimentos? Quais os

recursos que o professor do curso de enfermagem utiliza? Quais os recursos

(métodos e técnicas) pedagógicos os alunos acham mais apropriadas para o

seu aprendizado?

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Para o desenvolvimento do trabalho proposto torna-se fundamental a

realização de pesquisa bibliográfica abordando as estratégias do processo

ensino/aprendizagem. É fundamental, também, a pesquisa descritiva através

de estudo retrospectivo sobre os recursos utilizados pelos professores do curso

de enfermagem do Unisalesiano. A pesquisa foi realizada através de

questionário aplicado no período de agosto/08 a fevereiro/2009.

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Há pessoas que transformam o sol numa simples

mancha amarela, mas há aquelas que fazem de

uma simples mancha amarela o próprio sol.

Pablo Picasso

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CAPÍTULO I

O SABER PEDAGÓGICO

1 OS SABERES DA DOCÊNCIA

Paulo Freire (2008), no seu livro Pedagogia da Autonomia, afirma que a

docência exige alguns saberes: rigorosidade metódica, pesquisa, criticidade,

estética e ética, reflexão crítica sobre a prática, bom senso, humildade,

tolerância, apreensão da realidade... E é esta apreensão da realidade que deve

ser buscada no conhecimento, na educação e na pedagogia.

Francisco Fialho (apud MACHADO, 2006, p.71) relata que Paulo Freire

ensina que a 1ª pergunta que o professor deve fazer é: “Ensinar para quê?”.

O objetivo da educação é criar homens que sejam capazes de imaginar e elaborar coisas novas; com idéias, progredir, aperfeiçoar conceitos e tecnologias de gerações passadas, desenvolver mentes críticas que possam direcionar suas experiências com consciência social... (GILDA LUCK apud MACHADO, 2006, p.33)

A reflexão do professor sobre educação, instrução e ensino vão nortear

o desenvolvimento do seu trabalho docente.

Segundo Gilberto Dimenstein (apud MACHADO, 2006), o aluno precisa

fazer alguma coisa com aquela informação que lhe foi passada. Escutar o

professor falar não vai fazer o aluno entender o conceito.

Educação é o processo de desenvolvimento das qualidades humanas

promovidas pelo sistema educacional de um país. Instrução se refere ao

desenvolvimento das capacidades cognitivas no domínio de conhecimentos

sistematizados. Ensino se refere às ações, meios e condições para realização

da instrução.

É possível instruir sem educar e educar sem instruir. Conhecer o

conteúdo de uma matéria, conhecer os princípios morais e normas de conduta

não leva necessariamente à prática.

Transformar o que lhe foi instruído em convicção ou atitude efetiva é um

dos maiores desafios do trabalho docente. A efetivação da tarefa de ensinar é

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uma modalidade de trabalho pedagógico, e é a didática que se ocupa deste

saber fazer.

André e Oliveira (2004) relatam três aspectos importantes da experiência

didática: a racionalização e a eficiência – o reflexo do ensino; o sentido – o não

controle tecnicista e a abertura – a autonomia e a responsabilidade.

O professor independente da sua formação (ciências humanas, exatas

ou biológicas) deve considerar como ponto de partida a prática social exigida

pela profissão, além de seus saberes científicos e saberes pedagógicos.

Implica, principalmente, valorizar seu trabalho crítico-reflexivo sobre as

práticas que realiza e sobre as suas experiências compartilhadas. O que o

coloca em constante indagação sobre o papel do professor nesta sociedade da

informação, na globalização, multiculturalidade e na transformação dessa

sociedade.

O trabalho do professor engloba todos esses saberes e eles devem

estar interligados, é isto que vai mediar o processo de construção da identidade

dos alunos.

1.1 A Educação

As conquistas do homem e sua maneira de agir com o mundo exterior

são transmitidas a outras gerações através da educação. Para sobreviver e

tornar mais eficiente o convívio do homem com a natureza e com seus

semelhantes é o que deram origem a Educação.

Nos primórdios a Educação nada mais era do que a transmissão de

normas de comportamento. Na atualidade com o aumento da população,

alargamento cultural e aumentos das vias de comunicação esta perspectiva de

transmissão de normas precisa ser adaptada.

No seu modo individualista a Educação deve formar autênticos cidadãos

levando em consideração suas aspirações, potencialidades, sensibilidade e

capacidades.

No seu modo socializante a educação deve levar em consideração o

bem-estar de todos, as diversidades, as diferenças e as peculiaridades da

sociedade.

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“A Educação compreende os processos formativos que ocorrem no

meio social, nos quais os indivíduos estão envolvidos de modo necessário e

inevitável pelo simples fato de existirem socialmente”. (LIBÂNEO, 1994, p.17)

É através da ação educativa que o indivíduo exerce influência no meio

social. Influência manifestada através de conhecimentos, experiências, valores,

crenças, modo de agir, técnicas e costumes acumulados por gerações e que

são transmitidos e recriados pelas novas gerações.

O trabalho docente – Educação Formal – é aquele onde há objetivos

definidos conscientemente e implica em ações de ensino com objetivos

pedagógicos explícitos, sistematização e procedimentos didáticos. Ocorre com

métodos, técnicas, lugares e condições prévias estabelecidas para suscitar

idéias, conhecimentos, valores, atitudes e comportamentos.

Educação Informal é aquela que sofre influência do contexto social e do

meio ambiente sobre os indivíduos. É estruturado fora do sistema escolar

convencional, são os movimentos sociais e os meios de comunicação de

massa.

O processo educativo, seja ele formal ou informal, está subordinado à

sociedade, é parte integrante das relações econômicas, políticas e culturais

desta sociedade.

Para Nérice (1993), dois conceitos básicos, educação e ensino são

componentes do processo educativo.

A educação revela e desenvolve as potencialidades do indivíduo para

que ele atue na realidade de maneira consciente (com conhecimento), eficiente

(com tecnologia) e responsável (eticamente) a fim de atender as necessidades

humanas.

O Ensino modifica o comportamento do indivíduo através da

aprendizagem desenvolve iniciativa, confiança, criatividade e entrosamento; a

fim de participar da sociedade como pessoa consciente, eficiente e

responsável.

