Neoplasias dérmicas em doentes transplantados – a propósito de um caso clínico

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  • 7/29/2019 Neoplasias drmicas em doentes transplantados a propsito de um caso clnico

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    Neoplasias drmicas em doentes transplantados a propsito de um caso clnico

    Ivone Ribeiro, Joana Gonalves, Isabel Bravo, Lurdes Trigo, Teresa Viterbo, Alexandre Pereira, Oflia Pereira, Nathalie Stas

    IPO Porto

    Introduo: Recetores de transplantes hepticos tm risco aumentado de desenvolver canco, cerca de 2 a 4 vezes superior populao geral. Tal deve-se maioritariamente ao tratamento imunossupressor, estando tambm outros fatores envolvidos. O cancro de pele o tipo de cancro mais comum.

    Caso Clnico: Homem, caucasiano, de 57 anos. Em Fevereiro de 2011, submetido a transplante heptico, tendo ficado medicado com tacrolimus. Em Dezembro de 2011, detetada leso no dorso do nariz compatvel com carcinoma basocelular. Em Abril de 2012,efetuada exrese de leso do dorso do nariz, cujo exame anatomopatolgico revelou tratar-se de um carcinoma basocelular ulcerado, com margem profunda positiva. Em consulta de grupo multidisciplinar foi proposto para radioterapia externa versus braquiterapia adjuvante. Para estudo do plano de tratamento, foi efetuada tomografia computorizada de planeamento, com mscara de imobilizao e colocao de tubos veto. Aps estudo dosimtrico, foi verificada superioridade da braquiterapia com plesioterapia como modalidade de tratamento. Assim, o doente efetuou 4 Gy/12 fraes/2 fraesdirias/8 dias de tratamento. Um ms aps o tratamento, o doente apresentava dermatiterdica moderada do dorso nasal, com mucosite moderada intranasal. Aps cuidados de

    penso dirios, recuperao da dermatite e da mucosite em duas semanas. Atualmente, semsinais de recidiva.

    Concluso: O caso clnico apresentado descreve o caso de aparecimento de um carcinoma de pele no contexto de imunossupresso ps transplante heptico. Estudos descrevem que estes indivduos tm um risco aumentado de neoplasias, sendo que o carcinoma da pele a neoplasia mais frequente. Estes doentes podem efetuar tratamento sem parara imunossupresso, tal como aconteceu no caso descrito. Este caso tambm aborda a plesioterapia como forma de tratamento adjuvante no cancro de pele, preservando as doses de tolerncia dos rgos de risco e a uniformidade de dose em superfcies irreglares como o dorso do nariz.

    Palavras chave: imunossupresso, cancro de pele, plesioterapia