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Noções de Direito Administrativo
SENADO
LICITAÇÕES Públicas
Livro Eletrônico
DIOGO SURDI
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Licitações Públicas
Prof. Diogo Surdi
SUMÁRIO
Licitações Públicas ......................................................................................5
1. Conceito e Finalidade da Licitação .............................................................5
2. O Dever de Licitar e sua Dispensa .............................................................8
3. Princípios da Licitação ...........................................................................14
3.1. Legalidade ........................................................................................15
3.2. Impessoalidade .................................................................................16
3.3. Moralidade ........................................................................................17
3.4. Igualdade .........................................................................................19
3.5. Publicidade ........................................................................................19
3.6. Probidade Administrativa .....................................................................20
3.7. Vinculação ao Instrumento Convocatório ...............................................21
3.8. Julgamento Objetivo ...........................................................................23
3.9. Sigilo das Propostas ...........................................................................25
3.10. Adjudicação Compulsória ...................................................................26
3.11. Formalismo .....................................................................................28
4. Modalidades .........................................................................................29
4.1. Concorrência .....................................................................................34
4.2. Tomada de Preços ..............................................................................38
4.3. Convite .............................................................................................39
4.4. Leilão ...............................................................................................42
4.5. Concurso ..........................................................................................44
5. Dispensa da Realização de Licitação ........................................................47
5.1. Licitação Dispensada ..........................................................................48
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5.2. Licitação Inexigível .............................................................................50
5.3. Licitação Dispensável ..........................................................................52
6. Etapas da Licitação ...............................................................................57
6.1. Fase Interna ......................................................................................58
6.2. Fase Externa .....................................................................................59
7. Anulação e Revogação ...........................................................................69
12. Pregão ...............................................................................................72
12.1. Aquisição de Bens e Serviços Comuns .................................................72
12.2. Inversão das Fases da Licitação ..........................................................73
12.5. Vedações ........................................................................................80
12.6. Prazo de Validade das Propostas .........................................................80
13. Sistema de Registro de Preços ..............................................................81
14.1. A Sistemática dos “Caronas” ..............................................................88
15. Margem de Preferência para ME e EPP ...................................................92
16. Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) ...............................95
16.1. Campo de Aplicação .........................................................................96
16.2. Objetivos ........................................................................................97
16.3. Vedações à Participação ....................................................................98
16.4. Procedimento no Âmbito do RDC ........................................................99
Resumo ................................................................................................. 109
Questões de Concurso ............................................................................. 116
Gabarito ................................................................................................ 135
Gabarito Comentado ............................................................................... 136
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Olá, aluno(a), tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, um dos assuntos que mais assusta os candidatos. Espero que,
após a aula de hoje, você passe a gostar deste importante tema do Direito Admi-
nistrativo: Licitações Públicas.
Grande abraço e boa aula!
Diogo
LICITAÇÕES PÚBLICAS
1. Conceito e Finalidade da Licitação
O conceito de licitação não envolve maiores dificuldades. Ainda que cada autor
administrativista tenha um conceito próprio, a doutrina majoritária, tal como as
bancas organizadoras de concursos, segue os entendimentos defendidos por Hely
Lopes Meirelles, para quem a licitação pode ser conceituada da seguinte forma: “O
procedimento administrativo mediante o qual a administração pública seleciona a
proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse.”
Do conceito do ilustre professor, chegamos a importantes constatações:
a) A licitação é um procedimento.
A licitação não pode ser confundida com um ato administrativo, ainda que o
parágrafo único do artigo 4º da Lei n. 8.666/1993 caracterize a mesma como ato
administrativo formal. Ao contrário, a licitação é um procedimento administrativo,
cuja principal característica é a de ser formada por uma série de atos administra-
tivos.
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b) A licitação é regida pelo direito público.
Por meio dessa característica, as normas concernentes às licitações são regula-
das pelo Direito Administrativo. Dessa forma, a administração pública, que é quem
dá início ao procedimento, possui uma série de prerrogativas para a sua celebra-
ção, tal como a possibilidade de não contratar o objeto licitado ou, em caso de
contratação, de alterar ou rescindir o respectivo contrato.
c) Trata-se de um contrato de interesse do Poder Público.
A Administração realiza a licitação, fase por fase, e chega a um vencedor, que é
aquele que ofereceu a proposta mais vantajosa. No entanto, a administração não
possui a obrigação de contratar com o vencedor, uma vez que ela pode, após a
realização da licitação, constatar, por motivos ocorridos posteriormente ao proce-
dimento, que não há a necessidade de contratação do serviço ou da obra pública.
Como veremos adiante, após a apresentação da proposta mais vantajosa, a ad-
ministração procede à adjudicação, que é a fase em que é declarado o vencedor do
procedimento. Com a adjudicação, é como se a administração declarasse que, se
ela resolver contratar o objeto da licitação, será com a pessoa vencedora, observa-
das as regras e propostas apresentadas.
Dessa forma, podemos afirmar que a licitação assegura ao vencedor apenas
uma mera expectativa de direito, de forma que, caso a administração resolva ce-
lebrar um contrato cujo objeto seja aquele anteriormente licitado, deverá assim o
fazer com o respectivo vencedor. Logo, percebe-se que se trata a licitação de um
contrato de interesse do Poder Público, uma vez que a sua pactuação apenas será
realizada quando a administração assim desejar.
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Com relação à finalidade da licitação, tivemos, com a alteração da Lei n.
8.666/1993, ocorrida em 2010, a inclusão de uma nova disposição, de forma que,
atualmente, três são as finalidades a serem alcançadas com a realização da licita-
ção, conforme se observa do teor do artigo 3º da norma em questão:
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável (...)
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2. O Dever de Licitar e sua Dispensa
O dever de licitar decorre de uma disposição constitucional. Quando da promul-
gação da Constituição Federal de 1988, o legislador optou por conferir uma regra
mais bem detalhada para as compras e demais aquisições que envolvessem recur-
sos públicos, possibilitando, assim, que houvesse um maior controle por parte de
toda a sociedade e dos próprios Tribunais de Contas.
Em seu artigo 37, XXI, a Constituição Federal assim dispõe:
XXI – Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igual-dade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
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Licitações Públicas
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Do artigo constitucional, podemos concluir que a regra é a realização de li-
citação, ou seja, toda a administração pública de todas as esferas de governo,
ressalvadas algumas poucas exceções, estão obrigadas a licitar. E para normatizar
e detalhar a regra constitucional é que foi promulgada a Lei n. 8.666/1993, que
estabelece como regra a realização do procedimento, e como exceções as possibili-
dades de termos uma licitação dispensável, dispensada ou inexigível. E como essas
três situações são as exceções (a regra, como sabemos, é que ocorra a licitação),
inúmeras são as questões que exigem o conhecimento dessas possibilidades.
A licitação dispensável ocorre quando a administração, desejando adquirir
bens ou serviços, pode escolher entre realizar o procedimento ou contratar direta-
mente com os particulares. Para tal, as situações devem estar previamente esta-
belecidas em lei.
Aprendendo na Prática
Como exemplo, podemos citar a situação em que uma determinada Prefeitura pre-
cisa adquirir pão e demais alimentos perecíveis para utilizar como lanche para as
crianças de uma escola pública.
Imagine como seria complicado se a cada aquisição a administração tivesse que
proceder a uma nova licitação. Ainda temos que considerar que tais gêneros são
perecíveis, o que poderia resultar, caso o procedimento licitatório não ocorresse em
um curto espaço de tempo, em alimentos fora das condições necessárias para a
alimentação das crianças.
Assim, para evitar que tais riscos ocorram, a Lei n. 8.666/1993 confere à adminis-
tração a possibilidade de dispensar o procedimento, contratando diretamente com
a empresa que achar mais conveniente.
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A licitação inexigível, por sua vez, ocorre nas situações em que há inviabili-
dade de competição, de forma que a realização de licitação se encontra seriamente
prejudicada. Em tais situações, a única alternativa cabível para o Poder Público é a
contratação direta com os particulares.
Aprendendo na Prática
Seria o caso de a administração pública necessitar de uma máquina que só seja
fabricada por uma determinada empresa. Nesse caso, não há a menor possibilida-
de de ocorrer a licitação, uma vez que apenas uma empresa dispõe de objeto para
ofertar à administração.
Assim, a administração negocia diretamente com tal empresa, observados sempre
os princípios que norteiam toda a atividade administrativa.
Por fim, temos as situações de licitação dispensada, decorrentes de institutos
específicos e normalmente relacionados com repartições públicas. Nessas situa-
ções, previstas no artigo 17 da Lei n. 8.666/1993, a administração, assim como
ocorre nas hipóteses de licitação inexigível, está impedida de realizar o procedi-
mento.
Aprendendo na Prática
Como exemplo, podemos citar a situação em que um determinado órgão público
resolve vender um imóvel que anteriormente recebera como dação em pagamen-
to (podemos entender dação em pagamento como uma forma de pagamento que
substitui a anteriormente contratada).
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Assim, se a Administração Pública aceita um imóvel como pagamento de uma
dívida anteriormente celebrada com o contribuinte e, posteriormente, opta por
alienar tal imóvel, não poderá realizar tal procedimento por meio de licitação.
Como mencionado, todos os órgãos e entidades de todos os entes federati-
vos estão obrigados, como regra, a realizar licitação para as aquisições de bens e
serviços. Em caráter de exceção, encontramos pessoas que estão dispensadas da
realização do procedimento, uma vez que não integram a administração pública ou
exercem atividades que necessitam de um alto grau de liberdade para o seu de-
sempenho.
Assim, são as seguintes as pessoas jurídicas que estão desobrigadas da regra
constitucional de licitar:
Empresas Privadas
Uma vez que não integram a administração pública, bem como que possuem
como principal objetivo auferir lucro com a prestação da atividade empresarial, as
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empresas particulares não precisam contratar bens e serviços por meio de licitação,
podendo realizar suas compras diretamente.
Concessionárias e Permissionárias de Serviço Público
Da mesma forma que ocorre com as empresas privadas, as delegatárias de
serviço público são pessoas jurídicas de direito privado. Assim, ainda que prestem
serviços públicos à coletividade, não estão obrigadas à regra da licitação.
Nada impede, no entanto, que as concessionárias ou permissionárias realizem
licitação. Caso realizem, assim o fazem por interesse próprio e com objetivos par-
ticulares. Nesse sentido, merece destaque o entendimento do STJ, conforme se
observa do teor do julgado do Recurso Especial n. 429849/RS:
As empresas privadas, embora concessionárias de serviço público, não estão obrigadas a submeter suas compras ou a contratação de serviços ao regime de licitação. Se os submetem, o fazem por interesse próprio, mas os atos assim praticados não se trans-formam em ato administrativo, e o contrato que daí resulta não será um contrato de direito público. Continua, como é da sua natureza, um simples ato particular de gestão, típico ato jurídico privado. Não sendo ato de autoridade, não há como supor-se presente a viabilidade de atacá-lo pela via do mandado de segurança.
Organizações Sociais e Organizações da Sociedade Civil do Interesse
Público
Tais entidades atuam ao lado do Estado, integrando o denominado terceiro se-
tor. Como não possuem fins lucrativos, são remuneradas mediante benefícios e
isenções concedidas pelo Poder Público.
Assim, apenas estão obrigadas a realizar licitação para as contratações decor-
rentes da utilização de recursos repassados diretamente pela administração públi-
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ca. Nas demais contratações, ou seja, naquelas em que os recursos públicos não
estejam envolvidos, estão as entidades dispensadas da obrigação de licitar.
Conselhos de Classe e a Questão da OAB
A questão sobre as contratações realizadas pela ordem dos advogados do Brasil
(OAB) terem ou não que se submeter ao regime das licitações gerava muitas con-
trovérsias. Isso passou a ocorrer quando os conselhos de classe passaram a ser
classificados como autarquias profissionais.
Como consequência, por serem autarquias, passaram a integrar a administra-
ção pública indireta dos respectivos entes federativos. Logo, por uma interpretação
legal, seria natural que a OAB estivesse submetida, tal como os demais conselhos,
à regra da licitação. No entanto, não há como negar que a submissão às regras per-
tinentes às licitações e aos contratos administrativos limitaria, em muitos aspectos,
a liberdade funcional da entidade.
Após muitas controvérsias, o STF pôs fim à discussão, conforme se observa do
inteiro teor do julgado proferido na ADIN n. 3026/2006:
No que se refere ao caput do art. 79 da Lei n. 8.906/1994, o Tribunal, por maioria, julgou improcedente o pedido formulado, por entender que, em razão de a OAB não integrar a Administração Pública, não se haveria de exigir a regra do concurso público.
O melhor entendimento a ser levado para a prova é o de que todos os conselhos
de classe devem se sujeitar às regras de licitação, haja vista integrarem a admi-
nistração indireta dos entes federativos. A única exceção fica por conta da OAB,
de natureza sui generis, que, por não integrar a administração pública, não está
sujeita às regras da Lei n. 8.666/1993.
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A questão referente às entidades obrigadas a licitar, tal como as que não devem
obediência a este dispositivo, pode ser melhor visualizada por meio da tabela a
seguir:
Estão obrigadas a licitar Não estão obrigadas a licitar
Toda a administração direta Empresas privadas
Todas as entidades da administra-ção indireta (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia
mista e fundações)
Concessionárias e permissionárias de serviço público
Conselhos de classe (espécie de autarquia)
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
Entidades do terceiro setor (quando estiverem utilizando recursos públi-
cos)
Entidades do terceiro setor (quando não estiverem utilizando recursos públicos)
3. Princípios da Licitação
A primeira informação é a de que não existe uma unanimidade, por parte da
doutrina, sobre os princípios aplicáveis à licitação.
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Em sua imensa maioria, as bancas seguem, neste ponto, os ensinamentos de
Hely Lopes Meirelles, de forma que precisamos conhecer, além dos princípios elen-
cados na Lei n. 8.666/1993, os princípios do sigilo das propostas, da adjudicação
compulsória e do formalismo.
A Lei n. 8.666/1993 estabelece, em seu artigo 3º, uma série de princípios a se-
rem observados quando da realização das licitações:
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformi-dade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
3.1. Legalidade
Trata-se a legalidade de um princípio balizador de toda a atividade administrati-
va, segundo o qual a administração, ao contrário dos particulares, só pode fazer o
que estiver previsto ou autorizado em lei.
No caso das licitações, temos que o edital tem força de lei para todos os par-
ticipantes. Isso implica em dizer que qualquer atuação da administração pública,
durante o processo licitatório, que contrarie as regras previstas no edital regulador,
estará agredindo o princípio da legalidade.
Outra perspectiva que temos que considerar é que a administração não pode
publicar um edital regulador de processo licitatório que contrarie as normas jurídi-
cas vigentes, sob pena de, novamente, incorrer em ilegalidade e não restar alter-
nativa que não seja a anulação de todo o procedimento.
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3.2. Impessoalidade
O princípio da impessoalidade, no que se refere às licitações, implica em uma
atuação da administração pública pautada no dever de conferir tratamento isonô-
mico a todos os licitantes, sem favorecimentos ou obrigações que não sejam igual-
mente estendidas aos demais licitantes.
Dessa perspectiva do princípio da impessoalidade decorrem importantes regras
estabelecidas na Lei n. 8.666/1993, conforme observa-se, por exemplo, no artigo
3º, § 1º, II, e no artigo 3º, § 2º:
§ 1º É vedado aos agentes públicos:II – Estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, pre-videnciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, mesmo quando envolvidos financiamentos de agências internacionais (...)§ 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada prefe-rência, sucessivamente, aos bens e serviços:II – produzidos no País;III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
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IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvi-mento de tecnologia no País.V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
3.3. Moralidade
Segundo a moralidade, a atuação da administração não deve apenas ser pau-
tada pela legalidade, mas também em conceitos mais amplos, que permitam ao
particular fiscalizar e analisar se todos os atos foram realizados com observância
da probidade, do decoro, da boa-fé e da honestidade.
Se a administração estivesse, no âmbito do processo licitatório, apenas pautada
pela legalidade, bastaria que cumprisse todas as normas legais para que sua
atuação fosse considerada correta.
Para conferir um maior controle, a moralidade deve acompanhar todo o proces-
so licitatório. Assim, não basta ser legal, tem que ser probo, reto, leal e honesto
para que a atuação dos agentes públicos possa ser considerada adequada às fina-
lidades propostas.
O princípio da moralidade adquiriu tamanha importância atualmente que diver-
sos Tribunais Superiores têm admitido a desconsideração da personalidade jurídi-
ca de empresas anteriormente inabilitadas em processos licitatórios, evitando-se
assim o abuso das formas, como a constituição de uma nova sociedade comercial
com a finalidade de burlar a penalidade imposta pela administração.
No julgamento do Recurso Ordinário n. 15.166/BA, o Superior Tribunal de Jus-
tiça proferiu o seguinte entendimento:
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A constituição de nova sociedade, com o mesmo objeto social, com os mesmos sócios
e com o mesmo endereço, em substituição a outra declarada inidônea para licitar com
a Administração Pública Estadual, com o objetivo de burlar à aplicação da sanção admi-
nistrativa, constitui abuso de forma e fraude à Lei de Licitações (Lei n. 8.666/1993), de
modo a possibilitar a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica
para estenderem-se os efeitos da sanção administrativa à nova sociedade constituída. A
Administração Pública pode, em observância ao princípio da moralidade administrativa
e da indisponibilidade dos interesses públicos tutelados, desconsiderar a personalidade
jurídica de sociedade constituída com abuso de forma e fraude à lei, desde que facultado
ao administrado o contraditório e a ampla defesa em processo administrativo regular.
Aprendendo na Prática
O Poder Público realiza licitação com o objetivo de contratar empresa para a pres-
tação de um serviço público. Na execução do contrato, constata-se que o particular
não cumpriu com as determinações inicialmente previstas, dando ensejo à aplica-
ção da penalidade de declaração de inidoneidade.
Caso houvesse a aplicação da penalidade, a empresa estaria impossibilitada de
participar de novas licitações pelo período mínimo de 2 anos. Poderia a empresa,
como forma de burlar a regra prevista na norma, criar uma nova sociedade com a
participação dos sócios anteriormente existentes na empresa anterior, conseguindo
assim participar de novas licitações.
Como forma de evitar tal mecanismo protelatório, o STJ entende ser possível a des-
constituição da personalidade jurídica da empresa recém-criada, estando esta, da
mesma forma que a anterior, impedida de participar de novas licitações durante o
prazo da penalidade.
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3.4. Igualdade
O princípio da igualdade, também chamado de igualdade entre os partici-
pantes, é a clássica definição de isonomia defendida pela Lei das Licitações. Se-
gundo tal princípio, que em muito se confunde com a impessoalidade, a comissão
de licitação não deve dispensar tratamento favorecido a nenhum dos participantes.
É o bom e velho “tratar todos iguais, na medida de suas desigualdades”
que norteia toda a administração pública.
Decorrem da isonomia diversas regras previstas na Lei n. 8.666/1993, confor-
me explicitadas a seguir. Repare que em todas se faz necessário observar um juízo
de igualdade entre os licitantes, sendo que as condições devem ser as mesmas
para todos os participantes da licitação.
Art. 3º§ 1º É vedado aos agentes públicos:I – Admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato (…)Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se situar a repartição interessada, salvo por motivo de interesse público, devidamente justificado. O disposto neste artigo não impedirá a habilitação de interessados residentes ou sediados em outros locais.
3.5. Publicidade
A publicidade conferida às licitações é a mesma que norteia toda a atuação da
administração pública, segundo a qual, para que os atos possam produzir efeitos
quanto a terceiros, faz-se necessária a devida publicação na imprensa oficial.
A licitação, conforme já mencionado, é um procedimento administrativo, consti-
tuído, assim, de uma série de atos administrativos formados em ordem cronológi-
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ca. Todos eles, para produzirem os efeitos que a administração deseja, devem ser
publicados na imprensa oficial.
Como exemplo do Princípio da Publicidade estampado na Lei n. 8.666/1993,
temos o artigo 3º, § 3º, que assim dispõe:
§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
3.6. Probidade Administrativa
A doutrina destaca que a probidade administrativa decorre da moralidade, ou
seja, ainda que sejam princípios diversos, a moralidade é um princípio constitucio-
nal, aplicável à administração em todas as suas manifestações de vontade.
A probidade administrativa, por sua vez, implica em um conceito de que o ad-
ministrador público deve ser honesto não apenas com a administração pública, mas
também com os administrados que participam da licitação.
A diferença é sutil, e para não restar nenhuma dúvida, vamos esquematizá-la:
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(FGV/CONS. LEG./ALEMA/ORÇAMENTO PÚBLICO/2013) Assinale a alternativa que
indica o princípio de licitação que “exige que o administrador aja com honestidade
não só para com a Administração, mas, também, para com os licitantes, de tal for-
ma que sua atividade esteja voltada para o interesse da Administração, que é o de
promover a seleção mais acertada possível”.
a) Princípio da moralidade.
b) Princípio da probidade administrativa.
c) Princípio da impessoalidade.
d) Princípio da igualdade.
e) Princípio da isonomia entre os interessados.
Letra b.
A probidade administrativa implica em um conceito de que o administrador público
deve ser honesto não apenas com a administração pública, mas também com os
administrados que participam da licitação.
3.7. Vinculação ao Instrumento Convocatório
Vincular-se ao instrumento convocatório implica em não poder descumprir as
normas previstas no edital regulador do processo licitatório. Significa dizer que a
administração e os licitantes devem obedecer aos dois diplomas normativos: as leis
que regulam a atividade administrativa e o edital da licitação, que, por estabelecer
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normas pertinentes a todo o procedimento, é o documento que sempre deve ser
observado quando as licitações forem realizadas.
Nesse sentido, é importante salientar que a Lei n. 8.666/1993 apresenta, em
seu artigo 41, a impossibilidade de o Poder Público descumprir as normas previstas
no edital:
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.
Ainda que o mencionado artigo apenas faça menção à necessidade de a admi-
nistração cumprir com as disposições do edital, a doutrina possui entendimento de
que os administrados e demais participantes do processo licitatório também devem
fiel obediência às regras estabelecidas no instrumento convocatório.
(FGV/AJ/TJ-RO/OFICIAL DE JUSTIÇA/2015) A Lei n. 8.666/93 estabelece que a
licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isono-
mia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção
do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com alguns princípios específicos. Dentre tais princípios, aquele que
informa ser o edital ou a carta-convite a lei interna da licitação que deve ser res-
peitada pelo poder público e pelos licitantes, sob pena de invalidade do certame, é
o princípio da:
a) competitividade;
b) impessoalidade;
c) autotutela;
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d) vinculação ao instrumento convocatório;
e) supremacia do interesse público.
Letra d.
O princípio que determina que o edital ou a carta-convite devem ser observados
durante todo o procedimento licitatório é a vinculação ao instrumento convocatório.
