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1 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ ISSN 1679-0189 Ano CXII Edição 27 Domingo, 01.07.2012 R$ 3,20 A Primeira Igreja Batista em São Tomé, no Paraná, realizou a Noite da Tapioca, com o objetivo de abençoar o povo chinês, através do projeto “Bíblias para a China”. Onde todo o lucro foi destinado para a Junta de Missões Mundiais. O evento contou com a colaboração de toda a Igreja, bem como toda a sociedade. Veja a matéria completa na página 10. Não tem desculpa para manter um bom arquivo com pouco espaço e uma redução enorme de papéis. Uma família em média arquiva mais de 1.200 comprovantes em cinco anos, a partir de agora 100 comprovantes serão suficientes. Vá até a página 14 e saiba como organizar a vida econômica. Noite da Tapioca arrecada recursos para o projeto Bíblias para a China Guardar ou não guardar recibos de pagamentos? Os dias tão esperados acabaram de chegar. Já es- tamos em plena MEGATRANS, quando um grande exército de servos do Senhor já está em muitos es- tados e cidades pregando a Sua Palavra. Um meio de participar da MEGATRANS é através da Trans Local, uma modalidade compacta da MEGATRANS que garante a mesma qualidade na semeadura, de forma totalmente administrada por igrejas locais, com campos de atuação e datas adaptadas a cada realidade. Saiba mais na página 7.

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1o jornal batista – domingo, 01/07/12?????

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Rua Senador Furtado, 56 . RJ

ISSN 1679-0189

Ano CXIIEdição 27 Domingo, 01.07.2012R$ 3,20

A Primeira Igreja Batista em São Tomé, no Paraná, realizou a Noite da Tapioca, com o objetivo de abençoar o povo chinês, através do projeto “Bíblias para a China”. Onde todo o lucro foi destinado para a Junta de Missões Mundiais. O evento contou com a colaboração de toda a Igreja, bem como toda a sociedade. Veja a matéria completa na página 10.

Não tem desculpa para manter um bom arquivo com pouco espaço e uma redução enorme de papéis. Uma família em média arquiva mais de 1.200 comprovantes em cinco anos, a partir de agora 100 comprovantes serão suficientes. Vá até a página 14 e saiba como organizar a vida econômica.

Noite da Tapioca arrecada recursos para o projeto

Bíblias para a China

Guardar ou não guardar recibos de pagamentos?

Os dias tão esperados acabaram de chegar. Já es-tamos em plena MEGATRANS, quando um grande exército de servos do Senhor já está em muitos es-tados e cidades pregando a Sua Palavra. Um meio de participar da MEGATRANS é através da Trans

Local, uma modalidade compacta da MEGATRANS que garante a mesma qualidade na semeadura, de forma totalmente administrada por igrejas locais, com campos de atuação e datas adaptadas a cada realidade. Saiba mais na página 7.

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2 o jornal batista – domingo, 01/07/12 reflexão

E D I T O R I A L

do que o ensinamento. O que também trará mais tra-balho, já que não se ensina e aprende qualquer questão em pouco tempo.

Este inclusive, o tempo, é resumido em prazos à cum-prir. Diante de reuniões apre-sentam na hora suas metas cumpridas, isso enquanto seus liderados se perguntam quando foram decididas estas metas? Sem direção, o grupo que tais líderes estão à frente se dissipam e novamente sentem a falta de liderança, apesar de haver um líder.

Mas ainda existem líderes que usam Jesus como seu principal exemplo de lide-rança e assim educam; estão sempre no meio dos seus liderados; criam um ambien-te harmonioso, apesar das diferenças; sabem amar e por isso são amados; criam ensinamentos e não regras; dão exemplo; estão dispos-tos a se sacrificar, inclusive o seu tempo, por seus lide-

aparenta é que alguns líderes acreditam que sua tarefa é fazer o arroz com feijão, ou seja, é importante mas pode vir acompanhado de muito mais. O resultado desta ação é o trabalho feito, mas lidera-dos sem direção. Isso porque não se preocupam com o grupo que lideram, não se importam em ensinar, em construir novos líderes, nem cumprir metas maiores. Por isso, o grupo fica com sede de líderes.

