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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS 1 --------ACTA DA 1ª. REUIÃO DA 6 ª. SESSÃO EXTRAORDIÁRIA DA ASSEMBLEIA---------- ----------------MUICIPAL DE OEIRAS, REALIZADA A 15 DE OVEMBRO DE 2010--------------- ---------------------------------------------------ACTA º. 18 / 2010--------------------------------------------------- ------------- Aos quinze dias do mês de Novembro de dois mil e dez, no Auditório Municipal, sito no Edifício da Biblioteca Municipal de Oeiras, reuniu a Assembleia Municipal de Oeiras sob a Presidência do Senhor Domingos Ferreira Pereira dos Santos, tendo como Primeira Secretária, a Senhora Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães e como Segunda Secretária a Senhora Ana Maria Andrade Borja Santos de Brito Rocha. ---------------------------------------------- 1. ABERTURA DA REUIÃO ----------------------------------------------------------------------------- ------------- Pelas quinze horas e quinze minutos, o Senhor Presidente declarou iniciada a Primeira Reunião da Quinta Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal de Oeiras, procedendo de imediato à chamada, tendo sido verificada a presença de quarenta e três Deputados Municipais (Joaquim Manuel de Carvalho Ribeiro, Fernando Victor Beirão Alves, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Luís Filipe Vieira Viana, Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, José Eduardo Lopes Neno, Alfredo Amaral Figueiredo, Salvador António Martins Bastos Costeira, Luís Manuel Figueiredo da Silva Lopes, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, António Pita de Meireles Pistacchinni Moita, Maria Carolina Candeias Tomé, Custódio Mateus Correia de Paiva, Arlindo Pereira Barradas, Luís Filipe Pereira Santos, Maria Teresa Sousa de Moura Guedes, Guilherme Dinis Moreno da Silva Arroz, José Henriques Lopes, Maria Celeste Gouveia Saraiva Ferreira Dâmaso, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, Rui Pedro Gersão Lapa Miller, Nuno Miguel Pimenta de Carvalho Ribeiro, Maria de Deus Carvalho Pereira, Paulo Pinto de Carvalho Freitas do Amaral, Alexandra Nunes Esteves Tavares de Moura, Luísa Maria Diego Lisboa, Joaquim dos Reis Marques, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Pedro Afonso Nóbrega Moita de Melo e Sá, Tiago Manuel Coruche Serralheiro, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Adelino de Jesus Nunes, Luís Cunha Carreira, Maria da

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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--------ACTA DA 1ª. REUIÃO DA 6 ª. SESSÃO EXTRAORDIÁRIA DA ASSEMBLEIA----------

----------------MUICIPAL DE OEIRAS, REALIZADA A 15 DE OVEMBRO DE 2010---------------

---------------------------------------------------ACTA º. 18 / 2010---------------------------------------------------

------------- Aos quinze dias do mês de Novembro de dois mil e dez, no Auditório Municipal, sito

no Edifício da Biblioteca Municipal de Oeiras, reuniu a Assembleia Municipal de Oeiras sob a

Presidência do Senhor Domingos Ferreira Pereira dos Santos, tendo como Primeira Secretária, a

Senhora Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães e como Segunda Secretária a

Senhora Ana Maria Andrade Borja Santos de Brito Rocha. ----------------------------------------------

1. ABERTURA DA REUIÃO -----------------------------------------------------------------------------

------------- Pelas quinze horas e quinze minutos, o Senhor Presidente declarou iniciada a

Primeira Reunião da Quinta Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal de Oeiras,

procedendo de imediato à chamada, tendo sido verificada a presença de quarenta e três

Deputados Municipais (Joaquim Manuel de Carvalho Ribeiro, Fernando Victor Beirão Alves,

Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Luís Filipe Vieira Viana, Carlos Jorge Santos de Sales

Moreira, José Eduardo Lopes Neno, Alfredo Amaral Figueiredo, Salvador António Martins

Bastos Costeira, Luís Manuel Figueiredo da Silva Lopes, Domingos Ferreira Pereira dos Santos,

António Pita de Meireles Pistacchinni Moita, Maria Carolina Candeias Tomé, Custódio Mateus

Correia de Paiva, Arlindo Pereira Barradas, Luís Filipe Pereira Santos, Maria Teresa Sousa de

Moura Guedes, Guilherme Dinis Moreno da Silva Arroz, José Henriques Lopes, Maria Celeste

Gouveia Saraiva Ferreira Dâmaso, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, Rui Pedro Gersão

Lapa Miller, Nuno Miguel Pimenta de Carvalho Ribeiro, Maria de Deus Carvalho Pereira, Paulo

Pinto de Carvalho Freitas do Amaral, Alexandra Nunes Esteves Tavares de Moura, Luísa Maria

Diego Lisboa, Joaquim dos Reis Marques, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos

Guimarães, Pedro Afonso Nóbrega Moita de Melo e Sá, Tiago Manuel Coruche Serralheiro,

Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Adelino de Jesus Nunes, Luís Cunha Carreira, Maria da

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Graça Rodrigues Tavares, Luís Gonçalo Fernandes dos Santos Teodósio, Bruno Filipe Carreiro

Pires, Ana Maria Andrade Borja Santos de Brito Rocha, Jorge Miguel Lobo Janeiro, Pedro

Alexandre Pereira Fernandes da Costa Jorge, Daniel dos Reis Branco, Carlos Alberto de Sousa

Coutinho, Maria Isabel Lima Miguéis de Vasconcelos e Miguel da Câmara e Almeida Pinto)

desta Assembleia Municipal. ----------------------------------------------------------------------------------

------------- Os Senhores, Carlos Alberto Ferreira Morgado, Nuno Emanuel Campilho Mourão

Coelho, Isabel Cristina Gomes dos Santos Silva Lourenço, Abílio José da Fonseca Martins

Fatela, Marcos Sá Rodrigues, Silvino Monteiro Cardita Gomes da Silva e Jorge Manuel

Madeiras Silva Pracana pediram a sua substituição para esta reunião tendo sido substituídos

pelos Senhores José Eduardo Lopes Neno, Alfredo Amaral Figueiredo, Nuno Miguel Pimenta de

Carvalho Ribeiro, Maria de Deus Carvalho Pereira, Adelino de Jesus Nunes, Luís Cunha

Carreira e Jorge Miguel Lobo Janeiro.-----------------------------------------------------------------------

------------- Representaram a Câmara Municipal de Oeiras, o Senhor o Vice-Presidente Paulo

César Sanches Casinhas da Silva Vistas e os Senhores Vereadores Carlos Alberto Monteiro

Rodrigues de Oliveira, Ricardo Lino Carvalho Rodrigues, Luísa Maria Gentil Ferreira Carrilho

António Ricardo Henriques da Costa Barros e Ricardo Júlio de Jesus Pinho. -------------------------

2. ORDEM DE TRABALHOS------------------------------------------------------------------------------

------------- Foi estabelecida para a presente reunião a seguinte Ordem de Trabalhos: ---------------

1. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. N.º 1146/10 relativa à aquisição do Edifício

ATRIUM por cedência da posição contratual em contrato de locação financeira e celebração de

contrato de arrendamento parcial com o Ministério das finanças; ---------------------------------------

2. Apreciação da Proposta C.M.O. N.º 558/10 relativa ao Relatório Anual sobre a situação

económica e financeira da “Parques Tejo, E.E.M.” -Ofício Nº. 24598 -23-06-2010;-----------------

3. Apreciação da Proposta C.M.O. N.º 701/10 relativa ao Relatório de Actividades relativo ao

Exercício de 2009 da “EIA -Ensino, Investigação e Administração, S.A.” -Ofício Nº. 30509 -30-

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07-2010; -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

4. Apreciação da Proposta C.M.O. N.º 703/10 relativa ao Relatório de Actividades relativo ao

Exercício de 2009 e Plano de Actividades e Orçamento da “AITEC -Oeiras” para 2010 -Ofício

Nº. 30511 -30-07-2010; ----------------------------------------------------------------------------------------

5. Apreciação da Proposta C.M.O. N.º 966/10 relativa ao Relatório Anual de Actividades e

Avaliação da Comissão Arbitral Municipal de Oeiras -Anos de 2008 e 2009; ------------------------

6. Apreciação da Proposta C.M.O. N.º 967/10 relativa ao Relatório de Actividades e Contas de

2009, da “Fundação Marquês de Pombal”;------------------------------------------------------------------

7. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. N.º 971/10 relativa à fixação da remuneração do

Presidente do Conselho de Administração da LEMO, E.I.M., S.A.; ------------------------------------

8. Apreciação da Proposta C.M.O. N.º 616/10 relativa ao Relatório e Contas de 2009 da Oeiras

Viva, E.E.M. -Ofício Nº. 24592 -23-06-2010; --------------------------------------------------------------

9. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. N.º 938/10 relativa à redução do Capital Estatutário

da Oeiras Viva, E.E.M. e consequente alteração dos seus Estatutos;------------------------------------

10. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. N.º 1180/10 relativa à redução do Capital

Estatutário da Oeiras Viva, E.E.M. -Rectificação da Proposta de Deliberação Nº. 938/10,

aprovada em 28 de Julho; --------------------------------------------------------------------------------------

11. Apreciação da Proposta C.M.O. N.º 968/10 relativa ao Relatório de Execução Orçamental da

Oeiras Viva E.M., referente ao 1º. Trimestre de 2010; ----------------------------------------------------

12. Apreciação da Proposta C.M.O. N.º 1041/10 relativa à renúncia de associado da AMAGÁS -

Associação de Municípios para o Gás;-----------------------------------------------------------------------

13. Apresentação do trabalho desenvolvido junto das escolas de Oeiras pela Comissão que

elaborou a Brochura sobre o Regulamento da Assembleia Municipal.----------------------------------

3. O Senhor Presidente da A.M. iniciou a sessão dizendo o seguinte: --------------------------------

------------- “Boa tarde a todos, verificada a existência de quórum, damos início à Primeira

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Reunião da Sexta Sessão Extraordinária, de dois mil e dez, da Assembleia Municipal de Oeiras. -

------------- Para visualizarmos os tempos de utilização da palavra, para que os Grupos Políticos

Municipais possam, conforme o Regimento, “gerir de uma forma mais eficiente os seus tempos

de intervenção”, temos um programa que estamos a experimentar, para que todos possamos ver o

tempo que temos de intervenção e o tempo que usámos ou podemos ainda usar para deixarmos

as nossa visões, as nossa posturas e as nossa maneiras de pensar e justificarmos as nossas

posições. -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Pedi aos representantes dos Grupos Políticos Municipais que o Período Antes da

Ordem do Dia fosse o mais breve possível, que decorre da Lei Geral e do nosso Regimento em

particular, porque temos uma agenda longa que se vem arrastando e que era desejável acabá-la

para que as decisões se tornem eficazes. --------------------------------------------------------------------

------------- Temos um pedido da Câmara Municipal para colocarmos um ponto na Ordem do Dia

que não consta da agenda e que peço ao Senhor Vice-Presidente da Câmara para apresentar a

urgência para nós podermos votar a sua inclusão, ou não, na Ordem de Trabalhos de hoje.”-------

4. APROVAÇÃO DE ACTA --------------------------------------------------------------------------------

4.1. Acta da Segunda Reunião da Quarta Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de

Oeiras, realizada a onze de Outubro de dois mil e dez - Acta número quinze.-------------------

4.1.1. VOTAÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta Acta a qual foi aprovada por maioria

com duas abstenções (a Senhora Deputada Maria de Deus Carvalho Pereira (IOMAF) e o Senhor

Deputado Jorge Miguel Lobo Janeiro (PSD)).--------------------------------------------------------------

4.2. O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte: -----------------------------------------------------

------------- “Antes de passarmos ao Período Antes da Ordem do Dia, peço ao Senhor Vice-

Presidente que explique a urgência de introduzirmos na Ordem de Trabalhos de hoje a Proposta

de Revisão Orçamental, a Terceira Revisão ao Plano Plurianual de Investimentos.”-----------------

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4.3. O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: -------------------------------------------

------------- “Esta Proposta refere-se à Terceira Revisão Orçamental e o seu conteúdo é deliberar

sobre o saldo da gerência de dois mil e nove a incluir no Orçamento de dois mil e dez. Neste

momento estamos a finalizar os documentos relativos ao orçamento de dois mil e onze não fará

muito sentido a determinada altura estarmos a discutir o Orçamento de dois mil e onze e ainda

termos o Saldo de Gerência de dois mil e nove para incluir no Orçamento de dois mil e dez. ------

------------- Penso que esta Proposta não consumirá muito tempo, a sua discussão é meramente

técnica e, portanto, pedia-vos que fossem favoráveis ao agendamento desta na reunião de hoje.” -

4.4. A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) disse o seguinte:-------------------

------------- “Nós gostávamos de ter o documento na nossa posse e nem isso temos.” ---------------

4.5. O Senhor Presidente da A.M. disse para seguinte:--------------------------------------------------

------------- “Já vai ser distribuído. Neste momento está a ser fotocopiado. ----------------------------

------------- Pergunto se há alguma objecção a que entremos no Período Antes da Ordem do Dia e

discutamos antes de começar a Ordem do Dia, a introdução deste ponto? Não havendo nenhuma

objecção, vamos dar início ao Período Antes da Ordem do Dia.-----------------------------------------

------------- Chegou à Mesa uma Recomendação e um Voto de Pesar, apresentados pelo Partido

Socialista (pedi para que estes documentos fossem fotocopiados e distribuídos pelos Membros da

Assembleia Municipal). Pergunto ao Partido Socialista se quer apresentar os documentos.” -------

5. PERÍODO ATES DA ORDEM DO DIA ------------------------------------------------------------

5.1. A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) apresentou o seguinte Voto de

Pesar: ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- “VOTO DE PESAR PELO FALECIMETO DE JACITO SIMÕES,

APRESETADO PELO GRUPO POLÍTICO MUICIPAL DO PARTIDO

SOCIALISTA:--------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Jacinto Simões, que morou e trabalhou a maior parte da sua vida no Concelho de

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Oeiras, foi uma grande figura da medicina portuguesa, um homem de invulgar cultura e um

cidadão activo e empenhado no destino do seu concelho e do seu país. --------------------------------

------------- Grande nefrologista pioneiro da hemodiálise e do transplante renal em Portugal,

trabalhou nos anos sessenta, no Hospital Curry Cabral, onde criou uma unidade especializada no

tratamento das doenças do rim. Mais tarde, foi fundador do Hospital de Santa Cruz, tendo sido,

durante três décadas, director do seu serviço de nefrologia. Foi ainda director clínico deste

Hospital. Professor Catedrático da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de

Lisboa, deve-se-lhe a formação de sucessivas gerações de médicos. Era também

reconhecidamente um mestre no diagnóstico clínico. -----------------------------------------------------

------------- Personalidade de grande dimensão cultural, era médico e amigo de grandes figuras

da cultura portuguesa, como, entre outros, José Saramago, Fernando Lopes Graça, Fernando

Namora, Bernardo Santareno, Lagoa Henriques, António Duarte, António Ramos Rosa, Eunice

Muñoz. Escreveu também poesia, tendo publicado três livros. Tinha uma vasta cultura literária

(conhecia profundamente alguns autores como Camilo Castelo Branco), musical (foi aluno de

Lopes Graça e tocava piano), artística e filosófica. A sua casa de Linda-a-Velha estava sempre

aberta ao convívio cultural. ------------------------------------------------------------------------------------

------------- Filho de uma figura destacada da Primeira República e ministro dos seus governos,

Jacinto Simões iniciou, desde a adolescência, uma actividade de intervenção cívica. Fundador do

Mud Juvenil, foi aí companheiro de Mário Soares, de quem continuou sempre amigo. -------------

------------- Frequentou o grupo da Seara Nova, que lhe foi uma escola política, cívica e

intelectual. Era militante do PS e, nessa qualidade, participou na vida do Concelho de Oeiras,

tendo sido candidato a vereador da sua Câmara Municipal. Era um homem de causas, convicções

e ideais: generoso e solidário, aberto e prospectivo, que sabia antecipar. ------------------------------

------------- Autor de vários trabalhos médicos e membro de sociedades e academias científicas e

culturais, portuguesas e estrangeiras, recebeu, ao longo da sua notável carreira, muitas distinções.

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Entre estas, destacam -se a Medalha de Ouro do Concelho de Oeiras. Foi também agraciado pelo

Presidente da República com uma das mais altas condecorações nacionais: a Ordem de Sant'iago

da Espada. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Jacinto Simões pertencia a uma tradição ilustre de médicos humanistas. A sua morte

recente constitui uma grande perda para a ciência e para a cultura, para Oeiras e para o país. ------

------------- No momento do seu falecimento, a Assembleia Municipal de Oeiras expressa o seu

sincero e profundo sentimento de luto e pesar à família de Jacinto Simões, e propõe à Câmara

Municipal que promova uma justa homenagem aos relevantes serviços prestados por este médico

eminente e cidadão exemplar, ao país e ao concelho de Oeiras, atribuindo o seu nome a uma rua

do nosso Concelho.” --------------------------------------------------------------------------------------------

5.2. “PROPOSTA DE RECOMEDAÇÃO DO PARTIDO SOCIALISTA PARA

CLASSIFICAR COMO IMÓVEL DE ITERESSE MUICIPAL A CAPELA DE OSSA

SEHORA DE PORTO SALVO. --------------------------------------------------------------------------

------------- Conta a lenda que a Ermida de Nossa Senhora de Porto Salvo foi construída no

cumprimento da promessa feita por marinheiros da Carreira das Índias que fustigados pelo mau

tempo prometeram, em caso de salvação, erigir uma Capela em Honra de Nossa Senhora no

primeiro promontório que avistassem ao chegarem ao Tejo. ---------------------------------------------

------------- O outeiro avistado terá sido o de Caspolima e doado por El-Rei Dom João Terceiro

para aí construírem a prometida Ermida. A doação à Irmandade de Nossa Senhora de Porto

Salvo, foi confirmada em dez de Julho de mil setecentos e trinta e sete por "Alvará de Mercê" do

Rei Dom João Quinto, de dez de Julho de mil setecentos e trinta e sete, do "baldio de

pedregulho, e rocha infrutífero e incapaz de cultura alguma" do Reguengo de Oeiras ''para nele

se reedificar a dita Ermida e ficar o restante dele, servindo de logradouro da mesma". --------------

------------- A primeira capela terá sido construída por volta de mil quinhentos e trinta mas,

devido à sua exiguidade, foi demolida e reconstruída por volta de mil seiscentos e sessenta e

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oito. Mas, arruinada pelo tempo, data do século dezassete a sua reconstrução, tendo as obras

mais importantes sido feitas no período de mil setecentos e trinta e seis a mil setecentos e

quarenta e quatro, até chegar ao seu aspecto actual. -------------------------------------------------------

------------- A Capela de Nossa Senhora de Porto Salvo é composta por uma só nave e está

decorada com azulejos, tal como a fachada alpendrada de tipo rústico, com o altar-mor feito em

talha dourada. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- A beleza desta capela é marcada por sucessivas obras de restauro, entre as quais, os

Azulejos da Capela-Mor de Nicolau Freitas em mil setecentos e trinta e quatro; Coro da Ermida

em mil setecentos e trinta e seis; os Painéis de Azulejo de Policarpo Oliveira Bernardes, alusivos

à Vida e Fuga para o Egipto, pintados pelo colaborador António Silva em mil setecentos e

quarenta; o Trono de Nossa Senhora feito pelo entalhador Francisco Xavier; o restauro do

Mestre entalhador Manuel da Costa Barbuda da Capela-mor, Retábulo, Tribuna e a Bancada do

Púlpito. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Acrescem os impressivos quatro painéis da Capela-mor e os quatro Painéis do Corpo

da Igreja, pintados por António Silva, colaborador da oficina de Oliveira Bernardes: ---------------

- Casamento da Virgem Maria e S. José---------------------------------------------------------------------

- A Anunciação do Anjo ---------------------------------------------------------------------------------------

- O Nascimento de Jesus no presépio ------------------------------------------------------------------------

- A Oração dos Magos------------------------------------------------------------------------------------------

- O Nascimento de Maria --------------------------------------------------------------------------------------

- Maria Adolescente é apresentada no Templo de Jerusalém - Circuncisão do Menino: o

Santíssimo nome de Jesus -------------------------------------------------------------------------------------

- A dormicação de Maria---------------------------------------------------------------------------------------

------------- De referir ainda a existência no Adro dos dois Cruzeiros da Igreja: (i) O Grande

Cruzeiro do Adro oferecido em mil setecentos e vinte e quatro pela devoção e agradecimento a

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Nossa Senhora do Mestre Pedreiro Manuel da Mata; e (ii) o Cruzeiro da Boa Sentença datado de

mil setecentos e cinquenta e nove. ----------------------------------------------------------------------------

------------- Foi o reconhecimento a Nossa Senhora do Porto Salvo que levou devotos e

mareantes a celebrar em romagens à Capela e, especialmente por peregrinação feita no mês de

Julho, em honra do Apóstolo S. Tiago a vinte e cinco, de Santa Ana e de S. Joaquim pais de

Nossa Senhora, a vinte e seis, que culminavam em romaria popular. -----------------------------------

------------- Esta descrição detalhada da história e riqueza artística desta Capela assinala e

demonstra o patente valor predominante para o património histórico e cultural das comunidades

da Freguesia de Porto Salvo e do concelho de Oeiras, que representa a Capela de Nossa Senhora

de Porto Salvo.---------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Pelo exposto, visando a salvaguarda da memória e identidade históricas concelhia e

local, os membros da Assembleia Municipal do Partido Socialista, nos termos regimentais

previstos, recomendam à Câmara Municipal de Oeiras que inicie o procedimento de classificação

de bem imóvel de interesse municipal da Capela de Nossa Senhora de Porto Salvo, nos termos

do artigo quinquagésimo sétimo, número um da Lei número trezentos e nove de dois mil e nove,

de vinte e três de Outubro, do artigo sexagésimo quarto, número dois da alínea m) da Lei número

cento e sessenta e nove de mil novecentos e noventa e nove, de dezoito de Setembro, e do artigo

décimo quinto, número seis da Lei número cento e sete de dois mil e um, de oito de Setembro”.--

5.3. O Senhor Deputado Luís Carreira (PS) explanou o seguinte: -----------------------------------

------------- “A Capela de Porto Salvo dá o nome à terra e à Freguesia. A lenda conta que os

Marinheiros estariam em apuros e que prometeram construir a Capela. A primeira Capela foi

construída em mil seiscentos e trinta, tendo sido reconstruída mais tarde devido à sua exiguidade

e ao seu estado, em mil seiscentos e setenta e oito. No século dezoito a Capela sofreu várias

obras de alteração e de melhoramento e hoje em dia embora sendo uma Capela discreta é um

ponto de referência dentro de Porto Salvo. Esta Capela tem painéis de azulejos do século

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dezassete da Oficina Oliveira Bernardes e pintados por António Silva que são de realçar

sobretudo por serem raros e de extraordinária beleza, embora os que se encontram na fachada da

Igreja, estejam em mau estado. Do seu espólio fazem parte pinturas de Oliveira Bernardes,

devidamente preservadas e que convêm restabelecer. O interior da Igreja é composta por uma só

nave e em toda a sua volta tem painéis de azulejos que convêm preservar. ----------------------------

------------- Neste sentido, e porque o património Municipal deve ser preservado e a nossa

Proposta de Recomendação à Câmara é para que a Igreja seja considerada, pelo menos, de

imóvel de interesse Municipal e para preservação da história de Portugal. Tanto mais que

estamos em vias de alteração do PDM e este não contempla esta Igreja que, apesar de ser

pequena, é histórica e emblemática dentro daquela terra.” -----------------------------------------------

5.4. O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) disse o seguinte: -----------------------

------------- “Gostava de perguntar ao Senhor Vice-Presidente o seguinte: a Rua de Ceuta (a rua

do Centro de Saúde) em Linda-a-Velha foi pavimentada de novo. Passados uns meses a Câmara

teve que accionar a garantia bancária para que o piso fosse colocado de novo, não tendo sido

ainda refeita a parte do estacionamento que está em paralelepípedos. Para além disto, até à data,

as passadeiras não foram marcadas, tendo já havido alguns acidentes. Neste sentido lanço o

pedido para a marcação das passadeiras na referida rua visto todos os dias passarem muitos

utentes.---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Gostaria, também, de perguntar para quando o jardim infantil no Parque das Tulipas

para que possa a estar ao serviço da população.”-----------------------------------------------------------

5.5. O Senhor Deputado Salvador Costeira (J.F. Porto Salvo) disse o seguinte:------------------

------------- “Eu saúdo a Proposta que foi apresentada sobre a Capela de Nossa Senhora de Porto

Salvo. A Capela já foi objecto de algumas petições aqui na Assembleia Municipal e não só,

também na Câmara Municipal de Oeiras, no sentido que é agora apresentado. Devo dizer que o

masterplan apresentado para o Rossio de Porto Salvo coloca em destaque esta Capela porque é

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uma preciosidade a manter e por consequência imagino, e estou perfeitamente convicto, que a

Câmara vai ter todos os cuidados em relação à forma como a Capela se vai integrar naquele

conjunto. -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Contudo, chamo a atenção para problemas que o Padre José Luís já tinha levantado

no anterior mandato, nomeadamente em relação à vandalização de alguns azulejos da Capela e

ele tinha preocupações (tinha porque agora já está outro Padre em funções) junto com o Instituto

do Património encontrar uma solução para esses painéis dado que a sua reconstituição é

extremamente difícil. -------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Aproveito para recomendar à Câmara um outro pedido já fiz noutra altura - para ter

em atenção a Capela da Nossa Senhora da Boa Viagem que confina com a Freguesia de Porto

Salvo e é propriedade do Instituto Condessa de Cuba. Esta capela está em degradação e, no

nosso ponto de vista, tem todo o interesse em ser preservada porque é um marco histórico não só

da Freguesia de Porto Salvo bem como da Freguesia de Oeiras e do Concelho de Oeiras.”---------

5.6. O Senhor Deputado Jorge Janeiro (PSD) disse o seguinte:---------------------------------------

------------- “Tenho algumas questões que gostaria de colocar: relativamente à Rua da Eira em

Algés, devido às últimas ligações que foram feitas, fez com que o trânsito aumentasse. Os carros

aceleram imenso, não há forma de ali diminuir a velocidade, já tem havido um ou outro acidente

e os peões sentem-se inseguros. Na rua ao lado há lombas enormíssimas e não passa lá ninguém,

por isso pergunto o porquê de não colocarem lombas nesta rua. -----------------------------------------

------------- Quero também alertar para o facto de não haver estacionamento naquelas áreas e

para a sujidade dos cães, porque julgo que devia haver algumas placas a indicar o valor da multa

ou algum contacto telefónico. ---------------------------------------------------------------------------------

------------- Tendo em conta a actual crise provocada, naturalmente, pelos Governos Socialistas

(é inevitável dizê-lo), esta tem repercussões do Governo Central mas também nas autarquias

havendo reduções nos seus orçamentos. Neste sentido, a juventude é mais uma vez penalizada e

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provavelmente por isso, vai ter que haver aqui reestruturações e pergunto à Câmara o seguinte:

sendo os espaços de juventude um elo de ligação essencial aos jovens que tem prevenido

fenómenos de marginalidade, permitindo alguma inclusão social que tem feito de Oeiras uma

referência, até em termos de vivência social, neste momento, qual é a estratégia para a rede de

juventude? Os Espaços Jovens vão ser eliminados? Ou serão concentrados, prosseguindo as

funções destes através de parcerias com associações juvenis? -------------------------------------------

------------- Provavelmente não se tem a percepção da importância dos Espaços Jovens, mas eles

são essenciais. A sua actividade é essencial e quanto mais disseminada no terreno melhor. A

minha questão à Câmara vai neste sentido, esperando que me seja referida a solução a encontrar

para este problema, que mais uma vez digo, a génese deste problema está na falta de dinheiro

que a Câmara tem.” ---------------------------------------------------------------------------------------------

5.7. O Senhor Deputado Pedro Sá (PS) interveio, dizendo o seguinte:-------------------------------

------------- “Os números sete e dez na Rua Luz Soriano, em Linda-a-Velha, são lugares de

estacionamento reservados a cidadãos portadores de deficiência. O cidadão a que se destinava o

número sete já faleceu como provavelmente seria o caso do cidadão anteriormente existente

junto ao número quatro e que foi extinto no último dia cinco de Novembro muito provavelmente

na sequência de um email enviado por um morador para a Senhora Vereadora Madalena Castro,

em Agosto, mas que em qualquer caso se mudara para o Algarve há cerca de quatro anos. --------

------------- O lugar do número dez, refere-se a um cidadão que coxeia e como tal entendeu

necessitar de um lugar à porta de casa. Contudo, e de acordo com a informação que me foi

transmitida, desloca-se regularmente a pé até ao café e ao supermercado. Para além de serem

lugares reservados, em pelo menos um dos casos não deveriam existir, inclusivamente já um

vizinho destes moradores foi autuado por ter estacionado o seu automóvel no lugar reservado ao

falecido pelo que se solicita que os serviços competentes tomem a devida atenção a estas

situações para que não se voltem a repetir.------------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- Já que falamos de estacionamento e de cidadãos portadores de deficiência, gostaria

de saber qual a perspectiva que a Câmara Municipal defende sobre a obrigação, ou não, da

existência nas zonas comerciais, quer de lugares reservados para os cidadãos portadores de

deficiência e/ou mobilidade reduzida, quer para o estacionamento de motociclos. -------------------

------------- Aproveitamos ainda a oportunidade para perguntar quantos lugares de

estacionamento já foram criados neste mandato pela Câmara Municipal, bem como para

questionar se desde as últimas discussões que tivemos nesta Assembleia relativamente aos

parques de estacionamento a construir, nomeadamente, pela Parques Tejo, a Câmara Municipal

reanalisou ou se está a pensar reponderar a sua política de estacionamento. ---------------------------

------------- Por fim e na sequência da intervenção anterior, o Partido Socialista deixa desde logo

aqui bastante claro que não só repudia quaisquer tentativas de méritos ou de política municipal

para mais em casos bastante específicos como o que foi referido com questões nacionais que

decididamente não tem rigorosamente nada a ver com o meu assunto. Como não vê, ao contrário

do que parece ter sido dito na decisão anterior, qualquer cidadão mais jovem com um potencial

marginal que necessite de ser salvo por um qualquer centro de juventude, independentemente da

importância que estes tenham a outro tipo de níveis.” -----------------------------------------------------

5.8. A Senhora Deputada Isabel Vasconcelos (CDU) disse o seguinte: ------------------------------

------------- “Na última Assembleia levantei uma questão relacionada com a Rua Teles Palhinha

no Taguspark relativamente ao estado deplorável em que aquela rua se encontrava. Quero dar

nota a esta Assembleia que já houve uma boa intervenção na mesma. No entanto esta

intervenção ainda não foi a cem por cento porque aquilo estava num estado muito caótico, falta

acabar o que foi começado, eu diria que oitenta por cento está feito, falta ainda retirar muitas

folhas e podar as árvores. --------------------------------------------------------------------------------------

------------- Sobre a Proposta de Recomendação do Partido Socialista relativamente à Capela

Nossa Senhora de Porto Salvo, nós estamos de acordo. Independentemente de tudo o que já foi

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feito, penso que foi pouco porque, realmente, é uma pena aquela Capela não ser intervencionada,

pois tem azulejos muito bonitos que precisam de ser recuperados e, portanto, há que fazer

alguma coisa.” ---------------------------------------------------------------------------------------------------

5.9. O Senhor Deputado António Moita (IOMAF) disse o seguinte: --------------------------------

------------- “Quero dizer em nome do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente,

como é óbvio, que nos associamos ao Voto de Pesar que foi apresentado pelo Partido Socialista.

------------- Relativamente à Proposta de Recomendação que aqui foi feita, pese embora aquilo

que já foi dito pelo meu colega, o Senhor Presidente da Junta de Porto Salvo, vou dar apenas a

seguinte nota: todas estas propostas parecem úteis e importantes, agora nós próprios devíamos

pedir para nós, aquilo que pedimos à Câmara Municipal quando nos apresenta alguma proposta

deste tipo.- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Não falando nesta Proposta em concreto, mas de propostas deste tipo, que

consequências podem ter ao nível da Câmara Municipal, pese embora se tratar de uma proposta

de recomendação, era bom que isto fosse visto com a Câmara antes de virem à Assembleia. Isto

porque há consequências de ordem prática, as quais não temos o conhecimento exacto, nem a

consciência que isto pode ter, nem do estado actual deste edifício ou desta Capela que aqui é

apresentada. ------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Pese embora a boa intenção (que estou certo que está na base de uma proposta deste

tipo) pedia que propostas do mesmo tipo (não desta em concreto, porque estamos completamente

de acordo) pudessem ter forma de verificar que consequências do ponto de vista prático é que

aquelas podem ter para a Câmara Municipal, designadamente em questões de ordem financeira.”

5.10. O Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) disse o seguinte: ---------------------------------------

------------- “O Bloco de Esquerda vai votar favoravelmente as iniciativas do Partido Socialista. -

------------- Relativamente ao Bairro Social da Lage, há mais de um mês estiveram aqui presentes

cidadãos que levantaram algumas questões, certamente o Senhor Vice-Presidente já teve tempo

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de esclarecê-las. -------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Bloco de Esquerda, como lhe compete, visitou o bairro e ficou a saber que já

houve casos de pessoas que faleceram e as casas ficavam vazias mais de seis meses, a Câmara

não esvaziava as mesmas, apesar da lista enorme de pessoas a precisar de casa. A Câmara

demorava mais de seis meses para a atribuí-la a outra família.-------------------------------------------

------------- Gostava de saber como está o problema de uma senhora anã, que tem muitas

dificuldades em utilizar as escadas, se esta vai ser mudada de casa. ------------------------------------

------------- Neste Bairro Social da Lage, gostava de saber quantas casas vazias existem.-----------

------------- Fomos também informados que chega a passar mais um ano, sem que apareça uma

assistente social da Câmara no bairro, quando ali existem imensos problemas sociais. --------------

------------- Relativamente ao problema de mobilidade naquele Bairro, gostaria de saber que

iniciativas é que a Câmara vai tomar para resolver este problema, nomeadamente, na hora de

ponta de manhã, em que é muito difícil sair da Lage. -----------------------------------------------------

------------- No que diz respeito aos transportes públicos, só há duas carreiras que entram no

Bairro, existe uma outra que só passa na estrada (e que deveria entrar) porque as condições de

paragem são muito deficientes.--------------------------------------------------------------------------------

------------- Gostávamos de saber relativamente ao AUGI que ali existe, que informações o

Senhor Vice-Presidente nos pode trazer porque os moradores ou a Associação está há mais de

um ano à espera de reunião com o Senhor Arquitecto da Direcção dos Projectos Especiais,

porque há necessidade urgente recuperar o bairro. ---------------------------------------------------------

------------- Quanto à escola, certamente no próximo ano lectivo os alunos vão ser transferidos

para a nova escola que está quase pronta. Gostaríamos de saber se é preciso que o Senhor

Presidente de Junta da Freguesia de Porto Salvo vá transportar os alunos para a nova escola

como faz o Presidente da Junta da Freguesia da Cruz Quebrada? É necessário saber se isto vai

acontecer porque o Senhor Presidente da Câmara quando aqui se discutiu a Carta Educativa

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garantiu que ia assegurar transporte para os alunos das escolas do Dafundo e da Cruz Quebrada,

promessa que nunca foi cumprida.” --------------------------------------------------------------------------

5.11. O Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) disse o seguinte: --------------------------------

------------- “Quero aproveitar a oportunidade para colocar duas observações à Câmara: uma tem

a ver com a homenagem ao Doutor Manuel Soares Pinho, um médico com grande prestígio no

Concelho que teve o apoio por unanimidade de todas as Forças Políticas na Assembleia da

Freguesia de Algés já no mandato anterior e, portanto, trata-se de encontrar um local do nosso

Município que fosse um referenciado “ad eternum” em relação a este vulto. -------------------------

------------- Outra questão tem a ver com um pedido de esclarecimento sobre a fase em que estão

as obras para recuperar e alojar transitoriamente as pessoas que vivem na zona denominada Vila

Shore. Julgo que o Senhor Vice-Presidente sabe exactamente a que me estou a referir. Trata-se

de ali se fazer uma permuta temporária para fazer a recuperação dos outros. Os moradores já me

têm colocado esta questão e eu permitia-me colocar aqui à Câmara este pedido de

esclarecimento. --------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Finalmente, uma sugestão de planeamento estratégico para o resto da nossa vida

colectiva, que tem a ver com o facto de termos um terminal de pesca na margem norte, no

Concelho de Oeiras. Como sabe, foi desmantelado um terminal de pescas que foi pensado pelo

Henrique Tenreiro, no Estado Novo, a Doca de Pedrouços. Hoje fala-se em colocar um terminal

de pesca na outra margem na zona do Porto Brandão. Penso que, pela relação de captura e

consumo, fazia todo o sentido a ligação da descarga ser feita também na margem norte e o

Concelho de Oeiras por todas as razões, tem a melhor zona ligada à zona de captura com a zona

de descarga e consumo. Deixava esta sugestão e acrescentava uma dica: penso que a zona que

vai de Algés à Cruz Quebrada tem espaço suficiente para coabitar esta situação de um terminal

de pesca para captura de pesca costeira.”--------------------------------------------------------------------

5.12. O Senhor Deputado Jorge de Vilhena (J.F. Carnaxide) disse o seguinte: -------------------

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------------- “Em primeiro lugar queria destacar o trabalho dos serviços camarários no que diz

respeito à introdução das novas tecnologias neste espaço. Eu e outros colegas, já no outro

mandato tínhamos falado no sentido que era bom optimizar e difundir esta prática para que os

trabalhos decorram de uma forma mais célere e eficaz. ---------------------------------------------------

------------- Em segundo lugar gostaria de relembrar o ex-Deputado Municipal Antas de Barros

que referiu muitas vezes (e eu, neste mandato, também já aqui falei sobre essa matéria) em

dignificar este espaço. As paredes continuam vazias, a Câmara tem imenso património que

poderia colocar aqui, refiro-me a quadros e esculturas que poderiam decorar este espaço - a

Assembleia Municipal. Local onde vêm muitas entidades (exteriores e não só) e habitualmente

nós que aqui trabalhamos, por isso acho que era digno para esta casa e para este Município

decorar e compor estas paredes.-------------------------------------------------------------------------------

------------- Por outro lado, não me agrada ver os porta-estandartes com as bandeiras das várias

Freguesias enroladas e encostadas às paredes, sem qualquer dignidade para as próprias

Freguesias. Está visto que aquele porta-estandarte não resulta, as bandeiras não conseguem estar

direitas e julgo que se devia arranjar um outro tipo de estrutura, nem que fosse feito em

armazém, de meio em meio metro, encostado a uma das paredes laterais colocando cada

estandarte no seu lugar. Basta ver que a bandeira do Município que está virada ao contrário (hoje

estou um pouco crítico, mas eu reparo nessas coisas todas e quem me conhece sabe que sou

assim).----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Em relação ao Voto de Pesar apresentado pelo Partido Socialista, concordo

plenamente com ele, acrescentava ainda que, a não ter, seria importante atribuir um topónimo

fosse na Freguesia de Linda-a-Velha onde residia ou em Carnaxide onde teve uma acção

profissional muito relevante.” ---------------------------------------------------------------------------------

5.13. O Senhor Deputado Paulo Freitas do Amaral (J.F. Cruz Quebrada/Dafundo) disse o

seguinte: -- ------------------------------------------------------------------------------------------------------

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------------- “Eu gostaria de congratular a Câmara Municipal pelas “démarches” que está a fazer

junto da CARRIS relativamente à reactivação da linha do eléctrico, temos tido notícia dessa

“pressão” que esta ser feita junto da empresa. Quero aqui dizer que a posição do executivo da

Junta de Freguesia está em consonância com a Câmara Municipal e congratulo-me relativamente

a isso. ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Relativamente às condições da Junta de Freguesia e ao próprio edifício em si,

gostaria aqui de chamar a atenção porque estamos a sofrer com a intempérie que está a haver

neste período e que diz respeito a algumas más condições, no que diz respeito à

impermeabilidade do telhado da Junta de Freguesia.”-----------------------------------------------------

5.14. O Senhor Deputado Joaquim Ribeiro (J.F. Algés) disse o seguinte:--------------------------

------------- “Em relação à Rua da Eira em Algés, este é um assunto que está reportado, está no

Serviço de Trânsito da Câmara, já foi discutido por mais do que uma vez a nível da Assembleia

de Freguesia. Esta situação é resultado das obras de melhoramento da qualidade da estrada que

passámos a ter, que liga a parte Alta de Algés, exactamente em Linda-a-Velha e fruto de toda

essa melhoria, sempre que há umas óptimas condições (que é este o caso) resulta também no

reverso da medalha.---------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O reverso da medalha é que temos noites em que alguns “aceleras” vão para ali fazer

as suas habilidades, isso ressente-se, nós fizemos sentir, foi falado e pedido, eventualmente,

lombas e outras soluções. --------------------------------------------------------------------------------------

------------- Segundo o Serviço de Trânsito, as lombas têm outros inconvenientes, por isso

aguardamos que este Serviço nos informe. Estamos, eventualmente, a tentar com pintura e com

sinais. Esta não é a época mais favorável para a adopção de sinais porque estes, além do custo,

não sei se teriam algum efeito àquela hora da noite. De qualquer modo, quero lembrar a todos

que a situação está reportada, temos acompanhado, conhecemos, mas lembramos que isto é fruto

da franca melhoria das condições de circulação no Alto de Algés. Basta lembrar que há meia

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dúzia de anos a rua do Alto da Eira não tinha saída e, inclusivamente, tinham um grave problema

para os bombeiros que, em caso de incêndio, entravam mas não conseguiam sair, ou saíam de

marcha atrás e a maior parte das vezes não entravam face às dificuldades dos carros

estacionados. -----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Uma palavra tão só para acompanhar que já foi mais do que uma vez falado e

apoiado por nós também e a nível da Assembleia de Freguesia da possível criação da

homenagem através de uma toponímica ao Doutor Soares Pinho que é reconhecidamente uma

pessoa e uma figura de Algés.”--------------------------------------------------------------------------------

5.15. O Senhor Deputado Bruno Pires (PSD) disse o seguinte: ---------------------------------------

------------- “Relativamente a este Voto de Pesar, não poderíamos estar mais a favor e

relativamente à Proposta que o Partido Socialista apresentou da Capela também consideramos

que é essencial realizá-la. Portanto, a Bancada do Partido Social Democrata quer aqui deixar a

sua solidariedade perante uma pessoa, um trabalhador e uma figura da medicina portuguesa que

foi extremamente importante para este Concelho.” --------------------------------------------------------

5.16. O Senhor Deputado Luís Carreira (PS) disse o seguinte: ---------------------------------------

------------- “Quero agradecer e manifestar a nossa satisfação pelo apoio dado pelo Senhor

Salvador Martins, Presidente da Junta de Porto Salvo, e para todos aqueles que falaram em

apoiar a proposta do Partido Socialista, relativamente à Capela de Nossa Senhora de Porto Salvo,

e especialmente o Senhor Deputado do Bloco de Esquerda. Isto porque não sendo do Concelho

faz aquilo que é obrigatório todos os Deputados do Concelho fazerem, que é conhecerem o

mesmo, independentemente da zona onde moram - só quem não é Deputado do Concelho pode

alegar que não conhece. ----------------------------------------------------------------------------------------

------------- É obrigatório nós sabermos o que se passa em todas as terras deste Concelho e às

vezes dizem-se determinadas coisas que não correspondem à realidade, é só de alguém que não

tem conhecimento e não sabe a importância da Capela de Porto Salvo para a população que lá

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vive. Isto porque se os manifestos vieram de toda a gente que lá vive, nomeadamente, a Senhora

Isabel Vasconcelos (CDU), o Senhor Presidente e eu próprio. Nós sabemos que aquela Capela é

muito importante para aquela terra, foi esta que deu o nome e para além de ser prova de

ignorância de quem não sabe o que está dizer. Esta Capela é de manifesto interesse para

património histórico, da nossa terra, que acima de tudo devemos preservar.” -------------------------

5.17. O Senhor Deputado Salvador Costeira (J.F. Porto Salvo) disse o seguinte: ----------------

------------- “Não contava intervir mais, mas, em consequência da intervenção do Senhor

Deputado Miguel Pinto (BE), gostava de dizer o seguinte: de facto, vão ser desactivadas as

Escolas Firmino Rebelo, José Canas e Joaquim Matias porque os alunos que as frequentam vão

mudar-se para a nova escola na Avenida da Santa Casa da Misericórdia de Oeiras que, segundo

dizem os técnicos entendidos, é uma das escolas mais evoluída do nosso País.-----------------------

------------- Tenho estado muito atento a este problema e a Câmara Municipal de Oeiras

frequentemente, tem me informado que está a estudar, de uma forma muito atenta e cuidada, a

maneira de levar os alunos para a escola através de transportes que irão ser devidamente

programados. Portanto, nesta matéria, julgo que a Câmara está a tratar do assunto com o maior

cuidado.--- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Em relação ao problema das AUGI da Lage e da Comissão de Moradores da Lage,

esta semana, vou ter uma reunião a pedido desta Comissão exactamente por causa destas

preocupações e por de não terem sido atendidos pelo Departamento de Projectos Especiais.-------

------------- Eu penso que tudo aquilo que se está a passar na Lage está ocorrer como estava

previsto e projectado mas, de qualquer maneira, vou estar muito atento às questões que me vão

ser colocadas para depois transmitir ao Senhor Presidente da Câmara ou ao Senhor Vice-

Presidente ou ao Senhor Arquitecto Pedro Carrilho do Departamento de Projectos Especiais. -----

------------- Já agora dizer o seguinte: dada a grande melhoria (que está perfeitamente à vista que

é extremamente evidente e, só não vê quem não quer) das acessibilidades em Porto Salvo e isso

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tem um reflexo directo na Estrada Lage/Mina que vai desembocar no Arneiro e daí haver um

grande conflito de trânsito nas horas de ponta, situação que o Senhor Deputado Miguel Pinto

(BE) referiu exactamente debaixo da auto-estrada. --------------------------------------------------------

------------- Foi dito pela Senhora Vereadora Madalena Castro, numa Assembleia anterior, que na

Freguesia de Oeiras (aquela zona já pertence a esta Freguesia) vai ser construída uma rotunda de

dimensões apreciáveis para permitir que todo o trânsito possa aí confluir de forma mais correcta.