3.8. Julgamento Objetivo
Todas as licitações que são promovidas pela administração devem possuir, no
respectivo edital, um critério que possibilite ao Poder Público verificar, após a apre-
sentação de todas as propostas, aquela que melhor atendeu aos requisitos solici-
tados pela administração.
Assim, os critérios utilizados pela administração para conseguir mensurar com
confiabilidade devem ser claros e objetivos, não havendo a possibilidade, por isso
mesmo, da escolha do objeto da licitação dar-se de por interesses subjetivos. Em
consonância com tal entendimento, merece destaque o teor do artigo 45 da Lei n.
8.666/1993, que assim dispõe:
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
A própria Lei n. 8.666/1993 apresenta critérios, a depender da modalidade de
licitação, que podem ser utilizados pela administração pública como forma de con-
seguir identificar a proposta que melhor satisfaça aos interesses públicos.
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São os chamados tipos de licitação, expressos no § 1º do já mencionado ar-
tigo 45, e que podem, de acordo com a Lei das Licitações, ser utilizados em todas
as modalidades licitatórias, com exceção da modalidade concurso.
§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso:I – a de menor preço – quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;II – a de melhor técnica;III – a de técnica e preço.IV – a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso
Nota-se que o julgamento objetivo, ainda que seja um princípio expresso para
todos os tipos de licitação, consegue ser mais eficazmente utilizado quando esta-
mos diante do menor preço.
Isso ocorre porque, quando da utilização dos demais tipos de licitação, temos
envolvido certo grau de subjetivismo, cabendo à administração, além dos critérios
objetivos previstos no edital, analisar as propostas ofertadas pelos licitantes e de-
finir aquela que melhor se enquadra nas necessidades administrativas.
Salienta-se que a modalidade concurso é a única que não faz uso dos tipos de
licitação previstos na Lei n. 8.666/1993. Tal modalidade, conforme veremos adian-
te, destina-se à escolha de um trabalho técnico, artístico ou científico. Em tais
situações, ainda que o Poder Público deva pautar o seu julgamento em critérios
objetivos, a escolha do vencedor envolverá, em maior ou menor grau, certo nível
de subjetividade.
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Determinada prefeitura promove uma licitação na modalidade concurso como forma
de escolher um novo layout a ser utilizado pela administração em todas as corres-
pondências oficiais.
No caso apresentado, fica muito difícil pautar a escolha por critérios estritamente
objetivos, de forma que a premiação ao vencedor envolverá a análise e o julgamen-
to por parte de uma comissão de profissionais, envolvendo, dessa forma, um maior
nível de subjetividade.
3.9. Sigilo das Propostas
Como visto anteriormente, a regra é que a licitação seja pública e acessível a
todos que se interessem em acompanhá-la ou fiscalizá-la. A exceção fica por conta
das propostas, que, até a abertura dos respectivos envelopes, devem possuir am-
plo e total sigilo, sob pena de restar configurada fraude ensejadora da anulação de
todo o procedimento.
Nesse sentido é o texto do artigo 3º, § 3º, da Lei n. 8.666/1993, de seguinte
teor:
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§ 3º A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.
Caso o sigilo das propostas não seja observado, independentemente de quem
tiver dado causa ser ou não agente público, teremos a configuração de crime, con-
forme previsão no artigo 94 da Lei n. 8.666/1993:
Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório, ou pro-porcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:Pena – detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.
3.10. Adjudicação Compulsória
Adjudicar é conferir ao particular vencedor do processo licitatório o objeto da
licitação. É atribuir ao vencedor a preferência de poder contratar com a administra-
ção caso a mesma opte por realizar tal procedimento.
Aprendendo na Prática
Transcorridas todas as fases da licitação, teremos uma proposta como vencedora,
que será aquela que melhor atenda às necessidades da administração, indepen-
dentemente do tipo de licitação realizado.
Feito isso, a administração pública responsável pela licitação realiza a adjudicação
compulsória, que consiste em garantir ao vencedor da proposta que, caso a admi-
nistração opte por contratar o bem objeto da licitação, assim o fará com ele, estan-
do impedida de firmar contrato com outros licitantes.
Nota-se, dessa forma, que a adjudicação se trata de um mero ato declaratório,
que não vincula a administração a ter que celebrar o contrato respectivo. A única
vinculação existente é que a administração, caso celebre o contrato, deverá fazê-lo
com o particular vencedor.
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No entanto, diversas circunstâncias podem ocorrer, inviabilizando a celebração
do contrato, tal como a anulação ou a revogação de todo o procedimento licitatório.
Após a adjudicação, no entanto, não poderá a administração contratar com outra
pessoa, que não seja o particular detentor da adjudicação, o mesmo objeto licitado.
Da mesma forma, não seria justo que o particular vencedor do certame tivesse
que aguardar indefinidamente a manifestação da administração. Para que isso não
ocorra, estabelece o § 3º do artigo 64 da Lei n. 8.666/1993 o prazo de 60 dias para
que o particular, sendo convocado a contratar com o Poder Público, esteja obrigado
a assim proceder. Após esse prazo, não havendo manifestação da administração,
estará o particular vencedor da licitação desimpedido da obrigação de contratar.
§ 3º Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das propostas, sem convocação para a contratação, ficam os licitantes liberados dos compromissos assumidos.
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3.11. Formalismo
A Lei n. 8.666/1993 estabelece que “o procedimento licitatório previsto
nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado em qual-
quer esfera da Administração Pública” (art. 4º, parágrafo único).
É interessante percebermos que o formalismo procedimental, defendido como
princípio das licitações, diverge em muitos sentidos do mero formalismo.
Por esse princípio, o descumprimento de um procedimento só acarretará nu-
lidade se houver comprovação de prejuízo. Evita-se, assim, que a administração
fique engessada e legalista, conferindo certa liberdade para que determinados atos
sejam convalidados e o procedimento licitatório se torne mais eficaz.
Nesse mesmo sentido é o entendimento de Hely Lopes Meirelles, conforme se
expõe a seguir:
Procedimento formal, entretanto, não se confunde com “formalismo”, que se caracteriza por exigências inúteis e desnecessárias. Por isso mesmo, não se anula o procedimento diante de meras omissões ou irregularidades formais na documentação ou nas propos-tas desde que, por sua irrelevância, não causem prejuízo à Administração ou aos lici-tantes. A regra é a dominante nos processos judiciais: não se decreta a nulidade onde não houver dano para qualquer das partes – pas de nullité sans grief, como dizem os franceses.
Assim, ainda que o princípio em questão seja comumente chamado de formalis-
mo, o correto sentido da expressão leva em conta o procedimento como um todo,
uma vez que apenas serão consideradas nulas as licitações que não observarem
regras cabais ao correto prosseguimento da licitação. Em sentido oposto, simples
falhas que possam ser convalidadas pela administração não serão capazes de acar-
retar, por si só, a anulação de todo o procedimento licitatório.
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4. Modalidades
As modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993 são cinco, sendo
elas: concorrência, tomada de preço, convite, concurso e leilão.
Neste ponto da matéria, temos uma grande contradição: ainda que o texto da
Lei n. 8.666/1993 afirme que não poderão ser criadas novas modalidades de lici-
tação, existem, atualmente, duas outras modalidades de licitação que não estão
elencadas na Lei n. 8.666/1993.
A primeira delas é o pregão, modalidade caracterizada pela inversão das fases
da licitação e pela redução das fases do procedimento, priorizando pela eficiência.
No pregão, conforme veremos adiante, o objetivo é a aquisição de um bem ou ser-
viço comum.
A segunda delas, pouco conhecida, é a consulta, criada pela Lei n. 9.472/1997,
com a estrita finalidade de ser utilizada para a aquisição de bens e serviços pela
Anatel.
Assim, de início, podemos organizar o conhecimento afirmando que sete são as
modalidades licitatórias existentes em nosso ordenamento, sendo que cinco delas
estão previstas na Lei n. 8.666/1993 e as demais em diplomas legais esparsos.
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A escolha de cada uma das modalidades licitatórias não é livre à administração.
Em sentido oposto, cada uma das modalidades licitatórias possui critérios a serem
observados para que sua utilização se coadune com a finalidade da atividade ad-
ministrativa.
Com relação à concorrência, tomada de preços e convite, essas restrições in-
cluem valores máximos a serem observados por cada modalidade, conforme se
observa da tabela a seguir:
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ModalidadeObras e Serviços de Enge-
nhariaCompras e demais Serviços
ConviteAté R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
Tomada de PreçosAté R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Concorrência Acima de R$ 3.300.000,00 Acima de R$ 1.430.000,00
No caso de consórcios públicos, aplica-se o dobro desses valores quando os con-
sórcios forem formados por até três entes consorciados, e o triplo quando formados
por mais do que três entes.
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Caso um Estado resolva realizar uma licitação para a construção de uma obra de
engenharia orçada em R$ 850.000,00, poderá fazer uso da modalidade tomada de
preços, uma vez que o valor global da contratação se encontra dentro dessa faixa
de preço.
Caso este mesmo Estado se consorcie com um Município existente no seu território,
a tomada de preços poderá ser utilizada para obras de engenharia até o dobro do
valor inicialmente previsto para a modalidade, ou seja, os valores poderão chegar
a R$ 6,6 milhões.
Por fim, caso o Estado se consorcie com mais três Municípios, o limite da tomada
de preços será triplicado, podendo os entes federativos consorciados utilizarem a
modalidade para as contratações orçadas em até R$ 9,9 milhões.
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De extrema importância é o conhecimento de que as modalidades licitatórias
utilizadas com base no valor total do procedimento (concorrência, tomada de pre-
ços e convite) nem sempre possuirão uma única modalidade passível de utilização.
Nessas hipóteses, precisamos adotar a regra de que “quem pode o mais, pode
o menos”.
Assim, se estivermos diante de uma licitação que se enquadre dentro dos limi-
tes de utilização da tomada de preços, poderá o Poder Público perfeitamente fazer
uso da concorrência para a realização da contratação. Caso estejamos diante de
uma obra de engenharia enquadrada dentro da faixa prevista para a modalidade
convite, a administração poderá fazer uso tanto da tomada de preços quanto da
concorrência.
Só temos que ter um cuidado especial, uma vez que o efeito contrário não é
permitido. Assim, se estivermos diante de uma licitação que se enquadre dentro do
valor máximo estabelecido para a modalidade tomada de preços, só será possível a
substituição pela modalidade concorrência, e não pela modalidade convite.
As modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993 necessitam, para a
sua realização, da observância de um tempo mínimo entre a publicação do edital e
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a data do recebimento das propostas. Tal lapso de tempo possui como principal ob-
jetivo assegurar aos particulares participantes o conhecimento de todas as normas
do edital, possibilitando assim que as propostas sejam apresentadas em sintonia
com a viabilidade econômica da empresa.
Dessa forma, os §§ 3º e 4º do artigo 21 da Lei n. 8.666/1993 estabelecem que
a contagem dos prazos a serem observados entre a publicação do edital e a apre-
sentação das propostas deve ser iniciada a cada nova publicação da administração
pública, tal como ocorre com as retificações ou adendos.
Quando, no entanto, a alteração promovida não apresentar prejuízos aos par-
ticulares (tal como ocorre com as simples correções de erros formais), não há a
necessidade de nova abertura de prazo.
§ 3º Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponi-bilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde.§ 4º Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inques-tionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
Vejamos os prazos que devem ser observados entre a data da publicação do
edital (ou da última alteração promovida) e a data de recebimento das propostas:
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Tempo mínimo entre a publicação do edital e o recebimento das pro-
postas
Modalidade Modalidade
45 dias Concurso.
Concorrência, quando for adotado o regime de empreitada integral ou
quando a licitação for do tipo melhor técnica ou téc-
nica e preço.
30 dias Concorrência, nos demais casos.
Tomada de preço, quando a licitação for do tipo
melhor técnica ou técnica e preço.
15 diasTomada de preço, nas
demais situações.Leilão.
5 dias úteis Convite.
4.1. Concorrência
A Lei das Licitações define concorrência como “a modalidade de licitação en-
tre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar,
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edi-
tal para execução de seu objeto” (art. 22, § 1º).
Trata-se a concorrência da modalidade de licitação mais complexa dentre as
previstas na Lei n. 8.666/1993, possuindo como principais características a ampla
publicidade, a possibilidade de qualquer interessado participar de seu cer-
tame e o fato de ser utilizada, entre outras hipóteses, em contratos de grande
vulto.
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Uma das principais características da concorrência é a necessidade de habili-
tação prévia para a análise da proposta apresentada pelo licitante. Assim, antes
da abertura dos envelopes contendo o teor das propostas, a comissão de licitação
verificará se estes atendem ou não aos requisitos de habilitação previstos em lei.
Em caso positivo, os envelopes serão abertos. Em caso negativo, o licitante será
considerado inabilitado e não poderá participar do procedimento.
Nesse sentido, cinco são os critérios de habilitação que podem ser levados em
conta para efeito de verificação da regularidade dos licitantes, conforme se observa
pela leitura do artigo 27 da Lei n. 8.666/1993:
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a:I – habilitação jurídica;II – qualificação técnica;III – qualificação econômico-financeira;IV – regularidade fiscal e trabalhista;V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal
A habilitação jurídica relaciona-se com a capacidade da empresa em adquirir
direitos e contrair obrigações. A qualificação técnica, com o fato de o particular
contratado reunir todos os requisitos técnicos necessários para a correta execução
do bem ou do serviço contratado. A qualificação econômico-financeira, com a
capacidade da empresa possuir fluxo de caixa para adquirir os bens necessários à
execução do contrato. A regularidade fiscal, com o fato de a empresa estar em
dia com todos os fiscos (federal, estaduais e municipais).
Nesse mesmo sentido, a regularidade trabalhista relaciona-se com a obrigação
da empresa em pagar todas as verbas devidas aos seus funcionários.
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Por fim, o artigo 7º, XXXIII, da Constituição Federal, proíbe que as empre-
sas admitam o trabalho “noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoi-
to e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição
de aprendiz, a partir de quatorze anos”.
Em determinadas situações, independentemente do valor do objeto a ser licita-
do, o Poder Público obrigatoriamente deverá fazer uso da modalidade concorrência.
Nessas situações, o objetivo, com a realização da concorrência, é conferir um maior
controle ao procedimento licitatório, uma vez que a concorrência, por exigir a ha-
bilitação preliminar como condição para a participação no procedimento, assegura
um maior formalismo a todos os atos decorrentes da licitação.
São as seguintes as situações em que a concorrência é obrigatória:
• na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado os imóveis adquiri-
dos por dação em pagamento ou procedimento judicial, quando poderão ser
utilizadas as modalidades concorrência ou leilão;
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• nas concessões de direito real de uso;
• nas concessões de serviço público;
• nas licitações internacionais, admitindo-se, neste caso, observados os li-
mites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser
de cadastro internacional de fornecedores ou o convite, quando não houver
fornecedor do bem ou serviço no País;
• para o sistema de registro de preços.
(FGV/TJ/TRE-PA/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2011) Assinale a alterna-
tiva que corresponde à modalidade de licitação entre quaisquer interessados que,
na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos
de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
a) tomada de preços
b) convite
c) concurso
d) pregão presencial
e) concorrência
Letra e.
Trata-se da definição de concorrência, conforme previsão da Lei n. 8.666/1993.
Art. 22.§ 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualifica-ção exigidos no edital para execução de seu objeto.
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4.2. Tomada de Preços
Tomada de preços é a modalidade de licitação “entre interessados devida-
mente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das pro-
postas, observada a necessária qualificação” (art. 22, § 2º).
No âmbito da tomada de preços, encontramos algumas regras que não são en-
contradas nas demais modalidades licitatórias, tal como o fato de o particular, para
poder participar da licitação, obrigatoriamente ter que estar cadastrado até três
dias antes da entrega das respectivas propostas.
Dessa forma, a habilitação é feita com o próprio cadastramento, sendo nesse
momento que a autoridade competente verifica se a empresa atende a todos os
requisitos necessários para, em caso de sagrar-se vencedora da licitação, poder
contratar com o Poder Público.
No entanto, a participação na tomada de preços não se restringe às empresas
cadastradas, sendo assegurada, também, àquelas que atenderem às condições
exigidas para cadastramento com antecedência mínima de três dias antes da data
do recebimento das propostas.
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É importante mencionar que a tomada de preços é passível de utilização nas
licitações internacionais (em que a regra é a concorrência), bastando para tal que
sejam preenchidos dois requisitos:
• o órgão disponha de cadastro internacional de fornecedores;
• o contrato a ser celebrado esteja dentro dos limites de valor para a respectiva
modalidade.
4.3. Convite
Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente
ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número
mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apro-
priado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados
na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedên-
cia de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas (art. 22, § 3º).
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Assim, a regra é que pelo menos três interessados sejam convidados a parti-
cipar da licitação. No entanto, caso existam mais de três empresas pertinentes ao
mesmo ramo, e desde que essas estejam cadastradas na repartição, a cada
novo convite, a administração deverá convidar, pelo menos, mais um interessado
cadastrado que não tenha sido convidado na licitação anterior. E isso ocorrerá até
que não tenhamos mais empresas cadastradas que não tenham sido convidadas
em licitações anteriores.
No entanto, a obrigação da administração de chamar empresas pertinentes ao
mesmo ramo, não convidadas em licitações anteriores, restringe-se às empresas
cadastradas.
Aprendendo na Prática
A administração municipal resolve realizar licitação na modalidade convite com a
finalidade de selecionar um fornecedor de água mineral para todas as repartições
públicas municipais.
Poderão participar da licitação em questão tanto as empresas cadastradas quanto
as que ainda não possuem cadastro no Poder Público. Assim, após a publicação
da carta-convite, a administração convida um número mínimo de três particulares
para participar da licitação, podendo ser já cadastrados ou não.
Adicionalmente, a participação no convite será estendida a todos os interessados
que manifestem sua vontade com a antecedência mínima de 24 horas antes da
apresentação das propostas. Tal prerrogativa, no entanto, é assegurada apenas aos
previamente cadastrados.
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Assim, as empresas que não estejam cadastradas e que não sejam convidadas
pelo Poder Público não poderão participar da licitação na modalidade convite.
Por outro lado, caso estejamos diante de uma situação em que a administra-
ção não consiga o mínimo de três empresas para convidar, ainda assim poderá ser
realizada a licitação. No entanto, a impossibilidade de encontrar três interessados
pertinentes ao ramo da licitação deverá ser justificada nos autos do processo, sob
pena de todo o procedimento ser anulado.
Outra característica importante do convite é que nessa modalidade não temos
um edital, tal como ocorre nas demais modalidades, mas sim uma simples carta-
-convite, que não precisa ser publicada no respectivo diário oficial. Salienta-se, no
entanto, que ainda assim deve haver a observância do princípio da publicidade, de
forma que o que está dispensado, no âmbito da modalidade convite, é a publicação
na imprensa oficial.
Assim, como forma de observância da publicidade, a carta-convite deve ser afi-
xada na repartição pública que está realizando a licitação, oportunidade em que o
respectivo ato passará a produzir efeitos no universo jurídico.
Outra peculiaridade da modalidade convite é que o prazo entre a publicação da
carta-convite e a data do recebimento das propostas é contado em dias úteis, ao
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contrário do que ocorre com as demais modalidades licitatórias previstas na Lei n.
8.666/1993. Logo, uma vez publicada a carta-convite, o prazo mínimo para recebi-
mento das propostas é de 5 dias úteis.
4.4. Leilão
Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda
de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmen-
te apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis adqui-
ridos por meio de dação em pagamento ou procedimento judicial, a quem
oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação (art. 22, § 5º).
Do conceito da modalidade, observa-se que três são as situações que dão ense-
jo à utilização do leilão, sendo elas:
a) venda de bens móveis inservíveis para a administração
Nessa situação, o Poder Público, independentemente da esfera, deseja vender
bens móveis que não mais estejam em condições de utilização pela respectiva re-
partição pública.
Aprendendo na Prática
Como exemplo de bens imóveis inservíveis para utilização do Poder Público temos
mesas, estantes e balcões que foram substituídos por novos modelos em decorrên-
cia da necessidade do atendimento dos requisitos de acessibilidade.
b) venda de produtos legalmente apreendidos ou penhorados
Como a finalidade do Poder Público é assegurar o bem-estar da coletividade,
pode a administração, em determinadas situações, limitar um direito individual em
prol da coletividade.
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Em decorrência do poder de polícia, a administração realiza a fiscalização de diver-
sos estabelecimentos comerciais. Uma vez tendo encontrado produtos sem a cor-
respondente nota fiscal, procede o Poder Público à respectiva apreensão das mer-
cadorias, que poderão, observadas as normas legais, ser vendidas a terceiros.
c) alienação de bens imóveis adquiridos por meio de dação em paga-
mento ou de procedimento judicial
Em ambas as situações, o Poder Público recebe bens imóveis do particular como
forma de pagamento de dívidas anteriormente existentes.
Logo, nada mais natural do que a alienação dos bens recebidos, possibilitando
assim que o Poder Público aufira renda com a respectiva alienação.
É importante salientar que a alienação de bens móveis, tanto quando decorren-
tes de dação em pagamento como nas hipóteses de procedimento judicial, poderá
ser realizada por meio de leilão ou por meio de concorrência. Nas duas modalida-
des, faz-se necessária a avaliação prévia, por parte da administração, dos bens a
serem alienados, bem como a comprovação da necessidade ou utilidade da aliena-
ção.
No leilão, após o agendamento da data para a realização do certame, os parti-
cipantes comparecem para oferecer seus lances, que não podem ser inferiores ao
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inicialmente avaliado pelo Poder Público. Nota-se, dessa forma, que no âmbito das
licitações realizadas sob a modalidade leilão, o tipo de licitação será sempre o de
maior lance.
A Lei n. 8.666/1993 estabelece, em seu artigo 53, um pequeno regramento de
como deve ser realizada a licitação na modalidade leilão.
Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela Ad-ministração, procedendo-se na forma da legislação pertinente.§ 1º Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela Administração para fixação do preço mínimo de arrematação.§ 2º Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual estabelecido no edital, não inferior a 5% (cinco por cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilão, imediatamente entregues ao arrematante, o qual se obrigará ao paga-mento do restante no prazo estipulado no edital de convocação, sob pena de perder em favor da Administração o valor já recolhido.§ 3º Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela à vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas.§ 4º O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, principalmente no Município em que se realizará.
Aprendendo na Prática
Realizado o leilão e tendo ocorrido a alienação de um bem, deve o seu arrema-
tante (que é a pessoa que adquire o bem) pagar o valor ofertado à vista, ou, caso
haja previsão no edital, do valor do parcelamento, que, em qualquer hipótese, não
poderá ser inferior a 5% do valor oferecido.
Nos leilões internacionais, o prazo para o pagamento do valor à vista será de 24
horas, tempo necessário para a conversão da moeda e demais trâmites legais.
4.5. Concurso
Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha
de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou
remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na
imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias (art. 22,
§ 4º).
