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Nefrologia – Uma Abordagem Multidisciplinar

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Livro publicado em outubro de 2011 pela Editora Rubio e destinado à área de Nefrologia.

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A editora e os autores deste livro não mediram esforços para assegurar dados corretos e informações precisas. Entretanto, por ser a Medicina uma ciência em permanente evo-lução, recomendamos aos nossos leitores recorrer à bula dos medicamentos e a outras fontes fi dedignas, bem como, avaliar cuidadosamente as recomendações contidas no livro em relação às condições clínicas de cada paciente.

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Nefrologia: uma Abordagem Multidisciplinar

Copyright © 2012 Editora Rubio Ltda.

ISBN 978-85-7771-090-4

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em partes, sem a autorização por escrito da Editora.

ProduçãoEquipe Rubio

Editoração EletrônicaEDEL

Editora Rubio Ltda.Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Castelo20021-120 – Rio de Janeiro – RJTelefax: 55 (21) 2262-3779 • 2262-1783E-mail: [email protected]

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Nefrologia : uma abordagem multidisciplinar / organizadores William Mala-gutti, Renato Ribeiro Nogueira Ferraz . – Rio de Janeiro : Editora Rubio, 2011.

Vários autores.ISBN 978-85-7771-090-4

1. Nefrologia – Manuais 2. Rins – Doenças – Manuais I. Malagutti, William. II. Ferraz, Renato Ribeiro Nogueira.

11-09561 CDD-616.61

Índices para catálogo sistemático:1. Nefrologia : Medicina 616.61

2. Rins : Doenças : Diagnóstico e tratamento : Medicina 616.61

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Organizadores

William MalaguttiGraduado e Licenciado em Enfermagem pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), SP. Especialista em Administração Hospitalar pelo Instituto de Pesquisas Hospitalares (IPH). Pós-Graduado em Educação em Enfermagem – Escola Nacional de Saúde Pública – Fiocruz, RJ. Mestre em Administração, Educação e Comunica-ção pela Universidade São Marcos (Unimarco), SP. Coordenador de Pós-Graduação do Curso de Saúde Pública e Programa de Saúde da Família (PSF) para Enfermeiros da Universidade Gama Filho (UGF), SP. Enfermeiro da Supervisão de Vigilância em Saúde da Prefeitura Municipal de Saúde de São Paulo. Assessor do Periódico Enfer-magem Brasil.

Renato Ribeiro Nogueira FerrazBacharel e Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade do Grande ABC (UniABC), SP. Mestre e Doutor em Nefrologia pela Universidade Federal de São Pau-lo (UNIFESP). Docente da Disciplina de Metodologia do Ensino e Pesquisa do curso de Pós-Graduação em Saúde Coletiva com ênfase em Programa de Saúde da Família (PSF) da Universidade Gama Filho (UGF), SP. Docente do Departamento de Saúde da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), SP. Membro do grupo de Pesquisas em Morfologia da UNINOVE. Membro da Sociedade Brasileira de Anatomia (SBA).

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Alessandra Calábria BaxmannDoutora e Mestre em Nutrição, pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Coordenadora e responsável pela supervisão de nutricionistas e especializandas que realizam atendimento nutricional ambulatorial a pacientes atendidos no Ambulatório de Litíase Renal, no Ambulatório de Transplante Renal e no Ambulatório de Rins Policísticos da Disciplina de Nefrologia da UNIFESP. Nutricionista do consultório particular do Hospital do Rim e Hipertensão/Fundação Oswaldo Ramos.

Alessandra Campani PizzatoNutricionista graduada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Doutora em Nefrologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professora Adjunta do Curso de Graduação em Nutrição da Faculdade de Enferma-gem, Nutrição e Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (FAENFI/PUC-RS). Professora do Curso de Pós-Graduação em Terapia Nutricio-nal Enteral Parenteral da FAENFI/PUC-RS.

Ana Maria Duarte Dias CostaGraduada em Odontologia pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal), MG. Dou-tora em Farmacologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Mestre

Colaboradores

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em Farmacologia pela UNICAMP. Especialista em Endodontia pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO). Professora Titular dos cursos de Graduação em Medicina Hu-mana e Odontologia da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas). Coordena-dora do Programa de Mestrado em Saúde da Unifenas. Membro de Grupo de Pesquisa na Unifenas. Compõe o Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – BASis (MEC).

Ana Paula Steff ensEnfermeira. Doutoranda em Saúde Pública pela Universidade Federal de Minas Ge-rais (UFMG). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professora Assistente da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Instituto Multidisciplinar em Saúde Campus Anísio Teixeira, BA.

André Luis BalbiGraduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) e Residência Médica em Nefro-logia pela mesma Faculdade. Doutorado em Fisiopatologia em Clínica Médica, área de concentração em Nefrologia pelo Departamento de Clínica Médica da UNESP. Professor Assistente Doutor da Disciplina de Nefrologia do Departamento de Clínica Médica da UNESP e do Curso de Pós-Graduação do mesmo Departamento. Atua nas áreas de Lesão Renal Aguda, Insufi ciência Renal Crônica e Gestão Hospitalar.

Antonio Carlos RossiPsicólogo. Especialista em Psicoterapia de Orientação Psicanalítica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Mestre em Ciências Nefrológicas pela UNIFESP.Doutor em Ciências Nefrológicas pela UNIFESP.

Carina Nilsen MorenoGraduada em Medicina pela Universidade São Francisco (USF), SP. Especialista em Nefrologia pela Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Benefi cência.

Carina Tárzia Kakihara Graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), aper-feiçoamento em Fisioterapia em Neurocirurgia pela Faculdade de Medicina de São

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José do Rio Preto (FAMERP), SP. Especialista em Fisioterapia Neurológica pela Faculdades Salesianas de Lins, SP. Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Especialista em Acupuntura Tradicio-nal Chinesa Integrativa pela Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo. Atualmen-te é Professora da Universidade Paulista (UNIP), SP e Fisioterapeuta do CAISM da Água Funda, São Paulo.

Cristina Maria Bouissou Morais SoaresGraduada em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Resi-dência Médica em Pediatria, Terceiro ano opcional de Residência Médica em Nefro-logia, Residência Médica em Nefrologia, cursados no Hospital das Clínicas da UFMG. Mestre e Doutora em Ciências da Saúde – Área de Concentração em Saúde da Criança e do Adolescente (UFMG). Atua no Programa Interdisciplinar de Prevenção e Trata-mento da Doença Renal Crônica em Crianças e Adolescentes da Unidade de Nefro-logia Pediátrica do HC/UFMG desde 1993, coordenando o Programa desde 2003. Médica do Hospital Municipal Odilon Behrens, onde cumpre a função de preceptora da Residência em Pediatria desde 1996. Professora da Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas) desde setembro.

Cristina Toscani Leal DornellesNutricionista Graduada pelo Instituto Metodista de Educação e Cultura (IMEC). Dou-tora em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Ciências Médicas: Pediatria, pela UFRGS. Nutricionista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS. Professora dos Cursos de Pós-Graduação da UNIVATES, RS e da Universidade Paranaense (UNIPAR), PR.

Daniela PonceGraduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP) e Resi-dência Médica em Nefrologia pela mesma Faculdade. Mestre e Doutora em Fisiopa-tologia em Clínica Médica, área de concentração em Nefrologia pelo Departamento de Clínica Médica da UNESP. Professora Assistente Doutora da Disciplina de Nefro-logia do Departamento de Clínica Médica da UNESP e do Curso de Pós-Graduação do mesmo Departamento. Atua nas áreas de Lesão Renal Aguda, Insuficiência Renal Crônica e Nefrologia Intervencionista.

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Débora Caetano de Souza Martins GuimarãesTécnica Especializada da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Enfermeira, graduada e licenciada pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Espe-cialista em Saúde Pública com ênfase em Vigilância Sanitária pelo Instituto Brasileiro de Extensão Educacional. Mestranda em Enfermagem pela Universidade de Brasília (UnB). Atua principalmente nos seguintes temas: Educação em saúde, metodologias ativas de ensino-aprendizagem e educação a distância.

Denise Maria Guerreiro Vieira da SilvaGraduada em Enfermagem pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutora em Enfermagem pela UFSC e Pós-Doutora pela University of Alberta Canadá. Atualmente é Professor Associado da UFSC. Suas atividades docentes na graduação estão voltadas para a Enfermagem Clínica, focalizando as doenças crônicas e a atenção básica à saúde. Na pós-graduação é docente da disciplina de Metodologia da Pesquisa, especialmente focalizando a abordagem qualitativa. É líder do grupo de pesquisa NU-CRON, desde o ano de 2000. Bolsista de Produtividade do CNPq.

Denise Zaff ariNutricionista graduada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Mestre em Ciências Cardiovasculares pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – ênfase em Cardiologia do Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Car-diologia. Professora dos Cursos de Graduação em Nutrição e Pós-Graduação em Nu-trição Clínica da UNISINOS. Membro da Coordenação do Curso de Pós-Graduação – Especialista em Nutrição Clínica da UNISINOS e Membro da Comissão de Coorde-nação do Curso Superior de Tecnologia em Gastronomia da UNINOS.

Elaine Drehmer de Almeida CruzGraduada em Enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Dou-tora em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é Professor Adjunto e Editora Chefe da Revista Cogitare Enfermagem do Departamento de En-fermagem da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Prevenção e Controle de Infecção associadas à assistên-cia em saúde e saúde ocupacional.

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Elioenai Dornelles AlvesProfessor Titular e Livre Docente do Departamento de Enfermagem da Universidade de Brasília (UnB). Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UnB. Pesquisador do CNPq.

