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Boletim Informativo Nº 04 10 de Fevereiro de 2015.

Nº 04 Boletim Informativo - sgc.goias.gov.br · Nº do Decreto Ementa 8.396, de 30.1.2015 Publicado no DOU de 2.2.2015 Remaneja Funções Comissionadas Técnicas - FCT para o Ministério

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BoletimInformativo

Nº 04

10 de Fevereiro de 2015.

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Sumário1 ESPECIAL........................................................................................................................................22 CLIPPING PGE.................................................................................................................................53 BIBLIOTECA...................................................................................................................................64 LEGISLAÇÃO.................................................................................................................................6

4.1 Legislação Federal.....................................................................................................................64.2 Legislação Estadual...................................................................................................................6

5 FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO....................................................................................................75.1 Repercussão Geral e Súmulas Vínculante ................................................................................75.2 Tribunais Superiores..................................................................................................................7

6 CONGRESSOS E SEMINÁRIOS..................................................................................................14

1 ESPECIAL

Súmula 372 - Empresa paga multa diária se não revelar identificação de computador

Empresa de telecomunicações que não cumpre decisão judicial de fornecer dados de

identificação de usuário pelo endereço IP (Internet Protocol) está sujeita a multa diária. O

entendimento é da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça ao julgar recurso em que a

companhia alegava não ser aplicável a multa prevista no artigo 461 do Código de

Processo Civil, que trata das ações relativas à obrigação de fazer ou não fazer.

A empresa foi obrigada a apresentar as informações depois que uma usuária ingressou

com ação de exibição de documentos para identificar o remetente de diversas mensagens

agressivas emitidas por meio do sistema SMS. O juízo determinou a apresentação dos

documentos solicitados no prazo de cinco dias, sob pena de multa diária de R$ 500, até o

limite de R$ 20 mil, o que motivou recurso para o Tribunal de Justiça da Paraíba.

A corte entendeu ser cabível a imposição da multa porque outras medidas seriam

ineficazes no caso. A empresa sustentou no STJ que o CPC prevê outras soluções como

medida assecuratória, como a expedição do mandado de busca e apreensão. A aplicação

da multa feriu, segundo a empresa, a Súmula 372, do STJ.

Situação diferente A Súmula 372 afirma que não cabe a aplicação de multa cominatória na ação de exibição

de documentos. Os ministros da 3ª Turma entenderam, entretanto, que o caso de

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apresentação de endereço IP não é uma situação típica descrita pela súmula.

Relator do recurso, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino, explicou que as demais

medidas previstas pelo CPC são inócuas em tais casos. O que se pretende com a multa é

forçar a entrega do endereço IP de alguém, e não o fornecimento de algum documento já

existente que traga o nome ou endereço da pessoa. A decisão de busca e apreensão, por

exemplo, seria inócua, pois não se sabe exatamente quem foi o emissor das mensagens.

A solução, segundo o ministro, passa pela aplicação da chamada técnica das distinções,

que permite distinguir as circunstâncias particulares de um caso para o efeito de não

subordiná-lo aos precedentes, mantendo-se firme a jurisprudência já consolidada.

“Não se está desconsiderando o entendimento da Súmula do STJ, pacificado no

julgamento do REsp 1.333.988, sob o regime do artigo 543-C do CPC, mas

estabelecendo-se uma distinção em face das peculiaridades do caso”, disse o ministro.

Seu voto foi acompanhado por unanimidade. Com informações da Assessoria de

Imprensa do STJ.

Clique aqui para ler o voto.

Fonte: ConJur

Dívidas normalizadas - Comprovação de regularidade fiscal é pré-requisito para convênio com Estado

A comprovação de regularidade fiscal é pré-requisito para celebração de convênios com a

Administração Pública. Com base nesse entendimento, a 17ª Vara Federal do Distrito

Federal negou alegação de ilegalidade da exigência feita pelo Instituto Educacional

Piracicabano da Igreja Metodista.