Sem dar exemplo, mandam e desmandam da forma que bem entendem, estão mais preocupados em manter seu próprio bom nível, do que abençoar as vidas. Não en-tendem que precisam agir com amor, isso tanto no meio secular, quanto dentro das igrejas. E não conseguem amar o próximo porque não sabem o que é o amor (o que renderia outra conversa). Este tipo de líder acredita que as regras são mais eficientes

Em um tempo onde as informações brotam instantaneamente, e o que era anormal

já é fatalmente normal, o povo cristão necessita cada vez mais se manter no foco da luz de Cristo. É nesse meio turbulento que se vê a necessidade de líderes que possam ensinar com sabe-doria às crianças, líderes que saibam amar e orientar os jovens e líderes que tenham sabedoria ao falar com adul-tos. É quando o necessário surge, que se descobre o que falta, e infelizmente o que está em falta são líderes de verdade.

Entenda por líder algo à mais do que uma ocupa-ção em cargos. Nisto, pelo menos, pouco problema existe. Os cargos são ocu-pados, mas nem sempre por líderes. Muitas vezes apenas por nomes importantes e imponentes, mas a ação de liderança fica vaga. O que se

rados e pela sua tarefa; isso não para cumprir regras, mas para alcançar metas traçadas por todo o grupo. Que cada vez mais surjam líderes re-almente preocupados com seus liderados.

“E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Te-nho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi--la em jejum, para que não desfaleça no caminho.

E os seus discípulos dis-seram-lhe: De onde nos vi-riam, num deserto, tantos pães, para saciar tal mul-tidão? E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete, e uns poucos de peixinhos.

Então mandou à multidão que se assentasse no chão, e, tomando os sete pães e os peixes, e dando graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos à multidão” (Mateus 15.32-36).

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Rua Senador Furtado, 56 - CEP 20270-020 - Rio de Janeiro - RJ).

Cartas dos [email protected]

A regulação do mercado das drogas

• Bastante oportuno e per-tinente o alerta do irmão Cacau de Brito, publicado no OJB, edição 23. A maioria absoluta da população não tem convicção do qual seria a melhor estratégia. Nesse deserto de ideias, abre-se espaço para oportunistas, que usando de sofismas e meias verdades, tentam impor sua visão.

O “The Wall Street Journal” publicou uma excelente ma-téria sobre o tema. Num de-terminado trecho, os autores traçam interessante paralelo. Nos EUA, o álcool mata mais pessoas que todas as drogas ilícitas combinadas (85.000 mortes contra 17.000 em 2000, segundo um estudo do Journal of the American Medical Association). O ál-

cool também tem muito mais usuários viciados.

Qualquer forma de dispo-nibilidade legal que pudesse

realmente substituir o merca-do ilícito de drogas as torna-ria muito mais barata e mais disponíveis. Se essas drogas

“pesadas” fossem vendidas mais ou menos nas mesmas condições do álcool, há todas as razões para crer que a livre iniciativa iria realizar a sua mágica, ampliando a base de clientes e, especificamente, o número de consumidores problemáticos, resultando em consequências negativas, semelhantes aos do álcool em termos de doenças, aci-dentes e crimes.

Como se vê, não é uma discussão que possa ser gla-mourizada nem embasada sobre “achismos”. Pior, uma vez liberado o mercado de drogas, o eventual caminho de volta seria dolorido e trau-mático.

Washington Fazolato Barbosa

Membro da Igreja Batista do Parque Lafaiete

Duque de Caxias-RJ

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEPaschoal Piragine JúniorDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALMacéias NunesDavid Malta NascimentoOthon Ávila AmaralSandra Regina Bellonce do Carmo

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIARua Senador Furtado, 56CEP 20270.020 - Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 01/07/12reflexão

MÚSICARolando de nassau

(Dedicado à leitora Márcia Cristina Gomes Hollanda, de Brasília, DF)

Conforme progra-mado, a viagem de ônibus come-çou em Frankfurt,

na manhã de 14 de maio. Acompanhado por minha filha Márcia, percorremos, em 12 dias, 1.992 quilôme-tros, em rodovias, avenidas e ruas do leste da Alemanha, para visitar 22 cidades e vilas onde Johann Sebastian Bach (1685-1750) atuou como compositor e organista.

