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Eles ensinam do jeito que querem aprender NOVOS MESTRES Descubra quanto do seu tênis é imposto E A GRANA? Saiba como concorrer. Se liga nessa ideia e mão na massa! PRÊMIO DE RESPONSA out/2013

Na Responsa #02

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Novos mestres: jovens que ensinam do jeito que querem aprender.

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Eles ensinam do jeito que querem aprender

novos mestres

Descubra quanto do seu tênis é imposto

e a grana?

Saiba como concorrer. Se liga nessa ideia e mão na massa!

prêmio de responsa

out/2013Nº

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C omo todo adolescente que ama-durece e quer ganhar o mundo, o programa Jovens de Responsa está em processo de expansão! Após pouco mais de 3 anos de ativida-des em parceria com 21 ONGs, ul-trapassamos os muros de nossas

comunidades em busca de jovens com consciência e atitu-de. E para dar o próximo passo, criamos um prêmio. Isso mesmo! Queremos que jovens do Brasil todo respondam essa pergunta: “O que pega bem para evitar o consumo de bebidas álcoolicas antes dos 18 anos?”. Esta edição de Na Responsa que está em suas mãos, veio para ajudá-lo nes-se desafi o. Nela, você encontrará dicas de como se divertir sem álcool, um infográfi co sobre o perfi l do jovem brasileiro – e sobre o que ele pensa e faz no seu dia a dia – e ainda reportagens com atividades que ONGs da rede estão de-senvolvendo com seus grupos para pautar o consumo res-ponsável. Na página 4, fi zemos uma reportagem especial com um passo a passo sobre como participar do prêmio. Além disso, trazemos histórias inspiradoras para te fazer so-nhar, e exemplos de jovens que buscam inovar na forma de educar e que acreditam que aprender pode ser diferente. Na Responsa existe porque sabemos que cultura, música, arte e informação são poderosas ferramentas de ensino. Por meio de textos, fotos, vídeos, músicas e ilustrações, acredita-mos que, além de mostrar seu talento, você também é um jovem consciente que pode inspirar outros com sua atitude.

Se liga nessa idéia! As inscrições estão abertas no fa-cebook.com/naresponsa. A sorte está lançada, participe.

INICIATIVA: Ambev CONTEÚDO TÉCNICO: Ambev > Equipe: Ricardo Rolim, Rodrigo Moccia, Guilherme Mello | Lynx Consultoria > Equipe: Álvaro Real, Bettina Grajcer, Bruna de Paula, Fátima Viscarra, Márcia Gonçalves, Mariana Gholmia e Stella Pereira de Almeida PRODUÇÃO DE CONTEÚDO E PROJETO GRÁFICO: Énois Agência Escola de Conteúdo Jovem COORDENAÇÃO: Amanda Rahra e Nina Weingrill EDITORA DE TEXTO: Paula Desgualdo EDITOR DE ARTE: André Rodrigues REPÓRTERES: Karoline Maia, Kayam Mendes, Matheus Oliveira, Harrison Kobalski e Vanessa Ribeiro FOTÓGRAFA: Julia Motta COLABORADORES: Bernardo França, Juliana Mota, José Azevedo, Romolo e Ronah Carraro FOTO CAPA: Julia Motta

SALVE, SALVE- RODRIGO MOCCIA, GERENTE DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

[email protected]

JOVENS DE RESPONSA!

E a redação da Na Responsa só cresce – mas sem fi car mais velha. \o/ O conteúdo que você vai ler nas próximas páginas é inteirinho produzido por jovens capacitados pela Énois | Agência Escola de Conteúdo Jovem.

Foto: Helena Ramos

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ÉNOIS_ Eles acabaram de sair da escola, mas deram meia volta. E foi para mudar tudo.

JDR_ Confi ra o que rolou no Dia de Responsa e aprenda a fazer um evento bacana e responsável.

PAPO KBEÇA_ Tá na hora de tirar a poeira dos livros e ocupar as bibliotecas.

E A GRANA?_ Tênis, celular, chiclete. Você sabe quanto paga de imposto em tudo o que compra?

TESTE_ Você tem foco? Não disperse e vá direto responder o questionário.

POR DENTRO_ Quem é e o que pensa o jovem brasileiro

NA LATA_ Por que o mundo precisa ser hackeado?

É MASSA_ Como fazer um cinema na quebrada e um hambúrguer na madruga.

/naresponsa

@naresponsa

jovensderesponsa.tumblr.com

“A revista dá dicas de coquetéis sem álcool, além de ter jogos divertidos, que podemos ensinar a outras pessoas. Pra mim a Na Responsa é nota dez.”Yaly Sacramento, 18 anos

“Na Responsa fala o que é um consumo consciente e mostra como economizar grana. Ela nos estimula

primeiro a pensar na saúde, depois na diversão.”Lanai Raquiele Pereira Souza, 17 anos

“A revista ajuda o adolescente a esclarecer várias dúvidas sobre o álcool. Tem uma linguagem jovial e possibilita que o leitor entenda quais são as reações da bebida no corpo do jovem.” Juuh Andrade, 18 anos

“As matérias da última edição foram muito legais, com linguagem de jovem para jovem. Achei muito interessante o E A GRANA, pois preocupa-se com o futuro de nossos JOVENS DE RESPONSA, com dicas muito bem pensadas para o amanhã.”Marinelza Padilha, educadora

FALE COM A GENTE!Acompanhe nossas redes e

receba todos os dias novidades na sua linha do tempo!

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4_NA RESPONSA

4. AGORA É MÃO NA MASSA!

5. TUDO PRONTO?

A. Fotografi a B. Música C. Vídeo D. Ilustração

Não se esqueça que você está falando de jovem pra jovem. A ideia é que sua criação artística fi que divertida e que ajude os jovens a refl etir sobre as consequências do uso indevido de bebidas alcoólicas.

As inscrições devem ser feitas na fanpage Na Responsa (www.facebook.com/naresponsa) no Facebook, onde também está disponível todo o regulamento do concurso. Só subir tudo lá e divulgar para os amigos se sua criação for selecionada. A escolha dos vencedores se dará por votação popular.

