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RELATÓRIO SÍRIA Apesar de a Síria viver tempos menos conturbados, a guerra ainda não tem um fim à vista e é um fantasma sempre pre- sente no dia-a-dia das populações. Agora começa outra batalha: a batalha contra a pobreza na qual se encontram milhares de famílias cristãs que procuram, tal como nós, uma vida digna e condições necessá- rias para começar tudo de novo. Com a sua ajuda assegurare- mos que estas famílias não deixem o país por causa das condições dramáticas em que vivem. É um desafio enorme que a Fundação AIS está con- fiante de poder ganhar… Novembro de 2018 AGORA, É HORA DE RECONSTRUIR! OS CRISTÃOS DA SÍRIA PRECISAM DE NÓS. ELES CONTAM CONSIGO.

ovembro de 0 - fundacao-ais.pt · deira libertação. Nesse dia centenas de cristãos saíram à rua! A Missa de Consagração aconteceu ... √ 3.000 crianças, com leite. Mensagem

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RELATÓRIO SÍRIA

Apesar de a Síria viver tempos menos conturbados, a guerra ainda não tem um fim à vista e é um fantasma sempre pre-sente no dia-a-dia das populações. Agora começa outra batalha: a batalha contra a pobreza na qual se encontram milhares de famílias cristãs que procuram, tal como nós, uma vida digna e condições necessá-rias para começar tudo de novo.

Com a sua ajuda assegurare-mos que estas famílias não deixem o país por causa das condições dramáticas em que vivem. É um desafio enorme que a Fundação AIS está con-fiante de poder ganhar…

Novembro de 2018

AGORA, É HORA DE RECONSTRUIR! OS CRISTÃOS DA SÍRIA PRECISAM DE NÓS.ELES CONTAM CONSIGO.

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Quando os combates grassavam em Alepo, parecia que nunca iriam acabar. Em vez disso, no Natal de 2016, um volte-face inesperado mu-dou o destino da cidade mais fusti-gada de toda a Síria. O pesadelo do jihadismo islâmico, que atormenta-va a cidade dia e noite, acabou!

A cidade de Alepo foi libertada por forças oficiais do Governo, graças ao sacrifício de tantas e tantas vidas ino-centes. O número de Cristãos caiu de 250.000 para apenas 32.000! Alepo foi libertada, mas é um monte de escom-bros que tem que ser reconstruído, uma humanidade que precisa de ser salva e curada das suas feridas exte-riores e interiores.

Para a comunidade cristã, a liberta-ção da cidade está indissociavelmen-te ligada a Nossa Senhora de Fátima. A verdade é que Alepo foi consagrada ao Imaculado Coração de Maria no dia

13 de Maio de 2017. A presença, então, em Alepo, de uma Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima comoveu toda a cidade. Esse foi o dia da verda-deira libertação.

Nesse dia centenas de cristãos saíram à rua! A Missa de Consagração aconteceu na Catedral de São Francisco de Assis, em Alepo, precisamente no dia em que o Papa Francisco celebrou a Missa de canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto no Santuário de Fátima, em Portugal, no Centenário das Apari-ções. Não é uma bênção?

Mensagem dos refugiados para si

“Damos graças a Deus por este dia celestial que vivemos e confiemos os Cristãos de Alepo à nossa Mãe Santís-sima. Que Ela, a Rainha da Paz, nos conceda a tão ansiada paz no Médio Oriente e no mundo inteiro.”

A guerra sangrenta na Síria ceifou mais de 400.000 vidas inocentes! Quem podia fugir, fugiu. Mais de metade dos Sírios são refugiados ou deslocados no próprio país. Quem ficou, vive no meio de destroços e passa fome. A presença dos sacerdotes e religiosas que ficaram com o seu povo no meio das ruínas e do sofrimento, anima os Cristãos que ficaram. Mais do que nunca, a Igreja representa a esperança do povo Sírio.