Tentaremos resistir à ten-tação de escrever um relato turístico. Mesmo porque não foi um descontraído passeio, mas uma respeitosa peregri-nação pelos caminhos de Bach.

Transitando por uma ro-dovia, pudemos ver no hori-zonte dois marcos históricos: o castelo de Wartburg, onde Lutero, glória da cultura ale-mã, traduziu a Bíblia, e o monumento aos judeus assas-sinados no campo de exter-mínio étnico de Buchenwald, vergonha da humanidade.

Aos participantes da ex-cursão Elisa Freixo forneceu um “Vade-mécum” do qual resumimos os seguintes pas-sos: OSTHEIM VOR DER RHÖN – visita ao museu do órgão; FREIBERG – re-citais na “Petrikirche” e na catedral; FRAUENSTEIN - visita ao Silbermann Mu-seum; NASSAU – recital na igreja da aldeia; ZÖBLITZ – recital na igreja da cidade; DRESDEN – visita à catedral; COSWIG – recital na igreja velha; WALTERSHAUSEN – recital na igreja do Socorro Divino; EISENACH – visita aos locais comemorativos de Bach; WEIMAR – visita às casas de Schiller e Goethe, e à “Bauhaus”, origem do movimento modernista da arquitetura alemã; palestra de Jean sobre a numerologia na música bachiana; ARNS-TADT – visita ao museu e aos locais históricos ligados a Bach; DORNHEIM – reci-tal na igreja de S. Bartolo-meu; NAUMBURG – visita à catedral medieval e recital

na igreja de S. Venceslau; LEIPZIG – culto matutino na igreja de S. Tomé, onde Bach foi ministro de músi-ca (1723-1750), acesso ao monumento a Mendelssohn, visita ao Bach Museum e ao museu de instrumentos musicais da universidade local, com recital didático de Elisa Freixo; ALTENBURG – recital na igreja do castelo; RÖTHA – recitais de Jean Ferrard (Georgenkirche) e de Elisa (Marienkirche); CELLE – visita ao castelo barroco e ao “Residenzmuseum”, cami-nhada pelo “Jardin Français”; HAMBURG - à noite de 22 de maio, concerto de Rudolf Kelber na “Jakobikirche”; no dia seguinte, visita à coleção Beuermann de instrumentos de teclado e recital de Elisa; LÜBECK – recital de Jean no órgão “Stellwagen” da “Jako-bikirche” desta cidade; STA-DE – recitais de Jean e Elisa; STEINKIRCHE – concerto de Eva Schad; NEUENFELD – recitais de Elisa e Jean. Como diria a companheira de viagem e poetisa Marina Colasanti, “Toda a noite eu passei no colo do passado”. Foi muito bom termos ido a Weimar, embora lembrados

do fato de que o nosso herói esteve preso nessa cidade, de 6 de novembro até 2 de dezembro de 1717.

Trouxe comigo gravações em CDs feitas em igrejas de Freiberg, Nassau, Dresden e Rötha (órgãos “Silbermann”), Hamburg e Stade (órgãos “Schnitger”), Waltershausen e Altenburg (órgãos “Trost”) e Naumburg (órgão “Hilde-brandt”).

Em várias etapas do percur-so, tivemos 21 recitais didá-ticos, melhor aproveitados pelos estudantes de órgão; 1 recital demonstrativo de Ire-ne Greulich em Naumburg; foi convidada Eva Schad para um concerto em Steinkir-chen.

Um dos pontos altos na demonstração de virtuosida-de organística foi alcançado por Rudolf Kelber (1948- ), aluno de Karl Richter, desde 1982 “Kantor” e organista da “Jakobikirche”, em Hamburg. Ele promoveu a restauração do órgão “Schnitger” (ter-minada em 1993), que é o maior órgão barroco exis-tente em funcionamento no mundo. A “Toccata, Adagio e Fuga”, em dó maior, BWV-564, foi executada por Kelber