A escola para desenvolver o processo educativo precisa de uma direção

e uma orientação sobre as suas finalidades, isto é a tarefa da didática.

1.1.1 A Educação em Enfermagem

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A Enfermagem tornou-se profissão com o desenvolvimento das práticas

de saúde instintivas para a prestação de assistência. Nos primórdios da

civilização essas ações garantiam ao homem a manutenção de sua

sobrevivência caracterizada pela prática do cuidar.

Eram desenvolvidas em templos e santuários onde conceitos primitivos

de saúde eram ensinados. Posteriormente, no sul da Itália, desenvolveram-se

escolas específicas para o ensino da arte de curar.

No período pré-hipocrático o ensino baseava-se no raciocínio lógico,

conhecimento da natureza e essencialmente na experiência e compreendia o

funcionamento do corpo humano, seus distúrbios e doenças sempre vinculados

à filosofia e a arte. Com o progresso da ciência até os primeiros séculos da Era

Cristã as práticas de saúde se baseavam na relação causa e efeito.

O período hipocrático propôs uma nova concepção em saúde,

dissociaram-se os preceitos místicos e sacerdotais da arte de curar através do

método indutivo, da inspeção e da observação.

O surgimento da Enfermagem como atividade profissional

institucionalizada inicia-se com a Revolução Industrial no século XVI. No século

XIX surge a Enfermagem Moderna na Inglaterra.

Com o avanço da Medicina, os hospitais são reorganizados e é onde

encontramos as raízes do processo de disciplina e seus reflexos na

Enfermagem. Naquela época, predomina as doenças infecto-contagiosa e a

falta de preparo de pessoas para cuidar dos doentes. Os ricos eram tratados

em suas casas enquanto os pobres tornavam-se objetos de instrução e

experiências. (ELLU, 2009, p.3)

Quando Florence Nightingale é convidada pelo Ministro da Guerra da

Inglaterra é neste cenário que a Enfermagem começa atuar, junto aos soldados

feridos da Guerra da Criméia.

Ao final do século XIX no Brasil a questão saúde passa a constituir um

problema econômico-social. O Governo assume a assistência à saúde criando

serviços públicos, vigilância, controle dos portos e quarentena através da

Reforma Oswaldo Cruz introduzida em 1904.

Mais tarde, a Reforma Carlos Chagas em 1920, cria o Departamento

Nacional de Saúde Pública que exerceu durante anos ação normativa e

executiva das atividades de Saúde Pública no Brasil.

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A formação de pessoal de Enfermagem que inicialmente atendia aos

hospitais civis e militares e às atividades de saúde pública incentivou a criação

pelo Governo da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras no Rio de

Janeiro – a primeira escola de enfermagem brasileira denominada hoje de

Escola de Enfermagem Alfredo Pinto da Universidade do Rio de Janeiro.

As primeiras enfermeiras diplomadas surgem em Nova York em 1877

com valores baseados na filosofia da Escola Florence Nightingale: treinamento

gratuito, associação com hospitais e ensino prestado por enfermeiras

profissionais.

Com a criação de cursos de enfermagem, a profissão foi evoluindo e as

escolas de enfermagem acompanharam este processo tornando-se cada vez

mais exigentes para inserir o aluno nesta sociedade tecnológica.

A sociedade atual não privilegia mais a transmissão do saber como era

realizada nas primeiras escolas de enfermagem. As Novas Diretrizes do Curso

de Graduação em Enfermagem do Ministério da Educação e da Cultura (MEC)

(apud FERNANDES, 2004) aborda a formação do Enfermeiro como cidadãos

conscientes de seu papel social.

A passagem por várias disciplinas e experiências do processo ensino-

aprendizagem sinalizam a necessidade de motivar a aprender e levam ao

questionamento das estratégias que facilitem este processo.

Segundo o MEC (apud FERNANDES, 2004), nas Diretrizes Curriculares

de Graduação em Enfermagem, a organização do curso deverá garantir os

atributos indispensáveis à formação do Enfermeiro – educar para a cidadania e

participação plena na sociedade. A estruturação dos conteúdos visa o

desenvolvimento do aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer,

aprender a viver juntos e o aprender a conhecer.

Para Zanotti (1996), a educação terá um papel essencial na construção

do futuro da enfermagem. A partir das exigências deste mundo globalizado em

constante mudança, as enfermeiras educadoras devem continuamente

introduzir novas metas e métodos de ensino que alcancem as necessidades

dos educandos.

1.2 A Pedagogia

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Pedagogia é a ciência que estuda a educação, a instrução e o ensino.

Investiga as finalidades da educação numa sociedade e os meios apropriados

para a formação dos indivíduos preparando-os para o convívio social.

Cabe a Pedagogia assegurar a prática educativa orientando o processo

de assimilação de conhecimentos e experiências sociais. Verifica-se, como

caráter pedagógico, uma ação consciente, intencional e planejada no processo

de formação humana com objetivos e meios estabelecidos que indiquem o tipo

de homem a formar e para qual sociedade.

O estudo das relações do processo ensino/aprendizagem tem aspectos

filosóficos, sociológicos, psicológicos, biológicos, econômicos, antropológicos e

outros.

Este estudo das relações do processo ensino/aprendizagem permite aos

professores uma compreensão global do fenômeno educativo no âmbito

escolar. Permite, também, a reflexão sobre as teorias educacionais, o ato

educativo, as influências internas e externas buscando os fundamentos da

prática educativa com seus fins e objetivos.

Segundo Luckesi (1994) – baseado no pensamento de Libâneo – as

tendências pedagógicas são adotadas conforme as finalidades sociais da

escola, podendo ser organizadas em dois grupos: a Pedagogia Liberal e a

Pedagogia Progressista.

A Pedagogia Liberal é dividida em Tradicional, Renovada Progressista,

Renovada não-Diretiva e Tecnicista. Na Tradicional, a escola prepara o aluno

moral e intelectualmente. Na Renovada Progressista, a escola adapta as

necessidades individuais ao meio social. Na Renovada não-Diretiva, a escola

forma atitudes num clima favorável ao auto-desenvolvimento e realização

pessoal. Na Tecnicista, a escola modela o comportamento humano integrando-

o ao sistema social global.