A entidade buscava proibir a União de exigir a comprovação de regularidade fiscal a fim

de firmar termo aditivo para dar continuidade a convênio com a Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da

Educação.

O instituto alegou que a exigência era ilegal, pois não existia qualquer dispositivo de lei

que estabeleça a regularidade fiscal como pressuposto para a celebração de convênios.

Deste modo, a execução do convênio em decorrência da não apresentação de certidões

negativas de débito não poderia ser impedida.

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A Advocacia-Geral da União contestou as alegações ao demonstrar que a Administração

Federal possui amparo legal para exigir, como condição para a pactuação de convênios, a

comprovação da regularidade fiscal por parte da entidade proponente/convenente, em

razão do que estabelece a Lei de Licitações (Lei 8.666/93) e a Lei de Responsabilidade

Fiscal (Lei Complementar 101/00).

Os advogados da União afirmaram, ainda, que, dentre as condições estabelecidas no

ordenamento jurídico, encontra-se a demonstração da capacidade de autofinanciamento

da instituição de ensino particular, conforme o artigo 7º, inciso III, da Lei 9.394/96.

Diante da argumentação, a 17ª Vara Federal do Distrito Federal julgou improcedentes os

pedidos do instituto. A decisão entendeu que a situação de regularidade fiscal de uma

entidade que pretende celebrar convênio com a administração, mesmo que seus fins não

sejam lucrativos, como é o caso da autora, como exigência para recebimento de verbas

públicas, está em consonância com os princípios que regem a atividade administrativa.

Com informações da Assessoria de Imprensa da AGU.

Processo 54496-13.2011.4.01.3400

Fonte: ConJur

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06 de junho de 2014.

02 de Fevereiro de 2015.

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2 CLIPPING PGE

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3 BIBLIOTECA

A Biblioteca Ivan Rodrigues recebeu a Revista Jurídica (CD) da Advocacía-Geral do

Estado, v.XI, n.1,que trata de Direito Público.

4 LEGISLAÇÃO4.1 Legislação Federal

Leis ComplementaresNão houve publicação.

Leis OrdináriasNão houve publicação.

Decretos

Nº do Decreto Ementa

8.396, de 30.1.2015Publicado no DOU de

2.2.2015

Remaneja Funções Comissionadas Técnicas - FCT para o Ministério Fazenda e para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e revoga dispositivos do Decreto no 8.391, de 16 de janeiro de 2015.

4.2 Legislação Estadual

Leis ComplementaresNão houve publicação.

Leis OrdináriasNão houve publicação.

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Decretos Numerados

Nº do Decreto Ementa

8.311Publicado no D.O. de

02-02-2015

Determina providências para transferências dos recursos financeiros que especifica aos programas e às ações do Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento -PAI- e dá outras providências

5 FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO5.1 Repercussão Geral e Súmulas Vínculante Não houve publicação.

5.2 Tribunais Superiores5.2.1 Supremo Tribunal Federal

Fixação de preços abaixo dos custos fere a livre iniciativa, decide Primeira Turma

Uma usina de açúcar e álcool obteve na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal

(STF) o direito de ser indenizada devido à fixação de preços realizada pelo antigo Instituto

do Açúcar e do Álcool, extinto em 1990. No entendimento da Turma, a fixação de preços

abaixo dos custos fere o princípio da livre iniciativa.

A decisão foi tomada no julgamento do Agravo de Instrumento (AI) 631016, no qual a

Primeira Turma acompanhou por unanimidade o voto do relator, ministro Dias Toffoli.

Segundo o relator, a jurisprudência do STF está consolidada no sentido de que a fixação

de preços abaixo da realidade é um obstáculo ao livre exercício da atividade econômica.

No caso específico da fixação de preços para o setor sucroalcooleiro, o entendimento

segue precedentes da Primeira Turma no mesmo sentido.