Inscrição

Banca julgadora

Anúncio dos fi nalistas

Votação popular

Anúncio dos ganhadores

30/09

04/11

05/11

06/11

20/11

29/10

04/11

05/11

19/11

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NÃO PERCA AS DATAS!ETAPAS INÍCIO FIM

Ser criativo e surpreender. Tipo: Fazer um talk-show em vídeo com jovens contando suas experiências.

Usar o bom humor pra tirar o glamour da bebida. Tipo: fazer um HQ mostrando que quem bebe queima o fi lme na balada.

Foca no amor. Tipo: falar de relacionamento é sempre uma boa. Ainda mais se você mostrar o outro perde quando enche a cara.

Apontar dedos. Tipo: um depoimento caretão de um adulto dizendo que não pode beber.

Exagerar no lado negativo. Tipo: dizer que álcool é ruim e só faz mal, porque o jovem sabe que o álcool pode trazer prazer.

Botar medo. Jovem é um cara que curte se arriscar. Tipo: dizer que beber vai acabar com a vida dele descredita a sua mensagem.

Para criar uma peça bacana, é preciso se informar sobre o tema.

• Você sabia que, quanto mais cedo alguém experimenta bebida alcoólica, maior é a chance de se tornar consumidor regular? Ou seja, quanto mais cedo a gente falar sobre prevenção, melhor!

• Por que o menor de 18 anos não pode beber? Porque seu sistema nervoso central ainda está em desenvolvimento e o álcool pode interferir no amadurecimento. Tipo assim: pode diminuir a capacidade de concentração e também deixar com problemas de aprendizado. Isso quer dizer começar a ir mal na escola.

• É proibido por lei vender bebida alcoólica para menores. O dono do lugar pode ser multado e fi car detido de dois a quatro anos.

• Não vai achando que o jovem reage à bebida alcoólica como o adulto. A transformação do álcool em outras substâncias no corpo é diferente. Por isso ele se embriaga mais rápido.

O que pega bem para evitar o consumo de bebida alcoólica antes dos 18 anos? Você tem a resposta? Então participe do Prêmio

Jovens de Responsa e concorra a prêmios irados.

1. ESCOLHA SUA CATEGORIA

3. FAÇA UMA “TEMPESTADE CEREBRAL” Um trabalho bacana é mais transpiração do que inspiração. Então fi que ligado nessas dicas para colocar a cabeça pra funcionar.

2. TIRE SUAS DÚVIDAS

SE LIGA NESSA IDEIA!

PEGA BEM PEGA MAL

PRÊMIO JOVENS DE RESPONSA

1. ESCOLHA SUA CATEGORIASTART

Aposte naquilo que você mais curte fazer – e que também tem mais facilidade fazendo.

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COMO se

seMdivertir

ressacaNada de ficar de papo pro ar. Confira nas páginas a seguir dicas de

como aproveitar seu tempo livre para passear, paquerar, viajar, cozinhar e, para quem é mais CDF, estudar – e de graça.

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plateia_ Defina qual é o seu público. Não adianta passar um filme sobre a Revolução Francesa para uma turma de segundo ano, né? É fundamental pensar no que pode interessar a galera.

Boquinha_ Tem que rolar um lanchinho para acompanhar a sessão. Uma sugestão superbacana do Leo é preparar uma bacia gigante de pipoca e guaraná. Evite coisas que façam muito barulho, como salgadinhos com aqueles pacotes hiperescandalosos. O povo precisa se concentrar.

o espaço_ Olhe ao redor e busque espaços acessíveis, tipo a sala de vídeo da escola ou das ONGs. E abuse da criatividade. O Cine Degrau, no Jardim Ângela, em São Paulo, conseguiu financiamento coletivo para montar um cinema em pleno escadão do bairro.

A gente se virA

cine galera

Se as pessoas não podem ir até o filme, como levar o filme até as pessoas? Leo Villas Verde Cunha, da Associação Cipó Comunicação Interativa, em Salvador, conhece os atalhos. Ele organiza o Cine de Responsa, que exibe filmes e propõe debates nos lugares mais improváveis. “Imagine chegar numa ocupação cheia de barracos, esgoto a céu aberto, barulho e lixo, montar seu equipamento e chamar um monte de crianças para assistir a um vídeo. Isso é piração!”, conta. Tá a fim de organizar uma sessão dessas na sua comunidade? A gente dá uns toques.

Kayam mendes ROnaH CaRRaRO

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DIGA XIS!faça você mesmo

Você é do tipo que vive tirando foto? Que tal usar as suas preferidas para dar um up naquela parede vazia? Como? Aprenda aqui a fazer um mural. Seja criativo e mostre para os seus amigos que, além de mestre na fotografi a, você manda bem na decoração.

TELONA_ A menos que você tenha um projetor ou uma baita TV, passar um fi lme para 30, 40 pessoas é um desafi o. No YouYube, o canal Manual do Mundo ensina a montar um projetor caseiro usando o celular. Vale conferir: http://migre.me/g7BoU

Conversar sobre o fi lme também é importante. Seu colega pode ter tido uma sacada que você não captou, e vice-versa. Ter um mediador que entenda do tema e ajude a conduzir a conversa pode ser legal.

#fICaDICa

VANESSA RIBEIRO JULIANA MOTA

Outra ideia é pintar os pregadores de diversas cores e posicioná-los como se fossem um arco- íris. Ou fazer colagens na base, com imagens de revista e papel de presente.

#fICaDICa

#fICaDICa

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Recorte uma folha de papelão em um círculo. Depois corte o miolo, deixando 10 centímetros de largura entre o centro e a borda.

Com um pincel, passe quantas mãos de tinta acrílica colorida desejar no papelão e em pregadores de roupa de madeira. Espere secar.

Com cola quente, grude os pregadores em volta do papelão. Lembre-se de deixar o lado que prende virado para a borda.

Utilize fi ta dupla face para fi xar tudo na parede. Fica melhor em superfícies sem textura.

