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ESBB, Jane iro 2011/5 Vale Notíc ia
Newslet ter Date
VALE NOTÍCIA
E D I T O R I A L
Neste Novo Ano de 2011, Aprender a Saber Escutar, parece-me
dever ser o princípio privilegiado para guiar as nossas acções. Refiro-me, mais
naturalmente, aos nossos alunos, aos
jovens…
“Quem bem escuta, melhor responde ” dizia-me a minha avó quando
eu, de fugida para as brincadeiras, mal ouvia as suas palavras… Na altura não
sabia o quanta razão lhe havia de vir a dar. De facto, hoje compreendo que,
quanto mais não seja, Aprender a Saber Escutar é o primeiro antídoto da
imediatez, do pensamento comum, vulgar, que nos conduz unicamente à
mesmidade e a desmotivações e o primeiro passo na construção da
autonomia, do pensamento próprio, do pensamento crítico, que nos conduz à
aventura do conhecimento.
Aprender a Saber Escutar é
abrir portas para percepcionar outras formas de pensar, outras formas de ver
a realidade seja ela qual for, outros modos de sentir e estar. Visto assim,
Aprender a Saber Escutar, permite-nos uma outra forma de comunicação mais
vantajosa, onde não há espaço para discussões fúteis ou braços de ferro
inúteis e desgastantes, pois não há lugar para vencedores ou vencidos, mas tão
somente oportunidade de crescimento,
de empatia e coesão entre pessoas.
É muito importante Aprender a
Saber Escutar, porque o Saber Escutar implica que a nossa atenção ultrapassa
as fronteiras do conteúdo das mensagens, compreende os contextos e
capta os sentimentos e as emoções nelas implicadas – ou seja, as barreiras
da comunicação, que tantas vezes contribuem para o deteriorar das
relações e a existência de conflitos, diluem-se e dão lugar ao entendimento,
à razoabilidade, à solução; e só assim
poderemos construir relações sãs e, construindo relações sãs, poderemos
construir uma sociedade sã e, construindo uma sociedade sã,
poderemos ter e usufruir dum mundo
são.
Aprender a Saber Escutar não
é, somente, importante; é urgente!
Maria de Lurdes Paixão
C O N C U R S O D E F OT O G R A F I A E S B B
Gostas de Fotografar?
Durante esta quinzena capta com a
tua máquina ou telemóvel
imagens que, para ti, representem
sentimentos e PARTICIPA!!
Só tens que entregar as tuas fotografias, à Animadora Sociocultural da tua Escola, até
ao dia 3 de Fevereiro.
No passado dia 23 de Janeiro, os portugueses maiores de dezoito anos
escolheram um Presidente da República por sufrágio directo e universal, ou seja,
votaram no candidato que consideraram que melhor poderia representar o País.
Quais são as funções do Presidente de República (PR)? As mais importantes,
descritas na Constituição, são as seguintes: falar directamente ao País, contactar
pessoalmente com a população e com as instituições públicas e privadas, enunciar
novos objectivos nacionais, explicar aos seus concidadãos o que vai acontecendo,
apontar soluções para os problemas e congregar a nação para diversos objectivos. O
PR tem ainda o poder de dissolver a Assembleia, o que só faz a título excepcional. Além
disso, exerce as suas funções com independência, o que lhe é conferido pela eleição
directa por todos os cidadãos, isto é, detém o poder executivo que lhe permite interferir
nos actos de governação, ou de legislação, usando o direito de veto – capacidade de
decidir contra esses actos – sempre que entenda que são contrários aos interesses do
país.
Nas palavras de um eminente professor de Direito, o cargo de Presidente é
“como a reserva-ouro de um banco central: não circula, mas garante”. Por isso, pode e
deve ser o último recurso a quem apelam os cidadãos e instituições em situação difícil.
O P A P E L D O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A E M P O R T U G A L
Page 2
Yasmine entrou, no bloco, a correr. Parou um pouco para recuperar o fôlego e também
para se orientar. Já era o terceiro bloco em que entrava e não se queria enganar mais uma vez. Estava cansada de subir e descer escadas. Olhou para o número que se encontrava por cima da
porta do seu lado direito e teve a certeza de que estava, finalmente, no sítio certo. Olhou para as restantes portas e subiu as escadas apressadamente. Lá estava a sala que tanto procurava.