Isto porque e, é evidente que hoje em dia quem quer sair da Lage na direcção do Centro

Comercial Oeiras Parque ou na direcção de Porto Salvo via Norte tem muitas dificuldades em

entrar naquela via, porque em alturas de hora de ponta só entram através da atenção e

compreensão dos motoristas que circulam na outra faixa. ------------------------------------------------

------------- Portanto, recomendo uma vez mais, ao Senhor Vice-Presidente para insistir junto da

Câmara e dos Departamentos competentes para acelerar essa rotunda que, é fundamental para

melhorar o trânsito naquela zona.” ---------------------------------------------------------------------------

5.18. O Senhor Deputado Pedro Costa Jorge (CDS-PP) disse o seguinte: --------------------------

------------- “Relativamente à Proposta do Partido Socialista, o Centro Democrático Social -

Partido Popular associa-se ao Voto de Pesar, quanto à referência deste investigador e deste

médico enquanto humanista. Portanto, creio que o que importa para efeitos do Concelho de

Oeiras é a importância que teve como homem e como humanista. --------------------------------------

------------- Relativamente à Recomendação tenho algumas dúvidas:-----------------------------------

------------- Daquilo que me apercebi, porque tive conhecimento através da própria página do

Partido Socialista é que esta Proposta de Recomendação já foi apresentada em sede de

Executivo. Portanto, sendo aí mais vinculativa torna-se aqui uma duplicação de recomendações.

Em todo o caso, abster-me-ei no que diz respeito à Proposta de Recomendação mas,

naturalmente, estou associado ao Voto de Pesar. -----------------------------------------------------------

------------- Relativamente à Proposta de Recomendação, quanto à classificação de imóvel de

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interesse municipal, folgo em saber desta, em primeiro lugar, em termos pessoais porque foi

nessa Capela que fui baptizado e por isso tem uma referência muito importante. --------------------

------------- Em todo o caso gostaria de dizer o seguinte (e serão uns pequenos alertas): em

primeiro lugar que a classificação de interesse municipal é preciso e creio que na proposta o PS

já deve ter tido preocupação em saber que houve o consentimento quer do detentor do imóvel,

quer do proprietário que são questões importantes pela oneração que isso comporta.----------------

------------- Em segundo lugar lembrar, se não estou em erro, a classificação que é feita pelo

IGESPAR do interesse municipal, a chegar ao seu termo e a haver a classificação de património

de interesse municipal, é criada para a zona e para o imóvel em causa uma zp (zona de

protecção). Esta situação tem implicação no PDM e em planos de pormenor, e sem prejuízo do

positivo da Proposta pode vir a haver conflito com toda a alteração do Rossio de Porto Salvo.

Portanto, chamo só a atenção da Câmara para esse efeito para que não haja aqui recomendações

para as quais ter que dar fim e depois haver conflito de interesses.” ------------------------------------

5.19. A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) disse o seguinte: -----------------

------------- “Segundo pude apurar pela comunicação social foi suspenso o Troféu Municipal das

Provas de Atletismo e por aquilo que percebi teve a ver com a não aprovação do Regulamento da

Prova de Valejas e, pelo que vem descrito também como sendo a prova mais antiga do Concelho.

Neste sentido, gostava de perceber exactamente o porquê, atendendo a que estes Troféus têm

uma participação massiva de muitos desportistas e atletas do Concelho de Oeiras. Atletas que se

deslocam aos outros Concelhos para participarem em provas e também recebemos atletas de

outros concelhos e perceber o que é que se passou relativamente a esta questão.---------------------

------------- Relativamente à questão da Proposta de Recomendação que foi feita, naturalmente,

ficamos muito satisfeitos por sentir que todas as Forças Políticas estão de acordo connosco

naquilo que é a essência da Proposta de Recomendação que apresentamos.---------------------------

------------- Em primeiro lugar manifestar o nosso apreço pela primeira reacção positiva do

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Senhor Presidente de Junta de Porto Salvo e em segundo lugar dizer ao Senhor Deputado

António Moita (IOMAF) que pese embora possa perceber aquilo que nos quereria fazer chamar a

atenção, não faz qualquer tipo de sentido e explico-lhe porquê - a Assembleia Municipal é um

Órgão onde se discute política e esta Proposta é de recomendação, naturalmente, com origem

política por entendermos e estamos todos de acordo relativamente a esta Proposta de

Recomendação nem sequer estamos a querer os louros. Agora, não faz sentido sermos nós a

fazer uma Proposta de Recomendação que depois tenha elencadas todas as consequências. É para

isto que existe uma Câmara, composta por técnicos e técnicos superiores que naturalmente terão

capacidade para dar resposta a todas as questões que o Senhor Deputado levantou.” ----------------

5.20. O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) disse o seguinte: -----------------------------------

------------- “Duas notas breves: a primeira que diz respeito ao Voto de Pesar relativamente ao

Professor Jacinto Simões, vem aqui uma questão que creio que era bom separar porque se por

um lado é um Voto de Pesar que, de certeza todos aprovamos, depois inclui uma recomendação.

Portanto, as coisas estão misturadas e ou é Voto de Pesar e Proposta de Recomendação ou só é

Voto de Pesar e convinha perceber para facilitarmos as questões.---------------------------------------

------------- Segunda nota sobre o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Carnaxide que fez

uma série de críticas à sala e eu gostava de colocar uma que ele não colocou. Não há muito

tempo nós estávamos aqui com dez lâmpadas que não funcionavam, entretanto já foram

reparadas mas agora estão sete e é bom resolvermos, senão, qualquer dia, há um campeonato

para ver quanto tempo demoram a fundir-se dez lâmpadas.”---------------------------------------------

5.21. O Senhor Deputado Luís Carreira (PS) disse o seguinte: ---------------------------------------

------------- “Gostava de recordar, cumulativamente ao que já foi dito, em relação à Proposta de

Recomendação é uma que a Câmara faz e por aquilo que se está a ouvir, toda a Assembleia está

de acordo e eu gostava de dizer que o Livro do Plano de Salvaguarda do Património Construído e

Ambiental do Concelho de Oeiras de mil novecentos e noventa e nove, que foi aprovado por esta

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Assembleia em dezasseis de Dezembro de mil novecentos e noventa e sete, para além da

classificação e regulamento, no prefácio assinado pelo Senhor Presidente da Câmara, Isaltino

Morais, diz: “… o Plano pretende possibilitar a Autarquia de colaborar com os particulares na

recuperação e valorização dos seus imóveis…”. Penso que isto diz tudo, relativamente ao

interesse de classificar alguns imóveis. Ainda, nesse livro, há uma série de classificações de

imóveis municipais como, monumento nacional, de interesse público e de valor concelhio e são

estabelecidos os parâmetros em que os edifícios são classificados. Como monumento nacional

este Concelho dispõe apenas do Palácio dos Marqueses de Pombal e do Palácio Real de Caxias,

tem depois uma série de monumentos de interesse público como seja a Capela da Nossa Senhora

da Conceição em Barcarena e o Forte de São Bruno.------------------------------------------------------

------------- Para terminar apenas dizer que no PDM, que está em revisão, estão previstas

classificações para a Capela de São Sebastião, em Barcarena, Santo Amaro de Oeiras, em Oeiras,

a Casa Dom Miguel, em Queijas, a Igreja Paroquial de São Romão, em Carnaxide, a Igreja

Nossa Senhora da Purificação, em Oeiras e o Palácio da Terrugem, em Caxias. Esta Proposta não

é mais do que fazer uma recomendação para que isto seja incluído no próximo PDM. Não

estamos à procura, nem queremos e, temos consciência da nossa dimensão, que aquela Capela

possa vir a ser considerada património nacional, contudo, que seja considerado interesse público

face ao carinho que a população dedica à Santa e que deu o nome à terra. Agradeço a todos

aqueles que se manifestaram a favor e faço votos que a Proposta seja aprovada.”--------------------

5.22. O Senhor Deputado Salvador Costeira (J.F. Porto Salvo) fez o seguinte Pedido de

Esclarecimento: ------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- “Como ainda temos tempo disponível para intervir (vejo pelo quadro) é só para

secundar tudo aquilo que o Senhor Deputado Luís Carreira (PS) aqui falou, já três porto-

salvenses manifestaram aqui uma posição e certamente há mais na sala que estão com certeza de

acordo connosco. Gostaria de esclarecer o nosso amigo que lá foi baptizado (alguns dos meus

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filhos também lá foram baptizados), dizer-lhe que estamos perfeitamente atentos, é fundamental

que em todo aquele espaço, a Capela seja colocada de tal forma em relação ao conjunto que não

perca qualquer dignidade. --------------------------------------------------------------------------------------

------------- Eu devo dizer ao Senhor Presidente da Assembleia Municipal que, na minha

qualidade de Presidente da Comissão de Acompanhamento do PDM e da Mobilidade do

Concelho de Oeiras, uma das questões (e foi bom que este assunto hoje aqui fosse levantado) que

vou pôr na Ordem de Trabalhos para nos preocuparmos no sentido de enviar à Câmara também a

recomendação vai ser exactamente esta questão que aqui foi colocada. Não só em relação ao

interesse da Capela e à sua classificação, mas para que o seu enquadramento seja extremamente

valorizado porque é um marco histórico de grande interesse para a nossa Freguesia.”---------------

5.23. O Senhor Deputado Pedro Costa Jorge (CDS-PP) disse o seguinte: --------------------------

------------- “Não é um esclarecimento mas sim, relembrar uma questão que está associada a esta

que é solicitar ao Senhor Presidente da Mesa que o CDS está preocupado com a Comissão da

Revisão do PDM que não tem andado para a frente. A única coisa que eu fiz foi alertar o Senhor

Presidente da Junta (e com certeza sabe disso) da importância, não só do enquadramento mas

também que a classificação do imóvel terá influências restritivas num projecto que aqui foi

trabalhado e aprovado nesta Assembleia relativo ao Rossio de Porto Salvo.” -------------------------

5.24. O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. fez o seguinte esclarecimento: -------------------------

------------- “Relativamente ao Voto de Pesar ao Senhor Professor Jacinto Simões, a Câmara

também já procedeu à Deliberação de um Voto de Pesar e de uma recomendação deste género ou

idêntica o que não invalida tomar-se aqui também. --------------------------------------------------------

------------- Começando pela Capela, eu concordo que esta tenha muito interesse para as gentes

de Porto Salvo e de Oeiras. Eu não sou de Porto Salvo mas tenho um apreço muito grande por

aquele lugar, por aquela capela, por aquele edificado, por aquele património. É claro que temos

que estar aqui a discutir a formalidade e, para mim, o mais importante é a preocupação com

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aquele património. É a Câmara conseguir levar por diante a política que tem tido, de reabilitação,

de recuperação, de restauro, das suas Igrejas. Duvido que por este País fora exista um município

que tenha prestado tanta atenção e que tenha feito um investimento tão grande no património

religioso como o nosso Município. ---------------------------------------------------------------------------

------------- Ainda este ano, inaugurámos o restauro da Igreja de São Pedro de Barcarena que foi

um investimento de cerca de oitocentos mil euros sem qualquer comparticipação do Estado, só

com verba do orçamento Municipal. Para quem, porventura, ainda não visitou, acho que do

ponto de vista artístico, da beleza, da minúcia daquele trabalho de restauro acho que é uma visita

muito interessante que a mim surpreendeu pela positiva. Portanto, o importante é que o

Município, neste caso a Câmara Municipal de Oeiras, leve por diante o esforço que tem feito na

conservação e na recuperação desse seu património. ------------------------------------------------------

------------- Realmente não sei, há esse risco, se porventura a classificação deste património pode

trazer alguns inconvenientes ao Masterplan aprovado para aquela zona. Eu penso que todas as

Forças Políticas votaram favoravelmente àquele Masterplan. Estamos de acordo com o que ali se

pretende fazer em conjunto com a Fábrica da Igreja e penso que em nada vai minimizar ou

sobrevalorizar aquele património que é a Capela de Nossa Senhora de Porto Salvo.-----------------

------------- Portanto, aquilo que eu digo é que também estou de acordo embora seja uma matéria

que os serviços competentes se devam debruçar e analisar e depois pronunciar-se e claro se não

houver inconveniente para Município do ponto de vista da forma, não terá qualquer preocupação,

agora eu acho e as gentes de Porto Salvo e os Oeirenses, em geral, continuarão a bater-se para

que possamos estar atentos às riquezas daquela Capela no que toca aos seus painéis de azulejos e

as suas obras de arte e, independentemente das dificuldades futuras do ponto de vista orçamental,

possamos dar sequência a essa política de reabilitação do património. ---------------------------------

------------- Em relação à questão da Avenida de Ceuta, registei. Não percebi onde fica o Parque

das Tulipas.” -----------------------------------------------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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5.25. O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) disse o seguinte: ----------------------

------------- “O parque fica em Linda-a-Velha, por detrás da Rua Dom Pedro Quinto. É Parque

das Tílias e não, das Tulipas, como eu tinha referido.”----------------------------------------------------

5.26. O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ------------------------------------------

------------- “Quanto ao Parque das Tílias, iremos proceder à requalificação desse parque infantil

já no próximo ano, depois, caso seja necessário o Senhor Vereador desse Pelouro dará aqui, mais

alguma informação. ---------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Em relação à Rua da Eira, esta foi alvo de uma grande intervenção. Neste momento

tem problemas com trânsito, a Câmara está a analisar se esse problema pode ser minimizado

através da colocação de lombas ou de outros equipamentos. A colocação de lombas não é um

acto imediato, há um procedimento concursal que se tem que desenvolver. ---------------------------

------------- Quanto à questão de fazer mais estacionamento naquela área, se o Senhor Deputado

tiver alguma sugestão a Câmara está aberta a colhê-la.----------------------------------------------------

------------- Reconhecemos que os espaços da juventude têm um papel importante na

dinamização das actividades e da vida dos jovens. Tanto que eles foram criados e dinamizados,

mas a verdade é que hoje, o contexto actual em que vivemos obriga-nos, possivelmente, a fazer

um reajustamento. Eventualmente a rentabilizar de forma a podermos concentrar recursos do que

estarmos a dividir recursos e depois, nem um, nem outro. Acho que esta é uma política acertada

mas, de qualquer maneira, não tenho em pormenor qual será a estratégia ou qual será a proposta

do Senhor Vereador do Pelouro da Juventude. No entanto estou convencido que em conjunto

com os serviços de Juventude se está a estudar uma forma de continuar a dar uma dinâmica

através desses espaços, àquilo que tem sido a política de juventude e que se pretende que se

continue a ser e a ter essa dinâmica e essa força. -----------------------------------------------------------

------------- Quanto aos lugares de deficientes é também uma questão de civismo, ou seja, talvez

uma questão de oportunismo, porque é o munícipe que invoca a qualidade de deficientes, não

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sendo. Como devem calcular, os serviços da Câmara não estão habilitados para fazer essa

fiscalização. Quando estes emitem uma licença para um parqueamento de deficientes ou de

cidadão de mobilidade reduzida, fazem fé nos documentos que o requerente está obrigado a

apresentar para instruir esse pedido. De qualquer maneira, também penso que é extremamente

desagradável alguém que esteja a fazer um pedido para ter um estacionamento à porta quando

depois na verdade a sua mobilidade ou a sua capacidade de mobilidade é igual à dos outros

cidadãos comuns -mas fica a referência e eu irei ver o que se pode fazer. Quanto ao outro lugar,

já está resolvido.-------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Quantos estacionamentos foram criados pela Câmara? Foram criados alguns mas,

infelizmente, não os suficientes. Nós estamos a aguardar um projecto que a Parques Tejo ficou

de apresentar e, no fundo, perceber e avaliar qual é a estratégia daquela empresa, enquanto

empresa municipal de parqueamento, gestão de parqueamento e criação de estacionamento para

que possamos incrementar o número de lugares de estacionamento. -----------------------------------

------------- No entanto recordo que vários parques de estacionamento foram feitos e inaugurados

e estão a ser utilizados uns com mais sucesso, outros com menos mas isso também é

consequência da sua localização e consequência de muitas vezes nós portugueses e oeirenses,

não (digo a totalidade mas a esmagadora maioria) continuarmos sempre com aquela vontade de

levarmos o carro (não digo para casa) para a porta de casa. ----------------------------------------------

------------- Hoje em dia, fala-se muito no exercício físico, nas doenças de coração e na

necessidade de combater o sedentarismo, mas a verdade é que em pequenas deslocações, vamos

de carro. Ao estacionarmos se não for a dez ou a um metro da porta de casa, reclamamos, muitas

vezes somos capazes (estou a generalizar) de pôr o carro em cima do passeio, obstruindo muitas

vezes a passagem de carrinhos de bebés e cadeiras de rodas. Somos capazes de danificar aquilo

que é de todos como espaço público, estacionando em cima de relvados, apenas para que a nossa

viatura fique perto da nossa porta e evite que nós possamos andar um pouco mais.------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- Relativamente à questão trazida pela Senhora Deputada Isabel Vasconcelos (CDU),

realmente, ainda faltam podar árvores mas, o facto de já estar a oitenta por cento é positivo e,

portanto, temos que dar os parabéns aos serviços da Câmara porque, realmente, agiram com

celeridade. No que toca às podas, segundo informação que já foi dada pela Senhora Vereadora

em reunião de Câmara, estamos a aguardar por um concurso ou por um procedimento para a

poda em diversas zonas. Isto porque, é a questão das folhas, a questão do lixo mas também é a

questão da iluminação pública, porque pelo facto das árvores não serem podadas muitas delas

não permitem que as ruas fiquem tão bem iluminadas e isso tem como consequência a

diminuição do sentimento de segurança dos cidadãos que habitam naquela zona. --------------------

------------- Em relação ao Bairro da Lage, ainda não tive disponibilidade de reunir com a

Associação de Moradores mas já tive a oportunidade de falar com eles duas vezes. Após a nossa

deslocação ao Príncipe, e agora estou muito focalizado no Orçamento mas, dentro de uma

semana, estarei em condições de reunir com a Associação, até porque o grande objectivo desta, é

levar à sua Assembleia Geral Anual, informação que possa colher da parte da Câmara e, em

concreto, da parte do Departamento dos Projectos Especiais. --------------------------------------------

------------- Tem havido alguns desencontros entre este Departamento e a Associação de

Moradores mas isso já está sanado. Já falei com ambos e logo que possível iremos estar em

contacto e em diálogo para em conjunto tentarmos minimizar aquilo que são os problemas

daquele Bairro da Freguesia de Porto Salvo.----------------------------------------------------------------

------------- Quanto à senhora anã, desconheço essa situação mas penso que os serviços estão

sempre muito atentos e logo que exista disponibilidade e se for uma questão de dificuldade em

subir escadas ou de se movimentar, os Serviços de Gestão Social irão encontrar uma solução que

possa ser mais favorável a esta cidadã.-----------------------------------------------------------------------

------------- Quanto aos seis meses para atribuir novamente a habitação, sinceramente acho que

não é muito. Quando há um óbito, a Câmara não pode chegar e arrombar a porta e colocar os

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bens do inclino num armazém e automaticamente atribuir um fogo. Existe um procedimento que

tem como base a Lei e esse tem que ser desenvolvido. Claro que se houver boa colaboração por

parte dos familiares isso facilita muito, agora pode-se dar o caso de que a pessoa ou o casal ou o

inclino que faleceu nem familiares tem e, portanto, isso obriga a que haja uma intervenção por

parte do Tribunal ou de outras entidades e atrasar o processo. De qualquer maneira este é um

assunto, ao qual deveremos estar atentos até porque a carência habitacional é grande e tende a

aumentar pelas dificuldades das famílias encontrarem no mercado privado soluções condizentes

com o seu rendimento e, portanto, acho que não é correcto nem justo nós termos casas fechadas

com pessoas a precisar delas. Portanto, iremos também analisar e esforçarmo-nos para que este

tempo possa ser reduzido ao mínimo.------------------------------------------------------------------------

------------- Quanto às assistentes sociais, por vezes há alguma confusão em relação a elas. Isto

porque uma assistente social de um bairro municipal ou que não seja municipal, mas de um

bairro com famílias em situações precárias e difíceis, a assistente social deverá ser da Câmara ou

da segurança social. Muitas vezes confunde-se as funcionárias do Departamento da Habitação

com assistentes sociais, elas de formação podem ser assistentes sociais, psicólogas ou sociólogas

mas o trabalho delas é de gestão social. Portanto, o seu trabalho é avaliar se a família ou se o

agregado familiar está correctamente afecto a determinado fogo, se há incumprimento na renda,

e se houver qual é a razão, se há ocupação clandestina do fogo, se há uma boa gestão das zonas

comuns do edifício, sendo que a parte da assistência social propriamente dita está mais

direccionada a instituições como a segurança social e à Área da Acção Social da Câmara.---------

------------- É claro que a gestão social tem por obrigação, mas não só esta, ou seja, todos os

intervenientes no Bairro (as Juntas, as rede sociais) de sinalizar situações e depois encaminhá-

las. No entanto, uma medida implementada pelo anterior Vereador da Habitação, o Senhor

Emanuel Martins, do Partido Socialista (que pessoalmente acho que foi uma boa medida) foi a

criação de três zonas operacionais, as denominadas ZOI (zonas operacionais de intervenção). ----

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------------- A criação destas zonas levou a que, quer o Departamento de Habitação, quer a

Divisão de Promoção e a Divisão de Gestão Social pudesse ter recursos, pessoas, técnicos mais

perto dos bairros. O ideal, dirão os Senhores era que o Departamento de Habitação tivesse um

gabinete em todos os bairros, mas não temos porque os nossos recursos são limitados. -------------

------------- Portanto, temos o atendimento no Departamento e neste momento temos mais três

atendimentos, nessas três zonas que foram criadas e penso que poderia haver mais proximidade,

mas acho que a que existe, do ponto de vista da gestão social, funciona, os casos são sinalizados

e, os problemas são anotados. No entanto, os problemas nem sempre têm uma solução rápida,

mas penso que nenhum morador se pode queixar dessa falta de proximidade, porque até no meu

gabinete e no do Senhor Presidente fazemos semanalmente dezenas de audiências e de

atendimento e não será por falta de diálogo, ou de proximidade, que os problemas não se

resolvem. - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Houve uma questão sobre o transporte para nova escola. Na Cruz Quebrada a

promessa está cumprida pela pessoa do Senhor Presidente da Junta (se há uma autarquia a fazer

esse trabalho porque é que há-se ser a Câmara a fazê-lo, não vamos duplicar). Quero dizer que na

Freguesia de Porto Salvo sinceramente não vejo que a distância que vai do Bairro da Lage à nova

Escola, seja assim tão grande que o problema do transporte se coloque (acho que dá para ir a pé e

tanto é a subir como é a descer). Esta é uma questão em concreto que tem que ser analisada com

as Associações de Pais, com as Juntas de Freguesias e com o Agrupamento, com certeza que

depois a Câmara encontrará uma solução para facilitar a vida às crianças e aos encarregados de

educação. - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- A homenagem ao Senhor Doutor Soares Pinho, é uma questão de topónimo e logo

que a nível da toponímia se encontre um arruamento que possa ter como topónimo esta

designação, será proposta e deliberada. Estamos perfeitamente de acordo e já estamos na posse

desta proposta que (se não estou em erro) é da Assembleia de Freguesia de Algés - há freguesias

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em que a dificuldade de encontrar um topónimo é maior do que outras. -------------------------------

------------- O Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) referiu o Terrapleno de Algés. É

estranho que Lisboa vá destruir o terminal ou o porto de abrigo dos pescadores e Oeiras iria

acolher aquele equipamento. Assim sendo e a uma distância tão curta porque é que o Estado vai

eliminar aquele equipamento e fazer um novo em Oeiras - não creio. ----------------------------------

------------- Como deve compreender, isso nunca seria um investimento totalmente municipal,

será impossível ser a autarquia a dar impulso a uma situação dessas. Essa situação tinha que

partir da Administração Central, e concordo, do pouco que percebo que da Margem Sul se coloca

o problema dos acessos, o problema da distribuição, porque é claro que a massa de clientes e a

rede de distribuição principalmente está nesta Margem Norte. ------------------------------------------

------------- Como sabem estamos a trabalhar em conjunto com a APL o plano para toda aquela

zona e o que está previsto são zonas de lazer, de comércio e turismo.----------------------------------

------------- Relativamente a Paço de Arcos a única proposta que foi feita e aproveito para dar

essa informação. Há uma lota que vai ser extinta, se não estou em erro, em Cascais. Eu irei ter

uma audiência com os pescadores de Paço de Arcos e com uma entidade da Administração

Central para eventualmente equacionarmos a instalação de uma lota em Paço de Arcos. Isto para

não haver aquele jogo do gato e do rato que quem é de Paço de Arcos sabe que acontece. Que é o

pescador que apesar de ser artesanal tem cédula é um profissional de pesca mas a determinada

altura quer descarregar ali o polvo e vem a Polícia Marítima, o pescador foge para dentro do

barco e depois a Polícia Marítima diz que vai embora e fica ali à espreita e esta situação não

dignifica nem o pescador, nem a Polícia e nem a Vila de Paço de Arcos.------------------------------

------------- Neste sentido, e nesta dimensão, estamos abertos a tentar encontrar uma solução,

agora, não me parece que o Município ou a Câmara esteja em condições de se auto propor para a

construção de um terminal de pesca com aquela dimensão e peso como era o de Pedrouços. ------

------------- Quero aqui destacar o quadro dos tempos, é o primeiro dia (já não tenho tempo, vou

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ter que ser muito rápido).---------------------------------------------------------------------------------------

------------- Quanto às bandeiras, iremos averiguar e iremos colocá-las de maneira a que estas

fiquem mais visíveis. -------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Quanto aos quadros, eu gosto deste cenário minimalista mas o Senhor Presidente da

Junta de Freguesia de Carnaxide entende que deveriam existir aqui ter quadros. Irei transmitir

aos serviços competentes e, eventualmente, se for caso disso, os quadros serão afixados. ----------

------------- Relativamente às infiltrações que ocorrerem no edifico da Junta da Cruz Quebrada a

situação está anotada pelo serviços competentes, julgo que obra ainda está dentro da garantia e

iremos, rapidamente, ver se eliminamos essas infiltrações e deficiências de obra.--------------------

------------- A Rotunda da Lage está prevista e, penso que já haverá um pré-projecto, há uma

dificuldade porque esta entra em terrenos privados. Quem vem do Município de Cascais tem a

Lage à esquerda e tem aquela área à direita que nem sequer está alcatroada e pelo levantamento

topográfico que os serviços fizeram, implementar a rotunda obriga a negociações com privados

para concretizar esta obra. Entendemos que é realmente prioritário, é importante porque aquela

estrada tem um fluxo enorme principalmente da parte da manhã e no final da tarde com

automóveis e automobilistas que nem sequer são do Concelho e faz ali um “bypass” quer para

apanhar a A-cinco e outras situações para não pagarem a portagem de Oeiras e apenas pagam a

portagem de Carcavelos quando se deslocam por aquela estrada para irem para o Taguspark ou

Lagoas Park ou para outras zonas de trabalho e evitando assim pagar uma portagem mais cara.---

------------- Quanto ao Troféu de Atletismo corrida da localidade, quero dizer à Senhora

Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS), que esta prova tem duas dezenas de anos ou mais e

é um sucesso em termos participativos. Esta prova acontece praticamente todos os fins-de-

semana e conta com crianças, adolescentes e até veteranos (com idades muito simpáticas). --------

------------- Temos vindo a melhorar em termos de condições da prática, das classificações, dos

dorsais, para a própria satisfação do atleta. Entendemos pela análise que fazemos da Lei remeter

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os nossos Regulamentos para parecer da Associação e esta por ano cobra (se não estou em erro)

dez mil euros para pôr um carimbo em cada Regulamento (o que é escandaloso). -------------------

------------- Na nossa opinião a Associação de Atletismo de Lisboa deverá pronunciar-se sobre os

escalões que nós constituímos, sejam eles iniciados ou benjamins, se a distância que está prevista

atenta ou não com a integridade física do atleta, ou seja, não posso pôr uma criança com dez

anos a fazer dez quilómetros, nem posso pôr um senhor com oitenta nos a fazer dez quilómetros.

Portanto, nesse Regulamento a distância da corrida tem que estar determinada em função das

idades e a Associação deveria conferir essa situação. -----------------------------------------------------

------------- Este ano, a Associação entendeu pelo facto de ir alterar esses escalões então não dá

parecer a esta Prova de Valejas e telefonicamente comunicou aos serviços que quando a

Associação tivesse uma prova também não dava parecer porque os atletas não tinham nada que ir

à prova da Câmara tinham é que ir à prova da Associação. Perante o procedimento da

Associação, disse que então não havia Troféu, porque entendo que esta organização em nada

colide com as organizações da Associação. Todos os custos são suportados por nós e desde que

tenhamos enquadramento legal, não é a Associação que vem dizer faça-se ou não. Entretanto

houve uma reunião com a Associação e com a Federação, eles “arrepiaram caminho” e neste

momento vamos novamente retomar o Troféu Corrida das Localidades.” -----------------------------

5.27. O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte:----------------------------------------------------

------------- “Não obstante eu ter feito vários apelos para que fossemos sintéticos, não obstante a

promessa de todos os Grupos Políticos de que íamos ser muito breves no Período Antes da

Ordem do Dia, no quadro experimental dos tempos, apesar de todos terem saldo positivo,

excepto a Câmara Municipal, o certo é que excedemos muito mais do que o saldo negativo da

Câmara, o tempo que o ponto dois do artigo trigésimo nono do nosso Regimento prevê para o

período antes da Ordem do Dia que é uma hora. -----------------------------------------------------------

------------- Temos que avançar e concluir hoje a agenda da Ordem do Dia, o Senhor Deputado

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Pedro Sá (PS) tinha pedido a palavra, pergunto para que efeito quer usar da palavra?”--------------

5.28. O Senhor Deputado Pedro Sá (PS) disse o seguinte: ---------------------------------------------

------------- “Para colocar uma ou duas questões ao Senhor Vice-Presidente da Câmara, porque

houve uma questão directa que não foi respondida e, de facto, há aqui uma ou duas questões na

sequência da resposta que entendemos que há perguntas que têm que ser feitas.” --------------------

5.29. O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte:----------------------------------------------------

------------- “Faça o favor de colocar a questão para podermos avançar.” ------------------------------

5.30. O Senhor Deputado Pedro Sá (PS) disse o seguinte: ---------------------------------------------

------------- “Antes de mais o que foi aqui posto, foi uma questão muito clara numa situação que

enquanto a Câmara Municipal está à espera do plano da Parques Tejo, parece-me não assumir a

função política de liderança que deve assumir até como proprietária do capital da Empresa

Municipal, relativamente ao Município. Ao contrário do que foi dito não houve lugar de

estacionamento, nem parques inaugurados este Mandato, conforme o registo das actas. Não

obtivemos resposta à questão muita concreta de qual é a ideia que a Câmara Municipal tem ou

quais os planos relativamente à existência nas zonas comerciais de lugares reservados para

cidadão portadores de deficiência e para motociclos.” ----------------------------------------------------

5.31. O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ------------------------------------------

------------- “Isso é alvo de um estudo, há zonas comerciais que já têm lugares definidos para

cidadãos portadores de mobilidade reduzida, como também há zonas comerciais que já têm

definidas zonas de estacionamento para motociclos. Portanto, é uma realidade que deve estar

sempre em análise e, eventualmente, se houver essa necessidade de incrementação,

aumentaremos o número de lugares de estacionamento para esses cidadãos e também para

veículos motorizados.” -----------------------------------------------------------------------------------------

5.32. O Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) disse o seguinte: --------------------------------

------------- “É uma questão que não foi respondida que tem a ver com a Vila Shore e pedia ao

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Senhor Vice-Presidente se podia dar algum esclarecimento.”--------------------------------------------

5.33. O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte:------------------------------------------

------------- “A Vila Shore irá entrar, em breve, em obras de reabilitação e, no local, serão

utilizados outros edifícios existentes para fogos volantes, ou seja, fogos de transição. Portanto,

vamos ter a preocupação de não deslocalizar aquelas famílias que têm uma idade muito

avançada, que têm toda a sua vivência ali, naquela zona. Já estudámos em outros edifícios em

outros locais contíguos à Vila Shore, e perto desta, para, transitoriamente, realojar essas famílias.

No começo do próximo ano estamos em condições de dar início a essas obras de reabilitação.” --

5.34. VOTAÇÃO DO VOTO DE PESAR ----------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente submeteu à votação do Voto de Pesar, o qual foi aprovado por

unanimidade, com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais À

Frente, do Partido Socialista, do Partido Social Democrata, do Centro Democrático Social -

Partido Popular, da Coligação Democrática Unitária e do Bloco de Esquerda. -----------------------

------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita:--------------------

------------- “DELIBERAÇÃO .º 90/2010 ---------------------------------------------------------------

------------- VOTO DE PESAR PELO FALECIMETO DO SEHOR DOUTOR

JACITO SIMÕES-------------------------------------------------------------------------------------------

------------- A Assembleia Municipal de Oeiras deliberou por unanimidade, com os votos a favor,

dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais À Frente, do Partido Socialista, do Partido

Social Democrata, do Centro Democrático Social - Partido Popular, da Coligação Democrática

Unitária e do Bloco de Esquerda, aprovar um Voto de Pesar, apresentado pelo Grupo Político do

Partido socialista, pelo falecimento do Senhor Doutor Jacinto Simões. --------------------------------

------------- Mais foi deliberado, também por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da

acta.” ------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

5.35. VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE RECOMEDAÇÃO DO PS ------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- O Senhor Presidente submeteu à votação da Proposta de Recomendação, a qual foi

aprovada por unanimidade, com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras

Mais À Frente, do Partido Socialista, do Partido Social Democrata, do Centro Democrático

Social - Partido Popular, da Coligação Democrática Unitária e do Bloco de Esquerda.--------------

------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------

------------- “DELIBERAÇÃO .º 91/2010 ---------------------------------------------------------------

-------------PROPOSTA DE RECOMEDAÇÃO RELATIVA À CLASSIFICAÇÃO

COMO IMÓVEL DE ITERESSE MUICIPAL DA CAPELA DE OSSA SEHORA

DE PORTO SALVO, APRESETADA PELO GRUPO POLÍTICO MUICIPAL DO

PARTIDO SOCIALISTA ------------------------------------------------------------------------------------

------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da Proposta de

Recomendação referida em título, e deliberou, por unanimidade, com os votos a favor dos

Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à Frente, do Partido Socialista, do Partido

Social Democrata, do Centro Democrático Social/Partido Popular, da Coligação Democrática

Unitária e do Bloco de Esquerda, recomendar à Câmara Municipal de Oeiras que: ------------------

------------- Inicie o procedimento de classificação de bem imóvel de interesse municipal da

Capela de Nossa Senhora de Porto Salvo, nos termos do artigo quinquagésimo sétimo, número

um da Lei número trezentos e nove barra dois mil e nove, de vinte e três de Outubro, do artigo

sexagésimo quarto, número dois da alínea m) da Lei cento e sessenta e nove barra noventa e

nove, de dezoito de Setembro, e do artigo décimo quinto, número seis da Lei cento e sete barra

dois mil e um, de oito de Setembro. --------------------------------------------------------------------------

-------------Mais foi deliberado, também, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da

acta.” ------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

5.36. O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte:----------------------------------------------------

------------- “Como já tiveram a ocasião de ver a natureza da Proposta da Terceira Revisão ao

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Plano Plurianual de Investimentos e Terceira Revisão Orçamental, pergunto se alguém se opõe a

inclusão desta na Ordem de Trabalhos de hoje.” -----------------------------------------------------------

5.37. VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ADMISSÃO A ORDEM DE TRABALHOS,

COMO POTO 1, A PROPOSTA CMO º. 1147/10 -3.ª REVISÃO AO PLAO

PLURIAUAL DE IVESTIMETO E 3.ª REVISÃO ORÇAMETAL -----------------------

------------- O Senhor Presidente submeteu à votação aprovar a admissão na Ordem de Trabalhos

como ponto um, a Proposta da Câmara Municipal de Oeiras número mil cento e quarenta e sete

barra dez -Terceira Revisão ao Plano Plurianual de Investimento e Terceira Revisão Orçamental,

a qual foi aprovada por unanimidade, com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais

Isaltino Oeiras Mais À Frente, do Partido Socialista, do Partido Social Democrata, do Centro

Democrático Social - Partido Popular, da Coligação Democrática Unitária e do Bloco de

Esquerda. - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita:--------------------

------------- “DELIBERAÇÃO .º 98/2010 ---------------------------------------------------------------

------------- PROPOSTA DE ADMISSÃO A ORDEM DE TRABALHOS DA 1.ª

REUIÃO DA 6ª. SESSÃO EXTRAORDIÁRIA DA AMO, COMO POTO 1, A

PROPOSTA CMO º. 1147/10 - 3.ª REVISÃO AO PLAO PLURIAUAL DE

IVESTIMETO E 3.ª REVISÃO ORÇAMETAL -------------------------------------------------

------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta referida em

título e deliberou por unanimidade com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais

Isaltino Oeiras Mais À Frente, do Partido Socialista, do Partido Social Democrata, do Centro

Democrático Social - Partido Popular, da Coligação Democrática Unitária e do Bloco de

Esquerda, aprovar a admissão na ordem de trabalhos como ponto um, a Proposta da Câmara

Municipal de Oeiras número mil cento e quarenta e sete barra dez -Terceira Revisão ao Plano

Plurianual de Investimento e Terceira Revisão Orçamental. ---------------------------------------------

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-------------Mais foi deliberado, também, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da

acta.” ------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

5.38. O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte:----------------------------------------------------

------------- “Vamos fazer um intervalo de dez minutos para depois entramos na Ordem do Dia.”-

------------- ITERVALO-------------------------------------------------------------------------------------

------------- Os trabalhos foram interrompidos para um breve intervalo.--------------------------------

5.39. O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte:----------------------------------------------------

------------- “Não sabia que só traziam o lanche depois das cinco horas. É um facto que,

habitualmente, fazemos o intervalo depois das cinco e eu pensei que o lanche, a esta hora, já cá

estaria, por isso, fiz o intervalo às cinco menos dez. Peço desculpa e, mais uma vez, faço um

apelo: que aproveitemos muito bem o tempo para terminarmos os catorze pontos da Ordem do

Dia da Sessão de hoje porque na Sessão de Dezembro temos uma série de propostas para

apreciar e para aprovar.-----------------------------------------------------------------------------------------

------------- A Câmara de Oeiras não pára, tem uma actividade muito intensa, isso é bom para os

munícipes e para o Município e nós daremos o nosso melhor. Peço uma vez mais atenção para

que haja o melhor aproveitamento possível do nosso tempo.” -------------------------------------------

6. PERÍODO DA ORDEM DO DIA -----------------------------------------------------------------------

6.1. Proposta º 1147/10 - 3ª Revisão ao Plano Plurianual de Investimento e 3ª Revisão

Orçamental, que a seguir se transcreve: --------------------------------------------------------------------

“86 - PROPOSTA º. 1147/10 - 3ª. REVISÃO AO PLAO PLURIAUAL DE IVESTIMETO

E 3ª. REVISÃO ORÇAMETAL: ---------------------------------------------------------------------------------------

------------- I - O Senhor Vice-Presidente apresentou à Câmara a seguinte proposta:-----------------

------------- “Nos termos do ponto oito ponto três ponto um ponto cinco das considerações

técnicas anexas ao Decreto-Lei cinquenta e quatro-A, de noventa e nove, de vinte e dois de

Fevereiro, com as alterações que lhe foram introduzidas e de acordo com as notas explicativas do

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mesmo diploma, contas zero vinte e dois, zero vinte e dois onze e zero vinte e dois doze, propõe-

se à Câmara a aprovação da Terceira Revisão ao Plano Plurianual de Investimento e Terceira

Revisão Orçamental no valor de quatro milhões sessenta e seis mil trezentos e sessenta e quatro

euros e sessenta e oito cêntimos.------------------------------------------------------------------------------

------------- A presente Revisão Orçamental faz repercutir no Orçamento da Câmara Municipal

de Oeiras a utilização do Saldo da Gerência de dois mil e nove, no valor de quatro milhões

sessenta e seis mil trezentos e sessenta e quatro euros e sessenta e oito cêntimos.--------------------

------------- A aplicação deste saldo no Orçamento da Despesa é feita da seguinte forma: ----------

------------- Despesa corrente (quarenta mil setecentos e sessenta e quatro euros e sessenta e oito

cêntimos): -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Zero quatro zero sete zero um - quarenta mil setecentos e sessenta e quatro euros e

sessenta e oito cêntimos. ---------------------------------------------------------------------------------------

------------- Para prover rubricas de despesas correntes insuficientemente dotadas. ------------------

------------- A aplicação deste saldo no Orçamento da Receita é feita da seguinte forma: -----------

------------- Introdução no Orçamento de dois mil e dez da rubrica do Saldo da Gerência Anterior

------------- Dezasseis zero um zero um - quatro milhões sessenta e seis mil trezentos e sessenta e

quatro euros e sessenta e oito cêntimos; ---------------------------------------------------------------------

------------- A diminuição da receita da rubrica zero nove zero um zero um - Sociedades e quase-

sociedades não financeiras. ------------------------------------------------------------------------------------

------------- Zero nove zero um zero um - quatro milhões vinte e cinco mil e seiscentos euros. ----

------------- Que esta proposta seja aprovada em minuta e posteriormente remetida à Assembleia

Municipal.” ------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- II - A Câmara, por unanimidade, deliberou aprovar o proposto. --------------------------

------------- Os documentos em causa, dão-se aqui como transcritos, ficando arquivados em Pasta

Anexa ao Livro de Actas, nos termos do número um, do artigo quinto, do Decreto-Lei número

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quarenta e cinco mil trezentos e sessenta e dois, de vinte e um de Novembro de mil novecentos e

sessenta e três, com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei número trezentos e trinta e

quatro, de oitenta e dois, de dezanove de Agosto.” --------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) interveio, dizendo o

seguinte: -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- “Gostaríamos de pedir o seguinte: no futuro, esta Proposta poderia acompanhar a

conta de gerência porque é nessa altura que ela deveria acompanhar as contas, e não agora.”------

------------- O Senhor Deputado Pedro Costa Jorge (CDS-PP) disse o seguinte: ------------------

------------- “Da aplicação deste saldo de gerência fiquei com a ideia que há uma alteração do

ponto de vista da execução orçamental que diz respeito à diminuição da receita, ou seja, há uma

aplicação, definida nesta Proposta, com duas vertentes. Pedia que me explicasse essa situação

porque me parece que há aqui duas alíneas - uma de investimento, a favor das IPSS (quarenta

mil euros) e depois há o valor da diminuição da receita na questão das sociedades e quase

sociedades não-financeiras.”-----------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. explicou o seguinte: ------------------------------

------------- “Eu não creio que esta Proposta, nos anos transactos, tenha vindo aquando da conta

de gerência mas eu penso que ela já deveria ter sido votada. A questão é que ficou adiada por

causa do Relatório dos ROC. Por isso é que eu disse que, a dada altura, estaríamos a discutir o

Orçamento para dois mil e onze sem ainda termos resolvido, tecnicamente, o saldo da conta de

gerência de dois mil e nove. De qualquer maneira, houve um atraso. O saldo que transita tem que

entrar na receita (por isso é que é uma revisão e não uma alteração), tem que incrementar o

Orçamento da Receita e o da Despesa sendo que a soma tem que dar igual. Optámos por fazer

entrar quatro milhões e vinte e cinco mil euros em receita de capital e a contrapartida vem na

rubrica do saldo de gerência anterior (saldo orçamental) e no orçamento da despesa só

colocámos quarenta mil setecentos e sessenta e quatro euros em despesa corrente. Colocamos o

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restante nesta rubrica do saldo da gerência anterior.-------------------------------------------------------

------------- É incrementada a receita de capital, é incrementada a receita a sociedades e quase-

sociedades não financeiras apenas com o diferencial daquele montante que vai para despesa

corrente. O saldo da gerência que ficou de dois mil e nove (dinheiro que fica residualmente nas

contas bancárias), tem que entrar no Orçamento do ano seguinte e, para isso acontecer, usa-se

esta figura de revisão orçamental. ----------------------------------------------------------------------------

------------- Na revisão orçamental, dos quatro milhões sessenta e seis mil trezentos e sessenta e

quatro euros, entendeu-se colocar quarenta mil setecentos e sessenta e quatro euros na rubrica de

despesa corrente e o restante como receita de capital. A contrapartida depois vai para o

orçamento da receita pela totalidade na rubrica “saldo da gerência anterior”.”------------------------

------------- O Senhor Deputado Pedro Costa Jorge (CDS-PP) voltou a intervir, dizendo o

seguinte: -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- “A única dúvida pela qual eu sei que a figura desta solução e a pertinência dela a

única cautela que eu vejo como admissível é que, eventualmente, no fim de contas, aquilo que

entra em conta em termos de execução orçamental acaba por reequilibrar aquilo que tínhamos

dito que era uma certa inflação do ponto de vista da receita de capital e esta acaba por contar

para a execução de dois mil e dez com esse impacto de quatro milhões de euros que não são

executados. São executados em sede de orçamento e em sede de execução orçamental mas não

do ponto de vista daquilo que é a aplicação em projectos, despesas, ou outro tipo de actividades.