com o movimento intermedi-ário. Bach usou a pedaleira, “como se os seus pés tives-sem asas”, comentou uma testemunha ocular quando Johann Sebastian esteve em 1714 para testar um órgão em Kassel. Kelber também é exímio nas improvisações com a pedaleira. O “Adágio” é uma ária barroca, um epi-sodio enigmático. A “Fuga” é uma página eloquente. No arranjo do “Concerto, em sol maior, segundo o duque Johann Ernst von Sachsen--Weimar”, BWV-592, Bach imitou o modelo, em esti-lo vivaldiano, para mostrar que era capaz de fazer obra encantadora. O “Concerto, em ré menor”, segundo o Concerto Grosso, opus 3, nº 11, do “Estro Armonico”, de Vivaldi, BWV-596, é o mais elaborado da série de concer-tos transcritos por Bach, que durante algum tempo foi atri-buído ao seu filho Wilhelm Friedemann Bach. Nota-se a importante influência dos mestres italianos sobre Bach (nos anos 1713-1714), quan-do trabalhava em Weimar como organista e compositor de música para órgão. RK mostrou-se discípulo de KR.

Assistimos a dois cultos reformados, em templos que, antes de 1517, certamente eram católicos: no dia 20, na “Thomaskirche”, em Leipzig; no dia 27, na “Marienkirche”, na célebre Alexander Platz, em Berlim, que possui um órgão “Joachim-Wagner”.

Aristóteles escreveu: “So-mos o que repetidamente fazemos. A excelência, por-tanto, não é um feito, mas um hábito”. O ditado popular diz: “Plante um hábito, colha um caráter”. Essas palavras foram sintetizadas por Ben-jamin Franklin: “Conhece-mos o caráter pelos hábitos”. No caráter do povo alemão encontramos o hábito do planejamento.

Elisa Freixo, que estudou em Hamburgo, assimilou esse traço característico. Além de competente orga-nista e dedicada professora, revelou-se arguta planejado-ra. Durante quase um ano projetou esta maravilhosa peregrinação, que, como escreveu o companheiro de viagem Affonso Romano de Sant’Anna, “todos os que-rubins e serafins também gostariam de fazer”.

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4 o jornal batista – domingo, 01/07/12 reflexão

PARÁBOLAS VIVASJoão Falcão Sobrinho

oão Evaristo era um bom mineiro de Leopoldina, que foi para Mimoso do Sul, no Espírito Santo,

contratado por um fazendei-ro capixaba para administrar sua fazenda. Católico fervo-roso, carregava no coração, em silêncio, um profundo desejo de ter uma certeza de fé, uma esperança para sua alma. Lá um belo dia, Evaristo voltava da cidade montado no seu cavalo quan-do, de repente, com ele se emparelhou outro cavaleiro. O estranho era um moderno Felipe, evangelista colportor presbiteriano que cavalgava por aquelas plagas levando a mensagem do evangelho de Jesus. Começaram a con-versar e o evangelista não perdeu tempo. Foi logo ex-

plicando como uma pessoa pode obter a salvação da sua alma aceitando a Jesus pela fé em seu coração.

João Evaristo acompanhou as palavras do evangelista itinerante com atenção até que chegaram à sombra acolhedora de uma árvore, onde pararam e apearam de seus cavalos para me-lhor poderem conversar. Ali mesmo, a graça de Deus penetrou na alma de João Evaristo e ele se rendeu a Jesus. Como o evangelista precisava seguir viagem, combinaram um dia da se-mana para que ele fosse à casa de Evaristo explicar o plano bíblico de salvação para toda a família. Após várias visitas, a esposa e os filhos de João também se

converteram a Jesus Cristo. Eles possuiam uma velha Bíblia guardada numa gaveta e começaram a ler o livro de Deus para aprofundarem sua fé. João Evaristo veio a ser pai de onze filhos e todos eles se tornaram crentes.