Elvia Christina Barros de AlmeidaDoutoranda em Clínica Integrada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).Mestre em Clínica Integrada pela UFPE. Especialista em Endodontia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco (FOP/UPE).

Fabiana Mathias Gomes FigueiredoEnfermeira. Aprimoramento em Enfermagem Médico-Cirúrgica – Hospital do Ser-vidor Público Estadual (IAMSPE), SP. Especialista em Enfermagem Cardiovascular pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Administração Hospitalar pelo Instituto de Pesquisa e Educação em Saúde de São Paulo da Uni-versidade Cidade de São Paulo (IPESSP/UNICID). Enfermeira-Chefe do Serviço de Enfermagem Médico-Cirúrgica do IAMSPE, SP.

Fábio de Souza TerraGraduado em Enfermagem pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal), MG.Doutorando em Ciências pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Uni-versidade de São Paulo (EERP-USP). Mestre em Saúde pela Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas). Professor da Unifenas nos cursos de graduação em Me-dicina Humana e Enfermagem. Membro de Grupos de Pesquisa na Unifal, Unifenas e EERP-USP.

Germana Alves de BritoGraduada em Medicina pela Universidade de Pernambuco (UPE) e Residência Médi-ca em Nefrologia pela Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP). É aluna regular do Curso de Pós-Graduação em Fisiopatologia em Clínica Médica – Área de Con-centração em Nefrologia pelo Departamento de Clínica Médica da UNESP e Médica Nefrologista do Hospital Brigadeiro, SP.

Ginivaldo V. R. NascimentoGraduado em Medicina pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Residência Mé-dica em Nefrologia pela Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP). Doutorado em

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Fisiopatologia em Clínica Médica – Área de Concentração em Nefrologia pelo De-partamento de Clínica Médica da UNESP. Professor Assistente Doutor da Faculdade de Saúde, Ciências Humanas e Tecnológicas do Piauí (NOVAFAPI) e Faculdade Dife-rencial Integral (FACID). Médico Nefrologista do Hospital de Urgências de Teresina, Piauí. Atua nas áreas de Lesão Renal Aguda e Insufi ciência Renal Crônica.

Irene de Lourdes NoronhaGraduada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Residência em Clínica Médica e Residência em Nefrologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Dou-tora em Imunologia de Transplantes no Instituto de Imunologia da Universidade de Heidelberg, Alemanha, título reconhecido pela Universidade de São Paulo (USP). Pós-Doutorado na Universidade de Heidelberg. Realizou também estágios de espe-cialização em Tóquio (Tokyo Womens Medical College), Londres (Guys Hospital) e Miami (Diabetes Research Institute). Médica Nefrologista do Hospital das Clínicas da FMUSP. Docente do Departamento de Clínica Médica da FMUSP. Professora Livre-Docente pela USP. Atualmente é Professora Associada do Departamento de Clínica Médica da FMUSP. Responsável pelo Laboratório de Nefrologia Celular e Molecular (LIM-29) da FMUSP.

João Egidio Romão JuniorProfessor Livre-Docente de Nefrologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).

José Silvério Santos Diniz (in memoriam)Graduado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Professor emérito da Faculdade de Medicina da UFMG.

Juliana Maria Gera AbrãoGraduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP) e Resi-dência Médica em Nefrologia pela mesma Faculdade. Mestre em Fisiopatologia em Clínica Médica, Área de Concentração em Nefrologia pelo Departamento de Clínica Médica da UNESP. Médica Nefrologista no Hospital Estadual Bauru e do Hospital das Clínicas da UNESP. Atua nas áreas de Lesão Renal Aguda, Insufi ciência Renal Crônica, Transplante Renal e Glomerulopatias.

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Leila Sarah Cury FonsecaBacharel em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Administração Hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo. Assistente Social do Grupo Única Gestão – Unidade Aclimação.

Márcia Utimura AminoGraduada na Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP). Especia-lista em Administração Hospitalar; Doação e Captação e Transplantes de Órgãos; Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Enfermeira responsável por Unidade de Internação no Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), SP. Enfermeira Líder da Meta Internacional de Qualidade e Segurança do Paciente no HAOC – Reduzir o risco de lesões ao paciente, decorrentes de queda – Joint Commission Internacional. Membro no HAOC do Capítulo ASC – Joint Comission Internacional. Membro da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do HAOC. Membro do Grupo de Estudos em Diabetes do HAOC. Membro do Grupo de Estudos em Transplantes do HAOC.

Maria Celeste do Patrocínio AlmeidaEspecialista em Administração Hospitalar; Doação e Captação e Transplantes de Ór-gãos pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Enfermeira responsável pela Coordenação de Transplante do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), SP. Membro da Comissão de Transplantes do HAOC. Membro da Comissão Intra-hospi-talar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do HAOC. Membro do Grupo de Estudos em Diabetes do HAOC. Membro do Grupo de Estudos em Transplan-tes do HAOC. Membro do Departamento de Enfermagem da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Membro do Departamento de Enfermagem em Transplantes da UNIFESP.

Maria Eliete PinheiroMestre e Doutora na Disciplina de Nefrologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Professora Asso ciada da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Co-ordenadora do Centro Integrado de Nefrologia do Hospital Universitário Prof. Alber-to Antunes (HUPAA) da UFAL. Coordenadora da Nefro-Urologia da Faculdade de Medicina (FAMED), da UFAL. Membro da Comissão Editorial do Jornal Brasileiro de Nefrologia. Membro do Departamento de Hipertensão da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Presidente da SBN-Regional Alagoas.

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Mercedes TrentiniEx-Enfermeira Professora na Universidade Federal de Santa Cataria (UFSC). Gradua-da pela Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (EEAP), RJ. Especialista em Condições Crônicas Renais pela University of California San Francisco (UCSF), EUA. Mestre em Saúde do Adulto pela UFSC e Doutora em Enfermagem pela University of Alaba-ma at Birmingham (UAB). Fundadora e Coordenadora até o ano de 2000 do Núcleo de Convivência em Situações Crônicas de Saúde (NUCRON). Pesquisadora no NU-CRON do Departamento de Enfermagem da UFSC.

Milton Carlos MariottiGraduado em Terapia Ocupacional pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Dou-tor em Ciências da Saúde pela UFPR. Professor Adjunto do Departamento de Terapia Ocupacional da UFPR.

Niels Olsen Saraiva Câmara (Prefácio)Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Medi-cina (Nefrologia) pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Imunologia de Transplantes pela Université de Tours (Diplome dês Études Appron-fodies, França). Doutor em Medicina (Nefrologia) pela UNIFESP. Pós-Doutora pelo Imperial College London e Livre-Docência pela UNIFESP (Medicina). Atualmente é Professor Associado do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Bio-médicas da Universidade de São Paulo (USP). Desde janeiro é Professor Visitante da Université de Tours, França.

Nikos DonosDDS, MS, FTHE, PhD; Head & Chair of Periodontology; Chair Division of Clinical Research; Lead Oral Health Th eme, Joint UCLH/UCL Comprehensive Biomedicine Centre Director of ECIC; Consultant/Specialist in Periodontics.

Rafaela Siviero Caron LienertNutricionista graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Nefrologia pelo Programa de Residência Multiprofi ssional em Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Nutricionista Assistencial do Hospital São Lucas, da PUC-RS.

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Raquel C. SiqueiraGraduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá (FMIt), MG. Especia-lista em Nefrologia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Aprimoramento em transplante renal no Hospital Universitário Doce de Octubre, Madri, Espanha, sob a supervisão do Prof. Dr. José Maria Moralles Cerdan.

Renata CimõesPós-Doutorado em Periodontia pelo Eastman Dental Institute, University College London, Londres, Inglaterra. Doutora em Odontologia pela Faculdade de Odontolo-gia da Universidade Federal de Pernambuco (FOP/UPE). Professora Adjunta de Clí-nica Integrada do Departamento de Prótese e Cirurgia Buco-Facial pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Membro permanente da Pós-Graduação em Odon-tologia da UFPE. Especialista em Periodontia pela Associação Brasileira de Odonto-logia de Pernambuco (ABO-PE).

Renata de Sousa AlvesGraduada em Farmácia – Habilitação em Análises Clínicas pela Universidade Fede-ral do Ceará (UFC), Mestre e Doutora em Farmacologia pela UFC, trabalhando com Fisiofarmacologia Renal e Toxinologia. Tem experiência na área de Farmácia, com ên-fase em Bioquímica e Farmacologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Apoproteínas AI e B, Perfi l Lipoproteico, Alterações renais, Disfunção endotelial, Ve-nenos e Toxinas animais. Atualmente é Professora Adjunta II da Universidade Federal do Ceará, coordenando as disciplinas de Estágio em Farmácia III e Estágio Diferen-ciado em Análises Clínicas.

Renata Nunes da SilvaMestre em Patologia pela Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP). Especialista em Biologia Celular e Histologia Geral pela Universidade Federal de São Paulo (UNI-FESP). Graduada em Ciências Biológicas – Licenciatura Plena pela Universidade de Taubaté (UNITAU). Atualmente, docente da disciplina de Morfologia Humana na Universidade Nove de Julho (UNINOVE).

Renato BertagnaGraduado em Enfermagem pela Universidade Federal de Medicina do Triângulo Mi-neiro (UFMTM). Especialista em Nefrologia em Enfermagem modalidade residência pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Gerente de Enfermagem do CNH

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Santo André e Mauá. Enfermeiro Assistencial ao Paciente com Insufi ciência Renal Crônica em Hemodiálise e em CAPD e DPA (Fresenius e Baxter) de março de 1999 a setembro de 2003.