Aproximou-se e bateu a medo. Era o seu primeiro dia de aulas. Não conhecia os colegas nem nenhum dos seus professores. A porta abriu-se e um rosto simpático e sorridente olhou-a com um ar
interrogativo. Não sabia o que dizer, pois praticamente não falava português.
Deves ser a nova aluna da turma, pois vi o teu nome há pouco na lista. És a Yasmine? –
perguntou a professora.
Yasmine abanou a cabeça em sinal de assentimento, embora só tivesse entendido o seu nome. No entanto, percebeu que a professora a tinha mandado entrar. Entrou, relanceou um olhar
pela sala, aproximou-se da primeira mesa da segunda fila, que não tinha ninguém, puxou a cadeira
devagar, tirou a mochila das costas e sentou-se.
A professora dirigiu-se aos restantes alunos. Devia estar a explicar-lhes que ela era uma
nova colega, pois ouviu-a pronunciar o seu nome. Não se atreveu a olhar para ninguém. Manteve-se muito direita, de olhos fixos na professora, tentando perceber o que ela estava a dizer. Esta
continuou a falar e, de repente, Yasmine percebeu que a professora estava zangada com os alunos, embora não tivesse ainda percebido porquê e só quando ouviu a palavra homework é que
depreendeu que, provavelmente, os alunos não tinham feito o trabalho de casa.
Finalmente, atreveu-se a olhar discretamente para trás, para ver como eram os seus
colegas. Ninguém estava, naquele momento, a olhar para ela o que lhe deu coragem para continuar a observá-los. Estes não pareciam muito preocupados por a professora estar zangada com eles.
Havia, inclusivamente, alguns alunos que nem sequer estavam a prestar atenção às suas palavras. Yasmine olhava-os espantada, pois tinha
dificuldade em entender estes comportamentos. Tinha chegado há cerca de dois meses da Índia. Tinha 15 anos e a possibilidade de ter vindo para
Portugal, viver com os tios, dera-lhe a oportunidade única de poder continuar a estudar. Por isso, a escola, para ela, tinha um significado
profundo. Nascera numa pequena aldeia, nos arredores de Patna, uma
cidade do estado de Bihar, uma das regiões mais pobres da Índia.
Será que eles não sabem que há milhares de crianças que não
fazem os trabalhos de casa não porque não queiram, mas simplesmente porque não podem?, pensou Yasmine. Sentiu vontade de lhes dizer isto,
mas não se atreveu a abrir a boca. Se o fizesse seria em inglês e a maior parte, possivelmente, nem sequer iria entender o que ela queria dizer.
Bihar era muito longe e a sua realidade não era a realidade deles. Na sua
aldeia natal, a maioria das crianças, entre os 6 e os 14 anos, não vai à escola. Levanta-se de madrugada e trabalha nos campos de arroz ou na
indústria local. Muitas delas trabalham mais de quinze horas por dia e em condições impensáveis. Se os seus novos colegas soubessem de como
estas crianças gostariam de ter trabalhos de casa para fazer! Eles não sabem que quem não aprende dificilmente sai da pobreza, pensou
Yasmine. É facilmente explorado, manipulado, apenas conhecerá a lei da
subserviência e dificilmente fará ouvir a sua voz.
Vale Notíc ia
A N E D O T A S
________________________
CO N TO
“SOMOS O CLUBE DA CIÊNCIA”
Mexemos na terra,
Mexemos no chão,
Vamos passear,
Vários animais
visitar,
Vamos para a horta
Escavar,
Adubo passar,
Legumes plantar.
E no fim ficamos
contentes
Porque somos do
Clube da Ciência.
Se te queres divertir como
nós,
Vem, entra, dança e canta.
O clube da Ciência
Vai-te encantar!
Maurren d´Almeida 7ºB
(Canção para o
Clube da Ciência)
A VOZ D OS ALU NO S Iniciamos, neste número, uma nova rubrica no nosso jornal.
Chama-se … A VOZ … Com ela procuramos dar “voz” aos diferentes
sectores da escola, começando pelos nossos alunos… Pretendemos
descobrir o que consideram como o melhor e o pior da escola.