Como não havia igreja presbiteriana na cidade, João começou a levar sua família para a Igreja Batista, onde todos os que tinham idade suficiente para crer e dar profissão de fé foram batiza-dos. João começou a chamar os vizinhos para as reuniões e na sua casa surgiu uma congregação que viria a ser uma igreja batista. Algum tempo depois, nasceu Tilda. Com a decadência da cultura do café, João Evaristo se viu obrigado a mudar-se para o

Rio de Janeiro. Aqui, come-çaram a frequentar a Igreja Batista da Tijuca, então pas-toreada por Osvaldo Ronis. Num culto de domingo à noite, Ronis pregou uma forte mensagem sobre o horror de alguém morrer sem Cristo e ir para o inferno. Tilda esta-va com nove anos de idade e naquele dia entregou seu coração a Jesus. Ela queria ter a certeza de que, ao mor-rer, iria para o céu. Cresceu aprendendo a amar a Jesus. Estudando a biografia dos missionários, ainda adoles-cente, Tilda Evaristo sentiu o chamado de Deus e deci-diu ser missionária também. Preparou-se, apresentou-se à Junta de Missões Nacionais e foi nomeada para trabalhar no vale do Tocantins.

Por muitos anos, desen-volveu seu produtivo mi-nistério ao lado de grandes missionárias como Beatriz Silva e Margarida Gonçal-ves. Hoje Tilda trabalha no CIEM, na área de ensino sobre missões, sem nunca ter perdido a visão da voca-ção que Deus colocou em seu coração, coordenan-do projetos evangelísticos desenvolvidos pela escola onde ela se preparou para atender ao chamado divino e para onde voltou a fim de continuar a viver sua voca-ção missionária. Assim, a menina que aos nove anos de idade não queria ir para o inferno, através de sua vida de serva fiel tem ajudado centenas de pessoas a des-cobrirem o caminho do céu.

J

O Novo Comentário Bíblico Outlines (AT e NT) com recursos adicionais foge ao padrão convencional, pois foi desenvolvido para os leitores de todos os níveis, tanto os que querem enriquecer seus conhecimentos bíblicos e culturais, como estudantes da Bíblia, professores de escola dominical, pastores e líderes eclesiásticos.

Comentário BíblicoWIERSBE OUTLINES

www.geograficaeditora.com.br

@geograficaed/geograficaeditora

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5o jornal batista – domingo, 01/07/12reflexão

Noélio DuarteEscritor, Educador, Pastor, Membro Titular e Capelão da Academia Evangélica de Letras do Brasil – AELB

Um cristão estava viajando em um navio, em direção ao local onde iria

desenvolver um projeto. Era uma viagem longa e a traves-sia duraria três longos dias pelo oceano. O navio tinha acomodações confortáveis e a previsão do tempo para a viagem era boa.

Depois de navegar o pri-meiro dia, o comandante ouviu o alerta dado pelo rá-dio de que à frente o navio enfrentaria intensas chuvas e ondas agitadas. Não demo-rou muito e uma tempestade atingiu aquela embarcação com ventos fortes fazendo com que a água invadisse os seus compartimentos. Então ele pediu a todos os passa-geiros que saíssem de seus camarotes e ficassem em um local seguro no porão do navio. Todos se dirigiram para lá. E para se certificar de que ninguém estaria desobe-decendo as suas ordens, ele mesmo foi vistoriar camaro-te por camarote. E em um deles encontrou um homem dormindo um sono pesado, apesar do navio estar sendo balançado violentamente. Então aquele passageiro foi sacudido pelo comandante, ordenando que ele fosse se juntar aos demais. O homem despertou do pesado sono e perguntou o que estava acontecendo. O comandante respondeu que o navio estava entrando em uma área de tur-bulência, o mar estava muito bravio e ele não poderia con-tinuar ali. E deveria começar a rezar porque a fúria das águas havia aumentado.

Aquele homem então se identificou dizendo que era um cristão, servo do Deus vivo e que estava indo à uma cidade distante com uma missão de anunciar o evan-gelho da paz e da redenção. E disse ao comandante que não iria descer e que voltaria à dormir por duas razões:

“Primeira: Comandante, eu e o meu Deus temos um con-trato de serviço e estou traba-lhando para Ele, dedicando integralmente a minha vida. Segunda: Eu e o meu Deus firmamos um acordo de que Ele estaria sempre acordado e que jamais dormiria para me defender e proteger. E foi Ele mesmo quem me disse varias vezes: não temas porque eu

Celson P. VargasPastor da IB Monte Moriá em Volta Redonda, RJ

“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai--vos pela renovação da vossa mente” (Rom. 12.2).