Renato Ribeiro Nogueira Ferraz (Org.)Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas pela Universidade do Grande ABC (UniABC), SP. Mestre e Doutor em Nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Docente da Disciplina de Metodologia do Ensino e Pesquisa do curso de Pós-Graduação em Saúde Coletiva com ênfase em Programa de Saúde da Família (PSF) da Universidade Gama Filho (UGF), SP. Docente do Departamento de Saúde da Uni-versidade Nove de Julho (UNINOVE), SP. Membro do grupo de Pesquisas em Morfolo-gia da UNINOVE. Membro da Sociedade Brasileira de Anatomia (SBA).

René Duarte MartinsGraduado em Farmácia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), com Habi-litação em Análises Clínicas pela UEPB. Especialista em Microbiologia e Parasito-logia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre em Ciências Farmacêuti-cas pela UFC. Doutor em Farmacologia pela UFC. Atualmente é Professor Adjunto II do Núcleo de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) (campus de Vitória de Santo Antão). Coordenador do programa Farmácia Viva: Cultivando saúde no Centro Acadêmico de Vitória (CAV), da UFPE e a disciplina de Farma-cologia.

Rogério Barbosa de DeusMédico pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nefrologista pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCMMG). Titulado em Nefrologia pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Membro da Associação Médica Brasileira (AMB). Mestre e Doutor em Nefrologia pela Univer-sidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Nefrologista do Grupo Única Gestão – Uni-dade Aclimação Medical.

Rubens Marona de OliveiraDoutor em Medicina – Concentração em Nefrologia, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Professor titular da PUC-RS.

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Tricya Nunes V. da SilvaGraduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA) e Re-sidência Médica em Nefrologia pela Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP). É aluna regular do Curso de Pós-Graduação em Fisiopatologia em Clínica Médica – área de concentração Nefrologia – do Departamento de Clínica Médica da UNESP. Médica Nefrologista e Responsável Técnica pela Unidade de Diálise do Hospital Es-tadual Bauru, SP. Atua nas áreas de Insuficiência Renal Crônica e Terapias Renais Substitu tivas (hemodiálise e diálise peritoneal).

William Malagutti (Org.)Graduado e Licenciado em Enfermagem pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), SP. Especialista em Administração Hospitalar pelo Instituto de Pesquisas Hospitalares (IPH). Pós-Graduado em Educação em Enfermagem – Escola Nacional de Saúde Pública – Fiocruz, RJ. Mestre em Administração, Educação e Comunica-ção pela Universidade São Marcos (Unimarco), SP. Coordenador de Pós-Graduação do Curso de Saúde Pública e Programa de Saúde da Família (PSF) para Enfermeiros da Universidade Gama Filho (UGF), SP. Enfermeiro da Supervisão de Vigilância em Saúde da Prefeitura Municipal de Saúde de São Paulo. Assessor do Periódico Enfer-magem Brasil.

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Prefácio

O campo da Nefrologia vem crescendo com rapidez nos últimos anos, mas continua demandando um forte conhecimento de diversas áreas da saúde e da biologia. Nós testemunhamos este crescimento quando nos deparamos com profi ssionais de várias áreas nos corredores dos serviços de Nefrologia, ao redor do País. A Nefrologia sem-pre foi um campo fértil para as interações de áreas afi ns, como odontologia, biologia, psicologia, enfermagem, farmácia, biomedicina, fi sioterapia, educação física, nutrição e medicina. Hoje, é impossível dissociar estas áreas e não ter uma visão multi e inter-disciplinar sobre um paciente nefropata.

Há pouco mais de cinco anos, eu venho testemunhando estas mudanças, com-provadas pela crescente participação de pós-graduandos de todas estas áreas em um Programa de Pós-graduação de nível 7 na CAPES.

Aqui, vários pesquisadores expõem esta visão compartilhada, multifacetada em benefício da Nefrologia. O Brasil sempre foi um País com forte atuação em Nefrolo-gia, e agora dispõe de um livro atual que reúne estas diversas visões sobre o paciente nefropata. Os temas apresentados são relevantes para todos os profi ssionais que per-meiam esta área do conhecimento e acrescentam uma complexidade ainda maior, ao demonstrar a necessidade de interagir com outras especialidades.

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Somente com abordagens inovadoras como este livro, a Nefrologia brasileira seguirá crescendo e sendo competitiva no mundo afora.

Niels Olsen Saraiva CâmaraProfessor Associado do Departamento de Imunologia da

Universidade de São Paulo (USP) e da Disciplina de Nefrologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

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Sumário

1 Anatomia e Fisiologia Renal ..................................................................................... 1

Renato Ribeiro Nogueira Ferraz | Rogério Barbosa de Deus | William Malagutti

2 Genética nas Doenças Renais ................................................................................ 19

Renato Ribeiro Nogueira Ferraz | William Malagutti

3 Panorama sobre o Câncer Renal ............................................................................ 35

Renata Nunes da Silva | Renato Ribeiro Nogueira Ferraz

4 Aspectos Laboratoriais em Terapia Renal Substitutiva no

Paciente com Insufi ciência Renal Aguda ............................................................. 45

Daniela Ponce | Ginivaldo V. R. Nascimento | Germana Alves de Brito | André Luis Balbi

5 Aspectos Laboratoriais em Terapia Renal Substitutiva no

Paciente com Insufi ciência Renal Crônica .......................................................... 55

Juliana Maria Gera Abrão | Tricya Nunes V. da Silva | André Luis Balbi

6 Atualidades em Diálise Peritoneal Contínua ....................................................... 65

Rubens Marona de Oliveira

7 Aspectos Clínicos em Rim Policístico .................................................................. 75

José Silvério Santos Diniz | Cristina Maria Bouissou Morais Soares

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Page 23: Nefrologia – Uma Abordagem Multidisciplinar

8 Glomerulonefrite Secundária ao Lúpus Eritematoso

Sistêmico – Nefrite Lúpica e suas Classifi cações .............................................. 95

Rogério Barbosa de Deus | Renato Ribeiro Nogueira Ferraz

9 Apresentação de Glomerulonefrites Primárias ................................................. 109

Rogério Barbosa de Deus | Renato Ribeiro Nogueira Ferraz

10 Nefrolitíase: Atualidades do Tratamento ............................................................ 129

Maria Eliete Pinheiro

11 Diagnóstico Laboratorial da Litíase Urinária e Coleta de

Urina de 24 Horas .................................................................................................... 147

Renato Ribeiro Nogueira Ferraz

12 Transplante Renal em Pacientes HIV Positivos ................................................. 161

Carina N. Moreno | Raquel C. Siqueira | Irene L. Noronha

13 Atuação do Assistente Social Junto a Portadores de Nefropatias ................ 175

Leila Sarah Cury Fonseca

14 Manejo Nutricional da Criança com Doença Renal Crônica .......................... 189

Alessandra Campani Pizzato | Cristina Toscani Leal Dornelles | Denise Zaff ari | Rafaela Siviero Caron Lienert

15 Manejo Nutricional na Doença Renal Crônica no Adulto ................................ 205

Alessandra Calábria Baxmann

16 Intervenções Fisioterapêuticas em Pacientes Nefropatas .............................. 223

Carina Tárzia Kakihara

17 Tratamento Fisioterapêutico da Incontinência Urinária

Masculina após Prostatectomia Radical ............................................................ 237

Carina Tárzia Kakihara

18 Transtornos Mentais Associados aos Pacientes com

Insufi ciência Renal Crônica .................................................................................. 251

Antonio Carlos Rossi | Rogério Barbosa de Deus | Fabiana Mathias Gomes Figueiredo

19 Nefrotoxicidade por Fármacos e Substâncias Bioativas ................................. 263

René Duarte Martins | Renata de Sousa Alves

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Page 24: Nefrologia – Uma Abordagem Multidisciplinar

20 Nefrotoxicidade Induzida por Substâncias Bioativas

Presentes em Venenos de Animais e Plantas .................................................... 285

René Duarte Martins | Renata de Sousa Alves

21 Terapia Ocupacional para Portadores de Insufi ciência

Renal Crônica em Hemodiálise ............................................................................ 317

Milton Carlos Mariotti

22 Intervenções Odontológicas em Pacientes Nefropatas ................................... 331

Renata Cimões | Elvia Christina Barros de Almeida | Nikos Donos

23 A Atuação da Enfermagem na Clínica de Diálise,

no Cuidado com o Paciente Nefropata ................................................................ 343

Renato Bertagna

24 Expectativa de Vida de Pacientes Renais Crônicos

Submetidos à Hemodiálise ................................................................................... 351

Fábio de Souza Terra | Ana Maria Duarte Dias Costa

25 Gerenciamento de Unidade do Transplantado Renal ....................................... 365

Maria Celeste do Patrocínio Almeida | Márcia Utimura Amino

26 Enfermagem na Nefrologia: Práticas de Integralidade no

Cuidado em Unidades de Hemodiálise ............................................................... 373

Mercedes Trentini | Denise Maria Guerreiro V. da Silva

27 Aspectos do Cuidado Multidisciplinar ao Paciente

Renal com Cateter Vascular .................................................................................. 389

Elaine Drehmer de Almeida Cruz

28 Biossegurança em Hemodiálise .......................................................................... 403

Ana Paula Steff ens

29 O Ensino a Distância em Enfermagem: Contribuições

para a Aprendizagem em Nefrologia ................................................................... 415