AS NOSSAS ORAÇÕES SÃO MAIS IMPORTANTES DO QUE NUNCA. PEÇAMOS A NOSSA SENHORA DE FÁTIMA A PAZ EM TODA A SÍRIA!

VISÃO GERAL DA SITUAÇÃO NA SÍRIAJá no oitavo ano de crise na Síria, o nível de gravidade e a complexidade das necessidades por todo país continuam a ser esmagadores. Os civis continuam a ter de suportar um conflito marcado pelo sofrimento, destruição e desprezo pela vida humana inigualáveis.

É a pensar nestas comunidades cristãs mais afectadas pela guerra, que a Fundação AIS lança esta enorme campanha de solidariedade de 32 novos projectos, no valor de 1,8 milhões de euros. Sobe assim, para 121 projectos que tem como ob-jectivo principal a ajuda de emergência, com uma atenção muito focada nas crianças e jovens, assim como em projectos de construção e reconstrução de igrejas, casas e estruturas que possibilitem a normalização da vida comunitária.

SOB A PROTECÇÃO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

de pessoas necessitam de ajuda humanitária

13,1 MILHÕES

de pessoas fugiram do país (50% cristãos)

5,5 MILHÕESde pessoas deslocadas

internamente

6,3 MILHÕES

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Em oito anos de guerra, a Ir. Annie Demerjian já perdeu a conta às viagens que fez entre Alepo e Damasco. Em oito anos de guerra, a Ir. Annie já perdeu a conta às pessoas a quem enxugou lágrimas, que resgatou da pobreza mais extrema. Foram milhares de dias vividos sempre com o coração apertado…

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Em oito anos de guerra, a Irmã Annie deixou de contar as vezes que ouviu o as-sobio das bombas a caírem perto de si, em que tratou pessoas ensanguentadas, feri-das no corpo ou na alma. Em oito anos, apesar da guerra, a Irmã Annie Demerjian ainda não perdeu o sorriso tímido, o olhar terno, a voz calma e suave. Nestes oito anos em que a Síria não sabe o que é viver em paz, a Irmã Annie já fez centenas de viagens entre Alepo e Damasco. Até pare-ce um pronto-socorro.

“Em todas as casas é possivel encontrar uma experiência dolorosa. Isso é algo que está no coração e na mente das pessoas, está com elas a toda a hora. Não é fácil, precisam de tempo para se curar. Há feri-das abertas, feridas a sangrar.”

Milhares de pessoas dependem todos os dias desta corrente de amor.

CHORO DE FOMETanto em Damasco como em Alepo, a Irmã Annie parece uma formiguinha in-cansável. Ela não descansa até assegurar que a rede de solidariedade que a Igreja montou continua a funcionar. Nestes anos não se perderam apenas vidas humanas num conflito interminável. Há também pessoas enlutadas que ficaram de mãos vazias. Há pais e mães que não sabem como calar o choro de fome dos seus fi-lhos. Sem trabalho, como sobreviver?

Para a Irmã Annie, não há problemas. Apenas soluções. A fé ensina isso. Se al-guém está com fome é preciso dar-lhe co-mida. Se uma família perdeu a casa nos bombardeamentos, tem de se encontrar um novo tecto. Se uma pessoa não tem roupa, é necessário providenciar um ca-saco, uns sapatos, uma camisola…

COM 30€ É POSSÍVEL OFE-RECER UM CABAZ ALIMENTAR

Só em Alepo, a Fundação AIS socorre todos os meses:

√ 3.850 famílias, com alimentos, remédios, alojamento e roupa.

√ 3.000 crianças, com leite.

Mensagem dos refugiados para si

“Já estamos no oitavo ano de guer-ra e as pessoas continuam a en-frentar muitas dificuldades. Mas, graças à vossa ajuda, consegui-mos permanecer junto do nosso povo e manter a esperança viva.” Ir. Annie Demerjian

Em Alepo, Mary e o seu irmão Sarkis, que é cego, de 75 e 65 anos, recebem medicamentos e ajuda para sobreviver.