Segundo o entendimento fixado pelo colegiado, há a responsabilidade objetiva da União

em face do ato que fixou preços em valores inferiores ao levantamento de custos da

indústria sucroalcooleira, realizado pela Fundação Getúlio Vargas. “A União, ao desprezar

os preços indicados de forma arbitrária pelo Instituto do Açúcar e do Álcool, traz prejuízos

à empresa”, afirma o realtor.

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Com a decisão, foi negado provimento a agravo regimental da União, o qual questionava

decisão monocrática proferida pelo ministro Dias Toffoli no ano passado. FT/FB

Processos Relacionados: Al 631016

5.2.2 Superior Tribunal de Justiça

Debatedores apontam prós e contras da correção do seguro obrigatório

A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) promoveu no dia 09/02 audiência

pública para discutir a atualização monetária das indenizações do seguro obrigatório,

pago a vítimas de acidente de trânsito.

O debate serviu de subsídio para o julgamento de recurso especial sob o rito dos

repetitivos que vai definir a incidência ou não da correção monetária nas indenizações do

seguro DPVAT a partir da edição da Medida Provisória 340/06, convertida na Lei 11.482/07.

Essas normas estabeleceram valores fixos para as indenizações, que vão de R$ 13,5 mil

(em caso de morte) a R$ 2,7 mil (cobertura de despesa médica). Os valores vigoram

desde 2006, e não foi previsto nenhum índice de correção. O que se discute no recurso é

se o valor a ser pago ao beneficiário deve ser corrigido desde a edição da MP 340 ou

somente a partir da data do acidente.

Painéis

A audiência foi dividida em seis painéis, com a apresentação de 12 expositores. Cada

painel foi presidido por um ministro da Seção. Além do relator do recurso, ministro Paulo

de Tarso Sanseverino, participaram os ministros João Otávio de Noronha, Luis Felipe

Salomão, Isabel Gallotti, Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi, Marco Aurélio Bellizze e Moura

Ribeiro.

Ao abrir o primeiro painel, o subprocurador-geral da República Humberto Jacques de

Medeiros elogiou a iniciativa da Segunda Seção de debater com a sociedade a solução

de uma controvérsia com forte impacto para todos os cidadãos. Ele colocou em debate a

intenção do legislador ao estabelecer valores fixos para as indenizações do seguro

obrigatório: a ausência de previsão de correção é uma lacuna ou um silêncio eloquente

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que congela os valores?

Para Medeiros, se o STJ entender que deve haver correção, que seja feita apenas a partir

do acidente. Mas ele opinou que essa questão deve ser levada ao Legislativo para que

promova a alteração da lei.

Danilo Cláudio da Silva, representante da Superintendência de Seguros Privados (Susep),

manteve-se neutro sobre a incidência de correção monetária. Ele apenas apontou a

necessidade de se observar o fato de que o pagamento de indenizações cresce de forma

muito desproporcional ao crescimento do pagamento do seguro pelos proprietários de

veículos. Citou o exemplo das motos. Em 2011, foram pagos R$ 65 milhões em

indenizações. Em 2013, esse valor saltou para R$ 331 milhões.

O primeiro painel da audiência pública foi encerrado pelo representante da Defensoria

Pública da União (DPU), Sander Gomes Pereira Júnior. Ele defendeu a incidência da

correção monetária sobre as indenizações do DPVAT para manter esses valores estáveis

ao longo do tempo, por conta da inflação. “Temos de preservar a finalidade da lei. Quanto

mais o valor cair, mais a lei perde seu sentido”, afirmou.

Partes no processo

No segundo painel, os debatedores foram os advogados das partes envolvidas no

processo escolhido como representativo de controvérsia, que será julgado pela Seção. O

recurso é da Seguradora Líder, administradora do seguro DPVAT, contra decisão do

Tribunal de Justiça de Santa Catarina que determinou o pagamento da indenização por

morte ao pai de vítima fatal, com correção monetária desde a edição da MP 340.