Começámos por pedir a opinião aos alunos do 11ºE do Curso Profissional de Técnico
de Apoio à Infância. Para estes alunos, o melhor da escola é… a Convivência entre colegas. Logo a
seguir, no topo das preferências aparecem os bons professores e o facto da escola disponibilizar o pequeno-almoço para alunos do SASE. Também são referidos como
aspectos positivos os cursos profissionais, o ser uma escola que ensina a lidar com as diferenças, os espaços verdes, a simpatia de alguns funcionários, a realização de eventos dirigidos
aos alunos e o desporto escolar.
Quanto ao que a escola tem de pior, os alunos do 11ºE focam, sobretudo, dois factores: a
falta de pavilhão para a Educação Física e as salas frias e tristes. Outros aspectos menos positivos
que foram identificado foram a falta de acesso à internet e o atendimento na secretaria.
O melhor da escola
é a convivência com
os colegas
O pior da escola é a falta de pavilhão
11ºE
________________________
- Havia um médico que
curava as dores de cabeça
dos pacientes antes delas
acontecerem. Qual é o nome
do filme?
- O extermina-a-dor do
futuro!
________________________
- Um homem tinha uma
profissão: cuidar de ursos.
Certo dia ele deixou a
profissão. Qual é o nome do
filme?
- O ex-ursista!
Vale Notíc ia
podem revestir o trabalho de um biólogo,
como é o seu dia a dia, que tarefas pode ele desenvolver e o quanto o trabalho de um
biólogo/investigador pode ser emocionante.
A organização da palestra foi da
responsabilidade dos professores Fernanda Figueiredo e Carlos Chambel e nela
participaram as seguintes turmas: 10º A, 11º
A, 12º A e 11º B.
Pedro Cardoso é um conhecido
investigador Português em diversas áreas da Biologia, nomeadamente na avaliação e
monitorização de biodiversidade, avaliação de espécies, áreas protegidas, ecologia de ilhas,
espeleologia e aracnologia, cujos trabalhos têm sido divulgados na nossa imprensa devido
à sua importância cientifica.
Foi com muito agrado e orgulho que
a nossa escola recebeu este antigo filho da
casa que tão gentilmente se disponibilizou a
partilhar connosco a sua actividade.
Porque a nossa escola é uma escola
viva realizaram-se já neste mês de Janeiro duas
palestras muito interessantes.
A primeira teve lugar a 4 de Janeiro, no Anfiteatro da ESBB, e foi realizada pelo
Engenheiro Guilherme Marcão. Com o tema “Resíduos de equipamentos eléctricos e
electrónicos” inseriu-se no projecto “Escola Electrão”, que é promovido pelo Clube da
Ciência. O engenheiro explicou aos presentes a necessidade de separar os lixos para,
posteriormente, os reciclarmos. Brevemente
voltaremos a falar deste projecto.
No passado dia 18 de Janeiro, no
Anfiteatro da nossa escola, esteve presente o Dr. Pedro Cardoso, biólogo, doutorado em Ecologia e
Biossistemática pela Faculdade de Ciências da
Universidade de Lisboa.
Pedro Cardoso, antigo aluno da nossa
escola, veio realizar uma palestra intitulada
“Percursos na Biologia” cujo grande objectivo foi mostrar aos alunos as várias vertentes que
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PAL AVR A S DA MO DA armadura de um cavaleiro‟ ou ainda, ‟indivíduo
de meia idade em trânsito para a velhice‟. É esse
o significado presente na nossa frase.
E o que significa «elegível»? A palavra refere-se
„àquele que pode ser eleito‟, „pode ser escolhido‟
ou „merece ser escolhido‟. Ora, uma das
condições para um cidadão se candidatar à
Presidência da República é ter mais de 35 anos.
Portanto, o que queremos dizer é que só um
cota (com mais de 35) pode ser escolhido para
presidente. Mas cuidado, podemos ser “cotas”
na idade e jovens no espírito e na vontade de
fazer melhor. E o contrário, também vos parece
válido? Não haverá por aí muito jovem com
“cabeça de cota”?
As nossas palavras
esta semana são: «cota» e «elegível». Elas
podiam aparecer na seguinte frase: «Para a
Presidência da República, só um cota
é elegível.» Parece
complicado? Não é!