Rania Tahan, voluntária da equipa da Ir. Annie, entrega a Madeline, uma mulher deficiente, os produtos que comprou com a ajuda dos benfeitores da AIS.

UM ANJO DA GUARDANa fotografia em cima, Wartan Kaakaji com a sua família em Alepo. Mariana, a sua única filha, tem 13 anos mas parece uma menina de 5 anos. Tem dificulda-des e está atrasada nos estudos. Wartan recolhe todo o tipo de lixo, como plásti-co, latas, etc. para depois vender…

Graças à Irmã Annie, e com a nossa ajuda, tem um gerador de electricidade e recebe mensalmente um cabaz alimentar.

OS CRISTÃOS DA SÍRIA CONTAM CONSIGO

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ALDEIA FANTASMAEm 2012, a região foi atormentada por grupos jihadistas que ocuparam a aldeia de Qalat’al Hons e todas as aldeias em redor. A igreja local foi um dos primeiros alvos. O Pe. George nunca mais conseguiu esquecer esses dias em que esteve prisioneiro dos terroristas.

“Mal chegaram, dirigiram-se para a igre-ja, onde eu vivia, derrubaram a porta e prenderam-me. Agrediram-me de tal for-ma que mais tarde tive de ser operado ao ombro. Graças a Deus, o sequestro durou pouco tempo, pois trocaram-me por um jihadista que tinha sido capturado pelo exército sírio.”, diz o sacerdote à equipa da Fundação AIS que recentemente es-teve na sua aldeia.

A aldeia não tinha mais de 25 mil habi-tantes. A notícia do sequestro do Padre correu veloz e ampliou ainda mais o medo que já todos sentiam pela presen-ça na região dos homens de negro. To-dos conheciam as histórias de cristãos presos, agredidos, crucificados e mor-tos nas aldeias e cidades então ocupa-das pelos jihadistas. Ali, em Qalat’al Hons, por certo não iria ser diferente. E, de um dia para o outro, a aldeia es-vaziou-se de todos os Cristãos.

Foram dois anos de uma violência que ficou impressa nas paredes das casas, nas marcas dos tiroteios e das bombas. E também nas casas dos cristãos que fo-ram arrombadas e saqueadas, tal como a igreja e tudo o que pertencia à comu-nidade cristã.

Apesar de tudo, o Pe. George nun-ca abandonou a zona. Ficou como se fosse o guardião do templo. Uma das suas preocupações, logo após a reconquista da região pelas forças governamentais, foi pintar uma cruz na porta e nas paredes das casas dos Cristãos para as proteger.

As casas lá estão, esventradas de tudo o que tinham, mas aguardando a chegada dos seus proprietários, das suas famílias.

FAZER OS IMPOSSÍVEISNão podem regressar, pois estão sem trabalho. Viviam quase todos do turis-mo que, entretanto, desapareceu. O que tinham foi roubado. As casas estão agora vazias e precisam de obras, e a aldeia continua sem água nem electri-cidade. Recuperar a aldeia é, apesar de tudo, relativamente simples. As casas podem sempre ser consertadas. Mas que dizer das pessoas? Como é que se reconstrói a alegria, como é que se recupera o tempo perdido? O Pe. Geor-ge sabe que vai ser difícil o regresso à aldeia feliz de outros tempos. Mas não desiste e continua em contacto com todos os seus paroquianos.

Mensagem dos refugiados para si

“A impotência destas famílias é muito grande. Continuam desenraizados, vivendo em aldeias por ali, no Vale dos Cristãos, a apenas 10 km de distância, mas preci-sam de ajuda para regressar.” Pe. George Maamary

“Estamos a fazer os impossíveis para ajudar as famílias a sobrevive-rem no dia-a-dia, de maneira que possam regressar um dia destes.” Para já, Qalat’al Hons continua a parecer uma aldeia fantasma.