A Pedagogia Progressista é dividida em Libertadora, Libertária e Crítico-

social dos conteúdos. A Libertadora tem atuação não-formal, onde o professor

e o aluno extraem da realidade o conteúdo da aprendizagem. Na Libertária, a

escola cria mecanismos para transformação da personalidade dos alunos num

sentido libertário e autogestionário. Na Crítico-social dos conteúdos, a escola

faz a transmissão de conteúdos vivos, concretos, indissociáveis das realidades

sociais.

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22

A tendência pedagógica que o professor dota depende de sua filosofia

de vida, suas convicções políticas, seu preparo profissional, o salário que

recebe, sua personalidade, sua vida familiar e sua satisfação profissional.

Entretanto, o processo pedagógico está centrado na relação ensino-

aprendizagem, envolvendo a ação de ensinar com o professor atuando como

mediador entre aluno e matéria e a ação de aprender onde o aluno assimila o

conteúdo conscientemente e ativamente as matérias desenvolvendo suas

capacidades e habilidades.

A atividade pedagógica tem como objetivos: assegurar o domínio dos

conhecimentos científicos, criar condições para o desenvolvimento de

capacidades e habilidades intelectuais e orientar as tarefas de ensino para

formação da personalidade.

Para que o professor possa atingir efetivamente os objetivos é

necessário um planejamento de ensino – direção do ensino e da aprendizagem

e avaliação.

No planejamento o professor deve elaborar um programa levando em

consideração: tempo disponível, objetivos, vivência, trabalhos discentes,

condições do meio, possibilidades da escola, material didático, biblioteca e

atividades extraclasse.

O planejamento, segundo Marques (2005), deve considerar como

princípios: a temporalidade, a globalização, a setorização, a participação, a

programação, a produtividade, a eficácia, a objetividade e a clareza.

O autor afirma que para desenvolver um bom trabalho pedagógico o

professor precisa: ter vocação pedagógica – amor pedagógico, sentido de

valores e consciência de responsabilidade; ter condições profissionais –

erudição crítica e atitude inquisitiva, probidade magisterial, tato pedagógico,

alegria e bom humor; ter condições extr ínsecas – especialização, formação

científica, visão profissional, cultura, trabalho em regime integral, possibilidade

de convívio com estudantes e ter condições intrínsecas – capacidade de

adaptação, equilíbrio emotivo, liderança, sinceridade, interesse, aptidão,

espírito de cooperação, entusiasmo, otimismo, constância, simpatia pela

juventude, disponibilidade, mensagem de esperança e otimismo para transmitir.

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1.3 O conhecimento

O Conhecimento é a compreensão inteligível da realidade que o sujeito humano adquire através de sua confrontação com essa mesma realidade. Ou seja, a realidade exterior adquire, no interior do ser humano, uma forma abstrata pensada, que lhe permite saber e dizer o que essa realidade é. (LUCKESI, 1994, p.122)

O Conhecimento é o requisito básico do professor. Com ele o professor

desenvolve todas as suas potencialidades: competências, habilidades,

atividades e valores.

Rocha Neto (2004) diz que o desafio do conhecimento é fazer conexão

para aprender a ser – transformação interna; aprender a aprender – trabalho

crítico e aprender a fazer - desenvolvimento de habilidades.

Entende-se como conhecimento a compreensão que se tem da

realidade, aquilo que é adquirido nos livros, nas aulas e nas conversas e não a

retenção de informações contidas nos livros.

Se apropriar da realidade de maneira direta (investigação) ou de

maneira indireta (exposição) são os dois métodos do conhecimento, afirma

Marx em O Capital. (apud LUCKESI, 1994)

Na apropriação direta da realidade – o método da investigação deve-se

ter uma posição crítica além das aparências, do senso comum e das relações

invisíveis, ou seja, busca-se a verdade. Esta busca da verdade é enxergar a

realidade criticamente através do todo (não sua parte), do universal (não o

particular) e do passado.

Na apropriação indireta da realidade – o método da exposição, o

conceito é exposto. É conhecimento indireto porque é adquirido através do

entendimento exposto pelo pesquisador. O conhecimento indireto é utilizado

pelo professor para explicar o conteúdo da disciplina, é a maior parte do

conhecimento que cada um de nós detém. É o papel do professor em sala de

aula, facilitar o entendimento de um fato já pesquisado.

É necessário lembrar que essa assimilação de conhecimentos deve ter

criticidade, pois, nem tudo que foi publicado é verdadeiro. O professor pode e

deve suscitar a dúvida no aluno para que ele busque a verdade, tenha

conhecimento da realidade e compreensão dos fatos. Luckesi (1994) chama

isso de iluminação da realidade.

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Corazza (apud GASPARIN, 2002) entende o conhecimento como parte

da síncrese, análise e síntese. Parte do empírico, experimental, diálogo do real

para o racional; passa pela análise, redução do todo às suas partes, método de

avaliação ou de abordagem que examina as parte para se entender o todo; e,

chega à síntese, o resumo, a síncope de um conhecimento pessoal.

Para adquirir conhecimento os autores de Filosofia da Educação são

unânimes em distinguem três categorias importantes para serem dominadas:

cognição, afeto e psicomotor. Descrita por Bloom: Taxonomia (ciência da

classificação) dos Objetivos de Ensino, um sistema onde a aquisição do

conhecimento necessita do domínio cognitivo, domínio afetivo e domínio

psicomotor.

Erault, Jones, Mackenzie (1985) descrevendo a Taxonomia de Bloom

relata que esses domínios têm como objetivos ampliar e tornar compreensível

o conteúdo de um programa, desenvolver as aptidões intelectuais e inculcar

atitudes.

Portanto, podemos determinar que para aquisição da realidade

precisamos conhecer, expressar, manipular, escolher, analisar, sintetizar e

avaliar. Para tanto, é necessário, por parte do professor, desenvolver

motivação (atitudes, valores); desenvolver aptidões sensoriais e psicomotoras;

desenvolver aptidões para análise, síntese, avaliação e resolução de

problemas.

É impossível falarmos de conhecimento sem falar de informação.

Podemos definir informação como os dados de uma realidade. São os dados

que retiramos dos livros, recebemos do professor, adquirimos da experiência

social, da mídia que serão transformados em conhecimento. Ou seja, as

informações que colhemos (de qualquer fonte) receberão um tratamento para a

aquisição da nova realidade.