Elioenai Dornelles Alves | Débora Caetano de Souza Martins Guimarães

30 Nefrologia e Saúde Pública .................................................................................. 447

João Egidio Romão Junior

Índice Remissivo ............................................................................................................... 457

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Page 25: Nefrologia – Uma Abordagem Multidisciplinar

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Page 26: Nefrologia – Uma Abordagem Multidisciplinar

AA aminoácidos

ACR American College of Rheumatology

AcUr ácido úrico

ADP adenosina difosfato

ADPKD doença policística renal autossômica dominante

ADQI Acute Dialysis Quality Initiative

AHA American Heart Association

AHD atividades habituais do dia

AIDS síndrome da imunodefi ciência adquirida

AINE anti-infl amatório não esteroide

AINH anti-infl amatórios não hormonais

AIVD Atividades instrumentais da vida diária

AMPc adenosina monofosfato cíclico

ANAD Associação Nacional de Assistência ao Diabético

ANCA anticorpos anticitoplasma de neutrófi los

AQP-2 aquaporinas 2

ARPKD doença policística renal autossômica recessiva

AS síndrome de Alport

ATP adenosina trifosfato

ATR acidose tubular renal

AVB proteína de alto valor biológico

AVD atividades da vida diária

Ca cálcio

CAF coefi ciente de atividade física

CaOx oxalato de cálcio

CaSR receptor sensível ao cálcio

CCR carcinoma de células renais

Siglas

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Page 27: Nefrologia – Uma Abordagem Multidisciplinar

CDC Centers for Disease Control and Prevention

CHHV hemofi ltração venovenosa contínua

CID coagulação intravascular disseminada

COX ciclo-oxigenase

Cr creatinina

CrS creatinina sérica

CsA ciclosporina-A

CVC cateter venoso central

DCM doença cística medular

DCR doenças císticas renais

DDD doença dos depósitos densos

DMO densidade mineral óssea

DNA ácido desoxirribonucleico

DP diálise peritoneal

DPA diálise peritoneal automatizada contínua

DPAC diálise peritoneal ambulatorial contínua

DPAC diálise peritoneal ambulatorial contínua

DPI diálise peritoneal intermitente

DRC doença renal crônica

DRG Doença renal glomerulocística

DRI ingestão dietética de referência

DRP doenças renais policísticas

DRPAD doença renal policística autossômica dominante

DRPAD Doença renal policística autossômica dominante

DRPAR doença renal policística autossômica recessiva

EAD ensino a distância

ECA enzima conversora de angiotensina

EER necessidade energética estimada

ENaC canal de sódio epitelial

EPO eritropoetina

FAN fatores antinucleares

FAV fístula arteriovenosa

FDA Food and Drug Administration

FLA-2 enzimas fosfolipase A2

FU fl uxo urinário

GESF glomeruloesclerose focal e segmentar

GN glomerulonefrite

GNLM glomerulonedrite por lesões mínimas

GNM glomerulonefrite membranosa

GNMP glomerulonefrite membranoproliferativa

H2O água

HAART terapia antirretroviral altamente ativa

HAD hormônio antidiurético

HAS hipertensão arterial sistêmica

HCl ácido clorídrico

HD hemodiálise

HI hipercalciúria idiopática

HIV vírus da imunodefi ciência humana

ICC insufi ciência cardíaca congestiva

ICS International Continence Society

IECA inibidores da enzima de conversão da angiotensina

IF imunofl uorescência

IFN-alfa interferon-alfa

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Page 28: Nefrologia – Uma Abordagem Multidisciplinar

IgA imunoglobulina A

IGF-1 fator de crescimento dependente de insulina

IgG imunoglobulina G

IgM imunoglobulina M

IL-2 interleucina-2

IMC índice de massa corporal

IRA insuficiência renal aguda

IRC insuficiência renal crônica

ITU infecção do trato urinário

IU incontinência urinária

JBTS síndrome de Joubert

LES lúpus eritematoso sistêmico

MBG membrana basal glomerular

ME microscopia eletrônica

MEE medicações estimuladoras da eritropoese

Mg2+ magnésio

MMF micofenolato mofetil

MO microscopia óptica

NFJ nefronofitíase juvenil

NIC nefropatia induzida por contraste

NIgA nefropatia por IgA

NKF KDOQI

National Kidney Foundation Kidney Disease Outcomes Quality Initiative

NPHP nefronoftises

NTA necrose tubular aguda

NUCRON Núcleo de Estudos e Assistência em Enfermagem e Saúde a Pessoas em Condições Crônicas

OMS Organização Mundial da Saúde

OxCa oxalato de cálcio

P fósforo

PAF fator ativador de plaquetas

PC-R proteína C-reativa

PGE-1 prostaglandina da série 1

PGE-2 prostaglandina da série 2

PH pressão hidrostática

PO pressão oncótica

PP pressão de perfusão

PR prostatectomia radical

PSA antígeno específico prostático

PTH hormônio paratireoideo

PUFA ácidos graxos poli-insaturados

QDV qualidade de vida

RDA ingestão dietética recomendada

RDM rim displásico multicístico

REM rim esponja medular

RFG ritmo de filtração elementar

RN recém-nascido

ROMK transportador externo medular de potássio

RTU ressecção transuretral da próstata

RVR resistência vascular renal

SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem

SLSN síndrome Senior-Loken

SM síndrome metabólica

SN síndrome nefrótica

SOBEN Sociedade Brasileira de Enfermagem em Nefrologia

SUS Sistema Único de Saúde

TCD túbulo contorcido distal

TCP túbulo contorcido proximal

TFG taxa de filtração glomerular

TK tirosinacinases

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Page 29: Nefrologia – Uma Abordagem Multidisciplinar

TM transtornos mentais

TNF fator de necrose tumoral

TR transplante renal

TRM treinamento de resistência máxima

TRS terapia renal substitutiva

TXA2 tromboxano A2

UE urografi a excretora

UNOS United Network for Organ Sharing

US ultrassonografi a

USRDS United States Renal Data System

UTI unidade de terapia intensiva

VEF volume expiratório forçado de primeiro segundo

VEGF fator de crescimento endotelial vascular

VET valor energético total

VHL síndrome de Von Hippel-Lindau

VHS velocidade de hemossedimentação

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CAPÍTULO

Anatomia e Fisiologia Renal

RENATO RIBEIRO NOGUEIRA FERRAZ

ROGÉRIO BARBOSA DE DEUS

WILLIAM MALAGUTTI

Anatomia e

RENATO RIBEIRO NOGUE

1

RINS: MUITO MAIS DO QUE SIMPLES “FILTROS”

Nossos rins são verdadeiros órgãos vasculares, que realizam fun-ções excretoras, secretoras e regulatórias. Talvez a função renal mais conhecida por todos seja a de fi ltração que, grosso modo, consiste na retirada de substâncias tóxicas ou em excesso do nosso sangue.1 A Bíblia cristã contém cerca de 30 citações sobre rins de animais, nas quais esses órgãos são oferecidos aos deuses em cerimônias de “purifi cação”.2 Todavia, diversas outras fun-ções desempenhadas pelos rins contribuem de maneira impor-tante para a manutenção da homeostasia do organismo humano. Esses órgãos colaboram para a manutenção dos valores da pres-são arterial dentro da faixa de normalidade, controlam o equilí-brio acidobásico, estimulam a medula óssea a produzir glóbulos vermelhos, sintetizam glicose quando nos encontramos em um estado de jejum prolongado, além de contribuir ativamente na regulação do metabolismo ósseo.3 Quando se deseja entender como esses complexos órgãos trabalham, é necessária uma re-

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visão de sua anatomia e fi siologia, buscando elucidar os principais processos re-nais envolvidos com a manutenção da homeostasia. O sistema renal é formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra (Figura 1.1). A urina é formada nos rins e fl ui pelos ureteres até a bexiga urinária, na qual fi ca armazenada até que seja enfi m elimi-nada do corpo pela uretra.1,3

Figura 1.1 Órgãos do sistema urinário

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radiotransparência, a gordura perirrenal permite a visualização da silhueta dos rins em imagens radiográfi cas.1,4,6

Os ureteres são tubos retroperitoneais fi bromusculares que se originam da pelve renal (descrita mais adiante) e se estendem inferiormente em direção à bexiga uri-nária. A urina fl ui pelos ureteres por peristaltismo. A bexiga urinária, localizada na cavidade pélvica, é um órgão formado por camadas musculares dispostas de maneira complexa e túnica mucosa bastante pregueada, com capacidade variando de 300 a 700mL nos adultos e grande capacidade de distensão, que depende do seu grau de enchimento. A urina armazenada na bexiga urinária, durante o ato de micção, fl ui di-recionada por uma região lisa de sua mucosa, denominada trígono vesical, até o óstio interno da uretra, sendo conduzida por este órgão até o meio exterior.3,4

ANATOMIA RENAL INTERNA

Ao corte frontal, o parênquima renal consiste em duas regiões distintas, o córtex e a medula. Em termos macroscópicos, o córtex renal apresenta aparência granular, em razão da existência, nessa camada mais externa, de estruturas que compõem os néfrons (unidades renais), como os glomérulos, túbulos proximais e distais, túbulos coletores e capilares peritubulares, descritos adiante.1,4,6

Figura 1.2 O rim, suas fáscias e relações com a cavidade abdominal

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18

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como visto, os rins são órgãos de extrema importância para a manutenção de di-versos mecanismos responsáveis pela homeostasia corpórea. Na vigência da doença renal, podem ser notadas inúmeras perdas como desequilíbrio entre os ácidos e ba-ses do corpo (resultando em importantes alterações no pH sérico), defi ciência nos mecanismos de controle da pressão arterial, anemia em decorrência de redução da produção de eritropoetina, redução na ativação fi nal da vitamina D com consequente doença óssea, decorrente na maior parte do excesso de PTH (que retirará cálcio do osso para a manutenção dos níveis séricos desse íon), além do acúmulo no sangue de substâncias que deveriam ser eliminadas na urina (caracterizando a uremia), que por si só contribui sobremaneira para o estado mórbido facilmente observado nos doentes renais. Conhecer um pouco da anatomia renal e entender alguns dos prin-cipais processos metabólicos nos quais os rins estão envolvidos facilita entender o doente renal como um todo, permitindo aos mais diversos profi ssionais nortearem suas atua ções, sempre com um objetivo fi nal, que é melhorar a qualidade de vida das pessoas acometidas por doenças renais hoje em nosso país.