Mas o Pe. George não desiste e sonha com o dia em que se vai voltar a rezar o Pai Nosso na Igreja de Nossa Senhora da Assunção… E, para isso, ele conta com a nossa ajuda. Com a sua ajuda.

Em Qalat’al Hons não há nenhum cristão. Os que viviam por lá, cerca de três centenas, fugiram quando os jihadistas ocuparam a região. Agora estão no chamado Vale dos Cristãos. Mas o Pe. George Maamary não desiste e sonha com o dia em que se vai voltar a rezar o Pai Nosso na Igreja de Nossa Senhora da Assunção…

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CONSTRUIR PARA FICAR Graças ao apoio da Fundação AIS, já começaram a ser reconstruídas as ca-sas de 97 famílias cristãs, na cidade de Homs. Numa cerimónia especial, na catedral siro-ortodoxa Um al Zehnar, em Homs, os proprietários cristãos das 97 casas que a Fundação AIS ajudará a reconstruir em Homs receberam o pri-meiro tijolo onde estava escrito “Jesus é a minha rocha.”

Infelizmente, a guerra na Síria está lon-ge de terminar, mas, graças a interven-ções como esta, podemos ajudar os nos-sos irmãos sírios a regressar, ainda que parcialmente, à normalidade.

Mensagem dos refugiados para si

“Muito obrigado! Não estamos ape-nas a reconstruir as casas e as igre-jas. Estamos a reconstruir as almas! Que Deus encha de bênçãos todos aqueles que nos estão a ajudar.” Pe. Antonios Musaa

Homs é a terceira maior cidade da Síria depois de Damasco e Alepo, e durante os primeiros anos de conflito foi palco de confrontos entre rebeldes e forças leais ao Governo de Bashar al-Assad. Muitos cristãos deixaram a cidade por razões de segurança ou porque as suas casas foram destruídas.

CONSTRUÇÃO E RECONSTRUÇÃO

Neste momento, 340 famílias em Homs estão a ser auxiliadas na renda das suas habitações, enquanto estamos a começar a reconstruir as suas casas para o seu regresso.

√ Casas√ Igrejas√ Edifícios paroquiais

COM 500€ É POSSÍVEL ADQUIRIR 2.000 TIJOLOS PARA A RECONSTRUÇÃO DE CASAS E IGREJAS.

OS CRISTÃOS DA SÍRIA CONTAM CONSIGO

De 2011 até hoje, enviámos mais de 25 milhões de euros para os nossos irmãos na Síria. É nos-so dever realizar o seu sonho de voltar para as suas casas. Com eles aprendemos o que signifi-ca ter uma fé firme e inabalável. Porque Jesus, mesmo no horror desta guerra sangrenta, nunca deixou de ser a sua rocha!

lares cristãos destruídos

MAIS DE 6.000MAIS DE 200

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A chaleira ao lume começa a vi-brar, sinal de que a água já está a ferver. Quem chega a casa de Rasha Draizy sente um ambiente de tanta calma e tranquilidade, que não dá para imaginar o sofrimento por que já passou esta jovem mulher, mãe de dois filhos e viúva desde que, há um par de anos, o marido morreu numa explosão num dos inúmeros comba-tes que se têm travado na Síria nes-tes já longos oito anos de guerra.

Rasha vive com os dois filhos numa aldeia no chamado Vale dos Cristãos. Quando o marido morreu parecia-lhe impossível sobreviver. Não só sobrevi-ver à dor da perda, mas ter a capacida-de para ultrapassar as dificuldades do dia-a-dia. O marido trabalhava como motorista. Ele era o sustento da casa. No dia em que a explosão ceifou a vida ao marido de Rasha, ela ficou sem saber o que fazer. Ainda hoje é com alguma perplexidade que fala nesse dia trágico que a enlutou para sempre.