Isto significa que a aprendizagem por processamento de informação

necessita que o conteúdo seja trabalhado levando em consideração a

interpretação que o aluno faz da realidade. Para compreender uma

realidade o processo de conhecimento é ativo e para isto também utilizamos o

processo de memorização.

Boruchovitch, Bzuneck (2004) relata que o aluno ao construir e

armazenar um novo conhecimento utiliza a memória sensorial, a memória de

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curta duração ou memória de trabalho e a memória de longa duração.

A memória sensorial é aquela onde a informação é captada pelos

sentidos (visão ou audição) através de estímulos sucessivos. É a percepção

seletiva inicial do processo de captação da informação.

A memória de curta duração é a manipulação da informação e o seu

processamento em si; a codificação, ação mental para construir o

conhecimento-alvo na memória.

A memória de longa duração assemelha-se a uma grande biblioteca

organizada onde são armazenadas as informações.

O aluno durante a aprendizagem se envolve com estes três tipos de

memória com o objetivo de influenciar o processo de codificação e facilitar a

aquisição ou recuperação das informações armazenadas.

Na sociedade atual, a Era da Informação e do Conhecimento, com essa

quantidade enorme de informação, a educação precisa achar um caminho para

transformar informação em conhecimento. Não é um processo que ocorre

sozinho, ele precisa da mediação do professor. É o que caracteriza a relação

professor/aluno.

A relação educadora, professor/aluno vai além da boa camaradagem. É

natural do professor que ele se preocupe com os métodos de aprendizagem e

procure formas dialógicas de interação.

É fundamental nessa relação a forma como o professor se relaciona

com a sua própria área de conhecimento, sua percepção e a produção do

conhecimento. Produzir conhecimentos significa colocar o aluno numa

perspectiva de indagação que o leve à reflexão.

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Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem

perder o bem que poderíamos conquistar se não

fosse o medo de errar.

Willian Shakespeare

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CAPÍTULO II

O FAZER PEDAGÓGICO

2 AS ESTRATÉGIAS DE ENSINO/APRENDIZAGEM

Estratégias de ensino/aprendizagem, ferramentas de ensino, recursos

para o processo ensino/aprendizagem, métodos de ensino, tecnologia

educacional ou técnicas pedagógicas são termos que descrevem “o conjunto

de métodos e técnicas que são utilizados afins de que o processo ensino-

aprendizagem se realize com êxito”. (MARTINS, 1990, p.182)

O método que o professor utiliza para desenvolver um conteúdo é o

instrumento mais importante para alcançar os objetivos a que se propôs.

Entretanto, não existe um método pedagógico universal e sim vários recursos

ou ferramentas que o educador lança mão para motivar o educando a

aprender.

Qualquer estratégia utilizada pelo professor depende de vários fatores:

econômicos, emocionais, sociais, além das características próprias dos alunos:

faixa etária, conhecimento prévio, interesse e disponibilidade. A escolha da

estratégia tem como objetivo final o desenvolvimento integral das

potencialidades do educando.

Howard Gardner (apud MACHADO, 2006) em seu livro O Verdadeiro, o

Belo e o Bom, diz que, quando ensinamos transmitimos nossas crenças sobre

uma racionalidade – o verdadeiro, uma estética – o belo e uma ética – o bom.

A escola liberta o belo (a estética) da fera (a racionalidade).

Desenvolver uma aula ou apresentar um conteúdo está focado no papel

principal da escola que deve introduzir noções de cidadania e ética, estimular

habilidades, relacionar com a atualidade, desenvolver independência,

estabelecer regras, trocar informações e socializar.

A Constituição Federal – Lei de Diretrizes e Bases da Educação

estabelece: Independente de serviços prestados para uma instituição pública

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ou particular, todo educador deve ter como premissa para o desempenho de

suas atividade o relevante valor social de cada aula ministrada.

Kalinke (MACHADO, 2006) afirma que o professor precisa ser criativo,

dinâmico, ter capacidade de análise e síntese, ter habilidade para trabalhar em

equipe, ter espírito empreendedor, ter carisma e dedicação para aplicar

qualquer estratégia pedagógica.

Libâneo (1994) afirma que as exigências práticas da sala de aula

requerem princípios básicos para orientar a atividades dos professores. O

ensino, na opinião do autor, precisa: ter caráter científico e sistemático, ser

compreensível e possível de ser assimilado, assegurar a relação

conhecimento-prática, assentar-se na unidade ensino-aprendizagem, garantir a

solidez dos conhecimentos e levar à vinculação trabalho coletivo-

particularidade individual.

2.1 Métodos Pedagógicos

(classificação de Libâneo)

Segundo Nérice (1993) os métodos pedagógicos não são apenas

instrumentos de transmissão de conhecimentos, porque buscam a “essência da

universidade que é a problematização e a busca procurando tornar a vida mais

consciente, eficiente e responsável”.

As recomendações de Viterbo (apud Nérice, 1993, p.113) lembram que

o ensino universitário deve:

suscitar dúvidas, ensinar a duvidar; levar a considerar opiniões contrárias, ao invés de se pôr simplesmente contra as mesmas; não somente ensinar coisas, mas possibilitar meios para apreciá-las; daí dever-se fazer mais ênfase nos métodos do que propriamente no conteúdo da disciplina.

O processo de ensino tem como fator externo o conteúdo e um fator

interno as condições mentais e físicas do aluno que se relacionam. Pode-se,

então, chamar de método pedagógico a forma de dirigir o processo professor-

aluno-matéria.

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2.1.1 Método de exposição pelo professor

O método de exposição pelo professor é o método mais utilizado nas

escolas. Consiste na apresentação pelo professor os conhecimentos que o

aluno precisa aprender. Não é totalmente passivo se combinado com a

conversação, exige do aluno o ato de se concentrar e de pensar.

O método de exposição é desenvolvido através de verbalização,

demonstração, ilustração e exemplificação. Se utilizado de forma conjugada e

vinculada às experiências do aluno possibilitam com facilidade a assimilação

de um conceito desconhecido.