REFERÊNCIAS

1. Chmielewski C. Renal anatomy and overview of nephron function. Nephrol Nurs J. 2003; 30(2):185-90.

2. Eknoyan G. Th e kidneys and the Bible: what happened? J Am Soc Nephrol. 2005; 16(12):3464-71.

3. Guyton AC, Hall JE. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998.

4. Moore KL, Dalley AF. Anatomia orientada para a clínica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007.

5. Kriz W, Bankir L. A standard nomenclature for structures of the kidney. Th e Renal Commission of the International Union of Physiological Sciences (IUPS). Kidney Int. 1988; 33(1):1-7.

6. Dunnil MS, Halley W. Some observations on the quantitative anatomy of the kidney. J Pathol. 1973; 110(2):113-21.

7. Riella MG. Princípios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003.

8. Clarkson MR, Brenner BM. O rim. 7. ed. Porto Alegre: Artmed; 2005.

9. Steff es MW, Barbosa J, Basgen JM, Sutherland DE, Najarian JS, Mauer SM. Quantitative glomerular morphology of the normal human kidney. Lab Invest. 1983; 49(1):82-6.

10. Bohrer MP, Baylis C, Humes HD, Glassock RJ, Robertson CR, Brenner BM. Permselectivity of the glo-merular capillary wall: Facilitated fi ltration of circulating polycations. J Clin Invest. 1978; 61(1):72-8.

11. Bankir B, de Rouffi gnac C. Urinary concentrating ability: Insights from comparative anatomy. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol. 1985; 249:643-66.

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da espécie), seja por agente agressor físico, químico ou biológico, esses genes emitem sinais que estimulam o crescimento celular, transformando-se, agora, em oncogenes. Esses genes estão relacionados com o desenvolvimento de neoplasias malignas em resposta ao estímulo descontrolado que exercem sobre a proliferação celular. É neces-sário enfatizar que a participação dos oncogenes é decisiva para o desenvolvimento neoplásico.

Ainda existe outra classe de genes responsável pela regulação da morte celular pro-gramada (apoptose) que tem como fi nalidade prevenir o desenvolvimento neoplásico, visto que favorecem a eliminação de células com lesão no DNA. Em contrapartida, os genes relacionados com a inibição da apoptose contribuem para o desenvolvimento neoplásico, pois prolongam o tempo de vida das células com alterações no DNA.1-7

Além das três classes mencionadas, uma quarta categoria de genes, os que regu-lam o reparo do DNA danifi cado, é também pertinente na carcinogênese. Esses genes afetam a proliferação ou sobrevivência das células ao infl uenciarem a capacidade do organismo de proceder ao reparo de lesões não letais em outros genes, incluindo pro-to-oncogenes, genes supressores tumorais e genes que regulam a apoptose. Qualquer anormalidade nos genes de reparo do DNA pode predispor a mutações no genoma, e portanto, à transformação neoplásica.1-7

Dessa forma, todas as neoplasias revelam múltiplas alterações genéticas, envol-vendo oncogenes, genes supressores de tumor, genes que regulam a apoptose e genes que regulam o reparo no DNA, em que cada alteração representa uma etapa crucial na transformação maligna.1-7

TIPOS DE TUMORES RENAIS

Os tumores renais podem ser benignos ou malignos. Os tumores benignos são acha-dos que ocorrem ocasionalmente, em virtude do diagnóstico de outras patologias não renais e, com exceção do oncocitoma, quase nunca têm signifi cado clínico. Entre eles observamos adenoma papilar renal, fi broma renal e angiomiolipoma. O oncocitoma é em geral assintomático, assim como os outros tumores benignos, outras vezes ma-nifesta-se com hematúria com ou sem dor no fl anco. O diagnóstico diferencial desse tumor baseia-se no fato de ser formado apenas por células oncocíticas sem pleomor-fi smo (variação de forma e tamanho das células), fi guras de mitose ou qualquer sinal de invasão.1,4

Já os tumores malignos são de grande importância clínica e merecem ênfase consi-derável. O mais comumente encontrado é o carcinoma de células renais (CCR), tam-

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bém conhecido como adenocarcinoma renal ou hipernefroma, por originar-se do epi-télio tubular e apresentar cor amarelada ao exame macroscópico, além da semelhança das células tumorais com as células claras do córtex suprarrenal. Seguido do tumor de Wilms (nefroblastoma), é encontrado quase que exclusivamente na infância.1,4

Carcinoma de células renais

Incidência

Os carcinomas de células renais (CCR) são responsáveis por cerca de 2% a 3% das neoplasias malignas encontradas em adultos,8 e de 90% a 95% das neoplasias renais.9 Em 2006, havia cerca de 209 mil novos casos e 102 mil mortes ocasionados pelos CCR em todo o mundo.10 Em torno de 20% a 30% dos pacientes com metástase vão a óbito.9,11 Esses tumores ocorrem com maior frequência em indivíduos com idade avançada, em geral entre a sexta e a sétima década de vida, exibindo prevalência masculina.8,12

Epidemiologia

Estudos epidemiológicos demonstram que existem fatores associados ao aumento do risco para a gênese dos carcinomas urológicos. Destacam-se a herança multifatorial, o hábito de fumar, o abuso de analgésicos que contenham fenacetina,13 a exposição a fatores ocupacionais como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos,14 doenças como litíases, além da obesidade, hipertensão arterial e diabetes,15 exposição a fatores radio-terápicos, tratamentos alquilantes de quimioterapia, uso de laxantes13 e outros fatores, como a ingestão crônica de café, chá e erva mate.16

Classificação

Os CCR têm diferentes subtipos histológicos, que foram determinados por estudos citogenéticos, genéticos e histológicos dos tumores familiares e esporádicos.17 Os principais subtipos são os seguintes: carcinoma de células claras, carcinoma papilar, carcinoma do ducto coletor e carcinoma renal cromófobo.18

O subtipo mais comum do CCR é o carcinoma de células claras, que compreende aproximadamente 60% dos cânceres renais e é caracterizado como uma massa encap-sulada sólida com arranjos alveolares ou acinares de células poligonais.19

Embora o carcinoma de células claras seja uma manifestação típica da síndrome de Von Hippel-Lindau (VHL), pode ser visto de forma esporádica, na maioria dos

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cativamente nos últimos anos, permanecendo próxima a 50% e chegando a 80% nos pacientes críticos e com necessidade de diálise.4,8

A avaliação laboratorial dos pacientes com IRA é ferramenta importante tanto no diagnóstico e classificação da IRA, assim como na sua etiologia e diagnósticos dife-renciais, indicação e escolha do método de diálise e na adequação dialítica.

DiAgNóstico e clAssificAção

Embora haja consenso de que a dosagem da creatinina (Cr) sérica não é um teste ideal para o diagnóstico, não foi possível, até o momento, a inclusão de outros testes mais precisos na prática clínica.4,5,7,8 Em 2007, Mehta e cols.,9 publicaram estudo que tive-ram como objetivo principal a tentativa de uniformizar o diagnóstico e a classificação da IRA, propondo como critérios diagnósticos alterações agudas dos níveis séricos da creatinina ou do débito urinário, conforme mostra a Tabela 4.1.

Tabela 4.1 Definição e classificação da insuficiência renal aguda

Estágios Creatinina sérica Diurese

estágio 1 Aumento de 0,3mg/dl ou aumento de 150% a 200% do valor basal (1,5 a 2 vezes)

<0,5ml/kg/h por 6 horas

estágio 2 Aumento de 200% a 300% do valor basal (2 a 3 vezes)

<0,5ml/kg/h por mais de 12 horas

estágio 3 Aumento de 300% do valor basal (3 vezes ou crea tinina sérica ≥4,0mg/dl com aumento agudo de pelo menos 0,5mg/dl)

<0,3ml/kg/h por 24 horas ou anúria por 12 horas

Fonte: Mehta e cols.11

Somente um dos critérios (Cr ou diurese) pode ser utilizado para inclusão no estágio. Pacientes que necessitem de diálise são sempre considerados estágio 3, inde-pendentemente de como se encontravam no início da terapia dialítica.

Diagnóstico diferencial: IRA versus insuficiência renal crônica

Perda de função renal lenta e progressiva e presença de sinais e sintomas de uremia avançada (anemia, coloração amarelo-palha, sintomas neurológicos e digestivos) são sugestivos de insuficiência renal crônica (IRC), assim como cilindros largos no sedi-mento urinário.

