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Navegação Fluvial e Manobrabilidade de
Comboios de Barcaças
Carlos Daher PadoveziEngenheiro Naval, Doutor
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo - IPT
Navegação Fluvial
RESTRIÇÕES
RIOS
trechos estreitos
eclusas
Problemas especiais de Segurança e Ambientais
NAVEGAÇÃO
correntezas
águas rasas
embarcações fluviais de transporte de cargas
Calados reduzidos
Tempos reduzidos com embarcação parada
Grandes deslocamentos
Restrições da via navegável: profundidades, larguras, raios de curvaturas do canal de navegação
Condicionantes físicos Condicionantes econômicos
Velocidades reduzidas
embarcações fluviais de transporte de cargas
Uma solução técnica e economicamente adequada
comboios de barcaças
Vantagens de adoção de comboios fluviais
Flexibilidade operacional – fracionamento da
carga
Redução de tempo em portos e terminais: o
empurrador pode apenas trocar de barcaças
(cheias por vazias e vice-versa)
Possibilidade de desmembramento de um
comboio para ultrapassagem de um ponto crítico
de navegação (curva fechada, eclusa, ...)ou para
uma operação de desencalhe
Cuidados com a adoção de comboios fluviais
Qualidade da amarração entre barcaças e entre barcaças e
empurrador
Estabilidade do empurrador em caso de colisão do
comboio
Potência adequada instalada no empurrador para
segurança em situações de emergência (distâncias
seguras de parada brusca, por exemplo)
Sistema de manobras para garantir manobrabilidade
adequada à segurança da navegação
Desafio: dimensionar um comboio adequado para cada via
específica, garantindo: segurança, baixa interferência
ambiental e ganhos econômicos !
Dimensionar significa:
Determinar dimensões e quantidade de barcaças, calados (e pés-de-piloto), formação do comboio
Projetar/escolher um empurrador com potência e equipamentos adequados para garantir desempenho propulsivo e em manobras do comboio
Projeto de comboios
fixado um determinado número de barcaças, a
SEGURANÇA da navegação depende, das seguintes
características do comboio:
SISTEMA DE PROPULSÃO
MANOBRABILIDADE Eficiência em curvas
Grande controlabilidade
Distância de parada brusca (emergência)
Potência instalada / Potência utilizada
Os comboios fluviais são muito exigidos em manobras, dadas as características de sinuosidade das rotas de navegação e os pontos considerados críticos às manobras, como entradas de eclusas, passagens sob pontes com vãos estreitos e trechos com largura e profundidade reduzidas. Os comboios devem apresentam certas qualidades mínimas de manobras, para manter o rumo certo mesmo sob a ação de forças externas, como ventos, correntes ou ondas.
CONTROLABILIDADE em velocidades baixas
Manobrar bem o tempo todo
Propulsão múltipla – uma necessidade e muitas vantagens
Os momentos resultantes da aplicação de empuxos nos hélices, separados por uma certa distância, são significativos, proporcionando boa manobrabilidade. Em caso extremos, um propulsor pode ser posto a vante e outro à ré.
LEMES DE FLANCO são lemes colocadosem frente aos hélices, para operação com os motores à ré. Basicamente, são lemespara operação em baixas velocidades oucom as embarcações paradas.
LEMES COM FLAP são lemes que apresentam flaps associados, que assumes ângulo proporcional ao ângulo de leme, multiplicando a força de guinadaproporcionada pelo sistema de manobras .
PROPULSOR AZIMUTAL – atuador de propulsão e manobras em um único sistema
propulsores de embarcações fluviais de transporte de cargas
Alto carregamento: potência
alta para produzir alto empuxo em áreas reduzidas de pás
Grandes diferenciais de pressões
em suas pás, com baixas eficiências finais e com
possibilidade de ocorrência de cavitação e de vibrações induzidas
CTH - coeficiente de carregamento do propulsor: CTH = T / ( 1/2. . Ao. V2 )
Hélices com tubo Kort / em duto
Apresentam maior eficiência em baixas velocidade que os propulsores convencionais.