Acaba por fazer a contabilidade que, do nosso ponto de vista, é de expediente mas acaba por não

ter grande impacto do ponto de vista da prioridade e opção política das escolhas para o

Município.” ------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. acrescentou, dizendo o seguinte: ---------------

------------- “Esta é uma questão técnica que vai incrementar e contribuir para a execução da

receita de capital. Todos os anos tem sido assim feito. Sabe-se que este montante na receita de

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capital é referente a saldo da conta de gerência anterior.” ------------------------------------------------

6.1.1. VOTAÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada por

unanimidade, com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à

Frente, do Partido Socialista, do Partido Social Democrata, do Centro Democrático Social -

Partido Popular, da Coligação Democrática Unitária e do Bloco de Esquerda.------------------------

------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------

------------- “DELIBERAÇÃO .º 92/2010----------------------------------------------------------------

-------------PROPOSTA CMO .º 1147/10 - 3.ª REVISÃO AO PLAO PLURIAUAL DE

IVESTIMETO E 3.ª REVISÃO ORÇAMETAL -------------------------------------------------

------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número mil

cento e quarenta e sete barra dez, a que se refere a deliberação número oitenta e seis da reunião

da Câmara Municipal, realizada em treze de Outubro de dois mil e dez, e deliberou por

unanimidade com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à

Frente, do Partido Socialista, do Partido Social Democrata, do Centro Democrático Social-

Partido Popular, da Coligação Democrática Unitária e do Bloco de Esquerda, aprovar a Terceira

Revisão ao Plano Plurianual de Investimento e Terceira Revisão Orçamental no valor de quatro

milhões sessenta e seis mil trezentos e sessenta e quatro euros e sessenta e oito cêntimos,

conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município, traduzido naquela deliberação. -----------

-------------Mais foi deliberado, também, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da

acta.” ------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

6.2. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. .º 1146/10 relativa à aquisição do Edifício

ATRIUM por cedência da posição contratual em contrato de locação financeira e

celebração de contrato de arrendamento parcial com o Ministério das finanças, que a seguir

se transcreve:-----------------------------------------------------------------------------------------------------

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“14 - PROPOSTA º. 1146/10 - AQUISIÇÃO DO EDIFÍCIO ATRIUM POR CEDÊCIA DA

POSIÇÃO COTRATUAL EM COTRATO DE LOCAÇÃO FIACEIRA E CELEBRAÇÃO

DE COTRATO DE ARREDAMETO PARCIAL COM O MIISTÉRIO DAS FIAÇAS:---

------------- I - O Senhor Presidente apresentou à Câmara a seguinte proposta: -----------------------

------------- “Um - A CMO tem vindo a encetar conversações concernentes à possibilidade de

cedência da posição contratual da empresa “Ribeiro Coutinho, Limitada”, referente ao contrato

de locação financeira imobiliária do edifício Atrium, realizado com o Banco Totta Crédito e a

empresa “Ribeiro Coutinho, Limitada”, no sentido da aquisição por parte da CMO, daquele

imóvel, nas condições existentes e tituladas por contrato de locação financeira (“spread” um

vírgula trezentos e setenta e cinco por cento acrescido de Euribor a doze meses).--------------------

------------- Dois - É de realçar que a ocupação do edifício Atrium visou, desde o inicio, a

rentabilização de espaço no sentido de trazer qualidade e junção de sinergias dos serviços

instalados, bem como economia de custos com as correspondentes instalações, uma vez que

permitiu a concentração de serviços que se encontravam dispersos por outros edifícios

arrendados. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Três - Foi nessas circunstâncias que foi celebrado, em Fevereiro de dois mil e oito,

um contrato de “Subarrendamento para fim não habitacional”, outorgado entre esta Edilidade e a

“Ribeiro Coutinho, Limitada”, nos termos do qual foi acordado o valor das rendas a pagar pelo

Município, correspondente a setenta e quatro mil euros mensais. ---------------------------------------

------------- Quatro - As circunstâncias que determinaram a celebração de tal contrato de

subarrendamento são facilmente entendíveis. --------------------------------------------------------------

------------- Cinco - O estado de degradação dos edifícios sitos na Fundição de Oeiras tornou-se

crescente, situação essa que obrigou, ainda em dois mil e sete, à imediata deslocação do

Gabinete de Desenvolvimento Municipal. ------------------------------------------------------------------

------------- Seis - Na verdade, desde sete de Março de mil novecentos e noventa, que a Câmara

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Municipal de Oeiras era arrendatária de um prédio urbano sito na Fundição de Oeiras, com área

de mil e quinhentos metros quadrados, pagando uma renda mensal de quinze mil setecentos e

noventa e quatro euros e vinte cêntimos. Tratava-se de instalações onde coabitavam as

Vereações PSD, PS (Vereador Carlos A. Oliveira) e IOMAF (Vereadora Elisabete Oliveira), o

Gabinete da Assessora da Presidência, arquitecta Gisela Duarte, o Departamento de Projectos

Especiais, a Direcção Municipal de Desenvolvimento Social e Cultural, o Departamento de

Educação, Acção Social e Desporto e respectivas Divisões (Divisão de Desporto, Divisão de

Educação e Divisão de Acção Social, Saúde e Juventude), o Departamento de Património

Histórico, Cultural e Bibliotecas e respectivas Divisões (Divisão de Cultura e Turismo, Divisão

de Património Histórico e Museológico e Divisão de Bibliotecas, Documentação e Informação),

o Núcleo de Criativos, o Sector de Topografia e duas salas destinadas à formação no âmbito da

Divisão de Formação.-------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Sete - A situação de degradação do edifício, exigindo a realização de intervenções de

fundo, economicamente desaconselháveis, inclusive em face do estatuto de mera arrendatária de

que a CMO gozava, não se coaduna com o funcionamento dos já indicados serviços no edifício

da Fundição de Oeiras. -----------------------------------------------------------------------------------------

------------- Oito - Tornou-se, assim, premente a procura de um edifício com capacidade para

albergar cerca de duzentos e dez trabalhadores e que fosse facilmente acessível à generalidade da

população. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Nove - De imediato e no âmbito da prospecção imobiliária feita, foi possível

verificar que a oferta de locais com estas características na Freguesia de Oeiras é diminuta. -------

------------- Dez - Na realidade, apesar de ter sido realizado um levantamento exaustivo da oferta

disponível, apenas um edifício se revelou capaz de corresponder às já enunciadas necessidades

da Autarquia: o edifício denominado Atrium Oeiras, sito na Rua Coro de Santo Amaro de

Oeiras, número quatro, A, em Oeiras (em frente ao Centro Comercial Oeiras Parque).--------------

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------------- Onze - O acima identificado edifício apresenta uma área bruta aproximada de seis

mil setecentos e cinquenta metros quadrados, distribuída por dois pisos acima do solo e dois

pisos subterrâneos destinados a estacionamentos e arrumos, que se afigurou suficiente para

acolher os serviços e Vereação já identificados.------------------------------------------------------------

------------- Doze - A renda referente ao subarrendamento do espaço acima identificado

ascendeu, como já referido, à quantia mensal de setenta e quatro mil euros, o que corresponde a

um “ratio” dez euros e noventa e seis cêntimos por metro quadrado de área bruta. ------------------

------------- Treze - Por outro lado, o subarrendamento de tal edifício evitou as, entretanto,

encetadas negociações com vista à instalação do Gabinete de Contencioso e Apoio Jurídico no

mesmo imóvel onde se encontrava o Gabinete de Desenvolvimento Municipal, junto ao

Taguspark, o que implicaria o pagamento de uma renda no montante mensal e aproximado de

três mil euros.----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Catorze - Recentemente, em Julho do corrente ano, também o Gabinete de

Desenvolvimento Municipal se mudou para o Edifício Atrium, o que permitiu uma poupança do

custo inerente ao pagamento da respectiva renda, no valor de três mil euros mensais.---------------

------------- Quinze - Nesta consonância e já após a celebração do mencionado contrato de

subarrendamento, foi verificado que, praticamente com o mesmo esforço financeiro que o

pagamento da renda correspondente implica, poderia o Município adquirir, por cessão, a posição

contratual que a arrendatária, “Ribeiro Coutinho,Limitada”,é titular no âmbito de contrato de

locação financeira, com opção de compra; ------------------------------------------------------------------

------------- Dezasseis - Foi, assim, iniciado o estudo das possibilidades de tal aquisição, situação

para a qual foi tida em devida conta quer o valor da renda mensal paga, no âmbito do contrato de

subarrendamento, como a prestação mensal a pagar caso se efectivasse a cessão de posição

contratual perspectivada como, ainda, atendendo à centralidade e acessibilidade inquestionáveis

do edifício: o mesmo localiza-se perto da A Cinco e da estação do SATU no Oeiras Parque que

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faz a ligação com estação de comboios de Paço Arcos, junto à saída para Oeiras da A Cinco e na

vizinhança imediata do Centro Comercial Oeiras Parque, isto sem mencionar o enquadramento

paisagístico privilegiado que o Parque dos Poetas lhe confere. ------------------------------------------

------------- Dezassete - Obteve-se, deste modo, um acordo no que concerne as condições de

cessão de posição contratual e que correspondem às constantes da proposta que se junta ao

processo, o que perfaz uma renda mensal de setenta e sete mil quatrocentos e quarenta e três

euros e quarenta e nove cêntimos, a acrescer de IVA à taxa legal. --------------------------------------

------------- Dezoito - Acresce que tal cessão permitirá a passagem para a titularidade do

Município, para além do edifício propriamente dito, ainda os jardins envolventes, a manutenção

do parque de estacionamento exterior incluindo cancelas e portões de acesso bem como toda a

iluminação exterior, o gerador de emergência para apoio ao Edifício Atrium, duas bombas

hidropressoras para apoio aos bombeiros, bem como um poço reservatório com sessenta mil

litros de água, contadores dos bombeiros e de rega, e reserva de acessos comuns ao nível das

garagens para o Edifício Ribeiro Coutinho (Torre).--------------------------------------------------------

------------- Dezanove - Aliado a estes requisitos equacionou-se, desde logo, a hipótese do

edifício poder, no curto prazo, vir a albergar no seu piso térreo duas repartições de finanças do

Concelho (Paço de Arcos e Oeiras), o que se traduziria numa melhoria substancial das condições

de trabalho dos funcionários afectos aos mesmos, pois passarão a trabalhar num edifício com

maior centralidade e dotado das comodidades inerentes à sua modernidade, bem como para os

cidadãos deste Concelho, nomeadamente os com dificuldades motoras, tendo em conta os

edifícios onde funcionam as referidas Repartições de Finanças. -----------------------------------------

------------- Vinte - Na verdade, ao Estado cumpre desempenhar, directa ou indirectamente, todas

as actividades que visem solver necessidades essenciais do cidadão, da colectividade ou do

próprio Estado;---------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Vinte e um - Na prossecução dessa incumbência, cumpre ao Estado fornecer serviços

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eficientes, o que reclama que o Poder Público se actualize com os novos processos tecnológicos

e que, aos seus trabalhadores e utentes do serviço público, sejam dadas condições de trabalho e

de utilização dignas. --------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Vinte e dois - Nessa vertente, assume relevante importância a concretização do

princípio do balcão único nas relações do Estado com os cidadãos e as empresas, enquanto meio

optimizador de recursos humanos, técnicos e financeiros; -----------------------------------------------

------------- Vinte e três - Cumpre, assim, ao Estado velar pela implementação de serviços

públicos modernos, próximos dos cidadãos, proximidade essa que, não obstante a aposta clara e

incontornável pela disponibilização dos serviços públicos “on line”, tem de continuar a ser, em

algumas matérias, geográfica. ---------------------------------------------------------------------------------

------------- Vinte e quatro - Só assim será dado cumprimento aos princípios constitucionais da

aproximação dos serviços às populações e de desburocratização administrativa, também como

consagrados no artigo décimo, do Código do Procedimento Administrativo. -------------------------

------------- Vinte e cinco - Importa, assim, dar prioridade ao interesse geral, garantindo à

população um acesso fácil aos mesmos e a possibilidade de, num só espaço, poder tratar de uma

gama de matérias envolvidas no relacionamento directo do Estado com os cidadãos. ---------------

------------- Vinte e seis - Não é esse, todavia e actualmente, o panorama que se verifica em

Oeiras no que aos serviços da Direcção Geral de Impostos respeita; na verdade, os Serviços de

Finanças de Oeiras e Paço de Arcos funcionam em instalações existentes em edifícios de

habitação colectiva adaptadas, na medida do possível e com as limitações inerentes, às funções

que aí são desempenhadas. ------------------------------------------------------------------------------------

------------- Vinte e sete - De tal adaptação derivam, desde logo, dificuldades de funcionamento e

a impossibilidade de ao público ser prestado um acolhimento digno, eficiente e eficaz. ------------

------------- Vinte e oito - Impõe-se, assim, alterar tal situação e para tal o Município de Oeiras

desde logo mostrou a sua disponibilidade para, em articulação com o Ministério das Finanças,

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colaborar na procura de instalações dignas e adequadas ao desempenho das funções que a tais

serviços de Finanças estão atribuídas, buscando a concentração, num só espaço físico, dos

Serviços de Finanças de Oeiras e Paço de Arcos. ----------------------------------------------------------

------------- Vinte e nove - Com tal concentração obtém-se, sem margem para dúvidas, o

almejado ensejo de, reduzindo custos, potenciando sinergias e partilhando experiências, fornecer

à população das freguesias abrangidas a possibilidade de, num local único, ser acolhida com

dignidade, cortesia e eficiência. -------------------------------------------------------------------------------

------------- Trinta - Ora, a aquisição do Edifício Atrium Oeiras permite ao Município de Oeiras

disponibilizar, através de arrendamento, as instalações de que o Ministério das Finanças

necessita.-- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Trinta e um - Na verdade, perspectiva o Município de Oeiras, a médio prazo, a

desactivação de parte dos serviços autárquicos que tem, actualmente, instalados no citado

Edifício Atrium, por força da construção dos novos Paços do Concelho, a situar, aliás, nas

proximidades e com eventual ligação pedonal entre ambos os edifícios. -------------------------------

------------- Trinta e dois - Serão, todavia e desde já desocupadas as áreas actualmente afectadas

ao Departamento de Projectos Especiais, o que permitirá que o espaço por tal serviço ocupado,

com uma área de cerca de quinhentos metros quadrados, possa ser afecto à relocalização dos

Serviços de Finanças Um e Dois de Oeiras.-----------------------------------------------------------------

------------- Trinta e três - O Ministério das Finanças, através da sua Direcção Geral de Impostos,

reconheceu as inegáveis vantagens decorrentes da instalação dos Serviços de Finanças de Oeiras

e de Paço de Arcos em tal Edifício e da grande mais valia que decorre da colaboração oferecida

pelo Município de Oeiras, permitindo resolver uma situação que, sem tal colaboração e deixada

somente a cargo do Estado, ainda demoraria anos a ser solvida.-----------------------------------------

------------- Trinta e quatro - Foi, deste modo, com o Senhor Secretário de Estado da

Administração Fiscal acordada a celebração de contrato de arrendamento, com o Estado

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Português, de acordo com minuta que, no essencial, se traduz no arrendamento, pelo prazo de

três anos, renováveis por sucessivos períodos de um ano, de uma área de cerca de quinhentos

metros quadrados e cinco lugares de estacionamento no piso menos um área essa destinada a

albergar os antigos Serviços de Finanças de Oeiras Um e Dois, pela renda mensal de oito mil

duzentos e sessenta e nove euros.-----------------------------------------------------------------------------

------------- Nesta conformidade, proponho ao Executivo Camarário que: -----------------------------

------------- a) Delibere aprovar a aquisição do edifício Atrium, sito na Rua Coro de Santo Amaro

de Oeiras, número quatro, A, em Oeiras, por cessão da posição contratual que a actual locatária,

“Ribeiro Coutinho, Limitada”, é titular no âmbito do contrato de locação imobiliária celebrado

com o Banco Santander Totta, nos termos do disposto na alínea f), do número um, do artigo

quarto, da LAL (Lei número cento e sessenta e nove, de noventa e nove, de dezoito de Setembro,

na redacção dada pela Lei número cinco-A, de dois mil e dois, de onze de Janeiro); ----------------

------------- b) Delibere submeter a referida cessão a aprovação da Assembleia Municipal de

Oeiras, nos termos do previsto na alínea i), do número dois, do artigo quinquagésimo terceiro, da

LAL, autorização essa que constitui condição suspensiva da eficácia jurídica do contrato de

cessão de posição contratual a celebrar, assim como o visto prévio do Tribunal de Contas,

exigível por força do disposto nos artigos quadragésimo quarto, quadragésimo quinto e

quinquagésimo primeiro, número um, alínea m), da Lei noventa e oito, de noventa e sete, de

vinte e seis de Agosto.------------------------------------------------------------------------------------------

------------- c) Delibere aprovar a subsequente celebração de contrato de arrendamento incidente

sobre uma área de quinhentos metros quadrados e cinco lugares de estacionamento, com o

Estado Português, pelo prazo de três anos, sucessivamente renovável por períodos de um ano e

renda mensal de oito mil duzentos e sessenta e nove euros, tudo nos termos da minuta de

contrato que a seguir se transcreve, para a qual se remete para os devidos efeitos. -------------------

------------- d) Atento o procedimento em causa e por precaução, será ainda dado cabibento ao

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valor da presente locação já para o mês de Dezembro de dois mil e dez.” -----------------------------

------------- --- “Contrato de Sublocação e Promessa de Contrato de Arrendamento -----------------

------------- ----------------------------Contrato de Arrendamento ------------------------------------------

Município de Oeiras, pessoa colectiva de direito público número quinhentos milhões setecentos e

quarenta e cinco mil novecentos e quarenta e três, com sede no Largo Marquês de Pombal, em

Oeiras, neste acto representado pelo Presidente da Câmara Municipal, Excelentíssimo Senhor

Doutor Isaltino Afonso Morais, divorciado, natural da Freguesia de São Salvador, Concelho de

Mirandela, com domicílio necessário neste edifício, cujos poderes lhe são conferidos pela alínea

f), do número dois, do artigo sexagésimo oitavo, da Lei número cento e sessenta e nove, de

noventa e nove, de dezoito de Setembro, com redacção alterada pela Lei número cinco-A, de

dois mil e dois, de onze de Janeiro, doravante designado abreviadamente por Município ou

Primeiro Outorgante,--------------------------------------------------------------------------------------------

Estado Português, representado pelo Senhor Director de Finanças de ..., com domicílio legal na

..., para o efeito designado no despacho número … décimo sétimo, de dois mil e nove, de ..., de

Sua Excelência o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, adiante também designado por

Segundo Outorgante.--------------------------------------------------------------------------------------------

Santander Totta, pessoa colectiva número …, com sede em …, representado …, adiante

designado por Terceiro Outorgante, -------------------------------------------------------------------------

Considerando que: ----------------------------------------------------------------------------------------------

- Que em …, o Primeiro Outorgante celebrou com o Terceiro Outorgante um Contrato de

Locação tendo por objecto o prédio urbano sito na Rua do Coro de Santo Amaro de Oeiras,

número quatro, A, em Oeiras, Freguesia de Oeiras e São Julião da Barra, concelho de Oeiras,

inscrito na matriz predial urbana sob o artigo três mil seiscentos e sessenta e um e descrito na

Segunda Conservatória do Registo Predial de Oeiras, sob o número quatro mil duzentos e trinta e

um, de três de Fevereiro de dois mil e quatro; --------------------------------------------------------------

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- Que o Primeiro Outorgante tem disponível para arrendamento, ao Estado Português, uma área

de cerca de quinhentos metros quadrados do bem locado;------------------------------------------------

- Que as condições de arrendamento foram acordadas entre o Primeiro e o Segundo Outorgantes;

- Que sendo o Primeiro Outorgante locatário do bem locado, deverá celebrar com o Estado um

contrato de sublocação; ----------------------------------------------------------------------------------------

- Que a sublocação do bem locado carece, assim, do acordo do Terceiro Outorgante;---------------

- Que o Terceiro Outorgante consentiu na sublocação do bem locado nas condições a seguir

indicadas;- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

E disseram:-------------------------------------------------------------------------------------------------------

Que entre eles é celebrado o presente contrato de subarrendamento, que se rege pelas cláusulas

seguintes que ambos os outorgantes aceitam e reciprocamente se obrigam a cumprir: --------------

------------- --------------------------------- Cláusula Primeira -----------------------------------------------

------------- -------------------------------------- (Objecto) ----------------------------------------------------

O Primeiro Outorgante, locatário do prédio urbano sito no prédio urbano, sito na Rua do Coro de

Santo Amaro de Oeiras, número quatro, A, em Oeiras, Freguesia de Oeiras e São Julião da Barra,

Concelho de Oeiras, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo três mil seiscentos e sessenta e

um e descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Oeiras, sob o número quatro mil

duzentos e trinta e um, de três de Fevereiro de dois mil e quatro, dá em sublocação, ao Estado

Português, uma área de cerca de quinhentos metros quadrados do rés-do-chão do referido prédio,

conforme melhor identificado na planta que constitui o anexo um ao presente contrato e que

inclui, ainda, cinco lugares de estacionamento no piso menos um.--------------------------------------

------------- --------------------------------- Cláusula Segunda -----------------------------------------------

------------- ---------------------------------------- (Fins) ------------------------------------------------------

A sublocação tem por finalidade única e exclusiva a instalação de Serviços Públicos,

designadamente, para afectação, à Direcção de Finanças de Oeiras, actuais Serviços Oeiras Um.-

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- --------------------------------- Cláusula Terceira -----------------------------------------------

------------- --------------------------------------- (Prazo)------------------------------------------------------

Um - Nos termos do estatuído pelo número um, artigo milésimo centésimo décimo, do Código

Civil, republicado pela Lei número seis, de dois mil e seis, de vinte e sete de Fevereiro, que

aprovou o Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), as partes ajustaram na celebração

do presente contrato de sublocação pelo prazo de três anos, a iniciar a partir da data da

assinatura. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

Dois - Transcorrido o prazo inicial, estabelecido no número anterior, o contrato de sublocação

será automaticamente renovável por períodos subsequentes de um ano, salvo ocorrendo a sua

cessação nos termos, prazos e condições admitidos no próprio contrato e na lei. ---------------------

------------- ---------------------------------- Cláusula Quarta ------------------------------------------------

------------- --------------------------------------- (Renda) -----------------------------------------------------

Um - A renda anual inicial é de noventa e nove mil duzentos e vinte e oito euros e será paga em

duodécimos de oito mil duzentos e sessenta e nove euros.------------------------------------------------

Dois - As rendas vencem-se no primeiro dia útil do mês anterior ao que respeitem e deverão ser

pagas nos primeiros oito dias do mês em que se vencem, mediante transferência bancária para

conta número (….), aberta em nome do Primeiro Outorgante, junto do Banco .... --------------------

Três - A renda inicial referida no número um da presente Cláusula, será anualmente actualizada,

em função do coeficiente mencionado no número um, do artigo vigésimo quarto do N.R.A.U, e

que é o resultante da totalidade da variação do índice de preços no consumidor, sem habitação,

correspondente aos últimos doze meses e para os quais existam valores disponíveis a trinta e um

de Agosto, apurado pelo Instituto Nacional de Estatística e publicados no Diário da República,

de acordo com o número dois do mesmo artigo, notificada ao Segundo Outorgante através de

carta registada do primeiro outorgante. ----------------------------------------------------------------------

------------- ---------------------------------- Cláusula Quinta ------------------------------------------------

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------------- -------------------------- (Conservação e Manutenção) ----------------------------------------

As obras necessárias à segurança, conservação e manutenção das instalações sublocadas são da

responsabilidade do Primeiro Outorgante, desde que em respeito pelo disposto no contrato de

locação celebrado com o Terceiro Outorgante. -------------------------------------------------------------

------------- ----------------------------------- Cláusula Sexta-------------------------------------------------

------------- -------------------------------(Obras de Adaptação)---------------------------------------------

Um - O Segundo Outorgante fica desde já autorizado:----------------------------------------------------

a) A realizar todas as obras de adaptação necessárias aos fins da presente sublocação, desde que

não interfiram com a estrutura do Edifício e uso de partes comuns e desde que sejam obtidas

previamente junto das entidades competentes as autorizações e licenciamentos necessários à

realização de tais obras; ----------------------------------------------------------------------------------------

b) A instalar no exterior do imóvel os elementos de identificação necessários, dos quais dará

conhecimento ao Primeiro Outorgante; ----------------------------------------------------------------------

c) A afixar no interior das instalações os painéis julgados necessários. --------------------------------

Dois - Todas as benfeitorias que não possam ser retiradas sem detrimento do imóvel,

consideram-se nele incorporadas, sem que o Segundo Outorgante tenha direito a qualquer

reembolso, indemnização ou retenção. ----------------------------------------------------------------------

------------- ---------------------------------- Cláusula Sétima ------------------------------------------------

------------- ------------------------------------- (Encargos) ---------------------------------------------------

Um - A contratação do seguro do imóvel, para a parte ora dada em locação, é feita directamente

pelo Primeiro Outorgante. -------------------------------------------------------------------------------------

Dois - Os encargos com o seguro referido no número um da presente cláusula, são da

responsabilidade do Primeiro Outorgante. ------------------------------------------------------------------

Três - A cópia do seguro do Edifício, devidamente autenticada, bem como o documento

comprovativo da Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior das instalações a

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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arrendar, constam, como anexos dois e três, do presente contrato, do qual fazem parte integrante.

------------- ---------------------------------- Cláusula Oitava ------------------------------------------------

------------- ------------------------------------- (Cessação)----------------------------------------------------

Um - O Primeiro Outorgante poderá fazer cessar o presente contrato de sublocação nos termos

legais. ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

Dois - O Segundo Outorgante para se opor à renovação, denunciar ou fazer cessar por acordo o

presente contrato de sublocação, carece de autorização do Director-Geral do Tesouro e Finanças

- DGTF. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- -----------------------------------Cláusula Nona -------------------------------------------------

------------- ------------------------------------ (Preferência) --------------------------------------------------

Um - Em caso de alienação do imóvel, o Segundo Outorgante tem direito de preferência nos

termos legais. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

Dois - O disposto no número anterior, não se aplicará em caso de aquisição do bem locado pelo

locatário no exercício da opção de compra. -----------------------------------------------------------------

Três - Ocorrendo o exercício da opção de compra pelo Primeiro Outorgante o presente contrato

de sublocação converte-se em arrendamento nas mesmas condições aqui estabelecidas para a

sublocação. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- --------------------------------- Cláusula Décima------------------------------------------------

------------- -------------------------------------- (Entrega) ----------------------------------------------------

Um - O Segundo Outorgante, no termo do contrato de sublocação, ressalvadas as deteriorações

inerentes a uma prudente utilização em conformidade com os fins do contrato, compromete-se a

entregar o imóvel em bom estado de conservação, livre e devoluto. ------------------------------------

Dois - Caso a deterioração do imóvel resulte de actos de vandalismo praticados por terceiros, o

Segundo Outorgante não será responsável pela reposição nessa quota-parte.--------------------------

------------- ----------------------------Cláusula Décima Primeira ------------------------------------------

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------------- -------------------------- (Promessa de Arrendamento) ----------------------------------------

Um - O Terceiro Outorgante obriga-se a dar em arrendamento ao Segundo Outorgante, que se

obriga a tomar em arrendamento nas mesmas condições aqui estabelecidas para a sublocação, o

imóvel descrito na Cláusula Primeira, caso o Contrato de Locação celebrado entre o Primeiro

Outorgante e o Terceiro Outorgante seja resolvido. -------------------------------------------------------

Dois - A promessa prevista no número anterior converte-se em arrendamento definitivo na data

em que o Terceiro Outorgante comunique ao Segundo Outorgante que resolveu o contrato de

locação. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

Três - Juntamente com a comunicação prevista no ponto dois, o Terceiro Outorgante indicará ao

Segundo Outorgante, a conta bancária onde deverão ser efectuados os pagamentos das rendas

futuras. ---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

Quatro - Se, após a comunicação prevista no número um anterior, o Segundo Outorgante quiser

opor-se à conversão do contrato de sublocação em arrendamento, deverá informar o Terceiro

Outorgante dessa decisão e promover a obtenção das autorizações necessárias para fazer cessar o

contrato de arrendamento e entregar ao Terceiro Outorgante o imóvel devoluto de pessoas e

bens, sem prejuízo da obrigação de pagar as rendas devidas pela utilização do imóvel até à data

da entrega do mesmo. ------------------------------------------------------------------------------------------

Cinco - Se a comunicação da resolução do contrato de locação ocorrer estando a decorrer o prazo

de vigência, inicial ou subsequente, do contrato de sublocação, o contrato de arrendamento terá a

duração inicial de dois anos, automaticamente renovável por períodos subsequentes de um ano,

salvo ocorrendo a sua cessação nos termos, prazos e condições admitidos no próprio contrato e

na lei, designadamente a denúncia pelo Banco em relação ao termo do prazo em curso, desde que

cumpra o pré-aviso previsto na lei. ---------------------------------------------------------------------------

------------- ---------------------------- Cláusula Décima Segunda ------------------------------------------

------------- ------------------------------------- (Remissão) ---------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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Às situações que não estiverem expressamente previstas no presente Contrato, atender-se-á, pela

prioridade das alíneas seguintes: ------------------------------------------------------------------------------

a) Ao que se achar previsto no Decreto-Lei número duzentos e oitenta, de dois mil e sete, de sete

de Agosto, que revogou, designadamente, o Decreto-Lei número duzentos e vinte e oito, de

noventa e cinco, de onze de Setembro, que estabelecia as normas aplicáveis ao arrendamento de

imóveis pelo Estado e pelos Serviços Autónomos; --------------------------------------------------------

b) Supletivamente, ao disposto no Novo Regime do Arrendamento Urbano - N.R.A.U, aprovado

pela Lei seis, de dois mil e seis, de vinte e sete de Fevereiro, em vigor desde vinte e sete de

Junho do mesmo ano.-------------------------------------------------------------------------------------------

------------- ---------------------------- Cláusula Décima Terceira ------------------------------------------

------------- ------------------------------ (Resolução de litígios) --------------------------------------------

Um - Em caso de litígio quanto à interpretação, aplicação ou integração deste contrato, as Partes

diligenciarão, por todos os meios de diálogo, obter uma solução concertada para a questão. -------

Dois - Quando não for possível uma solução amigável e negociada, nos termos previstos no

número anterior, qualquer das Partes poderá, a todo o momento, recorrer a arbitragem nos termos

dos números seguintes. -----------------------------------------------------------------------------------------

Três - A arbitragem será realizada por um Tribunal Arbitral constituído nos termos desta

cláusula e, supletivamente, nos termos do disposto na Lei número trinta e um, de oitenta e seis,

de vinte e nove de Agosto, alterada. --------------------------------------------------------------------------

Quatro - O Tribunal Arbitral será composto por um único Árbitro, nomeado por ambas as partes.

Não havendo acordo, o Tribunal Arbitral será, então, composto por três árbitros: cada uma das

partes da disputa ou litígio nomeará o seu árbitro, que acordará na designação de um terceiro

Árbitro para presidir ao Tribunal Arbitral. ------------------------------------------------------------------

Cinco - Não havendo acordo, o terceiro árbitro será designado pelo Presidente do Tribunal da

Relação de Évora, sob pedido da parte mais diligente. ----------------------------------------------------

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Seis - O Tribunal Arbitral funcionará na sede do Segundo Outorgante. --------------------------------

Sete - O processo correrá perante o Tribunal Arbitral com observância das regras processuais

previstas no Código de Processo Civil para o processo declarativo ordinário de condenação.------

Oito - O Tribunal Arbitral apreciará os factos e julgará as questões de direito como o faria o

Tribunal Português normalmente competente. -------------------------------------------------------------

Nove - Da decisão que vier a ser proferida não caberá recurso. -----------------------------------------

------------- ----------------------------- Cláusula Décima Quarta -------------------------------------------

------------- -------------------------- (Notificações/Comunicações) ----------------------------------------

Todas as notificações e comunicações que nos termos do presente contrato devam ser realizadas

por uma das partes à contraparte, serão realizadas por carta registada com aviso de recepção, ou

telecópia, ou por carta entregue por protocolo para as entidades e endereços seguidamente

indicados:- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

a) Primeiro Outorgante: Largo Marquês do Pombal, em Oeiras; ----------------------------------------

b) Estado - Direcção-Geral dos Impostos, Direcção de Serviços de Instalações e Equipamentos,

Rua Braamcamp, número cinco - sexto - mil duzentos e cinquenta-zero quarenta e oito Lisboa; --

c) Banco Santander Totta: -------------------------------------------------------------------------------------

- Direcção-Geral dos Impostos/Direcção de Serviços de Instalações e Equipamentos, …-----------

- Autorizado pelo despacho número … oitavo, de dois mil e dez, de … , de Sua Excelência o

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, para ser assinado em quatro originais e pela

deliberação número … do Executivo Camarário de Oeiras em reunião ordinária de … .------------

- Imposto de Selo pago mediante documento de cobrança, de conformidade com o estatuído nos

artigos quadragésimo primeiro e quadragésimo terceiro, do respectivo Código, alterado pelo

Decreto-Lei número duzentos e oitenta e sete, de dois mil e três, de doze de Novembro, no uso

da autorização legislativa conferida pela Lei número vinte e seis, de dois mil e três, de trinta de

Julho.------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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Oeiras, (…) de Outubro de dois mil e dez. ------------------------------------------------------------------

O Primeiro Outorgante -----------------------------------------------------------------------------------------

O Segundo Outorgante -----------------------------------------------------------------------------------------

O Terceiro Outorgante.”----------------------------------------------------------------------------------------

------------- II - O Senhor Vereador Amílcar Campos disse pensar que não haveria necessidade

de juntar uma proposta de aquisição daquele edifício à proposta de aluguer, porque a proposta de

aquisição do edifício por parte da Câmara tem que ir à Assembleia Municipal e o aluguer às

Finanças ou a qualquer outra entidade não tem que ter a aprovação daquele órgão.------------------

------------- Continuando, disse que queria manifestar a sua concordância com o proposto, no

sentido de comprar nas condições que são apresentadas na proposta.-----------------------------------

------------- Relativamente ao aluguer às Finanças, ou a qualquer outra entidade, considera muito

bem. No entanto, gostaria de fazer uma observação sobre esse assunto, embora não diga respeito

à Câmara, mas ao Ministério das Finanças, acrescentando que acha que as condições existentes

na actual Repartição de Paço de Arcos e na de Oeiras não são boas, irão melhorar bastante com a

transferência das instalações para aquele espaço, no entanto, gostaria apenas de manifestar um

desejo, que tem a ver com o facto de desejar que se mantivesse a autonomia das duas repartições,

independentemente de irem para um espaço único, atalhando o Senhor Presidente que irão

manter a autonomia, volvendo o Senhor Vereador Amílcar Campos que diz isso na

perspectiva dessa autonomia funcional e orgânica das duas instituições salvaguardar os postos de

trabalho actuais, naturalmente que é a única observação que se lhe coloca, quando há uma

movimentação que não diz respeito à Câmara. -------------------------------------------------------------

------------- À Autarquia só diz respeito comprar o edifício, razão por que continua a considerar

que o aluguer das instalações deveria estar contido numa outra proposta. -----------------------------

------------- No uso da palavra o Senhor Presidente lembrou que mesmo na crise, o único

organismo que está autorizado a contratar pessoal, são as Finanças porque têm falta de pessoal,

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observando o Senhor Vereador Amílcar Campos que são eles que querem fechar cento e

oitenta repartições. ----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vereador Carlos Oliveira disse também estar de acordo com a aquisição,

pensando que a mesma já deveria ter ocorrido há mais tempo, mas na altura não se sabia que

tempos iriam correr e qual seria o andamento da construção do edifício dos Paços do Concelho,

acrescentando como havia a perspectiva da construção do edifício, optou-se por alugar o edifício

Atrium. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Quanto à proposta de aquisição do edifício e à proposta de aluguer ao Ministério das

Finanças, estarem espalhadas no mesmo documento, também não concorda, considera que

deveriam ter sido feitas duas propostas distintas, porque não faz sentido que vá a proposta para a

Assembleia Municipal da parte do aluguer já que é uma decisão que só compete à Câmara, mas

também não vê por aí que venha mal ao mundo.-----------------------------------------------------------

------------- Relativamente aos trabalhadores, esse assunto não diz respeito à Câmara, porque não

tem competência jurídica, embora os Vereadores possam exprimir a sua opinião quanto à

permanência dos postos de trabalho. -------------------------------------------------------------------------

------------- III - A Câmara, por unanimidade dos presentes, deliberou aprovar o proposto.” -------

------------- O Senhor Deputado Tiago Serralheiro (PS) disse o seguinte: --------------------------

------------- “Quanto à reorganização dos vários serviços da Câmara, temos ouvido dizer, por

parte do Senhor Presidente da Câmara, que existe uma grande necessidade de avançar com a

construção dos novos Paços do Concelho de forma a concentrar os vários serviços dispersos pelo

Concelho, criando melhores condições e reduzindo custos. ----------------------------------------------

------------- Em que situação se encontra a construção do edifício dos novos Paços do Concelho?

------------- A construção do referido edifício, segundo entendemos da informação que nos é

cedida, não irá resolver a dispersão dos serviços, uma vez que há a necessidade de adquirir mais

um edifício - o Atrium.-----------------------------------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- Não inviabilizando o eventual bom investimento para este Município, seria, ou não,

importante a revisão do projecto dos novos Paços do Concelho uma vez que, segundo a

informação que nos chegou através deste documento não parece que o mesmo se encontre muito

actual, dado não comportar todos os serviços pretendidos. -----------------------------------------------

------------- Os serviços que se encontram a funcionar habitualmente no espaço que dará lugar às

duas repartições de finanças, para onde irão? Caso os serviços não fiquem em nenhuma das

instalações pertencentes ao Município, quanto é que isso custará à Autarquia?”----------------------

------------- O Senhor Deputado António Moita (IOMAF) disse o seguinte:------------------------

------------- “Achamos que é uma situação extremamente positiva, independentemente das

questões que são óbvias sobre os novos Paços do Concelho. Parece-nos que o novo edifício dos

Paços do Concelho será algo que não vai acontecer já e parece-nos importante que os serviços

que aqui estão elencados tenham um espaço bom para continuar a estar. Do ponto de vista da

Câmara é uma boa aquisição e também do ponto de vista dos munícipes e das empresas pela

transferência dos serviços das finanças para aquele local - parece-nos extremamente positivo que

isso venha a acontecer. -----------------------------------------------------------------------------------------

------------- Por último, a proximidade do que será o novo edifício dos Paços do Concelho, do

Oeiras Parque e de toda aquela zona, parece-nos que independentemente do que venha a ser este

espaço nos próximos anos (se a Câmara vier a precisar dele, ou não, em função da nova sede dos

Paços do Concelho), será sempre um bom investimento e faz todo o sentido que a Câmara

avance para uma compra deste tipo.”-------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) interveio, dizendo o seguinte: ------------

------------- “Este assunto surge aqui como, muitas vezes, surgem outras coisas da Câmara e eu

penso que deveria haver maior rigor a trabalhar estas matérias. Isto aparece numa grande

confusão em que na mesma deliberação se coloca a aquisição do edifício Atrium pela Câmara e

se coloca também um contrato de arrendamento com as finanças. São coisas completamente

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diferentes que se misturam aqui sem nenhum sentido. ----------------------------------------------------

------------- A única coisa que a Assembleia tem a ver com isto é com uma deliberação que nem

sequer tem nenhuma apreciação sobre se justifica se os serviços, se cabem, ou não cabem.

Deliberar, nos termos previstos na alínea i), do número dois, do artigo quinquagésimo terceiro,

da Lei das Finanças Locais, autorize que se constitua a condição suspensiva, é apenas isto. -------

------------- O problema é que, nas informações que aqui estão, e quem leu isto de uma ponta à

outra, leu, pelo menos, três vezes a mesma coisa, não há nenhuma separação entre o inicial e o

que, de facto, se está a tratar. Isto foi negociado com o Banco Totta Crédito, com um spread de

um vírgula trezentos e setenta e cinco acrescido da Euribor a doze meses - isso é o que está nas

informações dos serviços.--------------------------------------------------------------------------------------

------------- Quando chegamos ao fim, há uma carta do Santander Totta, com todas as condições,

e que nem vem sequer referida, e o que aqui está é completamente diferente do que existe

inicialmente. O negócio não é nada disto - é com a Euribor a cento e oitenta dias, acrescido de

um spread de dois vírgula cinquenta por cento. As condições são completamente diferentes.------

------------- Como é que se copia tanta coisa, como é que se põe tantas vezes o mesmo paleio

quando, ainda por cima, ele não está certo? Não nos chega nenhuma informação sobre quanto é

que isto vai custar e se lermos os documentos, chega-se à conclusão que há um crédito de treze

milhões de euros, em leasing, e que vai haver um valor residual de três vírgula nove milhões de

euros. Francamente, é uma baralhada total. -----------------------------------------------------------------

------------- Eu não estou a fazer nenhuma consideração sobre se esta é, ou não, uma boa compra

porque, no meio desta confusão que nos é proposta, não é possível concluir nada sobre isso. Há

um acordo de se fazer um subaluguer a duas repartições de finanças. É também curioso que estas

repartições vão para quinhentos metros quadrados de área que, ainda hoje está a ser ocupada por

serviços da Câmara. Quando há, neste momento, uma intenção clara das Finanças, de reduzir as

repartições está-se mesmo a ver que, juntando estas duas, ao fim de pouco tempo, será só uma. --

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- Todas estas coisas são tão misturadas que às tantas, estamos a fazer considerações

que não têm nada a ver com o que aqui está que é saber se a Assembleia Municipal está, ou não,

de acordo, com a Câmara assumir a responsabilidade que tem o actual proprietário junto do

banco, com condições diferentes das que aqui estão expressas para ficar com isto. Nós,

francamente, não vimos grandes objecções mas estaremos a dar um voto favorável sem saber em

concreto, como e o que se está a comprar.” -----------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Bruno Pires (PSD) disse o seguinte:--------------------------------

------------- Relativamente a esta Proposta, o Partido Social Democrata não poderia estar mais de

acordo, aliás, julgamos que esta é uma boa aquisição que faz todo o sentido para o Município.