O papel do professor é relatar um acontecimento, descrever uma

situação real, fazer uma leitura de texto, realizar estudo do meio, apresentar

gráficos, mapas, gravuras de fatos da realidade, ensinar o modo correto de

realizar uma tarefa, tirar conclusões de fatos de acordo com as normas e fazer

relação entre os acontecimentos.

2.1.2 Método de trabalho independente

O método de trabalho independente consiste em tarefas dirigidas e

orientadas pelo professor onde é exigida do aluno atividade mental para

assimilar um conteúdo ou elaborar uma tarefa pessoal.

Se a tarefa for bem planejada e dirigida aos objetivos específicos do

conteúdo garante uma melhor assimilação e desenvolve a independência e a

criatividade.

O papel do professor é solicitar exercícios de aprofundamento de temas,

estudo dirigido, solução de problemas, pesquisa de problemas novos, leitura de

texto, leitura de livros e desenhos.

2.1.3 Método de e laboração conjunta

O método de elaboração conjunta é a melhor forma de interação

professor-aluno podendo ser usada em qualquer fase da aprendizagem:

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fixação, consolidação e aplicação.

A elaboração conjunta visa novos conhecimentos, habilidades, atitudes

e convicções; exige condições prévias como: conhecimento dos objetivos,

conhecimentos básicos prévios e disponibilidade.

Consiste em conversação didática aberta (aula dialogada) onde o aluno

verbaliza sua experiência, argumenta, discute e refuta as opiniões dos outros.

O método desenvolve habilidade em expressar opiniões fundamentadas, de

aprender a escutar, contar fatos, interpretar e adquirir novos conhecimentos.

O papel do professor é organizar a conversação didática com perguntas

que desenvolvam o raciocínio dos alunos levando-os a observarem, pensarem,

duvidarem, tomarem partido.

O objetivo deste método é obter respostas sobre acontecimentos, fazer

relação entre coisas e acontecimentos, avaliar criticamente uma situação e

buscar caminhos para a solução de problemas.

2.1.4 Método de trabalho em grupo

O método de trabalho em grupo consiste em distribuir temas de estudo

para grupos de alunos. É desenvolvido com fases de preparação e organização

dos conteúdos e a comunicação dos resultados para a classe toda.

A finalidade deste método é desenvolver cooperação, comprometimento,

distribuição de tarefas e capacidade de verbalização onde o professor tem um

importante papel em controlar tempo, ambiente e cumprimento da tarefa.

Outras formas de desenvolvimento do método são: o debate – discussão

de tema polêmico; philips 66 – discussão em poucos minutos de tema já

exposto; tempestade mental – diante de um tema o aluno diz o que lhe vem à

cabeça; grupo de verbalização x grupo de observação – discussão de um tema

pelo grupo de verbalização e observação dos conceitos corretos pelo grupo de

observação e seminário – um grupo de alunos prepara um tema para

exposição e responde ao questionamentos da classe.

2.1.5 Atividades especiais

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As atividades especiais são aquelas que complementam os métodos de

ensino, como por exemplo: estudo do meio, jornal escolar, assembléia de

alunos, museu escolar, teatro, biblioteca escolar.

Consiste nas atividades que enriquecem ou complementam o

conhecimento, são as chamadas atividades extracurriculares. Estas atividades

não fazem parte da grade curricular. Tem como objetivo desenvolver aptidões,

interesses, conhecimento de mundo, solidariedade, aceitação de diferenças.

O papel do professor é estimular os alunos para estas atividades

especiais mostrando a importância do conhecimento de mundo e o

enriquecimento cultural na atividade profissional.

2.2 Técnicas Pedagógicas

As técnicas pedagógicas são todos os meios de ensino utilizados pelo

professor na condução metódica do processo ensino/aprendizagem devendo

ser consideradas as funções que o recurso desempenha.

Cada disciplina exige material específico ou equipamentos ou recursos

manuais para a arte de ensinar e aprender. A escolha por este ou aquele

recurso vai depender do domínio do professor ao manipular com segurança o

instrumento.

Estimulara a aprendizagem, dirigir a atenção, guiar o pensamento,

induzir a transferência do conhecimento, avaliar a aprendizagem e proporcionar

feedback são as funções cognitivas do uso de recursos didáticos.

Interagir, democratizar, demonstrar interesse, estimular a

independência, mostrar a realidade são as funções sociais do uso de recursos

didáticos.

“... os seres humanos aprendem a interpretar o mundo a partir da lógica

que possuem, construída através de suas experiências do que aprendem a

perceber, observar, conviver”. (LEITE, 2004, p.16).

2.2.1 Recursos Impressos

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É a tecnologia da palavra escrita usada em sala de aula.

2.2.1.1 Quadro de giz

Recurso de ensino mais utilizado na escola, também chamado de

quadro-negro ou lousa, podendo ser fixo ou móvel.

O uso do quadro de giz tem grandes vantagens: é acessível, de fácil

manuseio, permite correções e participação, é versátil, é econômico e não

dispensa tempo para preparação.

Deve ser usado para reforçar a exposição, possibilitar trabalho

simultâneo, facilitar a sistematização do conteúdo, esquematizar o conteúdo e

estabelecer comparações.

2.2.1.2 Apostila

Texto preparado pelo professor com o conteúdo resumido (ou não) da

disciplina a ser ministrada. Pode ser fornecida ao aluno no início das atividades

escolares facilitando o acompanhamento da exposição do professor.

O uso de apostilas tem grandes vantagens: é acessível, de fácil

manuseio, econômico e garante a informação do conteúdo.

Deve ser usado de modo criterioso como um apoio à exposição oral

permitindo que o aluno faça observações e correções pessoais e permitindo ao

professor sistematizar a informação.

2.2.1.3 Texto

Material que pode ser elaborado pelo professor, pelos alunos ou por

outros autores que permite a combinação de linguagem verbal com linguagem

visual.

As vantagens do uso de texto são inúmeras para o aprofundamento do

conhecimento. Pode ser utilizado como estudo dirigido, interpretação,

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comparação e associações para debates, discussões e seminários.

Estar adequado aos objetivos e ao conteúdo é a principal preocupação

ao empregar esta técnica. Pode ser retirado de jornais e revistas populares ou

científicas ou ainda de livros didáticos.