Organize as fotos da forma que preferir. No centro, você pode colocar uma maior ou até um espelho.

o miolo, deixando 10 centímetros de largura entre o centro e a borda.

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Se, além de aprender, você gosta de ensinar, vai curtir o Cinese: você pode dar uma ofi cina do que quiser, é só marcar data e local de encontro. Interessou? Tem mais na página 14. Dá um pulo lá!

VANESSA RIBEIRO

Cada um tem seu jeito de aprender. Uns preferem ouvir, outros ler e tem aqueles que gostam mais de ver vídeos. Seja qual for o seu perfi l, você pode encontrar um curso na Internet para aprender algo que tem vontade. E o melhor: sem colocar a mão no bolso. Mas fi que esperto. Muitos cobram algum tipo de taxa depois que você já começou. Testamos a maior parte deles e listamos ao lado os que oferecem cursos grátis de verdade.

Tirou nota baixa? Aqui é possível ter aulas de exatas. Os conteúdos são voltados para quem está no ensino fundamental, médio e vestibular. Os professores sempre ajudam e respondem as dúvidas dos alunos. O conteúdo é gratuito e dinâmico.

O Você Aprende Agora tem lições de inglês para iniciantes e também para quem quer se aperfeiçoar. É preciso fazer cadastro. As aulas são todas em vídeo. O método de ensino é baseado na Universidade de Cambridge.

Tem interesse em experimentar cursos na área da comunicação? A Énois | Escola Livre de Conteúdo Jovem oferece seu primeiro curso de produção de videodocumentário. As aulas são em formato de vídeos tutoriais e dinâmicas.

No site da Associação Brasileira de Ensino a Distancia dá para encontrar cursos de todas as áreas. E consultar se eles são livres, autorizados, grátis, pagos, credenciados ou não pelo MEC.

Você só precisa se cadastrar e estudar. Durante o curso, há provas que valem nota. A única taxa que tem que pagar é a de R$ 19,90 no fi nal do curso para pegar o certifi cado – mas não é obrigatório. Precisa ter 60% de aproveitamento para conseguir o certifi cado.

Quer viajar nas férias, mas a grana tá curta? Calma! Dá para rodar por aí gastando bem pouco (ou ganhando, se for o caso). Tá pensando em ir de busão? Os sites Embarcou.com e o GuichêVirtual.com.br são alternativas para buscar tarifas baratas e também aceitam parcelamento da fatura. Se for para algum lugar longe, vá de madrugada e aproveite um dia a mais de viagem. De carro? O site Caroneiros.com tem motoristas dispostos a rachar o percurso. Hospedagem? Inscreva-se no Couchsurfi ng.com.br e procure um sofá amigo para te receber. Ou busque um hostel econômico no Hostelworld.com. Alguns servem café da manhã. Agora, se você quiser radicalizar e viajar de navio, tem a opção de trabalhar enquanto viaja – e, de quebra, fazer amigos. Veja vagas para tripulação no site Portsideagencia.com.br.

JUNTE AS MOEDAS E CAIA NA ESTRADA

HARRISON KOBALSKI

EDUCAÇÃOGRÁTIS

ROLÊ BARATO

CURSOS ONLINE

> VOCEAPRENDEAGORA.COM > ABED.ORG.BR

> MESALVA.COM > UDEMY.COM/ENOIS-VIDEODOCUMENTARIO

> CURSOVIOLAO.MUS.BR

#fICaDICa

JUNTE AS MOEDAS

Para comer barato, pesquise o que o lugar oferece antes de ir e aposte nos restaurantes onde a população local come. O Guia Catraca Livre e o aplicativo Food Brasil também têm indicações. Mas o mais barato mesmo é fazer um supermercado e dividir os gastos com o pessoal.

#fICaDICa

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BURGUINHO DA MADRUGAA situação é a seguinte: é tarde da noite, você está jogando videogame com os amigos e bateu aquela fome. O que fazer? Já pro fogão! Vamos começar pelo hambúrguer. Você vai precisar de maminha ou alcatra moída – um quilo custa entre R$ 10 e R$ 15 e rende uns 11 hambúrgueres. Com a carne em uma tigela, coloque sal e pimenta do reino a gosto e três colheres de sopa de molho barbecue para cada quilo de carne. Misture tudo com as mãos, amassando bem. Depois, é só modelar o hambúrguer e mandar para a frigideira quente. Em fogo baixo, doure cada lado de sete a dez minutos. Para acompanhar, três opções de molho. Creme de alho: amasse bem três dentes de alho junto com sal e azeite de oliva. Depois misture com maionese e um pouco de creme de leite. Molho de cheddar: derreta o queijo numa panela e adicione creme de leite até fi car cremoso. Finalize com um pouco de orégano. Molho rosê picante: misture ketchup, molho barbecue e creme de leite, adicione algumas gotas de molho de pimenta e misture tudo. Vai por mim: com essa receita, o jogo não vai ser a melhor parte da sua madrugada.

hambúrguerpãozinho

baconqueijo

- COM MATHEUS OLIVEIRA- COM MATHEUS OLIVEIRA

PORQUE COZINHA NÃO É LUGAR DE GENTE SEM GRAÇA!

Gorventurasculinárias

É importante que sua página tenha uma linguagem própria e uma identidade visual. Alguns sites ajudam. No Dafont.com dá para baixar fontes de letras bem legais.

Existe uma ferramenta para convidar os amigos para curtirem a página. Enviar para os seus contatos e pedir para que os mais íntimos compartilharem é a sua melhor propaganda ;)

Sortear camisetas, livros ou ingressos para eventos pode funcionar. Mas o fundamental é ter publicações diárias. Visite a página @naresponsa para saber mais.

Programe o horário de publicação usando o relógio que aparece na hora de escrever. O melhor é postar às 11h, 15h ou 20h. Saiba mais nesta pesquisa: http://migre.me/g4h2b.

Acompanhe a interação do público no recurso de informações de página. Dá para saber exatamente quais os assuntos e dias da semana que funcionam melhor no seu caso.