Diria mais: como cidadão e munícipe teremos que congratular a Câmara, pois as actuais

condições em que “vivem” actualmente as Repartições de Finanças de Paço de Arcos e de

Oeiras, são lamentáveis. Nesse sentido, esta aquisição trará benefícios para todos: para a Câmara,

para os trabalhadores das Finanças e para o cidadão comum que irá usufruir dessas mesmas

condições. Temporalmente, quando é que as Repartições de Finanças irão ocupar este espaço, é

outra questão. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- No que diz respeito a esta aquisição e ao modo como está contratualizado com o

Banco, pela carta que eu vejo aqui, do Santander Totta, o montante é, de facto, treze milhões de

euros. As condições podem ser debatidas das mais diversas formas mas o que é certo é que

independentemente da aquisição que se faça, esta Assembleia está a deliberar sobre algo que é

fundamental para o cidadão comum e o munícipe de Oeiras. Neste sentido, o Partido Social

Democrata irá votar favoravelmente.” -----------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. interveio, dizendo o seguinte:-------------------

------------- “Quanto às condições em que os serviços desenvolvem as suas tarefas diárias, elas

não são efectivamente as ideais e causam, de alguma foram, algumas dificuldades que são

ultrapassadas com algum espírito de missão. Tínhamos previsto no modelo de parcerias público-

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privadas, de âmbito institucional, levar por diante a construção do Edifício Forum que foi

projectado de modo a acolher a quase totalidade dos serviços da Câmara. É um investimento

bastante pesado, estimado em cinquenta milhões de euros e a verdade é que hoje, fruto do

contexto nacional e internacional, não nos parece prudente avançar com mais este investimento.-

------------- Neste momento temos vários investimentos de grande monta em curso e entendemos

que devemos aguardar, quer por intermédio do modelo de parceria, quer por intermédio de outro

modelo ou de uma forma tradicional. Iremos concretizá-lo mas entendemos que devemos

perceber qual a evolução da situação económico-financeira do Município, no próximo ano. Se a

receita continuar a cair e se não houver uma inversão do ciclo económico, acho que não será

prudente estarmos a avançar de imediato com este investimento, mesmo sendo este um

investimento necessário - penso que a dispersão de serviços e de edifícios não é a situação mais

propícia para o melhor desempenho dos serviços e penso que esta ideia recolhe a concordância

de todos. -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Neste caso concreto estamos a falar do Edifício Atrium, onde funcionam alguns

serviços da Câmara, do qual estamos a pagar renda e surgiu a hipótese do proprietário ceder o

leasing que ele tinha com a instituição bancária, ao Município. Uma das condições para avançar

com este negócio era que a Câmara não despendesse um montante superior àquele que neste

momento paga mensalmente ao proprietário. ---------------------------------------------------------------

------------- Como sabem o preço do dinheiro está cada vez mais caro e a nossa cedência foi

relativamente ao prazo. O prazo do leasing que o privado tinha foi alargado para quinze anos

para que o esforço mensal da Câmara fosse idêntico àquele que é hoje, não assumindo, do ponto

de vista financeiro, um esforço superior a esse. ------------------------------------------------------------

------------- Claro que a questão das finanças é um assunto que está um pouco à margem mas a

verdade é que se aquele edifício for titulado por um leasing em nome da Câmara, nós temos

possibilidade de instalar ali as finanças e caso contrário, não teríamos. --------------------------------

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------------- Os Senhores Deputados perguntam se a área do edifício não está totalmente ocupada

- neste momento, está. Mas existe a perspectiva de, pelo menos, um serviço (o Departamento de

Projectos Especiais) passar a ocupar instalações na Escola Náutica, em Paço de Arcos. Eu não

tomei parte nessas conversações com a Direcção da Escola mas penso que é praticamente ponto

assente que a Câmara irá fazer umas obras de adaptação por um período considerável e esse

Departamento passará a funcionar nas instalações da Escola Náutica.----------------------------------

------------- Ficará liberta uma área que irá permitir à Câmara arrendar às Finanças que, neste

momento, procuram um espaço num edifício de forma a instalar as repartições de Oeiras e Paço

de Arcos. Sobre a união das duas repartições numa só - possivelmente, isso acontecerá, talvez

seja uma questão de tempo. ------------------------------------------------------------------------------------

------------- Com esta situação, o cidadão também fica mais bem servido com uma repartição de

finanças naquela localização, de fácil acesso e bom estacionamento, do que nos locais onde hoje

estão as repartições. Penso que todos conhecem a Repartição de Finanças de Oeiras que não

responde minimamente às exigências para o acesso dos cidadãos de mobilidade reduzida,

encontra-se num prédio de habitação, compartimentado numa série de pisos, etc.. -------------------

------------- De alguma forma a Câmara consegue gerar receita e, por outro lado, resolver o

problema de uma repartição pública numa repartição de finanças e manter o mesmo esforço

financeiro que tem actualmente com aquele edifício, claro, aumentando o prazo da operação para

quinze anos. ------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Não tomei atenção à questão do spread porque a minha preocupação foi que esta

operação tem uma taxa de referência que é a Euribor (e esta sobe ou desce) e o spread é fixo. A

vontade é de contratualizar o spread mas, para mim, não foi importante ele ser de um, de dois ou

de três. A minha referência foi saber que hoje pago setenta e quatro mil euros por mês e é isso

que eu quero continuar a pagar, mesmo que o prazo seja dilatado. Esta Proposta vai nesse sentido

e a do Banco também - que o valor mensal seja idêntico.-------------------------------------------------

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------------- A questão das finanças é acessória mas damos já nota dela nos motivos desta

estratégia porque se não houvesse esta disponibilidade das finanças não faria sentido nos

sentarmos a negociar com o proprietário. -------------------------------------------------------------------

------------- Temos que ter a posse do contrato de leasing para podermos fazer depois a

sublocação ao Estado.”-----------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) disse o seguinte:----------------------------

------------- “Quanto às questões mais complexas e que não se percebem, nós não iremos mudar o

sentido de voto, mas a verdade é que o que está nos papéis é o seguinte: ------------------------------

------------- Em Fevereiro de dois mil e oito foi feita uma contratação em que se paga setenta e

quatro mil euros por mês e a Proposta que vem aqui agora prevê um pagamento de setenta e sete

mil, quatrocentos e quarenta e três vírgula quarenta e nove euros por mês, mais IVA. Não sei

quanto é que é este IVA e há inúmeras situações aqui que não se conseguem saber.-----------------

------------- Não estou a dizer que o negócio é mau mas para quem tem que decidir, em concreto,

isto não está explícito, é uma baralhada total.” -------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Tiago Serralheiro (PS) voltou a intervir, dizendo o seguinte:--

------------- “O Senhor Vice-Presidente não me respondeu à seguinte questão: -----------------------

------------- Qual vai ser o custo da instalação do Departamento de Projectos Especiais na Escola

Náutica?” - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ----------------------------------

------------- “Não sei precisar o valor do custo da instalação do Departamento de Projectos

Especiais na Escola Náutica mas estamos a falar em dotar o espaço com rede informática. Do

ponto de vista da construção civil não terá grande intervenção. Eu não conheço o espaço mas

estamos a falar de valores residuais, não estamos a falar de valores de grande monta. São

instalações já existentes que têm que ser adaptadas à colocação deste Departamento e, por isso

necessitará de pontos de rede, mais pontos de energia, uma pintura. Penso que se pode fazer

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rapidamente um levantamento sobre isso e trazer esse número aqui à Assembleia Municipal. -----

------------- Quanto à questão do IVA, a nossa ideia é que ele não seja um custo - esperamos que

o IVA, nesta operação, possa não representar um custo, ou seja, esperamos que aquilo que a

Câmara vai pagar, possa, depois, deduzir. O montante mensal será de setenta e sete mil euros

mais o valor residual no décimo quinto ano, de três milhões e novecentos mil euros. É esta

operação a quinze anos que aqui está, acresce IVA (é um facto) mas este não constituirá um

custo. Esta informação sobre o IVA não ser entendido como um custo é-nos dada, quer pelo

Departamento Financeiro, quer pelos ROC.” ---------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Tiago Serralheiro (PS) voltou a intervir, dizendo o seguinte: --

------------- “A resposta do Senhor Vice-Presidente não foi clara para mim. Pelo que entendi a

Câmara só terá o custo de instalação e de adaptação de instalações e as instalações serão cedidas

gratuitamente à Câmara Municipal. É isso? A Escola Náutica não receberá nenhuma renda

mensal pela instalação do Departamento de Projectos Especiais. É isso?” -----------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. respondeu, dizendo o seguinte: ----------------

------------- “Não há pagamento de renda, o que poderá haver (e que já existe hoje) é uma

colaboração com esta Escola num conjunto de projectos, de intervenções no espaço do perímetro

da Escola Náutica. A utilização do espaço não terá como contrapartida o pagamento de uma

renda.------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Eu não estive presente na negociação com a Escola Náutica e se me permitem,

estando ali o Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU), vou pedir se ele me poderá dar uma

ajuda neste esclarecimento. Não sei se ele está a par desta negociação da Câmara com a Escola

Náutica para instalação do Departamento de Projectos Especiais mas eu penso que não há

pagamento de renda por parte da Câmara.” -----------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) interveio, dizendo o seguinte: ---------

------------- “Eu estou aqui na qualidade de Deputado Municipal mas confirmo tudo aquilo que

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disse o Senhor Vice-Presidente (na minha qualidade de Vice-Presidente da Escola Náutica). O

que ficou projectado, mas não concretizado, foi que a Escola Náutica não receberia nenhuma

renda mas que teria contrapartidas em espécie, nomeadamente a valoração dos arruamentos, a

construção de um polidesportivo que, neste momento, está inoperacional, a limpeza e

ajardinamento do espaço, situações que de certa maneira fazem um contra-valor aproximado de

cinco mil euros/mês. Tanto quanto eu sei a Câmara já pratica isso com outra instituição do

Concelho, em que paga em espécie, desta maneira.” ------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. voltou a intervir, dizendo o seguinte:----------

------------- “Independentemente da ida do Departamento de Projectos Especiais para a Escola

Náutica, a Câmara de Oeiras tem sempre uma relação com esta instituição pública de grande

proximidade. A ida do Departamento de Projectos Especiais pode criar mais proximidade mas já,

no passado, a Câmara deu abertura para a realização de um conjunto de investimentos dentro da

Escola Náutica, alguns dos quais ficarão ao dispor dos alunos mas também da população em

geral, como é o caso do polidesportivo ou da piscina.-----------------------------------------------------

------------- À partida a Câmara já estaria aberta a fazer esses investimentos e em colaborar com a

Escola Náutica, surge esta hipótese (que eu penso que é positiva para os dois lados) que é a de

instalar o Departamento de Projectos Especiais em instalações da Escola Náutica. Do ponto de

vista da instalação este é um custo residual, não havendo pagamento pecuniário por essa

contrapartida mas sim esta colaboração entre instituições.” ----------------------------------------------

------------- A Senhora Deputada Luísa Lisboa (PS) disse o seguinte: -------------------------------

------------- “Gostei de ouvir os seus esclarecimentos relativamente a esta questão mas parece-me

que uma matéria deste teor (e estamos a discutir aqui um negócio por vantagem da Câmara para

poupar algum dinheiro), e não entrando em pormenores sobre ele, eu acho que esta informação

que acabou de prestar com a ajuda do Senhor Vice-Presidente da Escola Náutica deveria constar

desta Proposta. Em meu entender, estas contrapartidas que, no meu ponto de vista, são

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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perfeitamente aceitáveis, deveriam ser muito claras para uma análise mais descomprometida.

Faria sentido que essa contrapartida de pagamento em espécie estivesse aqui muito clara.” --------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ----------------------------------

------------- “Concordo que venha uma Proposta que explique tudo isto que acabei de dizer mas

esta questão das finanças é completamente acessória e, só pelo facto de estar aqui a situação das

Finanças é que estamos aqui a discutir a ida do Departamento de Projectos Especiais para a

Escola Náutica. --------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Aquando da confirmação e da formulação deste protocolo entre Câmara de Oeiras e

Escola Náutica, penso que é correcto que venha aqui uma proposta, nem que seja de informação

sobre os termos em que este protocolo de colaboração vai ser feito. ------------------------------------

------------- Esta proposta é um negócio que diz respeito ao Atrium e à transferência de um

leasing imobiliário de um privado para o Município.” ----------------------------------------------------

------------- A Senhora Deputada Luísa Lisboa (PS) disse o seguinte: -------------------------------

------------- “No meu ponto de vista não é preciso vir outra proposta e o que estamos aqui a tratar

não é das Finanças mas sim de poupar dinheiro. A Câmara poder alugar às Finanças este piso

corresponde a receber algum dinheiro que vai servir para amortizar o pagamento mensal da

compra efectuada mas, se ao mesmo tempo, precisamos de deslocar um departamento da Câmara

para outro local, precisamos de saber quanto é que isso vai custar, quer em euros, quer em

espécie.---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Parece-me que em propostas deste tipo deveria vir isto muito claro. Uma coisa

simples sem grandes enfeites mas que deveria vir aqui para mais facilmente, sem pormos

dúvidas e sem sermos levados a fazer conjecturas desnecessárias, pudéssemos ler isto de uma

forma descomprometida.”--------------------------------------------------------------------------------------

6.2.1. VOTAÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada por

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unanimidade, com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à

Frente, do Partido Socialista, do Partido Social Democrata, do Centro Democrático Social -

Partido Popular, da Coligação Democrática Unitária e do Bloco de Esquerda. -----------------------

------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita:--------------------

------------- “DELIBERAÇÃO .º 93/2010 ---------------------------------------------------------------

------------- PROPOSTA CMO .º 1146/10 - AQUISIÇÃO DO EDIFÍCIO ATRIUM POR

CEDÊCIA DA POSIÇÃO COTRATUAL EM COTRATO DE LOCAÇÃO

FIACEIRA E CELEBRAÇÃO DE COTRATO DE ARREDAMETO PARCIAL

COM O MIISTÉRIO DAS FIAÇAS----------------------------------------------------------------

------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número mil

cento e quarenta e seis barra dez, a que se refere a deliberação número catorze da reunião da

Câmara Municipal, realizada em vinte e sete de Outubro de dois mil e dez, e deliberou por

unanimidade com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à

Frente, do Partido Socialista, do Partido Social Democrata, do Centro Democrático Social-

Partido Popular, da Coligação Democrática Unitária e do Bloco de Esquerda, aprovar a aquisição

do edifício Atrium, sito na Rua Coro de Santo Amaro de Oeiras, número quatro, A, em Oeiras,

por cessão da posição contratual que a actual locatária, “Ribeiro Coutinho, Limitada”, é titular no

âmbito do contrato de locação imobiliária celebrado com o Banco Santander Totta, nos termos

do disposto na alínea f), do número um, do artigo quarto da LAL (Lei número cento e sessenta e

nove, de noventa e nove, de dezoito de Setembro, na redacção dada pela Lei número cinco-A, de

dois mil e dois, de onze de Janeiro), conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município,

traduzido naquela deliberação. --------------------------------------------------------------------------------

------------- Mais foi deliberado, também, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da

acta.” ------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

6.3. Apreciação da Proposta C.M.O. .º 558/10 relativa ao Relatório Anual sobre a situação

económica e financeira da “Parques Tejo, E.E.M.” - Ofício º. 24598 - 23-06-2010, que a

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seguir se transcreve:---------------------------------------------------------------------------------------------

“13 - PROPOSTA º. 558/10 - RELATÓRIO AUAL SOBRE A SITUAÇÃO ECOÓMICA E

FIACEIRA DA “PARQUES TEJO, E.E.M.: ---------------------------------------------------------------------

------------- I - O Senhor Presidente apresentou à Câmara a seguinte proposta: -----------------------

------------- “Um - Em catorze de Abril de dois mil e dez, através da deliberação número

quatrocentos e trinta e três, foi aprovado e deliberado o envio à Assembleia Municipal, para

conhecimento, nos termos da alínea d), do número um, do artigo quinquagésimo terceiro, da

LAL (Lei número cento e sessenta e nove, de noventa e nove, de dezoito de Setembro, na

redacção que lhe foi dada pela Lei número cinco-A, de dois mil e dois, de onze de Janeiro), o

Relatório e Contas relativos ao exercício de dois mil e nove da “Parques Tejo - Parqueamentos

de Oeiras E.E.M”; -----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Dois - Em complemento a tal relatório, em vinte e três de Abril de dois mil e dez, o

Fiscal Único da referida empresa remeteu a esta Edilidade o seu relatório Anual sobre a situação

económica e financeira da empresa, --------------------------------------------------------------------------

------------- Três - De tal documento destacam-se as seguintes conclusões:----------------------------

------------- a) O Resultado Líquido contabilístico depois de impostos, apresenta uma diminuição

de sessenta e cinco por cento em relação ao período homólogo de dois mil e oito e menos

sessenta e oito por cento que o Orçamento de dois mil e nove; ------------------------------------------

------------- b) Tal facto deve-se à diminuição, em quarenta e três por cento, do Resultado

Operacional e aos Resultados Extraordinários negativos devido à contabilização dos Custos de

Estudos e projectos dos Parques da Tapada do Mocho e Avenida da República; ---------------------

------------- c) Verifica-se uma quebra de resultados operacionais (menos quarenta e três por

cento) devidamente ao aumento dos Custos Operacionais e à redução dos Proveitos

Operacionais; ----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- d) Quebra de receita dos parquímetros e bloqueadores que reflectiu a menor

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produtividade da actividade de fiscalização; ----------------------------------------------------------------

------------- e) Aumento dos custos de fornecimentos e serviços de terceiros; -------------------------

------------- f) Verifica-se aumento da situação líquida da empresa e do activo líquido da

empresa; o passivo manteve-se igual a dois mil e oito; ---------------------------------------------------

------------- g) Os indicadores financeiros de médio prazo mantiveram-se elevados,

nomeadamente a autonomia financeira e o rácio de solvabilidade e o rácio de liquidez,

evidenciando uma situação financeira desafogada; --------------------------------------------------------

------------- h) As disponibilidades estiveram aplicadas no BPN e BPopular gerando uma

rentabilidade líquida de dois por cento;----------------------------------------------------------------------

------------- i) A situação financeira apresenta-se saudável, com fundo de maneio positivo na

ordem dos oitocentos mil euros que deve ser aplicado em produtos financeiros de molde a

possibilitar a sua rentabilização. ------------------------------------------------------------------------------

------------- Quatro - São, assim, apresentadas as seguintes recomendações: --------------------------

------------- a) Que nas remunerações aprovadas pela CMO sejam incluídos os subsídios de

almoço, as comparticipações nas despesa de inscrição e matrícula de Mestrados e Cursos Pós

Gradação dos administradores e o “renting” das viaturas; ------------------------------------------------

------------- b) Que seja reduzido a escrito e assinado a alteração do protocolo acordado com a

Oeiras Viva e que prevê a repartição das receitas líquidas geradas pelos Parques da Piscina

Oceânica e do Porto de Recreio; ------------------------------------------------------------------------------

------------- c) Que sejam revistas as taxas de amortização de modo a serem praticadas taxas

iguais para bens idênticos; -------------------------------------------------------------------------------------

------------- d) Que seja obtido da DGV informação dos valores reembolsados de modo a que

sejam reconhecidos contabilisticamente os valores que a empresa tem a receber; --------------------

------------- e) Que as disponibilidades sejam aplicadas em Produtos Financeiros de Capital

Garantido enquanto não forem utilizados em Investimentos Operacionais e estratégicos; ----------

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------------- f) Que sejam contabilizados os custos a suportar pela utilização dos Parques da

Oeiras Viva, o que significa um acréscimo de quinze mil euros; ----------------------------------------

------------- g) Deve ser melhorado o controlo interno de natureza administrativa e financeira e o

Sistema de Contabilidade.--------------------------------------------------------------------------------------

------------- Nesta conformidade, proponho ao Executivo Camarário que delibere:-------------------

------------- Um - Aprovar, nos termos do disposto na alínea f), do artigo quadragésimo segundo,

da Lei cinquenta e três-F, de dois mil e seis, de vinte e nove de Dezembro e em aditamento à

deliberação número quatrocentos e trinta e três, de catorze de Abril de dois mil e dez, do

Relatório Anual sobre a Situação Económica e Financeira da “Parques Tejo - Parqueamentos de

Oeiras, E.E.M.”--------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Dois - Remeter à Assembleia Municipal, nos termos do estabelecido nas alíneas c) e

d), do número um, do artigo quinquagésimo terceiro, da LAL (Lei número cento e sessenta e

nove, de noventa e nove, de dezoito de Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei número

cinco-A, de dois mil e dois, de onze de Janeiro), a presente proposta de deliberação e de todos os

documentos à mesma anexos, para conhecimento, no âmbito das respectivas competências em

matéria de acompanhamento e fiscalização da actividade das empresas municipais.” ---------------

------------- II - Sobre esta proposta, a Senhora Vereadora Anabela Pedroso referiu que a

alínea a), do número quatro, diz o seguinte:-----------------------------------------------------------------

------------- “…Que nas remunerações aprovadas pela CMO sejam incluídos os subsídios de

almoço, as comparticipações nas despesas de inscrição e matrícula de Mestrados e Cursos Pós

Gradação dos administradores e o renting das viaturas;…”.----------------------------------------------

------------- Em seguida, questionou qual era a posição do Senhor Presidente sobre essa

recomendação feita pelo ROC, respondendo o Senhor Presidente que há uma coisa que acha

que não deve ser propriamente assim, isto é, o ROC terá suscitado questões sobre o subsídio de

almoço e disse que deve haver uma deliberação expressa da Câmara a definir que se tem direito a

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subsídio de almoço. ---------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Aliás, o doutor Constantino tem uma opinião mais visionária porque diz que agora

descobriram que a Câmara tem que deliberar que na remuneração dos administradores, tem que

se atribuir o subsídio de férias e o décimo terceiro mês, quando é consabido que ambos decorrem

da Lei Nacional, é um direito dos trabalhadores, referindo o Senhor Vereador Carlos Oliveira

que os administradores são órgãos sociais, volvendo o Senhor Presidente que não era assim e

de repente alguém entendeu que devia ser assim, embora a lei não diga nada sobre isso, e no caso

do subsídio de almoço, terá que vir à Câmara uma proposta de deliberação, antes do fim do ano,

a definir tudo isso. ----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Em relação à matrícula de Mestrados e Cursos Pós-Graduação dos administradores,

disse ter algumas reservas, achando que a Câmara tem que se pronunciar sobre isso, pois terá que

ser um mestrado ou uma pós-graduação que tenha a ver com a valorização do administrador

enquanto administrador.----------------------------------------------------------------------------------------

------------- Se isso visa resolver algumas situações que já aconteceram, tudo bem, mas acha que

de futuro deve ficar definido e na proposta de deliberação que irá ser elaborada, quer seja

mestrados, quer seja pós-graduações que saiam fora da área de actuação da empresa, nessa

altura, deve ser remetida à Câmara Municipal, porque a dada altura há administradores que se

põem a “coleccionar” cursos. ---------------------------------------------------------------------------------

------------- Quanto ao renting das viaturas, observou que este tem a ver com o valor das mesmas,

atalhando o doutor Luís Roldão que se trata de uma questão de decisão da administração, é uma

competência própria, volvendo o Senhor Presidente que a administração não pode comprar o

carro que quer, ao que o doutor Luís Roldão respondeu que isso está definido pelo accionista. --

------------- Continuando, disse que a problemática de todas as questões que foram colocadas, é a

que o Senhor Presidente muito bem aflorou relativamente à sensibilidade do ROC a essas

questões que se vão dirimindo porque, na realidade, o Senhor Vereador Carlos Oliveira disse que

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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são órgãos sociais, mas a Administração é um contrato “sui generis” que, por sua vez, é

influenciado pelo contrato de trabalho, pelo mandato, pela prestação de serviço e, salvo melhor

opinião, este é o seu entendimento jurídico.-----------------------------------------------------------------

------------- Desse modo e de acordo com o que está plasmado no contrato de trabalho em relação

à questão da remuneração e dos subsídios de refeição, observou que o subsídio de refeição é um

benefício social. A lei é categórica, inclusivamente o próprio Estatuto do Gestor Público refere

que o Gestor Público tem os mesmos benefícios sociais dos trabalhadores. ---------------------------

------------- Ora, se os trabalhadores têm um determinado subsídio de refeição, os

administradores, neste caso, “mutatis mutandis”, tem que ser exactamente a mesma coisa. --------

------------- Relativamente à questão dos cursos, lembrou que na altura foi comunicado ao

accionista. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Por acaso, houve um elemento da antiga administração que fez um curso na área dos

recursos humanos, que era a competência que estava a desenvolver e o outro administrador fez

na área financeira, porque estava ligado aos projectos.----------------------------------------------------

------------- Foi útil o trabalho deixado e a Parques Tejo ainda está a beneficiar dele, por isso, não

lhe parece que tivesse sido dinheiro mal gasto. -------------------------------------------------------------

------------- Novamente intervindo, o Senhor Presidente disse ter uma dúvida relativamente à

alínea f) do número quatro que diz: “…Que sejam contabilizados os custos a suportar pela

utilização dos Parques da Oeiras Viva, o que significa um acréscimo de quinze mil euros…”, ao

que o doutor Luís Roldão esclareceu que essa situação tem a ver com um acordo verbal

existente com a Oeiras Viva na imputação de algumas despesas que não estavam propriamente

ínsitas no acordo que tinha sido originariamente feito, porque há mais despesas daquelas que

tinham sido previstas. A forma e o normativo do acordo não foram alterados, mas sim algumas

das despesas, aliás, a esse propósito informou que vai ser assinado, definitivamente, esse acordo

entre a Parques Tejo e a Oeiras Viva na próxima quarta-feira. -------------------------------------------

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------------- No uso da palavra, uma vez que o doutor Luís Roldão falou nas formações

académicas, mestrado e pós-graduação, que foram feitas por administradores e que tiveram

utilidade para a empresa, a Senhora Vereadora Luísa Carrilho questionou quantos

trabalhadores fizeram mestrados e pós-graduações, ao que o doutor Luís Roldão respondeu que

no presente momento a Parques Tejo tem três trabalhadores a executar mestrado e pós-

graduação, sendo que um deles não está a ser apoiado, porque a empresa já tinha anteriormente

apoiado uma pós-graduação, achando que não pode estar permanentemente a apoiar essa mesma

formação, volvendo o Senhor Presidente que a Câmara irá definir as condições dessas

situações. - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Intervindo, o Senhor Vereador Carlos Oliveira disse que o doutor Luís Roldão o

entendeu mal. Ninguém falou na questão do subsídio, quem fala é o ROC, parecendo que o

Conselho de Administração não concorda com as questões por ele levantadas. ----------------------

------------- Acha que se a Câmara também não concorda, tem que se investigar a questão a

fundo, pois ela já vem do mandato passado e, ou tem razão o ROC, ou os senhores

administradores e a Câmara.-----------------------------------------------------------------------------------

------------- Novamente no uso da palavra, o Senhor Presidente observou fazer todo o sentido,

até perante a questão que foi colocada pela Oeiras Viva sobre o subsídio de férias e de Natal, a

Câmara aprovar uma deliberação que contenha tudo isso, volvendo o Senhor Vereador Carlos

Oliveira que ia explicar isso precisamente. Não falou nos órgãos sociais relativamente ao

subsídio de férias e de natal por lhe ter apetecido. Disse-o por ter alguma experiência de recursos

humanos na sua base e tinha discutido o assunto com o doutor José Manuel Constantino numa

reunião anterior, onde ele lhe explicou que tinha pareceres jurídicos nesse sentido. -----------------

------------- Relativamente à questão do “renting” das viaturas, concorda com o doutor Luís

Roldão, achando que eles só são devidos para efeitos de cálculo de IRS a partir de dois mil e dez,

não sabendo se já foi regulamentado, tendo a dúvida de não saber se se aplicará a dois mil e

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nove.------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Pensa que não se pode estar à mercê do ROC porque lhe apetece embirrar com isto

ou com aquilo e se já há problemas com esse ROC, acha que têm que estar do lado da legalidade

e saber definitivamente quem é que está nesse lado, se é aquilo que os senhores administradores

estão a fazer, se é aquilo que o ROC diz. --------------------------------------------------------------------

------------- Em relação à questão do subsídio de refeição, o doutor Luís Roldão acrescentou,

como complemento de informação, que foram pedidos, não só pareceres à Câmara, que são

favoráveis à opinião da administração, como a entidades externas. -------------------------------------

------------- Sobre o documento em análise, disse que ele vem reiterar aquilo que o Executivo

Camarário já aprovou, que foi as Contas da Parques Tejo de dois mil e nove. ------------------------

------------- O que está destacado na proposta de deliberação são as recomendações que o ROC

fez e que são coincidentes com aquilo que está nas Contas de dois mil e nove, já aprovadas pelo

Executivo, atalhando o Senhor Vereador Carlos Oliveira que se o ROC tivesse entregue em

tempo útil a Certificação de Contas, a sua bancada teria votado favoravelmente a proposta na

altura, sendo conveniente chamá-lo à atenção, porque se ele é um prestador de serviços, tem que

cumprir as regras. -----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Intervindo, o Senhor Vereador Amílcar Campos disse ter ficado surpreendido que,

logo na alínea b), do número quatro, diga “…Que seja reduzido a escrito e assinado a alteração

do Protocolo acordado com a Oeiras Viva e que prevê a repartição das receitas líquidas geradas

pelos Parques da Piscina Oceânica e do Porto de Recreio;…” -------------------------------------------

------------- Esse assunto já foi anteriormente abordado e tem estado a ser praticado, não lhe

passando pela cabeça que não estivesse reduzido a escrito.-----------------------------------------------

------------- Em seguida inquiriu quem é que fazia com que as recomendações do ROC fossem

concretizadas, volvendo o Senhor Presidente que a Câmara, no caso de as considerar

pertinentes e é por isso que se está a juntar as situações das diferentes empresas e irá ser

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apresentada uma proposta de deliberação, aliás, como é sabido pelo Executivo, os interesses do

Município já são muitos em muitas empresas, não se referindo sequer às municipais, porque

essas a Câmara pode controlar apesar de tudo, pois tem um acompanhamento mais próximo, mas

as participações noutras instituições como a Universidade Atlântica, o Taguspark, a Municípia,

etc., são empresas que exigem cada vez mais da parte da Câmara um acompanhamento mais

profundo. Há uns anos até se chegou a pensar numa espécie de “holding”, mas tem que ser

criado um mecanismo na Câmara de acompanhamento dessas situações.------------------------------

------------- Prosseguindo, o Senhor Vereador Amílcar Campos disse que a alínea d) está a

referir a DGV, pelo que perguntou se já não tinha mudado de designação há uns anos, ao que o

doutor Luís Roldão respondeu que sim, agora é a ANSR - Autoridade Nacional da Segurança

Rodoviária. Esse problema também foi questionado pelo Senhor Vereador Carlos Oliveira,

aquando da aprovação das contas da Parques Tejo e foi explicada a razão do reembolso desses

valores. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- No presente momento, a Parques Tejo está a actuar no sentido de notificar a

Autoridade para a aprovação e publicação em Diário da República do modelo da contra-

ordenação e caso não a aprovem, a empresa irá na mesma avançar com ela, porque a lei permite

que o faça na actuação das contra-ordenações directas, por isso diria que por maioria de razão o

pode fazer nessa circunstância. -------------------------------------------------------------------------------

------------- Sobre a questão da alteração de protocolo, informou que há um protocolo

homologado atempadamente pela Câmara Municipal, não se tratando desse modo de uma

questão de repartição da parte líquida porque essa está perfeitamente definida e não foi alterada.

Aquilo que está é a chamada de atenção da empresa à parte da Oeiras Viva, que é a outra parte

contraente, querendo sensibilizar a Oeiras Viva que há mais algumas despesas que têm um custo

importante no cômputo global das receitas que influencia, quer o Porto de Recreio, quer a

Piscina Oceânica, nos proveitos globais da Parques Tejo e, portanto, parece-lhe justo e equitativo

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que se faça esse ajustamento e, de facto, há um acordo de cavalheiros que se vai consumar. -------

------------- Usando da palavra, o Senhor Vereador Amílcar Campos leu a alínea e) que diz:

“…Que as disponibilidades sejam aplicadas em Produtos Financeiros de Capital Garantido

enquanto não forem utilizados em Investimentos Operacionais e estratégicos;..”, acrescentando

que ficou muito preocupado com essa situação e verificou que existem uns depósitos no BPN, ao

que o Senhor Presidente explicou que a Câmara Municipal ao aprovar o documento, está a

aprovar as recomendações, na sua opinião, apenas com excepção da alínea a), porque a Câmara

Municipal, neste momento, não se pode pronunciar porque irá ser apresentada uma proposta que

irá clarificar essa questão e, por outro lado, no que respeita a despesas de inscrição e matrícula de

mestrados e cursos de pós-graduação, a Câmara também não pode decidir sobre essa matéria sem

ter um parecer, não basta dizer que agora passa a ser contabilizado nos impostos e assim a alínea

a) não é aprovada. -----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Em seguida, pediu o sentido de voto dos Senhores Vereadores, ao que o Senhor

Vereador Amílcar Campos inquiriu se o Senhor Presidente estava a pedir o voto de alguma

coisa, volvendo o Senhor Presidente que está a pedir o voto relativo à proposta de deliberação

em análise, com base naquilo que o Executivo esteve a ditar para a acta. ------------------------------

------------- Continuando, o Senhor Vereador Amílcar Campos disse precisar e saber se se está

a votar as recomendações na sua generalidade, volvendo o Senhor Presidente que se está a

votar a proposta toda, com as recomendações e com as alterações que fizeram, ao que o Senhor

Vereador Amílcar Campos disse não ir votar a favor, vai-se abster por achar que o passo que se

deveria seguir era o de conduzir a uma clarificação de situações, pois não está em condições de

votar o parecer do ROC, retorquindo o Senhor Presidente que não se está a votar o parecer do

ROC, está-se a votar uma proposta de deliberação que contém recomendações do ROC e é

relativamente a essas que há situações em que o Executivo não está em condições de as votar,

mas vão dar andamento às mesmas, designadamente à alínea a). ----------------------------------------

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------------- Quanto ao resto, todos estão de acordo e a própria administração está de acordo,

volvendo o Senhor Vereador Carlos Oliveira que o resto devia ser votado em conjunto se

viesse com as Contas, insistindo o Senhor Vereador Amílcar Campos que para si não tem

significado votar um parecer do ROC. As Contas foram aprovadas e cada um votou como quis.--

------------- Intervindo de novo, o Senhor Presidente disse que o que se está a aprovar é o

seguinte: “…nos termos do disposto na alínea f) do artigo quadragésimo segundo da Lei

cinquenta e três-F, de dois mil e seis, de vinte e nove de Dezembro e em aditamento à

deliberação número quatrocentos e trinta e três, de catorze de Abril de dois mil e dez, do

Relatório Anual sobre a Situação Económica e Financeira da “Parques Tejo - Parqueamentos de

Oeiras E.E.M.”...” e “…Remeter à Assembleia Municipal…”. ------------------------------------------

------------- Mas dentro da proposta, fizeram alterações, isto é, nada têm a dizer a determinadas

recomendações do ROC, mas dizem que em relação à alínea a) vão pedir esclarecimentos, o que

significa que não estão a aprovar essa matéria. Estão a aprovar as Contas e o envio à Assembleia

Municipal, mas, em relação ao parecer do ROC, têm uma ressalva que foi ditada para a acta e,

portanto, há-de vir uma proposta de deliberação. ----------------------------------------------------------

------------- Algumas das recomendações são para a empresa e não para a Câmara. O Executivo

está a tomar conhecimento de recomendações que o ROC faz à administração. Mas há algumas

recomendações que não são da competência da administração, designadamente, no que se refere

ao subsídio de almoço e, no caso da Oeiras Viva, põe-se o problema do subsídio de férias e de

Natal, situação que a Câmara também vai ter que resolver. ----------------------------------------------

------------- Prosseguindo, o Senhor Vereador Amílcar Campos disse que o que está em causa

é estarem a aprovar, de facto, as recomendações do ROC, excepto na alínea a), volvendo o

Senhor Presidente que não, porque a proposta é global, acrescentando o Senhor Vereador

Carlos Oliveira que o problema é o desfasamento no tempo, pois se ela tem vindo com as

Contas, tinham de a votar. -------------------------------------------------------------------------------------

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------------- Continuando, o Senhor Presidente disse que em relação à alínea a), que é uma

questão da competência da Câmara, não é da administração, vão ter que decidir sobre isso.

Agora, as recomendações fazem parte das Contas, retorquindo o Senhor Vereador Amílcar

Campos que então, pura e simplesmente, recebe as recomendações, acata-as e aceita-as. ----------

------------- Novamente intervindo, o Senhor Presidente disse que estão a aprovar uma proposta

para remeter as Contas com as recomendações do Revisor Oficial de Contas. ------------------------

------------- Usando da palavra, o Senhor Vereador Amílcar Campos disse que a essas

recomendações foi retirada a alínea a) e, sendo assim, é isso que substancialmente está a ser

aprovado neste acto, volvendo o Senhor Presidente que não é verdade. O que está a ser

aprovada é uma proposta de deliberação que tem várias fundamentações e o que se está a aprovar

é as Contas e a remessa à Assembleia Municipal, atalhando o Senhor Vereador Amílcar

Campos que então mantém a votação que teve na aprovação das Contas que foi voto contra. -----

------------- III - A Câmara, por maioria, com voto contra do Senhor Vereador Amílcar Campos,

deliberou aprovar o proposto.” --------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Pedro Sá (PS) disse o seguinte: --------------------------------------

------------- “Voltamos aqui hoje a apreciar a situação da Parques Tejo e, desconsoladamente,

relativamente ao ano de dois mil e nove, constatamos o seguinte:---------------------------------------

------------- A diminuição de sessenta e cinco por cento de resultados contabilísticos

relativamente a dois mil e oito, diminuição de quarenta e três por cento de resultado operacional,

menor produtividade, menor acção fiscalizadora e aumento dos custos de fornecimento. -----------

------------- Nada disto configura uma gestão cuidada e rigorosa. ---------------------------------------

------------- Particularmente mais grave é a situação respeitante à Tapada do Mocho. Foram ali

gastos cento e cinquenta mil euros que se pode dizer que foram mesmo deitados à rua. Se em

qualquer circunstância assim deve ser, mais ainda nos tempos que correm sequer um cêntimo de

dinheiro público deve ser desaproveitado, aliás, pode ser desaproveitado. -----------------------------

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------------- Concordamos com as recomendações tecnicamente propostas e desejamos que as

mesmas sejam rapidamente implementadas a bem dos munícipes, do Concelho, do Município.---

------------- É importante acrescentar que, para nós, não é razoável que só agora estejamos a

apreciar este parecer, aliás, este problema não é novo - vem do passado e volta a repetir-se. É

lamentável que isto assim suceda porque existe uma enorme dilação temporal entre a

apresentação do Relatório e a apreciação do parecer do ROC. O relatório do ROC deveria ser

entregue na Câmara ao mesmo tempo que o presente relatório, afinal, compete ao Presidente da

Câmara propor os nomes quer para o Conselho de Administração quer o do Revisor Oficial de

Contas. ---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Por fim, cabe dizer que, para que seja cumprido o preceituado no número dois do

artigo quarenta e nove da Lei número dois de dois mil e sete, de quinze de Janeiro, estes

relatórios têm que estar actualizados no site e este não está. Porque razão, Senhor Vice-

Presidente? Quando estará este relatório disponível no site, como a Lei obriga? ---------------------

------------- A transparência e o rigor que hoje se exigem e que foram, como é do conhecimento

público, uma bandeira fundamental do Partido Socialista na última campanha eleitoral, como

aliás, o são por opção ideológica desde logo não se compadecem com este leviano deixar andar

que é evidente sinal de desleixo e de pouco respeito pelos munícipes e pelas regras aplicadas. ----

------------- Aliás, como cereja no topo do bolo e como já referi no Período Antes da Ordem do

Dia, temos uma situação na qual a Câmara Municipal assume uma orientação na qual a Parques

Tejo determina, pelo menos, os pontos fundamentais da política municipal de estacionamento.

Quando deveria acontecer exactamente o oposto porque a Câmara Municipal é detentora do

capital da Parques Tejo e não nos podemos esquecer, em circunstância alguma que, se existe a

empresa municipal Parques Tejo, tal existência tem uma função instrumental face aos objectivos

políticos que a Câmara deve ter. A Parques Tejo é um instrumento e não a determinante

fundamental do que deve ser o estacionamento público no Município.” -------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) disse o seguinte: ----------------------------

------------- “Nesta questão volto a referir o que disse há pouco. As situações que aparecem são

situações de grande trapalhada. Os que leram a Acta da Reunião de Câmara percebem a confusão

que isto deu, o que aqui está para apreciarmos é um Relatório que foi feito pelo ROC que foi

investigar a situação da Parques Tejo. A forma como isto vem é muito difícil de perceber. --------

------------- Isto já foi discutido e deliberado na Câmara e não vem aqui para deliberarmos

porque se viesse, teríamos que perguntar o que íamos deliberar. Esta recomendação refere que há

pontos que serão retirados mas que depois se diz que isto é uma recomendação global e que se

vota tudo. Não dá para entender. ------------------------------------------------------------------------------

------------- Numa das recomendações que aqui vem, diz assim:-----------------------------------------

------------- “…Recomendação - que sejam tomadas as providências junto do accionista para que

sejam incluídas nas remunerações aprovadas pela Câmara os subsídios de almoço, as

comparticipações nas despesas de inscrição e matrícula dos mestrados e cursos de pós-graduação

dos Senhores Administradores, bem como o “renting” das viaturas…” --------------------------------

------------- É curioso que a Administração já ganha mais do que ganham os Vereadores, que

estes não ganham subsídio de almoço e que aqui venham pedir que a Câmara inclua o pagamento

deste subsídio. A segunda situação é esta rocambolesca da Câmara andar a pagar as inscrições e

matrículas dos mestrados e cursos de pós-graduação dos Senhores Administradores - é uma coisa

que impressiona.-------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Ouvimos tanto falar sobre empresas e defendemos que haja a criação de outra

empresa para as questões da jardinagem mas é óbvio que não pode ser nada disto. É aldrabice

atrás de aldrabice. Quem mais pode, tenta sacar e ainda é o próprio que delibera o sacador. -------

------------- A recomendação seguinte também é curiosa, sobre outros custos operacionais e tem a

relação entre a Parques Tejo e a Oeiras Viva. Aqui diz que, de ano para ano, a participação da

Parques Tejo no pagamento da Receita dos parques da Piscina Oceânica e do Porto de Recreio

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tem vindo sempre a diminuir. Num ano, a Parques Tejo recebeu sessenta e cinco por cento

abaixo e neste último ano recebeu dezasseis por cento abaixo. ------------------------------------------

------------- Sendo duas empresas municipais, sobre as quais a Câmara manda, não havendo

nenhum documento escrito e assinado por parte das empresas a fazer esta conjugação de

dinheiros, a única conclusão que se tira é que a Oeiras Viva tem muito mais força na Câmara do

que tem a Parques Tejo e vai lá sacar dinheiro para equilibrar as suas contas. Isto não deveria ser

assim. ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Quando estávamos aqui a discutir a questão da reorganização dos serviços, o debate

que há na Câmara sobre o que falta para controlar as empresas municipais salta à vista nestas

coisas. É impressionante a falta de rigor e a forma como todas estas coisas são aqui colocadas. A

nossa apreciação só pode ser negativa e na Câmara votámos contra. -----------------------------------

------------- O que é verdade é que isto está escrito mas a Coligação Democrática Unitária foi a

única Força que votou contra. Qualquer coisa me faz ficar muito perturbado com a forma como

as pessoas analisam isto na Câmara que não vêem estas situações que são evidentes.”--------------

------------- O Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) disse o seguinte: --------------------------------

------------- “Em treze de Julho do ano passado, na Reunião que houve aqui da Assembleia

Municipal, o Senhor Presidente da Câmara disse que o Plano Estratégico da empresa estava

quase pronto e que o apresentaria de imediato à Assembleia Municipal. Será que ainda não

chegou porque o carro que o traz não teve lugar para estacionar? ---------------------------------------

------------- A tradição da Câmara relativamente ao estacionamento é de navegação à vista.