DE MÃOS VAZIAS

Ali, no Vale dos Cristãos, no norte da Sí-ria, não haverá uma única pessoa que não tenha histórias de sofrimento, de perseguição, de violência. Os anos de guerra não destruíram apenas cidades inteiras. Martirizaram a própria popu-lação. Todas as pessoas, sem excepção, estão de alguma forma feridas no corpo ou na alma. Ninguém sobrevive sem qualquer cicatriz a tanta barbárie.

Rasha ficou de mãos vazias com dois filhos para criar. O que fazer? “No iní-cio foi muito difícil. Fiquei sem nada.”, reconhece Rasha Draizy. Valeu-lhe, em concreto, a ajuda da Fundação AIS. Um retrato grande, pendurado numa pa-rede, lembra a todos, todos os dias, o sorriso do marido de Rasha, o sorriso do pai de Michael e Rachel. A vida con-tinua. Por isso, Rasha assume todos os dias o seu papel de mãe, pai e também de catequista.

SALVAR VIDASAs portas do Hospital Mzeina, no cha-mado Vale dos Cristãos, estão sempre abertas. Ali, graças ao apoio da Funda-ção AIS, todos são atendidos. Mesmo os que, por causa da guerra, mal te-nham dinheiro para comprar a comida do dia-a-dia…

Marwan Mussa fugiu com a sua família, de Homs para o Vale dos Cristãos. Nahila Murad, a sua mulher, recebe tratamento neste hospital: “Tenho cancro no intesti-no. Os médicos não me deram muitas es-peranças. Mas sou uma mulher com mui-ta fé e agora estou melhor, graças a Deus! Sei que são os benfeitores da Fundação AIS que me ajudam a pagar o tratamento. Nem sei como vos agradecer…”

Mensagem dos refugiados para si

“A ajuda que recebemos dos benfeitores da Fundação AIS foi o único apoio que nos sustentou. A vossa ajuda realmente muda vidas. Eu e os meus filhos somos teste-munhas disso. Muito obrigada!” Rasha Draizy

Tem um sorriso bonito. É nova ainda, mas a sua vida transformou-se por completo quando o marido morreu num dos inúmeros combates que se têm travado nestes últimos oito anos de guerra na Síria. Nesse dia, o mundo desabou para Rasha Draizy. Viúva, com dois filhos pequenos, como iria ela sobreviver?

AJUDA DE EMERGÊNCIA:√ Alojamento de famílias cristãs√ Alimentação √ Ajuda médica

COM 120€ É POSSIVEL PAGAR UMA CIRURGIA

OS CRISTÃOS DA SÍRIA CONTAM CONSIGO

Estas famílias são duas das mais de 350 famílias, de toda a região do Vale dos Cristãos, que rece-bem a nossa ajuda.

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Milhões de crianças perderam a in-fância, mas a geração que sobrevi-veu à guerra e às privações vai ser aquela que irá enfrentar as dificul-dades e reconstruir o seu país.

escolas destruídas

MAIS DE 3.000

Actualmente, mais de 5 milhões de crianças e adolescentes, desde o pré--escolar até ao secundário, precisam urgentemente de apoio especializado para ultrapassar o trauma da guerra.

Cerca de 3 milhões de crianças nasce-ram durante a guerra.

Uma geração sem ensino, sem educação é uma geração perdida. Por isso, o apoio às crianças e jovens que foram afastados do ensino e que só conheceram nestes anos a realidade dura da guerra é uma prioridade para a Fundação AIS.

UM FUTURO MELHORA Fundação AIS está empenhada em apoiar todas as crianças e jovens sí-rios, não esquecendo os que estão numa situação de maior fragilidade e de total dependência.