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CAPÍTULO

RUBIO – Atualidades em Nefrologia – EDEL – Cap. 07 – 3a Prova – 26-09-2011

Aspectos Clínicos em Rim Policístico

JOSÉ SILVÉRIO SANTOS DINIZ

CRISTINA MARIA BOUISSOU MORAIS SOARES

Aspectos C

JOSÉ SILVÉRIO SANTOS

7

INTRODUÇÃO

Os cistos renais são estruturas anormais que surgem no parên-quima renal. Apresentam-se como formações circulares com líquido em seu interior, proveniente do néfron de origem ou dos segmentos tubulares proximais ou distais. A ultrassonogra-fi a (US) do aparelho urinário, exame não invasivo, representa o melhor meio propedêutico de imagem para estudo inicial e posterior controle das doenças císticas renais (DCR), como tam-bém dos cistos que, eventualmente, possam ocorrer em outros órgãos. É um estudo que depende da experiência do profi ssio-nal que o executa, em particular quando realizado no feto. Por meio dele, além de se confi rmar o diagnóstico, estuda-se o evo-luir das lesões, mais ainda o aumento numérico e volumétrico dos cistos, o aumento dos volumes renais e o acometimento do parênquima renal. Sua especifi cidade e valor preditivo positivo são elevados, entre tanto sua sensibilidade e valor preditivo ne-gativo são baixos. Isto representa um problema na avaliação de

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A US é utilizada para o diagnóstico e seguimento dos pacientes. A presença de três cistos renais, uni ou bilaterais, em indivíduos de 15 a 39 anos de idade, ou de dois cistos em cada rim, em indivíduos de 40 a 59 anos de idade, é sufi ciente para se esta-belecer o diagnóstico. Para indivíduos com idade superior a 60 anos de idade, quatro ou mais cistos em cada rim são necessários para o diagnóstico. O aparecimento inicial de um cisto em um dos rins, seguido de surgimento de mais cistos, inclusive no outro rim, em quatro a seis anos, também dão a certeza do diagnóstico. Em uma criança com cistos renais e história familiar negativa não se exclui a possibilidade de DRPAD, pois pode haver doença não diagnosticada entre os familiares. Em mulheres grávidas, com história familiar positiva para a presença da doença, o encontro de rins de tama-nho aumentado, no feto, com ou sem cistos, pode sugerir o diagnóstico. Em crianças assintomáticas, com risco, pela história familiar, de apresentar a doença, ou nos pais de crianças com diagnóstico comprovado, em qualquer faixa etária, a realização de exames seriados de US é ainda controversa. Na verdade, cria-se no seio familiar uma

Figura 7.1 Doença renal policística autossômica dominante

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Caso a hipertensão arterial sistêmica esteja ausente no RN, com frequência surge ao longo do primeiro ano de vida. Seu diagnóstico precoce e controle rigoroso são im-prescindíveis, tanto para a prevenção das complicações sistêmicas secundárias, como para se evitar a progressão da insuficiência renal.

Diagnóstico

O exame clínico do paciente, confirmando as alterações anteriormente comentadas, conduz, com muita certeza, ao diagnóstico. A confirmação ocorre com os achados da US durante a gestação e após o nascimento. Também já é possível a realização de teste genético pré-natal, para gestações de alto risco.

Figura 7.2 ( A e B) Doença renal policística autossômica recessiva

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sa anomalia no feto tem aumentado muito com o advento e os avanços da US fetal. A US identifi ca cistos em quantidade e tamanhos variáveis e que não se comunicam. Nota-se um contorno renal irregular e não se identifi ca parênquima renal e sistema coletor. Acomete somente um dos rins, que se mostra com volume aumentado (Fi-gura 7.3).

Figura 7.3 Rim displásico multicístico

Os recém-nascidos apresentam rim palpado do lado acometido, níveis normais de creatinina e são normotensos. Apresentam uma boa evolução com diminuição pro-gressiva do volume renal. Em cerca de 20% há o desaparecimento da estrutura cística aos 3 anos de idade e 50%, aos 10 anos de idade.35

Anteriormente, a nefrectomia do rim acometido era indicada. Hoje, o tratamento conservador, com controles clínicos e de US do paciente, tem mostrado a involução do rim acometido. Entretanto, é imprescindível o seguimento do paciente, pois há raros casos relatados de associação a tumor de Wilms ou com hipertensão arterial.35

CISTOS RENAIS SEM SIGNIFICAR UMA DOENÇA ESPECÍFICA

Os cistos pielogênicos diferem em essencial das DCR, pois são alterações provenien-tes de uropatias, notadamente o refl uxo vesicoureteral, e representam uma dilatação

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Alterações persistentes no pH urinário. �Infecção. �Alterações anatômicas e/ou urodinâmicas. �Mistos. �

Para falar-se de tratamento, além das medidas gerais comuns a todos os nefroli-tiásicos, torna-se necessário levar em consideração os distúrbios envolvidos na gênese da calculose.

Tratamento do quadro agudo

Cólica nefrética

A abordagem clínica visa combater o quadro agudo e minimizar o tempo de obstru-ção, para evitar a perda de função renal. Como esta perda signifi cativa só ocorre após semanas de obstrução, a ênfase inicial é dada a analgesia, hidratação e controle dos sintomas inespecífi cos como náuseas e vômitos.

Classicamente a analgesia era feita com antiespasmódicos e opioides. Como di-minuem a distensão das vias urinárias, o edema do urotélio e o espasmo, os anti-infl amatórios não hormonais (AINH), são usados para melhorar a dor e facilitar a migração do cálculo, por meio da inibição das prostaglandinas. Apesar de iniciarem analgesia em tempo parecido, os AINH duram mais e têm menos recidiva de dor forte que os antiespasmódicos.14,15 Entretanto, os AINH não podem ser utilizados em algumas situações, como insufi ciência renal, gravidez e doenças pépticas graves. Ou-

Tabela 10.1 Distúrbio de base dos cálculos mais comuns

Composição Causas

Oxalato de cálcio Hipercalciúria �Hipocitratúria �Hiperuricosúria �Hiperoxalúria �

Fosfato de cálcio Acidose tubular renal

Ácido úrico Hiperuricosúria �Acidifi cação urinária excessiva �

Estruvita Infecção-bactéria produtora de urease

Cistina Cistinúria

Fonte: adaptado de Coe et al., 1992.13

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Hiperexcreção de ácido úrico

Além das medidas gerais já descritas, restrição de purina dietética, alcalinização uri-nária com citrato de potássio e, se necessário, inibição da síntese de AcUr endógeno com alopurinol.49 A dose inicial recomendada desta medicação para crianças de até 10 anos de idade é de 50 mg/dia e acima desta idade, de 100mg/dia.39,49 Pacientes com cál-culos recorrentes devem minimizar sua ingestão proteica para menos de 80 g/dia.28

Hipocitratúria

Citrato de potássio pode ser utilizado não só no tratamento (em que alcaliniza o meio e pode induzir a dissolução de cálculos de AcUr), mas também como profi lático, le-vando à estabilização dos cristais na urina. Pode, então, ser efi caz em várias condições:

Tabela 10.2 Fatores de risco e tratamento dos cálculos mais comuns

Fator de risco Causas Tratamento

↓ Volume uri-nário

Exercícios, sudorese, ↓ ingestão fl uidos, calor, doença intestinal

↑ ingestão de fl uidos 2,5 a 3,0L/dia, diurese mínima de 1,5 a 2,0L/dia

Hipercalciúria Idiopática, intoxicação por vitamina D

↓ ingestão de sódio e proteína, inges-tão de cálcio em torno de 1,0g/dia, iniciar tiazídico e citrato

Hipocitratúria Acidose tubular renal, outras acidoses sistêmicas, ITU, doen-ça intestinal crônica, frequente-mente idiopática

Aumentar frutas cítricas, corrigir doen-ças associadas, iniciar suplementação com citrato de potássio

Hiperuricosúria ↑ Acidifi cação urinária, dieta ↑ em purinas e sódio, ↓ volemia, ↑ IMC

↓ ingestão de purinas e sódio, alca-linização urinária com citrato, iniciar alopurinol, ↓ IMC

Hiperoxalúria Metabolismo endógeno e↑ ingestão, doença intestinal

↑ dieta cálcica quando ingerir alimen-tos ricos em oxalato, correção da cau-sa, piridoxina

Acidose tubular ↓ Excreção renal de H+ Solução de Schol, citrato de potássio

Cistinúria ↓ Reabsorção renal de cistina Thiola, fl uimucil, IECA, D-penicilamida, citrato

ITU Obstrução, estruvita, alteração anatômica

Desobstrução, tratamento específi co

ITU: infecção do trato urinário; IMC: índice de massa corporal; IECA: inibidores da enzima de conversão da angiotensina.

Fonte: adaptado de Finkielstein & Goldfarb, 2006.28

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enquanto o gênero Micrurus pertence à família Elapidea.17 Exemplares dos diferentes gêneros podem ser vistos na Figura 20.1.

Os venenos de serpentes peçonhentas apresentam uma infi nidade de substâncias com estruturas simples e complexas, cuja proporção e características específi cas va-riam entre as espécies.18 Entre 90% e 95% do peso seco dos venenos ofídicos têm propriedade proteica, e são estas proteínas as responsáveis por quase a totalidade dos efeitos biológicos encontrados.19 Dentre as inúmeras atividades exercidas pelos com-ponentes proteicos, destacam-se a ação enzimática e a presença de toxinas proteicas específi cas.