Decide-se construir um parque de estacionamento e depois desiste-se de o construir - aconteceu

isto na Tapada do Mocho. O estacionamento dos SMAS, aqui no edifício ao lado é o que é.

Construiu-se o estacionamento da Ribeira de Algés, em leito de cheia. No Dafundo, rua sim, rua

não, tem estacionamento tarifado, uma situação interessante com consequências esquisitas.-------

------------- Na opinião do Bloco de Esquerda esta empresa deveria ter dois objectivos: oferecer

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estacionamento a preços que as pessoas possam pagar e que se permita a fluidez do tráfego. ------

------------- Sobre a análise contabilística que aqui é feita, não repetirei aquilo que o Senhor

Pedro Sá (PS) disse - estamos de acordo com ele - mas direi apenas o seguinte:----------------------

------------- Não foram cento e cinquenta mil euros que custou o parque de estacionamento da

Tapada do Mocho que não vai ser construído mas sim, cento e cinquenta e três mil e quinhentos

euros. ------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- A criação da empresa parques Tejo não foi feita com fundamentação à luz do

interesse público, não sei em que é que os Deputados Municipais estavam a pensar na altura da

criação da mesma. Não existe análise custo/benefício (como mostra a realidade) para o modelo

escolhido para a empresa, nem estudo de viabilidade económico-financeira. Mais a anedota

habitual de terem sido conferidos à empresa direitos de superfície por noventa anos, ninguém

percebe porquê. --------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Gostávamos de ver clarificada a relação entre o que é gasto com os administradores e

as mordomias, com aquilo que é gasto com os trabalhadores. Gostaríamos também de conhecer a

ocupação de cada parque de estacionamento e, por último, gostaria de fazer uma pequena citação

do Estudo de Mobilidade que a Câmara pagou a uma empresa para fazer e que diz: “…o

estacionamento é uma das componentes vitais da funcionalidade de qualquer área urbana vendo

a sua oferta ser uma resultante da interacção dos usos do solo e da oferta de transporte colectivo.

Além disso a facilidade de encontrar um lugar para estacionar junto do destino é também um

factor que condiciona de forma importante as opções dos cidadãos. Por isso a quantidade e

regime da oferta de estacionamento numa dada área devem ser utilizados como instrumentos de

qualificação e como regulador das opções de mobilidade dos indivíduos…”. -------------------------

------------- Portanto, um dos grandes problemas que Oeiras tem é a questão dos transportes

públicos e da Mobilidade. Esse problema tem sido sempre visto como uma questão secundária. É

preciso construir, deixar construir e construir ainda mais e depois é que se vêem os outros

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problemas. Um deles é o da Mobilidade. --------------------------------------------------------------------

------------- Por outro lado, este relatório que a Câmara pagou (e encomendou este serviços com

determinados objectivos definidos por ela), esta empresa trabalhou às ordens da Câmara e diz

uma coisa ridícula - que a Parques Tejo só resolve um por cento do problema de estacionamento

em Oeiras. Mais uma razão para não percebermos porque é que esta empresa existe.”--------------

------------- O Senhor Deputado António Moita (IOMAF) interveio, dizendo o seguinte:--------

------------- “O tema que estamos aqui a tratar hoje é o Relatório Anual sobre a Situação

Económica e Financeira da Parques Tejo e, pelas contas, verificamos que a situação não é tão

grave quanto possa parecer a quem ouve os comentários de algumas Forças Políticas.--------------

------------- É a situação de uma empresa que não é uma empresa simples, em que o seu objecto

social também não é simples e controvérsia política em torno deste assunto, há que chegue. Essa

parte, como é óbvio, entendemos. ----------------------------------------------------------------------------

------------- Fica a nota para o facto de ser, para nós, muito tarde para estarmos a apreciar o

exercício de dois mil e nove e por isso pedimos à Câmara, como accionista que é, que insista

junto da Parques Tejo para que isto não volte a acontecer. -----------------------------------------------

------------- Quanto à situação financeira não nos parece que haja grande tema. Temos algumas

reservas mas não podemos aceitar que algumas Forças Políticas e em concreto o Partido

Socialista apareça aqui como o campeão da boa gestão das contas públicas como paladino da

forma como se gerem as contas públicas neste País. Só se for o Partido Socialista aqui em Oeiras

e dou de barato que possa ser assim porque eu não conheço outro Partido Socialista que seja,

como querem fazer parecer aqui, o grande arauto da boa gestão pública e isso inclui tudo - as

contas do Estado, e as contas das empresas públicas, todo um conjunto de áreas que conhecemos

bem e sobre as quais não vale a pena perdermos agora muito tempo. ----------------------------------

------------- Parece-me correcto que as apreciações possam ser aqui feitas, relativamente à

situação económico-financeira desta empresa, que algumas notas aqui sejam dadas e algumas

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notas de preocupação que nós também partilhamos mas não nos parece bem que em dois mil e

dez, onze ou doze, alguns dos aspectos que aqui vêm referenciados, continuem a ser prática desta

empresa (já foram aqui falados os mestrados e as pós-graduações), não nos parece que esta seja

uma boa prática e queríamos deixar isso registado. Isso não transforma estas contas como más

contas nem nos leva a concluir que a gestão que a parques Tejo tem tido ao longo destes anos

(julgo que em dois mil e nove essa gestão era até partilhada com outras Forças Políticas) seja de

forma a que possamos fazer uma censura sobre aquilo que foi feito. -----------------------------------

------------- A apreciação que fazemos, pese embora a complexidade do tema e algumas questões

com as quais não concordamos, é uma apreciação positiva.”---------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Bruno Pires (PSD) disse o seguinte:--------------------------------

------------- “Quanto à apreciação deste Relatório e Contas também lamentamos o atraso do

envio do mesmo a esta Assembleia. Relativamente à apreciação deste relatório existem alguns

pontos que temos que ter em conta e que não podem ser deixados passar em claro

nomeadamente: --------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- No que diz respeito à queda da receita, tem que existir no próximo ano, uma inversão

da mesma, no entanto para que isto aconteça é necessário também que a própria fiscalização

decorra de um modo mais eficiente, que permita um aumento dos resultados operacionais para

que decorra esta avaliação relativamente aos anos transactos. -------------------------------------------

------------- É também necessário referir que a Parques Tejo, desde que foi criada, tem feito um

trabalho meritório no ordenamento das zonas que lhe são concebidas. Tem também realizado

manutenção nas zonas que lhe são concedidas. Apresenta resultados positivos e tem cumprido

exemplarmente o que lhe é pedido pela Câmara, seu accionista. Tem sido gerida com cuidado e

cautela pelas suas mais diversas administrações, dentro das empresas deste sector é a que tem os

maiores rácios e o Partido Social Democrata gostaria de dizer aqui algo que já disse noutra

Assembleia: volta a recomendar o aumento das competências de forma a ver desenvolvidas

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algumas questões que são absolutamente fundamentais para este Município. O espaço público

passa a ser regulado no que diz respeito ao estacionamento, evitando assim a prevaricação

sistemática por parte dos incumpridores poupando o erário público na manutenção e conservação

dos passeios deste Município.---------------------------------------------------------------------------------

------------- No que diz respeito aos cursos gostaria de dizer que estes foram deliberados em dois

mil e nove pela respectiva administração. A questão que coloco à Câmara é se a actual

administração tem o mesmo procedimento. Até era bom que existisse este aumento das

competências uma vez que deixávamos de ter viaturas em cima dos passeios e teríamos a

circulação bastante melhorada. Isto serve para responder a algumas Forças Políticas que aqui

estão e que perguntam: para que serve a Parques Tejo? Serve precisamente para isto. --------------

------------- Quero colocar outra questão à Câmara Municipal de Oeiras - quanto gasta a Câmara

em pilaretes? Em reparação dos passeios? Tudo isto advém da falta de meios humanos da PSP

para realizar as acções de fiscalização no âmbito do cumprimento das regras de trânsito que diz

respeito ao estacionamento. Estas questões também têm que ser apreciadas e este Relatório e

Contas também aprecia isso. E para quem diz que esta empresa municipal não deveria ter sido

criada - ela deveria sim, ter sido criada. ---------------------------------------------------------------------

------------- Recordo também, caso não tenham conhecimento, que dentro das empresas do seu

sector, num fórum público, o Presidente do Conselho de Administração de uma grande empresa

de Lisboa já veio dizer: “…quem nos dera ter o resultado da Parques Tejo…”. Isto quer dizer

muito.”---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Pedro Sá (PS) disse o seguinte:--------------------------------------

------------- “Não podia deixar passar em claro o que foi aqui referido há momentos pelo Senhor

Deputado António Moita (IOMAF) quando se referiu à suposta incapacidade e incompetência do

Partido Socialista relativamente à gestão de contas públicas. --------------------------------------------

------------- O Partido Socialista, para além de sublinhar o “suposta”, não aceita qualquer tipo de

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lições de moral, vindas de quem tece loas a relatórios com resultados contabilísticos a piorarem

sessenta e cinco por cento. -------------------------------------------------------------------------------------

------------- Que isto fique claríssimo porque lições de moral assim, não.” ----------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. deu as seguintes explicações: -------------------

------------- “Quanto ao estudo a que o Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) se referiu, o Senhor

Presidente disse-me agora, no intervalo, que já está na sua posse. Irá a uma das próximas

reuniões de Câmara e depois será remetido à Assembleia Municipal. ----------------------------------

------------- Penso que será importante analisarmos o estudo em pormenor, percebermos os

pontos fracos, os pontos fortes, as oportunidades que o estudo possa referir relativamente à vida

da Parques Tejo e ao caminho que ela tem que seguir. ----------------------------------------------------

------------- Independentemente das questões do subsídio de almoço, do mestrado ou da pós-

graduação e, daquilo que eu analiso, também a Câmara beneficia sempre que os seus

funcionários têm formação. Desde que haja um critério de suportar parte ou a totalidade desses

cursos, a própria empresa também sai beneficiada porque os seus quadros e os seus funcionários

ficarão, eventualmente, mais habilitados para o desempenho das suas funções.-----------------------

------------- Acho que será fundamental cada um de nós analisar depois esse estudo e depois

tomaremos uma posição sobre o caminho da Parques Tejo. Não há dúvida que hoje a regulação,

o ordenamento do estacionamento em Oeiras (e porque este é um bem escasso), ou seja, ele não

chega para a procura e o papel da Parques Tejo hoje, de boa-fé, ninguém poderá pôr em causa.---

------------- Sinceramente, devemos objectivamente, com base num estudo sério falarmos e

discutirmos e cada um colocar o seu ponto de vista para podermos eventualmente, traçar um

caminho para a Parques Tejo.” --------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte: --------------------------------------------

------------- “Foi feita a apreciação do Relatório anual sobre a situação económico/financeira da

Parques Tejo, Empresa Municipal, e a Assembleia Municipal cumpriu assim a sua competência

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de acompanhamento e fiscalização da actividade da mesma, prevista na alínea c), número um, do

artigo quinquagésimo terceiro, da Lei número cento e sessenta e nove.” ------------------------------

6.4. Apreciação da Proposta C.M.O. .º 701/10 relativa ao Relatório de Actividades

relativo ao Exercício de 2009 da “EIA - Ensino, Investigação e Administração, S.A.” -

Ofício º. 30509 - 30-07-2010, que a seguir se transcreve: ----------------------------------------------

“16 - PROPOSTA º. 701/10 - RELATÓRIO DE ACTIVIDADES RELATIVO AO EXERCÍCIO

DE 2009 DA “EIA - ESIO, IVESTIGAÇÃO E ADMIISTRAÇÃO S.A.”:-------------------------

------------- A Câmara tomou conhecimento da seguinte proposta, apresentada pelo Senhor

Presidente: -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- “Um - A “EIA - Ensino, Investigação e Administração, Sociedade Anónima”,

remeteu à Câmara Municipal de Oeiras, o Relatório de Contas e Actividades referente ao

exercício de dois mil e nove, aprovado pela Assembleia-Geral da Sociedade nos termos da alínea

a), do artigo tricentésimo septuagésimo sexto, do Código das Sociedades Comerciais; -------------

------------- Dois - O seu envio à CM Oeiras cumpre, por sua vez, a exigência legal decorrente do

disposto na alínea c), do número um, do artigo quinquagésimo terceiro, do Regime Jurídico do

Funcionamento dos Órgãos dos Municípios e das Freguesias (Lei número cento e sessenta e

nove, de noventa e nove, de dezoito de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei cinco-

A, de dois mil e dois, de onze de Janeiro; -------------------------------------------------------------------

------------- Três - Do Relatório e Contas relativo ao exercício de dois mil e nove ora apresentado

ressaltam os seguintes elementos: ----------------------------------------------------------------------------

------------- i) O ano de dois mil e nove, foi o décimo terceiro ano completo de funcionamento da

Universidade Atlântica; ----------------------------------------------------------------------------------------

------------- ii) Lucros antes de impostos: duzentos e dois mil e onze euros; resultado líquido do

exercício de cento e quarenta e um mil quatrocentos e trinta e seis euros e vinte e dois cêntimos,

devendo sete mil setenta e um euros e oitenta e dois cêntimos, ser levados a Reserva Legal e os

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remanescentes cento e trinta e quatro mil trezentos e sessenta e quatro euros e quarenta cêntimos,

serão levados a Reservas Livres;------------------------------------------------------------------------------

------------- iii) Redução em mais trinta e cinco por cento do passivo de Médio e Longo Prazo

relativas a dívidas a Instituições de Crédito; Passivo a curto prazo foi reduzido em quarenta e um

por cento; - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- iv) Atribuição de dois prémios a alunos: prémio anual de mérito escolar e prémio

final de mérito escolar; -----------------------------------------------------------------------------------------

------------- v) Programa de atribuição de bolsas de estudos aos alunos provenientes dos PALOP

e Timor-leste; ----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- vi) Realização do seminário subordinado ao tema “Serviço Nacional de Saúde, trinta

anos depois: preparar o futuro”;-------------------------------------------------------------------------------

------------- vii) Inauguração de novo edifício escolar; ----------------------------------------------------

------------- viii) Assinatura de Protocolo de Cooperação com a ARS LVT que permitirá aos

alunos da Atlântica acederem às instituições por aquela instituição tuteladas; ------------------------

------------- ix) Atribuição, pelo Município de Oeiras, de Título e Diploma de Mérito Municipal,

Grau Ouro; -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- x) Protocolo de Cooperação com o Centro de Estudos e Investigação em Dinâmicas

Sociais e Saúde e as CM envolvidas para o combate à obesidade infantil; -----------------------------

------------- xi) Deslocação à cidade de Cambridge, Massachussets, EUA; ----------------------------

------------- xii) Reacreditação da EIA como entidade formadora pela Agência Nacional para a

Qualificação, o que permitiu a constituição do Centro de Competências e Formação da

Universidade; ----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- xiii) Em dois mil e nove foram diplomados trezentos e noventa e três alunos,

duzentos e nove dos quais da Escola Superior de Saúde e cento e oitenta e quatro dos restantes

cursos;----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

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------------- xiv) Registaram-se oitocentas e catorze candidaturas à frequência dos Cursos do

Primeiro Ciclo de Pós-Graduação e de Segundo Ciclo; ---------------------------------------------------

------------- xv) Matricularam-se mil trezentos e vinte e dois alunos; -----------------------------------

------------- xvi) Em Outubro, entraram em funcionamento as Licenciaturas em Sistemas e

Tecnologias da Informação e em Contabilidade e Auditoria; --------------------------------------------

------------- xvii) Entrada em funcionamento de novas Pós-Graduações e Mestrado em Ambiente,

Território e Desenvolvimento Sustentável e em Internet e Novos Media; -----------------------------

------------- xviii) Aprovação pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de dois

novos Mestrados;------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- xix) Submissão a acreditação de um novo Mestrado em Gestão e um Doutoramento

em Território, Ambiente e Desenvolvimento; -------------------------------------------------------------

------------- xx) Concessão de três bolsas pela Agência Nacional do Programa Erasmus; -----------

------------- xxi) Realização de Conferências, Colóquios e Seminários; --------------------------------

------------- xxii) Parceria com o Ministério da Saúde e as CM Fundão, Montijo, Oeiras, Seixal e

Viana do Castelo para implementação do Programa Munsi para combate às doenças crónicas;----

------------- xxiii) Início do processo de constituição do Instituto de Investigação Científica e

Tecnológica ( IICT - Uatlantica)------------------------------------------------------------------------------

------------- Certificação legal de contas: parecer favorável----------------------------------------------

------------- Em face da documentação apresentada, proponho à Câmara que: ------------------------

------------- - Delibere, nos termos do estabelecido nas alíneas c) e d), do número um, do artigo

quinquagésimo terceiro, da LAL (Lei número cento e sessenta e nove, de noventa e nove, de

dezoito de Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei número cinco-A, de dois mil e dois,

de onze de Janeiro), a remessa da presente proposta de deliberação, e documentos anexos, à

Assembleia Municipal, para conhecimento no âmbito das respectivas competências em matéria

de acompanhamento e fiscalização da actividade das empresas municipais.” -------------------------

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------------- Em relação a esta proposta a Senhora Vereadora Anabela Pedroso observou que o

Partido Socialista não tem nada a opor em relação ao relatório, a não ser o facto de ter sido

presente a reunião muito tarde, uma vez que data de dois mil e nove e só chega em Junho de dois

mil e dez, pelo que gostaria de saber se há alguma explicação para esse atraso, esclarecendo o

Senhor Presidente que tem em seu poder uma informação do Doutor Nuno Manalvo onde

refere que a reunião decorreu no dia trinta de Março e só dois meses depois, por motivos que lhe

são alheios, é que teve andamento. ---------------------------------------------------------------------------

-------------De novo no uso da palavra a Senhora Vereadora Anabela Pedroso referiu que,

num dos documentos anexos o Doutor Nuno Manalvo fez uma síntese da reunião realizada na

EIA e uma alusão a algo que não estaria a funcionar muito bem, quando diz, “…A representante

legal da Câmara na Assembleia Geral, sendo também ela representante…”, argumentando o

Senhor Presidente que isso nem deveria constar da referida síntese, ou seja, trata-se de um

memorando que o Doutor Nuno Manalvo lhe dirigiu, que é pessoal, por isso não deveria de estar

onde está, sendo óbvio que uma pessoa inteligente, ao ler essa última parte, se apercebe que

alguma coisa não está bem, isto é, o Doutor Nuno Manalvo o que diz é o seguinte: “…Na

sequência destes acontecimentos e dada a multiplicidade de representações da Câmara nos

diversos órgãos da EIA, ao contrário da esmagadora maioria dos demais accionistas, permito-me

sugerir a Vossa Excelência que a representante legal da Câmara na Assembleia Geral, seja

também ela representante desta no Conselho Geral em substituição de um dos seus actuais

representantes, de forma a evitar futuras desarticulações que em nada acrescentam à boa imagem

institucional da Edilidade…”. ---------------------------------------------------------------------------------

------------- Acrescentando que o doutor Nuno Manalvo é membro do Conselho Geral e o outro

membro era o doutor Thomati, Presidente do Tagusparque e este foi designado, pelo facto de se

pretender uma ligação entre o Tagusparque e a Universidade, sendo esta a justificação do doutor

Thomati fazer parte do Conselho Geral, mas como este não apareceu, porque entretanto se

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demitiu, a doutora Lurdes Vaz foi à Assembleia Geral em sua representação, mas não foi ao

Conselho Geral, sendo que a Assembleia Geral é sempre precedida do Conselho Geral. -----------

------------- O representante no Conselho Geral é uma coisa, o representante do accionista na

Assembleia Geral é outra, porque no Conselho Geral a função de quem lá está, é para defender

os interesses da Universidade, o representante do accionista está lá para defender o interesse

deste. ------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- De seguida, referiu que a Câmara Municipal em dois mil e quatro fez suprimentos à

Universidade Atlântica, que por força de uma deliberação foi dispensada do pagamento de juros

até dois mil e dez, ou seja, os primeiros cinco anos.-------------------------------------------------------

------------- Na Assembleia Geral de dois mil e seis, a Fundação Berardo ficou de fazer

suprimentos no montante de quatrocentos mil euros, tendo nessa altura chamado a atenção do

Comendador Berardo e este disse à administração da EIA que teria que passar só no escritório e

na próxima semana poderiam levantar o cheque, só que está a decorrer o ano de dois mil e dez e

o cheque ainda não foi passado e por isso, disse à representante da Câmara que é a doutora

Lurdes Vaz para perguntar como é que era a questão dos suprimentos, o que foi feito por esta

muito discretamente, visto que não é pessoa para levantar a voz. ---------------------------------------

------------- De seguida usou da palavra a Senhora Vereadora Luísa Carrilho reportando-se aos

cursos ministrados pela Universidade, fez referência ao que vem apontado no relatório, quando

diz que esta vai alargar as suas formações ao título de Mestre e Doutor a partir de Novembro,

sendo exemplo o mestrado em Ambiente, Território e Desenvolvimento Sustentável e a Internet

e novos “media”, pelo que gostaria de saber se a Universidade pretende diversificar as áreas de

formação, uma vez que anteriormente era muito mais na linha da saúde. ------------------------------

------------- Prosseguindo, fez referência ao ponto dois quando diz, que em dois mil e nove foram

diplomados pela Universidade Atlântica trezentos e noventa e três alunos, dos quais duzentos e

nove dos cursos da Escola Superior de Saúde e duzentos e cento e oitenta e quatro dos restantes

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cursos, pretendendo saber quantos alunos é que frequentavam, de modo a que se possa ver o

nível de sucesso ou de insucesso. -----------------------------------------------------------------------------

------------- Colocadas as questões o Senhor Presidente esclareceu que neste momento

frequentam cerca de mil e cem, mil e duzentos alunos. ---------------------------------------------------

------------- Quanto à diversidade dos cursos, a Universidade está a apostar nas pós-graduações e

mestrados, porque é algo que dá dinheiro.-------------------------------------------------------------------

------------- Os doutoramentos é uma questão que decorre da lei e, neste momento, o Ministério

da Ciência e Ensino Superior está a exigir muito nessa matéria e a Universidade tem que ter um

rácio de doutores, embora neste momento ainda não tenha condições de fazer ali doutoramentos,

no entanto, estão a criar essa vertente, assim como outros cursos que também poderão vir a ser

criados.---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Os da saúde foram um sucesso e na área da gestão de informática têm tido muita

concorrência. Os que não têm tido tantos alunos, são os da gestão propriamente dita.”--------------

------------- O Senhor Deputado Luís Carreira (PS) interveio, dizendo o seguinte:----------------

------------- “O relatório da EIA que foi apresentado a esta Assembleia mereceu a nossa melhor

atenção, tanto pelo seu conteúdo sobre a actividade que é clarividente, como pelas contas

equilibradas e devidamente auditadas. -----------------------------------------------------------------------

------------- Entendemos que este Relatório deve merecer o apreço desta Assembleia pelo

conhecimento que nos é facultado sobre as actividades desenvolvidas, que nos são apresentadas

e que convém realçar e enaltecer. Contudo, há três questões que gostava de levantar: ---------------

------------- A primeira é saber se a Senhora Doutora Lurdes Vaz, demitida (e, segundo é dito na

acta, não é pessoa capaz de levantar a voz), conseguiu ou não “levantar” o cheque dos

quatrocentos mil euros à Fundação Berardo.----------------------------------------------------------------

------------- Em segundo lugar, gostaria de saber como são atribuídas as bolsas de estudo aos

alunos provenientes dos PALOP e de Timor Leste.--------------------------------------------------------

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------------- Em terceiro lugar e é uma questão de somenos importância, do Relatório apenas

constam os três principais accionistas, o que perfaz oitenta por cento do capital e não é feita

qualquer referência aos restantes dezanove vírgula nove por cento. (Por acaso estão mencionados

na internet mas no relatório, não estão.) ---------------------------------------------------------------------

------------- Para concluir fazemos votos pela continuação do bom trabalho realizado pela EIA

em prol do conhecimento e da formação que tem sido facultada aos portugueses, voto que

endereçamos à Universidade Atlântica.” --------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Luís Teodósio (PSD) disse o seguinte: -----------------------------

------------- “A Bancada do Partido Social Democrata quer felicitar a Universidade Atlântica pelo

excelente serviço que tem prestado à população de Oeiras e também à população do País e

também a Câmara, por estar envolvida neste excelente projecto.----------------------------------------

------------- É com agrado que vemos que uma das grandes prioridades da instituição, no futuro,

será o investimento no seu corpo docente - melhorá-lo será uma das prioridades.--------------------

------------- Quero apontar dois ou três pontos que não estão tão bem e que, no futuro,

necessitarão de melhoria: --------------------------------------------------------------------------------------

------------- O estacionamento é deficiente, numa rua mal iluminada que, na altura das chuvas,

fica cheia de barro. Os transportes públicos não são uma alternativa visto que há uma grande

aposta nos cursos pós laboral e a essa hora já não há transportes para aquela zona e os alunos

deslocam-se todos de automóvel.-----------------------------------------------------------------------------

------------- A iluminação da escola que é deficitária e já foram relatados assaltos naquela área a

pessoas e a automóveis. ----------------------------------------------------------------------------------------

------------- Outro ponto que eu tinha para referir dizia respeito ao refeitório que estava a prestar

um mau serviço aos alunos e aos funcionários mas este assunto já foi resolvido este ano. Já se

encontra a prestar um serviço bem melhor. -----------------------------------------------------------------

------------- Por último, a falta de segurança e a necessidade de reestruturação no trânsito

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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envolvente daquela área.” --------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) interveio, dizendo o seguinte: ------------

------------- “Este é um bom exemplo do que é um relatório bem feito que facilmente se lê e que

tem uma certificação legal de contas apresentada na mesma altura com uma folha que diz em

baixo a opinião sobre a demonstração financeira. ----------------------------------------------------------

------------- Há uma diferença muito grande e acho que valia a pena que a Câmara fizesse um

esforço para conseguir fazer relatórios que se percebam e em relação aos quais, os ROC não

tenham que fazer tantos comentários.”-----------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Guilherme Arroz (IOMAF) disse o seguinte: --------------------

------------- “Queria congratular-me com o relatório que é fornecido pela EIA sobre a actividade

fundamentalmente, da Universidade Atlântica, é muito difícil hoje em dia, numa universidade

que não é pública (como é este o caso), ter os resultados positivos, o que é de louvar. --------------

------------- Há um aspecto que o relatório aflora de passagem e que eu gostaria de ver mais

explorado no futuro que é o facto de a Universidade Atlântica estar a necessitar de dar um salto

qualitativo em relação às instalações. No ano passado, se bem se recordam, era referida a

hipótese de transferir a Universidade Atlântica para o TagusParque e isso iria resolver a maior

parte dos problemas que foram colocados pelo Senhor Deputado Luís Teodósio (PSD). Eu acho

que esta é uma questão fulcral que pode dar àquela Universidade um alento e uma capacidade de

competição com outras que irá a prazo, melhorar as contas. ---------------------------------------------

------------- Do ponto de vista académico, a Universidade tem estado muito activa, nota-se pelo

relatório que há uma actividade de criação de novos cursos e uma procura de diversificação dos

públicos a que chega que são de louvar. ---------------------------------------------------------------------

------------- Nas condições em que funciona, é uma universidade relativamente pequena, a

actividade científica que tem produzido tem algum realce. -----------------------------------------------

------------- Do ponto de vista do IOMAF esta é uma belíssima aposta da Câmara, que é para

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continuar e que é para reforçar do ponto de vista de criar as condições que ela necessita para

melhorar ainda mais o seu desempenho.” -------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ----------------------------------

------------- “Eu também só tenho a enaltecer o trabalho da Universidade Atlântica e congratular-

me por este relatório e por estes valores que aqui vêm expressos.---------------------------------------

------------- Quanto ao que disse o Senhor Deputado Luís Carreira (PS) sobre o cheque do Senhor

Comendador Berardo, não sei mas posso tentar saber se já foi passado, emitido ou entregue. Não

faço ideia. Tentarei saber junto da Doutora Lurdes Vaz e depois poderei informá-lo - a si e ao

seu Grupo Político.” --------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Luís Teodósio (PSD) disse o seguinte: -----------------------------

------------- “A Câmara não respondeu às minhas questões.”---------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ----------------------------------

------------- “A Câmara tenta intervir naquela área e tenta minimizar os problemas mas o

problema é estrutural. Como disse o Senhor Deputado Guilherme Arroz (IOMAF) é fundamental

que se comece a trabalhar (e penso que já se começou) no sentido de dotar aquela Universidade

de um espaço mais condizente com as suas necessidades, ou seja, a sua transferência para o

Tagusparque.-----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Tudo o que a Câmara possa vir a fazer em termos de iluminação ou de

estacionamento, nunca vai resolver do ponto de vista estrutural, as dificuldades que a

universidade tem, bem como os seus alunos, professores e funcionários. ------------------------------

------------- O espaço é muito agradável mas existem esses problemas que o Senhor Deputado

Luís Teodósio (PSD) falou aos quais estamos atentos e, dentro do possível, tentamos minimizar

sendo que alguns dos problemas terão que ser vistos e resolvidos pela própria universidade.”-----

------------- O Senhor Deputado Luís Carreira (PS) voltou a intervir, dizendo o seguinte:-------

------------- “Tinha pedido no final da minha intervenção para que o nosso voto de saudação

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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fosse endereçado à própria Universidade Atlântica e isso parece-me ser consensual, até pelas

palavras do Senhor Deputado Daniel Branco (CDU). O relatório é clarividente, as contas estão

certas, é tudo translúcido. Isto é de louvar porque é muito raro que aconteça.” -----------------------

6.5. Apreciação da Proposta C.M.O. .º 703/10 relativa ao Relatório de Actividades

relativo ao Exercício de 2009 e Plano de Actividades e Orçamento da “AITEC - Oeiras”

para 2010 - Ofício º. 30511 - 30-07-2010, que a seguir se transcreve:-------------------------------

“18 - PROPOSTA º. 703/10 - RELATÓRIO DE ACTIVIDADES RELATIVO AO EXERCÍCIO

DE 2009 E PLAO DE ACTIVIDADES E ORÇAMETO DA “AITEC - OEIRAS“ PARA 2010: --

------------- A Câmara tomou conhecimento da seguinte proposta, apresentada pelo Senhor

Presidente: -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- “Um - A “AITEC Oeiras - Associação para a Internacionalização, Tecnologias,

Promoção e Desenvolvimento Empresarial de Oeiras” remeteu à Câmara Municipal de Oeiras,

documentação correspondente a: -----------------------------------------------------------------------------

------------- - Relatório de contas e actividades referente ao exercício de dois mil e nove; ----------

------------- - Plano de Actividades e Orçamento para dois mil e dez;-----------------------------------

------------- Dois - O envio da referida documentação cumpre a exigência legal decorrente do

disposto na alínea c), do número um, do artigo quinquagésimo terceiro, do Regime Jurídico do

Funcionamento dos Órgãos dos Municípios e das Freguesias (Lei número cento e sessenta e

nove, de noventa e nove, de dezoito de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei cinco-

A, de dois mil e dois, de onze de Janeiro; -------------------------------------------------------------------

------------- Três - A documentação ora junta traduz-se na apresentação de:---------------------------

------------- - Relatório e contas relativo ao exercício de dois mil e nove; -----------------------------

------------- -Elaborado pela Direcção nos termos do disposto na alínea d), do número dois, do

artigo vigésimo segundo dos Estatutos da Associação e aprovado pela Assembleia-Geral de

Accionistas, nos termos da alínea d), do número um, do artigo décimo sétimo, dos referidos

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Estatutos, com parecer emitido pelo Conselho Fiscal, nos termos da alínea b), do artigo vigésimo

quinto, dos Estatutos;-------------------------------------------------------------------------------------------

------------- - Da actividade desenvolvida em dois mil e nove, cumpre destacar:---------------------

------------- -A decisão de não realização da respectiva participação por parte dos Associados

Solpay, Armando Cunha e Sociedade Portuguesa de Inovação, com o respectivo abandono da

Associação; ------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- -Evolução do fundo social de setecentos e sessenta mil euros, para um milhão

duzentos e noventa mil euros, em especial devido à entrada de novos fundos da CM Oeiras; ------

------------- -Evolução das quotas dos associados, de cento e noventa e cinco mil euros, para

trezentos e oitenta e cinco mil euros;-------------------------------------------------------------------------

------------- -Inicio das acções de candidatura aos Fundos Estruturais para realizações da

Associação; ------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- -No âmbito dos Fundos Comunitários, foi preparada a candidatura ao quarto

Programa Comunitário de Apoio à Política de Tecnologias da Informação e Comunicação; -------

------------- - Foram realizadas as seguintes candidaturas: -----------------------------------------------

------------- -Fundo de Apoio à Comunidade Cientifica, no âmbito da organização da Conferência

Biotecnologias e Tecnologias da Saúde “Oeiras Biotech”; -----------------------------------------------

------------- -IPAD, para requerer o estatuto de ONGD´s; ------------------------------------------------

------------- -Novos conteúdos para o site AitecOeiras e consulta prévia para ajuste directo para

tradução do mesmo para inglês; ------------------------------------------------------------------------------

------------- -Oeiras Valley Convention Center - elaboração de lista de empresas a consultar para

realização do Business Plan; elaboração dos respectivos termos de referência; acompanhamento

do lançamento da primeira pedra do Centro de Congressos de Oeiras, preparação dos termos a

incluir no futuro contrato de Gestão e Exploração do Centro de Congressos, visita a algumas

feiras e eventos para observação das condições da concorrência; ---------------------------------------

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------------- -No âmbito das áreas não tecnológicas dos Clusters - elaboração de base de dados; ---

------------- -Rede Aitec África - elaboração de protocolo de constituição da Associação Aitec

África, deslocação a Benguela, contactos com entidades dos Municípios do Sal, Boavista, Santa

Catarina, São Vicente e Governo Provincial de São Tomé e Príncipe e Munícipio de Inhambane;

preparação da Conferência “Parceiros para a Competitividade”; ----------------------------------------

------------- -Intranet Oeiras Valley - estudo de vários modelos de arquitectura possíveis

adequados aos objectivos de um espaço digital multifuncional e mutirelacional; ---------------------

------------- -Rede Europeia de Regiões Dinâmicas, modelo a ser repensado; -------------------------

------------- Acções ligadas ao investimento estrangeiro - Parcerias, Projecto Investir em Angola.

------------- - Parecer do Conselho Fiscal: parecer favorável.---------------------------------------------

------------- - Certificação legal de contas: parecer favorável. --------------------------------------------

------------- Plano de Actividades e Orçamento para dois mil e dez: ------------------------------------

------------- - Objectivos estratégicos: -----------------------------------------------------------------------

------------- -Consolidar o conceito “Oeiras Valley” -------------------------------------------------------

------------- -Reforçar o quadro de associados;--------------------------------------------------------------

------------- -Estreitar o relacionamento com a CM Oeiras e o Taguspark; -----------------------------

------------- -Consolidar os projectos em curso;-------------------------------------------------------------

------------- -Dinamizar as acções externas de divulgação;------------------------------------------------

------------- -Iniciar o desenvolvimento de novos projectos; ----------------------------------------------

------------- -Preparar o ano de dois mil e doze, consolidação da ATEC--------------------------------

------------- -Desenvolvimento e aprofundamento da malha inter-organizacional dos Clusters

Tecnológicos; ----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- -Consolidação da organização da Aitec Oeiras; ----------------------------------------------

------------- -Projecto Intranet Oeiras Valey - arquitectura, desenho, construção e gestão do portal

“Oeiras Valley.com”; -------------------------------------------------------------------------------------------

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------------- -Projecto site AitecOeiras- melhoria e aperfeiçoamento------------------------------------

------------- -Projecto “Gestão e Exploração do Centro de Congressos e Exposições de Oeiras”; --

------------- -Acordos e parcerias com instituições congéneres; ------------------------------------------

------------- -Projecto “As tecnologias de informação no aumento da competitividade das

empresas de Oeiras”; -------------------------------------------------------------------------------------------

------------- -Projecto “De Oeiras para o Mundo - Internacionalização das empresas de Oeiras”; --

------------- -Projecto “Do Mundo para Oeiras - Atracção de Investimento Estrangeiro para

Oeiras”; --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- -Projecto “Certificação AitecOeiras para novos investimentos no Oeiras Valley -

Protocolo AitecOeiras CMO”; --------------------------------------------------------------------------------

------------- -Projecto Rede AitecOeiras África; ------------------------------------------------------------

------------- -Projecto “Desenvolvimento sustentável - energia, ambiente, transporte, emprego,

habitação em Oeiras Valley”; ---------------------------------------------------------------------------------

------------- -Projecto “Investir em Angola”- Preparação, Construção e implementação; ------------

------------- -Novas Unidades de Ensino e Investigação em Oeiras; -------------------------------------

------------- -Novos Parques Empresariais de Oeiras;------------------------------------------------------

------------- -Novas infra-estruturas hoteleiras, desportivas e de lazer em Oeiras; --------------------

------------- -Um projecto integrado de criação, manutenção e desenvolvimento de emprego

qualificado em Oeiras. -----------------------------------------------------------------------------------------

------------- Em face da documentação apresentada, proponho à Câmara que: ------------------------

------------- - Delibere, nos termos do estabelecido nas alíneas c) e d), do número um, do artigo

quinquagésimo terceiro, da LAL (Lei número cento e sessenta e nove, de noventa e nove, de

dezoito de Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei número cinco-A, de dois mil e dois,

de onze de Janeiro), a remessa da presente proposta de deliberação e documentos anexos à

Assembleia Municipal, para conhecimento no âmbito das respectivas competências em matéria

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de acompanhamento e fiscalização da actividade das empresas municipais.” -------------------------

------------- A Senhora Deputada Sílvia Andrez (PS) disse o seguinte: ------------------------------

------------- “Tivemos recentemente oportunidade de assistir à apresentação do Senhor Presidente

da Direcção da AITEC, e nessa altura o Partido Socialista teve a preocupação de levantar

algumas questões que nos pareceram pertinentes relativamente ao papel (missão e objectivos) da

actuação da Associação, de acordo com os seus Estatutos, questionando mesmo a sua estratégia e

prioridades, tal como apresentadas.---------------------------------------------------------------------------

------------- Recordaria, em primeiro lugar, que a AITEC é uma Associação de entidades públicas

e privadas que tem como vocação divulgar as potencialidades e factores competitivos

estratégicos do Concelho para captar investimento; de atrair empresas, nomeadamente novas

empresas sobretudo as ligadas ao conhecimento e à inovação, principalmente as ligadas às novas

tecnologias; e de trazer novos residentes e criar empregos altamente qualificados.-------------------

------------- Neste contexto, e para esse efeito, espera-se que a AITEC contribua com os sinais,

sugestões e as informações adequadas à Câmara Municipal, para que esta possa criar as

condições favoráveis para fixar pessoas e empresas, criando emprego e riqueza, e dando origem

a novas e mais valorizadas receitas. --------------------------------------------------------------------------

------------- A AITEC, no apoio que deverá prestar à Câmara Municipal, deve ter como

preocupação analisar com o maior rigor a conjuntura e outras condicionantes de enquadramento

da actividade, recorrendo, nomeadamente, a estudos, alguns deles encomendados pela própria

Câmara Municipal, bem como outro tipo de informação que possa alterar estratégias já definidas

ou fundamentar novas estratégias. De facto, Oeiras não poderá alhear-se das premissas ligadas à

sua localização geográfica, aos seus vizinhos, aos seus factores de competitividade endógenos, às

condicionantes de mobilidade e a outro tipo de dificuldades crescentes no Concelho de Oeiras,

de forma a melhor explorar os seus pontos fortes e oportunidades, para melhor atenuar ou

resolver os pontos fracos e estrangulamentos e, assim, aumentar a sua capacidade de atracção. ---

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------------- Postas estas considerações sobre o que se espera da AITEC, e analisando o Relatório

de Actividades de dois mil e nove e o Plano de Actividades e Orçamento para dois mil e dez,

temos a dizer o seguinte: ---------------------------------------------------------------------------------------

------------- Das seis páginas do Relatório de Actividades, releva dois desajustamentos estruturais

ligados ao financiamento da actividade e aos custos de estrutura.---------------------------------------

------------- No que respeita ao Financiamento da Associação, e pelo que tivemos oportunidade

de ler, nestes dois anos de actividade, a AITEC ainda não conseguiu cumprir um dos seus

imperativos estratégicos que é o de atrair, em primeiro lugar, mais associados e entidades

financiadoras da sua actividade, continuando, por isso, a depender quase exclusivamente da

Câmara Municipal de Oeiras; aliás, as receitas dos associados em dois mil e nove foram

inferiores às do segundo semestre de dois mil e oito, tendo a Câmara Municipal aumentado, por

isso, a sua participação no Fundo Social. -------------------------------------------------------------------

------------- Agrava o facto de se ter verificado, independentemente das suas razões, o abandono

de alguns associados. -------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Relativamente aos Recursos Humanos, foram admitidos técnicos em número que nos

parece demasiado elevado, tendo em conta que estamos perante uma associação ainda numa fase

prematura de consolidação, o que pode criar dificuldades adicionais de financiamento pelo

agravamento dos custos de estrutura. ------------------------------------------------------------------------

------------- Do que remanesce do Relatório de Actividades sobressai, sobretudo, uma lista de

actividades dispersas em que não se encontra o fio condutor de uma estratégia esclarecida,

começando aliás, por nem se referir, à cabeça, quais foram os objectivos estratégicos e

operacionais para o ano de dois mil e nove para se poder fazer a avaliação do desempenho da

AITEC nesse ano. -----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Não se põe em causa o mérito de algumas dessas iniciativas. Colocam-se dúvidas,

sim, sobre a lógica estratégica do seu conjunto e a avaliação do seu desempenho. -------------------

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------------- Estamos numa época de contenção global e tendo em conta que o financiamento

público é feito com o dinheiro dos contribuintes deveremos analisar o custo/benefício da

actividade da Associação, verificar qual foi o retorno conseguido durante estes dois anos de

existência e ter contenção nas remunerações e outros encargos associados aos órgãos sociais.-----

------------- Da actividade realizada durante dois mil e nove concluímos que só houve encargos,

com estudos, recursos humanos e contratação de serviços diversos e promoção na divulgação da

Associação e do Oeiras Valley Convention Center. Embora em fase de instalação, gostaríamos

de saber qual o impacto que estas iniciativas obtiveram e qual o ponto de situação da actividade

da Rede AITEC-Oeiras-África. -------------------------------------------------------------------------------

------------- Quais as acções de promoção externa em que a AITEC participou e em que

mercados na Rede da AICEP Portugal Global. -------------------------------------------------------------

------------- Quais são os mercados identificados pela AITEC e quais as acções programadas que

se realizaram ou se irão realizar. ------------------------------------------------------------------------------

------------- Até hoje quais foram as áreas identificadas pela AITEC comunicadas à Câmara

Municipal e qual foi o tratamento que a Câmara Municipal deu a essas propostas.-------------------

------------- Ficam ainda por explicar duas questões essenciais: uma que consideramos decisiva,

que iniciativas e que resultados foram concretizados na mobilização de associados, por um lado,

e de empresas para investir no Concelho, por outro lado; a outra que tem a ver com as razões das

missões de investimento em Angola quando o objecto da AITEC é o de atrair investimento para