Márcio Vieira Souto Costa Ferreira, advogado da seguradora, afirmou que a incidência de

correção monetária depende de previsão legal específica, o que não há no caso. Se

houver correção, ele insiste que seja a partir do acidente.

Ferreira argumentou que a evolução da frota de veículos é menor que a evolução dos

sinistros. Apontou também a forte inadimplência dos proprietários de moto no pagamento

do seguro anual obrigatório, que chega a 41%. Segundo ele, todos esses fatores

demonstram que a ausência de correção monetária não acarreta enriquecimento ilícito da

seguradora, que recebe 2% do valor pago pelo seguro.

Bruno Fuga, advogado da beneficiária do seguro, destacou a jurisprudência do STJ e do

Supremo Tribunal Federal sobre a necessidade de haver correção monetária sobre

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qualquer crédito para impedir o enriquecimento sem causa do devedor.

Fuga apontou que as indenizações estão com valores estagnados desde 2006. Citou que,

no caso de motos, o valor pago como prêmio era de aproximadamente R$ 137 e hoje é de

R$ 296. Se o crescimento do valor do prêmio fosse proporcional ao da indenização, esta

deveria ser atualmente em torno de R$ 26 mil para o caso de morte.

Catástrofe

Nos outros quatro painéis, representantes de diversas entidades se posicionaram contra

ou a favor da correção das indenizações do seguro DPVAT. O economista Bernardo Appy,

da LCA Consultores, ressaltou que a aplicação da correção monetária desde 2006

provocaria a insolvência do DPVAT e o retorno da indexação da economia brasileira.

Segundo ele, “a indexação seria um retrocesso com consequências catastróficas”.

Os advogados Paulo Roque, da Caixa Seguradora, e Gustavo Binenbojim, da OAB-RJ,

compartilham da mesma opinião. Para eles, a correção automática das indenizações pelo

índice de inflação é uma forma de indexação vedada pela legislação, com respaldo do

Supremo Tribunal Federal (STF). “A questão central é se queremos ou não queremos a

volta da indexação na economia”, afirmaram.

Antonio Penteado Mendonça, da OAB-SP, e Paulo Ferreira Pereira, do Instituto Brasileiro

de Atuária, destacaram a importância social do DPVAT e os perigos da indexação dos

valores pagos a título de indenização. Segundo Paulo Pereira, a aplicação da correção

monetária retroativa pode gerar um impacto de R$ 6 bilhões no caixa do DPVAT.

Padrão econômico

Stepherson Vieira Lacerda, da OAB-SP, defendeu a aplicação da correção monetária

como uma medida legal e “extremamente” justa para amparar as vítimas de acidentes de

trânsito e seus familiares. Para ele, o congelamento do valor da indenização viola o direito

do consumidor.

Alex Gonçalves de Jesus, da OAB-BA, entende que a não aplicação da correção

monetária está aniquilando o valor das indenizações: “A correção não é reajuste, é

simplesmente a recomposição do padrão econômico.” Ele lembrou que os Tribunais de

Justiça de todo o país estão concedendo a correção como forma de reduzir os efeitos da

inflação.

Responsável pela convocação do debate, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino

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enalteceu o “alto nível” dos expositores e a importância dos aspectos sociais, econômicos

e jurídicos levantados por eles: “Saímos enriquecidos desta audiência pública.” Ele

afirmou que o recurso especial será pautado para julgamento após o Ministério Público

apresentar seu parecer.

Fonte: STJ

5.2.3 Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Por não comprovar naturalização, senegalês é impedido de assumir cargo público Um senegalês que foi aprovado em concurso público para o cargo de professor nível 3 da

Secretaria de Educação do Estado de Goiás, não poderá tomar posse, pois não

conseguiu comprovar todas condições necessárias para conseguir sua naturalização

brasileira. A decisão é da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) que,

por unanimidade, seguiu voto do relator, desembargador Norival Santomé (foto).