2.2.2 Recursos Audiovisuais

No avanço da tecnologia este recurso tem sido muito utilizado ainda que

mal explorado.

2.2.2.1 Retroprojetor

Material que tem uma enorme importância para facilitação da

transmissão de uma mensagem servindo para concentração, incentivo, fixação

e interesse.

Com o advento do computador ficou esquecido, porém, é um recurso

barato, acessível e de fácil manuseio. Permite transmissão de linguagem visual

e escrita ou ainda uma combinação das duas.

2.2.2.2 Slide

Recurso também em desuso com o avanço da tecnologia por

computador. É de difícil preparação e não muito econômico. Permite a

transmissão de linguagem visual estática e real, como na projeção de uma

fotografia de um órgão do corpo humano, por exemplo.

2.2.2.3 Datashow

É o avanço tecnológico do projetor de slides. Como o retroprojetor,

permite a transmissão de linguagem escrita e visual ligado a um computador.

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Tem vantagem sobre o retroprojetor e o projetor de slide porque pode se usada

imagem animada com transmissão de fotografia em movimento.

2.2.2.4 Filme

É a transmissão de fita magnética com imagem e som ligado a um

aparelho (DVD ou videocassete) + televisão. A projeção de filme oferece

vantagens sobre os outros recursos: permite auto instrução, mostra

acontecimentos reais, é motivador e orienta a atenção.

Existem diversos tipos: vídeo educativo, programas educativos, filmes e

documentários que devem ser utilizados focados no conteúdo da disciplina

combinado com a diversão.

2.2.2.5 Música

Recurso que necessita de aparelho para transmissão sonora, utiliza-se

fita cassete ou CD. Tem a vantagem de desenvolver a atenção por meio da

criatividade, ser acessível e econômico ou possibilitar um clima emocional

adequado.

2.2.2.6 Internet

Recurso popular muito utilizado para diversas situações de

aprendizagem. Foi criada em 1969 para possibilitar a comunicação entre

pesquisadores, popularizando-se na década de 80 com o acesso individual e

comercial. (LEITE, 2004, p.82)

A internet tem vantagem sobre as outras técnicas pedagógicas porque

disponibiliza bilhões de informações sobre os mais variados assuntos ao

mesmo tempo e para todos os lugares do mundo.

Na Educação pode ser muito bem utilizado como estratégia do

ensino/aprendizagem através de pesquisa ou questionamentos nos sites

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(consulta por meio de palavras-chave), chat (espaço de comunicação), e-mail

(correio eletrônico), softwares (processamento de informações), home page

(página instrucional) e links (vínculos).

A internet também pode ser utilizada como Ensino à Distância (EAD) em

expansão nesta década para cursos de pós-graduação e aperfeiçoamento que

permite interatividade pedagógica através da vídeo-conferência.

2.2.3 Recursos Ambientais

São os recursos que permitem uma maior aproximação da realidade

porque estabelece interação social.

2.2.3.1 Laboratório

É o recurso mais próximo da realidade onde o aluno treina uma

atividade estabelecida. Onde o conhecimento prévio será colocado em prática

simulada da realidade.

Existem vários tipos de laboratórios específicos para a atividade que

será exigida: informática, enfermagem, microbiologia, anatomia, química,

contabilidade, entre outros.

Os laboratórios são recursos que preparam o aluno para sua atividade

em campo. São dinâmicos, motivadores e obrigatórios para a maioria dos

cursos de graduação e principalmente para cursos técnicos.

Consistem em simulação de um ambiente de trabalho com peças,

maquetes, instrumental, material, aparelhos e equipamentos para desenvolver

exercícios práticos.

No laboratório é realizado, como técnica de ensino, a demonstração da

prática que tem ênfase nos exercícios, na repetição, na memorização e

formação de hábitos.

Segundo Nérice (1993) a demonstração didática pode ser classificada

em: intelectual, experimental, documentária e operacional; e tem como objetivo,

a articulação da prática com o conhecimento teórico.

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2.2.3.2 Campo de Estágio

São as empresas, escritórios, clínicas, hospitais e estabelecimentos

comerciais onde o aluno colocará em prática todo o conhecimento adquirido

em sala de aula e nos laboratórios.

É a inserção do aluno no mercado de trabalho. Recurso obrigatório nos

cursos de graduação para aquisição de experiência profissional. Atualmente as

boas escolas, aquelas que desenvolvem um trabalho pedagógico de qualidade,

oferecem aos alunos esta atividade.

Este recurso dirige o processo ensino/aprendizagem com o objetivo de

fixação de conhecimentos, interação com a profissão, desenvolvimento de

habilidades e criatividade, interação com profissionais e desenvolvimento da

capacidade de resolução de problemas.

Confúcio (apud ROCHA NETO, 2004, p.294) diz:

“Quando ouço, esqueço.

Quando vejo, lembro.

Quando faço, compreendo (aprendo)”.

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Todos os dias devíamos ouvir um pouco de

música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito

e, se possível, dizer algumas palavras sensatas.

Goethe

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CAPÍTULO III

O QUESTIONAMENTO

3 PESQUISA DE CAMPO

“A pesquisa é uma atividade voltada para a investigação de problemas

teóricos ou práticos por meio do emprego de processos científico”. (BERVIAN,

CERVO, SILVA, 2007, p.57) Pesquisar significa planejar cuidadosamente uma

investigação de acordo com normas, ma forma e no conteúdo. Tem como

objetivo descobrir respostas para questões do conhecimento humano.

3.1 A Metodologia aplicada

Com o objetivo de conhecer os métodos e técnicas pedagógicas

utilizadas no curso de Graduação em Enfermagem do Unisalesiano foi

realizada uma pesquisa com os professores e alunos no período de

agosto/2008 a fevereiro/2009.

Para o desenvolvimento do trabalho foram pesquisados alguns autores

de renome da área da Educação sobre os métodos e técnicas pedagógicas

existentes; e, aplicado um questionário para os professores (Apêndice A) e

para os alunos (Apêndice B).

A pesquisa através do questionário abrangeu 50% (10) dos professores

do curso de graduação em Enfermagem, independente da sua área de

atuação, e 80% (60) dos alunos matriculados nos módulos 2 (20 alunos), 4 (20

alunos) e 6 (20 alunos) do Unisalesiano.