KAROLINE MAIAANDRÉ RODRIGUES

BOMBARJUNTE AS MOEDAS E CAIA NA ESTRADA NO FACEBOOK

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Acompanhe a interação Acompanhe a interação

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No segundo sábado de cada mês, a biblio-teca municipal Cora Coralina, em Guiana-ses, no extremo leste de São Paulo, vira palco de poetas, dançarinos, instrumentis-tas, escritores e rappers. Tem varal poético, performance e caldinho de feijão – com cuidado para não sujar os livros. E tem,

principalmente, gente que entende o espaço público como um lugar que deve ser ocupado pelas pessoas. É assim o Sarau de Arte Maloqueira, ou só Sarau da Maloca, organizado pelo coletivo de mesmo nome. “Nossa proposta é a apropriação dos espaços pú-blicos, institucionais e alternativos, e a biblioteca é mais um deles”, explica Renildo Oliveira, 27 anos, integrante do grupo e jovem ati-vo da comunidade (como quis se apresentar nesta reportagem).

Nas últimas décadas, a relação dos jovens com a biblioteca vem passando por transformações importantes. “Por muito tempo, foi algo sufocante, porque ir à biblioteca significava fazer consultas solicitadas pelos professores para algum trabalho ou prova”, lem-bra William Okubo, coordenador da Coleção de Literatura e Huma-nidades da Biblioteca Mário de Andrade, no centro de São Paulo.

Basta uma visita à biblioteca estadual Parque de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro, para ver que algo está mudan-do. Inaugurada em 2010, no meio de um complexo com cerca de 15 favelas, ela é toda feita de vidro e não segue à risca aquela história de manter silêncio. “Mais que um local para leitura, é uma área para estar junto”, conta o diretor Alexandre Pimentel. Pensar

engrossa o caldo aê!

Algumas bibliotecas são espaços públicos. Logo, elas pertencem a você. Tem gente que já se deu conta disso e está ocupando o vão das prateleiras com vozes, música e atitude.

paula desgualdo julia motta

“por muito tempo, a biblioteca foi algo sufocante, porque significava fazer consultas para trabalhos e provas”

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Tirando a poeira: Renildo e Richard, do Arte Maloqueira ocuparam a biblioteca Cora Coralina, em Guaianases, SP.

em um espaço que dialoga com o territó-rio parece ter aproximado o público. Vários projetos foram propostos pelos jovens da própria comunidade, que começaram a aproveitar o lugar para realizar outras ati-vidades. Todas as noites, depois das 20h, rola um ensaio do pessoal do hip hop, e o sarau que já existia na região há 12 anos agora acontece na biblioteca. “São duas questões fundamentais: o que fazer na re-gião de periferia e qual é o papel da biblio-teca moderna”, coloca Alexandre.

Embora já tenha nascido com uma proposta de integração, a Manguinhos

não é a única que se preocupa com a in-teração com a galera. Dê um passeio pela programação de outras bibliotecas e você vai encontrar atrações como teatro, ofici-nas, dança e cinema. Na Viriato Corrêa, na Vila Mariana, em São Paulo, tem a Fan-tástica Jornada Noite Adentro, uma sequ-ência de atividades que acontece durante a madrugada. “A tendência é que a biblio-teca se torne, além de fonte de informação, um lugar para trocar ideias, fazer críticas e dar sugestões”, conclui Okubo. Agora que caretice não é mais desculpa, cola na biblioteca. \o/

Na real, oferecer opções de lazer e cultura é dever do poder público. Suprir a ausência delas na região onde você vive pode não ser tarefa das mais fáceis, mas sem dúvida começa com o diálogo. Se você tem uma ideia legal para a biblioteca do seu bairro, o primeiro passo é organizar a proposta e conversar com o coordenador local.

#fICaDICa

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JOVENSO BRASIL COM

EQUIPE NA RESPONSA ANDRÉ RODRIGUES100PERFIL

ALIMENTAÇÃO

POLÍTICA

ATIVIDADE FÍSICA

TECNOLOGIA

VIOLÊNCIA

20 têm entre 15 e 17 anos

47 têm entre 18 e 24

33 têm entre 25 e 29

50 são homens

50 são mulheres

85 moram na cidade

15 no campo

66 são solteiros

61 vivem com os pais

usam com-putador e/ou Internet

podem ser considera-dos ativos

sofrem bullying

têm telefone celular

89

30

comem por-caria 5 dias por semana

ou mais

comem fei-jão 5 dias

por semana ou mais

41 70

7

quem são?

54acham um tema muito importante

16consideram nada importante

40tiraram o tí-tulo de eleitor aos 16 anos

SEXO81 já transaram

61usaram camisinha na última vez

91acreditam que podem mudar o mundo

80

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Se você acha que o jovem brasileiro é acomodado, desinteressado, desocupado e transgressor, errou feio. A verdade é que, segundo pesquisas recentes feitas com pessoas entre 13 e 29 anos, somos trabalhadores, superconectados e acreditamos num futuro mehor para o país. E, apesar de muitos fugirem da roda quando o assunto é política, a maioria ainda acredita que ela pode melhorar a nossa vida. UFA! Os dados abaixo (imaginados como se o Brasil tivesse apenas 100 jovens) comprovam que, na real, a maior parte das pessoas é mais parecida com a gente do que imaginamos.

INFORMAÇÃO

ESCOLA/TRABALHO

ÁLCOOL

Fontes: Os dados dos gráfi cos são uma adaptação ilustrativa baseada na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar PENSE 2012 (IBGE) e na Pesquisa Nacional sobre Perfi l e Opinião da Juventude Brasileira 2013 (Participatório) / 1 - Relatório brasileiro sobre drogas: SENAD IME USP - Brasília 2009. / 2 - Levantamento sobre o uso de substâncias psicoativas entre estudantes da rede pública e particular das 26 capitais e Distrito Federal. CEBRID, 2010

41% 30%31%Drogas Sexo Violência

SOBRE O QUE ELES QUEREM FALAR COM OS AMIGOS O QUE OS PREOCUPA O QUE MAIS

INCOMODA NO BRASILO QUE EXISTE DE MAIS POSITIVO NO PAÍS

26%Saúde

43%Segurança/violência

34%Emprego/profi ssão

42%Desigualdade entre ricos e pobres

46%Estabilidade econômica

67%Corrupção

63%Possibilidade de estudo

46%Poder dos trafi cantes

55%Liberdade de expressão

se informam pela TV aberta

Os dados foram arredondados para demostração gráfi ca

na Internet

em jornais impressos

835623

não consome bebidas alcoólicas

consome raramente

consome bebidas alcoólicas

661024

74 trabalham ou estão procurando emprego

37 vão à escola

22 trabalham e estudam

33 pararam de estudar antes do que gostariam

o que pensam?