Oeiras.----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Relativamente ao Plano de Actividades e Orçamento, identifica-se uma “lista” de

objectivos estratégicos não explicados nem contextualizados. Seguem-se os objectivos de

continuidade, não se sabendo se estes foram objectivos estratégicos do ano anterior. Uma

dispersão de recursos estratégicos poderá, pois, implicar um risco, ele também estratégico, à

partida. ---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

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------------- O Plano de Actividades acaba por descrever um número alargado de Projectos, isto é,

dezanove, com as acções descritas, na sua maior parte de forma telegráfica, e nenhum

orçamentado individualmente. Este facto coloca logo à partida uma dúvida: como é feito o seu

Orçamento global? Quais são as suas fontes de financiamento? Foram as actividades ou

projectos que condicionaram o orçamento, e este condicionou o Fundo Social; ou foi o Fundo

Social “possível” que condicionou o orçamento e este os objectivos estratégicos. Como se

controlam os custos dos projectos?---------------------------------------------------------------------------

------------- Aliás, não ficaria mal obedecer aos métodos normais na elaboração de Planos de

Actividade e definir à partida a Visão e a Missão da AITEC, compreendendo-se então os

objectivos estratégicos.-----------------------------------------------------------------------------------------

------------- É dito que em dois mil e doze a AITEC atingirá o ano da consolidação, o que nos

parece demasiado optimista uma vez que até hoje não tivemos conhecimento de que houvesse

alguma empresa trazida pela Associação. As promessas são feitas mas os resultados ainda não

existem de facto. ------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Deve-se dar prioridade à criação de sinergias entre entidades públicas e privadas

aproveitando as competências existentes e criadas pela articulação conseguida pelas parcerias e

protocolos, como é o exemplo da AICEP. Gostaríamos de saber o que está programado para esta

vertente de actuação da AITEC.” -----------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Pedro Costa Jorge (CDS-PP) interveio, dizendo o seguinte: --

------------- “Depois de ter analisado melhor a proposta o Centro Democrático Social vê a AITEC

com bons olhos e, ao contrário do Partido Socialista, vê que a internacionalização da AITEC

representará para o Concelho uma boa plataforma de entendimento, quer empresarial, quer

associativo.-------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Parece-me, simplesmente que poderá correr o risco de dispersão do ponto de vista do

que será a sua utilidade para o Concelho. -------------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- Ainda assim, a única reserva que tenho é que parece que esta proposta corresponde

ainda a uma carta de intenções e a nossa única reserva é esperar que no próximo ano comecem a

aparecer resultados. De resto parece-me que faz todo o sentido que haja uma inversão do ponto

de vista do trabalho que acompanhe as geminações do Concelho de Oeiras com outros

municípios e regiões, mormente dos PALOP e de Timor mas que na recolha de investimento e

sei que tem havido negociações com Angola, parece-me pertinente que, dos nove projectos que

estão em curso parece que está tudo em fase de diagnóstico e, portanto, vamos reservar-nos à

análise assim que obtivermos resultados que eu penso que serão apresentados no próximo ano.” -

------------- O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) disse o seguinte: ----------------------------

------------- “O que aconteceu é que não expusemos este ponto quando cá esteve o Senhor

Presidente da AITEC e, portanto, agora temos um problema complicado. -----------------------------

------------- A ideia que eu tenho e, na altura, exprimi-a muito por alto é que, de facto, os

objectivos a que a AITEC se propõe estão dentro da cultura de megalomania que aqui tem sido

professada. Muito dificilmente se vai acreditar que, em tão curto prazo, se conseguem fazer

aquelas coisas mas, de facto, hoje, estarmos a fazer esta discussão e a apresentarmos as nossas

posições já fora da que foi aquela exposição, parece-me um pouco irrelevante. Há críticas que

foram colocadas e posições que foram aqui referidas que julgo serem pertinentes e que creio

mesmo que, independentemente de tudo o resto, o relatório que estamos a analisar, foi elaborado

numa perspectiva que não é de hoje, provavelmente, terá sido feito na perspectiva do ano

passado. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Tudo isto modificou radicalmente e vamos ter muita dificuldade em concretizar

muitos daqueles objectivos.” ----------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) colocou a seguinte pergunta:

------------- “Já era para ter colocado esta pergunta na Reunião onde esteve presente o Senhor

Professor Luís Todo-Bom. O Partido Socialista já colocou a sua questão de fundo mas eu

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gostaria de perguntar uma coisa e o Senhor Vice-Presidente não vai com certeza, saber

responder, porque não estava cá nessa altura. --------------------------------------------------------------

------------- Aquilo que eu estou a ver na AITEC tem a ver com a figura de substituição daquela

agência que aprovámos nesta Assembleia Municipal para ter em Bruxelas, para detectar os

fundos comunitários que pudessem vir para o Concelho e foi por isso que este Concelho levou

muitos mais fundos do que outros. ---------------------------------------------------------------------------

------------- No fundo, a AITEC vem substituir este tipo de agência que nós pagámos e

autorizámos nesta Assembleia Municipal? Noutra perspectiva, é a mesma coisa.”-------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ----------------------------------

------------- “Com toda a sinceridade, há um conjunto de perguntas às quais eu não sei responder,

se não mesmo a totalidade. Acho que os Senhores Deputados tiveram oportunidade de questionar

o Senhor Engenheiro Luís Todo-Bom e se não foi suficiente, eventualmente, poderemos marcar

outra iniciativa do género. -------------------------------------------------------------------------------------

------------- Compreendo que alguns tenham uma perspectiva optimista da AITEC, outros uma

perspectiva menos optimista e que outros tenham uma perspectiva negativa da mesma. ------------

------------- Eu, pessoalmente, tenho uma perspectiva positiva, acho que a AITEC tem razão de

ser, acho que ela pode e deve acrescentar muito valor ao modelo de desenvolvimento, dentro do

conceito que foi apresentado do Oeiras Valley e acho que se não formos grandes a sonhar, de

certeza absoluta que nunca seremos grandes a executar e o passado já nos provou isso em

diversas áreas. Eu acho que é um conceito ambicioso, acredito nele e há um conjunto de

parceiros que também acredita nele, pelo menos aqueles que hoje fazem parte da AITEC.---------

------------- Quanto ao conjunto de perguntas mais específicas eu não sei responder e, ou os

Senhores Deputados, se tiverem dúvidas específicas, as colocam por escrito, ou então podemos

promover uma vinda do Senhor Engenheiro Luís Todo-Bom e confrontá-lo com esse conjunto de

perguntas. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- O tempo de existência da AITEC não é um tempo que permita já ter resultados

efectivos da sua acção mas, de qualquer maneira, a Câmara aguarda com uma perspectiva muito

positiva, o desempenho desta Associação e espera que ela venha a acrescentar muito valor ao

modelo de desenvolvimento económico de Oeiras.”-------------------------------------------------------

------------- A Senhora Deputada Sílvia Andrez (PS) disse o seguinte: ------------------------------

------------- “Na altura, o Senhor Engenheiro Luís Todo-Bom fez uma apresentação e nós fomos

apenas autorizados a comentar essa apresentação, não nos foi permitido falar sobre o relatório.---

------------- Relativamente à existência da AITEC, ela merece o apoio do Partido Socialista, o

que pomos em causa são algumas matérias e parte do caminho trilhado até este momento. Daí

que se tenham feito estas observações.” ---------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ----------------------------------

------------- “As suas perguntas são totalmente legítimas e correctas mas eu também não lhe

posso responder de outra maneira. Se assim fosse não estava a ser correcto consigo. ----------------

------------- Se tiver questões concretas, pode fazê-las por escrito ou, então, eu próprio poderei

questionar o Senhor Engenheiro Luís Todo-Bom e depois tentarei satisfazer todas as perguntas

colocadas pelo Partido Socialista.” ---------------------------------------------------------------------------

6.6. Apreciação da Proposta C.M.O. .º 966/10 relativa ao Relatório Anual de Actividades

e Avaliação da Comissão Arbitral Municipal de Oeiras - Anos de 2008 e 2009, que a seguir

se transcreve:-----------------------------------------------------------------------------------------------------

“18 - PROPOSTA º. 966/10 - RELATÓRIO AUAL DE ACTIVIDADES E AVALIAÇÃO DA

COMISSÃO ARBITRAL MUICIPAL DE OEIRAS - AOS DE 2008 E 2009: -----------------------

------------- A Câmara tomou conhecimento da seguinte proposta, apresentada pelo Senhor

Presidente: -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- “Um - Com a publicação da Lei seis, de dois mil e seis, de vinte e sete de Fevereiro

(Novo Regime do Arrendamento Urbano) foram criadas, no seu artigo quadragésimo nono, as

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Comissões Arbitrais Municipais (CAM), cujo regime de funcionamento se encontra

regulamentado no Decreto-Lei cento e sessenta e um, de dois mil e seis, de oito de Agosto. -------

------------- Dois - As CAM têm, essencialmente, competências no que concerne ao regime

transitório destinado aos contratos de arrendamento habitacionais anteriores à aprovação do

Decreto-Lei número trezentos e vinte e um-B, de mil novecentos e noventa, de quinze de

Outubro, e não habitacionais anteriores à aprovação do Decreto-Lei número duzentos e

cinquenta e sete, de noventa e cinco, de trinta de Setembro: ---------------------------------------------

------------- - Coordenar o processo de determinação do coeficiente de conservação dos

edifícios/locados, o qual tem reflexos na renda a pagar; --------------------------------------------------

------------- - Decidir as reclamações relativas à determinação do coeficiente de conservação;-----

------------- - Decidir as questões levantadas por senhorios ou arrendatários relativas a obras a

realizar no locado, nomeadamente, quanto a responsabilidade, custo, compensações com o valor

da renda, necessidade de desocupação e adequação do realojamento, bem como da falta de

utilização do locado pelo arrendatário; ----------------------------------------------------------------------

------------- - Informar os interessados acerca dos procedimentos relativos à actualização das

rendas; ---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- - Recolher e encaminhar informação relativa aos prédios arrendados no Município,

de forma a permitir a monitorização da aplicação prática do NRAU;-----------------------------------

------------- Três - As CAM são compostas por um representante da câmara municipal (que

preside), do serviço de finanças competente, dos senhorios e dos inquilinos. -------------------------

------------- Quatro - Em Oeiras, a respectiva CAM está em funcionamento desde dezasseis de

Novembro de dois mil e seis, sendo desde a sua criação presidida, em representação da CMO,

pela Assessora do Gabinete da Presidência, doutora Maria de Lurdes Vaz; ---------------------------

------------- Cinco - Nos termos do preceituado na alínea d), do artigo décimo nono, do Decreto-

Lei número cento e sessenta e um, de dois mil e seis, de oito de Agosto, compete ao presidente

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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da Comissão Arbitral Municipal de Oeiras proceder à elaboração do relatório anual de

actividades e avaliação, para posterior aprovação pela Comissão Arbitral Municipal e envio à

Assembleia Municipal. -----------------------------------------------------------------------------------------

------------- Seis - Tendo sido pela CAM Oeiras elaborados os relatórios de actividades e

avaliação referentes aos anos de dois mil e oito e dois mil e nove, dos mesmos destacam-se os

seguintes pontos essenciais: -----------------------------------------------------------------------------------

------------- a) É realizada uma média de quatro reuniões anuais visando:------------------------------

------------- i - A determinação dos coeficientes de conservação dos locados/edifícios;--------------

------------- ii - A distribuição de processos objecto de reclamação aos árbitros, nos termos do

artigo décimo oitavo, número sete, do Decreto-Lei número cento e sessenta e um, de dois mil e

seis, de oito de Agosto; -----------------------------------------------------------------------------------------

------------- iii - A decisão dos processos objecto de reclamação do nível de conservação, nos

termos do artigo décimo quinto, da Portaria número mil cento e noventa e dois-B, de dois mil e

seis, de três de Novembro; -------------------------------------------------------------------------------------

------------- iv - E a apreciação do pedido no sentido da CAM atestar os pressupostos previstos

nos termos do artigo sétimo, número dois, alínea a), do Decreto-Lei número cento e cinquenta e

sete, de dois mil e seis, de oito de Agosto, com vista à efectivação da denúncia do contrato de

arrendamento para demolição. --------------------------------------------------------------------------------

------------- b) Uma vez que, nos termos conjugados das disposições constantes dos artigos

trigésimo primeiro e trigésimo segundo, da Lei número seis, de dois mil e seis, de vinte e sete de

Fevereiro, a renda actualizada resulta da avaliação fiscal do imóvel e do seu coeficiente de

conservação, sendo o valor fiscal multiplicado pelo coeficiente de conservação, e a renda anual

actualizada corresponde a quatro por cento do valor obtido (VF vezes CC vezes quatro por

cento), no ano de dois mil e oito deram entrada nesta Autarquia cento e sessenta e um pedidos de

determinação do coeficiente de conservação dos locados e, em dois mil e nove, apenas cinquenta

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e três pedidos; ---------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- c) Dos cento e sessenta e um processos referidos de dois mil e oito, cento e quarenta

e três encontram-se concluídos e, quanto aos de dois mil e nove, estão concluídos trinta e quatro,

tendo sido determinado pela CAM o coeficiente de conservação necessário ao cálculo da renda

actualizada pelos senhorios. -----------------------------------------------------------------------------------

------------- d) A determinação do coeficiente de conservação dos locados/edifícios pressupõe a

realização de uma vistoria por um técnico (engenheiro ou arquitecto inscrito na respectiva ordem

profissional), sendo que a escolha do técnico responsável por cada processo é feita por sorteio

informático. ------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- e) A determinação do coeficiente de conservação do locado, tem por base o nível de

conservação resultante da ficha de verificação do estado de conservação do edifício, preenchida

pelo técnico que realiza a vistoria.----------------------------------------------------------------------------

------------- f) Em geral, considerando os processos concluídos, os locados vistoriados durante o

ano de dois mil e oito e dois mil e nove apresentam maioritariamente um Bom estado de

conservação: -----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- g) Os processos com nível de conservação considerado “Mau” implicam a submissão

a apreciação da CAM, nos termos da sua competência administrativa, preceituada na alínea c),

do artigo décimo quarto, do Decreto-Lei número cento e sessenta e um, de dois mil e seis, o

pedido para definição de obras necessárias para obtenção de um nível de conservação superior;

paralelamente, são os mesmos remetidos a despacho do Senhor Vice-Presidente da CMO

visando a abertura de processo de notificação nos termos do artigo octogésimo nono, números

dois e três do RJUE - realização coerciva de obras de conservação destinadas à correcção das

deficientes condições de salubridade ou segurança, melhoria do arranjo estético ou, ainda, a

demolição parcial ou total das edificações que ameacem ruína ou ofereçam perigo para a saúde

pública ou para a segurança das pessoas.--------------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- h) Uma vez que, para efeitos de actualização do valor da renda, pode ser dispensada

a determinação do nível de conservação, quando o senhorio entenda que o prédio se encontra em

estado de conservação bom ou excelente, verifica-se também a entrada de comunicações dos

senhorios dando conta de que vão proceder à actualização da renda. Contudo, o coeficiente de

conservação aplicado é de zero vírgula nove (correspondente ao nível “médio”); em dois mil e

oito deram entrada nesta Autarquia trinta e uma das referidas comunicações e, em dois mil e

nove, apenas quatro. --------------------------------------------------------------------------------------------

------------- i) Nos termos do artigo décimo quinto, da Portaria número mil cento e noventa e

dois-B, de dois mil e seis, de três de Novembro, recebido o resultado da avaliação, o arrendatário

e o senhorio podem, no prazo de oito dias, reclamar da determinação do coeficiente de

conservação, com fundamento na discordância do nível de conservação que lhe serviu de base,

e/ou na errada aplicação do disposto no artigo décimo quinto, número dois, do Decreto-Lei

número cento e sessenta e um, de dois mil e seis, de oito de Agosto; assim, em dois mil e oito

verificou-se a apresentação de sete reclamações e, em dois mil e nove, apenas uma reclamação.--

------------- j) De acordo com o disposto no artigo vigésimo, do Decreto-Lei número cento e

sessenta e um, de dois mil e seis, de oito de Agosto, são devidas taxas pela determinação do

coeficiente de conservação, pela definição das obras necessárias para a obtenção de nível de

conservação superior e pela submissão de um litígio a decisão da CAM no âmbito da respectiva

competência decisória, as quais constituem receita municipal e cujo valor está previsto no

número três, do referido artigo, “se a Assembleia Municipal não fixar valores distintos”. Em

Oeiras e de acordo com o Regulamento e Tabela de Taxas de dois mil e oito, as taxas aplicáveis

são, actualmente: ------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- -------------------------- Comissão Arbitral Municipal ----------------------------------------

------------- -------------------------------Artigo décimo oitavo ---------------------------------------------

------------- Funcionamento da CAM / Euros / IVA / IS---------------------------------------------------

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------------- Um - Determinação do Coeficiente de Conservação* / cento e cinquenta e sete euros

e quarenta e quatro cêntimos / NS / …-----------------------------------------------------------------------

------------- Dois - Definição das obras necessárias para obtenção de nível de conservação

superior* / setenta e oito euros e setenta e dois cêntimos / NS / … -------------------------------------

------------- Três - Submissão de um litígio a decisão da CAM / cento e cinquenta e sete euros e

quarenta e quatro cêntimos / NS / …-------------------------------------------------------------------------

------------- *As taxas previstas nos números um e dois são reduzidas a um quarto quando se trate

de várias unidades do mesmo edifício, para cada unidade adicional à primeira. ----------------------

------------- k) Em dois mil e oito foi efectuado o pagamento das seguintes taxas: -------------------

------------- um) Pela determinação do coeficiente de conservação - nove mil seiscentos e

dezanove euros e seis cêntimos; ------------------------------------------------------------------------------

------------- dois) Pela submissão de litígios a decisão da CAM (no âmbito das reclamações supra

referidas) - mil duzentos e trinta e um euros e vinte cêntimos;-------------------------------------------

------------- O que perfaz o montante de dez mil oitocentos e cinquenta euros e vinte e seis

cêntimos. - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- l) Em dois mil e nove, por sua vez, foi efectuado o pagamento das seguintes taxas:---

------------- um) Pela determinação do coeficiente de conservação - quatro mil oitocentos e

quarenta e um euros e vinte e oito cêntimos; ---------------------------------------------------------------

------------- dois) Pela submissão de litígios a decisão da CAM (no âmbito das reclamações supra

referidas) - quatrocentos e setenta e dois euros e trinta e dois cêntimos; -------------------------------

------------- O que perfaz o montante de cinco mil trezentos e treze euros e sessenta cêntimos. ----

------------- m) O exercício das competências legalmente atribuídas à CAM, bem como o seu

próprio funcionamento, implica a realização de algumas despesas legalmente impostas ao

Município, no que respeita designadamente à remuneração dos membros da CAM, dos técnicos

que realizam as vistorias com vista à determinação do nível de conservação e dos árbitros

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responsáveis pela decisão de processo; ora, durante o ano de dois mil e oito verifica-se que tais

pagamentos supra referenciados que, nos termos legais, constituem um encargo do Município,

implicaram, em dois mil e oito. a realização de uma despesa no valor de cerca de cinco mil

quinhentos e quarenta e três euros e quarenta cêntimos e, em dois mil e nove, um total de cinco

mil quinhentos e trinta e quatro euros e sessenta e três cêntimos.----------------------------------------

------------- Nestes termos, proponho ao Executivo Camarário que delibere: --------------------------

------------- - Tomar conhecimento dos relatórios de Actividades e Avaliação da Comissão

Arbitral Municipal de Oeiras, relativos aos anos de dois mil e oito e dois mil e nove; ---------------

------------- - Nos termos do disposto na alínea d), do artigo décimo nono, do Decreto-Lei

número cento e sessenta e um, de dois mil e seis, de oito de Agosto, seja a presente proposta de

deliberação e respectivos anexos enviados à Assembleia Municipal de Oeiras, para

conhecimento.” --------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Pedro Sá (PS) disse o seguinte: --------------------------------------

------------- “O Partido Socialista analisou os dois relatórios que são apresentados a esta

Assembleia relativos aos anos de dois mil e oito e dois mil e nove e temos várias questões para

colocar à Câmara Municipal: ----------------------------------------------------------------------------------

------------- Qual a razão porque só agora a Assembleia tem conhecimento destes relatórios e

porque razão a Câmara Municipal, apenas tomou conhecimento deles, em Reunião de Câmara,

em Setembro deste ano? Desejamos ser esclarecidos sobre este assunto. ------------------------------

------------- Em segundo lugar, perguntamos à Câmara Municipal o que tem a dizer sobre o facto

de doze vírgula cinquenta e nove dos imóveis em causa, terem merecido a classificação de mau e

vinte e um vírgula sessenta e oito por cento, de médio? Trinta e quatro vírgula vinte e sete por

cento, portanto, com classificação inferior a bom, isto em dois mil e oito.-----------------------------

------------- Ainda relativamente ao relatório de dois mil e oito, tendo em conta que foram

submetidos pedidos para definição de obras necessárias para obtenção de um nível de

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classificação superior em dez dos dezoito imóveis considerados em mau estado de conservação,

a Câmara sem prejuízo do poder de iniciativa que, naturalmente, compete quer aos proprietários,

quer aos inquilinos, tem algum plano para que possa ser feita uma melhoria dos restantes

imóveis? Há alguma ideia a esse nível? ---------------------------------------------------------------------

------------- Qual o tempo que demora, em média, a decisão de reclamações apresentadas por

discordância do nível de conservação atribuído? (uma vez que os relatórios são absolutamente

omissos nessa matéria, embora dêem a entender que o período possa ser mais ou menos longo. --

------------- O que levou a Comissão Arbitral Municipal a reunir-se quatro vezes em dois mil e

oito e apenas duas em dois mil e nove? Sem prejuízo que, atento o volume das senhas de

presença e o dinheiro gasto acaba por constituir alguma poupança, ainda que mínima de recursos

municipais, pois cabe ao Município pagar as senhas de presença nos termos da Lei. ----------------

------------- Há alguma explicação que possa ser, pelo menos, especulada para a quebra abrupta

no número de processos apresentados à Comissão Arbitral Municipal de dois mil e oito para dois

mil e nove? -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O que tem a CMO a dizer sobre o facto de, em dois mil e nove, dezassete vírgula

sessenta e quatro por cento dos imóveis em causa terem tido a classificação de mau e vinte e

nove vírgula quarenta e um por cento, de médio? Portanto, quarenta e sete vírgula zero cinco por

cento com classificação inferior a bom. ---------------------------------------------------------------------

------------- Como avalia a Câmara Municipal a situação dos imóveis onde há arrendamento no

município? Perante estes resultados, num considerando a habitual e repetitivo uso da palavra

excelência em tudo o que diz respeito a este Concelho e, neste caso, se há alguma política que se

pretende desenvolver neste tipo de área? Note-se, evidentemente, sem prejuízo das situações

concretas que são submetidas nos termos da Lei à Comissão Arbitral Municipal.--------------------

------------- A questão é que temos elementos bem claros para podermos constatar uma série de

situações relativas à parte dos imóveis do Concelho, eventualmente representativas e queremos

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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ouvir o que a Câmara tem a dizer sobre esse assunto.” ----------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) disse o seguinte: -------------------------

------------- “Em relação à Proposta de Deliberação, esta suscita-nos uma observação que é

exarada na página cinco. Em dois mil e oito a receita das taxas, por serem reclamadas estas

funções da Comissão Arbitral, valeram à Câmara uma receita global de dez milhões oitocentos e

cinquenta mil euros e vinte e seis cêntimos.-----------------------------------------------------------------

------------- Em dois mil e nove tivemos cinco mil trezentos e treze vírgula sessenta cêntimos.

Acontece que o movimento de despesa por as senhas terem que ser pagas para o funcionamento

desta Comissão fez com que a mesma desse um prejuízo aos cofres do Município, em dois mil e

nove, ao contrário daquilo que aconteceu em dois mil e oito. Portanto, o que nós aqui queremos

chamar a atenção é que estas comissões arbitrais municipais impostas pelo Governo aos

municípios começam, no caso do nosso Município, a trazer prejuízos ao próprio. Isto tem a ver

com não ter sido suscitada a Comissão em dois mil e nove com o volume que foi suscitado em

dois mil e oito, porque num Relatório desse ano houve cento e sessenta um pedidos versus

cinquenta e três pedidos em dois mil e nove e há aqui custos fixos que os cofres do Município

têm que suportar para encontrar o funcionamento desta Comissão Arbitral, pese embora no

funcionamento desta, as pessoas que o suscitam já pagarem uma taxa que está exarada nesse

quadro da página cinco do Relatório da Proposta de Deliberação, que já é muito significativo. ----

------------- A nosso ver trata-se de uma imposição governamental com custos evidentes para os

municípios, particularmente para Oeiras, e queríamos deixar esta observação aqui à Câmara,

porque o funcionamento destas comissões começa a trazer consequências negativas para o nosso

Município.”-------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. deu os seguintes esclarecimentos:--------------

------------- “Realmente o Estado pouco ou nada dá aos municípios e no caso concreto do nosso

está sempre a tirar. Isto é uma Comissão que é imposta. Em dois mil e oito não tivemos prejuízo,

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analisando financeiramente o trabalho da Comissão. Em dois mil e nove já tivemos um prejuízo.

Esta Comissão é composta por vários elementos, sendo apenas um da Câmara Municipal de

Oeiras e, possivelmente, isso justifica o atraso da remessa do Relatório, ou seja, a representante

da Câmara não tem autoridade sobre os restantes elementos que possivelmente têm outros

afazeres, profissões, ou não têm a mesma disponibilidade e penso que, eventualmente, terá sido

por essa razão. ---------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Em minha opinião, este decréscimo acontece também porque o particular não sente

que o trabalho destas comissões seja profícuo. Nós temos proprietários hoje, não só em Oeiras

mas no caso concreto de Oeiras, em que o valor das rendas é, de modo algum, em montante

suficiente para a realização das obras necessárias e da manutenção necessária aos edifícios e,

consequentemente, o edifico vai-se degradando, as intervenções de manutenção não são feitas e,

nós hoje, temos um conjunto de edificado que está em muito mau estado. E, a agravar essa

situação, temos um problema social que é o facto de geralmente nesses edifícios viverem pessoas

já de uma certa idade - idosos com baixos rendimentos. É por isso que a Câmara, no âmbito do

Habitar Oeiras, desenvolveu o projecto de reabilitação dos centros históricos e, é por isso, que

ela tem vindo a adquirir um conjunto significativo de edifícios, quer em Oeiras, Paço de Arcos,

Cruz Quebrada, Caxias, Carnaxide, para, no fundo, reabilitar o edificado e devolvê-los ao

mercado de arrendamento, encontrando para os actuais ocupantes, geralmente pessoas idosas,

soluções para o seu realojamento. É claro que esse trabalho e este investimento que a Autarquia

está a fazer não se coaduna com o investimento privado. Nenhum privado vai adquirir um

edificado ou um edifício ou um conjunto de edifícios, se não conseguir naquela operação obter

uma margem. Penso que saberão que a reabilitação é mais cara do que construir de novo, ou seja,

é mais caro reabilitar um edifício do que construí-lo de raiz. Ou seja, não é aliciante aos

promotores privados actuarem nesta área da reabilitação. Também não é favorável aos

proprietários, com o rendimento que os edifícios têm, investirem na sua reabilitação. Estas

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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comissões vinham de alguma forma obrigar os senhorios a fazer obras e, por outro lado, com a

concretização destas nos fogos, obrigar os inquilinos a pagar mais. O que é que se tem vindo a

verificar? É que a intervenção que muitas vezes é necessária fazer, o investimento que é

necessário fazer para essa intervenção de acordo com aquilo que são, digamos, as vistorias desta

Comissão e aquilo que ela determina, não é justificável pelo incremento que a renda tem, ou seja,

há um abandono e aqui está bastante bem plasmado, que é um decréscimo de dois mil e oito para

dois mil e nove e isto não depende da Câmara mas é a pedido particular. Não se pode dizer que a

Câmara trabalhou mal ou bem - não! É a pedido do particular. Isto, se me permitem, revela que

não foi uma boa medida do Governo. ------------------------------------------------------------------------

------------- O que é que a Câmara tem feito? Como aqui também diz, todos os edifícios que são

referenciados qualitativamente como mau são remetidos para meu despacho para entrarem num

processo de notificação no âmbito do RJUE, ou seja, abre-se um processo, avalia-se as condições

do edifício e de salubridade, de acordo com aquilo que foi as indicações da Comissão e há uma

vistoria por parte dos serviços técnicos de forma a se abrir um processo de notificação ao

proprietário. Este processo de notificação, a esmagadora maioria das vezes, não faz com que o

proprietário proceda às obras, há aplicação de uma coima que o proprietário não paga, vai para

tribunal e muitas vezes o juiz diz: “qual é o rendimento do edifício? É “x” e quanto é que precisa

para realizar as obras que a Câmara lhe está a pedir? É “y””. Portanto, percebe-se que este

diferencial entre aquilo que recebem ou que arrecadam e aquilo que têm que gastar para realizar

as obras mínimas levantadas no auto de vistoria é um diferencial tão grande que o juiz deixa cair.

------------- E, portanto, hoje temos vindo a assistir principalmente nos centros históricos a um

degradar do património e do edificado e, como consequência, a um degradar da habitabilidade e

das condições em que muitas famílias, principalmente, idosas vivem. A Câmara, dentro da sua

possibilidade e disponibilidade orçamental, está a adquirir os imóveis, a reabilitá-los, a realojar

os idosos que lá vivem e está a colocar esses fogos no mercado de arrendamento a preços muito

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competitivos comparativamente com os preços de mercado do arrendamento nessa zona.” --------

------------- O Senhor Presidente da A.M. concluiu, dizendo o seguinte:-----------------------------

------------- “Apreciámos assim o Relatório Anual das Actividades da Comissão Arbitral

Municipal de Oeiras dos anos de dois mil e oito e dois mil e nove.”------------------------------------

6.7. Apreciação da Proposta C.M.O. .º 967/10 relativa ao Relatório de Actividades e

Contas de 2009, da “Fundação Marquês de Pombal”, que a seguir se transcreve:----------------

“19 - PROPOSTA º. 967/10 - RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E COTAS 2009, DA

FUDAÇÃO MARQUÊS DE POMBAL:------------------------------------------------------------------------------

------------- I - O Senhor Presidente apresentou à Câmara a seguinte proposta: -----------------------

------------- “Um - A “Fundação Marquês de Pombal” remeteu à Câmara Municipal, nos termos

do disposto na alínea d), do número um, do artigo quinquagésimo terceiro, da LAL, o Relatório

de Actividades e Contas de dois mil e nove, aprovados pelo respectivo Conselho de

Administração nos termos do previsto na alínea d), do número dois, do artigo décimo sexto, dos

Estatutos da Fundação. -----------------------------------------------------------------------------------------

------------- Dois - Do relatório enviado, que reflecte a execução do Plano de Actividades e

Orçamento para dois mil e nove, destaca-se o resultado positivo no montante de cinco mil

setecentos e noventa e oito euros e vinte e um cêntimos, conseguido essencialmente pelo

controlo da despesa. --------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Três - São, ainda, referidos os seguintes aspectos:-------------------------------------------

------------- - O objectivo de contribuir para o desenvolvimento do Município de Oeiras nas áreas

da Educação, Cultura, Acção Social, Artes Plásticas e Desporto; ---------------------------------------

------------- - Maior frequência de visitantes no Palácio dos Aciprestes e no Jardim e Parque

Infantil; --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- - O “Prémio Fundação Marquês de Pombal Dois Mil e Nove”, destinado a distinguir

uma micro, pequena ou média empresa que introduza novas tecnologias com sucesso, ficou pelo

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terceiro ano consecutivo deserto; -----------------------------------------------------------------------------

------------- - A “Conferência Fundação Marquês de Pombal Dois Mil e Nove”, subordinada ao

tema “O Marquês de Pombal e a Maçonaria”, foi um sucesso; ------------------------------------------

------------- - Foram atribuídas três Bolsas de Doutoramento; --------------------------------------------

------------- - Comemoração do “Dia da Fundação Marquês de Pombal” (treze de Maio), através

da realização de uma palestra sobre “Os Amores e Ódios do Marquês de Pombal”; -----------------

------------- - Realização de exposições na Galeria de Arte Fundação Marquês de Pombal, assim

como na Galeria Casa Alexandre de Gusmão; --------------------------------------------------------------

------------- - Apoio à edição do livro “Compêndio da História da Universidade de Coimbra”; ----

------------- - Realização de onze concertos e catorze recitais no Palácio dos Aciprestes;------------

------------- - Desenvolvimento da actividade da Ludoteca Fundação Marquês de Pombal, que

constitui uma mais valia para os bairros municipais da Outurela Portela; ------------------------------

------------- - Realização de concurso de pintura, concurso de fotografia; ------------------------------

------------- - Celebração de Protocolos e Parcerias várias com a Câmara Municipal de Oeiras na

área cultural, social e de gestão do património;-------------------------------------------------------------

------------- - Concessão de Apoios no âmbito da Cultura e Acção Social; -----------------------------

------------- - Exploração do arrendamento de todos os ateliers da Quinta do Salles, tendo-se

verificado a falta de cobrança da renda de um dos ateliers em causa, em valor correspondente a

quinze mil cinquenta e um euros e sessenta cêntimos; ----------------------------------------------------

------------- - Participação na Universidade Atlântica a qual, contudo, foi desvalorizada em cerca

de quarenta mil euros, e que originou a necessidade de provisionar os prejuízos daí decorrentes;

amortizou-se cinquenta por cento em dois mil e nove, correspondente a vinte mil duzentos e

oitenta e quatro euros e oitenta e seis cêntimos, estando prevista a amortização dos restantes

cinquenta por cento para dois mil e dez; ---------------------------------------------------------------------

------------- - Receita no montante de trezentos mil sessenta e sete euros e cinquenta e nove

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cêntimos e despesa de duzentos e noventa e quatro mil duzentos e sessenta e nove euros e trinta e

oito cêntimos;----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- - Existência de depósitos a prazo de cem mil euros e cento e vinte e quatro mil

quatrocentos e trinta e dois euros e vinte e seis cêntimos; ------------------------------------------------

------------- - Redução de despesas de funcionamento no montante de quatro mil novecentos e

dezoito euros e vinte e cinco cêntimos. ----------------------------------------------------------------------

------------- Em face do exposto proponho ao Executivo camarário que: -------------------------------

------------- Um - Seja tomado conhecimento do Relatório de Actividades e Contas de dois mil e

nove, remetido pela “Fundação Marquês de Pombal”; ---------------------------------------------------

------------- Dois - Nos termos do disposto na alínea d), do número um, do artigo quinquagésimo

terceiro, da LAL (Lei número cento e sessenta e nove, de noventa e nove, de dezoito de

Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei número cinco-A, de dois mil e dois, de onze de

Janeiro), seja remetida a presente deliberação e a documentação anexa à Assembleia Municipal,

para conhecimento, no âmbito das respectivas competências em matéria de acompanhamento e

fiscalização da actividade das associações de que o Município faça parte.” ---------------------------

------------- II - A Câmara, por unanimidade, deliberou aprovar o proposto.” -------------------------

------------- O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) interveio, dizendo o

seguinte: -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- “As contas que nos foram propostas foram analisadas e dão-nos um saldo positivo de

cinco mil euros. Porém, há aqui uma questão que nos levanta uma situação, que é a participação

na Universidade Atlântica e é mencionado que a participação nesta desvalorizou quarenta mil

euros, o que obrigou a necessidade de amortizar cinquenta por cento no ano dois mil e nove mais

cinquenta por cento no ano dois mil e dez. É a parte mais importante que está neste Relatório e

não consigo encontrar a composição dos órgãos, o que também demonstra que o Senhor

Presidente da Fundação é neste momento uma figura simbólica, porque foi atribuída a um

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membro do conselho de administração, o poder de director-delegado, portanto, um

administrador-delegado que é a Senhora Administradora Albertina Guedes e, no fundo, é a ela

que cabe a representação da Fundação Marquês de Pombal. ---------------------------------------------

------------- Como nós conhecemos quem é a Doutora Albertina Guedes e sendo ela ao mesmo

tempo administradora da Parques Tejo, eu gostava de saber se ela está em acumulação ou se está

a meio tempo em cada lado, porque ela faz parte do Conselho de Administração da Parques Tejo.

------------- Quanto à receita está cá a avaliação, dá-nos conhecimento disso mas, de facto, esta é

a nota principal que está contida no Relatório.” ------------------------------------------------------------

------------- A Senhora Deputada Carolina Tomé (IOMAF) exprimiu o seguinte:-----------------

------------- “A Fundação Marquês de Pombal através do seu Relatório de Actividades e Contas

espelha-nos o contributo que tem dado para o desenvolvimento do Concelho, nas actividades

culturais e sociais que dinamiza, como consta no Relatório, e que são bem sucedidas. --------------

------------- O seu Relatório de Contas é positivo como já aqui foi referido e isso é um bom

exemplo dos resultados, as conferências, as exposições, os concertos, a Ludoteca, a concessão de

apoios que é dada para a edição de livros, os concursos de artes, entre outras iniciativas, que têm

revelado interesse para os munícipes de Oeiras que nelas participam e é prova disso a sua

assiduidade estável e a sua participação regular nos eventos que são dinamizados nos últimos

anos. Por todos estes motivos pensamos que há que felicitar a Fundação pela intervenção que

tem levado a cabo.” ---------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. deu o seguinte esclarecimento: -----------------

------------- “Penso não estar enganado mas nenhum dos administradores é remunerado, nem o

Doutor Tavares Salgado é remunerado, por isso, o vencimento da Doutora Albertina Guedes

provém, apenas, do lugar de administradora da Parques Tejo. -------------------------------------------

------------- Não há acumulação e a remuneração da Doutora Albertina Guedes provém apenas do

lugar de administradora da Parques Tejo, sendo que no âmbito da Fundação Marquês de Pombal

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ela não aufere qualquer remuneração.” ----------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) exprimiu o seguinte:-----------------------

------------- “Creio que o Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) pôs uma questão que

a mim também me surpreendeu e que não percebo, que é, quando se diz que a participação na

Universidade Atlântica reduziu-se quarenta mil euros e isso deu um certo reflexo. Eu não

consigo perceber, porque diz aqui: “participação na Universidade Atlântica, a qual, contudo, foi

desvalorizada em cerca de quarenta mil euros, o que originou a necessidade de se provisionar os

prejuízos daí decorrentes, amortizou cinquenta por cento em dois mil e nove, correspondente a

vinte mil, estando prevista a amortização dos restantes cinquenta em dois mil e dez”. Eu não sei

o que isto é, porque embora tivesse lido o Relatório não consegui perceber o que é. De qualquer

modo também valorizo o trabalho feito e estamos de acordo com o trabalho realizado pela

Fundação.” -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ----------------------------------

------------- “Eu não estou em condições de responder porque também não percebo visto que a

participação deve ter um valor nominal, o qual não varia, não há cotação em bolsa, mas há que

junto da Fundação perceber e, depois, trazer essa explicação.” ------------------------------------------

6.8. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. .º 971/10 relativa à fixação da

remuneração do Presidente do Conselho de Administração da LEMO, E.I.M., S.A., que a

seguir se transcreve: --------------------------------------------------------------------------------------------

“23 - PROPOSTA º. 971/10 - FIXAÇÃO DA REMUERAÇÃO DO PRESIDETE DO

COSELHO DE ADMIISTRAÇÃO DA LEMO, E.I.M., S.A.:------------------------------------------------

------------- I - O Senhor Presidente apresentou à Câmara a seguinte proposta: -----------------------

------------- “Por deliberação tomada em reunião do Executivo Municipal de dezasseis de

Dezembro de dois mil e nove, titulada pela proposta número mil duzentos e vinte e um, de dois

mil e nove, foi indicado o Senhor Emanuel Silva Martins para Presidente do Conselho de

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Administração da LEMO - Laboratório de Ensaio de materiais de Obras, E.I.M., Sociedade

Anónima, para o respectivo quadriénio correspondente ao período do mandato autárquico. --------

------------- Na sequência de tal deliberação foi posteriormente submetida à reunião do Conselho

Directivo (conforme acta número vinte e três) e da Assembleia Intermunicipal (conforme acta

número vinte e quatro) ambos da Empresa Intermunicipal que procederam à sua nomeação,

conforme consta dos documentos que se juntam ao processo. -------------------------------------------

------------- Torna-se, assim, necessário que seja fixada a remuneração aprovada pelos Órgãos

Executivo e Deliberativo em conformidade com o disposto nos artigos sexagésimo quarto,

número seis, alínea a), e quinquagésimo terceiro, número dois, alínea l), ambas da Lei das

Autarquias Locais (LAL).--------------------------------------------------------------------------------------

------------- - Considerando que o Senhor Emanuel Silva Martins vem desempenhando

ininterruptamente as funções de Presidente do Conselho de Administração desde o mandato

anterior, legitimado pela deliberação da Câmara Municipal, de dezasseis de Dezembro de dois

mil e nove, sendo certo no entanto que a sua nomeação pela Assembleia Intermunicipal da

LEMO apenas ocorreu no passado dia dezasseis de Junho de dois mil e dez, exercendo assim as

suas funções em regime de gestão corrente;-----------------------------------------------------------------

------------- - Considerando que com a nomeação operada por deliberação de dezasseis de Junho

de dois mil e dez e tomada em reunião da Assembleia Intermunicipal (acta número vinte e

quatro) convalidou todos os actos de pretérito por si entretanto tomados (artigo centésimo

trigésimo sétimo, do CPA). ------------------------------------------------------------------------------------

------------- Nestes termos, propõe-se que o Executivo Municipal delibere favoravelmente o

seguinte: -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- a) Fixar a remuneração do Presidente do Conselho de Administração da LEMO nos

termos do artigo quadragésimo sétimo, número três, “in fine” do RJSEL com efeitos a partir de

um de Janeiro de dois mil e dez, em três mil duzentos e trinta e quatro euros; ------------------------

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------------- b) Submeter a presente proposta à próxima sessão da Assembleia Municipal ao

abrigo do disposto nos artigos sexagésimo quarto, número seis, alínea a) e quinquagésimo

terceiro, número dois, alínea l), ambos da Lei das Autarquias Locais (LAL). -------------------------

------------- c) Dar conhecimento do conteúdo da deliberação tomada ao Senhor Presidente do

Conselho de Administração da LEMO.” --------------------------------------------------------------------

------------- II - O Senhor Presidente disse que nas empresas municipais o montante máximo é o

ordenado de um Vereador, nas empresas intermunicipais pode chegar até ao ordenado do

Presidente da Câmara de Lisboa, mas a Câmara tem que fixar esse montante.------------------------

------------- O doutor António Cunha explicou que os dois entendimentos são perfeitamente

aceitáveis e tem sido tradição da Câmara fixar esse montante, que é de três mil duzentos e trinta

e quatro euros, igual à Oeiras Viva e à Parques Tejo. -----------------------------------------------------

------------- A Senhora Vereadora Anabela Pedroso referiu ter ido ver a lei e viu os limiares,

quer em termos das empresas municipais é o ordenado do Presidente da Câmara respectiva, quer

das empresas intermunicipais que o ordenado corresponde aos dos Presidentes das Câmaras de

Lisboa e Porto.---------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vereador Amílcar Campos disse não compreender a razão da proposta

ser apresentada numa reunião em Setembro, para produzir efeitos a Janeiro, respondendo o

Senhor Presidente que houve dificuldade em reunir com a Câmara Municipal de Cascais. -------

------------- No uso da palavra o doutor António Cunha explicou que a Câmara Municipal de

Oeiras designou o Presidente por deliberação, em reunião realizada em dezasseis de Dezembro

de dois mil e nove, mas a Assembleia Intermunicipal deliberou nomeá-lo em dezasseis de Junho

de dois mil e dez, pelo que têm que ser validados todos os actos praticados desde a data em que a

Câmara se pronunciou designando, até à data em que foi empossado.----------------------------------

------------- Prosseguindo, o Senhor Vereador Amílcar Campos disse a explicação dada torna

mais clara a remuneração para esse cargo, embora considere que continua a haver algum

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desajustamento em relação ao que foi discutido em anterior reunião, aquando da aprovação das

remunerações para a Oeiras Viva e Parques Tejo, quando considerou e continua a considerar que

esses cargos não deveriam ter uma remuneração superior á de um Vereador, devido ao volume

de negócios, por isso, essa igualização, leva-o a não estar de acordo e a votar contra a proposta.--

------------- III - A Câmara, por maioria, com voto contra do Senhor Vereador Amílcar Campos,

deliberou aprovar o proposto.” --------------------------------------------------------------------------------