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Inicialmente, nota-se que o concurso é uma exceção quanto à restrição de valo-
res. Enquanto na maioria das demais modalidades licitatórias, faz-se necessária a
observância das regras relativas aos valores, no concurso tal restrição não existe,
sendo que o que determina sua utilização não é o valor, mas sim a natureza da
atividade.
Da mesma forma, a modalidade concurso é uma exceção quanto ao tipo de lici-
tação, sendo que tal modalidade é a única em que nenhum dos tipos previstos em
lei serão aplicados.
Ambas as peculiaridade existem uma vez que se objetiva, com a realização da
licitação na modalidade concurso, a escolha de um trabalho técnico, artístico ou
científico. Logo, das modalidades previstas, o concurso é a que mais leva em conta,
para a escolha do seu resultado, uma parcela subjetiva de avaliação. No entanto,
ainda assim o Poder Público deverá pautar sua escolha com base no princípio do
julgamento objetivo.
Aprendendo na Prática
A administração realiza licitação na modalidade concurso com a finalidade de sele-
cionar um novo layout para as correspondências oficiais. Para a escolha, é formada
uma comissão composta por autoridades que entendam do trabalho em questão.
Assim, para a escolha, cada membro da comissão dará o seu parecer, levando
em conta aspectos pessoais seus (caráter subjetivo). Ainda assim, o julgamento
deverá pautar-se em critérios que estejam previamente descritos no edital da lici-
tação (caráter objetivo).
Estabelece o artigo 52 da Lei n. 8.666/1993 que a licitação na modalidade con-
curso deverá pautar-se em regras previstas em regulamento próprio, que deverá
prever uma série de características:
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Art. 52. O concurso a que se refere o § 4º do art. 22 desta Lei deve ser precedido de regulamento próprio, a ser obtido pelos interessados no local indicado no edital.§ 1º O regulamento deverá indicar:I – a qualificação exigida dos participantes;II – as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho;III – as condições de realização do concurso e os prêmios a serem concedidos.
Frisa-se que a comissão que avaliará os trabalhos apresentados no âmbito dos
concursos poderá ser composta tanto por servidores quanto por terceiros que não
possuam vínculo com o Poder Público, devendo, para tal, possuir reputação ilibada
e reconhecido conhecimento da matéria em exame.
Como é possível notar, o concurso é uma exceção a diversas características pre-
sentes nas demais modalidades. Assim, para facilitar o conhecimento, elenca-se
abaixo as características dessa modalidade licitatória:
(FGV/ANAL. JUD./TJ-GO/ESPECIALIZADA/ENGENHARIA CIVIL/2014) A Lei Federal
n. 8.666/1993 institui normas para licitações e contratos da Administração Pública.
Segundo esse instrumento legal, a modalidade de licitação entre quaisquer inte-
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ressados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a insti-
tuição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes
de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta
e cinco) dias, é:
a) concorrência;
b) concurso;
c) tomada de preços;
d) leilão;
e) convite.
Letra b.
A modalidade em questão é o concurso, conforme previsão da Lei das Licitações.
Art. 22.§ 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remu-neração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
5. Dispensa da Realização de Licitação
Ainda que a regra seja a realização da licitação para todas as aquisições reali-
zadas pela administração pública, a Lei n. 8.666/1993 confere, em determinadas
situações, a possibilidade de termos a dispensa de licitação, situações em que o
Poder Público poderá contratar diretamente com o particular.
Tais situações são divididas nas hipóteses de licitação dispensável, dispensada
e inexigível.
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5.1. Licitação Dispensada
As situações em que temos a licitação dispensada estão estipuladas no artigo
17 da Lei n. 8.666/1993. São casos bem específicos e que estão relacionados, ba-
sicamente, com órgãos da administração pública.
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:Quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades pa-raestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:a) dação em pagamento;b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo;c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;d) investidura;e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo;f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetiva-mente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei n. 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição;h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de que trata o § 1º do art. 6º da Lei n. 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos legais; e
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Quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos se-guintes casos:a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pú-blica;c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação espe-cífica;d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Adminis-tração Pública, em virtude de suas finalidades;f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administra-ção Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
As situações de licitação dispensada são exceções à regra da necessidade de
licitação quando da alienação de bens móveis e imóveis pertencentes ao Poder Pú-
blico.
Quando a alienação envolver bens móveis, deve haver a avaliação prévia (que
é realizada pela administração) e, como regra, ser realizada a licitação. Como ex-
ceção, temos as situações em que não poderá ocorrer o procedimento licitatório.
Quando a alienação envolver bens imóveis, dependerá de avaliação prévia e da
realização de licitação na modalidade concorrência. Além disso, quando os bens
forem pertencentes à administração direta ou a autarquias e fundações públicas,
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deverá haver a autorização legislativa. A necessidade de licitação, em caráter de
exceção, poderá ser dispensada em diversas oportunidades.
Nas hipóteses caracterizadas como exceção ao dever de licitar, estaremos dian-
te da licitação dispensada, de forma que o Poder Público não poderá realizar o pro-
cedimento licitatório.
5.2. Licitação Inexigível
Casos de inexigibilidade são situações em que não há a viabilidade para a com-
petição, não restando alternativa para a administração que não seja a contratação
direta.
São apenas três as situações apresentadas, conforme previsão do artigo 25 da
Lei n. 8.666/1993. No entanto, as situações expressas na mencionada lei tratam-se
de uma lista meramente exemplificativa, de forma que outras situações em que
restar configurada a inviabilidade de competição também serão objeto de contrata-
ção direta com base na inexigibilidade.
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Vejamos as situações previstas na Lei das Licitações:
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:I – para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser forneci-dos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado for-necido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natu-reza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexi-gibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
Obs.:� os serviços técnicos relacionados no mencionado artigo 13 são os relativos a:
� I – estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
� II – pareceres, perícias e avaliações em geral;
� III – assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tribu-
tárias;
� IV – fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
� V – patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
� VI – treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
� VII – restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
� III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamen-
te ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica
especializada ou pela opinião pública.
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Em todas as três situações apresentadas, duas características se fazem presen-
tes: a exclusividade do prestador de serviço e a notória especialização da atividade
ou do profissional selecionado.
5.3. Licitação Dispensável
As hipóteses de licitação dispensável, ainda que tenham aumentado considera-
velmente após a edição da Lei n. 8.666/1993, constam de uma lista exaustiva, que
está expressa no artigo 24 da norma em questão, de seguinte teor:
Art. 24. É dispensável a licitação:I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite pre-visto na alínea “a”, do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
Nessa situação, estaremos diante de obras e serviços de engenharia com valor
global até R$ 33.000,00.
II – para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta
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Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;
No mesmo sentido, poderão ser contratados por meio de licitação dispensável
as compras e demais serviços com valor até R$ 17.600,00.
III – nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calami-tosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;VI – quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;VII – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superio-res aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 des-ta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços;VIII – para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produ-zidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;IX – quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos ca-sos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;X – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades pre-cípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;XI – na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequ-ência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;
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XII – nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas dire-tamente com base no preço do dia;XIII – na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional especí-fico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifes-tamente vantajosas para o Poder Público;XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de auten-ticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.XVI – para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específicoXVII – para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, jun-to ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia;XVIII – nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, em-barcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas se-des, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguida-de dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea “a” do inciso II do art. 23 desta Lei: (Até R$ 176 mil)XIX – para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de mate-riais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padroni-zação requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;XX – na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucra-tivos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão de obra, desde que o preço con-tratado seja compatível com o praticado no mercado.XXI – para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23;XXII – na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica;
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XXIII – na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado.XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades con-templadas no contrato de gestão.XXV – na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica – ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida.XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de coope-ração.XXVII – na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais reciclá-veis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública.XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, median-te parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão.XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exte-rior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou execu-tante e ratificadas pelo Comandante da Força.XXX – na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei federal.XXXI – nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contra-tação dela constantes.XXXII – na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estra-tégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei n. 8.080, de 19 de se-tembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica.XXXIII – na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementa-ção de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água.
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XXXIV – para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos
estratégicos para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou
estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública direta,
sua autarquia ou fundação em projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimen-
to institucional, científico e tecnológico e estímulo à inovação, inclusive na gestão ad-
ministrativa e financeira necessária à execução desses projetos, ou em parcerias que
envolvam transferência de tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único de
Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse
fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado.
XXXV – para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de estabeleci-
mentos penais, desde que configurada situação de grave e iminente risco à segurança
pública.
Nas situações de licitação dispensável, a administração pode escolher entre rea-
lizar a licitação ou contratar diretamente com o particular. Dessa forma, a licitação
dispensável, ao contrário do que ocorre com as situações de licitação dispensada e
inexigível, trata-se de um ato discricionário.
As principais características das três hipóteses de dispensa podem ser resumi-
das no quadro a seguir:
Licitação inexigível Licitação dispensável Licitação dispensada
Ocorre quando a lici-tação é juridicamente
impossível
Licitação é possível, mas a lei faculta à administração escolher entre licitar ou contratar diretamente
Licitação é impossibilitada, devendo a administração
contratar diretamente
Situações exemplifica-tivas
Situações taxativas Situações taxativas
Motivação obrigatória Motivação obrigatória Motivação obrigatória
Ato vinculado Ato discricionário Ato vinculado
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6. Etapas da Licitação
Ainda que a Lei n. 8.666/1993 não mencione expressamente quais são as eta-
pas do procedimento licitatório, conseguimos identificar, pela leitura de seus arti-
gos, cada uma das etapas que compõem o procedimento.
É importante frisar que nem todas as modalidades licitatórias previstas na Lei n.
8.666/1993 apresentam o mesmo número de etapas. E isso decorre de um critério
bastante lógico, uma vez que, se todas as etapas fossem as mesmas em todas as
modalidades, não teríamos razão para a previsão legal de diversas modalidades
licitatórias.
Tratam-se as etapas da licitação, dessa forma, de uma maneira de diferenciar o
procedimento a ser seguido no âmbito de cada modalidade. Nesse sentido, pode-se
afirmar que a ideia do legislador, ao estabelecer várias modalidades de licitação foi
a de simplificar o processo em determinados casos e torná-lo mais complexo em
outras situações.
Prova disso é que a concorrência, modalidade de licitação mais complexa dentre
as existentes na Lei n. 8.666/1993, é a que apresenta todas as etapas aqui estu-
dadas. Para efeitos de prova, as bancas não fazem menção, quando exigem uma
questão sobre as etapas da licitação, acerca de qual modalidade está sendo utiliza-
da, bastando que o candidato memorize as características de cada uma das etapas.
É importante diferenciarmos as etapas da licitação das fases do procedimento.
Enquanto as fases são divididas em interna e externa, as etapas são os atos que,
reunidos, compõem todo o procedimento licitatório.
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6.1. Fase Interna
A fase interna pode ser conceituada como todas as medidas e atos praticados
pela administração antes da publicação do edital. Por isso mesmo, pode-se dizer
que a fase interna da licitação termina quando ocorre a publicação do edital.
A Lei n. 8.666/1993 menciona, em seu artigo 38, a fase interna da licitação:
Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo adminis-trativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respec-tiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa (...)
Como exemplos de atos que compõem a fase interna da licitação, temos a ve-
rificação orçamentária dos recursos necessários para a contratação, a escolha da
melhor modalidade a ser utilizada, a elaboração do edital, a designação dos mem-
bros que irão compor a comissão de licitação e a descrição do objeto a ser licitado,
dos prazos e condições de pagamento e dos requisitos necessários para que os
particulares interessados possam vir a apresentar propostas.
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Observa-se, assim, que todos os atos possuem em comum a característica de
serem praticados em momento anterior à publicação do edital.
6.2. Fase Externa
Com a publicação do edital, os particulares tomam conhecimento da intenção
do Poder Público em contratar algum bem ou serviço. Trata-se a publicidade de
condição necessária para que o instrumento convocatório possa produzir todos os
efeitos perante terceiros.
No entanto, nem todas as modalidades apresentam propriamente um edital.
Nas licitações realizadas por meio da modalidade convite, conforme anteriormente
demonstrado, teremos o instrumento convocatório por meio de uma carta-convite,
que não precisará ser publicada na imprensa oficial, mas apenas afixada no recinto
da repartição. Ainda assim, conforme já demonstrado, a publicidade estará sendo
cumprida.
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6.2.1. Abertura
A abertura de todo o procedimento de licitação ocorre com a publicação do edi-
tal. Antes do edital, todas as deliberações da administração acerca da necessidade
de licitar são tomadas internamente. Com a publicação do edital, todas as pessoas
passam a ter conhecimento de que aquela repartição pública está querendo licitar.
Costuma-se mencionar que o edital é a lei entre as pessoas que dele participam,
ficando a administração pública obrigada a seguir todas as normas nele previstas,
em plena consonância com o princípio da vinculação ao instrumento convocatório.
Dessa forma, uma série de informações deve, obrigatoriamente, estar presente
dos editais de licitação, sendo elas (art. 40):
Art. 40.I – objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;II – prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, para execução do contrato e para entrega do objeto da licitação;III – sanções para o caso de inadimplemento;IV – local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;V – se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido;VI – condições para participação na licitação e forma de apresentação das propostas;VII – critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;VIII – locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;IX – condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais;X – o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência;XI – critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apre-sentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela;
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XIII – limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, eta-pas ou tarefas;XIV – condições de pagamento;XV – instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei;XVI – condições de recebimento do objeto da licitação;XVII – outras indicações específicas ou peculiares da licitação.
A Lei das Licitações confere a qualquer cidadão a possibilidade de impugnar
as normas contidas no edital de licitação. Para tal, a impugnação deverá ser feita
dentro do prazo de 5 dias úteis antes da data fixada para a abertura dos
envelopes de habilitação.
Feito isso, dispõe a administração do prazo de 3 dias úteis para julgar e res-
ponder a impugnação.
6.2.2. Habilitação
A fase da habilitação é aquela em que a administração verifica a documenta-
ção e demais requisitos dos licitantes, sendo feita, em regra, antes da análise das
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propostas. Com a habilitação preliminar, o Poder Público realiza o controle de toda
a documentação apresentada pelos particulares. Em caso de irregularidade, será o
licitante inabilitado e impossibilitado de participar da licitação.
Dessa forma, a fase da habilitação existe justamente para evitar que um pos-
sível vencedor da licitação estivesse impedido de assinar o contrato administrativo
em virtude de alguma irregularidade encontrada após o resultado da licitação.
Aprendendo na Prática
No decorrer de uma licitação, cinco licitantes apresentam suas propostas. Como
forma de controle, a administração procede, inicialmente, à verificação de toda a
documentação apresentada pelos cinco particulares.
Caso encontre alguma irregularidade, deverá declarar a exclusão do respectivo
particular, sendo que a sua proposta sequer será conhecida.
Assim, a habilitação prévia é condição necessária para o conhecimento da proposta
apresentada pelo respectivo licitante.
Não há como negar, no entanto, que a fase da habilitação preliminar, ainda que
represente um importante meio de controle, acaba tendo como consequência a
morosidade de todo o procedimento. Como forma de conferir maior celeridade à
tramitação das licitações, veio à tona uma nova modalidade licitatória, denominada
pregão e destinada à aquisição de bens e serviços comuns.
No pregão, uma das principais características é a inversão das fases da licita-
ção, de forma que a administração apenas verifica os requisitos de habilitação com
relação ao licitante vencedor. Caso o mesmo seja inabilitado, passa-se à análise do
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licitante que apresentou a segunda melhor proposta, e assim por diante, até que
se encontre uma proposta que atenda aos requisitos de habilitação.
Nas demais modalidades, no entanto, a regra continua sendo a mesma, ou seja,
a habilitação prévia dos licitantes.
6.2.3. Classificação e Julgamento
Publicado o edital e estando os licitantes com a documentação em situação re-
gular, é hora de a administração abrir os envelopes e verificar a melhor proposta.
Tal procedimento é realizado, em regra, por uma comissão de licitação institu-
ída para coordenar todos os trabalhos referentes ao procedimento. A exceção fica
por conta da modalidade convite, nas pequenas unidades administrativas, em que
a comissão, devido à exiguidade de pessoal, poderá ser substituída por um único
servidor.
Cumpre informar que a comissão de licitação deverá pautar sua escolha em
critérios objetivos. Portanto, qualquer questão de prova que mencione que a julga-
mento da licitação poderá se pautar em critérios subjetivos deverá sem considera-
da errada.
Isso vale até mesmo para a modalidade concurso, em que o objetivo da licita-
ção é escolher um trabalho técnico, artístico ou científico. Mesmo nesses casos, a
escolha do trabalho vencedor será pautada em critérios objetivos, que, em virtude
do princípio da vinculação ao instrumento convocatório, deverão estar previstos no
respectivo edital.
Como o julgamento sempre deve ser objetivo, a Lei n. 8.666/1993 estabelece
os critérios que serão adotados em caso de empate entre duas ou mais propostas.
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Nesse sentido, deve-se fazer uso do artigo 3º, § 2º, da mencionada lei, que assim
dispõe:
§ 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada prefe-rência, sucessivamente, aos bens e serviços:II – produzidos no País;III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras.IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvi-mento de tecnologia no País.V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
(FGV/ENG (FLORIANÓPOLIS)/PREF FLORIANÓPOLIS/ENGENHARIA CIVIL/2014)
Segundo a Lei n. 8.666/1993, a licitação destina-se a garantir a observância do
princípio constitucional da isonomia. Entretanto esse instrumento legal prevê que,
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em igualdade de condições, como critério de desempate será assegurada preferên-
cia aos bens e serviços:
a) produzidos no País;
b) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desen-
volvimento de tecnologia no País;
c) produzidos ou prestados por empresas brasileiras;
d) produzidos ou prestados por empresas que contraíram empréstimos junto ao
BNDES;
e) produzidos ou prestados por empresas estrangeiras.
Letra a.
O primeiro critério utilizado para desempatar a licitação (quando duas ou mais
propostas estiverem em igualdade de condições), será o fato dos bens e serviços
terem sido produzidos no país.
Art. 3º§ 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada prefe-rência, sucessivamente, aos bens e serviços:II – produzidos no País;
6.2.3.1. Licitação Deserta
A licitação deserta, como próprio nome sugere, ocorre nas situações em que
não aparecem interessados em participar da licitação. A administração publica o
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edital e cumpre todas as formalidades exigidas pela lei, mas não aparecem licitan-
tes com interesse em contratar com a respectiva repartição.
Nessa situação, poderá a administração considerar a licitação dispensável e
contratar diretamente com o fornecedor, motivando o respectivo ato de dispensa
com a informação de que não apareceram interessados na licitação anteriormente
realizada.
Por isso mesmo é que uma das hipóteses de licitação dispensável é justamente
na situação de termos licitação deserta (art. 24, V):
V – Quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas.
Aprendendo na Prática
A administração publica edital de licitação que possui como objeto a contratação de
equipamentos de informática. Cumpridas todas as formalidades, nenhum particular
apresentou proposta junto à repartição.
Nesse caso, caso o Poder Público verifique que a realização de uma nova licitação
poderá trazer prejuízos aos cofres públicos, deverá motivar o ato administrativo e
dispensar a realização de um novo procedimento, podendo, dessa forma, contratar
diretamente com outro fornecedor.
6.2.3.2. Licitação Fracassada
Já a licitação fracassada resta configurada quando aparecem interessados em
contratar com a administração, no entanto, as propostas apresentadas estão em
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desacordo com as normas do edital ou todos os licitantes foram inabilitados por não
atenderem às regras de habilitação.
Nessas situações, aplica-se o artigo 48, § 3º, da Lei n. 8.666/1993:
§ 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem des-classificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para três dias úteis.
Aprendendo na Prática
A administração publica edital de licitação com a finalidade de contratar diversos
materiais de expediente. No edital que regula o certame, o Poder Público estabele-
ce um valor máximo a ser pago aos particulares pelo fornecimento dos materiais.
Cinco são os licitantes que apresentam propostas. No momento de verificação dos
requisitos de habilitação, três deles são desclassificados por não atenderem aos
requisitos previstos no edital.
Dos licitantes restantes, as propostas apresentadas por ambos estão acima do
valor previsto no edital.
Em ambas as situações, estaremos diante de uma licitação fracassada, ou seja,
que mesmo tendo interessados em contratar com o Poder Público, não pode ser
concretizada.
Nesse caso, a administração poderá abrir o prazo de 8 dias para que os licitantes
sanem as irregularidades apresentadas. Em caso de convite, o prazo poderá ser de
3 dias.
Para não restar dúvidas entre a licitação deserta e a licitação fracassada:
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6.2.4. Homologação e Adjudicação
Escolhida a proposta mais vantajosa para a administração pública, tem-se que
os trabalhos da comissão de licitação estão encerrados.
Com isso, a respectiva comissão encaminha todo o processo e documentação
pertinente para a autoridade competente, que irá homologar o procedimento de
licitação (atestando que não houve irregularidades nos trabalhos da comissão e
que todas as normas legais foram respeitadas) e adjudicar o objeto da licitação ao
detentor da proposta classificada em primeiro lugar.
A adjudicação, dessa forma, é o último ato do procedimento de licitação.
No entanto, como mencionado, a adjudicação não é garantia de que a adminis-
tração irá contratar com o respectivo vencedor. Representa apenas uma garantia
para o detentor da melhor proposta, de forma que, caso a administração resolva
contratar ou adquirir o objeto da licitação, obrigatoriamente deverá fazê-lo com o
licitante que apresentou a melhor proposta.
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7. Anulação e Revogação
Os conceitos de anulação e revogação em muito se assemelham aos utiliza-
dos quando do estudo dos atos administrativos. Dessa forma, teremos anulação
quando o processo licitatório apresentar alguma ilegalidade, e revogação quando o
Poder Público verificar, por razões de conveniência e oportunidade, que o procedi-
mento deve ser retirado do mundo jurídico.
Na anulação, teremos um ato vinculado da administração, que, ao se deparar
com uma situação ilegal, deve, obrigatoriamente, anular todo o procedimento. Na
revogação, estaremos diante de um ato facultativo, que, por isso mesmo, pode ou
não ser realizado, observando-se, nessa decisão, o interesse da administração.
A anulação caracteriza-se por possuir efeitos retroativos, de forma que tudo
aquilo que foi produzido (com a ressalva dos terceiros de boa-fé) deve ser retirado
do universo jurídico. Possui a anulação, dessa forma, efeitos ex-tunc. A revoga-
ção, por sua vez, opera de forma prospectiva, sendo que os efeitos já produzidos
continuarão em vigor. Por isso mesmo, menciona-se que tal forma de desfazimento
possui eficácia ex-nunc.
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No âmbito das licitações, os conceitos de anulação e de revogação encontram
respaldo no artigo 49 da Lei n. 8.666/1993:
Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer es-crito e devidamente fundamentado.
Como a consequência do procedimento licitatório é a celebração de um contrato
administrativo, a eventual anulação da licitação acarretará a anulação do contrato
dela decorrente.