Nos últimos 10 anos, o número de estudantes ado-lescentes que experimentou bebidas alcoóli-cas diminui signi-fi cativamente.

1989 1993 1997 2004 2010

8875

63

3825

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Bruno, Camila, Vanessa e Kaue saíram da escola, questionaram o modelo de ensino tradiconal e resolveram inovar na forma de ensinar. Acreditaram que aprender pode ser divertido, democrático,

instigante e, acima de tudo, transformador – principalmente para eles mesmos.

Quando Bruno Correia, 22 anos, era aluno, jamais passou pela sua cabeça a possibilidade de se tornar um educador. “Eu sim-plesmente achava que aquilo não era para mim”, conta. Em 2006, ele entrou para a UNAS –

União de Núcleos e Associações de Moradores de Heliópo-lis e Região, em São Paulo, e começou a participar de proje-tos sociais. Ali, sem perceber, já estava se deixando seduzir pelo prazer de ensinar e compartilhar. “Fiz muitos amigos e aprendi muitas coisas novas. Mas o mais interessante foi perceber o impacto dos projetos na vida das pessoas, que se reuniam para tentar melhorar o lugar onde vivem”, lembra. Em 2010, ele foi chamado para o projeto Jovens Alconscien-tes, de conscientização sobre o consumo de bebidas alcóo-licas. Nos dois anos de formação, saía pela comunidade re-plicando conhecimento, além de acompanhar ações como a Balada Black, a Blitz Heliópolis e o Festival Helipa Music.

Até que, no ano passado, Bruno queria descolar uma grana e acabou topando ser educador nesse mesmo pro-jeto. “Recebi o convite e aceitei sem pensar”, diz. Com o tempo, foi ganhando confiança e se soltando. Hoje, em suas oficinas, ele fala com naturalidade sobre álcool e sexo com jovens de 14 a 18 anos. O segredo? Transmitir conteúdos sérios de uma forma engraçada. O fato de ter passado exatamente pela mesma forma-ção que seus alunos ajuda bastante. “Sei como eles pen-sam e o que querem que aconteça numa aula para que o clima não fique rígido como na escola”, explica. O sorriso no rosto denuncia o sentimento de realização. A responsabilidade é grande. O que ele leva aos seus 20 alunos é replicado para mais de 6 mil pessoas da comuni-dade. Ensinar, ele diz, é aprender duas vezes. “Acho que fui atraído pela transformação que podemos fazer na vida dos outros. Se uma ou duas pessoas saírem daqui com mais consciência, já é uma vitória”. Uma mudança e tanto para quem nem sonhava em dar aula.

Sintonia fina

vanessa ribeiro e Harrison KobalsKi julia mottajosé azevedo

deixa queeu ensino

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Page 15: Na Responsa #02

“Acho que fui atraído pela

transformação que podemos fazer na vida

dos outros”, diz Bruno Correia.

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As irmãs CAmilA, 26 Anos, e AnnA HAddAd, 27, buscavam alternativas legais de aprendizagem e troca de conhecimento quando decidiram criar, em agosto de 2012, uma plataforma de crowdlearning, ou aprendiza-do colaborativo: o Cinese. A ideia é simples: todo mundo pode ensinar, todo mundo pode aprender. “Quem quer ensinar cria um evento, que pode ser pago ou não, e reúne os interessados em saber mais sobre o assunto”, explica Camila. A possibilidade de temas é infinita. Vale culiná-ria, fotografia, meditação, matemática ou programação. Ninguém precisa ter formação para dar uma aula, um workshop ou uma oficina.

O site é um dos poucos no Brasil que servem de ponte para o aprendizado dessa maneira. Em pouco mais de um ano de existência, mais de 1600 pessoas trocaram conhe-cimentos pelo Cinese. Os encontros rolam em diversos lo-cais, como casas, parques, estúdios e onde mais as pesso-

as estiverem dispostas a ir. Camila e Anna acreditam em um aprendizado livre, sem barreiras. Para elas, as cidades são por natureza um espaço educativo.

Hoje, além das duas, mais três pessoas fazem parte da equipe cinética: a Giovana, de 23 anos, cuida de re-lacionamentos e comunidade; o Rafael, 27, é designer, fotógrafo e videomaker; e o Kenzo, 33, é o programador da equipe. Camila conta que agora eles já conseguem se sustentar com o dinheiro que o Cinese ganha – quando um curso é pago, parte dessa grana vai para o bolso –, com projetos paralelos e também com oficinas que eles mesmos oferecerem.

As mensagens por e-mail e Facebook que recebem são um incentivo para que continuem empenhados em promo-ver esse tipo de encontro. “É muito bacana perceber que, embora de forma tímida, o que a gente faz impacta positi-vamente na vida de outras pessoas”, orgulha-se Camila.

Democratize já!

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Mantra da turma do

Cinese: Todo mundo pode

ensinar e aprender.