Além da variada gama de fatores presentes no próprio veneno, algumas substân-cias farmacologicamente ativas, tais como bradicinina, histamina, prostaglandinas, catecolaminas, lisofosfatídeos e anafi latoxinas, podem ser liberadas pelas peçonhas ofídicas.20

Diversas alterações renais já foram descritas como decorrência do envenenamen-to ofídico. Entre elas podem ser citadas glomerulonefrite, arterite e necrose tubular, glomerulite e nefrite intersticial, arterite e necrose tubular, necrose cortical e insufi -

Figura 20.1 (A a D) Espécimes de serpentes. (A) Gênero Crotalus. (B) Gênero Bothrops. (C) Gênero Micrurus. (D) Gênero Lachesis

Fonte: Instituto Vital Brasil. Disponível em: <http://www.ivb.rj.gov.br>.

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Androctonus sp. e Leiurus sp. (norte e leste da África e Israel); Tityus sp. (América do Sul) e Centruroides sp., amplamente distribuídos nas Américas do Norte e Central.46 Estima-se que ocorram um milhão de acidentes escorpiônicos por ano no mundo.3

No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam a ocorrência de cerca de 8 mil acidentes/ano, com um coefi ciente de incidência de aproximadamente três casos/100 mil habitantes47 e uma letalidade que varia em torno de 0,6%,46 sendo os demais casos considerados leves ou moderados. A maioria dos acidentes com maior gravidade é ocasionada pela espécie Tityus serrulatus, vista na Figura 20.2.

Figura 20.2 Escorpião Tityus serrulatusFonte: Instituto Vital Brasil. Disponível em: <http://www.ivb.rj.gov.br>.

A peçonha escorpiônica é uma mistura de peptídios tóxicos e não tóxicos além de serotonina, nucleotídeos, aminoácidos, enzimas (hialuronidase) e lípides,48-50 as-sociados a pequenas quantidades de aminoácidos e sais, não apresentando atividade hemolítica, proteolítica e fosfolipásica e não consumindo fi brinogênio.51-53

A atividade hialuronidásica do veneno de Tityus serrulatus favorece a quebra do ácido hialurônico da matriz celular e facilita a difusão da toxina pelos tecidos, pois catalisa a hidrólise de glicosaminoglicanos dos tecidos conectivos e favorece as ações sistêmicas da toxina.48,49,54

Estudos em animais mostraram que o veneno de escorpião distribui-se rapida-mente do sangue para os tecidos. Os rins apresentam as concentrações mais altas, 15 minutos depois da injeção em ratos, seguidos pelo fígado, pulmões e coração.55,56 Portanto, acredita-se na hipótese de que a toxina liga-se ao rim induzindo falência renal aguda nos acidentes graves, apresentando elevação sérica de ureia e ácido úrico, congestão peritubular, volume urinário diminuído e baixa excreção de creatinina.57

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VeNeNoS de ArANhAS

Assim como nos envenenamentos por abelhas, a incidência de envolvimento renal após acidentes com aranhas ainda não é conhecida. Casos graves de acidentes com aranhas são relatados no mundo inteiro, principalmente com as dos gêneros Atrax, Lo-xosceles, Latrodectus ou Phoneutria. Alguns exemplos estão ilustrados na Figura 20.4.

O envolvimento renal é descrito principalmente nos gêneros Loxosceles e Latro-dectus, associados a hemólise, rabdomiólise, coagulopatias e lesão renal aguda, com glomerulonefrite.85,86

Os venenos de aranhas também contêm histamina, 5-hidroxitriptamina, hialu-ronidase, colagenase, proteases, polipeptídios e fosfolipase D. Esta última é respon-sável por diversos efeitos patológicos que decorrem após o envenenamento. Todos os venenos apresentaram atividade gelatinolítica, caseinolítica e fibrinogenolítica in vitro, com uma grande variedade de proteases. A maioria destas enzimas são meta-loproteases.87

Figura 20.4 (A a C) espécimes de aranhas. Gê-nero Phoneutria (armadeira) (A). Latrodectus curacaviensis (viúva-negra) (B). Gênero Loxo-celes (aranha marrom) (C)

Fonte: Instituto Vital Brasil. disponível em: <http://www.ivb.rj.gov.br>.

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O veneno de T. nattereri é composto por toxinas de natureza proteica, com pro-priedades proteolíticas e miotóxicas, mas aparentemente desprovidas de atividade fosfolipásica.104 Outra característica interessante é que o veneno é termolábil, sendo inativado quando aquecido a 56ºC por 60 minutos.99 Isto valida o tratamento domés-tico de lavar o local da picada com água quente.105

A análise dos efeitos do veneno de T. nattereri sobre o rim isolado de rato revela que o veneno é capaz de alterar os parâmetros vasculares, como pressão de perfusão renal e resistência vascular renal, provavelmente pela indução de liberação de fatores vasoativos pelas células renais, que estariam contribuindo para os efeitos vasculares e a alteração no transporte de eletrólitos observada.100,101

Figura 20.5 (A e B) Thalasso-phryne nattereri

Fonte: FishBase Thalassophryne nattereri. disponível em: <www.

fishbase.gr/Summary/Species

Summary.php?id...>.

VeNeNoS de ANIMAIS MArINhoS

Os venenos de anêmonas contêm várias toxinas polipeptídicas, dentre as quais neuro-toxinas e citolisinas com atividades biológicas variadas, o que desperta grande interes-se na pesquisa científica.106 Tais substâncias apresentam natureza proteica (peptídios, proteínas, enzimas e inibidores de protease) e não proteica (purinas, compostos de amônio quaternário, aminas biogênicas),107,108 sendo peptídios e proteínas as classes de toxinas mais extensivamente estudadas, principalmente por suas ações neurotóxi-cas e como estimulantes cardíacos.109

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CAPÍTULOExpectativa de Vida de Pacientes Renais

Crônicos Submetidos à Hemodiálise

FÁBIO DE SOUZA TERRA

ANA MARIA DUARTE DIAS COSTA

Expectativa d

Crônicos Su

FÁBIO DE SOUZA TERRA

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INTRODUÇÃO

A saúde nos dias atuais apresenta-se como um conceito abran-gente e positivo que se apoia nos recursos sociais, pessoais e não somente na capacidade física ou nas condições biológicas das pessoas.1

Entende-se que a expectativa de vida no ser humano é um fator de grande importância a ser considerado em praticamente todas as circunstâncias, pois a sua presença também pode in-fl uenciar o comportamento do indivíduo perante a vida e, em consequência, perante as questões que envolvem a saúde e a doen-ça. Dessa forma, crer na possibilidade de superar uma situa ção difícil impulsiona para uma vida de mais qualidade, uma vez que favorece a sensação de alegria e permite acreditar na própria força interior.2

Há poucas décadas a insufi ciência renal crônica (IRC) sig-nifi cava morte; entretanto, os variados tipos de diálise modifi -caram a história natural dessa doença, melhorando de forma

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As mudanças na rotina de vida dos renais crônicos interferem diretamente no autocuidado, nas restrições alimentares, nas regularidades nos horários dos medica-mentos, no desgaste emocional, nos sentimentos de dependência de outras pessoas, traduzida pela falta de liberdade para realizar atividades, revolta e frustração em rela-ção à limitação para o trabalho.2

Os efeitos psicológicos relacionados a ansiedade, medo, perda da autoimagem, percepção da doença e enfrentamento positivo infl uenciam também o tratamento hemodialítico. A maneira como os renais crônicos enfrentam as mudanças decor-rentes de sua doença e do tratamento vai infl uenciar no processo de aceitação de sua condição, uma vez que um enfrentamento mais efetivo, que inclui mudanças na perspectiva de vida, como a valorização do que é realmente importante, permite uma avaliação mais positiva de suas vidas, independentemente da condição de saúde que enfrentam.16

Esses pacientes podem apresentar “altos e baixos” em sua vida em decorrência de sua disposição biológica, que pode mudar de forma brusca entre uma e outra sessão de diálise, deixando-os irritados, de mau humor ou depressivos. É precípuo mencio-nar que os modos depreciativos podem estar também relacionados à falta de apoio da família.12,17

Destaca-se, ainda, que quanto mais tempo de hemodiálise, mais se percebe re-signação à doença, assim como há menos relato de atividades signifi cativas em sua vida. Quanto menos tempo de tratamento, mais alterações emocionais são percebidas, como irritação, raiva, frustração, desconforto e um desejo de se acostumar com esta modalidade terapêutica de modo a acabar com essa angústia.4,18

EXPECTATIVA DE VIDA DO PACIENTE COM IRC: TRANSPLANTE RENAL

A difi culdade em adaptar-se a todas as restrições provocadas pela doença e à hemo-diálise leva o indivíduo a buscar alternativas, que visam à melhoria de sua qualidade de vida. Então, surge o transplante renal, trazendo a esperança de que todos os seus problemas poderão ser resolvidos, e o paciente acredita que uma grande transforma-ção poderá acontecer após a cirurgia.19

Com a realização do transplante, cujo objetivo é a reabilitação física, mental e social do renal crônico, o sonho da cura, de uma vida melhor, livre da hemodiálise, é, enfi m, conquistado. Surge nesses pacientes novo ânimo com a possibilidade de re-tornar à antiga atividade que foi abandonada em razão da doença, e até mesmo são

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fornecimento ou reposição. A mesma norma ainda sinaliza a proibição de se deixar o local de trabalho portando esses EPI, bem como a vestimenta utilizada no trabalho (jalecos).8

As luvas são a barreira mais comumente utilizada, e devem estar presentes sempre que a situação tiver potencial para exposição a sangue ou outro material biológico. Antes e após o seu uso, a higienização das mãos deve ser realizada. A luva deve ser utilizada de maneira pontual para o procedimento; assim, evita-se a contaminação de superfícies, almotolias, portas e telefones pelo contato com as luvas. Se houver pre-sença de material biológico nas luvas, estas devem ser trocadas de imediato. A luva é única para cada paciente, para não existir contaminação cruzada.