O título “GOSPEL” nada mais é do que uma criação humana por par-

te de maus crentes, como tentativa de legalizar a prá-tica de atitudes contrárias aos mandamentos de Deus para sua igreja, ou seja, pe-cado, por parte desta. Assim temos: Rock gospel, funk gospel, carnaval gospel, namoro (ficar) gospel, co-quetel gospel, moda gospel ou forma de vestir das mu-lheres crentes, tão ou mais ousadas do que a moda do mundo, e mais recentemen-te a famigerada festa junina gospel que contém quase tudo disto em um único evento. Em algumas igrejas estão sendo chamadas de Festa Junina Sem João. Eu fico pensando: Se nem João pode estar em tais festas, imagina Deus.

Não se iluda o povo de Deus. A Bíblia é enfática ao determinar que a Igreja de Jesus ou os crentes em Cristo, não podem se conformar, ou viver as mesmas práticas do mundo pagão, pelo contrá-rio, devem se transformar dia

te ajudo. E neste instante, comandante, Ele está acorda-do. Por isso eu posso dormir. Então eu vou orar à Ele agora para que ele se lembre do nosso contrato”.

E orou. Os ventos foram cessando, a tempestade pas-sou. Então aquele coman-dante reconheceu que Deus estava com aquele missioná-rio e tornou-se um servo do Senhor.

Ao longo de toda Bíblia, a expressão “Não temas” apa-rece cerca de 360 vezes no Antigo e Novo Testamento. Expressões do tipo: “Fique calmo”, “Não se atemori-ze”, “Não tenhas receio”, “Sê forte e corajoso”, “Estou convosco”, “Eu, eu mesmo, vou adiante de ti..” são ex-pressões sinônimas de “Não temas” e que aparecem de forma constante no texto sagrado.

Deus sabe que desde que o homem pecou, perdeu a Sua companhia constante e quebrou o pacto de fideli-dade com Ele. A morte e o medo passaram a ser com-panhias constantes na vida do ser humano. Assim é que após a queda do homem, naquele memorável diálogo do Senhor com Adão em Gênesis 3, quando o Senhor pergunta: “Onde estás?! Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim e, porque estava nu, tive medo e me escondi...”. Ali aparece pela primeira vez na Bíblia a expressão medo.

Mas o que é medo?Segundo informa-nos o

dicionário, “é um sentimento de viva inquietação ante a noção de perigo real ou ima-ginário, de ameaça”. Tam-bém é descrito como “pavor, temor, receio, apreensão”. Então, é possível afirmar que “medo é uma resposta à ame-aças ou ao desconhecido”. Não se tem medo daquilo que se conhece. E quando surge um situação em que temos completo domínio, ficamos tranquilos e agimos com coragem. Mas quando a situação é nebulosa e per-dura a dúvida, então o medo vem e nos consome.

No diálogo de Deus com Adão, quando o Senhor per-gunta onde ele estava, não é estranho Ele dizer que ou-viu a voz do Senhor e teve medo? É que a vida espiritual de Adão estava ali profunda-mente afetada pelo pecado da desobediência e, portanto, separado, afastado definitiva-mente, da presença gloriosa do Senhor. Ao declarar que “tive medo”, Adão estava afir-

a dia na imagem de Cristo. Ou seja, cada vez mais elimi-nar a ação do velho homem do pecado para dar lugar a atos do novo homem criado em Cristo Jesus. “Como vive-remos ainda no pecado, nós os que para ele morremos” (Rom. 6.2).

Desde o tempo em que o Senhor formou o seu povo, a nação de Israel, é chegada a hora de dar-lhes a posse da terra prometida, esta também foi a recomendação de Deus para eles: Não pratiquem os atos ou cultura deste povo para o qual eu vos envio, se assim o fizerem estarão cain-do na cilada do pecado. Veja um dos textos que falam des-ta determinação: “Abstém--te de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais; para que te não seja por cilada” (Êx. 34.12).