Por exemplo, para 90 jovens com pro-fundas dificuldades de aprendizagem, o Centro Semente de Mostarda, em Homs, criado pelas Irmãs do Sagrado Coração, oferece uma esperança de vida num mundo despedaçado. Este centro foi o único do género a permanecer aberto durante todo o recente conflito que de-vastou grande parte da cidade.

Mensagem dos refugiados para si

“Os pais destes jovens apreciam muito o que fazemos por eles. Costumam dizer que não sabem como conseguiriam sem nós, especialmente porque o nosso é o único serviço desse tipo que é gratuito. Estes jovens e as suas famílias agradecem profundamente aos benfeitores da Fundação AIS!” Rafif Elias, Coordenador educacional

AJUDA À EDUCAÇÃO:

√ Centenas de crianças de mais de 300 famílias carenciadas e muitas crianças órfãs e doentes em Damasco

√ 1.215 estudantes até ao secundário

√ 405 estudantes universitários em Homs

√ 105 estudantes universitários em Damasco

COM 250€ É POSSÍVEL PAGAR UM ANO ESCOLAR A UMA CRIANÇA

Durante esse tempo, o centro foi for-çado a mudar de espaço duas vezes para escapar à violência. Quando fi-nalmente regressaram às suas insta-lações iniciais, descobriram que os extremistas recém-saídos da Frente Al Nusra o haviam transformado num centro de comando.

No auge do conflito, os jihadistas ar-rancaram as lajes do pátio e deixaram um rasto de destruição. Agora, com a ajuda da Fundação AIS, o Centro está a ser restaurado, e as crianças e os jovens, com idades entre os 4 e os 30 anos, estão de volta!

OS CRISTÃOS DA SÍRIA CONTAM CONSIGO

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O DESAFIO É ENORMEA sua ajuda na Síria não é meramente uma resposta à dramática situação humanitária provocada pela guerra. A sua ajuda é fundamental para a sobrevivência e permanência dos Cristãos na Síria.

Por favor, ajude-os a ficar!

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FICHA TÉCNICAPROPRIEDADEFundação AIS,R. Prof. Orlando Ribeiro,5-D, 1600-796 LisboaTel. 217 544 [email protected]

DIRECTORA AIS PORTUGAL:Catarina Martins de Bettencourt

EDIÇÃO E REDACÇÃO:Ana Vieira e Paulo Aido

FOTOS:Ismael Martinez

DESIGN GRÁFICO E IMPRESSÃO:JSDesign e Artipol Artes Gráficas

Novembro de 2018

TRANSFERÊNCIA BANCÁRIAIBAN: PT50 0269 0109 0020 0029 1608 8SWIFT/BIC: BKBKPTPL

Por favor, não deite fora este relatório. Partilhe-o com alguém,

deixe-o na sua paróquia ou noutro local. OBRIGADO.

Em resposta ao apelo do Papa Francisco e da Igreja, há muitas centelhas de esperança que iluminam a es-curidão do povo Sírio. São as iniciativas que muitas ordens religiosas e grupos da Igreja, com a ajuda da Fundação AIS, diariamente levam por diante em todas as cidades da Síria a favor das pessoas que lá ficaram.

A guerra ceifou muitas vidas inocentes, destruiu a economia do país, mas também criou laços fortes de solidariedade!

“Todos os dias damos graças a Deus pela ajuda que recebemos”, dizem-nos. De facto, ‘obrigado’ é a palavra que mais escutamos.

E tudo, graças à solidariedade da Igreja, à generosidade dos ben-feitores da Fundação AIS para com o povo que sofre na Síria.

“Estou profundamente perturbado com a presente situação na qual, não ob-stante os instrumentos disponíveis junto

da comunidade internacional, ainda há dificuldade em concordar com uma acção co-

mum a favor da paz na Síria. Enquanto continuo a rezar in-cessantemente pela paz e convido todas as pessoas de boa vontade a fazer o mesmo, renovo o meu apelo a todos aque-les que têm responsabilidades políticas para assegurar que a justiça e a paz prevaleçam.”