------------- A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) disse o seguinte:----------

------------- “Como é do conhecimento público, no actual Mandato, o Partido Socialista fez uma

clara opção política de não aceitar pelouros, nem lugares nas administrações de empresas, no

entanto, consideramos que esta Proposta, hoje aqui trazida, está conforme aquilo que têm sido

até algumas exigências e, até pela voz do Senhor Vereador Carlos Oliveira, já no passado,

relativamente ao facto dos valores não ultrapassarem o valor do Presidente da Câmara

Municipal. Pese embora tudo isto e porque este documento tem apenso duas actas (para quem

passou os olhos por ela), com certeza ficámos todos com a noção de que foi no dia dezasseis de

Junho de dois mil e dez que foram aprovados os relatórios de actividades de dois mil e nove, o

Relatório de Gestão e Contas da AMEM de dois mil e nove e ainda foi aprovado em meados do

ano, o Plano de Actividades e Orçamento do LEMO para dois mil e dez e da AMEM também. ---

------------- Portanto, isto faz-nos estar mais atentos à forma como estes órgãos funcionam,

porque efectivamente parece-nos bastante tarde a altura em que estes documentos foram

apreciados. Pese embora estas considerações, o Partido Socialista vai votar favoravelmente esta

Proposta.”- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) disse o seguinte: ----------------------------

------------- “Esta é daquelas situações que não surpreende ninguém desta Assembleia porque

todas as pessoas olham para isto e percebem do que se trata. E é muito mau que todas as pessoas

percebam do que se trata, em relação a esta questão. ------------------------------------------------------

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------------- A LEMO, do nosso ponto de vista, é daquelas empresas e associações que deviam

terminar, pois têm problemas sérios que nem a Câmara de Oeiras, nem a de Cascais, tem dado o

trabalho suficiente e tem um acumular de défice, mas a verdade é que anteriormente a LEMO

tinha como presidente um vereador e tendo sido levantada essa questão no Mandato anterior, foi

dito nesta Assembleia, que o Senhor Vereador estava na LEMO sem receber e como não recebia

era Vereador a tempo inteiro na Câmara. Tenho dúvidas e reservas que fosse assim mas foi o que

aqui foi dito. -----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Neste momento, passa-se algo mais complicado. O Partido Socialista assume sempre

posições de, mas ao fim de pouco tempo, muda as posições de, que assumiu. Com essa posição

que assumiu, a verdade é que o Senhor Emanuel Martins continua a presidir ao LEMO e, agora,

o que se propõe é que se lhe pague o que está aqui. Eu creio que isto é de facto uma situação

muito difícil de nós aturarmos e - vocês já me conhecem bem e sabem que eu não costumo falar

muito diplomaticamente - eu vejo muito mal que por via de deliberações de órgãos se compre

quem quer que seja e o nosso voto contra é muito penoso, porque a maioria das pessoas que

estão nesta Assembleia deveria votar contra porque sabem, tão bem quanto eu, o que estamos

aqui a fazer e, sabe tão bem como nós, o que se está aqui a passar.”------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) disse o seguinte: --------------------------------

------------- “Dado o adiantado da hora, gostaria de apenas dizer que concordamos inteiramente

com a intervenção do Senhor Deputado Daniel Branco (CDU). -----------------------------------------

------------- Registamos com agrado que finalmente o Partido Socialista tenha assumido

publicamente que é contra a presença de militantes seus nestes lugares.”------------------------------

------------- O Senhor Deputado Pedro Costa Jorge (CDS-PP) disse o seguinte: ------------------

------------- “Em primeiro lugar, por princípio, não me faz sentido nenhum que um administrador

numa empresa ganhe mais que um vereador. Não faz sentido nenhum quando há um responsável

político que é um vereador, que haja administradores nas empresas municipais que ganhem mais

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com ou sem subsídio de alimentação (ou carro) mas que ganhem mais, em termos de

remuneração mensal, que um vereador. E aqui a Câmara Municipal de Oeiras podia ter assumido

uma posição política, prioritária e definir do ponto de vista político. Tem margens de manobra

mas, do nosso ponto de vista, não faz sentido nenhum que isto suceda e volte a acontecer, quer

seja para se comprar alguém, quer não seja, independentemente disso, nas melhores ou nas

piores situações. -------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O que me parece é que esta Proposta, para a empresa municipal que estamos a tratar

e, nesse aspecto concordo inteiramente com o Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) que

devia-se pensar seriamente na manutenção, ou não, desta empresa municipal mas parece-me, em

todo o caso, que uma empresa com esta situação financeira, em que mantém administradores

executivos remunerados e cuja remuneração é elevada para satisfazer interesses ou,

eventualmente, potenciar conflitos parece-me simplesmente inadmissível.” --------------------------

------------- O Senhor Deputado Arlindo Barradas (IOMAF) questionou o seguinte: ------------

------------- “Gostaria de perguntar quantos são os presidentes de administração das empresas que

ganham mais do que o Primeiro-Ministro?” ----------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. deu o seguinte esclarecimento: -----------------

------------- “Quantas empresas públicas há em que o vencimento dos presidentes e dos

administradores são muito superiores aos vencimentos dos ministros que os nomeiam? Ou do

Primeiro-Ministro, ou do Presidente da República?--------------------------------------------------------

------------- Eu, pessoalmente, acho um ordenado baixo para as horas que eu despendo mas nunca

ninguém me ouviu queixar por isso, portanto, um bom administrador que desempenhe bem a sua

função e que cumpra com os objectivos da empresa e que consiga acrescentar valor através dessa

empresa na área que lhe está cometida, terá que ser remunerado. ---------------------------------------

------------- No caso concreto do Senhor Emanuel Martins que é, efectivamente, Presidente da

Empresa LEMO, não vejo porque não, pois se o Presidente da Parques Tejo, da Oeiras Viva ou

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de outra empresa, seja ela municipal ou intermunicipal, tem vencimento porque razão é que o

Presidente da LEMO não deveria ter. No passado, havia a questão da incompatibilidade, o

Presidente da LEMO também era Vereador com pelouros e optou por escolher o vencimento de

Vereador, no entanto, actualmente não é e o que estamos aqui a votar é uma proposta de

vencimento, que eu não discuto se é muito ou pouco, mas o importante é que, quer a Câmara de

Oeiras quer a de Cascais, têm o papel de cumprir o contrato “in house” e se existe esse contrato e

compromisso, é preciso cumprir e, no fundo, viabilizar aquilo que é a estrutura e os objectivos da

Empresa LEMO.” -----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) esclareceu o seguinte: ---

------------- “Gostaria de apenas esclarecer que o Partido Socialista não se encontra a votar a

remuneração de “a” ou de “b” mas, naturalmente, a do Presidente do Conselho de Administração

da LEMO.”-------------------------------------------------------------------------------------------------------

6.8.1. VOTAÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada por

maioria com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à Frente, do

Partido Socialista e do Partido Social Democrata, com os votos contra do Centro Democrático

Social-Partido Popular, da Coligação Democrática Unitária e do Bloco de Esquerda e com três

abstenções, sendo uma do Partido Socialista (Senhor Deputado Paulo Amaral) e duas do Partido

Social Democrata (Senhor Deputado Luís Teodósio e Senhora Deputada Ana Borja). --------------

------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita:--------------------

------------- “DELIBERAÇÃO .º 94/2010 ---------------------------------------------------------------

------------- PROPOSTA CMO .º 971/10 - FIXAÇÃO DA REMUERAÇÃO DO

PRESIDETE DO COSELHO DE ADMIISTRAÇÃO DA LEMO, E.I.M., S.A. ----------

------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número

novecentos e setenta e um barra dez, a que se refere a deliberação número vinte e três da reunião

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da Câmara Municipal, realizada em oito de Setembro de dois mil e dez, e deliberou por maioria

com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à Frente, do Partido

Socialista e do Partido Social Democrata, com os votos contra do Centro Democrático Social-

Partido Popular, da Coligação Democrática Unitária e do Bloco de Esquerda e com três

abstenções, sendo uma do Partido Socialista e duas do Partido Social Democrata, fixar a

remuneração do Presidente do Conselho de Administração da LEMO nos termos do artigo

quadragésimo sétimo, número três, “in fine” do RJSEL com efeitos a partir de um de Janeiro de

dois mil e dez, em três mil duzentos e trinta e quatro euros, conforme proposto pelo Órgão

Executivo do Município, traduzido naquela deliberação. -------------------------------------------------

-------------Mais foi deliberado, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da acta.” ---------

6.8.1.1. O Senhor Deputado Luís Teodósio (PSD) fez a seguinte Declaração de Voto: ----------

------------- “Nós temos aqui liberdade de voto em relação a esta matéria e eu estou de acordo

que a remuneração dos administradores não deve ser superior à dos vereadores e, por isso, de

facto, abstive-me.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

6.8.1.2. O Senhor Deputado Paulo Freitas do Amaral (J.F. Cruz Quebrada/Dafundo) fez a

seguinte Declaração de Voto: --------------------------------------------------------------------------------

------------- “Em conformidade com a Moção Política aprovada pelo Partido Socialista, em

Comissão Política, em consciência, sinto que é coerente votar a minha abstenção relativamente a

este cargo duma empresa municipal.”------------------------------------------------------------------------

6.8.1.3. O Senhor Deputado Tiago Serralheiro (PS) fez a seguinte Declaração de Voto:--------

------------- “Não obstante ter votado favoravelmente esta Proposta, deixaria aqui a

recomendação à Câmara que repensasse a fixação das remunerações dos conselhos de

administração em função do desempenho de cada empresa.” --------------------------------------------

6.9. Apreciação da Proposta C.M.O. .º 616/10 relativa ao Relatório e Contas de 2009 da

Oeiras Viva, E.E.M. - Ofício º. 24592 - 23-06-2010, que a seguir se transcreve:------------------

“71 - PROPOSTA º. 616/10 - RELATÓRIO E COTAS DE 2009 DA OEIRAS VIVA, E.E.M.:----

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------------- I - O Senhor Presidente apresentou à Câmara a seguinte proposta: -----------------------

------------- “A Oeiras Viva - Gestão de Equipamentos Sócio-Culturais e Desportivos, E.E.M.,

remeteu à Câmara Municipal de Oeiras, nos termos do disposto no número dois, do artigo

trigésimo, dos Estatutos da empresa, da alínea c), do artigo vigésimo sétimo, e na alínea a), do

número dois, do artigo trigésimo nono e do artigo quadragésimo segundo, todos da Lei cinquenta

e três-F, de dois mil e seis, de vinte e nove de Dezembro e sem prejuízo do disposto na Lei

Comercial quanto à prestação de informações aos titulares de participações sociais,

documentação correspondente ao Relatório e Contas de dois mil e nove.------------------------------

------------- Dois - Da documentação ora junta resulta:----------------------------------------------------

------------- - A elaboração do relatório de Actividades e Contas correspondente ao exercício de

dois mil e nove, destacando-se o objectivo de obter resultados de equilíbrio económico-

financeiro da empresa, sem descurar a preocupação com o nível de satisfação dos utentes e a

perspectiva social, numa atitude de abertura à comunidade; ---------------------------------------------

------------- - O aumento de capital realizado no exercício de dois mil e nove, aliado ao facto de

terem sido gerados resultados positivos em três anos consecutivos permitiu concluir o exercício

com capitais próprios positivos; ------------------------------------------------------------------------------

------------- - Assim, verificou-se também um fortalecimento da situação financeira, traduzindo

uma maior autonomia financeira;-----------------------------------------------------------------------------

------------- - O volume de negócios registou um crescimento de cinco vírgula nove por cento em

relação a dois mil e oito e o resultado líquido cresceu sete vírgula seis por cento; -------------------

------------- - A comparticipação da CM Oeiras como compensação para a prática de preços

sociais nas piscinas municipais diminuiu: em dois mil e oito representava dez vírgula um por

cento dos proveitos totais e em dois mil e nove baixou para nove vírgula oito por cento; -----------

------------- - Os custos com pessoal registaram um incremento de nove vírgula dois por cento em

relação ao ano anterior, passando de um peso relativo de quarenta vírgula nove por cento dos

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proveitos para quarenta e dois vírgula dois por cento; esta diferença resulta do aumento das

remunerações (dois vírgula nove por cento);----------------------------------------------------------------

------------- - Diminuição de dívidas de terceiros em sete vírgula sete por cento; ---------------------

------------- - Resultado líquido de cento e sessenta e um mil trezentos e vinte e três euros,

traduzindo um acréscimo, em relação a dois mil e oito, de oito por cento; -----------------------------

------------- - O investimento real em dois mil e nove foi de duzentos e cinquenta e dois mil

seiscentos e noventa e quatro euros com especial destaque para as obras de

beneficiação/remodelação na Piscina Municipal de Barcarena; tal investimento foi financiado, na

sua quase totalidade, através do Contrato Programa de Investimento, no montante de duzentos e

cinquenta mil euros, atribuído a título de indemnização compensatória nos investimentos de

rendibilidade não demonstrada; -------------------------------------------------------------------------------

------------- - O Porto de Recreio de Oeiras é o centro de custo que contribuiu com a maior

participação (trinta e três por cento) para o comuto dos proveitos, seguindo-se a Piscina Oceânica

(catorze por cento), as piscinas municipais (doze vírgula cinco por cento), Pavilhões Desportivos

(oito por cento) e Auditórios Municipais (oito por cento);------------------------------------------------

------------- - O Porto de Recreio contribui para vinte e dois por cento do Total de Custos, logo

seguido da Sede (dezoito por cento) e das piscinas municipais (onze por cento). ---------------------

------------- - Todos os equipamentos registaram uma evolução positiva relativamente à “taxa

média de indisponibilidade” de dois mil e nove; -----------------------------------------------------------

------------- - No que concerne a gestão dos auditórios, o mais utilizado foi o auditório Municipal

Eunice Muñoz.---------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Três - O parecer do Fiscal Único é no sentido da aprovação do Relatório do Conselho

de Administração, bem como do Balanço, a Demonstração de Resultados e respectivos anexos

mas chama a atenção para o facto de a empresa apresentar ainda Capitais Próprios inferiores a

metade do capital no exercício de dois mil e nove.---------------------------------------------------------

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------------- Nesta conformidade, proponho à Câmara que: -----------------------------------------------

------------- - Aprove, nos termos e para os efeitos do disposto no número dois, do artigo

trigésimo, dos Estatutos da empresa, na aliena c), do artigo vigésimo sétimo, alínea a), do

número dois, do artigo trigésimo nono e do artigo quadragésimo segundo, todos da Lei cinquenta

e três-F, de dois mil e seis, de vinte e nove de Dezembro, do Relatório e Contas da Oeiras Viva -

Gestão de Equipamentos Sócio-Culturais e Desportivos, E.E.M. relativo ao ano de dois mil e

nove; ------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- - Delibere, nos termos do estabelecido nas alíneas c) e d), do número um, do artigo

quinquagésimo terceiro, da LAL (Lei número cento e sessenta e nove, de noventa e nove, de

dezoito de Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei número cinco-A, de dois mil e dois,

de onze de Janeiro), a remessa da presente proposta de deliberação e documentos anexos à

Assembleia Municipal, para conhecimento no âmbito das respectivas competências em matéria

de acompanhamento e fiscalização da actividade das empresas municipais.” -------------------------

------------- II - Relativamente a esta proposta o doutor José Manuel Constantino que esteve na

reunião na qualidade de Administrador da Oeiras Viva começou por dizer, que relativamente às

contas da empresa Oeiras Viva elas apresentam resultados globais mais positivos do que os

verificados no ano anterior, os quais por sua vez, já eram mais positivos do que os verificados

em dois mil e sete, o que significa que os resultados que têm sido alcançados nos últimos cinco

anos, têm acentuado uma tendência de positividade, relativamente a todos os indicadores de

gestão, com uma pequena excepção que oportunamente referenciará.----------------------------------

------------- Observou que, um elemento decisivo do ponto de vista da empresa, é a avaliação

quanto ao grau de satisfação daqueles a quem servem e isso está traduzido nos diferentes

inquéritos que foram realizados ao longo do ano, nos diferentes equipamentos onde prestam

serviço e ao mesmo tempo nos indicadores de sustentabilidade económica ou financeira, que se

traduzem nos finais alcançados, cujo valor importa em cento e sessenta mil euros, repercutindo

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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também um aumento no volume de negócios de cerca de cinco vírgula nove por cento nos

proveitos globais alcançados e num resultado líquido, que em relação ao ano anterior, também se

traduz num indicador de cerca de sete vírgula seis por cento. --------------------------------------------

------------- Acrescentou que, em qualquer um dos equipamentos que gere, houve aumento do

volume de proveitos, que foram alcançados com duas excepções, que são o Porto de Recreio e a

Piscina Oceânica, que pese embora a circunstância de terem tido um volume de negócios muito

superior àquilo que foram as suas despesas tiveram pequenas diferenças relativamente aos

valores alcançados no ano anterior.---------------------------------------------------------------------------

------------- Relativamente à Piscina Oceânica salientou que o elemento explicativo que encontra

para essa questão, é a situação climática, devido ao tempo irregular que se verificou no Verão

passado, o que traduziu um menor número de utentes e uma receita com algum valor abaixo do

ano anterior, mas também se verificou que houve um decréscimo significativo do ponto de vista

da despesa, sendo que o percentual estabelecido entre a receita e a despesa é favorável quando

comparado com o período do ano anterior.------------------------------------------------------------------

------------- Quanto ao Porto de Recreio referiu que houve um menor volume de negócios, que do

seu ponto de vista tem que ver com dois factores: A menor procura devido aos indicadores de

crise que se traduziram não apenas o volume de negócio, mas também a dificuldade de recolha

da receita de atracagem dos barcos, pelo facto de haver muitas dívidas e muitas situações para

resolução judicial. -----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Há outra situação que se mantém desde do ano anterior e tem a ver os auditórios, as

piscinas, os pavilhões, sendo que a única situação em que há uma relação deficitária entre custos

e proveitos, é o Pavilhão Desportivo Carlos Queirós, que resulta da circunstância de ser o

equipamento, cuja ocupação ocorre a partir da seis da tarde, enquanto que nos outros pavilhões

há uma ocupação que se inicia com as escolas às oito horas da manhã e termina às dezoito para

depois entrarem as colectividades, nesse Pavilhão não se consegue fazer com que haja essa

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ocupação, daí existir um diferencial negativo.--------------------------------------------------------------

------------- Acrescentou ainda, que em todos os restantes equipamentos, há uma gestão

equilibrada, alguns até com pequenas margens de lucro, o que permite que no cômputo geral da

empresa se tenha uma relação final positiva, com um resultado cuja proposta anexou ao

Relatório e Contas, propondo que seja indexada aos valores de negativos transitados de anos

anteriores e que seja abatida nesse sector.-------------------------------------------------------------------

------------- De seguida, fez uma observação respeitante a uma situação que não se pode dizer

que tenha corrido mal, mas que correu de modo diferente àquele que previa que corresse e que

transmitiu ao Executivo em Novembro, que consiste no valor do empréstimo bancário contraído

à Caixa Geral de Depósitos, esclarecendo que nesse ano havia uma amortização de duzentos mil

euros, ou seja, quando ela começou eram seiscentos e em Novembro estava-se com quatrocentos,

mas as dificuldades de liquidez resultantes do elevado número de débitos à empresa que não

foram liquidados, obrigou a que se fosse buscar o valor que já tinha sido depositado como

amortização do empréstimo, o que resultou que se terminasse o ano como se tinha começado.----

------------- Frisou que esta foi uma situação que não esperava que corresse como correu e que

não anula o bom resultado final alcançado, mas, no entanto, não permitiu que fosse reduzido o

valor em dívida junto da Caixa Geral de Depósitos como inicialmente se previa, daí o facto de se

ter terminado como se começou.------------------------------------------------------------------------------

------------- Por outro lado, no resultado operacional aproveitou, face à margem que tinha, para

fazer o abatimento de um conjunto de proveitos que vinham sendo transitados de ano para ano,

mas cuja capacidade de pagamento parecia-lhe ser duvidosa, razão pela qual se elevou esses

valores a custos e se se recuperarem entram no orçamento da empresa e são contabilizados como

proveitos, sendo no momento esta a situação da empresa.------------------------------------------------

------------- Referiu que, em termos globais mantém-se a tendência que tinha sido apresentada em

anos anteriores e retém-se uma situação sobre a qual já foi apresentada uma proposta que

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

137

oportunamente, será apresentada aos Senhores Vereadores e que traduz que, neste momento os

resultados transitados negativos ultrapassam em mais de metade o valor do capital social. ---------

------------- A empresa propõe que parte do capital social seja utilizado para limpar os valores

transitados em dívida, que se reduz ao capital social da empresa e do ponto de vista da

adequação que tem que ter ao regime das sociedades comerciais a questão fique completamente

limpa, sendo essa a observação que é feita em sede de parecer do Revisor Oficial de Conta e que

no relatório já é feita uma chamada de atenção para a proposta que se iria apresentar, estando

neste momento já na posse do Senhor Presidente.----------------------------------------------------------

------------- De seguida, fez referência ao anuário que foi elaborado recentemente sobre a vida

dos municípios e das empresas municipais. -----------------------------------------------------------------

------------- Referiu que há cerca de trinta empresas municipais que fazem gestão de

equipamentos desportivos e culturais, tendo por isso um objecto social similar ao que tem a

Oeiras Viva. ------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Dessas trinta empresas vinte têm resultados negativos, sendo a Oeiras Viva a quinta

empresa que está em melhor nível de facturação ao nível dessas cinco, porque é a única que

apresenta resultados líquidos positivos, sendo que nessa positividade o grau de participação do

accionista tem vindo a diminuir. ------------------------------------------------------------------------------

------------- A empresa Oeiras Viva tinha um grau de participação da Câmara de vinte e dois por

cento em dois mil e cinco, de vinte e três por cento em dois e seis e no ano anterior foi de nove

vírgula oito por cento, ou seja, o esforço da Câmara no equilíbrio financeiro da empresa,

designadamente, em sede de compensação para os parceiros sociais tem vindo a reduzir face ao

valor total dos proveitos, mas enquanto cliente da empresa a Câmara tem uma ficha de

facturação da ordem dos dez por cento.----------------------------------------------------------------------

------------- De seguida, interveio o Senhor Vereador Carlos Oliveira começando por agradecer

o modo como o doutor José Manuel Constantino fez a apresentação do Relatório e Contas da

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empresa Oeiras Viva. -------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Referiu que pretende esclarecer uma questão, que diz respeito à regularização dos

capitais próprios e o modo como a Câmara o desejaria fazer, ficando a aguardar a proposta que o

doutor José Manuel Constantino disse que trazia à Câmara, uma vez que o código das sociedades

tem que ser cumprido. ------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Referiu que gosta do trabalho desenvolvido pelo doutor José Manuel Constantino,

bem como da equipa que lidera, embora a sua experiência enquanto Vereador tenha começado

por ficar traumatizado, com a situação que a Oeiras Viva vivia em dois mil e cinco, cujo quadro

era muito negro, mas graças ao esforço da gestão da empresa e também da Câmara Municipal

tem-se vindo a compor, reiterando tudo o que tem dito sobre a mesma. -------------------------------

------------- Debruçando-se no Relatório, nomeadamente, nas páginas dois e três que faz menção

ao Porto de Recreio diz que tem trinta e três por cento e depois refere a piscina oceânica com

quarenta por cento e as municipais com cento e vinte e cinco, pelo que gostaria de saber se este

percentual está errado ou não, esclarecendo o doutor José Manuel Constantino que falta a

vírgula, o que quer dizer que é doze e meio por cento.----------------------------------------------------

------------- Por fim, o Senhor Vereador Carlos Oliveira colocou uma outra questão que diz

respeito a débitos não cobrados, pelo que gostaria de saber a que se deve, esclarecendo o doutor

José Manuel Constantino que se deve aos barcos que estão atracados na marina e que não

pagam as suas obrigações, o que levou a que hajam situações em contencioso, embora já em

determinada altura também houvesse problemas com a área comercial, mas que já estão

resolvidas. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Ainda no que toca aos barcos, frisou que para os mais pequenos, a Oeiras Viva

arranjou um armazém, mas para os grandes é muito difícil tirá-los do sítio onde permanecem, por

isso, toda essa situação tirou liquidez à empresa. ----------------------------------------------------------

------------- III - A Câmara, por unanimidade, deliberou aprovar o proposto.” ------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- A Senhora Deputada Carolina Tomé (IOMAF) interveio, dizendo o seguinte:------

------------- “Gostaria de informar que, na sequência do documento entregue anteriormente ao

Presidente da Assembleia Municipal, por motivos de exercer funções técnicas na Oeiras Viva,

não participarei na apreciação, análise e votação dos Pontos da Ordem de Trabalhos que dizem

respeito à Oeiras Viva e, sendo assim, vou ausentar-me deste assento durante a discussão dos

pontos oito, nove, dez e onze.” --------------------------------------------------------------------------------

------------- A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) interveio, dizendo o

seguinte: -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- “Este Relatório é efectivamente diferente daqueles que temos vindo a observar na

Assembleia Municipal e o Partido Socialista naturalmente congratula o esforço que a Oeiras

Viva tem vindo a fazer também no sentido da inovação, quer do ponto de vista contabilístico,

quer do ponto de vista da apresentação destes relatórios. -------------------------------------------------

------------- É interessante verificar que estes relatórios já não são meramente descritivos quase

como se de composições do quarto ano se tratassem e não é feito um “copy/paste” de um ano

para o outro, alterando os resultados.-------------------------------------------------------------------------

------------- Aqui, neste momento, verificamos que têm indicadores de satisfação de clientes e

puseram instrumentos de avaliação a funcionar de uma maneira muito diferente daquilo que é

visto nas outras empresas e estão atentos às taxas de ocupação média relativamente às diferentes

piscinas e aos diferentes equipamentos desportivos e o Partido Socialista naturalmente vê com

bons olhos esta evolução que a Oeiras Viva tem vindo a mostrar.” -------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ----------------------------------

------------- “Também gostaria de dar uma palavra de apreço pelo trabalho da Oeiras Viva e pela

forma como são apresentados estes documentos, corroborando com a intervenção da Senhora

Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS).” -------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente da A.M. concluiu a apreciação, dizendo o seguinte: -------------

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------------- “Considera-se assim apreciado o Relatório e Contas de dois mil e nove da Empresa

Municipal Oeiras Viva.” ---------------------------------------------------------------------------------------

6.10. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. .º 938/10 relativa à redução do Capital

Estatutário da Oeiras Viva, E.E.M. e consequente alteração dos seus Estatutos, que a seguir

se transcreve: ----------------------------------------------------------------------------------------------------

“98 - PROPOSTA º. 938/10 - REDUÇÃO DO CAPITAL ESTATUTÁRIO DA OEIRAS VIVA,

E.E.M. E COSEQUETE ALTERAÇÃO DOS SEUS ESTATUTOS: --------------------------------------

------------- I - O Senhor Presidente apresentou à Câmara a seguinte proposta: -----------------------

------------- “Considerando que:-------------------------------------------------------------------------------

------------- Um - O capital estatutário da Oeiras Viva - Gestão de Equipamentos Culturais e

Desportivos, Entidade Empresarial Municipal (doravante Oeiras Viva, E.E.M.) é de dois milhões

cento e noventa e sete mil trezentos e dezanove euros e sessenta e nove cêntimos. ------------------

------------- Dois - Apreciadas as contas do exercício de dois mil e nove da Oeiras Viva, E.E.M.,

constata-se que os capitais próprios da empresa se cifram actualmente em duzentos e sessenta e

três mil setecentos e cinquenta e seis euros e trinta e cinco cêntimos, valor positivo pela primeira

vez em sete anos, consequência do cúmulo do aumento de capital ocorrido nos exercícios de dois

mil e seis (quinhentos mil euros), dois mil e sete (cem mil euros), dois mil e oito (quinhentos mil

euros) e dois mil e nove (um milhão vinte e dois mil e quinhentos euros) e dos lucros

acumulados nos últimos três exercícios (quatrocentos e quarenta e seis mil cento e quarenta e um

euros).----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Três - Ainda assim devido aos resultados transitados negativos no valor de dois

milhões noventa e seis mil trezentos e cinquenta e quatro euros e quarenta e três cêntimos, os

capitais próprios são inferiores a metade do capital estatutário, encontrando-se pois perdido

metade do capital da Oeiras Viva, E.E.M., face ao disposto no número dois, do artigo trigésimo

quinto, do Código das Sociedades Comerciais.-------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

141

------------- Quatro - A empresa tem sido alertada para tal facto pelo Revisor Oficial de Contas,

através das diversas certificações legais de contas emitidas, bem como através de pareceres sobre

os instrumentos de gestão previsional. -----------------------------------------------------------------------

------------- Cinco - A manutenção de tal situação põe em causa a viabilidade económico-

financeira da empresa. ------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Seis - A mencionada norma do Código das Sociedades Comerciais impõe a adopção

de medidas tendentes a repor os capitais próprios da sociedade em níveis adequados, cabendo à

administração o dever de formular propostas e aos sócios o dever de as implementar. --------------

------------- Sete - Entre as medidas passíveis de contribuir para a viabilização da Oeiras Viva,

E.E.M. contam-se (i) a redução do capital estatutário ou (ii) a realização pelo sócio único de

entrada para reforço da cobertura de capital (conforme alíneas b) e c), do número três, do artigo

trigésimo quinto, do Código das Sociedades Comerciais).------------------------------------------------

------------- Oito - Os aumentos de capital estatutário não foram suficientes para dar

cumprimento ao disposto no citado artigo trigésimo quinto, do Código das Sociedades

Comerciais, pelo que a administração da Oeiras Viva, E.E.M. vem agora propor ao sócio único,

o Município de Oeiras, que delibere no sentido de sanar a situação através da redução do capital

estatutário no montante dos resultados transitados negativos, a saber dois milhões noventa e seis

mil trezentos e cinquenta e quatro euros e quarenta e três cêntimos. ------------------------------------

------------- Nove - Com a redução proposta, o novo capital social da Oeiras Viva, E.E.M. será de

cem mil novecentos e sessenta e cinco euros e vinte e seis cêntimos.-----------------------------------

------------- Dez - Com a redução proposta, os capitais próprios da Oeiras Viva, E.E.M. (duzentos

e sessenta e três mil setecentos e cinquenta e seis euros e trinta e cinco cêntimos) são superiores

a metade do capital estatutário, não se verificando assim a perda de metade do seu capital

decretada pelo citado artigo trigésimo quinto, do Código das Sociedades Comerciais. --------------

------------- Onze - Com a redução proposta, os capitais próprios da Oeiras Viva, E.E.M.

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(duzentos e sessenta e três mil setecentos e cinquenta e seis euros e trinta e cinco cêntimos)

excedem em mais de vinte por cento o montante do capital estatutário, cumprindo-se assim

também o desiderato do número um, do artigo nonagésimo quinto, do Código das Sociedades

Comerciais. ------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Propõe-se à Câmara que delibere, nos termos da alínea d), do número sete, do artigo

sexagésimo quarto, e da alínea l), do número dois, do artigo quinquagésimo terceiro, da Lei

número cento sessenta e nove, de noventa e nove, de dezoito de Setembro, com redacção dada

pela Lei número cinco-A, de dois mil e dois, de onze de Janeiro, e do artigo trigésimo quinto, do

Código das Sociedades Comerciais, aplicável por remissão do artigo sexto, da Lei número

cinquenta e três-F, de dois mil e seis, de vinte e nove de Dezembro, submeter à Assembleia

Municipal para aprovação:-------------------------------------------------------------------------------------

------------- a) A redução do capital social da Oeiras Viva - Gestão de Equipamentos Culturais e

Desportivos, Entidade Empresarial Municipal de dois milhões cento e noventa e sete mil

trezentos e dezanove euros e sessenta e nove cêntimos, para cem mil novecentos e sessenta e

cinco euros e vinte e seis cêntimos. --------------------------------------------------------------------------

------------- b) A alteração do número um, do artigo vigésimo quinto, dos Estatutos da Oeiras

Viva - Gestão de Equipamentos Culturais e Desportivos, Entidade Empresarial Municipal que,

em conformidade com os pontos anteriores, passará a ter a seguinte redacção: -----------------------

------------- ----------------------------- Artigo Vigésimo Quinto -------------------------------------------

------------- --------------------------------(Capital Estatutário)----------------------------------------------

Um - O capital estatutário da Oeiras Viva é de cem mil novecentos e sessenta e cinco euros e

vinte e seis cêntimos.”------------------------------------------------------------------------------------------

------------- II - A Câmara, por maioria, com abstenção do Senhor Vereador Carreiro Nunes,

deliberou aprovar o proposto.”--------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) colocou o seguinte Ponto de Ordem à

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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Mesa:------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- “Estas duas posições que vêm a seguir parecem-me ser a mesma coisa. Como o

Senhor Vice-Presidente deve saber o que é, era preferível ele explicar primeiro e depois

podermos debater, porque se ele der a explicação os dois pontos fundem-se num (penso eu).” ----

------------- O Senhor Presidente da A.M. exprimiu o seguinte: ---------------------------------------

------------- “A Mesa considera pertinente e passo a palavra ao Senhor Vice-Presidente.” ----------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ----------------------------------

------------- “O que aconteceu foi o seguinte: na altura quando foi obrigatória a passagem de

escudos para euros, esse montante não foi bem calculado pela Empresa Oeiras Viva. Havia um

diferencial ínfimo, penso que de cêntimos, mas a verdade é que aquando do registo comercial

desse capital social a conservadora ou os serviços de registo entenderam que não estava de

acordo e, portanto, foi necessário fazer uma redução do capital social nesse montante, que penso

que são cêntimos (não sei precisar quantos) para estar correcto de acordo com a lei, com as

regras de conversão de escudos para euros. -----------------------------------------------------------------

------------- Depois, houve uma entrada em espécie da piscina de Linda-a-Velha para o capital

social da Oeiras Viva, isto porque o passivo acumulado era de tal maneira elevado que já

contrariava a regra do código das sociedades comerciais que, se não estou em erro, afirmam ou

impõe que a dívida a transitar aos resultados negativos que transitam acumulados, não podem ser

superiores a cinquenta por cento do capital social. Portanto, teve que se entregar a piscina que foi

avaliada de acordo com os critérios da lei, em que subiu o capital social da Oeiras Viva e o que

agora está a ser feito pela Proposta do ponto dez, é a redução do capital social para abatimento da

dívida acumulada. A Oeiras Viva reduz o seu capital social e reduz também a dívida acumulada

ou os prejuízos transitados, para que esta regra dos cinquenta por cento esteja de acordo com

aquilo que é a imposição legal do código das sociedades comerciais.” ---------------------------------

------------- O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) disse o seguinte: ----------------------------

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------------- “Aquilo que me parece e vou falar nisto duma perspectiva que não é da minha área e,

por isso, é muito provável que algum jurista facilmente contradiga o que eu estou a dizer. Mas há

algo aqui que eu creio ser bom termos em conta: independentemente dos acertos que o ponto dez

põe em relação ao ponto nove, que são os tais cêntimos, o capital estatutário actual da Oeiras

Viva andará nos dois milhões cento e noventa e sete mil euros. Os capitais próprios actuais serão

de duzentos e sessenta e três mil euros e os resultados transitados negativos foram dois milhões e

noventa e seis mil euros. Portanto, isto são os valores que ali figuram. Diz que os capitais

próprios são inferiores a metade do capital estatutário, mas o que o código das sociedades

comerciais diz (penso eu) é que ao impor a adopção de medidas, as mesmas permitam à

sociedade assumir os seus compromissos. Mas, aqui estamos a reparar em algo completamente

diferente: a sociedade tem dívidas, compromissos e uma série de coisas mas para pôr isto de

acordo, em vez de se fazer o que em meu entender era correcto, que era pôr lá capital, faz-se uma

coisa que é impressionante, é reduzir o capital estatutário significando que a responsabilidade da

empresa perante terceiros fundamentalmente tem a ver com o seu capital estatutário. Eu tenho

grandes dúvidas que isto seja possível. ----------------------------------------------------------------------

------------- Não diz aqui, quanto é que deve a Oeiras Viva, mas ela deve a um banco pois teve

um empréstimo. Se esse banco sabe que a Oeiras Viva reduz o capital estatutário de dois vírgula

dois milhões para cem mil, fica “à rasca”, porque se a Oeiras Viva não pagar, ele não tem onde ir

buscar e isto é que eu não consigo perceber. Se eu bem percebi, a ginástica que foi feita foi dizer

assim: para nós pormos isto de acordo com o que diz não sei onde, nós reduzimos isto, o outro

fica no dobro e está “safo”. Mas isto para mim não é o problema. O problema é: como ficam

acauteladas as responsabilidades que a sociedade tem? Não ficam, só ficam com cem mil, pois

ficam com um capital estatutário de cem mil novecentos e sessenta e cinco euros. Dizem-me

assim: “é da câmara”, mas eu tenho grandes dúvidas em relação a isso, porque juridicamente este

processo pode ser correcto mas manifestamente é ludibriar as coisas.” --------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- O Senhor Deputado Pedro Sá (PS) disse o seguinte: --------------------------------------

------------- “O Partido Socialista estudou esta situação, como não poderia deixar de ser e

lamentamos que a dívida acumulada da Oeiras Viva, decorrente de outros exercícios anteriores,

obrigue a que se tome esta decisão, uma vez que as alternativas legalmente possíveis previstas no

código das sociedades comerciais seriam piores, quer a dissolução da sociedade, quer a

realização de entradas para reforço da cobertura do capital. ----------------------------------------------

------------- O nosso voto favorável é, portanto, a expressão de que esta, entre as alternativas

possíveis no estado de coisas é, de facto, a melhor dessas três alternativas, contudo, não podemos

deixar de ter em conta que isto prova inequivocamente que, durante um certo e determinado

período de tempo, a Oeiras Viva foi manifestamente mal gerida.” --------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. deu os seguintes esclarecimentos:--------------

------------- “A dívida é efectivamente suportada no capital social e o banco quando empresta

dinheiro toma atenção aos rácios, ao capital social mas, acima de tudo, o que o banco quer é

garantias reais, por isso, deve estar acautelado nessas garantias reais. Do ponto de vista técnico e

jurídico esta operação está correctíssima e pode-se também verificar que o dia-a-dia, em termos

de necessidades de “cash flowing” e de cumprir os compromissos com os fornecedores da

empresa, com as remunerações, com os ordenados e com as prestações sociais - tudo isso está

acautelado, tem sido garantido e cumprido. -----------------------------------------------------------------

------------- Não é o banco que vai ficar preocupado com a redução do capital social, porque o

banco só ficará preocupado se a sociedade for extinta ou não conseguir cumprir com as suas

obrigações referentes ao serviço da dívida desse financiamento ou dos financiamentos, não sei se

é um ou se é mais que um. Portanto, eu acho que do ponto de vista técnico e jurídico é uma boa

solução e conseguimos através deste mecanismo colocar a Oeiras Viva de acordo com aquilo que

são as regras do código das sociedades comerciais.” ------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente da A.M. interveio, dizendo o seguinte: ----------------------------

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------------- “Sabendo já que a Proposta que vamos votar agora tem uma diferença relativa ao

capital social da empresa de trinta e um cêntimos e que a Câmara na proposta seguinte pede para

rectificarmos vamos, por uma questão administrativa e lógica, votar a proposta número

novecentos e trinta e oito de dois mil e dez e, depois, a proposta mil cento e oitenta de dois mil e

dez para corrigir o capital actual ainda, porque ainda não foi votada a proposta, em trinta e um

cêntimos, uma vez que houve esta diferença.” -------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) disse o seguinte:----------------------------

------------- “Considero absolutamente irracional. O que a segunda proposta que a Câmara manda

faz é substituir a primeira, porque a segunda proposta devia ter feito com que a primeira não

fosse inscrita na Ordem de Trabalhos, pois ela substitui-a inteiramente.”------------------------------

------------- O Senhor Presidente da A.M. interveio, dizendo o seguinte: ----------------------------

------------- “Os termos da Proposta mil cento e oitenta são no sentido de rectificar o capital

social que actualmente tem a empresa em trinta e um cêntimos. ----------------------------------------

------------- Vamos votar por uma questão de ordem e de princípio uma vez que o que se pede é

para rectificar e são trinta e um cêntimos, todas as pessoas vêem que é um lapso.” ------------------

6.10.1. VOTAÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada por

maioria com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à Frente, do

Partido Socialista e do Partido Social Democrata e com os votos contra da Coligação

Democrática Unitária e do Bloco de Esquerda.-------------------------------------------------------------

------------- O representante do Centro Democrático Social-Partido Popular não se encontrava na

sala.-------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita:--------------------

------------- “DELIBERAÇÃO .º 95/2010 ---------------------------------------------------------------

------------- PROPOSTA CMO .º 938/10 - REDUÇÃO DO CAPITAL ESTATUTÁRIO

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DA OEIRAS VIVA, E.E.M. E COSEQUETE ALTERAÇÃO DOS SEUS ESTATUTOS

------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número

novecentos e trinta e oito barra dez, a que se refere a deliberação número noventa e oito da

reunião da Câmara Municipal, realizada em vinte e oito de Julho de dois mil e dez, e deliberou

por maioria com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à Frente,

do Partido Socialista e do Partido Social Democrata e com os votos contra da Coligação

Democrática Unitária e do Bloco de Esquerda, aprovar a redução do capital social da Oeiras

Viva - Gestão de Equipamentos Culturais e Desportivos, Entidade Empresarial Municipal de

dois milhões cento e noventa e sete mil trezentos e dezanove euros e sessenta e nove cêntimos,

para cem mil novecentos e sessenta e cinco euros e vinte e seis cêntimos, bem como a

consequente alteração do número um, do artigo vigésimo quinto, dos Estatutos da Oeiras Viva -

Gestão de Equipamentos Culturais e Desportivos, Entidade Empresarial Municipal que passará a

ter a seguinte redacção:-----------------------------------------------------------------------------------------

------------- ------------------------------“Artigo Vigésimo Quinto -----------------------------------------

----------------------------------------------(Capital Estatutário)----------------------------------------------

Um - O capital estatutário da Oeiras Viva é de cem mil novecentos e sessenta e cinco euros e

vinte e seis cêntimos.” Conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município, traduzido

naquela deliberação. --------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Mais foi deliberado, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da acta.” ---------

6.11. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. .º 1180/10 relativa à redução do Capital

Estatutário da Oeiras Viva, E.E.M. - Rectificação da Proposta de Deliberação º. 938/10,

aprovada em 28 de Julho, que a seguir se transcreve: ---------------------------------------------------

“46 - PROPOSTA º. 1180/10 - REDUÇÃO DO CAPITAL ESTATUTÁRIO DA OEIRAS VIVA,

E.E.M - RECTIFICAÇÃO DA PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO º. 938/10, APROVADA EM 28

DE JULHO: --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- I - O Senhor Presidente apresentou à Câmara a seguinte proposta: -----------------------

------------- “Em reunião de vinte e oito de Julho do corrente ano foi aprovada, pela Câmara

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Municipal, a proposta número novecentos e trinta e oito, de dois mil e dez, na qual se propunha a

submissão à Assembleia Municipal a redução do capital estatutário da Oeiras Viva - Gestão de

Equipamentos Sócio-Culturais e Desportivos, E.E.M., de dois milhões cento e noventa e sete mil

trezentos e dezanove euros e sessenta e nove cêntimos, para cem mil novecentos e sessenta e

cinco euros e vinte e seis cêntimos, por forma a não se verificar a perda de metade do seu capital,

nos termos do artigo trigésimo quinto, do Código das Sociedades Comerciais.-----------------------

------------- A proposta de deliberação foi elaborada tendo por base o Relatório e Contas de dois

mil e nove, da Oeiras Viva, E.E.M., aprovado por esta Câmara a vinte e seis de Maio de dois mil

e dez, que expressamente refere que o capital estatutário da empresa é de dois milhões cento e

noventa e sete mil trezentos e dezanove euros e sessenta e nove cêntimos.----------------------------

------------- Contudo, verificou-se que o capital estatutário registado na Conservatória do Registo

Comercial de Cascais é de dois milhões cento e noventa e sete mil trezentos e vinte euros,

constituindo a diferença em causa um arredondamento de trinta e um cêntimos, realizado no ano

de dois mil e um, no âmbito da operação de conversão de escudos para euros, em conformidade

com a legislação que regulava este tipo de operação, mas que não foi plasmado nos relatórios e

contas da entidade empresarial local. ------------------------------------------------------------------------