A palavra «cota» tem múltiplos significados
(é polissémica, se quisermos dizer de
modo mais elegante). Pode significar
„fracção‟, „porção‟ ou „limite‟, mas também, „fortaleza‟, „revestimento da parte superior da
C A D A M O M E N T O D A
N O S S A V I D A É U M E N S A I O
PA R A O Q U E E S T Á PA R A V I R .
NA ESBB AC O NT E CEU . . .
Se precisares de algum apoio ou se quiseres esclarecer
alguma dúvida, escreve para
S A B I A S Q U E …
Tal como dizia no Boletim anterior, “Quando somos jovens, é muito importante
desenvolver relacionamentos mais significativos com pessoas de ambos os sexos; é assim que se
constroem as amizades e que se namora também.“ Vamos lá ver esta ideia! O período em
que namoramos deve ser vivido da forma mais preenchida possível: passar tempo de qualidade
juntos, sair, descobrir coisas, praticar desporto, ir ao teatro, ao cinema, ir a concertos e festivais,
conhecer lugares e pessoas diferentes, conhecer os amigos de cada um, etc… enfim, criar
oportunidades para observar o outro e para se deixar conhecer “por dentro”. E claro, vamos
também partilhar tempos de maior intimidade, demonstrando carinho, afecto,... com beijos,
abraços e carícias. E, mesmo que todos à nossa
volta achem normal termos relações sexuais
durante o namoro, vamos lá a ver se nos entendemos! Essa é uma conversa para ser
tida a dois, entre mim e ele (ou ela). O ser humano não é um ser qualquer! É racional, tem
o poder de escolher e de decidir o que acha importante para si. Será que estamos
preparados?... Agir na base do puro instinto ou porque o outro ou os outros (o que ainda é
pior!) - pressiona(m), nunca é uma boa ideia e pode fazer estragos complicados… na minha
vida e na vida dele(a), certo?...
As nossas escolhas devem ser bem pensadas, pois a nossa felicidade
depende delas quer a do momento presente quer, se pensarmos bem, a dos muitos e
muitos anos que temos para viver. Pessoal,
“Sem pressas!” este é o lema!
" se tu me cativas, a minha vida
será como que cheia de sol” ? (Saint-Exupery)
Dina Dias (professora ESBB)
Etelvina Falcato (professora ESBB)
Flávia Silva (Animadora Sociocultural ESBB)
Isabel Gouveia (professora ESBB)
Paula Capelo (professora bibliotecária
ESBB)
Equipa de redacção:
Colaboradores nesta edição:
Maurren d´Almeida, 7ºB
11ºE
Noémia Brás (professora ESBB)
Lurdes Paixão (professora ESBB)
Laura Martins (professora ESBB)
Funciona no Bloco G todos os dias úteis das 8:30H às 13:15H e das 14:30H às 18:30H
A N ÃO P ER DE R N A ESBB. . .
Djing - Música nos intervalos grandes às 3ª e 5ª feiras. Queres passar música? Inscreve-te! ;)
Patinagem - Queres aprender a patinar? Já sabes patinar, mas gostavas de aperfeiçoar a tua
técnica? Aparece no campo de Educação Física todas as 4ª e 6ª feiras à hora de almoço.
Comunica@ESBB - Gostas de comunicar? Gostavas de participar na edição do Vale Notícia?
Aparece no GAAF todas as 6ª feiras às 14:30H.
Cinema 2 por 4 - Quarta-feira, 26 de Janeiro às 15H no Anfiteatro filme “o Turista”.
“Falar às Escolas” - Apresentação de projecto de Marketing e Comunicação do grupo Lusófona,
que inclui orientação vocacional. Dia 28 de Janeiro durante toda a manhã no Bar dos Alunos.
Escola Secundár ia da
Baixa da Banhei ra
Praceta Maria Helena Vie ira da Si l va
2835-220 Vale da
Amorei ra
Te le fone: 21 209 99 70
www.esbb.pt
Tiragem: 250 exemplares
Distribuição gratuita
Se tens propostas para o Vale Notícia,
esperamos por ti no GAAF ou na Biblioteca!
Página 4 Vale Notíc ia
Funciona todas as 5ªf das 14:45h às 18h e 6ªf das 14:45h às 16:15h