No que se refere à revogação, a particularidade trazida pela Lei n. 8.666/1993
é no sentido de haver necessidade, para a utilização dessa forma de desfazimento,
do interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado.
Tal característica ganha importância na medida em que permite a distinção entre a
utilização da revogação no âmbito das licitações daquela utilizada nos atos admi-
nistrativos.
Aprendendo na Prática
A administração municipal instaura procedimento licitatório com a finalidade de
adquirir equipamentos ergonômicos para a utilização de seus servidores.
Em momento posterior, tal ente verifica que, devido a cortes nos repasses públicos,
deixará de receber um percentual significativo em comparação com o ano anterior,
de forma que a viabilidade financeira do município estará prejudicada caso ocorra
a contratação de tais bens.
Consequentemente, em razão do interesse público, a administração revoga o pro-
cedimento licitatório.
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Nota-se, assim, que a revogação da licitação apenas será possível quando esti-
vermos diante de um fato superveniente (ocorrido em momento posterior) devida-
mente comprovado.
Tanto a anulação quanto a revogação geram o direito, para o particular, da uti-
lização das garantias do contraditório e da ampla defesa. No entanto, os tribunais
superiores possuem entendimento consolidado no sentido de que a revogação,
quando ocorrida antes da adjudicação do bem licitado, não gera o direito ao con-
traditório e à ampla defesa ao particular.
Nessas situações, de acordo com os tribunais superiores, o procedimento lici-
tatório ainda está em curso, podendo, por isso mesmo, ser revogado pelo Poder
Público, uma vez que não gerou direito adquirido para os seus participantes.
De acordo com esse entendimento, merece destaque a decisão do STJ (7017-DF):
Revogação de licitação em andamento com base em interesse público devidamente justificado não exige o cumprimento do § 3º, do art. 49, da Lei n. 8.666/1993/93. Só há aplicabilidade do § 3º, do art. 49, da Lei n. 8.666/1993/93, quando o procedimento licitatório, por ter sido concluído, gerou direitos subjetivos ao licitante vencedor (adjudi-cação e contrato) ou em casos de revogação ou de anulação onde o licitante seja apon-tado, de modo direto ou indireto, como tendo dado causa ao proceder o desfazimento do certame.
Caso, no entanto, a licitação já esteja concluída, o entendimento majoritário é
de que a revogação sempre dará direito às garantias do contraditório e da ampla
defesa.
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12. Pregão
Inicialmente, a modalidade pregão era utilizada apenas pelas agências regula-
doras. Posteriormente – e devido à grande celeridade que esta nova modalidade
apresentou – o pregão foi estendido para toda a administração pública.
Atualmente, temos que o pregão é obrigatório na aquisição de bens e serviços
comuns no âmbito da União, mas facultativo na utilização desses mesmos bens e
serviços quando estamos diante dos demais entes federativos.
Ainda que a administração faça uso da modalidade pregão, cumpre salientar
que, subsidiariamente, as disposições da Lei n. 8.666/1993 continuam sendo apli-
cadas para as aquisições decorrentes dessa nova modalidade.
As regras previstas para tal modalidade licitatória encontram amparo na Lei n.
10.520/2002, sendo que três são as características do pregão que merecem desta-
que: a) aquisição de bens e serviços comuns; b) inversão das fases da licitação; c)
divisão da fase do julgamento.
12.1. Aquisição de Bens e Serviços Comuns
No artigo 1º da Lei n. 10.520/2002 encontramos a finalidade do pregão, que,
conforme se observa, é o de adquirir bens e serviços comuns.
Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.
Os bens e serviços comuns podem ser conceituados como todos aqueles cujos
padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos no edital,
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tais como a aquisição de materiais de expediente ou de serviços de manutenção de
computadores.
Em todas essas situações, verifica-se que os bens podem facilmente ser men-
surados com base nos dados do mercado. Com isso, os padrões de desempenho e
a qualidade dos bens podem ser definidos de forma objetiva no edital, facilitando a
compreensão por parte dos interessados em participar da modalidade.
12.2. Inversão das Fases da Licitação
Como estudamos nas demais modalidades de licitação (previstas na Lei n.
8.666/1993), a licitação é um procedimento composto por diversas etapas ou fa-
ses, sendo que, para tais modalidades, temos primeiramente a habilitação de todos
os participantes (o que implica na conferência da documentação) para só então
partirmos para a fase das propostas.
Percebe-se, assim, que diversos são os licitantes que possuem seus documen-
tos conferidos, mas apenas um deles é o vencedor.
Para resolver tal morosidade, a Lei n. 10.520/2002, ao estipular as regras per-
tinentes ao pregão, tratou de colocar como uma de suas principais características
a inversão das fases da licitação, de forma que apenas será conferida a documen-
tação do licitante que efetivamente vencer a licitação.
Caso o licitante vencedor não apresente a documentação legal exigível (ou caso
possua a mesma em situação irregular), o pregoeiro analisará a documentação do
licitante detentor da segunda melhor proposta, e assim sucessivamente, até en-
contrar um licitante com a documentação regular.
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Tal procedimento foi um grande avanço e deixou as licitações muito mais céleres
e dinâmicas.
Aprendendo na Prática
Em uma licitação com base nas modalidades da Lei n. 8.666/1993, apenas será
verificada a proposta dos licitantes que estiverem com todas as habilitações em
dia. Assim, em um procedimento licitatório com 100 empresas, deverá ser conferi-
da a documentação de todas elas antes da abertura dos envelopes.
No pregão, caso essas mesmas 100 empresas estejam participando, elas primeiro
participam da fase das propostas, oportunidade em que uma delas será conside-
rada vencedora. Posteriormente é feita a conferência da documentação, que, ao
contrário do método tradicional, apenas recairá no licitante detentor da melhor
proposta.
Caso ele não esteja com a documentação regular, só então passa-se à análise da
documentação do segundo colocado, e assim por diante.
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12.3. Divisão da Fase de Julgamento
O julgamento das propostas apresentadas no pregão pode ser dividido em duas fases.
Recebidos os envelopes dos interessados em participar da licitação, o pregoeiro
abrirá todos os que forrem relativos às propostas, classificando-os por ordem de
menor preço (1ª Fase).
Em seguida, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços
até 10% (dez por cento) superior àquela poderão fazer novos lances verbais e su-
cessivos, até a proclamação do vencedor (2ª Fase).
Aprendendo na Prática
No âmbito de um pregão, a empresa Alfa apresentou uma proposta de R$ 100.000,00;
a empresa Beta, uma proposta de R$ 105.000,00; a empresa Delta, uma proposta
de R$ 109.000,00; e a empresa Ômega, uma proposta de R$ 112.000,00.
Nesse caso, a empresa que apresentou a melhor oferta (Alfa, com R$ 100.000,00)
e as que apresentaram propostas até 10% superior à proposta de alfa (as demais,
com exceção de Ômega) terão direito a apresentar novos lances, verbais e suces-
sivos, até que se chegue efetivamente ao menor preço.
Nesse sentido, duas das principais características da modalidade pregão são
levadas em consideração.
Em primeiro lugar, ao contrário do que ocorre com a maioria das modalidades
licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993, o pregão não possui um limite de valor,
de forma que os bens e serviços, desde que sejam comuns, poderão ser licitados
independentemente do valor.
Da mesma forma, as modalidades previstas na Lei n. 8.666/1993 possuem,
como critério de julgamento, diversos tipos de licitação (melhor técnica, técnica e
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preço, maior lance ou menor preço). No pregão, todas as licitações serão realizadas
tomando por base, para o seu julgamento, o critério do menor preço.
12.4. Fases do Pregão
Duas são as fases ou etapas do procedimento licitatório quando efetuado por
meio do pregão: fase preparatória e fase externa.
12.4.1. Fase Preparatória
A fase preparatória do pregão observará o seguinte:
I – a autoridade competente justificará a necessidade de contratação e definirá o ob-jeto do certame, as exigências de habilitação, os critérios de aceitação das propostas, as sanções por inadimplemento e as cláusulas do contrato, inclusive com fixação dos prazos para fornecimento;II – a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem a competição;III – dos autos do procedimento constarão a justificativa das definições referidas no inciso I deste artigo e os indispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem apoiados, bem como o orçamento, elaborado pelo órgão ou entidade promotora da lici-tação, dos bens ou serviços a serem licitados; eIV – a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição inclui,
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dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor.
12.4.2. Fase Externa
A fase externa do pregão será iniciada com a convocação dos interessados e
observará as seguintes regras:
I – a convocação dos interessados será efetuada por meio de publicação de aviso em diário oficial
do respectivo ente federado ou, não existindo, em jornal de circulação local, e facultativamente, por
meios eletrônicos e conforme o vulto da licitação, em jornal de grande circulação, nos termos do
regulamento de que trata o art. 2º;
II – do aviso constarão a definição do objeto da licitação, a indicação do local, dias e horários
em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital;
III – do edital constarão todos os elementos definidos na forma do inciso I do art. 3º, as normas
que disciplinarem o procedimento e a minuta do contrato, quando for o caso;
IV – cópias do edital e do respectivo aviso serão colocadas à disposição de qualquer pessoa para
consulta e divulgadas na forma da Lei n. 9.755, de 16 de dezembro de 1998;
V – o prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do aviso,
não será inferior a 8 (oito) dias úteis;
VI – no dia, hora e local designados, será realizada sessão pública para recebimento das pro-
postas, devendo o interessado, ou seu representante, identificar-se e, se for o caso, comprovar a
existência dos necessários poderes para formulação de propostas e para a prática de todos os de-
mais atos inerentes ao certame;
VII – aberta a sessão, os interessados ou seus representantes, apresentarão declaração dando
ciência de que cumprem plenamente os requisitos de habilitação e entregarão os envelopes conten-
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do a indicação do objeto e do preço oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e à verifica-
ção da conformidade das propostas com os requisitos estabelecidos no instrumento convocatório;
VIII – no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços
até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a
proclamação do vencedor;
IX – não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso anterior, pode-
rão os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer novos lances verbais e
sucessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos;
X – para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor preço, ob-
servados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e parâmetros mínimos
de desempenho e qualidade definidos no edital;
XI – examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, caberá ao
pregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua aceitabilidade;
XII – encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoeiro procederá à abertura
do invólucro contendo os documentos de habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta,
para verificação do atendimento das condições fixadas no edital;
XIII – a habilitação far-se-á com a verificação de que o licitante está em situação regular pe-
rante a Fazenda Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS,
e as Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, com a comprovação de que atende às
exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualificações técnica e econômico-financeira;
XIV – os licitantes poderão deixar de apresentar os documentos de habilitação que já constem
do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – Sicaf e sistemas semelhantes mantidos
por Estados, Distrito Federal ou Municípios, assegurado aos demais licitantes o direito de acesso aos
dados nele constantes;
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XV – verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado ven-
cedor;
XVI – se a oferta não for aceitável ou se o licitante desatender às exigências habilitatórias, o
pregoeiro examinará as ofertas subsequentes e a qualificação dos licitantes, na ordem de classifi-
cação, e assim sucessivamente, até a apuração de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo
licitante declarado vencedor;
XVII – nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o pregoeiro poderá negociar diretamente
com o proponente para que seja obtido preço melhor;
XVIII – declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e motivadamente
a intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para apresentação das
razões do recurso, ficando os demais licitantes desde logo intimados para apresentar contrarrazões
em igual número de dias, que começarão a correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes
assegurada vista imediata dos autos;
XIX – o acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos insuscetíveis de apro-
veitamento;
XX – a falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará a decadência do direito
de recurso e a adjudicação do objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor;
XXI – decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação do objeto da licitação
ao licitante vencedor;
XXII – homologada a licitação pela autoridade competente, o adjudicatário será convocado para
assinar o contrato no prazo definido em edital; e
XXIII – se o licitante vencedor, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não
celebrar o contrato, aplicar-se-á o disposto no inciso XVI.
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12.5. Vedações
Considerando que a ideia do legislador, ao instituir o pregão, foi tentar simplifi-
car ao máximo os procedimentos, nada mais justo do que a lei que regula tal mo-
dalidade estabelecer certas vedações à administração pública contratante.
Dessa forma, temos que, de acordo com o artigo 5º da Lei n. 10.520/2002:
Art. 5º É vedada a exigência de:I – garantia de proposta;II – aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participação no certame; eIII – pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, que não serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de tecnologia da informação, quando for o caso.
Aprendendo na Prática
No âmbito do pregão, ao contrário do que ocorre com a maioria das modalidades
licitatórias da Lei n. 8.666/1993, é vedada a exigência de garantia de proposta
como condição para participação no procedimento. Assim, se um licitante apresen-
tar uma proposta de R$ 100 mil, não terá a obrigação de depositar, como garantia,
um percentual desse valor.
12.6. Prazo de Validade das Propostas
Ainda de acordo com a Lei do Pregão, temos que a validade das propostas não
será superior a 60 dias, exceto se outro prazo estiver previsto no respectivo edital.
Nesse sentido é a disposição do artigo 6º da Lei n. 10.520/2002:
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Art. 6º O prazo de validade das propostas será de 60 (sessenta) dias, se outro não estiver fixado no edital.
É importante frisar que o edital do pregão pode perfeitamente apresentar outro
prazo para a validade das propostas. Caso seja omisso quanto a esse aspecto, deve
o Poder Público fazer uso do prazo de 60 dias.
Dentro desse prazo, o licitante que apresentou a melhor proposta, quando inti-
mado pelo Poder Público, possui a obrigação de firmar o contrato com a adminis-
tração. Após o mencionado prazo, deixa de valer a validade da proposta, de forma
que o licitante não possui mais a obrigação de celebrar o contrato administrativo.
As principais características do pregão podem ser resumidas no gráfico a seguir:
13. Sistema de Registro de Preços
Inicialmente, precisamos saber que o sistema de registro de preços (SRP), ain-
da que esteja previsto na Lei n. 8.666/1993, não se trata de uma nova modalidade
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de licitação, mas sim de um procedimento utilizado com a finalidade de garantir a
eficiência nas aquisições da administração pública.
Em seu artigo 15, a mencionada lei assim dispõe:
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:II – ser processadas através de sistema de registro de preços;§ 1º O registro de preços será precedido de ampla pesquisa de mercado.§ 2º Os preços registrados serão publicados trimestralmente para orientação da Admi-nistração, na imprensa oficial.§ 3º O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as pe-culiaridades regionais, observadas as seguintes condições:I – seleção feita mediante concorrência;II – estipulação prévia do sistema de controle e atualização dos preços registrados;III – validade do registro não superior a um ano.§ 4º A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as contra-tações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios, res-peitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.§ 5º O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando possível, de-verá ser informatizado.§ 6º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar preço constante do quadro geral em razão de incompatibilidade desse com o preço vigente no mercado.
O SRP, dessa forma, pode ser conceituado como o procedimento por meio do
qual a administração pública registra, após a realização da licitação, os preços ofer-
tados pelos fornecedores.
Para compreendermos a importância da adoção do sistema de registro de pre-
ços quando da realização de compras feitas pelo Poder Público, temos que, em um
primeiro momento, verificar como essas são realizadas pelo método tradicional.
Aprendendo na Prática
Digamos que um fisco qualquer deseje adquirir canetas para todas as agências,
delegacias e inspetorias que compõem o seu quadro organizacional. Caso a admi-
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nistração utilize a licitação por meio de algumas das modalidades previstas na Lei
n. 8.666/1993, ou então o pregão (uma vez que estamos diante de bem comum),
deverá ela realizar tal procedimento e estimar a quantidade de canetas que serão
utilizadas por todos os órgãos em um determinado período de tempo.
Não há como negar que a licitação, nesse caso, envolverá uma quantidade expres-
siva de canetas, não é mesmo? Além disso, muito provavelmente a Delegacia Cen-
tral receberia todo o material licitado e distribuiria às demais agências, delegacias e
inspetorias. Estas, ao receberem as canetas, deveriam estocar o material, uma vez
que apenas iriam receber novas canetas após um longo espaço de tempo.
Esse é o jeito tradicional por meio do qual o Poder Público processa suas com-
pras. Vejamos, agora, como a mesma compra ocorreria caso fosse adotado o siste-
ma de registro de preços.
Aprendendo na Prática
Com o SRP, a eficiência vem à tona: a administração, desejando comprar o mesmo
lote de canetas, procede à licitação (que pode ser realizada nas modalidades con-
corrência ou pregão). No entanto, em vez de adquirir imediatamente todos os obje-
tos licitados, o fornecedor que apresentar a melhor proposta deve se comprometer
a fornecer os bens licitados, durante o prazo contratual (até 1 ano), sempre que a
administração solicitar.
Logo, não há a necessidade de o Poder Público adquirir toda a quantidade de bens
licitados de uma só vez, mas sim apenas aqueles que forem necessários para a uti-
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lização em um curto espaço de tempo. Além disso, a administração pode resolver
não contratar com o fornecedor que tenha vencido a licitação, ou ainda adquirir
bens em uma quantidade menor do que a inicialmente prevista.
Isso ocorre porque o SRP, como já mencionado, é um mero procedimento de ca-
dastramento de fornecedores, não vinculando a administração à compra dos bens
licitados.
É importante salientar que o SRP se torna útil quando os bens e serviços a se-
rem adquiridos são utilizados com bastante frequência pelo Poder Público, uma vez
que é nessas situações que conseguimos verificar a eficiência proporcionada.
Aprendendo na Prática
Como exemplo, pode-se citar a desnecessidade da manutenção de grandes esto-
ques com os produtos licitados, situação que acontecia com bastante frequência
quando da utilização do procedimento tradicional de licitação.
Com isso, ganha o Poder Público, uma vez que deixa de realizar gastos com estoca-
gem de material e a perder materiais eventualmente vencidos ou danificados com
o passar do tempo.
O Decreto n. 7.892/2013, que regulamentou a forma como se dará o sistema
de registro de preços, apresenta as situações em que tal procedimento poderá ser
utilizado (art. 3º):
Art. 3º O Sistema de Registro de Preços poderá ser adotado nas seguintes hipóteses:I – quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contrata-ções frequentes;
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II – quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de tarefa;III – quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; ouIV – quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o quantitati-vo a ser demandado pela Administração.
Em todas as situações acima, tendo sido realizado o SRP, os preços oferecidos
pelo licitante vencedor devem ser consignados em uma ata, documento que vin-
cula o fornecedor aos eventuais “chamados” do Poder Público. Caso o licitante não
atenda o Poder Público dentro do prazo estabelecido, será a ele aplicada uma série
de sanções.
É importante esclarecer, porém, que essa vinculação é estabelecida apenas com
relação ao participante. Este, quando convocado a entregar uma determinada quan-
tidade de bens ou serviços anteriormente licitados, deve honrar com sua obrigação.
Por outro lado, tal vinculação não abrange a administração, que, ainda que te-
nha realizado SRP para ter um banco de dados com os possíveis fornecedores, pode
perfeitamente contratar o mesmo objeto com outro licitante ou até mesmo direta-
mente. A única ressalva fica por conta da obrigação da administração de contratar
com o licitante vencedor do SRP sempre que estivermos em igualdade de condições
com outro licitante.
Aprendendo na Prática
O Poder Público realiza registro de preços para uma grande quantidade de grampe-
adores de papel. Vence o fornecedor X. A administração registra o preço oferecido
por tal licitante e armazena em um banco de dados.
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Assim, sempre que necessitar de novos grampeadores, solicitará a quantidade ao
fornecedor, que terá a obrigação de entregar os mesmos pelo preço por ele ofere-
cido na licitação.
No entanto, pode a administração deixar de contratar com tal fornecedor, situação
em que poderá realizar licitação (não para SRP, mas sim para aquisição de bens,
que, no nosso caso, será por meio de pregão e pelo critério de menor preço).
Se o menor valor ofertado para esses bens for igual ou superior ao inicialmente
oferecido pelo licitante que venceu o SRP, a administração, aí sim, tem a obrigação
de contratar com tal licitante.
Tal situação está prevista no § 4º do artigo 15 da Lei n. 8.666/1993:
§ 4º A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as contra-tações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios, res-peitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.
Outro ponto de extrema importância é a modalidade de licitação que pode ser
utilizada na realização do sistema de registro de preços. De acordo com a Lei n.
8.666/1993, apenas a modalidade concorrência seria passível de utilização (§ 3º
do artigo 15).
§ 3º O sistema de registro de preços será regulamentado por decreto, atendidas as pe-culiaridades regionais, observadas as seguintes condições:I – seleção feita mediante concorrência;
No entanto, posteriormente à edição da Lei das Licitações, foi editada a Lei n.
10.520/2002, que estabeleceu a obrigatoriedade de licitação para a aquisição de
bens e serviços comuns, por meio da modalidade pregão.
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Com isso, hoje, temos duas modalidades e dois critérios que podem ser utiliza-
dos quando da realização do SRP, conforme disposição do Decreto n. 7.892/2013
(art. 7º e § 1º):
Art. 7º A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrên-cia, do tipo menor preço, nos termos da Lei n. 8.666, de 1993, ou na modalidade de pregão, nos termos da Lei n. 10.520, de 2002, e será precedida de ampla pesquisa de mercado.§ 1º O julgamento por técnica e preço, na modalidade concorrência, poderá ser excep-cionalmente adotado, a critério do órgão gerenciador e mediante despacho fundamen-tado da autoridade máxima do órgão ou entidade.
Entretanto, sempre que a administração realizar a licitação por meio de pregão,
o critério utilizado deverá ser obrigatoriamente o de menor preço. Quando a mo-
dalidade for a concorrência, aí sim os dois critérios poderão ser utilizados: menor
preço ou técnica e preço.
No que se refere ao prazo do SRP, tanto a Lei n. 8.666/1993 quando o Decreto
n. 7.892/2013 estabelecem que o prazo máximo de validade do instrumento, já
incluídas todas as suas prorrogações, é de 1 ano.
Da mesma forma, os contratos resultantes do procedimento, como decorrência
de um processo de licitação, são contratos administrativos, neles podendo incidir
todas as cláusulas exorbitantes que são próprias desse tipo de instrumento.
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14.1. A Sistemática dos “Caronas”
Situação interessante acontece com a possibilidade de os chamados “caronas”
fazerem uso da mesma ata de registro de preço utilizada por outro órgão. Tal hipó-
tese estava prevista no Decreto n. 3.931/2001 e possuía o seguinte teor:
A Ata de Registro de Preços, durante sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão ou entidade da Administração que não tenha participado do certame licitatório, mediante prévia consulta ao órgão gerenciador, desde que devidamente comprovada a vantagem.As aquisições ou contratações adicionais a que se refere este artigo não poderão ex-ceder, por órgão ou entidade, a cem por cento dos quantitativos registrados na Ata de Registro de Preços.
Funcionava assim: um órgão da administração realizava o SRP e constituía uma
base de dados com o licitante vencedor. Digamos, apenas a título de exemplo, que
o valor global orçado por este órgão fosse de R$ 20 milhões.