No momento da punção ou manipulação da fístula arteriovenosa, é imprescindí-vel que o profi ssional esteja usando, além das luvas, os óculos e máscara. Em virtude da pressão sanguínea aumentada no vaso, típica de sua estrutura e necessária para a hemodiálise, o sangue pode espirrar com facilidade. Os jalecos devem ser sempre de mangas longas, para evitar o contato do sangue com o corpo do trabalhador.

A sala de reuso de capilares é um local que inspira bem mais cuidado por parte dos trabalhadores, visto que há contato direto com material biológico e recorrência de respingos e aerossóis. Nesta sala também se faz uso de produtos químicos, de modo especial o ácido peracético. Para a limpeza e desinfecção dos capilares, o trabalhador deve usar capote impermeável de mangas longas, gorro, luvas de borracha, botas e máscaras faciais impregnadas com carvão ativado. É importante ter cuidado ao co-nectar o capilar para limpeza, para evitar esguichos por mau ajuste (Figura 28.1).

Figura 28.1 Pia para limpeza de capilares

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Manipulação correta de perfurocortantes

A manipulação de perfurocortantes deve ser alvo de atenção por parte dos profi ssio-nais, em razão dos frequentes acidentes. É proibido reencape, desconexão e qualquer manipulação de agulhas usadas, as quais devem ser descartadas, em recipientes rígi-dos, logo após sua utilização. A responsabilidade pelo descarte é do próprio traba-lhador que utilizou o material. A NR 32 dispõe que os materiais perfurocortantes de-vem ter dispositivos de segurança para evitar acidentes (Figura 28.2). A Portaria GM no 939 (18/11/2008) estabeleceu o prazo de dois anos para adequação dos serviços, prazo que ainda estará vigente até novembro de 2010. Além da adequação, deve ser garantida aos trabalhadores a capacitação para uso correto de tais equipamentos.10

Figura 28.2 Agulha para fístula com dispositivo de segurança

Fonte: www.vascular-access.com.

Outras orientações gerais são importantes de ser lembradas. Todos os profi ssio-nais devem estar vacinados para a hepatite B, além de ter a imunidade comprovada por exames laboratoriais. O profi ssional de hemodiálise não deve assistir, no mesmo plantão, pacientes com sorologias para HCV e HBV diferentes. O uso de calçados fechados é obrigatório; se houver contaminação da vestimenta de trabalho com mate-rial biológico, o responsável pela higienização da peça é o empregador.8

Como nas unidades de hemodiálise há o risco de acidente com material biológico, devem ser fornecidas aos trabalhadores instruções escritas, em linguagem acessível,

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CAPÍTULOO Ensino a Distância em Enfermagem:

Contribuições para a Aprendizagem em

Nefrologia

ELIOENAI DORNELLES ALVES

DÉBORA CAETANO DE SOUZA MARTINS GUIMARÃES

O Ensino a D

Contribuiçõe

Nefrologia

ELIOENAI DORNELLES ALVE

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INTRODUÇÃO

Este capítulo foi elaborado a partir de refl exões dos autores em um curso de capacitação pedagógica para docentes da área de saúde, realizado recentemente, que teve como objetivo a refl exão da prática docente e as alternativas metodológicas e tecnológicas disponibilizadas a partir da educação a distância vivenciada no ensino superior brasileiro.

A organização das ideias e posicionamentos, aqui expressados em estações para pensar, propõe-se a contribuir, a partir da vivên-cia e experiências dos autores, com uma abordagem colaborativa e incentivadora, estimulando o leitor a repensar sua prática do-cente a partir dos tópicos que geraram esses posicionamentos.

PRIMEIRA ESTAÇÃO – REPENSANDO A PRÁTICA DOCENTE

Partindo de refl exões sobre a utilização de tecnologias e da andragogia no ensino a distância (EAD)1 e estudos recentes a

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quando acionado, disponibilizará à Coordenação todos os acessos do aluno, tanto no curso quanto em outros links acessados enquanto ele utilizava essa ferramenta. Por isso, recomenda-se ao aluno dar uma olhadinha no Netiqueta, que é o espaço em que está disponibilizado o código de ética de acesso, para não haver problemas futuros.

Figura 29.1 Modelo de site para acesso ao curso na Universidade de Brasília

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Outro aspecto também relevante é que, para acessar o curso, o aluno registra uma senha que é de uso individual e intransferível, e o seu fornecimento a estranhos ao curso pode levar o aluno a processo administrativo e judicial, quando mal adminis-trado.

Uma vez acessado o site do curso, com senha individual, o aluno deverá acessar o link do curso; dessa forma irá aparecer a apresentação do curso e cada módulo como foi planejado.

O planejamento de um curso de enfermagem a distância em nefrologia

Para a construção de um curso ou disciplina na modalidade EAD, é necessária a ela-boração de um planejamento criterioso do processo pedagógico que se iniciará, que deve considerar as especifi cidades e singularidades do ensino-aprendizagem nesta modalidade. Entretanto, o planejamento não pode ser interpretado como uma simples tarefa de organizar e ordenar sequências de conteúdos ou mesmo de fragmentá-los em parcelas representativas de núcleos conceituais a serem ensinados aos alunos.7,33,34 Além disso, o professor precisa estar atento durante todo o processo educativo para que o planejamento seja fl exível, aberto a possíveis reajustes, baseando-se no feedback dos alunos, em seus comentários, sugestões, dúvidas e questionamentos, adequando o planejamento às suas reais necessidades e interesses, ou seja, requer a contextualiza-ção do processo pedagógico.33,34

O signifi cado de planejar é explicitar de forma articulada e integrada os diversos elementos, por exemplo: o conhecimento do público-alvo, a proposta pedagógica do curso ou da disciplina, os objetivos de aprendizagem, o levantamento das possibi-lidades de interação entre os estudantes e seus interlocutores (professores, tutores, monitores etc.) e as questões referentes à avaliação do processo.7,34

Em uma disciplina on-line, o conteúdo programático pode ser dividido em unida-des de aprendizagem ou módulos, que, para uma visão sistêmica do campo teórico, devem ser interdependentes. As atividades propostas em cada módulo precisam ser bem organizadas e defi nidas, permitindo uma orientação adequada ao aluno de como serão desenvolvidas para que ele possa alcançar os objetivos defi nidos para cada uni-dade de aprendizagem. Para cada módulo são defi nidos objetivos específi cos e, ao seu término, os alunos realizam uma avaliação ou uma atividade de sistematização para verifi car se o conteúdo proposto foi assimilado e se foi signifi cativo para o aluno.7,11,35

A seguir destaca-se um modelo de curso a ser desenvolvido on-line e uma Unidade de Aprendizagem, com seus principais elementos, que se baseiam na prática educativa dos autores e em outras literaturas relevantes (Tabela 29.2).5,35

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(cont.) Conclui-se, enfi m, que a preocupação com a aprendizagem do enfer-meiro sobre nefrologia para melhor atuar nestes serviços e ampliar a visão do cuidado deste paciente é fundamental para uma assistência de enfermagem efi ciente e de qualidade.Espero que vocês debatam o tema a partir dos conceitos e ideias pro-postas pelos autores.Cada participante deve inserir uma pequena síntese do texto e comen-tar as falas de seus colegas, estimulando-os ao debate.Bem-vindos ao debate!

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreender esta dinâmica do planejamento é fundamental para enfrentar, com su-cesso e qualidade, as demandas crescentes de formação continuada de profi ssionais da saúde como os enfermeiros e consequentemente de cursos em EAD.

REFERÊNCIAS 1. Gomes RCG, Pezzi S, Bárcia RM. Tecnologia e andragogia: aliadas na educação a distância. Tema: ges-

tão de sistemas de educação a distância. [acesso em 23 fevereiro 2010.] Disponível em: http://www2.abed.org.br/.

2. Almeida MEB. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Revista Educação e Pesquisa. 2003; 29(2):327-40.

3. Nogueira MLL, Oliveira ESG. Formando Professores a Distância – uma experiência do Estado do Rio de Janeiro. [acesso em 23 fevereiro 2010.] Disponível em: http://www.pucsp.br/tead/n2/pdf/artigo8.pdf.

4. Nogueira MLL, Castro AF. Educação a distância nos sistemas educacionais. Revista Advir. 2001;14:75-80.

5. Ramos W, Pereira M, Alves ED. Análise das disciplinas dos cursos de graduação on-line na UAB-UnB Web, 2009.

6. Legoinha PJ, Fernandes JO. Moodle e as comunidades virtuais de aprendizagem. [acesso em 23 feverei-ro 2010.] Disponível em: http://hdl.handle.net/10362/1646.

7. Souza AM, Fiorentini LMR, Rodrigues MAM (orgs.). Educação superior a distância: Comunidade de Trabalho e Aprendizagem em Rede (CTAR). Brasília: Universidade de Brasília, Faculdade de Educa-ção; 2009.

8. Becker F. O que é construtivismo? UFRGS – PEAD, Desenvolvimento e aprendizagem sob o enfo-que da psicologia II, vol. 1, 2009. [acesso em 23 fevereiro 2010.] Disponível em: http://livrosdamara.pbworks.com/f/oquee_construtivismo.pdf.

9. Silva M. Educação on-line. São Paulo: Loyola; 2003.

Tabela 29.3 Modelo de apresentação do Módulo 1 no site do curso (continuação)

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