Para identificar os tipos de Métodos e Técnicas Pedagógicas foi aplicado

um questionário, com questões fechadas e sem identificação pessoal, entregue

pessoalmente para cada professor onde o mesmo deveria assinalar quais

métodos e técnicas que ele utiliza para desenvolver seu trabalho educacional.

Para os alunos, o questionário também foi entregue pessoalmente, com

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as mesmas questões fechadas e sem identificação pessoal, e a orientação de

que eles deveriam assinalar os métodos e técnicas pedagógicas que são mais

apropriadas para o seu aprendizado.

3.2 Os Resultados obtidos

Para atingir os objetivos propostos foram realizadas coletas de dados

através dos questionários aplicados aos professores (Apêndice A) e dos

questionários aplicados aos alunos (Apêndice B). Na elaboração dos dados

foram utilizadas as respostas dos professores e dos alunos representadas nas

tabelas 1, 2, 3 e 4. Para análise e interpretação dos dados foram utilizados os

gráficos (Apêndices C, D, E e F ).

Tabela 1 - Número e porcentagem de Métodos Pedagógicos utilizados pelos

professores para o ensino de enfermagem.

PROFESSORES

MÉTODOS PEDAGÓGICOS F Fr%

Exposição oral 09 90%

Estudo dirigido 08 80%

Leitura de texto 07 70%

Pesquisa bibliográfica 06 60%

Apresentação de trabalho 06 60%

Questionário 05 50%

Seminário 09 90%

Debate/Discussão de tema 06 60%

Tempestade mental 04 40%

Visita pedagógica 04 40%

Fonte: Elaborado pelas autoras Na tabela 1 é possível observar a distribuição das respostas dadas pelos

professores do curso de enfermagem. Analisando as respostas dos

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professores, verificou-se que a Exposição Oral e Seminário (09 entre 10

professores) são os Métodos Pedagógicos mais utilizados; e, Tempestade

Mental e Visita Pedagógica (04 entre 10 professores) são os menos utilizados

por eles para o desenvolvimento do seu trabalho educativo.

Tabela 2 - Número e porcentagem de Métodos Pedagógicos de preferência

dos alunos para a aprendizagem.

ALUNOS

MÉTODOS PEDAGÓGICOS F Fr%

Exposição oral 28 47%

Estudo dirigido 26 43%

Leitura de texto 17 28%

Pesquisa bibliográfica 20 33%

Apresentação de trabalho 30 50%

Questionário 19 31%

Seminário 32 53%

Debate/Discussão de tema 39 65%

Tempestade mental 06 10%

Visita pedagógica 21 35%

Fonte: Elaborado pelas autoras

Na tabela 2 é possível observar a distribuição das respostas dadas pelos

alunos do curso de enfermagem. Analisando as respostas obtidas dos alunos

verificou-se que os Métodos Pedagógicos que a maioria acha mais adequado

para o aprendizado é o Debate/Discussão de Tema (39 entre 60 alunos) e o

Seminário (32 entre 60 alunos). O Método Pedagógico de Tempestade Mental

obteve apenas 10% da preferência, ou seja, 06 entre os 60 alunos que

responderam ao questionário.

Tabela 3 - Número e porcentagem de Técnicas Pedagógicas utilizados pelos

professores para o ensino de enfermagem.

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PROFESSORES

TÉCNICAS PEDAGÓGICAS F Fr%

Quadro de giz 07 70%

Apostila 06 60%

Texto 07 70%

Retroprojetor 01 10%

Slide 06 60%

Filme 06 60%

Música 02 20%

Datashow 10 100%

Internet 04 40%

Laboratório 07 70%

Biblioteca 07 70%

Clínica 02 20%

Hospital 03 30%

Fonte: Elaborado pelas autoras

Já na tabela 3 é possível observar a distribuição das respostas dadas

pelos professores do curso de enfermagem quanto às principais técnicas

pedagógicas que utilizam. Analisando as respostas dos professores, verificou-

se que 100% (todos) utilizam o Datashow e apenas 10% (um) utiliza o

Retroprojetor como Técnica Pedagógica para desenvolver seu trabalho

educativo.

Tabela 4 - Número e porcentagem de Técnicas Pedagógicas de preferência

dos alunos para a aprendizagem.

continua

PROFESSORES

TÉCNICAS PEDAGÓGICAS F Fr%

Quadro de giz 17 28%

Apostila 34 57%

Texto 17 28%

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conclusão

PROFESSORES

TÉCNICAS PEDAGÓGICAS F Fr%

Retroprojetor 31 51%

Slide 45 75%

Filme 28 47%

Música 10 10%

Datashow 25 42%

Internet 33 55%

Laboratório 41 68%

Biblioteca 32 53%

Clínica 42 70%

Hospital 54 90%

Fonte: Elaborado pelas autoras Por fim, na tabela 4 observa-se a distribuição das respostas dadas pelos

alunos do curso de enfermagem quanto às principais técnicas pedagógicas que

preferem. Analisando as respostas obtidas pelas preferências dos alunos

verificou-se que a maioria (90%, 54 entre 60 alunos) acha que a Técnica

Pedagógica que facilita seu aprendizado é o Hospital. As Técnicas

Pedagógicas de Slide (75%, 45 entre 60 alunos) e Clínica (70%, 42 entre 60

alunos) também estão entre as preferidas pelos alunos.

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O valor das coisas não está no tempo em que elas

duram, mas na intensidade com que acontecem.

Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas

inexplicáveis e pessoas incomparáveis.

Fernando Pessoa

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CONCLUSÃO

Educar em Enfermagem é um processo que exige Conhecimento – O

Saber Pedagógico e o Fazer Pedagógico – as Estratégias do Processo

ensino/aprendizagem, pois, os professores dos cursos de Enfermagem

precisam desenvolver nos alunos habilidades práticas e motivá-los para

adquirir competência teórico-prática.

Através do presente trabalho de pesquisa foram relatados os Métodos e

Técnicas Pedagógicas utilizadas neste processo ensino/aprendizagem.