Posteriormente, fazendo uso do SRP já utilizado, outros órgãos da administra-
ção pública poderiam utilizar essa base de dados para suas próprias contratações.
Assim, se 30 outros órgãos pegassem “carona” no SRP já realizado, teríamos um
valor global, por órgão, que não excederia aos 20 milhões, mas que no total repre-
sentaria 600 milhões.
Objetivando coibir tal prática, o Decreto n. 7.892/2013 estabeleceu, em seu
artigo 22 e respectivos parágrafos, a seguinte regra:
Art. 22. Desde que devidamente justificada a vantagem, a ata de registro de preços, durante sua vigência, poderá ser utilizada por qualquer órgão ou entidade da adminis-tração pública federal que não tenha participado do certame licitatório, mediante anu-ência do órgão gerenciador.
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Assim, passou-se a contar com a obrigação de o órgão gerenciador (aquele que
participou originalmente do SRP) concordar com a participação de outros órgãos
para que a base de dados fosse passível de utilização por estes.
Os órgãos e entidades que não participaram do registro de preços, quando desejarem fazer uso da ata de registro de preços, deverão consultar o órgão gerenciador da ata para manifestação sobre a possibilidade de adesão.A manifestação do órgão gerenciador de que trata o § 1º fica condicionada à realização de estudo, pelos órgãos e pelas entidades que não participaram do registro de preços, que demonstre o ganho de eficiência, a viabilidade e a economicidade para a adminis-tração pública federal da utilização da ata de registro de preços, conforme estabelecido em ato do Secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.Caberá ao fornecedor beneficiário da ata de registro de preços, observadas as condições nela estabelecidas, optar pela aceitação ou não do fornecimento decorrente de adesão, desde que não prejudique as obrigações presentes e futuras decorrentes da ata, assu-midas com o órgão gerenciador e órgãos participantes.
Como o fornecedor contava com um número específico a ser entregue ao órgão
inicial, pode ocorrer do fornecimento do material em uma quantidade bastante
excessiva da inicialmente contratada não ser viável ao fornecedor. Logo, o forneci-
mento a outros órgãos depende da aceitação do fornecedor.
As aquisições ou as contratações adicionais de que trata este artigo não poderão ex-ceder, por órgão ou entidade, a cinquenta por cento dos quantitativos dos itens do instrumento convocatório e registrados na ata de registro de preços para o órgão geren-ciador e para os órgãos participantes.
Aqui, temos o primeiro dos limites: cada órgão apenas poderá contratar com o
fornecedor de outro SRP até o limite de 50% do inicialmente contratado.
O instrumento convocatório preverá que o quantitativo decorrente das adesões à ata de registro de preços não poderá exceder, na totalidade, ao dobro do quantitativo
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de cada item registrado na ata de registro de preços para o órgão gerenciador e para os órgãos participantes, independentemente do número de órgãos não partici-pantes que aderirem.Na hipótese de compra nacional:I – as aquisições ou as contratações adicionais não excederão, por órgão ou entidade, a cem por cento dos quantitativos dos itens do instrumento convocatório e re-gistrados na ata de registro de preços para o órgão gerenciador e para os órgãos participantes; eII – o instrumento convocatório da compra nacional preverá que o quantitativo decor-rente das adesões à ata de registro de preços não excederá, na totalidade, ao quíntu-plo do quantitativo de cada item registrado na ata de registro de preços para o órgão gerenciador e para os órgãos participantes, independentemente do número de órgãos não participantes que aderirem.
E, como forma de acabar com a prática desleal, temos a grande novidade apre-
sentada pelo Decreto n. 9.488, de 2018, ou seja, o limite máximo para todas as
contratações que pegarem “carona” não poderá exceder dobro do valor inicial-
mente registrado.
Na hipótese de compra nacional, o limite máximo não poderá exceder ao
quíntuplo do quantitativo de cada item registrado na ata de registro de
preços.
Após a autorização do órgão gerenciador, o órgão não participante deverá efetivar a aquisição ou contratação solicitada em até noventa dias, observado o prazo de vigência da ata.
É interessante notarmos que a utilização do SRP pelos “caronas” fere diversos
princípios administrativos, tais como os da moralidade e da isonomia. Isso ocorre
na medida em que os “caronas” acabam contratando sem a realização de licitação,
que, como sabemos, é a regra estampada na Constituição Federal.
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Nesse sentido, por exemplo, é o entendimento do autor Joel de Menezes Nie-
buhr:
A figura do carona é ilegítima, porquanto por meio dela procede-se à contratação direta, sem licitação, fora das hipóteses legais e sem qualquer justificativa, vulnerando o prin-cípio da isonomia, que é o fundamento da exigência constitucional que faz obrigatória a licitação pública.
Ainda no tocante ao SRP, temos que mencionar que as entidades paraestatais
(integrante do denominado terceiro setor) não podem fazer uso das atas utilizadas
por órgãos da administração pública. Significa dizer que elas não podem pegar “ca-
rona” nos SRP realizados pela administração.
O motivo para tal vedação é simples. Tais entidades, ainda que sem fins lucra-
tivos e destinadas a “auxiliar” o Poder Público, não fazem parte da administração
pública direta ou indireta.
Nesse sentido é o entendimento do TCU, conforme se verifica no teor do AC n.
1.192/2010:
Não há viabilidade jurídica para a adesão por órgãos da Administração Pública a atas de registro de preços relativas a certames licitatórios realizados por entidades integran-tes do Sistema “S”, uma vez que não se sujeitam aos procedimentos estritos da Lei n. 8.666/1993, podendo seguir regulamentos próprios devidamente publicados, assim como não se submetem às disposições do Decreto n. 3.931/2001, que disciplina o sis-tema de registro de preços.
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15. Margem de Preferência para ME e EPP
De acordo com a Lei n. 8.666/1993, em seu artigo 5º-A (introduzido pela Lei
Complementar n. 147, de 2014), temos a obrigação expressa de ser concedido tra-
tamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno
porte:
Art. 5º-A. As normas de licitações e contratos devem privilegiar o tratamento diferen-ciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei.
Regulamentando a matéria, o Decreto n. 8.538/2015 estabelece a forma como
se dará tal tratamento, que, assim como as normas da Lei das Licitações, é obriga-
tório para toda a administração direta e indireta da União, para os fundos especiais
e para as entidades mantidas com recursos públicos.
Logo em seu artigo 1º, o decreto em análise apresenta os objetivos a serem
alcançados com o tratamento diferenciado e favorecido:
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Nas contratações públicas de bens, serviços e obras, deverá ser concedido tratamento favorecido, diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte, agricultor familiar, produtor rural pessoa física, microempreendedor individual – MEI e sociedades cooperativas de consumo, nos termos deste Decreto, com o objetivo de:I – promover o desenvolvimento econômico e social no âmbito local e regional;II – ampliar a eficiência das políticas públicas; eIII – incentivar a inovação tecnológica.
Uma das formas como esse tratamento diferenciado será exercido é com a
simplificação das exigências documentais para tais empresas. Para elas, não será
exigido, por exemplo, a apresentação do balanço patrimonial do último exercício
social. Assim, até mesmo uma ME ou EPP constituída a menos de um ano poderá
participar dos procedimentos licitatórios.
Da mesma forma, a comprovação de regularidade fiscal das microempresas e
empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de contratação, e não
como condição para participação na licitação.
O grande incentivo concedido pelo legislador às ME e EPP, no entanto, está ex-
presso no artigo 5º do mencionado Decreto:
Art. 5º Nas licitações, será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte.§ 1º Entende-se haver empate quando as ofertas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até dez por cento superiores ao menor preço, ressalvado o disposto no § 2º.§ 2º Na modalidade de pregão, entende-se haver empate quando as ofertas apresen-tadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até cinco por cento superiores ao menor preço.§ 3º O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta válida não houver sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte.
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Aprendendo na Prática
Realizado o procedimento licitatório e tendo ocorrido a situação caracterizada como
empate (que, para as ME e EPP, são os valores até 10% ou, em caso de Pregão,
5%), a Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte que tiver apresentado a melhor
proposta será convocada para apresentar um lance que seja inferior à menor pro-
posta até então apresentada.
Caso essa ME ou EPP não o faça, serão convocadas as demais ME ou EPP para, na
ordem de classificação inicial, apresentar uma proposta que seja inferior à menor
proposta apresentada.
Caso a ME ou EPP, em qualquer uma das situações, consiga apresentar uma pro-
posta inferior à inicialmente formulada, será declarada vencedora da licitação.
O prazo para apresentação das propostas, por óbvio, não é ilimitado, de forma
que o Decreto n. 8.538/2015 (art. 5º) apresenta os seguintes prazos:
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§ 6º No caso do pregão, após o encerramento dos lances, a microempresa ou a empresa de pequeno porte melhor classificada será convocada para apresentar nova proposta no prazo máximo de cinco minutos por item em situação de empate, sob pena de preclu-são.§ 7º Nas demais modalidades de licitação, o prazo para os licitantes apresentarem nova proposta será estabelecido pelo órgão ou pela entidade contratante e estará previsto no instrumento convocatório.
Outra forma de incentivo está disposta no artigo 6º da norma em estudo, es-
tabelecendo que deverá ser realizada licitação, nas contratações até R$ 80 mil,
exclusivamente para microempresas e empresas de pequeno porte.
Os órgãos e entidades contratantes deverão realizar processo licitatório destinado ex-clusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas con-tratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).
Ressalta-se, por fim, que todos os incentivos concedidos a tais empresas devem
estar previstos no respectivo edital da licitação, em plena sintonia com o princípio
da vinculação ao instrumento convocatório.
16. Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC)
O regime diferenciado de contratações públicas foi instituído por meio da Lei
n. 12.462, de 2011. Ainda que a sistemática, no âmbito do RDC, seja diferente
das demais modalidades licitatórias, não se trata do regime em questão de uma
nova modalidade de licitação, mas sim de uma sistemática mais célere e que pode
ser utilizada em qualquer uma das modalidades de licitação previstas na Lei n.
8.666/1993.
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Dessa forma, a escolha pela adoção do RDC é facultativa de cada órgão ou en-
tidade do Poder Público. Optando pela sistemática, assegura-se um procedimento
mais célere e que possui como principal finalidade assegurar que os bens e serviços
sejam realizados dentro das datas estipuladas.
16.1. Campo de Aplicação
Inicialmente, a previsão de utilização do regime era exclusiva para obras e ser-
viços relacionados com grandes eventos esportivos, tal como a Copa do Mundo de
2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Posteriormente, novas leis ampliaram o campo
de aplicação do RDC para outras áreas essenciais ao bem-estar da coletividade.
Nos dias atuais, a possibilidade de aplicação das regras do regime diferenciado
de contratação restringe-se às hipóteses do artigo 1º da Lei n. 12.462/2011, que
assim dispõe:
Art. 1º É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:I – dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO); eII – da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação – Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo – Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 – CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, às constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e Muni-cípios;III – de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilô-metros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II.IV – das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).V – das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
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VI – das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma de esta-belecimentos penais e unidades de atendimento socioeducativo.VII – das ações no âmbito da segurança pública;VIII – das obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na mobilidade ur-bana ou ampliação de infraestrutura logística;IX – dos contratos a que se refere o art. 47-A.X – das ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à tecnologia e à inovação.
Como mencionado anteriormente, a utilização do RDC não é obrigatória, mas
facultativa, de forma que a administração, nas hipóteses acima elencadas, pode
optar entre adotar a sistemática prevista na Lei n. 8.666/1993 ou fazer uso das
regras do regime diferenciado de contratações públicas. Caso deseje fazer uso das
disposições da RDC, tal condição deverá estar prevista no edital regulador do pro-
cedimento.
16.2. Objetivos
Quatro são os objetivos a serem alcançados com a adoção do RDC, conforme
previsão no § 1º do artigo 1º da Lei n. 12.462/2011:
§ 1º O RDC tem por objetivos:I – ampliar a eficiência nas contratações públicas e a competitividade entre os licitantes;II – promover a troca de experiências e tecnologias em busca da melhor relação entre custos e benefícios para o setor público;III – incentivar a inovação tecnológica; eIV – assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a seleção da proposta mais vantajosa para a administração pública.
Todos os objetivos previstos na norma possuem em comum a peculiaridade de
assegurar um regime mais célere para as contratações do Poder Público. Em tais
situações, o princípio constitucional da eficiência ganha destaque, uma vez que as-
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segura que as obras e serviços sejam prestados com observância da relação custo
x benefício.
16.3. Vedações à Participação
O artigo 36 da Lei n. 12.462/2011 apresenta uma lista de pessoas que não po-
dem vir a participar da licitação no âmbito do regime diferenciado de contratações.
O objetivo da previsão é evitar a influência daqueles que tiveram participações em
outras fases do procedimento, garantindo a plena observância da impessoalidade e
da isonomia da licitação.
Art. 36. É vedada a participação direta ou indireta nas licitações de que trata esta Lei:I – da pessoa física ou jurídica que elaborar o projeto básico ou executivo correspon-dente;II – da pessoa jurídica que participar de consórcio responsável pela elaboração do pro-jeto básico ou executivo correspondente;III – da pessoa jurídica da qual o autor do projeto básico ou executivo seja administra-dor, sócio com mais de 5% (cinco por cento) do capital votante, controlador, gerente, responsável técnico ou subcontratado; ouIV – do servidor, empregado ou ocupante de cargo em comissão do órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação.
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16.4. Procedimento no Âmbito do RDC
O procedimento a ser observado, no âmbito do regime diferenciado de contra-
tações, possui uma série de peculiaridades.
De acordo com o artigo 12 da Lei n. 12.462/2011, sete são as fases em que o
procedimento pode ser dividido, sendo elas: I – preparatória; II – publicação do
instrumento convocatório; III – apresentação de propostas ou lances; IV – julga-
mento; V – habilitação; VI – recursal; e VII – encerramento.
Mediante ato motivado do Poder Público, a fase da habilitação poderá ser rea-
lizada antes da fase de apresentação das propostas ou lances, oportunidades em
que o procedimento respeitaria a seguinte ordem: I – preparatória; II – publicação
do instrumento convocatório; III – habilitação; IV – recursal; V – apresentação de
propostas ou lances; VI – julgamento; VII – recursal; e VIII – encerramento.
16.4.1. Fase Preparatória
A fase preparatória pode ser conceituada como a fase interna do procedimento
licitatório, oportunidade em que a administração verificará a disponibilidade or-
çamentária para a realização da licitação e definirá a forma como a mesma será
realizada.
Tal etapa não apresenta maiores distinções se levarmos em conta as normas da
Lei n. 8.666/1993. Assim, podemos listar como exemplos de atividades executadas
na fase preparatória a definição da modalidade licitatória que será utilizada, a de-
signação dos membros que irão compor a comissão de licitação e a elaboração do
respectivo edital.
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16.4.2. Publicação do Instrumento Convocatório
Uma vez realizados todos os procedimentos internos, a administração publica
o edital regulador da licitação. Com a publicação, o instrumento passa a produzir
efeitos perante terceiros, devendo, por isso mesmo, ser dada a mais ampla publi-
cidade possível.
Nesse sentido, o § 1º do artigo 15 da Lei n. 12.462/2011 estabelece os meios
em que o edital da licitação deve ser publicado:
§ 1º A publicidade a que se refere o caput deste artigo, sem prejuízo da faculdade de divulgação direta aos fornecedores, cadastrados ou não, será realizada mediante:I – publicação de extrato do edital no Diário Oficial da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, ou, no caso de consórcio público, do ente de maior nível entre eles, sem prejuízo da possibilidade de publicação de extrato em jornal diário de grande circulação; eII – divulgação em sítio eletrônico oficial centralizado de divulgação de licitações ou mantido pelo ente encarregado do procedimento licitatório na rede mundial de compu-tadores.
Uma importante regra diz respeito à dispensabilidade da publicação do edital no
respectivo diário oficial quando o valor total não ultrapasse R$ 150 mil para obras e
R$ 80 mil para bens e serviços. Nessas situações, a publicação na internet continua
sendo obrigatória.
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Como forma de garantir a publicidade do edital, bem como garantir um lapso de
tempo para que os interessados possam conhecer todas as regras norteadoras da
licitação, a Lei n. 12.462/2011 exige que um lapso de tempo seja observado entre
a data de publicação do edital e a data de apresentação das propostas.
Nessas situações, diversos requisitos são levados em conta, tal como o critério
de julgamento e o objeto que está sendo licitado, conforme se observa do inteiro
teor do artigo 15:
Art. 15. Será dada ampla publicidade aos procedimentos licitatórios e de pré-qualifi-cação disciplinados por esta Lei, ressalvadas as hipóteses de informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, devendo ser adotados os seguintes prazos mínimos para apresentação de propostas, contados a partir da data de publicação do instrumento convocatório:I – para aquisição de bens:a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotados os critérios de julgamento pelo menor preço ou pelo maior desconto; eb) 10 (dez) dias úteis, nas hipóteses não abrangidas pela alínea a deste inciso;II – para a contratação de serviços e obras:a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotados os critérios de julgamento pelo menor preço ou pelo maior desconto; eb) 30 (trinta) dias úteis, nas hipóteses não abrangidas pela alínea a deste inciso;III – para licitações em que se adote o critério de julgamento pela maior oferta: 10 (dez) dias úteis; eIV – para licitações em que se adote o critério de julgamento pela melhor combinação de técnica e preço, pela melhor técnica ou em razão do conteúdo artístico: 30 (trinta) dias úteis.
Uma vez publicado o edital, poderão ser protocolados pedidos de esclarecimen-
tos ou de impugnações nos prazos de 2 e 5 dias úteis, a depender do objeto da
licitação. Nesse sentido é o teor do artigo 45, I, a e b, da Lei n. 12.462/2011:
Art. 45. Dos atos da administração pública decorrentes da aplicação do RDC caberão:I – pedidos de esclarecimento e impugnações ao instrumento convocatório no prazo mínimo de:a) até 2 (dois) dias úteis antes da data de abertura das propostas, no caso de licitação para aquisição ou alienação de bens; oub) até 5 (cinco) dias úteis antes da data de abertura das propostas, no caso de licitação para contratação de obras ou serviços;
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16.4.3. Apresentação de Propostas ou Lances
A terceira etapa é a de apresentação dos lances ou propostas. É importante des-
tacar, nesse aspecto, que a lei, ao conferir a possibilidade tanto de apresentação de
lances quanto de propostas, estabeleceu que as licitações realizadas por meio do
RDC poderão dar-se de forma aberta, de forma fechada ou mediante a combinação
das duas formas.
16.4.4. Julgamento
Na fase do julgamento, a comissão de licitação realizará, com base em critérios
objetivos, a melhor proposta ou lance apresentado. Nesse aspecto, frisa-se que as
comissões de licitação deverão ser compostas, majoritariamente, por servidores
ou empregados públicos, que responderão solidariamente por todos os atos prati-
cados, salvo se a posição individual de um deles for divergente e estiver registrada
em ata.
Nesse sentido, estabelece o artigo 34 da Lei n. 11.462/2007:
Art. 34. As licitações promovidas consoante o RDC serão processadas e julgadas por comissão permanente ou especial de licitações, composta majoritariamente por servi-dores ou empregados públicos pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos ou entidades da administração pública responsáveis pela licitação.§ 1º As regras relativas ao funcionamento das comissões de licitação e da comissão de cadastramento de que trata esta Lei serão estabelecidas em regulamento.§ 2º Os membros da comissão de licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, salvo se posição individual divergente estiver registrada na ata da reunião em que houver sido adotada a respectiva decisão.
No que se refere aos critérios utilizados para julgamento das licitações, o RDC
apresenta algumas novidades em relação às disposições da Lei n. 8.666/1993.
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Assim, no texto da Lei das Licitações, encontramos os critérios de menor pre-
ço, melhor técnica, técnica e preço e maior lance ou oferta. No âmbito do regime
diferenciado de contratações, os critérios que podem ser utilizados são o do menor
preço ou maior desconto, da melhor técnica ou conteúdo artístico, da técnica e pre-
ço, da maior oferta de preço e do maior retorno econômico.
Lei n. 8.666/1993 RDC
Menor preço Menor preço ou maior desconto
Melhor técnica Melhor técnica ou conteúdo artístico
Técnica e preço Técnica e preço
Maior lance ou oferta Maior oferta de preços
Maior retorno econômico
Apresentadas as propostas e tendo ocorrido o julgamento com base em um dos
critérios previstos no RDC, em caso de empate entre duas ou mais propostas, te-
remos, de acordo com a Lei n. 11.462/2007 (artigo 25), os seguintes critérios de
desempate:
Art. 25. Em caso de empate entre 2 (duas) ou mais propostas, serão utilizados os se-guintes critérios de desempate, nesta ordem:I – disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta fechada em ato contínuo à classificação;II – a avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que exista siste-ma objetivo de avaliação instituído;III – os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 1991, e
no § 2º do art. 3º da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993;eIV – sorteio.
Tais critérios, no entanto, não impedem a utilização da margem de preferência
concedida às microempresas e às empresas de pequeno porte, tal como ocorre com
o procedimento previsto na Lei n. 8.666/1993.
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Já tendo ciência da melhor proposta apresentada, poderá a administração, ain-
da, negociar com o licitante com o objetivo de alcançar um preço compatível com o
inicialmente orçado. Caso o preço do primeiro colocado, após as negociações, seja
desclassificado por sua proposta permanecer acima do previsto pela administração,
poderá ocorrer a negociação com os demais licitantes, desde que observada a or-
dem de classificação.
Aprendendo na Prática
Realizada a licitação por meio do RDC, tendo ocorrido o julgamento e a obtenção
da melhor proposta para a administração, chegou-se a um valor de R$ 100 mil para
a contratação de empresa destinada à prestação de serviço para o Poder Público.
No entanto, o orçamento inicialmente previsto pela administração previa um valor
máximo de R$ 80 mil para a realização da contratação.
Assim, de posse das propostas apresentadas, deve a administração negociar com
o licitante que apresentou a melhor proposta. Não obtendo êxito, passa-se à nego-
ciação com o licitante que apresentou a segunda melhor proposta, e assim por
diante, até que se chegue ao valor originalmente previsto pelo Poder Público.
16.4.5. Habilitação
A fase da habilitação, tal como ocorre com a modalidade pregão, é realizada,
via de regra, após o julgamento das propostas, tornando todo o procedimento mais
célere e eficiente. Caso haja interesse do Poder Público, a fase da habilitação po-
derá ser realizada antes do julgamento, oportunidade em que teremos a inversão
das fases da licitação.
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Nota-se, assim, que temos uma situação inversa das previstas para as modali-
dades da Lei n. 8.666/1993 e da modalidade pregão.
Nas modalidades da Lei n. 8.666/1993, a habilitação apenas poderá ocorrer
antes da fase do julgamento, de forma que apenas serão analisadas as propos-
tas apresentadas pelos licitantes previamente habilitados. No pregão, em sentido
oposto, temos que a habilitação apenas será realizada após a fase do julgamento
das propostas.