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“Eu lEmbro quE Estava trEmEndo de-mais, aí eu escondi as mãos atrás das costas, porque eu pensei: pô, meu, se eu passar insegu-rança, já era.” Assim, Vanessa Oliveira, 20 anos, conta como foi entrar na sala de aula pela pri-meira vez no papel de professora. Mesmo com tudo preparado, ela sentiu ali a pressão que é estar diante de 46 alunos. Vanessa está no se-gundo ano da faculdade de comunicação e já trabalha como professora de filosofia e sociolo-gia para três turmas. Mas isso não é o mais sur-preendente. Quando percebeu o desinteresse dos seus alunos em sala de aula, foi em busca de alguma coisa que pudesse chamar a aten-ção dos jovens e retomar neles a vontade de aprender. “Descobri que seria possível ensinar temas importantes por meio da prática jorna-lística”, diz. Então escreveu um projeto para dar oficinas de produção de fanzine nas suas horas vagas – voluntariamente – e apresentou a pro-posta para a direção da escola. “Eles ficaram surpresos, porque não estavam acostumados a receber pedidos desse tipo. Mas toparam. Junta-mos 20 alunos e começamos em abril”, lembra. O impacto foi grande. No começo, nenhum dos jovens tinha ideia do que era jornalismo. Agora alguns já consideram trabalhar com isso. “Sinto que eles são mais questionadores na oficina. Anotam as coisas e fazem perguntas. Criamos um ambiente em que o jovem pode escolher e conversar, e isso o motiva”, diz Vanessa.

Apesar de ter seis professores na família, in-cluindo a própria mãe, que dá aula há 23 anos, ela conta que o interesse em dar aula surgiu na faculdade, observando o jeito de um professor. “Aí eu pensei: é isso que eu quero”, conta. A inse-gurança não atrapalhou a tão temida primeira aula, que foi um sucesso. A tática que ela usou para entreter os alunos foi simples: levou música e fotografia, tudo muito familiar para os adoles-centes. Isso só fez com que curtisse ainda mais a experiência. “Eles se interessaram de imediato, foi muito legal. Eu saí de lá flutuando, parecia que eu estava em outra dimensão”, lembra.

Papo reto“Saí da sala flutuando. Parecia que estava em outra dimensão”, conta Vanessa sobre sua primeira aula.

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Em sala de aula, Kaue Lima faz de tudo para questionar o jovem e fugir

do clássico GLS (giz,

lousa e saliva).

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Um belo dia, a mãe de KaUe lima, que é professora de matemática, fez a seguinte proposta: “Por que você não vai dar aula?” Ele topou. Na verdade, seu sonho era outro. “Eu queria me formar em direito, só que eu sou da periferia, não tenho muitas condições financeiras”, conta. No começo, dar aulas seria algo temporário. O plano era juntar dinheiro para poder cursar direito. Enquanto isso, foi fazer faculdade de história, outra paixão.

Hoje, o jovem professor dá aulas para o ensino regular e para o EJA (Educação de Jovens Adultos) no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo. Seus alunos o elogiam no Facebook e ele comenta: “É fundamental enxergar o aluno como pessoa, não só como parte do trabalho”, afirma. Mas sua relação com os estudantes tem regras. Uma delas é nunca revelar a idade – rola um receio de acharem no EJA que ele é novo demais. E, no ensino médio, teme que os alunos ultrapassem os limites por terem quase a mesma idade. A propósito, ele tem 22 anos. E é por isso que tenta fugir do estilo GLS (giz, lousa e saliva). “Quando eu era aluno, achava que passar texto era uma coisa antiquada.” Então resolveu tratar o jovem como gostaria de ser tratado: instigando-o a pensar fora da caixa.

Kaue tem nada menos que 660 alunos. A cada ano leciona em uma escola diferente, porque não tem cargo efetivo. Nos dias difíceis, quando a sala está agitada, faz questão de provocar: “Homens que viviam acorrentados em uma caverna acreditavam que as sombras que enxergavam na parede eram a realidade. Aqueles que conseguiram sair descobriram que as sombras eram, na verdade, de homens como eles. E mais, que fora havia um mundo inteiro para ser descoberto. Cabe a cada um escolher ficar dentro ou fora da caverna”, diz, citando Platão para chamar a atenção.

Ele curtiu tanto essa história de ensinar que deixou o so-nho de ser advogado para trás e descobriu que sonhar é bom, mas a realidade pode ser ainda melhor.

Aprendendo a ensinar

Ficou a fim de dar aula mas não sabe se tem jeito pra coisa? Teste sua oratória – e conhecimento – no Escola Livre. O projeto, do site Catraca Livre, recebe vídeos de jovens que querem ensinar temas que podem cair no vestibular. E ainda vai premiar com tablets os vídeos mais votados pelo público. Acesse para participar: www.escolalivre.me.Fique ligado também no Educ.Ação, coletivo que está dando a volta ao mundo para descobrir escolas que inovam na educação: www.educ-acao.com.

#fICaDICa

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IMPOSTOSE LIGA NO

O QUE É CADA TARIFAAs taxas por trás dos produtos

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, cobrado sobre a movimentação dos produtos

ISS – Imposto sobre ServiçosIPI – Imposto sobre Produtos IndustrializadosIOF – Imposto sobre operação de crédito – ou seja, sobre transações de dinheiroPIS/CONFINS – Ferramenta

do governo para pagar o INSS e o seguro-desempregoCide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, taxa combústivel e redes de comunicação, como celular e computador

KAYAM MENDES ANDRÉ RODRIGUES

O Brasil está entre as 30 nações que mais cobram impostos no mundo. Se você nunca deu muita bola para isso, dá uma olhada em quanto se paga nos produtos mais consumidos pela galera jovem. Depois responda: pesa ou não pesa no seu bolso?

Vamos simplifi -car: imposto é uma grana que o governo reco-lhe para pagar suas contas. Is-so deveria vol-

tar pa ra a gente em forma serviços pú-blicos, tipo escola e hospital. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o Brasil está entre os países com maior carga tributá-ria – só neste ano, trabalhamos até o dia 31 de maio para bancar tarifas. E ainda sim, temos difi culdades em bancar os gastos públicos.

O contador Alexandre Akira Goma, professor na Fundação Escola de Co-mércio Álvares Penteado (FECAP), explica que o tipo de produto faz diferen-ça. “Cobra-se menos pelos essenciais, como o arroz e o feijão. Já os produtos importados costumam ser um pouco mais caros para proteger a economia local, ou seja, favorecer a indústria na-cional”, diz. Uma lei aprovada em junho tornou obrigatória a divulgação dos impostos dos produtos na nota. “É fun-damental saber quanto pagamos, isso torna o preço mais transparente”, opina Alexandre. Antes de torrar sua grana, saca quanto vai de imposto no que você consome.