------------- Nos termos do artigo centésimo quadragésimo oitavo, do Código do Procedimento

Administrativo, “é possível a rectificação dos actos administrativos, tendo o mesmo efeito

retroactivo, desde que se trate de corrigir erros materiais cometidos na expressão da vontade real

do autor do acto e que tais erros sejam facilmente detectáveis ou comprováveis através do

próprio ou de elementos constantes do processo burocrático” (Acórdão do Supremo Tribunal

Administrativo de dezasseis de Abril de mil novecentos e noventa e um - Recurso número vinte

e sete mil setecentos e oitenta e seis). ------------------------------------------------------------------------

------------- Não havendo dúvida de que a vontade real da Câmara Municipal é a de reduzir o

capital social da Oeiras Viva, E.E.M., e tendo o erro sido detectado através de elementos

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

149

constantes do processo burocrático, considera-se que a proposta de deliberação número

novecentos e tinta e oito, de dois mil e dez, deve ser alvo de rectificação nos termos e para os

efeitos do artigo centésimo quadragésimo oitavo, do CPA, atendendo-se assim ao princípio do

aproveitamento do acto administrativo.----------------------------------------------------------------------

------------- Nestes termos, proponho que:-------------------------------------------------------------------

------------- Um - A Câmara Municipal delibere rectificar a proposta número novecentos e tinta e

oito, de dois mil e dez, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo centésimo

quadragésimo oitavo, do Código do Procedimento Administrativo, passando esta a ter o seguinte

teor:-------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- “Considerando que: -------------------------------------------------------------------------------

------------- Um - O capital estatutário da Oeiras Viva - Gestão de Equipamentos Culturais e

Desportivos, Entidade Empresarial Municipal (doravante Oeiras Viva, EEM) é de dois milhões

cento e noventa e sete mil trezentos e vinte euros. ---------------------------------------------------------

------------- Dois - Apreciadas as contas do exercício de dois mil e nove da Oeiras Viva, EEM,

constata-se que os capitais próprios da empresa se cifram actualmente em duzentos e sessenta e

três mil setecentos e cinquenta e seis euros e trinta e cinco cêntimos, valor positivo pela primeira

vez em sete anos, consequência do cúmulo do aumento de capital ocorrido nos exercícios de dois

mil e seis (quinhentos mil euros), dois mil e sete (cem mil euros), dois mil e oito (quinhentos mil

euros) e dois mil e nove (um milhão vinte e dois mil e quinhentos euros) e dos lucros

acumulados nos últimos três exercícios (quatrocentos e quarenta e seis mil cento e quarenta e um

euros). ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Três - Ainda assim, devido aos resultados transitados negativos no valor de dois

milhões noventa e seis mil trezentos e cinquenta e quatro euros e quarenta e três cêntimos, os

capitais próprios são inferiores a metade do capital estatutário, encontrando-se pois perdido

metade do capital da Oeiras Viva, EEM, face ao disposto no número dois, do artigo trigésimo

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quinto, do Código das Sociedades Comerciais.-------------------------------------------------------------

------------- Quatro - A empresa tem sido alertada para tal facto pelo Revisor Oficial de Contas,

através das diversas certificações legais de contas emitidas, bem como através de pareceres sobre

os instrumentos de gestão previsional. ----------------------------------------------------------------------

------------- Cinco - A manutenção de tal situação põe em causa a viabilidade económico-

financeira da empresa.------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Seis - A mencionada norma do Código das Sociedades Comerciais impõe a adopção

de medidas tendentes a repor os capitais próprios da sociedade em níveis adequados, cabendo à

administração o dever de formular propostas e, aos sócios, o dever de as implementar.-------------

------------- Sete - Entre as medidas passíveis de contribuir para a viabilização da Oeiras Viva,

EEM, contam-se (i) a redução do capital estatutário ou (ii) a realização pelo sócio único de

entrada para reforço da cobertura de capital (conforme alíneas b) e c), do número três, do artigo

trigésimo quinto do Código das Sociedades Comerciais). ------------------------------------------------

------------- Oito - Os aumentos de capital estatutário não foram suficientes para dar

cumprimento ao disposto no citado artigo trigésimo quinto, do Código das Sociedades

Comerciais, pelo que a administração da Oeiras Viva, EEM, vem agora propor ao sócio único, o

Município de Oeiras, que delibere no sentido de sanar a situação através da redução do capital

estatutário no montante dos resultados transitados negativos, a saber dois milhões noventa e seis

mil trezentos e cinquenta e quatro euros e quarenta e três cêntimos.------------------------------------

------------- Nove - Com a redução proposta, o novo capital social da Oeiras Viva, EEM, será de

cem mil novecentos e sessenta e cinco euros e cinquenta e sete cêntimos.-----------------------------

------------- Dez - Com a redução proposta, os capitais próprios da Oeiras Viva, EEM (duzentos e

sessenta e três mil setecentos e cinquenta e seis euros e tinta e cinco cêntimos) são superiores a

metade do capital estatutário, não se verificando assim a perda de metade do seu capital

decretada pelo citado artigo trigésimo quinto, do Código das Sociedades Comerciais. --------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

151

------------- Onze - Com a redução proposta, os capitais próprios da Oeiras Viva, EEM (duzentos

e sessenta e três mil setecentos e cinquenta e seis euros e tinta e cinco cêntimos) excedem, em

mais de vinte por cento, o montante do capital estatutário, cumprindo-se assim também o

desiderato do número um, do artigo nonagésimo quinto, do Código das Sociedades Comerciais. -

------------- Propõe-se à Câmara que delibere, nos termos da alínea d), do número sete, do artigo

sexagésimo quarto, e da alínea l), do número dois, do artigo quinquagésimo terceiro, da Lei

número cento e sessenta e nove, de noventa e nove, de dezoito de Setembro, com redacção dada

pela Lei número cinco-A, de dois mil e dois, de onze de Janeiro, e do artigo trigésimo quinto, do

Código das Sociedades Comerciais, aplicável por remissão do artigo sexto, da Lei número

cinquenta e três-F, de dois mil e seis, de vinte e nove de Dezembro, submeter à Assembleia

Municipal para aprovação:-------------------------------------------------------------------------------------

------------- a) A redução do capital social da Oeiras Viva - Gestão de Equipamentos Culturais e

Desportivos, Entidade Empresarial Municipal, de dois milhões cento e noventa e sete mil

trezentos e vinte euros, para cem mil novecentos e sessenta e cinco euros e cinquenta e sete

cêntimos.-- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- b) A alteração do número um, do artigo vigésimo quinto, dos Estatutos da Oeiras

Viva - Gestão de Equipamentos Culturais e Desportivos, Entidade Empresarial Municipal, que,

em conformidade com os pontos anteriores, passará a ter a seguinte redacção: -----------------------

------------- ----------------------------- Artigo Vigésimo Quinto -------------------------------------------

------------- ------------------------------- (Capital Estatutário) ----------------------------------------------

Um - O capital estatutário da Oeiras Viva é de cem mil novecentos e sessenta e cinco euros e

cinquenta e sete cêntimos.” ------------------------------------------------------------------------------------

------------- Dois - O envio da versão rectificada à Assembleia Municipal com a maior brevidade,

pois a apreciação da proposta número novecentos e tinta e oito, de dois mil e dez, encontra-se

agendada para a próxima reunião a realizar no próximo dia dois de Novembro de dois mil e dez.”

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------------- II - A Câmara, por unanimidade dos presentes, deliberou aprovar o proposto.” --------

6.11.1. VOTAÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada por

maioria com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à Frente, do

Partido Socialista e do Partido Social Democrata e com os votos contra da Coligação

Democrática Unitária e do Bloco de Esquerda.-------------------------------------------------------------

------------- O representante do Centro Democrático Social-Partido Popular não se encontrava na

sala.-------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita:--------------------

------------- “DELIBERAÇÃO .º 96/2010 ---------------------------------------------------------------

------------- PROPOSTA CMO .º 1180/10 - REDUÇÃO DO CAPITAL ESTATUTÁRIO

DA OEIRAS VIVA, E.E.M. - RECTIFICAÇÃO DA PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO º.

938/10, APROVADA EM 28 DE JULHO ----------------------------------------------------------------

------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número mil

cento e oitenta barra dez, a que se refere a deliberação número quarenta e seis da reunião da

Câmara Municipal, realizada em vinte e sete de Outubro de dois mil e dez, e deliberou por

maioria com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à Frente, do

Partido Socialista e do Partido Social Democrata e com os votos contra da Coligação

Democrática Unitária e do Bloco de Esquerda, aprovar, dada a rectificação feita à proposta de

deliberação número novecentos e trinta e oito barra dois mil e dez, a redução do capital social da

Oeiras Viva - Gestão de Equipamentos Culturais e Desportivos, Entidade Empresarial Municipal

de dois milhões cento e noventa e sete mil trezentos e vinte euros, para cem mil novecentos e

sessenta e cinco euros e cinquenta e sete cêntimos, bem como a consequente alteração do

número um, do artigo vigésimo quinto, dos Estatutos da Oeiras Viva - Gestão de Equipamentos

Culturais e Desportivos, Entidade Empresarial Municipal que passará a ter a seguinte redacção: -

------------- ------------------------------“Artigo Vigésimo Quinto------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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----------------------------------------------(Capital Estatutário)----------------------------------------------

Um - O capital estatutário da Oeiras Viva é de cem mil novecentos e sessenta e cinco euros e

cinquenta e sete cêntimos.” Conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município, traduzido

naquela deliberação. --------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Mais foi deliberado, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da acta.” ---------

6.11.1.1. O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) fez a seguinte Declaração de Voto: -------

------------- “Em relação a esta segunda votação, nós não votámos contra a correcção dos trinta e

nove cêntimos. Nós votámos contra no mesmo sentido que tínhamos votado anteriormente

porque, pela leitura que fazemos, as duas propostas para nós são semelhantes.”----------------------

6.12. Apreciação da Proposta C.M.O. .º 968/10 relativa ao Relatório de Execução

Orçamental da Oeiras Viva E.M., referente ao 1º. Trimestre de 2010, que a seguir se

transcreve: -------------------------------------------------------------------------------------------------------

“20 - PROPOSTA º. 968/10 - RELATÓRIO DE EXECUÇÃO ORÇAMETAL DA OEIRAS

VIVA E.M., REFERETE AO 1º. TRIMESTRE DE 2010: ------------------------------------------------------

------------- I - O Senhor Presidente apresentou à Câmara a seguinte proposta: -----------------------

------------- “Um - A “Oeiras Viva - Gestão de Equipamentos Sócio-Culturais e Desportivos,

E.M” remeteu à Câmara Municipal de Oeiras o Relatório de Execução Orçamental referente ao

primeiro trimestre de dois mil e dez, documento que procura evidenciar o grau de cumprimento

do Plano e Actividades e Orçamental dois mil e dez.------------------------------------------------------

------------- Dois - De tal documento resultam as seguintes constatações:------------------------------

------------- - Os Proveitos Operacionais do primeiro trimestre ascenderam a setecentos e setenta

e três mil seiscentos e um euros, o que traduz uma variação positiva em cerca de seis por cento

face ao estimado para o período, para o que contribui o crescimento de treze por cento,

verificado na Prestação de Serviços; -------------------------------------------------------------------------

------------- - As transferências da CMO registam uma variação negativa, traduzida numa

diminuição do subsídio atribuído em face do orçamentado; ----------------------------------------------

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------------- - Os custos operacionais ascendem a oitocentos e setenta e oito mil cento e vinte e

dois euros, valor cerca de um por cento abaixo do previsto; ---------------------------------------------

------------- - Os resultados financeiros, negativos, ascendem a seis mil trezentos e sessenta euros,

o que apresenta uma redução de treze por cento em face do previsto; ----------------------------------

------------- - Os resultados extraordinários correspondem a quarenta e um mil oitocentos e

dezoito euros, representando um decréscimo face ao orçamentado; ------------------------------------

------------- - No total, verifica-se um resultado líquido trimestral negativo de sessenta e nove mil

e sessenta e três euros, registando-se uma evolução positiva de trinta e um por cento em face ao

orçamentado; o equilíbrio de contas, não obstante negativo, apresenta uma melhoria face ao

estimado. - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- - A taxa de ocupação dos equipamentos sob gestão da empresa superou as

expectativas, com excepção para as Piscinas Municipais de Barcarena, Outurela Portela e

Pavilhão de Caxias, cuja procura diminuiu.-----------------------------------------------------------------

------------- Nesta conformidade, proponho ao Executivo Camarário que: -----------------------------

------------- Um - Tome conhecimento do Relatório de Execução Orçamental da “Oeiras Viva -

Gestão de Equipamentos Sócio-Culturais e Desportivos, E.M” referente ao primeiro trimestre de

dois mil e dez, nos termos do artigo vigésimo sétimo, d), do RJSEL; ----------------------------------

------------- Dois - Nos termos do disposto na alínea d), do número um, do artigo quinquagésimo

terceiro da LAL (Lei número cento e sessenta e nove, de noventa e nove, de dezoito de

Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei número cinco-A, de dois mil e dois, de onze de

Janeiro), seja remetida a presente deliberação e a documentação anexa à Assembleia Municipal,

para conhecimento no âmbito das respectivas competências em matéria de acompanhamento e

fiscalização da actividade das empresas municipais.” -----------------------------------------------------

------------- II - Acerca desta proposta a Senhora Vereadora Anabela Pedroso salientou que,

apesar de ter existido um proveito operacional bastante interessante, o qual conseguiu colmatar

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

155

algum do deficit que existia anteriormente, um dos pontos que apontam para a continuação desse

deficit, tem que ver com a fragilidade e com a deficiência e, se calhar, com a missão das próprias

transferências da Câmara, que deram origem a uma variação negativa, havendo uma diminuição

do subsídio atribuído em relação àquilo que estava orçamentado.---------------------------------------

------------- No sentido de esclarecer a questão o Senhor Presidente referiu que a lógica, tanto

da Oeiras Viva, como da Parques Tejo, é a obtenção do lucro, podendo existir diminuição das

utilizações por parte da Câmara, acrescentando que no próximo ano ainda vai haver mais,

embora o que exista não sejam subsídios, mas sim um contrato-programa que define o montante

global, que poderá ser usado na totalidade ou não, se se está numa situação de contenção, ou

seja, há por hipótese um espectáculo que pode ser feito no Auditório Municipal da Biblioteca

que é grátis, não se vai realizar no Auditório Eunice Muñoz ou Ruy de Carvalho porque o

contrato-programa tem um determinado limite, até poderão ter feito confusão com subsídio e

contrato-programa. ----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Esclareceu, ainda, que o que pode estar a acontecer é que o contrato-programa, pode

não estar a ser realizado de acordo com a expectativa da empresa, interrompendo a Senhora

Vereadora Anabela Pedroso para dizer que a frase não está correcta, quando fala “…numa

diminuição de subsídio atribuído…”, observando o Senhor Presidente que lhes irá dar

conhecimento disso e nos próximos relatórios já virá corrigido -----------------------------------------

------------- III - A Câmara, por unanimidade, deliberou aprovar o proposto.--------------------------

------------- Os documentos em causa, dão-se aqui como transcritos, ficando arquivados em Pasta

Anexa ao Livro de Actas, nos termos do número um, do artigo quinto, do Decreto-Lei número

quarenta e cinco mil trezentos e sessenta e dois, de vinte e um de Novembro de mil novecentos e

sessenta e três, com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei número trezentos e trinta e

quatro, de oitenta e dois, de dezanove de Agosto.” --------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ----------------------------------

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------------- “Eu não tenho nada a acrescentar e não havendo discussão acho que estaremos em

condições de votar.” --------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente da A.M. respondeu o seguinte:--------------------------------------

------------- “Não, é para apreciar, é o exercício do direito.” ---------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) disse o seguinte: --------------------------------

------------- “Eu gostaria de esclarecer uma questão, porque há pouco estive a folhear esta revista

que saiu hoje (julgo eu) e tem que se rectificar lá uma coisa, que diz que a Assembleia aprovou

por unanimidade a informação escrita do Senhor Presidente da Câmara, a fim de não se cair

nesse erro quando há apreciações. Se forem ver, isso acontece na revista por isso deve ser feito

um desmentido na próxima edição, que foi apreciada apenas, e não se tornar a fazer esta

asneira.” -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

6.13. Apreciação da Proposta C.M.O. .º 1041/10 relativa à renúncia de associado da

AMAGÁS - Associação de Municípios para o Gás, que a seguir se transcreve: -------------------

“93 - PROPOSTA º. 1041/10 - REÚCIA DE ASSOCIADO DA AMAGÁS - ASSOCIAÇÃO DE

MUICÍPIOS PARA O GÁS:---------------------------------------------------------------------------------------------

------------- I - A Senhora Vereadora Madalena Castro apresentou à Câmara a seguinte proposta:

------------- “O final dos anos mil novecentos e oitenta foi marcado pela “normalização” da

economia nacional, na qual o Estado tinha um importante papel promotor e estruturador dessa

economia. Neste quadro, a AMAGÁS foi criada com vista a constituir-se enquanto grupo de

pressão capaz de defender os interesses dos Municípios e, em última análise, dos próprios

Munícipes; tarefa que desempenhou, em nossa opinião, com eficiência - assegurando serviços e

protegendo os interesses fundamentais.----------------------------------------------------------------------

------------- Os objectivos das Câmaras Municipais, de virem a integrar as empresas

distribuidoras veio a frustrar-se, dado que o Governo de então legislou no sentido de excluir os

Municípios desse sector empresarial. ------------------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

157

------------- Porque também o mercado do Gás em Portugal está amadurecido, cremos não fazer

sentido continuar a integrar um projecto que já cumpriu o seu objectivo e que, como tal, está

ultrapassado pelas circunstâncias. ----------------------------------------------------------------------------

------------- Face ao exposto, propõe-se que a Câmara Municipal delibere: ----------------------------

------------- Um - Aprovar a saída do Município de Oeiras da AMAGÁS; e, --------------------------

------------- Dois - Com base no exposto, enviar ofício à Administração da AMAGÁS do

decidido pelo Executivo Municipal.”-------------------------------------------------------------------------

------------- II - A Câmara, por unanimidade, deliberou aprovar o proposto.” -------------------------

------------- O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) disse o seguinte: --------------

------------- “Esta é uma proposta que, na minha perspectiva e do Partido Socialista, vem mal

formalizada. Existiram até hoje nove deliberações ao longo do historial da AMAGÁS. Está aqui

presente ainda um Presidente de Câmara à época que fez parte desta associação, que é o Senhor

Deputado Daniel Branco (CDU), o qual na época era Presidente de Câmara. -------------------------

------------- A AMAGÁS encontra-se com sede social no Concelho de Oeiras e tem um estatuto

que diz que quando da sua insolvência tem decidido o seu património. Eu não entendo porquê

que a Câmara Municipal de Oeiras, em vez de fazer a proposta de solução desta associação, quer

sair dela? Era mais lícito, se ela já cumpriu a sua missão, fazer uma proposta em Assembleia da

Associação da sua dissolução, do que estar aqui a sair do seio dela, se ela já cumpriu não vale a

pena.------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Eu tenho aqui um conjunto de todas as deliberações em dois mil e dez e acho que era

preferível fazer essa situação.” --------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. deu os seguintes esclarecimentos:--------------

------------- “Nunca participei nesta AMAGÁS, embora já tivesse participado na AMEGA que

também entendo que não tem qualquer tipo de interesse. Agora, eu não sei se podemos pedir a

dissolução da associação, porque o que nós estamos a dizer é que para nós, Município de Oeiras,

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já não tem interesse estarmos lá. Poderá haver outros municípios que digam: “não senhora, nós

queremos cá continuar” - não é a mesma coisa. ------------------------------------------------------------

------------- Não sei onde é que é a sede da AMAGÁS e também não sei qual será o património

desta associação - não deve ter praticamente nada. --------------------------------------------------------

------------- Nós enquanto Município, associado desta AMAGÁS, aquilo que podemos dizer é

que não temos interesse em continuar a pagar a quota para estarmos na AMAGÁS e, portanto, é

esse o entendimento dos serviços e foi esse entendimento que a Senhora Vereadora trouxe, como

proposta à Câmara Municipal, e é essa proposta que vem aqui à Assembleia Municipal para o

Município de Oeiras deixar de ser sócio da AMAGÁS. No entanto, pode haver municípios que

não entendam que a mesma deva ser extinta e achem que ela deverá continuar, são coisas

diferentes.” -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente da A.M. interveio, dizendo o seguinte: ----------------------------

------------- “Embora no ofício que vem da Câmara Municipal, se diga que a Proposta é para ser

submetida à apreciação da Assembleia, o ponto dois, alínea m), do artigo quinquagésimo terceiro

da Lei cento e sessenta e nove, diz que é competência da Assembleia Municipal autorizar o

Município, nos termos da lei, a integrar-se em associações e federações de municípios, a

associar-se com outras entidades públicas, privadas ou cooperativas e a criar ou participar em

empresas privadas de âmbito municipal que prossigam fins de reconhecimento de interesse

público local, etc.. Portanto, se a Assembleia Municipal tem competência para autorizar a

integração, também tem competência para autorizar a não integração. Por isso, acho que é um

lapso do texto e julgo que a Mesa deve submeter à Assembleia para votação esta proposta da

Câmara. É esse o seu entendimento, Senhor Vice-Presidente?” -----------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. respondeu o seguinte: ----------------------------

------------- “Concordo Senhor Presidente, a Proposta terá que ser apreciada e votada.” ------------

6.13.1.VOTAÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada por

maioria com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à Frente, do

Partido Socialista, do Partido Social Democrata, da Coligação Democrática Unitária e do Bloco

de Esquerda e com a abstenção do Centro Democrático Social - Partido Popular.--------------------

------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------

------------- “DELIBERAÇÃO .º 97/2010 ---------------------------------------------------------------

-------------PROPOSTA CMO .º 1041/10 - REÚCIA DE ASSOCIADO DA AMAGÁS -

ASSOCIAÇÃO DE MUICÍPIOS PARA O GÁS -----------------------------------------------------

------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número mil e

quarenta e um barra dez, a que se refere a deliberação número noventa e três da reunião da

Câmara Municipal, realizada em oito de Setembro de dois mil e dez, e deliberou por maioria

com os votos a favor dos Grupos Políticos Municipais Isaltino Oeiras Mais à Frente, do Partido

Socialista, do Partido Social Democrata, da Coligação Democrática Unitária e do Bloco de

Esquerda e com a abstenção do Centro Democrático Social - Partido Popular, aprovar a saída do

Município de Oeiras da AMAGÁS, conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município,

traduzido naquela deliberação. --------------------------------------------------------------------------------

-------------Mais foi deliberado, também, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da

acta.” ------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte: --------------------------------------------

------------- “Passamos ao último ponto da Ordem do Dia que se prende com uma prestação de

contas de um trabalho realizado e começado já pela Assembleia Municipal no Mandato anterior

e que se concretizou junto do público que visava neste Mandato. ---------------------------------------

------------- Assim, passo a palavra à Senhora Deputada Carolina Tomé (IOMAF) para apresentar

uma súmula do trabalho que foi desenvolvido e pelo impacto que ele teve no público que

visava.” --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

6.14. Apresentação do trabalho desenvolvido junto das escolas de Oeiras pela Comissão

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que elaborou a Brochura sobre o Regulamento da Assembleia Municipal -----------------------

------------- A Senhora Deputada Carolina Tomé (IOMAF) interveio, dizendo o seguinte: -----

------------- “Sobre este trabalho eu não poderia deixar de dizer que, tudo o que foi feito por esta

Comissão da Assembleia Municipal composta por um elemento de cada Força Política, foi sem

dúvida muito gratificante e um trabalho bem sucedido. Este trabalho teve duas fases distintas:

uma primeira que já tiveram conhecimento, da produção de uma brochura sobre o que é a

Assembleia Municipal de Oeiras, destinada a crianças e jovens das escolas do Município e que

permitiu dar a conhecer um pouco mais aprofundadamente o que é o poder local, o que são os

órgãos políticos, o que é uma Assembleia Municipal diferente duma Câmara Municipal, que

funções tem, como funciona e como o munícipe também pode intervir e participar nestes órgãos

políticos, apresentando propostas ou críticas sobre o concelho onde vive, sempre numa

perspectiva de cidadania. --------------------------------------------------------------------------------------

------------- A segunda fase do trabalho foi de sensibilização junto das escolas para que alunos,

professores e pais se envolvam neste trabalho de cidadania. A Comissão foi muito bem recebida

nos conselhos pedagógicos das escolas e agrupamentos do Concelho, onde propusemos algumas

formas de abordagem da brochura, como um documento de partida, digamos assim, para o

trabalho educativo, sobre o que é o poder político, sobre o que é este Órgão a nível local e a

importância que pode ter na melhoria da qualidade de vida dos munícipes. ---------------------------

------------- Por último, gostaria apenas de salientar a perspectiva com que esta iniciativa foi

desenvolvida, não sendo partidária, apesar de ser composta por todos os Grupos Políticos, mas

foi, sobretudo, importante o facto de termos ido um pouco mais além daquelas competências

ditas mais fiscalizadoras que tem esta Assembleia e de termos conseguido dar um passo em

frente nestas questões da educação para a cidadania.------------------------------------------------------

------------- Gostava também que os outros elementos da Comissão ou alguém que quisesse

pronunciar-se sobre o assunto, pudesse acrescentar algo mais.” -----------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUICIPAL DE OEIRAS

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------------- A Senhora Deputada Luísa Lisboa (PS) interveio, dizendo o seguinte: ---------------

------------- “Depois do que a Senhora Deputada Carolina Tomé (IOMAF) já disse, pouco mais

há a dizer, mas eu só gostaria de realçar o importante que foi o exercício de democracia que

pudemos vivenciar com esta Comissão entre nós, sendo constituída por um Membro de cada uma

das Forças Políticas. Foi interessante podermos, muitas vezes, perder cada um a sua opinião para

respeitar a do outro, ouvindo a do outro no interesse do bem comum. Esse é o ponto que mais me

apraz ressalvar tanto na construção da brochura, como também depois, nas visitas às escolas, em

que nós as duas fomos, talvez, os elementos mais presentes e também o Senhor Francisco Silva,

do Bloco de Esquerda, mas todas as outras Forças Políticas se fizeram representar, mesmo que

rotativamente, e sempre conseguimos conciliar as intervenções de uns e outros e estarmos de

acordo até ao final quando uma vez ou outra surgiu um pequeno problema. Entre nós sempre

houve esse exercício de democracia e de respeito que me apraz salientar.”----------------------------

------------- O Senhor Deputado Guilherme Arroz (IOMAF) interveio, dizendo o seguinte: ----

------------- “Eu só gostaria de acrescentar um ponto que, aliás, sei que é caro ao Senhor

Presidente da Assembleia. Esta acção permitiu levar às escolas e, sobretudo, levar aos alunos das

mesmas uma visão da cidadania e da participação democrática, que era bom que fosse mais

generalizada porque hoje em dia os estímulos que existem para a juventude que está nas escolas,

normalmente não privilegiam esse aspecto, o qual é fulcral para a continuidade de uma sociedade

saudável e democrática e, desse ponto de vista, o trabalho que este grupo fez é da maior

importância do ponto de vista estratégico no desenvolvimento da mentalidade democrática dos

alunos que foram atingidos por este trabalho.” -------------------------------------------------------------

7. ITERVEÇÃO DO PÚBLICO------------------------------------------------------------------------

7.1. O Senhor Bruno Raposo, morador na Lage, disse o seguinte:-------------------------------------

------------- “Muito boa noite, eu venho falar de alguns problemas que incidem na Lage e, para

meu contentamento, vejo aqui três pessoas que sabem bem o que lá se passa. ------------------------

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------------- Gostaria de relembrar as últimas quedas de água, as quais caíram há muito pouco

tempo, e nós temos lá uma tampa que cada vez que chove muito levanta constantemente. Isto foi

um problema da Câmara, dos SMAS e da SANEST, onde fizeram vir desembocar esgotos e

águas fluviais de um empreendimento que vem de Polima e vai desembocar na Lage que tem

uma estrutura que não aguenta. Estamos a falar de uma tampa que está em frente a uma escola e

a um infantário - isto foi mostrado e revisto na televisão pela RTP Um. -------------------------------

------------- Em termos de inundações apenas gostaria de elucidar o DPE que, na questão da

AUGI da Lage, pôs o leito de cheia, uma das contrapartidas para mandar casas abaixo. ------------

------------- Eu faço relembrar se, nestas últimas quedas de água, não teríamos de mandar o

Marquês de Pombal abaixo ou o Jardim de Oeiras desaparecesse completamente, essas

fotografias são bem visíveis para todos verem, por isso, é bom que o DPE, antes de fazer algo,

tenha o bom senso de ver as coisas como elas são. --------------------------------------------------------

------------- Gostaria de saber como está a Rotunda da saída da Lage e convido todas as pessoas a

lá irem das sete horas e trinta minutos às dez da manhã.--------------------------------------------------

------------- Em termos de transportes públicos estamos muito mal servidos, porque temos a

passar na Rua da Encosta das Lagoas a Cento e Doze e a Cento e Vinte e Dois. Estes transportes

públicos não entram na localidade da Lage e, mais grave ainda, nem um abrigo há nessas duas

paragens onde estão crianças e jovens da escola a apanhar chuva e sol constantemente. ------------

------------- Não nos vamos esquecer que vamos ficar sem a Escola da Lage e eu quero ver como

é que os miúdos da Lage irão para a mega Escola de Porto Salvo. É uma boa dica para deixar aos

deputados municipais a fim de que comecem a trabalhar neste campo. --------------------------------

------------- Gostaria também de saber como estará a posição do Combus, se é ou não para acabar

ou se é para continuar.------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Já cá estive a doze de Outubro e volto a frisar: é bom que a Câmara Municipal de

Oeiras ande mais em cima dos bairros municipais porque não é só dar a casa visto que, a seguir,

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há o resto do acompanhamento que não está a ser feito. --------------------------------------------------

------------- O Senhor Vice-Presidente na sessão solene da Junta de Freguesia de Porto Salvo

deixou um desafio muito interessante, ou seja, desactivando a escola da Lage iria tentar que o

infantário fosse alargado. Muito boa proposta! É bom é que ela não fique só por proposta e que

seja já efectuada com a Santa Casa da Misericórdia, porque aquele infantário tem muitas pessoas

à espera para lá entrarem e estamos a falar numa área muito boa. ---------------------------------------

------------- Fiquei surpreso por o DPE ir sair de onde está e é bom que a Câmara, ao menos,

acautele os transportes públicos para que as pessoas consigam deslocalizar-se para o DPE, o qual

estava muito bem localizado mas agora vai ficar em Paço de Arcos. Vamos ver as coisas também

para o lado dos Oeirenses e não só em termos de dinheiro.-----------------------------------------------

------------- Vou deixar um pequeno recado à Bancada do Partido Socialista: é que criticar aqui,

em frente a todas as pessoas, é muito bonito, mas assumir os compromissos, depois, lá se vão

eles. Eu relembro que a AUGI da Ribeira da Lage foi em noventa e oito e se vocês não se

lembram, quem era Vereador desta AUGI era o Senhor Emanuel Martins, o qual passou “pente

raso na Lage”.----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Agora, o Senhor Deputado Marcos Sá (PS) vir aqui dizer que o Senhor Vice-

Presidente Paulo Vistas não lhes dá atenção - atenção que o Doutor Emanuel Martins fez-nos o

mesmo ou pior ainda.”------------------------------------------------------------------------------------------

7.2. O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. deu o seguinte esclarecimento: --------------------------

------------- “Muito obrigado ao Senhor Bruno Raposo. Eu já hoje falei na Rotunda e realmente

ela é uma necessidade do ponto de vista da entrada, da saída e da redução do risco de acidente,

mas parte da Rotunda vai ocupar terreno privado e, portanto, a Câmara tem uma dificuldade

acrescida que é negociar essa parcela de terreno com o seu proprietário para a concretização

dessa Rotunda. É claro que quando o Senhor Bruno Raposo fala da saída da Lage, é a saída à

direita porque à esquerda, ou seja, em direcção ao Lagoas o problema não é tão grave. -------------

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------------- Quanto à questão da tampa do esgoto terei que analisar isso em pormenor, pois não

tenho informação. -----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Sendo a Escola da Lage transferida para o edifício novo todo aquele edifício onde

hoje funciona a escola ficará vago. É claro que uma das carências que existe, não só na Lage,

mas também no resto da Freguesia de Porto Salvo e nas outras freguesias do Concelho é a área

da infância. E quando eu falo de infância não é tanto o jardim-de-infância, é o berçário, a creche

e também é preciso que a Misericórdia ou outra IPSS esteja disponível para receber aquele

equipamento, portanto, não basta a Câmara dizer que está disponível para ceder mas é preciso

encontrar algum parceiro que esteja disponível para aceitar. Isso é extensível não só à Lage,

porque ficará a Joaquim Matias, Adriano Canas e Firmino Rebelo e esses três equipamentos

ficarão à espera de um outro fim em que eventualmente a Câmara poderá negociar com uma

IPSS, seja o Centro Social Paroquial ou a Misericórdia, para incrementar essa oferta. --------------

------------- Quanto às carreiras, é o eterno problema, porque a Câmara junto das carreiras da

Vimeca pode ter uma acção de sensibilização e de alguma diplomacia, mas não pode ter uma

acção de exigência, porque eles são titulares daquela concessão e, às vezes, nem sempre os

circuitos e os locais que são feitos pelas diversas carreiras da Vimeca vão ao encontro daquilo

que é a vontade da Câmara. A Câmara tem feito esse esforço conjuntamente com a Junta e

continuará a fazer.-----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Quanto ao Combus, ele obriga, e penso que será feito no início do próximo ano, a

uma reavaliação dos utilizadores, do serviço, dos circuitos, dos trajectos, porque eu tenho a

sensação que em Porto Salvo não tem havido uma utilização do Combus relativamente àquilo

que eram as expectativas da Câmara, da Junta e das pessoas. Portanto, alguma coisa está mal ou

as pessoas não têm necessidade do Combus ou o seu circuito não está desenhado correctamente,

ou os horários. Há qualquer coisa que possivelmente não está a funcionar mas estamos a

aguardar um relatório e, no início do próximo ano, iremos analisar o Combus nas diversas

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freguesias, não só em Porto Salvo. ---------------------------------------------------------------------------

------------- Quanto à Lage e ao leito de cheia importa dizer que este não é uma definição

abstracta ou subjectiva por parte do DPE. Aquilo que é leito de cheia penso que há uma

definição na lei e há um perímetro em que a lei define o que isto é. O dizer que está em leito de

cheia não é por vontade do DPE e também não é comparável com o Marquês, nem tampouco

com o Rossio, pois este ano o Rossio também ficou inundado e não sei se ele também estará em

leito de cheia, mas a verdade é que são situações diferentes e os moradores da Lage devem

entender que a Câmara não tem hipótese, nem sequer capacidade para legalizar construções em

leito de cheia. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- De qualquer maneira gostaria de avisar o Senhor Bruno Raposo que dia vinte e nove

deste mês - não foi antes por minha indisponibilidade e do Senhor Arquitecto Pedro Carrilho - já

está agendado com a vossa Associação uma reunião com o DPE e, eventualmente, comigo no dia

vinte e nove deste mês, para falarmos sobre os mais diversos temas que preocupam os habitantes

da Lage.” - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

7.3. O Senhor Deputado Salvador Costeira (J.F. Porto Salvo) interveio, dizendo o seguinte: --

------------- “Eu pedi a palavra para esclarecer o nosso amigo Bruno, com quem eu já conversei

muitas vezes e sabe que eu tenho a porta da Junta sempre aberta para ele, todas as vezes que

forem necessárias. -----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Ele teve talvez o “azar” (digamos assim, entre aspas) porque, devido aos seus

afazeres profissionais, não esteve cá no decorrer da reunião e já hoje aqui foram debatidos

muitíssimos problemas da Lage que tocaram exactamente em muitas das questões que ele focou.

Já agora queria-lhe dizer que o Presidente da Comissão de Moradores da Lage, precisamente

preocupado com algum silêncio da parte da Câmara (não sei se é ou não), pediu-me uma reunião

e esta semana irei fazê-la no Centro Cultural da Lage com a Comissão de Moradores da Lage

para me colocarem todos os problemas e os poder apresentar à Câmara.-------------------------------

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------------- Eu considero, e não sei se os meus colegas presidentes de junta são da mesma

opinião que eu, que os canais ideais para a informação correr de uma forma escorreita é a de que

as comissões de moradores das várias freguesias devem falar preferencialmente com os

presidentes das juntas que elencarão com eles os problemas, até irão aos locais se for preciso e

depois encaminharão as questões para a Câmara. Esta é uma das questões que eu penso. ----------

------------- Mas o Senhor Bruno Raposo focou um problema e eu chamo a atenção do nosso

Vice-Presidente de que o grande problema da Lage, não é a Ribeira da Lage, é a Ribeira da

Freiria, a qual traz as águas que vêm do Concelho de Cascais e que depois passam canalizadas

sobre o Centro Cultural da Lage. Certamente, não há dentro dessa canalização um caudal

suficiente para as águas fluírem normalmente para o leito da Ribeira da Lage, o que causa

inundações extremamente perigosas muito antes de se chegar à margem da Ribeira da Lage. -----

------------- É fundamental que os serviços de saneamento da Câmara Municipal de Oeiras ou dos

serviços municipalizados se debrucem de uma maneira muito séria sobre este problema que pode

pôr em perigo numa zona de grandes chuvadas, a saúde, a integridade e a vida de muitas pessoas

da Lage.” - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

7.4. O Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) disse o seguinte: -----------------------------------------

------------- “Relativamente a este assunto que o Senhor Presidente da Junta acabou de falar,

sobre a tampa, deve-se dizer que é uma situação que acontece em vários sítios do Concelho - à

parte a questão de Cascais que eu não conheço - que é ter a rede de águas pluviais misturada com

os esgotos, porque a tampa que salta diz esgotos, ou então, enganaram-se a pôr a tampa. ----------

------------- Segunda questão: acho que é perfeitamente possível caminhar-se para transformar as

salas da escola em infantário ou berçário, tal como aconteceu com as escolas da Cruz

Quebrada/Dafundo. ---------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Terceira questão: é uma que o Bloco de Esquerda refere muitas vezes que é aquilo

que consideramos o abandono relativamente às questões sociais e ao acompanhamento social das

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pessoas que vivem nos bairros da Câmara. Realojar não é tirar as pessoas das barracas e pô-las

nos prédios, pois há toda uma série de problemas que muitas famílias precisam de ajuda e é isso

que julgo que o Senhor Bruno Raposo está a reclamar. O Bloco de Esquerda já fala disto há

muito tempo. -----------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- A quarta questão é sobre o leito de cheia. A minha formação (não profissional, mas

académica) tem muito a ver com essas coisas e não há melhor (péssimo) exemplo, da Câmara de

Oeiras, de construção em leito de cheias do que a Ribeira de Algés, ou seja, as duas torres cuja

parede da garagem é a margem da Ribeira. Em Oeiras também se fazem asneiras dessas e não

estou a dizer que não se deva impedir que se recuperem prédios em determinadas situações que

naturalmente não serão recuperáveis, mas foi feita na “monarquia” deste Presidente da Câmara. -

------------- Uma última questão é que quero pedir desculpa à Assembleia por uma informação

que há pouco dei, porque estive a ler com mais atenção aquela questão que eu referi na revista e

que está num português um pouco confuso e, já que tinha falado aqui nisso, queria também

informar que afinal não há nada a emendar na revista.”---------------------------------------------------

7.5. A Senhora Deputada Isabel Vasconcelos (CDU) interveio e disse o seguinte: ----------------

------------- “Eu não irei pronunciar-me sobre certos detalhes que o munícipe Bruno Raposo

apresentou, uma vez que o Presidente da Junta já falou e o Senhor Deputado Miguel Pinto (BE)

também já disse algumas coisas, por isso irei falar noutro sentido. Eu, para além de estar aqui,

também faço parte da Assembleia de Freguesia de Porto Salvo e da Comissão de

Acompanhamento da Lage que a Assembleia de Freguesia de Porto Salvo elegeu. ------------------

------------- Esta Assembleia já foi eleita há uns largos meses e já reuniu com a Associação de

Moradores da Lage e na sequência disto enviou uma carta ao Senhor Presidente Isaltino Morais,

que foi feita pelo Presidente da Assembleia e pedida pelo nosso líder da Comissão que é

Membro do Partido Social Democrata, pedindo uma reunião com o Doutor Isaltino Morais,

sendo a carta feita e enviada no dia vinte e nove de Agosto, ou seja, já percorreram vários meses

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e até agora não tivemos qualquer resposta. Ainda hoje eu falei com o líder da Comissão que

esteve aqui presente no público e lhe pedi para ele voltar a pedir ao Presidente da Assembleia de

Freguesia de Porto Salvo que faça “follow-up” ao Doutor Isaltino Morais, isto para que o Doutor

Paulo Vistas tome conhecimento porque, tanto quanto sei, nessa Assembleia de Outubro que ele

referiu, em que eu não estive presente, creio que esta questão já tinha sido perguntada e, embora

eu não estivesse presente (estou a falar por aquilo que me contaram) e, portanto, peço desculpa

se não é correcto, mas que o Doutor Paulo Vistas terá dito que não sabia de nada. Se realmente

não sabia agora fica a saber pela minha boca, que fizemos uma carta a vinte e nove de Agosto a

pedir uma reunião com o Presidente da Câmara. Foi a Comissão eleita pela Assembleia de

Freguesia e a carta foi enviada pelo nosso Presidente da Assembleia de Freguesia e aguardamos

resposta. -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O que nós queremos é reunir com o Senhor Presidente, apresentar-lhe uma série de

questões, porque isto implica e está relacionado com o processo de reconversão da Lage e,

portanto, nós aguardamos a reunião.”------------------------------------------------------------------------

7.6. A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) disse o seguinte: ------------------

------------- “Queria apenas deixar duas notas, porque é com muito agrado que nós verificamos

que há um exercício de cidadania que pretende exercê-lo no sítio certo e também verificamos,

com algum agrado, que está atento às nossas posições do passado mas, naturalmente, também às

do presente. E relativamente às questões do presente, elas também são claras e, objectivamente,

temos feito um percurso e é bom estar atento também a este. --------------------------------------------

------------- Com respeito à questão levantada pelo Senhor Presidente de Junta de Porto Salvo, de

quem fala com quem e quem é que deve articular com quem, também me parece que este é um

exercício de cidadania que deve ser pensado e levado a cabo por quem tem tantas dúvidas de

quem é o interlocutor de quem com a Associação de Moradores.”--------------------------------------

7.7. O Senhor Deputado Bruno Pires (PSD) disse o seguinte: ----------------------------------------

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------------- “Uma vez que nesta Assembleia foi focada relativamente à questão da Lage que o

Presidente da Comissão era do Partido Social Democrata, necessariamente este Grupo Político

teria que intervir e, neste caso, para confirmar que o Presidente da Comissão enviou uma carta ao

Senhor Presidente da Assembleia, a solicitar esta mesma reunião. Como já tinha referido na

Assembleia em que o munícipe Bruno aqui esteve presente, o Partido Social Democrata tem

estado ao corrente do que vai acontecendo na Lage e tem reunido de forma a conseguir agrupar o

máximo de informações e irá certamente continuar a acompanhar o processo.” ----------------------

7.8. O Senhor Presidente da A.M. concluiu, dizendo o seguinte: --------------------------------------

------------- “Antes de terminar os trabalhos de hoje quero agradecer a todos o esforço que

fizeram por cumprirmos a Ordem de Trabalhos, sem prejuízo de deixarem a sua visão e todos os

seus argumentos, tendo em vista o bem público dos munícipes do nosso Concelho. Muito boa

tarde a todos e estão encerrados os trabalhos por hoje.”---------------------------------------------------

8. ECERRAMETO DA REUIÃO--------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente deu por encerrada a reunião às vinte horas e quinze minutos. ----

------------- Para constar se lavrou a presente acta, que vai ser assinada pelo Senhor Presidente e

pelas Secretárias da Mesa. -------------------------------------------------------------------------------------

------------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

----------------------------------------------------O Presidente, ------------------------------------------------

------------------------------------------------A Primeira Secretária, -----------------------------------------

------------------------------------------------A Segunda Secretária, -----------------------------------------