No RDC, temos as duas possibilidades, sendo que a regra é a realização da
habilitação após o julgamento das propostas (tal como ocorre com o pregão). Em
situações excepcionais, poderá ocorrer a habilitação antes da fase do julgamento
(tal como ocorre com as modalidades previstas na Lei n. 8.666/1993).
O artigo 14 da Lei n. 11.462/2007 apresenta os dispositivos acerca da fase de
habilitação:
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Art. 14. Na fase de habilitação das licitações realizadas em conformidade com esta Lei, aplicar-se-á, no que couber, o disposto nos arts. 27a 33 da Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, observado o seguinte:I – poderá ser exigida dos licitantes a declaração de que atendem aos requisitos de habilitação;II – será exigida a apresentação dos documentos de habilitação apenas pelo licitante vencedor, exceto no caso de inversão de fases;III – no caso de inversão de fases, só serão recebidas as propostas dos licitantes pre-viamente habilitados; eIV – em qualquer caso, os documentos relativos à regularidade fiscal poderão ser exigi-dos em momento posterior ao julgamento das propostas, apenas em relação ao licitante mais bem classificado.Parágrafo único. Nas licitações disciplinadas pelo RDC:I – será admitida a participação de licitantes sob a forma de consórcio, conforme esta-belecido em regulamento; eII – poderão ser exigidos requisitos de sustentabilidade ambiental, na forma da legisla-ção aplicável.
16.4.6. Fase Recursal
A regra, quando da realização do RDC, é que a fase recursal seja única, ou
seja, após a habilitação do licitante que apresentou a melhor proposta, poderão
ser interpostos recursos tanto com relação à habilitação quanto com relação à fase
dos lances ou propostas apresentadas, conforme previsão do artigo 27 da Lei n.
11.462/2007:
Art. 27. Salvo no caso de inversão de fases, o procedimento licitatório terá uma fase recursal única, que se seguirá à habilitação do vencedor.Parágrafo único. Na fase recursal, serão analisados os recursos referentes ao julgamen-to das propostas ou lances e à habilitação do vencedor.
O prazo para interposição do recurso é o mesmo da Lei n. 8.666/1993, ou seja,
a autoridade possui o prazo de 5 dias para reconsiderar a decisão ou, em caso de
negativa, encaminhá-lo para a autoridade superior.
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16.4.7. Encerramento
A fase do encerramento ocorre após o julgamento dos recursos administrativos,
de forma que a autoridade pode adotar uma das quatro medidas previstas no artigo
28 da Lei n. 11.462/2007:
Art. 28. Exauridos os recursos administrativos, o procedimento licitatório será encerra-do e encaminhado à autoridade superior, que poderá:I – determinar o retorno dos autos para saneamento de irregularidades que forem su-príveis;II – anular o procedimento, no todo ou em parte, por vício insanável;III – revogar o procedimento por motivo de conveniência e oportunidade; ouIV – adjudicar o objeto e homologar a licitação.
Como verificado, o procedimento licitatório, quando da utilização do RDC, pode
ocorre ordinariamente ou com a inversão das fases da licitação. Assim, como for-
ma de sedimentar o conhecimento, apresento a seguir o fluxo de etapas nas duas
situações:
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RESUMO
• A licitação pode ser conceituada como o procedimento administrativo me-
diante o qual a administração pública seleciona a proposta mais vantajosa
para o contrato de seu interesse.
• O dever de licitar decorre de uma disposição constitucional. Quando da
promulgação da Constituição Federal de 1988, o legislador optou por conferir
uma regra mais bem detalhada para as compras e demais aquisições que en-
volvessem recursos públicos, possibilitando, assim, que houvesse um maior
controle por parte de toda a sociedade e dos próprios Tribunais de Contas.
• Assim, a regra é a realização de licitação para todas as compras e aquisições
do Poder Público, sendo exceções as situações de licitação dispensável, dis-
pensada e inexigível.
• A licitação dispensável ocorre quando a administração, desejando adquirir
bens ou serviços, pode escolher entre realizar o procedimento ou contratar
diretamente com os particulares. Para tal, as situações devem estar previa-
mente estabelecidas em lei.
• A licitação inexigível, por sua vez, ocorre nas situações em que há invia-
bilidade de competição, de forma que a realização de licitação se encontra
seriamente prejudicada. Em tais situações, a única alternativa cabível para o
Poder Público é a contratação direta com os particulares.
• Por fim, temos as situações de licitação dispensada, decorrentes de insti-
tutos específicos e relacionados com repartições públicas. Nessas situações,
a administração, assim como ocorre nas hipóteses de licitação inexigível, está
impedida de realizar o procedimento.
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• O dever de licitar deve ser observado por toda a administração pública,
seja ela direta ou indireta, de todos os entes federativos.
• São as seguintes as pessoas jurídicas que estão desobrigadas da regra cons-
titucional de licitar: a) empresas privadas; b) organizações sociais e
organizações da sociedade civil do interesse público; c) concessioná-
rias e permissionárias de serviço público.
• No âmbito dos conselhos profissionais, vigora a regra da obrigatoriedade da
realização de licitação, com a ressalva da OAB, que, na visão do STF, é uma
instituição sui generis, não integrando a administração pública.
Estão obrigadas a licitar Não estão obrigadas a licitar
Toda a administração direta Empresas privadas
Todas as entidades da administra-ção indireta (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia
mista e fundações)
Concessionárias e permissionárias de serviço público
Conselhos de classe (espécie de autarquia)
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
Entidades do terceiro setor (quando estiverem utilizando recursos públi-
cos)
Entidades do terceiro setor (quando não estiverem utilizando recursos públicos)
• As modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993 são cinco, sendo
elas: concorrência, tomada de preço, convite, concurso e leilão.
• Com relação à concorrência, tomada de preços e convite, essas restrições
incluem valores máximos a serem observados por cada modalidade, con-
forme se observa da tabela a seguir:
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Modalidade Obras e Serviços de Enge-nharia
Compras e demais Serviços
ConviteAté R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
Tomada de Preços
Até R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Concorrência Mais que R$ 3.300.000,00 Mais que R$ 1.430.000,00
• As modalidades previstas na Lei n. 8.666/1993 devem observar um limite
mínimo entre a data da publicação do edital e a data do recebimento
das propostas.
Tempo mínimo entre a publicação do edital e o recebimento das pro-
postas
Modalidade Modalidade
45 dias Concurso.
Concorrência, quando for adotado o regime de empreitada integral ou
quando a licitação for do tipo melhor técnica ou téc-
nica e preço.
30 dias Concorrência, nos demais casos.
Tomada de preço, quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e preço.
15 diasTomada de preço, nas
demais situações.Leilão.
5 dias úteis Convite.
• A Lei das Licitações define concorrência como a modalidade de licitação
entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar,
comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no
edital para execução de seu objeto.
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• Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devida-
mente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das
propostas, observada a necessária qualificação.
• Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo perti-
nente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em
número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará,
em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos
demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação
das propostas.
• Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a ven-
da de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens
imóveis adquiridos por meio de dação em pagamento ou procedimen-
to judicial, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da
avaliação.
• Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para es-
colha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição
de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes
de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (qua-
renta e cinco) dias.
• As principais características das três hipóteses de dispensa podem ser resu-
midas no quadro a seguir:
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Licitação inexigível Licitação dispensável Licitação dispensada
Ocorre quando a lici-tação é juridicamente
impossível
Licitação é possível, mas a lei faculta à administra-
ção escolher entre licitar ou contratar diretamente
Licitação é impossibilitada, devendo a administração
contratar diretamente
Situações exemplificati-vas
Situações taxativas Situações taxativas
Motivação obrigatória Motivação obrigatória Motivação obrigatória
Ato vinculado Ato discricionário Ato vinculado
• A licitação pode ser dividida em duas fases, sendo elas interna ou externa.
• A fase interna pode ser conceituada como todas as medidas e atos prati-
cados pela administração antes da publicação do edital. Por isso mes-
mo, pode-se dizer que a fase interna da licitação termina quando ocorre a
publicação do edital.
• Com a publicação do edital, os particulares tomam conhecimento da intenção
do Poder Público em contratar algum bem ou serviço. Trata-se a publicidade
de condição necessária para que o instrumento convocatório possa
produzir todos os efeitos perante terceiros.
• A abertura de todo o procedimento de licitação ocorre com a publicação do
edital. Antes do edital, todas as deliberações da administração acerca da ne-
cessidade de licitar são tomadas internamente.
• A fase da habilitação é aquela em que a administração verifica a docu-
mentação e demais requisitos dos licitantes, sendo feita, em regra, antes da
análise das propostas.
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• Publicado o edital e estando os licitantes com a documentação em situação
regular, é hora de a administração abrir os envelopes e verificar a melhor
proposta. Tal procedimento é realizado, em regra, por uma comissão de
licitação instituída para coordenar todos os trabalhos referentes ao
procedimento. A exceção fica por conta da modalidade convite, nas peque-
nas unidades administrativas, em que a comissão, devido à exiguidade de
pessoal, poderá ser substituída por um único servidor.
• A licitação deserta, como próprio nome sugere, ocorre nas situações em que
não aparecem interessados em participar da licitação. A administração
publica o edital e cumpre todas as formalidades exigidas pela lei, mas não
aparecem licitantes com interesse em contratar com a respectiva repartição.
• Já a licitação fracassada resta configurada quando aparecem interessados
em contratar com a administração, no entanto, as propostas apresentadas
estão em desacordo com as normas do edital ou todos os licitantes
foram inabilitados por não atenderem às regras de habilitação.
• Escolhida a proposta mais vantajosa para a administração pública, tem-se
que os trabalhos da comissão de licitação estão encerrados. Com isso, a res-
pectiva comissão encaminha todo o processo e documentação pertinente para
a autoridade competente, que irá homologar o procedimento de licitação
(atestando que não houve irregularidades nos trabalhos da comissão e que
todas as normas legais foram respeitadas) e adjudicar o objeto da licita-
ção ao detentor da proposta classificada em primeiro lugar.
• A adjudicação, dessa forma, é o último ato do procedimento de licita-
ção.
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• Inicialmente, a modalidade pregão era utilizada apenas pelas agências regula-
doras. Posteriormente, devido à grande celeridade que essa nova modalidade
apresentou, o pregão foi estendido para toda a administração pública.
• Atualmente, o pregão é utilizado para as aquisições de bens e serviços co-
muns, sendo obrigatório para as contratações da União e facultativo
para os demais entes federativos.
• São características do pregão a divisão da fase de julgamento e a inver-
são das fases da licitação.
• No pregão, é vedada a exigência de: a) garantia de proposta; b) aqui-
sição do edital pelos licitantes, como condição para participação no
certame; e c) pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referen-
tes a fornecimento do edital, que não serão superiores ao custo de
sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização de recursos de tec-
nologia da informação, quando for o caso.
• No pregão, o prazo de validade das propostas será de 60 dias, se outro
não for fixado no edital.
• O sistema de registro de preços (SRP), ainda que esteja previsto na Lei
n. 8.666/1993, não se trata de uma nova modalidade de licitação, mas
sim de um procedimento utilizado com a finalidade de garantir a eficiência
nas aquisições da administração pública.
• O SRP, dessa forma, pode ser conceituado como o procedimento por meio
do qual a administração pública registra, após a realização da licita-
ção, os preços ofertados pelos fornecedores.
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QUESTÕES DE CONCURSO
1. (FGV/AFRE RJ/SEFAZ-RJ/2011) A Comissão de Licitação de um órgão público
estadual, em procedimento licitatório de Tomada de Preços, decidiu por inabilitar
determinada licitante que havia descumprido norma editalícia pertinente à compro-
vação de sua habilitação jurídica para execução do objeto contratual. A decisão da
Comissão de Licitação pauta-se no princípio setorial das licitações conhecido por
a) julgamento objetivo das propostas.
b) padronização.
c) vinculação ao instrumento convocatório.
d) lealdade processual.
e) instrumentalidade das formas.
2. (FGV/AD II/FBN/2013) Assinale a alternativa que indica um princípio norteador
da Lei de Licitações (Lei n. 8.666/1993).
a) Reserva Técnica.
b) Internacionalização.
c) Igualdade.
d) Flexibilidade.
3. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/VI EXAME/2011) A licitação tem como um de seus
princípios específicos o do julgamento objetivo, que significa
a) a vedação de cláusulas ou condições que comprometam a ideia de proposta
mais vantajosa à Administração.
b) a vedação ao sigilo das propostas, de forma a permitir a todos, antes do início
da licitação, o conhecimento objetivo das ofertas dos licitantes.
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c) ser vedada a utilização, no julgamento das propostas, de elemento, critério ou
fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado.
d) ser impositivo o julgamento célere e oral das propostas, a acarretar a imediata
contratação do licitante vencedor.
4. (FGV/ANAL/DPE-MT/CONTADOR/2015) De acordo com a Lei n. 8.666/1993, nas
contratações destinadas à implantação, manutenção e ao aperfeiçoamento dos sis-
temas de tecnologia de informação e comunicação, considerados estratégicos em
ato do Poder Executivo federal, a licitação poderá ser restrita a bens e serviços
produzidos de acordo com o processo produtivo básico e
a) com tecnologia desenvolvida no país.
b) com mão de obra brasileira.
c) com geração de impostos para o país.
d) produzidos ou prestados por empresas com sede no país.
e) produzidos ou prestados por empresas que geram empregos no país.
5. (FGV/FISC POST (NITERÓI)/PREF NITERÓI/2015) A Lei n. 8.666/1993 dispõe
que a licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção
do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com alguns princípios básicos, como o da:
a) subordinação às regras do edital e da pessoalidade formal;
b) publicidade do edital e do julgamento subjetivo do certame;
c) improbidade administrativa e da vinculação ao edital de licitação;
d) supremacia do poder público e da preferência da modalidade tomada de contas;
e) vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo.
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6. (FGV/AJ/TJ-BA/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2015) Licitação é o pro-
cedimento administrativo formal em que a Administração Pública convoca, median-
te condições estabelecidas em ato próprio, empresas interessadas na apresentação
de propostas para o oferecimento de bens e serviços.
A Lei n. 8.666/1993 estabeleceu normas gerais sobre licitações pertinentes a:
a) concessões de serviços públicos;
b) franquias;
c) parcerias Público-Privadas;
d) concursos públicos para ingresso no serviço público;
e) obras, serviços, compras e alienações.
7. (FGV/AJ/TJ-BA/APOIO ESPECIALIZADO/ARQUITETURA/2015) De acordo com a
Lei n. 8.666 de 21/06/1993, que institui normas para licitações e contratos da Ad-
ministração Pública, em igualdade de condições, como critério de desempate, será
assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços que forem:
1) produzidos ou prestados por empresas brasileiras;
2) produzidos no país;
3) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvol-
vimento de tecnologia no país.
A sequência correta é:
a) 1, 2, 3;
b) 1, 3, 2;
c) 2, 1, 3;
d) 3, 1, 2;
e) 3, 2, 1.
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8. (FGV/AG (PAULÍNIA)/PREF PAULÍNIA/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2016) O pro-
cesso licitatório tem como objetivo garantir que a contratação ocorra na forma me-
nos onerosa e com melhor qualidade para a sociedade.
Assinale a opção que indica o critério de desempate prioritário em um processo
licitatório que apresente igualdade de condições.
a) Capacidade técnica de prestação de serviço.
b) Preferência às empresas de capital nacional.
c) Bens e serviços produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
d) Bens e serviços produzidos no país.
e) Tempo total de prestação do serviço.
9. (FGV/ESP LEG NS (ALERJ)/ALERJ/QUALQUER NÍVEL SUPERIOR/2017) De acordo
com a Lei n. 8.666/1993, a licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a adminis-
tração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e
julgada em estrita conformidade com alguns princípios básicos, como os:
a) da legalidade, da publicidade, da improbidade administrativa e da economicida-
de do preço previsto no contrato administrativo;
b) da igualdade, da eficiência, da competitividade entre os interessados em licitar,
da publicidade e do julgamento subjetivo;
c) da impessoalidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório e do julgamento objetivo;
d) da moralidade, da celeridade, da oralidade, da publicidade e do julgamento con-
forme a íntima convicção motivada;
e) da eficiência, da economicidade do preço previsto no contrato administrativo, da
pessoalidade e da publicidade.
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10. (FGV/AA (FBN)/FBN/SEM ÁREA/2013) Os itens listados a seguir referem‐se às
modalidades de licitação pública em uso no Brasil, à exceção de um.
Assinale‐o.
a) Compra direta.
b) Concorrência.
c) Tomada de preço.
d) Concurso.
11. (FGV/TSE (DPE-RJ)/DPE-RJ/ADMINISTRAÇÃO/2014) As obras, serviços, inclu-
sive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da
Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente
precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas na Lei. De acordo com
o valor e a natureza do serviço ou bem a ser contratado, o legislador estabele-
ceu determinada modalidade de licitação, com seu respectivo procedimento. Nesse
contexto, são modalidades de licitação previstas na Lei n. 8.666/1993:
a) concessão, permissão, autorização, convite e leilão.
b) concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão.
c) concessão, tomada de preços, convite, pregão e alienação.
d) concorrência, tomada de preços, convite, locação e maior lance.
e) pregão, carta-convite, dispensa, inexigibilidade e habilitação.
12. (FGV/TNS (ALBA)/ALBA/ENGENHARIA CIVIL/2014) Um edital de licitação para
contratação de uma obra de construção de um novo prédio para sede de um órgão
público foi orçado por uma equipe de engenheiros e tem o valor de R$ 820.418,55.
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Se a obra for contratada por execução indireta e por regime de empreitada por
preço global, a modalidade de licitação a ser adotada será
a) o convite, necessariamente.
b) o convite ou tomada de preços.
c) a tomada de preços, necessariamente.
d) a tomada de preços ou concorrência.
e) a concorrência, necessariamente.
13. (FGV/ACI (RECIFE)/PREF RECIFE/FINANÇAS PÚBLICAS/2014) A Lei n.
8.666/1993 prevê as modalidades de licitação listadas a seguir, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Concorrência
b) Concurso
c) Leilão
d) Pregão
e) Convite
14. (FGV/JE TJ-PA/TJ-PA/2009) Após a devida publicação do aviso de uma Con-
corrência Pública, do tipo melhor técnica, contendo o resumo do edital, o certame
licitatório poderá ser realizado pela Administração Pública, de acordo com a Lei
Federal n. 8.666/1993, em:
a) 10 dias.
b) 10 dias úteis.
c) 15 dias úteis.
d) 30 dias.
e) 60 dias.
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15. (FGV/AG FAZ (NITERÓI)/PREF NITERÓI/2015) A Lei n. 8.666/93, que institui
normas para licitações e contratos da Administração Pública, prevê diversas moda-
lidades de licitação, como por exemplo:
a) leilão, convite e concurso;
b) concorrência, concessão e permissão;
c) delegação, outorga e pregão;
d) tomada de preços, pregão e concessão;
e) concorrência, tomada de preços e lotérica.
16. (FGV/ESP LEG NS (ALERJ)/ALERJ/ENGENHARIA CIVIL/2017) De acordo com o
objeto a ser solicitado, a Administração Pública faz uso de diferentes modalidades
de licitação.
Em uma licitação do tipo menor preço de uma obra de engenharia com valor esti-
mado de R$ 850.000,00, o prazo mínimo para uma empresa entregar a proposta
de preço é de:
a) 5 dias;
b) 15 dias;
c) 30 dias;
d) 35 dias;
e) 45 dias.
17. (FGV/ESP LEG NS (ALERJ)/ALERJ/ENGENHARIA ELÉTRICA/2017) Ao dispor so-
bre as modalidades de licitação, a Lei n. 8.666/1993 estabelece que:
a) tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento
até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a ne-
cessária qualificação;
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b) concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para es-
colha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios
ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado
na imprensa oficial com antecedência mínima de quarenta e cinco dias;
c) concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase
inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qua-
lificação exigidos no edital para execução de seu objeto;
d) convite é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda
de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apre-
endidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação;
e) pregão é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu
objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três
pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instru-
mento convocatório.
18. (FGV/ESP LEG NS (ALERJ)/ALERJ/ENGENHARIA ELÉTRICA/2017) A Lei n.
8.666/1993 dispõe que o julgamento das propostas será objetivo, devendo a Co-
missão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com
os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e
de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar
sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
Nesse sentido, o mesmo diploma legal estabelece que constituem tipos de licitação:
a) convite; concessão; permissão; melhor preço para outorga de serviço público;
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b) pregão; melhor técnica; desapropriação para atender a interesse público; con-
cessão de serviço público;
c) técnica mais eficaz; melhor preço; concorrência; tomada de preços;
d) leilão; convite; concessão de serviços públicos; autorização para alienação de
bens públicos;
e) menor preço; melhor técnica; técnica e preço; maior lance ou oferta.
19. (FGV/TEC DUO/CONDER (BA)/ADMINISTRATIVA/TÉCNICO EM CONTABILIDA-
DE/2013) A modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase
inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qua-
lificação exigidos no edital para execução de seu objeto, é denominada
a) concurso.
b) pregão.
c) convite.
d) tomada de preço.
e) concorrência.
20. (FGV/AL (SEN)/SEN/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/ENGENHARIA CI-
VIL/2008) De acordo com a Lei n. 8.666/1993, na modalidade de licitação tipo
concurso, o prazo mínimo desde a publicação de avisos com resumo dos editais até
o recebimento das propostas é de:
a) 30 dias.
b) 15 dias.
c) 45 dias.
d) 60 dias.
e) 90 dias.
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21. (FGV/AL (SEN)/SEN/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/ENGENHARIA CI-
VIL/2008) A modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados
ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro
dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualifi-
cação, é denominada:
a) tomada de preços.
b) convite.
c) concurso.
d) concorrência.
e) leilão.
22. (FGV/ARE (AP)/SEAD AP/2010) A licitação entre interessados, cadastrados ou
não, do ramo pertinente ao seu objeto e aquela entre interessados devidamente
cadastrados, observando-se a qualificação necessária, dizem respeito, respectiva-
mente, as modalidades de licitação:
a) convite e leilão.
b) convite e tomada de preços.
c) concorrência e convite.
d) concorrência e leilão.
e) concorrência e tomada de preços.
23. (FGV/ATE/SEFAZ-MS/2006) Assinale a modalidade de licitação em que se dis-
pensa a publicação do edital.
a) tomada de preços
b) convite
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c) concorrência
d) leilão
e) pregão eletrônico
24. (FGV/TFC/BADESC/ADVOGADO/2010) De acordo com a Lei Federal n.
8.666/1993, a modalidade de licitação que comporta menor formalismo, porque se
destina a contratações de menor vulto, é denominada:
a) pregão.
b) convite.
c) concurso.
d) concorrência.
e) tomada de preços.