Tênis nacional

30,75

%

Tênis importado

45,90

%

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NA RESPONSA_21

Já ouviu falar do Na real ? É um aplicativo de celular para sistema operacional IOS e Galaxy que mostra o valor dos impostos que pagamos em cada produto. Olho aberto!

#fICaDICa

Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT)

#fICaDICa

perfume nacional

57,66

%

perfume importado

66,82

%

videogame

62, 10

%

celulare câmera

38,77

%

chiclete

34%

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22_NA RESPONSA

RESPONSANA PRÁTICA

Uma seleção do que a nossa rede está aprontado por aí, para você replicar na sua comunidade.

EQUIPE NA RESPONSA

Em agosto, o Instituto de Compromisso do Desenvolvimento Humano (ICDH) realizou, mais uma vez, uma intervenção na festa de peão de Barretos para pautar o consumo consciente. Juntamos algumas dicas para você usar no seu.

A ONG Bom Samaritano e a Associação Cristã de Moços (ACM) desenvolveram, com suas equipes, jogos para trabalhar com os jovens a temática do álcool. Inspire-se nessas ideias.

DIA_ Para economizar energia, o ideal é realizar seu evento durante o dia, em espaços abertos que aproveitem a iluminação natural. Parques, praças e ruas são ótimas opções.

CANECA_ Ao usar canecas de plástico, daquelas que se pode levar para casa, você diminui o lixo do evento e ainda deixa o público feliz por ter ganhado um brinde bem legal ;)

JOVENS_ Para incentivar os jovens a se divertir com responsabilidade, pense em atividades especiais para esse público, mostrando que é possível curtir sem ter que consumir bebida alcóolica.

LIXO_ Promova ofi cinas de reciclagem de lixo e, durante o evento, espalhe cestos de coleta seletiva que indiquem que tipo de material deve ser descartado ali.

TRANSPORTE_ Escolha lugares onde o acesso ao transporte público é fácil. Se esse não for seu caso, providencie ônibus ou vans que possam levar as pessoas para casa em segurança.

MEMÓRIA_ A turma elaborou perguntas e respostas sobre o álcool e, com cada dupla (de pergunta e resposta), criou cartões usando

papel, imagens, tesoura e cola. Vence quem tiver descoberto o maior número de pares – e souber mais sobre o tema. Contato: (51) 3493-7073

TABULEIRO_ Para avançar no tabuleiro, o jogador precisa responder a uma pergunta que testa seu conhecimento sobre o álcool. Se acertar, avança

casas – e regride caso erre a resposta. O jogo foi a forma ecnontrada pelo grupo para revisar o tema.Contato: (51) 3261-9744

CAMPANHA_ Pendure cartazes de consumo responsável pelo espaço, faça drinks sem álcool para os menores de idade e dê pulseiras para identifi car os maiores de 18 anos.

UM EVENTO DE RESPONSA

GAMES DE RESPONSA

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COMO FAZER...

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10anos mil

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mil120só cresce!

Os números do Dia de Responsa da Ambev só aumentam. Confira essas conquistas.

de programa de consumo responsável

pessoas mobilizadas

no brasil

de futebol aderiram à campanha

participaram no

mundo

DIA DE RESPONSA

em cinco estados do

brasil

no dia 20 de setembro, rolou uma megamobilização pelo consumo consciente de álcool no mundo todo. as 21 ongs brasileiras que participam do programa Jovem de responsa fizeram bonito.

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fo co?você tem

O mundo atrai os seus sentidos o tempo todo, por todos os lados. E você, se rende? Faça o teste e veja se a falta de concentração anda atrapalhando a sua vida.

1 Olhe para a área de trabalho do seu computador. Quantas jane-

las estão minimizadas?

a Não liguei o computador, agora estou lendo a Na Responsa.

b Uma só, deixo a caixa de entrada do meu e-mail sempre aberta.

C Umas dez. Ok, tem algumas que eu não lembro mais por que abri.

D Trocentas. Se for contar o número de abas no meu navegador, então, esquece.

2 Sabe as promessas que você fez no início do ano? Agora que ele

está chegando ao fi m, você...

a Está feliz e satisfeito por ter cumprido todas e faz os planos para o ano que vem.

b Estudou mais e começou a fazer es-porte, mas sente que poderia ter se em-penhado mais.

C Lembrou delas só no primeiro trimes-tre, depois renovou tudo.

D Que promessas?

MONGE Vem cá, como você consegue ser tão focado em um mundo onde acontece tanta coisa ao mesmo tempo? Sua concentração é invejável! Diz aí o segredo, vai.

BALANÇA Você encontrou um equilíbrio. Não desliga por completo quando vai realizar suas tarefas, mas consegue manter a concentração que cada situação exige.

QUARENTENA Seu caso ainda não é preocupante, mas merece um período de observação. Desligue o que não é importante e veja como pode ganhar tempo com isso.

POLVO MENTAL Sua cabeça pensa que tem pelo menos oito braços e que dá conta de usar todos ao mesmo tempo, cada um para uma tarefa. Cuidado, vai dar bug!

5 No ônibus, a caminho do traba-lho ou da escola, você...

a Vai olhando pela janela e pensando mentalmente no caminho, calculando o tempo que falta para chegar.

b Coloca o fone e vai curtindo um som, mas confere de tempos em tempos em que parte do caminho o busão está.

C Vai ouvindo música e enviando SMS, às vezes passa um ponto e volta andando.

D Fica batendo papo com algum desco-nhecido, perde o ponto e só se dá conta umas cinco paradas depois.

6 Enquanto fazia esse teste, você...

a Só fazia este teste, ué.

b Parou para cumprimentar um conheci-do, depois voltou a ler.

C Respondeu uma pergunta, foi até a geladeira, olhou o Face e terminou.

D Começou anteontem, esqueceu a re-vista no banheiro e, agora que voltou, caiu direto nesta pergunta. Oi?