Mediante o estudo bibliográfico e o questionário aplicado aos

professores e alunos do curso de graduação em Enfermagem do Unisalesiano

ficaram demonstrado quais são os Métodos e Técnicas Pedagógicas que os

professores utilizam e quais são os Métodos e Técnicas Pedagógicas que os

alunos preferem.

A partir das respostas obtidas pôde-se verificar que o Método

Pedagógico que os professores mais utilizam (90%), a Exposição Oral; menos

da metade (47%) dos alunos acha adequados para a aprendizagem.

Entre as Técnicas Pedagógicas que os professores mais utilizam

(100%), o Datashow; também, menos da metade (42%) dos alunos preferem

para o seu processo de aprendizagem.

Podemos verificar, ainda, que os alunos responderam com preferência

as Técnicas Pedagógicas, a Clínica (90%) e Hospital (70%) são pouco

utilizados pelos professores, 20% e 30% respectivamente. No entanto, é

interessante ressaltar que a pesquisa abrangeu todos os professores não

identificando áreas aplicadas e básicas.

A Enfermagem é uma profissão que requer conhecimento teórico-

científico e o desenvolvimento prático de habilidades e competências. É natural

que os alunos sintam necessidade de treinamentos práticos específicos.

Concluímos que os objetivos do presente trabalho de pesquisa foram

alcançados, embora o tema em questão seja complexo. Consideramos que

além de os resultados obtidos darem subsídios para outros trabalhos de

pesquisa, eles podem auxiliar os professores na escolha de métodos e técnicas

pedagógicas para efetivação do processo ensino/aprendizagem.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Formulário para os professores

Caro(a) Professor(a), Para conclusão do curso Metodologia do Ensino Superior – IMBRAPE + UNISALESIANO, estamos desenvolvendo uma monografia com o tema: Tecnologias Aplicadas ao Processo Ensino/Aprendizagem na Enfermagem. Solicitamos sua colaboração respondendo o questionário abaixo. Obrigada, Cecília Oliveira e Isabel Cristina M. D. Oliveira. A.1 QUAIS MÉTODOS PEDAGÓGICOS VOCÊ UTILIZA? ( ) Exposição oral ( ) Estudo dirigido ( ) Leitura de texto ( ) Pesquisa bibliográfica ( ) Apresentação de trabalho ( ) Questionamentos ( ) Seminário ( ) Debate/Discussão de tema ( ) Tempestade mental ( ) Visita pedagógica A.2 QUAIS RECURSOS TECNOLÓGICOS VOCÊ UTILIZA? ( ) Quadro de giz ( ) Apostila ( ) Texto ( ) Retroprojetor ( ) Slide ( ) Filme ( ) Música ( ) Datashow ( ) Internet (site, chat, e-mail, software, home page) ( ) Laboratório ( ) Biblioteca ( ) Clínica ( ) Hospital

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APÊNDICE B – Formulário para os alunos

Caro(a) Aluno(a), Para conclusão do curso Metodologia do Ensino Superior – IMBRAPE + UNISALESIANO, estamos desenvolvendo uma monografia com o tema: Tecnologias Aplicadas ao Processo Ensino/Aprendizagem na Enfermagem. Solicitamos sua colaboração respondendo o questionário abaixo. Obrigada, Cecília Oliveira e Isabel Cristina M. D. Oliveira B.1 QUAIS MÉTODOS PEDAGÓGICOS VOCÊ ACHA IMPORTANTES PARA O SEU APRENDIZADO? ( ) Exposição oral ( ) Estudo dirigido ( ) Leitura de texto ( ) Pesquisa bibliográfica ( ) Apresentação de trabalho ( ) Questionamentos ( ) Seminário ( ) Debate/Discussão de tema ( ) Tempestade mental ( ) Visita pedagógica B.2 QUAIS RECURSOS TECNOLÓGICOS VOCÊ ACHA IMPORTANTES PARA O SEU APRENDIZADO? ( ) Quadro de giz ( ) Apostila ( ) Texto ( ) Retroprojetor ( ) Slide ( ) Filme ( ) Música ( ) Datashow ( ) Internet (site, chat, e-mail, software, home page) ( ) Laboratório ( ) Biblioteca ( ) Clínica ( ) Hospital

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APÊNDICE C – Gráfico das práticas pedagógicas dos professores

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

EO ED LT PB AT Q S D/DT TM VP

Fonte: Elaboradas pelo autoras Gráfico C: Métodos Pedagógicos dos Professores

Legenda: EO (Exposição oral), ED (Estudo Dirigido), LT (Leitura de Texto), PB ( Pesquisa Bibliográfica), AT (Apresentação de Trabalho), Q (Questionamentos), S (Seminário), D/DT (Debate/Discussão de Tema), TM (Tempestade Mental), VP (Visita Pedagógica).

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APÊNDICE D – Gráfico das práticas pedagógicas dos alunos

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

EO ED LT PB AT Q S D/DT TM VP

Fonte: Elaborado pelas autoras Gráfico D: Métodos Pedagógicos dos Alunos

Legenda: EO (Exposição oral), ED (Estudo Dirigido), LT (Leitura de Texto), PB ( Pesquisa Bibliográfica), AT (Apresentação de Trabalho), Q (Questionamentos), S (Seminário), D/DT (Debate/Discussão de Tema), TM (Tempestade Mental), VP (Visita Pedagógica).

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APÊNDICE E – Gráfico das técnicas pedagógicas dos professores

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

QZ A T R S F M D I L B C H

Fonte: Elaborado pelas autoras Gráfico E: Técnicas Pedagógicas dos Professores

Legenda: QZ (Quadro de giz), A (Apostila), T (Texto), R (Retroprojetor), S (Slide), F (Filme), M (Música), D (Datashow), I (Internet), L (Laboratório), B (Biblioteca), C (Clínica), H (Hospital).

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APÊNDICE F – Gráfico das técnicas pedagógicas dos alunos

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

QZ A T R S F M D I L B C H

Fonte: Elaborado pelas autoras Gráfico F: Técnicas Pedagógicas dos Alunos

Legenda: QZ (Quadro de giz), A (Apostila), T (Texto), R (Retroprojetor), S (Slide), F (Filme), M (Música), D (Datashow), I (Internet), L (Laboratório), B (Biblioteca), C (Clínica), H (Hospital).