25. (FGV/ANA/SAD PE/CONTROLE INTERNO/OBRAS PÚBLICAS/2009) O gestor de
uma Secretaria Estadual, de acordo com a Lei Federal n. 8.666/1993, poderá, para
a contratação de obras e serviços de engenharia, com baixa complexidade, no valor
estimado de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), realizar licitação mediante:
a) concorrência ou tomada de preços.
b) tomada de preços ou convite.
c) pregão, exclusivamente.
d) concorrência, tomada de preços ou pregão.
e) concorrência.
26. (FGV/DEL POL/PC-AP/2010) Após a devida publicação do aviso contendo o
resumo do edital de uma licitação na modalidade concorrência, do tipo técnica e
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preço, o administrador público estadual poderá realizar o certame, de acordo com
a Lei Federal n. 8.666/1993, no prazo de:
a) 8 (oito) dias úteis.
b) 10 (dez) dias.
c) 15 (quinze) dias.
d) 30 (trinta) dias.
e) 60 (sessenta) dias.
27. (FGV/ANAL./DPE-MT/ARQUITETO/2015) A modalidade de licitação entre inte-
ressados já devidamente cadastrados e outros que atendem às condições exigidas
para cadastramento, observada a necessária qualificação, é definida pela Lei n.
8.666 como
a) tomada de preços.
b) menor preço.
c) concurso.
d) convite
e) concorrência.
28. (FGV/ANA/IBGE/PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES/2016) De
acordo com o que dispõe a Lei n. 8.666/1993, a qual institui normas para licitações
e contratos da Administração Pública, são exemplos de modalidades de licitação:
a) tomada de preços, convite e concessão;
b) concorrência, concurso e leilão;
c) registro de preços, pregão e permissão;
d) leilão, outorga e registro de preços;
e) permissão, tomada de preços e convite.
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29. (FGV/ANAL JUD/TJ-GO/JUDICIÁRIA/SEM ESPECIALIDADE/2014) O Estado de
Goiás contratou fundação privada cujo regimento interno estabelece que a institui-
ção é dedicada à recuperação social do preso, sem fins lucrativos e com inquestio-
nável reputação ético-profissional, para prestar serviços relacionados à ressociali-
zação da população carcerária estadual. O contrato observou o preço de mercado,
mas foi celebrado com dispensa de licitação. A contratação em tela é:
a) legal, porque observou hipótese de dispensa de licitação prevista na lei;
b) legal, porque apesar de não ter observado o rol exemplificativo de dispensa de
licitação previsto na lei, aplica-se analogicamente a dispensa por situações de re-
levante interesse social;
c) ilegal, porque a hipótese seria de inexigibilidade de licitação;
d) ilegal, porque a hipótese seria de concorrência, tomada de preços, pregão ou
convite, de acordo com o valor do contrato;
e) ilegal, porque a hipótese seria de concessão de serviço púbico de relevância so-
cial, precedida de licitação na modalidade concorrência.
30. (FGV/AG FISC/TCM-SP/ADMINISTRAÇÃO/2015) Fortes chuvas, imprevisíveis
para esta época do ano, assolaram determinado município do interior do Estado,
dando causa a estado de emergência e de calamidade pública, com a destruição
parcial de alguns bairros. Em razão de alagamentos, enchentes e desmoronamen-
tos, a Defesa Civil interditou diversas pontes e vias públicas. Caracterizada a ur-
gência de atendimento de situação que podia ocasionar prejuízo ou comprometer
a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou
particulares, o Prefeito realizou diversas contratações diretas não precedidas de
licitação. Para que tais contratações estejam revestidas de legalidade, devem ter
sido efetivadas mediante processo administrativo de:
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a) dispensa de licitação e possuir valor global de até 20% (vinte por cento) do limi-
te previsto para obras e serviços de engenharia da modalidade convite, bem como
não podem ser referentes a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para
obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas
conjunta e concomitantemente;
b) dispensa de licitação e se referir somente aos bens necessários ao atendimento
da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que
possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos
e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a
prorrogação dos respectivos contratos;
c) dispensa de licitação e estar de acordo com o preço de mercado, se referindo so-
mente aos bens necessários ao atendimento da situação de urgência e para obras
e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 90 (noventa) dias con-
secutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade,
vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
d) inexigibilidade de licitação e o valor de cada contrato deve estar de acordo com o
preço de mercado, não podendo ultrapassar 10% (dez por cento) do limite previsto
para obras e serviços de engenharia da modalidade convite, sendo o prazo máxi-
mo de 90 (noventa) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da
emergência ou calamidade, permitida uma prorrogação dos respectivos contratos;
e) inexigibilidade de licitação e o valor de cada contrato deve estar de acordo com o
preço de mercado, se referindo a parcelas de obras e serviços que possam ser con-
cluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos,
contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos
respectivos contratos.
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31. (FGV/CONT (NITERÓI)/PREF NITERÓI/2015) O Município celebrou, mediante
dispensa de licitação, contrato de prestação de serviços (que não são de engenha-
ria) com determinada organização social, qualificada no âmbito da sua respectiva
esfera de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. A contra-
tação teve valor global de trezentos mil reais e está de acordo com o preço de mer-
cado. De acordo com a Lei n. 8.666/1993, em tese, a conduta do Município está:
a) correta, pois se trata de hipótese de dispensa de licitação expressamente pre-
vista na lei;
b) correta, desde que seja feita, no prazo legal, a retificação de dispensa para ine-
xigibilidade de licitação;
c) errada, pois a contratação deveria ter sido feita necessariamente na modalidade
convite;
d) errada, pois a contratação deveria ter sido feita necessariamente na modalidade
tomada de preços;
e) errada, pois a contratação deveria ter sido feita necessariamente na modalidade
concorrência.
32. (FGV/OF CHAN/MRE/2016) A União pretende adquirir determinados bens nos
termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, sen-
do as condições ofertadas manifestamente vantajosas para o Poder Público. De
acordo com a Lei n. 8.666/1993, a contratação em tela:
a) pode ocorrer mediante dispensa de licitação;
b) pode ocorrer mediante inexigibilidade de licitação;
c) deve ocorrer necessariamente mediante prévia licitação, cuja modalidade varia
de acordo com o valor da contratação;
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d) deve ocorrer necessariamente mediante prévia licitação, na modalidade pregão,
independentemente do valor;
e) deve ocorrer necessariamente mediante prévia licitação, na modalidade concor-
rência, independentemente do valor.
33. (FGV/ADE/CODEMIG/ADVOGADO SOCIETÁRIO/2015) Determinada empresa
pública contratou, mediante dispensa de licitação, uma empresa que é sua subsidi-
ária e controlada, para a prestação de serviços de engenharia. O preço contratado
(quinhentos mil reais) foi compatível com o praticado no mercado e houve perti-
nência entre o serviço prestado e o objeto social de ambas as entidades.
De acordo com as disposições da Lei n. 8.666/1993, a contratação em tela foi:
a) lícita, pois se trata de hipótese de dispensa de licitação prevista expressamente
na lei;
b) lícita, pois a empresa pública poderia optar por contratar mediante inexigibilida-
de ou dispensa de licitação;
c) ilícita, pois deveria ter sido precedida necessariamente de licitação, na modali-
dade convite;
d) ilícita, pois deveria ter sido precedida necessariamente de licitação, na modali-
dade tomada de preços;
e) ilícita, pois deveria ter sido precedida necessariamente de licitação, na modali-
dade concorrência.
34. (FGV/TJ/TJ-RO/2015) Governador do Estado deseja contratar determinado
cantor sertanejo consagrado pela crítica especializada e pela opinião pública, dire-
tamente ou através de seu empresário exclusivo, para fazer um show no réveillon
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em praça pública para a população. Preocupado em atender aos ditames da Lei n.
8.666/1993, o Governador solicitou parecer à Procuradoria do Estado, oportunida-
de em que foi informado de que a contratação em tela:
a) deve necessariamente ser precedida de licitação, na modalidade concorrência;
b) deve necessariamente ser precedida de licitação, na modalidade convite;
c) deve necessariamente ser precedida de licitação, na modalidade concurso;
d) pode ser realizada com inexigibilidade de licitação;
e) pode ser realizada com dispensa de licitação.
35. (FGV/AG (PAULÍNIA)/PREF PAULÍNIA/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2016) O pro-
cesso licitatório exige respeito a determinadas regras, a fim de proteger o interesse
público. Dentre elas, estão os critérios de exceção, que são aplicados às situações
que dispensam ou tornam inexigível o processo licitatório.
Assinale a opção que indica a situação em que o processo licitatório se torna ine-
xigível.
a) Custo inferior a R$ 15.000,00.
b) Fornecedor único.
c) Custo superior a R$ 15.000.000,00.
d) Situações emergenciais.
e) Aquisição de objetos históricos.
36. (FGV/AL (SEN)/SEN/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/ENGENHARIA CI-
VIL/2008) Em um processo licitatório, a atribuição do objeto da licitação ao licitante
vencedor do certame é denominada:
a) homologação.
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b) adjudicação.
c) outorga.
d) contratação.
e) habilitação.
37. (FGV/ACI/SEFAZ-RJ/2011) De acordo com a Lei n. 8.666/1993, são tipos de
licitação
a) concorrência, tomada de preços e convite.
b) menor preço, melhor técnica e maior lance ou oferta.
c) empreitada por preço global, empreitada por preço unitário e empreitada inte-
gral.
d) dispensável, inexigível e dispensada.
e) melhor qualificação técnica, melhor qualificação jurídica e melhor qualificação
econômico-financeira.
38. (FGV/CONS LEG (ALEMA)/ALEMA/ORÇAMENTO PÚBLICO/2013) Os tipos de li-
citação “menor preço, melhor técnica, técnica e preço” se aplicam às modalidades
relacionadas a seguir, à exceção de uma.
Assinale‐a.
a) Convite.
b) Concurso.
c) Tomada de preços.
d) Compra direta.
e) Concorrência.
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39. (FGV/ANA/SAD-PE/CONTROLE INTERNO /FINANÇAS PÚBLICAS/2009) Consti-
tuem, respectivamente, tipos de licitação nas modalidades concorrência / pregão:
a) melhor técnica / maior preço.
b) técnica e preço / menor preço.
c) menor lance / melhor preço.
d) menor preço / melhor técnica.
e) menor oferta / menor lance.
40. (FGV/ANA GEST/COMPESA/ADMINISTRADOR/2014) Leia o parágrafo a seguir.
Parágrafo único. Consideram‐se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos des-
te artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetiva-
mente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
Para aquisição de bens e serviços comuns, deverá ser adotada a licitação na moda-
lidade de pregão, que será regida pela
a) Lei n. 8.137/1990 e suas alterações.
b) Lei n. 12.232/2010 e suas alterações.
c) Lei complementar n. 101/2000.
d) Lei n. 8.666/1993 e suas alterações.
e) Lei n. 10.520/2002 e suas alterações.
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4. a
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9. c
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12. d
13. d
14. e
15. a
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17. a
18. e
19. e
20. c
21. a
22. b
23. b
24. b
25. e
26. e
27. a
28. b
29. a
30. b
31. a
32. a
33. a
34. d
35. b
36. b
37. b
38. b
39. b
40. e
GABARITO
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GABARITO COMENTADO
1. (FGV/AFRE RJ/SEFAZ-RJ/2011) A Comissão de Licitação de um órgão público
estadual, em procedimento licitatório de Tomada de Preços, decidiu por inabilitar
determinada licitante que havia descumprido norma editalícia pertinente à compro-
vação de sua habilitação jurídica para execução do objeto contratual. A decisão da
Comissão de Licitação pauta-se no princípio setorial das licitações conhecido por
a) julgamento objetivo das propostas.
b) padronização.
c) vinculação ao instrumento convocatório.
d) lealdade processual.
e) instrumentalidade das formas.
Letra c.
A inabilitação apenas ocorreu na medida em que o licitante deixou de cumprir com
as disposições do edital da licitação. Logo, não foi observado o princípio da vincu-
lação ao instrumento convocatório.
2. (FGV/AD II/FBN/2013) Assinale a alternativa que indica um princípio norteador
da Lei de Licitações (Lei n. 8.666/1993).
a) Reserva Técnica.
b) Internacionalização.
c) Igualdade.
d) Flexibilidade.
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Letra c.
Apenas a igualdade, dentre as alternativas elencadas, trata-se de uma princípio
norteador das licitações públicas.
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita confor-midade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
3. (FGV/OAB UNI NAC/OAB/VI EXAME/2011) A licitação tem como um de seus
princípios específicos o do julgamento objetivo, que significa
a) a vedação de cláusulas ou condições que comprometam a ideia de proposta
mais vantajosa à Administração.
b) a vedação ao sigilo das propostas, de forma a permitir a todos, antes do início
da licitação, o conhecimento objetivo das ofertas dos licitantes.
c) ser vedada a utilização, no julgamento das propostas, de elemento, critério ou
fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado.
d) ser impositivo o julgamento célere e oral das propostas, a acarretar a imediata
contratação do licitante vencedor.
Letra c.
Todas as licitações que são promovidas pela administração devem possuir, no res-
pectivo edital, um critério que possibilita ao Poder Público verificar, após a apresen-
tação de todas as propostas, aquela que melhor atendeu aos requisitos solicitados
pela administração.
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Dessa forma, os critérios utilizados pela administração para conseguir mensurar
com confiabilidade devem ser claros e objetivos, não havendo a possibilidade, por
isso mesmo, de a escolha do objeto da licitação se dar por interesses subjetivos.
4. (FGV/ANAL/DPE-MT/CONTADOR/2015) De acordo com a Lei n. 8.666/1993, nas
contratações destinadas à implantação, manutenção e ao aperfeiçoamento dos sis-
temas de tecnologia de informação e comunicação, considerados estratégicos em
ato do Poder Executivo federal, a licitação poderá ser restrita a bens e serviços
produzidos de acordo com o processo produtivo básico e
a) com tecnologia desenvolvida no país.
b) com mão de obra brasileira.
c) com geração de impostos para o país.
d) produzidos ou prestados por empresas com sede no país.
e) produzidos ou prestados por empresas que geram empregos no país.
Letra a.
Na situação apresentada pela questão, a licitação poderá ser restrita a bens e
serviços produzidos de acordo com o processo produtivo básico e com tecnologia
desenvolvida no país.
Art. 3º§ 12. Nas contratações destinadas à implantação, manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de informação e comunicação, considerados estratégicos em ato do Poder Executivo federal, a licitação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que trata a Lei n. 10.176, de 11 de janeiro de 2001.
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5. (FGV/FISC POST (NITERÓI)/PREF NITERÓI/2015) A Lei n. 8.666/1993 dispõe
que a licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção
do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com alguns princípios básicos, como o da:
a) subordinação às regras do edital e da pessoalidade formal;
b) publicidade do edital e do julgamento subjetivo do certame;
c) improbidade administrativa e da vinculação ao edital de licitação;
d) supremacia do poder público e da preferência da modalidade tomada de contas;
e) vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo.
Letra e.
Dentre as alternativas, a única que conta com dois princípios previstos no texto da
Lei n. 8.666/1993 é a Letra e.
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita confor-midade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumen-to convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
6. (FGV/AJ/TJ-BA/ADMINISTRATIVA/SEM ESPECIALIDADE/2015) Licitação é o pro-
cedimento administrativo formal em que a Administração Pública convoca, median-
te condições estabelecidas em ato próprio, empresas interessadas na apresentação
de propostas para o oferecimento de bens e serviços.
A Lei n. 8.666/1993 estabeleceu normas gerais sobre licitações pertinentes a:
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a) concessões de serviços públicos;
b) franquias;
c) parcerias Público-Privadas;
d) concursos públicos para ingresso no serviço público;
e) obras, serviços, compras e alienações.
Letra e.
As disposições da Lei n. 8.666/1993 são aplicáveis a obras, serviços, inclusive de
publicidade, compras, alienações e locações, conforme previsão do artigo 1º:
Art. 1º Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-cípios.
7. (FGV/AJ/TJ-BA/APOIO ESPECIALIZADO/ARQUITETURA/2015) De acordo com a
Lei n. 8.666 de 21/06/1993, que institui normas para licitações e contratos da Ad-
ministração Pública, em igualdade de condições, como critério de desempate, será
assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços que forem:
1) produzidos ou prestados por empresas brasileiras;
2) produzidos no país;
3) produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvol-
vimento de tecnologia no país.
A sequência correta é:
a) 1, 2, 3;
b) 1, 3, 2;
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c) 2, 1, 3;
d) 3, 1, 2;
e) 3, 2, 1.
Letra c.
Vejamos quais são os critérios utilizados, de forma sucessiva, em caso de empate
entre duas ou mais propostas.
Art. 3º§ 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada prefe-rência, sucessivamente, aos bens e serviços:II – produzidos no País;III – produzidos ou prestados por empresas brasileiras.IV – produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvi-mento de tecnologia no País.V – produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação.
Logo, a sequência correta a ser observada é, de acordo com a questão, 2, 1 e 3.
8. (FGV/AG (PAULÍNIA)/PREF PAULÍNIA/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2016) O pro-
cesso licitatório tem como objetivo garantir que a contratação ocorra na forma me-
nos onerosa e com melhor qualidade para a sociedade.
Assinale a opção que indica o critério de desempate prioritário em um processo
licitatório que apresente igualdade de condições.
a) Capacidade técnica de prestação de serviço.
b) Preferência às empresas de capital nacional.
c) Bens e serviços produzidos ou prestados por empresas brasileiras.
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d) Bens e serviços produzidos no país.
e) Tempo total de prestação do serviço.
Letra d.
O primeiro critério utilizado em caso de empate entre duas ou mais propostas é o
fato dos bens ou serviços serem produzidos no país.
Art. 3º§ 2º Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada prefe-rência, sucessivamente, aos bens e serviços:II – produzidos no País;
9. (FGV/ESP LEG NS (ALERJ)/ALERJ/QUALQUER NÍVEL SUPERIOR/2017) De acordo
com a Lei n. 8.666/1993, a licitação destina-se a garantir a observância do princípio
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a adminis-
tração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e
julgada em estrita conformidade com alguns princípios básicos, como os:
a) da legalidade, da publicidade, da improbidade administrativa e da economicida-
de do preço previsto no contrato administrativo;
b) da igualdade, da eficiência, da competitividade entre os interessados em licitar,
da publicidade e do julgamento subjetivo;
c) da impessoalidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório e do julgamento objetivo;
d) da moralidade, da celeridade, da oralidade, da publicidade e do julgamento con-
forme a íntima convicção motivada;
e) da eficiência, da economicidade do preço previsto no contrato administrativo, da
pessoalidade e da publicidade.
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Letra c.
A questão exige o conhecimento dos princípios que norteiam os procedimentos
licitatórios. Dentre as alternativas, apenas a Letra c apresenta, de forma correta,
alguns desses princípios.
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformi-dade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumen-to convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
10. (FGV/AA (FBN)/FBN/SEM ÁREA/2013) Os itens listados a seguir referem‐se às
modalidades de licitação pública em uso no Brasil, à exceção de um.
Assinale‐o.
a) Compra direta.
b) Concorrência.
c) Tomada de preço.
d) Concurso.
Letra a.
Dentre as alternativas propostas, apenas a “compra direta” não se trata de uma
modalidade licitatória.
11. (FGV/TSE (DPE-RJ)/DPE-RJ/ADMINISTRAÇÃO/2014) As obras, serviços, inclu-
sive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da
Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente
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precedidas de licitação, ressalvadas as hipóteses previstas na Lei. De acordo com
o valor e a natureza do serviço ou bem a ser contratado, o legislador estabele-
ceu determinada modalidade de licitação, com seu respectivo procedimento. Nesse
contexto, são modalidades de licitação previstas na Lei n. 8.666/1993:
a) concessão, permissão, autorização, convite e leilão.
b) concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão.
c) concessão, tomada de preços, convite, pregão e alienação.
d) concorrência, tomada de preços, convite, locação e maior lance.
e) pregão, carta-convite, dispensa, inexigibilidade e habilitação.
Letra b.
A Lei n. 8.666/1993 apresenta cinco diferentes modalidades licitatórias, conforme
previsão do artigo 22:
Art. 22. São modalidades de licitação:I – concorrência;II – tomada de preços;III – convite;IV – concurso;V – leilão.
12. (FGV/TNS (ALBA)/ALBA/ENGENHARIA CIVIL/2014) Um edital de licitação para
contratação de uma obra de construção de um novo prédio para sede de um órgão
público foi orçado por uma equipe de engenheiros e tem o valor de R$ 820.418,55.
Se a obra for contratada por execução indireta e por regime de empreitada por
preço global, a modalidade de licitação a ser adotada será
a) o convite, necessariamente.
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b) o convite ou tomada de preços.
c) a tomada de preços, necessariamente.
d) a tomada de preços ou concorrência.
e) a concorrência, necessariamente.
Letra d.
Vejamos os valores em que as modalidades licitatórias concorrência, tomada de
preços e convite podem ser utilizadas.
Modalidade Obras e Serviços de Enge-nharia
Compras e demais Serviços
ConviteAté R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
Tomada de Preços
Até R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Concorrência Acima de R$ 3.300.000,00 Acima de R$ 1.430.000,00
Além disso, temos que salientar que “quem pode o mais, pode o menos”, de forma
que, nas situações em que for possível a utilização de convite, por exemplo, pode
a Administração Pública fazer uso da tomada de preços ou, ainda, da concorrência.
No caso apresentado, estamos diante de uma obra de engenharia, cujo valor com-
preende a utilização da tomada de preços. Nada impede, no entanto, que a Admi-
nistração Pública faça uso, para a contratação, da modalidade concorrência.
13. (FGV/ACI (RECIFE)/PREF RECIFE/FINANÇAS PÚBLICAS/2014) A Lei n.
8.666/1993 prevê as modalidades de licitação listadas a seguir, à exceção de uma.
Assinale-a.
a) Concorrência
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b) Concurso
c) Leilão
d) Pregão
e) Convite
Letra d.
O pregão, ainda que seja uma modalidade licitatória, não encontra previsão no tex-
to da Lei n. 8.666/1993, mas sim nas disposições da Lei n. 10.520/2002.
14. (FGV/JE TJ-PA/TJ-PA/2009) Após a devida publicação do aviso de uma Con-
corrência Pública, do tipo melhor técnica, contendo o resumo do edital, o certame
licitatório poderá ser realizado pela Administração Pública, de acordo com a Lei
Federal n. 8.666/1993, em:
a) 10 dias.
b) 10 dias úteis.
c) 15 dias úteis.
d) 30 dias.
e) 60 dias.
Letra e.
Vejamos os prazos que devem ser observados entre a data da publicação do edital
(ou da última alteração promovida) e a data de recebimento das propostas:
Tempo mínimo entre a publicação do edital e o recebimento das pro-
postas
Modalidade Modalidade
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45 dias Concurso.
Concorrência, quando for adotado o regime de empreitada integral ou
quando a licitação for do tipo melhor técnica ou téc-
nica e preço.
30 dias Concorrência, nos demais casos.
Tomada de preço, quando a licitação for do tipo
melhor técnica ou técnica e preço.