3 Na aula daquele professor cha-to, você?

a Presta atenção e faz anotações, afi nal o conteúdo vai cair na prova.

b Até fi ca atento, mas de vez em quan-do dá uma espiada pela janela para ver o movimento lá fora.

C Aproveita para fazer o trabalho da aula seguinte, que ainda não fi cou pronto.

D Passa a aula inteira desenhando o cara que senta ao seu lado.

4 Pense no último livro que você leu. Como foi?

a Era uma série de três livros, li um pou-co todos os dias até chegar ao fi m.

b Faltou só o último capítulo.

C Cheguei na metade, deixei ao lado da cama por meses, comecei outros dois li-vros e acabei não terminando.

D Cada vez que abria, lembrava de algo que precisava fazer. Não saí da primeira página – isso faz uns dois anos.

HARRISON KOBALSKIfofo

SE VOCÊRESPONDEU

MAIS A

SE VOCÊRESPONDEU

MAIS B

SE VOCÊRESPONDEU

MAIS C

SE VOCÊRESPONDEU

MAIS D

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NÃO EXISTISSE MAIS ÁGUA

VANESSA RIBEIRO BERNARDO FRANÇA

Tome esse balde de água fria: em 2030, quase metade da população mundial pode fi car sem água. Já pensou nisso? Imaginamos como seriam algumas

situações do nosso cotidiano se esse dia chegar – e aproveitamos para calcular os litros que desperdiçamos em cada uma delas.

COMO É: Uma chuveirada de 5 minutos, fechando o registro na hora de se ensaboar, consome uma média de 45 litros de água. COMO PODE SER: Com uma geleca que seca na pele e absorve a sujeira. Na África do Sul, um universitário já criou um gel que substitui a água e o sabão.

COMO É: 15 minutos lavando pratos desperdiçam 117 litros de água.COMO PODE SER: Teremos pratos e talheres comestíveis. Assim, quando acabar a refeição, não precisa lavar louça. Os pratos já existem. Foram desenvolvidos por designers do instituto holandês Piet Zwart, em Rotterdam.

COMO É: 5 minutos de escovação levam 12 litros de água pelo ralo. COMO PODE SER: Engoliremos a pasta de dente. Nos Estados Unidos, já existe uma escova quelibera o creme e dispensa água.

COMO É: Uma única descarga também gasta cerca de 12 litros de água. COMO PODE SER: Vamos enterrar o cocô, igual cachorro. O Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (GO) transforma os dejetos em adubo.

COMO É: 15 minutos de torneira do tanque aberta levam embora 279 litros de água. COMO PODE SER: Teremos roupas descartáveis e biodegradáveis. Tipo aquelas de TNT que são usadas por médicos e enfermeiros.

banho

Escovar os dentes Privada Lavar roupa

louça

E SE...

NA RESPONSA_25Fonte: Albano Araújo, coordenador da estratégia de Água Doce da TNC – The Nature Conservancy

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Pedro: O que é um hacker para você?Kayam: Para mim, ele é um detetive virtual que consegue analisar informações. E, com senso de justiça, pode consertar aquilo usan-do as informações que pegou antes. Ou pode ser um bandido que usa as informações para prejudicar alguém. É um bandido virtual, se aproveitando de alguma coisa que não é dele.

P: Em uma palavra, o que é política?K: Encaixar.

P: Eu queria entender um pouco porque as pessoas não participam da política...K: Eu não conheço um único político. Talvez por isso, participar efetivamente pareça algo muito distante. Política parece ser chato e bu-rocrático. Nós não somos familiarizados com o tema: não ouvimos falar na escola, em casa, na rua. Somos estimulados a querer coisas individuais, acho que falta a sensação do co-letivo. Não sei se é um problema mundial ou se é do Brasil.

P: A visão mundial que se tem do Brasil é justamente o contrário, que é um país da coletividade...K: A gente vê muitas coisas com as quais não concorda, mas acho que tem muita gente que fi ca satisfeita em não concordar. Como dizem em uma série que assisto, as pessoas não se preocupam com quem joga, elas só querem ver os fi lhos crescerem e ter comida na mesa.

Kayam: O que é um hacker?Pedro: Hacker é um cara que entende muito de um sistema a ponto de transformá-lo. Um chef de cozinha pode ser hacker em um deter-minado ingrediente, por exemplo. Eu quis en-tender como funcionam os sistemas políticos para poder transformá-los.

K: Como é isso na prática?P: Há alguns anos, um deputado nos chamou para participar da elaboração da lei de acesso à informação. Começamos a escrever a lei, mesmo sem entender disso, e ela foi aprovada. Hoje, toda informação pública deve ser libera-da em formatos abertos, para que as pessoas possam utilizar esses dados depois.

K: Como os políticos veem esse trabalho? P: Tem um monte de político que não quer compartilhar o poder. Mas a coisa mais incrível que eu aprendi é que tem um monte de gente dentro da política que quer mudar o Brasil.

K: O que é política, afi nal?P: A gente colabora politicamente com os ou-tros o tempo todo, sem perceber. A ideia do mutirão, por exemplo: alguém precisa subir a casa, todo mundo tira o sábado para ajudar e, depois, quando fi ca pronto, participa do chur-rasco. Eu entendo que isso é fazer política de habitação. Quem disse que política não tem que ter feijoada e samba? Acho que a gente tem que desburocratizar.

Esqueça o terno e a gravata. Política se faz o tempo todo, com tecnologia, transparência e sem burocracia. É o que defende o hacker Pedro Markun, 27 anos, que conversou com a equipe Na Responsa, representada pelo repórter Kayam Mendes.

PEDrO MarKUNHacker, 27 anos, membro fundador do Transparência Hacker e do Ônibus Hacker, que ocupa cidades para falar sobre política.

kayam mendesEstudante, 17 anos, morador do bairro Capão Redondo, em São Paulo.

TRABALHO PARA TRANSFORMAR A POLÍTICA, PARA QUE AS PESSOAS POSSAM PARTICIPAR DELA”

HACKEARA POLÍTICA

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