Negado o direito ao cargo, Assane Diop interpôs recurso pedindo que seja determinada

sua nomeação e posse, além do pagamento de todas verbas remuneratórias desde 5 de

abril de 2007, data em que deveria ter sido empossado.

Extrai-se do autos que Assane foi nomeado no dia 8 de fevereiro de 2007 e convocado

prar tomar posse até o dia 4 de abril de 2007. Porém, apesar de ter requerido ao

Ministério da Justiça documento de naturalização, não conseguiu comprovar que residia

há mais de 15 anos ininterruptos no Brasil. De acordo com o artigo 12 da Constituição

Federal, são brasileiros "os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na

República Federativa do Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal,

desde que requeiram a nacionalidade brasileira".

Os documentos apresentados, entretanto, provam apenas que Assane entrou no País em

1992, cursou letras na Universidade de Brasília (UNB) em 2000 e teve um filho brasileiro

em 2002, falhando em preencher "requisito indispensável para ocupar cargo público".

Votaram com o relator a desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis e o juiz substituto

em segundo grau Wilson Safatle Faiad. Veja decisão. (Texto: Gustavo Paiva – estagiário

do Centro de Comunicação Social do TJGO - Edição: Aline Leonardo)

Fonte: TJ GO

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5.2.4 Tribunal Superior do Trabalho

Empregada receberá indenização por ter sido alijada de contato com colegas

Uma trabalhadora será indenizada em danos morais após provar na Justiça do Trabalho

que sofria pressões psicológicas de suas coordenadoras no Centro Integrado de

Educação Ciência e Tecnologia Ltda. (Cenect). Por ordens das superioras, ela ficava em

uma sala isolada, chamada "aquário", e foi alijada do contato com professores e colegas,

que também não se dirigiam a ela. A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho não

conheceu (não entrou no mérito) da matéria, ficando mantida indenização no valor de R$

15 mil.

A empregada, encarregada do agendamento das aulas de professores, se disse alvo de

tortura psicológica. Contou que as coordenadoras ordenavam que qualquer contato com

outros funcionários deveria ser interceptado e previamente informado a elas, o que a

deixou isolada. Na ação, disse que se sentia vigiada e que o clima no setor era de terror.

O Cenect afirmou que não havia no processo prova de que teria havido humilhação,

desrespeito moral, coação ou abalo à dignidade da trabalhadora, não cabendo a

acusação de assédio ou dano moral. Acrescentou que nenhum colaborador jamais foi

colocado em ambiente de isolamento.

O juízo da 6ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR) condenou a empresa a arcar com a

indenização de R$ 5 mil, por considerar que os limites impostos pela boa-fé foram

ultrapassados quando se proibiu a empregada de manter contato com outros

profissionais, sobretudo quando tal contato era inerente à sua função. O Tribunal Regional

do Trabalho da 9ª Região (PR) elevou a indenização para R$ 15 mil em razão do abuso

do poder diretivo por parte dos prepostos e da gravidade da conduta, que deixou a

empregada praticamente alijada do ambiente de trabalho. Para o Regional, o valor

anteriormente arbitrado não era capaz de encorajar a empresa a adotar cautela na

orientação dos que exercem cargos de chefia.

A Sexta Turma do TST não conheceu do recurso. Entendeu que, ao ficar constatado pelo

Regional que a empregada foi tolhida da convivência social no trabalho, na medida em

que os superiores vedaram qualquer contato com os outros empregados, é devida a

indenização por danos morais. A decisão foi unânime, com base no voto da relatora,

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Boletim Informativo CEJUR, ano X, n. 04/2015.

10 de Fevereiro de 2015.

ELABORAÇÃO:

Frederico Garcia Pinheiro- Procurador-Chefe do CEJUR

Mariana Milena Marinho - Estagiária em Direito

Dalvino Gonçalves de Almeida Junior – Estagiário em Designer

PUBLICAÇÃO:

Carlos Tavares da Silva – Assessor de informática

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