15 diasTomada de preço, nas
demais situações.Leilão.
5 dias úteis Convite.
Analisando as alternativas, não encontramos nenhuma com o prazo de 45 dias.
Seria o caso de anulação?
De forma alguma. Observe que os prazos elencados pela Lei n. 8.666/1993 são
“prazos mínimos”, sendo perfeitamente possível que o prazo estipulado seja supe-
rior ao legalmente previsto.
Assim, o prazo que está de acordo com as disposições da norma das licitações é o
de 60 dias.
15. (FGV/AG FAZ (NITERÓI)/PREF NITERÓI/2015) A Lei n. 8.666/93, que institui
normas para licitações e contratos da Administração Pública, prevê diversas moda-
lidades de licitação, como por exemplo:
a) leilão, convite e concurso;
b) concorrência, concessão e permissão;
c) delegação, outorga e pregão;
d) tomada de preços, pregão e concessão;
e) concorrência, tomada de preços e lotérica.
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Letra a.
As modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993 encontram-se no artigo
22, de seguinte teor:
Art. 22. São modalidades de licitação:I – concorrência;II – tomada de preços;III – convite;IV – concurso;V – leilão.
16. (FGV/ESP LEG NS (ALERJ)/ALERJ/ENGENHARIA CIVIL/2017) De acordo com o
objeto a ser solicitado, a Administração Pública faz uso de diferentes modalidades
de licitação.
Em uma licitação do tipo menor preço de uma obra de engenharia com valor esti-
mado de R$ 850.000,00, o prazo mínimo para uma empresa entregar a proposta
de preço é de:
a) 5 dias;
b) 15 dias;
c) 30 dias;
d) 35 dias;
e) 45 dias.
Letra b.
Em razão do valor e do tipo de licitação, a modalidade a ser utilizada é, como regra
geral, a toma de preços. Logo, o prazo mínimo para recebimento das propostas,
nessa situação, é de 15 dias.
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Tempo mínimo entre a publicação do edital e o recebimento das pro-
postas
Modalidade Modalidade
45 dias Concurso.
Concorrência, quando for adotado o regime de empreitada integral ou
quando a licitação for do tipo melhor técnica ou téc-
nica e preço.
30 dias Concorrência, nos demais casos.
Tomada de preço, quando a licitação for do tipo
melhor técnica ou técnica e preço.
15 diasTomada de preço, nas
demais situações.Leilão.
5 dias úteis Convite.
17. (FGV/ESP LEG NS (ALERJ)/ALERJ/ENGENHARIA ELÉTRICA/2017) Ao dispor so-
bre as modalidades de licitação, a Lei n. 8.666/1993 estabelece que:
a) tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento
até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a ne-
cessária qualificação;
b) concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para es-
colha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios
ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado
na imprensa oficial com antecedência mínima de quarenta e cinco dias;
c) concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase
inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qua-
lificação exigidos no edital para execução de seu objeto;
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d) convite é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda
de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apre-
endidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação;
e) pregão é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu
objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três
pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instru-
mento convocatório.
Letra a.
Vejamos os conceitos das modalidades licitatórias previstas na Lei n. 8.666/1993:
Art. 22.§ 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualifica-ção exigidos no edital para execução de seu objeto.§ 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.§ 3º Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.§ 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remu-neração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.§ 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem ofere-cer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação
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Dentre as alternativas, apenas a Letra A reproduz, de forma correta, um conceito
apresentando na Lei das Licitações.
18. (FGV/ESP LEG NS (ALERJ)/ALERJ/ENGENHARIA ELÉTRICA/2017) A Lei n.
8.666/1993 dispõe que o julgamento das propostas será objetivo, devendo a Co-
missão de licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com
os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e
de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar
sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
Nesse sentido, o mesmo diploma legal estabelece que constituem tipos de licitação:
a) convite; concessão; permissão; melhor preço para outorga de serviço público;
b) pregão; melhor técnica; desapropriação para atender a interesse público; con-
cessão de serviço público;
c) técnica mais eficaz; melhor preço; concorrência; tomada de preços;
d) leilão; convite; concessão de serviços públicos; autorização para alienação de
bens públicos;
e) menor preço; melhor técnica; técnica e preço; maior lance ou oferta.
Letra e.
Os tipos de licitação encontram previsão no texto do artigo 45 da Lei n. 8.666/1993,
de seguinte redação:
Art. 45.§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso:I – a de menor preço – quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;
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II – a de melhor técnica;III – a de técnica e preço.IV – a de maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.
19. (FGV/TEC DUO/CONDER (BA)/ADMINISTRATIVA/TÉCNICO EM CONTABILIDA-
DE/2013) A modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase
inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qua-
lificação exigidos no edital para execução de seu objeto, é denominada
a) concurso.
b) pregão.
c) convite.
d) tomada de preço.
e) concorrência.
Letra e.
O conceito apresentado é o de concorrência, nos termos da Lei n. 8.666/1993:
Art. 22.§ 1º Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualifica-ção exigidos no edital para execução de seu objeto.
20. (FGV/AL (SEN)/SEN/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/ENGENHARIA CI-
VIL/2008) De acordo com a Lei n. 8.666/1993, na modalidade de licitação tipo
concurso, o prazo mínimo desde a publicação de avisos com resumo dos editais até
o recebimento das propostas é de:
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a) 30 dias.
b) 15 dias.
c) 45 dias.
d) 60 dias.
e) 90 dias.
Letra c.
O prazo mínimo entre a publicação do edital e o recebimento das propostas, no
concurso, é de 45 dias, conforme previsão expressa da Lei das Licitações.
Art. 22.§ 4º Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remu-neração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
21. (FGV/AL (SEN)/SEN/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/ENGENHARIA CI-
VIL/2008) A modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados
ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro
dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualifi-
cação, é denominada:
a) tomada de preços.
b) convite.
c) concurso.
d) concorrência.
e) leilão.
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Letra a.
Trata-se de conceito de tomada de preços, cuja previsão está no artigo 22, § 2º,
da Lei n. 8.666/1993:
Art. 22.§ 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
22. (FGV/ARE (AP)/SEAD AP/2010) A licitação entre interessados, cadastrados ou
não, do ramo pertinente ao seu objeto e aquela entre interessados devidamente
cadastrados, observando-se a qualificação necessária, dizem respeito, respectiva-
mente, as modalidades de licitação:
a) convite e leilão.
b) convite e tomada de preços.
c) concorrência e convite.
d) concorrência e leilão.
e) concorrência e tomada de preços.
Letra b.
Os conceitos apresentados se referem, respectivamente, às modalidades licitató-
rias convite e tomada de preços:
Art. 22.§ 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
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§ 3º Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
23. (FGV/ATE/SEFAZ-MS/2006) Assinale a modalidade de licitação em que se dis-
pensa a publicação do edital.
a) tomada de preços
b) convite
c) concorrência
d) leilão
e) pregão eletrônico
Letra b.
No convite, não temos a publicação de um edital, tal como acontece com as demais
modalidades. O que ocorre, no convite, é a divulgação do instrumento convocatório
(carta-convite) na repartição em que a licitação será realizada.
24. (FGV/TFC/BADESC/ADVOGADO/2010) De acordo com a Lei Federal n.
8.666/1993, a modalidade de licitação que comporta menor formalismo, porque se
destina a contratações de menor vulto, é denominada:
a) pregão.
b) convite.
c) concurso.
d) concorrência.
e) tomada de preços.
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Letra b.
Dentre as modalidades licitatórias, a que é utilizada nas contratações de menor
vulto e que exige, consequentemente, um menor formalismo, é o convite.
25. (FGV/ANA/SAD PE/CONTROLE INTERNO/OBRAS PÚBLICAS/2009) O gestor de
uma Secretaria Estadual, de acordo com a Lei Federal n. 8.666/1993, poderá, para
a contratação de obras e serviços de engenharia, com baixa complexidade, no valor
estimado de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), realizar licitação mediante:
a) concorrência ou tomada de preços.
b) tomada de preços ou convite.
c) pregão, exclusivamente.
d) concorrência, tomada de preços ou pregão.
e) concorrência.
Letra e.
Na medida em que o valor orçado é de R$ 5 milhões, a modalidade que deve ser
utilizada é a concorrência.
Modalidade Obras e Serviços de Enge-nharia
Compras e demais Serviços
ConviteAté R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
Tomada de Preços
Até R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Concorrência Acima de R$ 3.300.000,00 Acima de R$ 1.430.000,00
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26. (FGV/DEL POL/PC-AP/2010) Após a devida publicação do aviso contendo o
resumo do edital de uma licitação na modalidade concorrência, do tipo técnica e
preço, o administrador público estadual poderá realizar o certame, de acordo com
a Lei Federal n. 8.666/1993, no prazo de:
a) 8 (oito) dias úteis.
b) 10 (dez) dias.
c) 15 (quinze) dias.
d) 30 (trinta) dias.
e) 60 (sessenta) dias.
Letra e.
O prazo mínimo exigido entre a publicação do resumo do edital e o recebimento das
propostas, quando a modalidade for a concorrência e estivermos diante do tipo de
licitação técnica e preço, é de 45 dias.
Tempo mínimo entre a publicação do edital e o recebimento das pro-
postas
Modalidade Modalidade
45 dias Concurso.
Concorrência, quando for adotado o regime de empreitada integral ou
quando a licitação for do tipo melhor técnica ou téc-
nica e preço.
30 dias Concorrência, nos demais casos.
Tomada de preço, quando a licitação for do tipo
melhor técnica ou técnica e preço.
15 diasTomada de preço, nas
demais situações.Leilão.
5 dias úteis Convite.
Dentre as alternativas, a única que observa esse prazo mínimo é a letra “e”.
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27. (FGV/ANAL./DPE-MT/ARQUITETO/2015) A modalidade de licitação entre inte-
ressados já devidamente cadastrados e outros que atendem às condições exigidas
para cadastramento, observada a necessária qualificação, é definida pela Lei n.
8.666 como
a) tomada de preços.
b) menor preço.
c) concurso.
d) convite
e) concorrência.
Letra a.
A modalidade em questão é a tomada de preços, nos termos da Lei n. 8.666/1993:
Art. 22.§ 2º Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
28. (FGV/ANA/IBGE/PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DISCIPLINARES/2016) De
acordo com o que dispõe a Lei n. 8.666/1993, a qual institui normas para licitações
e contratos da Administração Pública, são exemplos de modalidades de licitação:
a) tomada de preços, convite e concessão;
b) concorrência, concurso e leilão;
c) registro de preços, pregão e permissão;
d) leilão, outorga e registro de preços;
e) permissão, tomada de preços e convite.
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Letra b.
De acordo com as disposições da Lei n. 8.666/1993, temos as seguintes modalida-
des licitatórias.
Art. 22. São modalidades de licitação:I – concorrência;II – tomada de preços;III – convite;IV – concurso;V – leilão.
Dentre as alternativas apresentadas, apenas a letra “b” elenca, de forma correta,
modalidades expressas no texto da Lei das Licitações.
29. (FGV/ANAL JUD/TJ-GO/JUDICIÁRIA/SEM ESPECIALIDADE/2014) O Estado de
Goiás contratou fundação privada cujo regimento interno estabelece que a institui-
ção é dedicada à recuperação social do preso, sem fins lucrativos e com inquestio-
nável reputação ético-profissional, para prestar serviços relacionados à ressociali-
zação da população carcerária estadual. O contrato observou o preço de mercado,
mas foi celebrado com dispensa de licitação. A contratação em tela é:
a) legal, porque observou hipótese de dispensa de licitação prevista na lei;
b) legal, porque apesar de não ter observado o rol exemplificativo de dispensa de
licitação previsto na lei, aplica-se analogicamente a dispensa por situações de re-
levante interesse social;
c) ilegal, porque a hipótese seria de inexigibilidade de licitação;
d) ilegal, porque a hipótese seria de concorrência, tomada de preços, pregão ou
convite, de acordo com o valor do contrato;
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e) ilegal, porque a hipótese seria de concessão de serviço púbico de relevância so-
cial, precedida de licitação na modalidade concorrência.
Letra a.
A contratação apresentada é legal, uma vez que, no caso, estamos diante de uma
das situações taxativamente previstas como licitação dispensável.
Art. 24. É dispensável a licitação:XIII – na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;
30. (FGV/AG FISC/TCM-SP/ADMINISTRAÇÃO/2015) Fortes chuvas, imprevisíveis
para esta época do ano, assolaram determinado município do interior do Estado,
dando causa a estado de emergência e de calamidade pública, com a destruição
parcial de alguns bairros. Em razão de alagamentos, enchentes e desmoronamen-
tos, a Defesa Civil interditou diversas pontes e vias públicas. Caracterizada a ur-
gência de atendimento de situação que podia ocasionar prejuízo ou comprometer
a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou
particulares, o Prefeito realizou diversas contratações diretas não precedidas de
licitação. Para que tais contratações estejam revestidas de legalidade, devem ter
sido efetivadas mediante processo administrativo de:
a) dispensa de licitação e possuir valor global de até 20% (vinte por cento) do limi-
te previsto para obras e serviços de engenharia da modalidade convite, bem como
não podem ser referentes a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para
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obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas
conjunta e concomitantemente;
b) dispensa de licitação e se referir somente aos bens necessários ao atendimento
da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que
possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos
e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a
prorrogação dos respectivos contratos;
c) dispensa de licitação e estar de acordo com o preço de mercado, se referindo so-
mente aos bens necessários ao atendimento da situação de urgência e para obras
e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 90 (noventa) dias con-
secutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade,
vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
d) inexigibilidade de licitação e o valor de cada contrato deve estar de acordo com o
preço de mercado, não podendo ultrapassar 10% (dez por cento) do limite previsto
para obras e serviços de engenharia da modalidade convite, sendo o prazo máxi-
mo de 90 (noventa) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da
emergência ou calamidade, permitida uma prorrogação dos respectivos contratos;
e) inexigibilidade de licitação e o valor de cada contrato deve estar de acordo com o
preço de mercado, se referindo a parcelas de obras e serviços que possam ser con-
cluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos,
contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos
respectivos contratos.
Letra b.
As contratações diretas do Prefeito, na situação apresentada, devem ter por funda-
mento o artigo 24, IV, da Lei n. 8.666/1993.
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Art. 24. É dispensável a licitação:IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calami-tosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
Observe que, de acordo com a norma, a contratação emergencial é possível para
as situações de urgência de atendimento, havendo a necessidade, ainda, de con-
clusão dentro do prazo máximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos, contados
da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos
contratos.
31. (FGV/CONT (NITERÓI)/PREF NITERÓI/2015) O Município celebrou, mediante
dispensa de licitação, contrato de prestação de serviços (que não são de engenha-
ria) com determinada organização social, qualificada no âmbito da sua respectiva
esfera de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. A contra-
tação teve valor global de trezentos mil reais e está de acordo com o preço de mer-
cado. De acordo com a Lei n. 8.666/1993, em tese, a conduta do Município está:
a) correta, pois se trata de hipótese de dispensa de licitação expressamente pre-
vista na lei;
b) correta, desde que seja feita, no prazo legal, a retificação de dispensa para ine-
xigibilidade de licitação;
c) errada, pois a contratação deveria ter sido feita necessariamente na modalidade
convite;
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d) errada, pois a contratação deveria ter sido feita necessariamente na modalidade
tomada de preços;
e) errada, pois a contratação deveria ter sido feita necessariamente na modalidade
concorrência.
Letra a.
A situação apresenta configura uma das hipóteses de licitação dispensável, nos
termos da Lei das Licitações.
Art. 24. É dispensável a licitação:XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades con-templadas no contrato de gestão.
32. (FGV/OF CHAN/MRE/2016) A União pretende adquirir determinados bens nos
termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, sen-
do as condições ofertadas manifestamente vantajosas para o Poder Público. De
acordo com a Lei n. 8.666/1993, a contratação em tela:
a) pode ocorrer mediante dispensa de licitação;
b) pode ocorrer mediante inexigibilidade de licitação;
c) deve ocorrer necessariamente mediante prévia licitação, cuja modalidade varia
de acordo com o valor da contratação;
d) deve ocorrer necessariamente mediante prévia licitação, na modalidade pregão,
independentemente do valor;
e) deve ocorrer necessariamente mediante prévia licitação, na modalidade concor-
rência, independentemente do valor.
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Letra a.
No caso apresentado, estamos diante de uma situação elencada como licitação dis-
pensável. Em todas as hipóteses de licitação dispensável, há uma faculdade para o
Poder Público, que pode escolher entre realizar a licitação ou contratar diretamente
com os particulares.
Art. 24. É dispensável a licitação:XIV – para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional especí-fico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifes-tamente vantajosas para o Poder Público;
33. (FGV/ADE/CODEMIG/ADVOGADO SOCIETÁRIO/2015) Determinada empresa
pública contratou, mediante dispensa de licitação, uma empresa que é sua subsidi-
ária e controlada, para a prestação de serviços de engenharia. O preço contratado
(quinhentos mil reais) foi compatível com o praticado no mercado e houve perti-
nência entre o serviço prestado e o objeto social de ambas as entidades.
De acordo com as disposições da Lei n. 8.666/1993, a contratação em tela foi:
a) lícita, pois se trata de hipótese de dispensa de licitação prevista expressamente
na lei;
b) lícita, pois a empresa pública poderia optar por contratar mediante inexigibilida-
de ou dispensa de licitação;
c) ilícita, pois deveria ter sido precedida necessariamente de licitação, na modali-
dade convite;
d) ilícita, pois deveria ter sido precedida necessariamente de licitação, na modali-
dade tomada de preços;
e) ilícita, pois deveria ter sido precedida necessariamente de licitação, na modali-
dade concorrência.
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Letra a.
A contratação apresentada é lícita, uma vez que se trata de uma das hipóteses ta-
xativamente previstas de licitação dispensável.
Art. 24. É dispensável a licitação:XXII – na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica;
34. (FGV/TJ/TJ-RO/2015) Governador do Estado deseja contratar determinado
cantor sertanejo consagrado pela crítica especializada e pela opinião pública, dire-
tamente ou através de seu empresário exclusivo, para fazer um show no réveillon
em praça pública para a população. Preocupado em atender aos ditames da Lei n.
8.666/1993, o Governador solicitou parecer à Procuradoria do Estado, oportunida-
de em que foi informado de que a contratação em tela:
a) deve necessariamente ser precedida de licitação, na modalidade concorrência;
b) deve necessariamente ser precedida de licitação, na modalidade convite;
c) deve necessariamente ser precedida de licitação, na modalidade concurso;
d) pode ser realizada com inexigibilidade de licitação;
e) pode ser realizada com dispensa de licitação.
Letra d.
A contratação de artistas é típico caso de licitação inexigível, haja vista que, nessas
situações, não há possibilidade jurídica de competição.
No entanto, para a realização da contratação direta, faz-se necessário que o artista
seja consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou atra-vés de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
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35. (FGV/AG (PAULÍNIA)/PREF PAULÍNIA/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA/2016) O pro-
cesso licitatório exige respeito a determinadas regras, a fim de proteger o interesse
público. Dentre elas, estão os critérios de exceção, que são aplicados às situações
que dispensam ou tornam inexigível o processo licitatório.
Assinale a opção que indica a situação em que o processo licitatório se torna ine-
xigível.
a) Custo inferior a R$ 15.000,00.
b) Fornecedor único.
c) Custo superior a R$ 15.000.000,00.
d) Situações emergenciais.
e) Aquisição de objetos históricos.
Letra b.
Situações de licitação inexigível são aquelas em que não há possibilidade jurídica
de competição. Das alternativas apresentadas, apenas o “fornecedor único” enqua-
dra-se nessa situação.
36. (FGV/AL (SEN)/SEN/APOIO TÉCNICO E ADMINISTRATIVO/ENGENHARIA CI-
VIL/2008) Em um processo licitatório, a atribuição do objeto da licitação ao licitante
vencedor do certame é denominada:
a) homologação.
b) adjudicação.
c) outorga.
d) contratação.
e) habilitação.
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Letra b.
Adjudicar é conferir ao particular vencedor do processo licitatório o objeto da lici-
tação. É atribuir ao vencedor a preferência de poder contratar com a administração
caso a mesma opte por realizar tal procedimento.
A adjudicação trata-se do último ato do procedimento licitatório.
37. (FGV/ACI/SEFAZ-RJ/2011) De acordo com a Lei n. 8.666/1993, são tipos de
licitação
a) concorrência, tomada de preços e convite.
b) menor preço, melhor técnica e maior lance ou oferta.
c) empreitada por preço global, empreitada por preço unitário e empreitada inte-
gral.
d) dispensável, inexigível e dispensada.
e) melhor qualificação técnica, melhor qualificação jurídica e melhor qualificação
econômico-financeira.
Letra b.
Vejamos os tipos de licitação, conforme previsão da Lei n. 8.666/1993:
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38. (FGV/CONS LEG (ALEMA)/ALEMA/ORÇAMENTO PÚBLICO/2013) Os tipos de li-
citação “menor preço, melhor técnica, técnica e preço” se aplicam às modalidades
relacionadas a seguir, à exceção de uma.
Assinale‐a.
a) Convite.
b) Concurso.
c) Tomada de preços.
d) Compra direta.
e) Concorrência.
Letra b.
A modalidade concurso é a única que não faz uso dos tipos de licitação previstos
na Lei n. 8.666/1993. Tal modalidade destina-se à escolha de um trabalho técnico,
artístico ou científico. Em tais situações, ainda que o Poder Público deva pautar o
seu julgamento em critérios objetivos, a escolha do vencedor envolverá, em maior
ou menor grau, certo nível de subjetividade.
39. (FGV/ANA/SAD-PE/CONTROLE INTERNO /FINANÇAS PÚBLICAS/2009) Consti-
tuem, respectivamente, tipos de licitação nas modalidades concorrência / pregão:
a) melhor técnica / maior preço.
b) técnica e preço / menor preço.
c) menor lance / melhor preço.
d) menor preço / melhor técnica.
e) menor oferta / menor lance.
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NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Licitações Públicas
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Letra b.
No pregão, a licitação deverá ser feita, obrigatoriamente, de acordo com o critério
do menor preço. Na concorrência, um dos tipos de licitação admitidos é a técnica
e preço.
40. (FGV/ANA GEST/COMPESA/ADMINISTRADOR/2014) Leia o parágrafo a seguir.
Parágrafo único. Consideram‐se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos des-
te artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetiva-
mente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
Para aquisição de bens e serviços comuns, deverá ser adotada a licitação na moda-
lidade de pregão, que será regida pela
a) Lei n. 8.137/1990 e suas alterações.
b) Lei n. 12.232/2010 e suas alterações.
c) Lei complementar n. 101/2000.
d) Lei n. 8.666/1993 e suas alterações.
e) Lei n. 10.520/2002 e suas alterações.
Letra e.
As disposições relacionadas com o pregão encontram previsão no texto da Lei n.
10.520, de 2002.
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