Contudo, em águas com muitos detritos (galhos de árvores, por exemplo), podem ter sua operação inviabilizada por travamento do hélice em operação – detritos podem travar as pás do hélice junto à parede interna do duto
Efeito de águas rasas sobre a resistência ao avanço
Efeitos de águas rasas sobre a manobrabilidade de um comboio
1 empurrador (30 x 10,3 x 3,7 m)
+
1 barcaça (95 x 19 x 4,7 m)
125 m
19 m
Manoeuvring prediction of pusher barge in deep and shallow waterA. Maimun n, A.Priyanto,A.H.Muhammad,C.C.Scully,Z.I.Awal Ocean Engineering 38 (2011) 1291–1299
Questões importantes
Há variação do nível d’água nas várias hidrovias ao longo de um ano - variação é mais acentuada nos rios em corrente livre e mais suave nos rios chamados de “regularizados”, que têm reservatórios devido a barragens.
Uma condição crítica de manobras é aquela em que comboios trafegam com barcaças vazias e ficam sujeitos à ação de ventos de través em suas grandes áreas fora da água. Sistemas auxiliares de manobras ajudam a resolver a situação.
V
Vvento
x
yV
V
Em rios em corrente livre, de fundo arenoso, há grande probabilidade de mudança do canal de navegação a cada ano
Sistema flutuantede proteção de pilares de pontes - projeto IPT
O tempo todo: trabalhar
para a redução de riscos, diminuindo a
probabilidade de acidentes e, em caso de ocorrência, reduzindo as consequências
Estudos experimentais de
manobras de comboios fluviais
realizados pelo IPT
Em semi-Escala (1:6)
Em escala Real (1:1)
Em Tanque de Provas (1:40)
Sistemas auxiliares de manobras
Vantagens Desvantagens
Propulsor
azimutal nas
barcaças de
proa
• Baixo custo
• Não altera o
comprimento do comboio
• Baixa flexibilidade
• Só ajuda nas curvas
• Baixa eficiência
Barco de proa
acoplado
• Ajuda fracionar o
comboio
• Flexibilidade
• Uso de propulsor mais
eficiente
• Custo potencial maior
• Aumento do comprimento
do comboio
Exemplo do auxílio para manobras de um bowboat operando a vante de um comboio
Métodos utilizados para determinação das dimensões horizontais de navegação, com cuidado especial com a largura do canal de navegação, são: métodos empíricos, simulação da navegação fast-time, simulação da navegação em tempo real investigações com utilização de modelos
físicos.
Necessidade de estudo cuidadoso caso a caso
Dimensões de canais: Comboio x Via Navegável
OBRIGADO !
O IPT e a Engenharia Naval
Avaliação de dimensões máximas de comboios para navegação no rio Paraguai
Projeto de sistema flutuante de proteção de pilares da ponte da rodovia BR-262 sobre o rio Paraguai
Estudo de viabilidade de carregamento com maior calado para navegação em trecho determinado do
rio Paraguai
Estudo de navegabilidade de comboio no rio Paraguai utilizando empurrador convencional com
24 barcaças em águas rasas
Potência mínima para a garantia de segurança de operação de comboios
fluviais
Estudos realizados na área de hidrovias pelo IPT
Proposta de pontos para desvio de rota e atracação de emergência na Hidrovia Tietê-Paraná
Sistema de controle de tráfego de embarcações e de monitoramento meteorológico junto às eclusas da
Hidrovia Tietê-Paraná
Avaliação de colisão de embarcação com um módulo flutuante do sistema de proteção de pilares
de uma ponte sobre o rio Tietê
Potência mínima para a garantia de segurança de operação de comboios fluviais
Comboios fluviais adaptados à via navegável
Estudos realizados na área de hidrovias pelo IPT
Estudos realizados na área de hidrovias pelo IPT
Medições de tração nas amarrações de um comboio fluvial com nove barcaças
Hidrovia Tocantins-Araguaia: estudo de navegabilidade
Aspectos de segurança da navegação relacionados com a convivência entre comboios fluviais e embarcações
marítimas no Paraná inferior
Estudo de navegabilidade do rio São Francisco
Avaliação de passagens de comboios fluviais por pontos críticos do rio Paraguai