Se você está pensando em ser um crente gospel ou tal-vez já esteja sendo, saiba que está pecando conscien-temente, e isto é muito grave. Lembre-se, Deus é absoluta-mente justo. Ele não deixa o pecado impune. Além de seu pecado pessoal, ao participar dos atos de adoração em sua igreja você está extinguindo dali o Espírito Santo, você está trazendo maldição para sua congregação, participan-do da mesa de forma indigna.

Que o Senhor nos abençoe para resistirmos as ciladas do gospel.

mando não conhecer mais o Senhor amoroso que o tinha criado e com quem tinha um permanente diálogo. O afastamento de Deus gera medo e cria uma insegurança sem fim.

Ao longo da história, Deus foi ensinando aos seus filhos a terem confiança nEle e crer em sua augusta presença, não como alguém distante, mas real, participante e cons-tantemente ativo. No texto bíblico somos convidados a dependermos do Senhor em todas as lutas, batalhas e combates. Ele deseja que Seus filhos confiem inteira-mente nEle. Há centenas de registros bíblicos onde Deus manifesta o seu desejo de caminhar conosco: Salmo 37.5: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle..”; Sal-mo 62.8: “Confiai no Senhor em todo o tempo...”; Salmo 125.1: “Os que confiam no Senhor são como o Monte de Sião...”; Provérbios 16.20: “O que confia no Senhor, esse é feliz...”; Isaías 26.4: “Confiai no Senhor perpetu-amente...”; Isaías 49.23: “Os que confiam em mim não serão confundidos...”; Isaías 50.10: “Confie no Nome do Senhor e firme-se sobre o seu Deus”. Precisamos con-fiar mais em Deus e na Sua Palavra.

Um prédio estava pegando fogo e ali estavam os bom-beiros apagando o incêndio. E todos aqueles que estavam em perigo, os bombeiros estendiam suas redes e gri-tavam para que pulassem. E todos os que pularam, foram salvos. Até que avistaram um garotinho lá no último andar e gritaram para ele pular, mas ele gritava que não po-dia porque estava paralisado pelo medo... Foram várias as tentativas e as chamas já ameaçavam tirar a vida do garotinho. Foi então que o seu pai segurou um lado da rede e gritou: “Meu filho, sou eu, seu pai. Feche os seus olhos, pode pular, não tenha medo! Eu já segurei você outras vezes e não vou errar. Não tenha medo, pule! Então o garoto se soltou e pulou, sendo salvo pelo seu pai que o abraçou ternamente diante de todos.

Precisamos ouvir mais a voz do Senhor: “Sou Eu, seu Pai... Pode pular! Não tema porque estou de braços aber-tos para te acolher. Ainda hoje o Senhor nos fala: Não tenha medo”. Confiemos mais nesse maravilhoso Se-nhor.

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6 o jornal batista – domingo, 01/07/12 notícias do brasil batista

Pastor Raimundo Gomes

Mais um obreiro do campo ba-tista que deixou a faixa sexage-

nária, o pastor Israel Pinto Pimentel, da Igreja Batista Central do Farol (AL). O cul-to de gratidão a Deus por seus 70 anos de vida e 45 de ministério foi celebrado no dia 28 de abril, numa noite especial de louvor, adoração e ministração da Palavra pelo pastor Sérgio Corrêa, das IB de Utinga e da Forene, em Rio Largo (AL).

A primeira característica do aniversariante enalteci-da pelo preletor foi de um homem que merece todas as honras, amor e admiração pela obra que tem realizado, admoestando, encorajando, abençoando e ajudado amo-rosamente as pessoas com as quais convive, e até mes-mo aquelas que estejam fora de seu rebanho. Seu ponto de reflexão foi a leitura de I Tessalonicenses 5.12-13.

“Eu tenho um profundo amor por este homem de Deus. Jamais esquecerei como ele foi usado por Deus para me trazer de vol-ta aos caminhos do Senhor, há 20 anos. Quando estava servindo ao mundo com o meu talento de músico, tocando em locais profanos como fonte de sobrevivên-cia da minha família, e fui resgatado por ele para re-tornar à igreja”, contou o pastor.

Em breve testemunho, o pastor Sérgio lembrou que

Departamento de Comunicação da PIB em Cascavel, BA

Durante todo o mês de maio a Primeira Igreja Batista em Cas-

cavel (distrito de Cascavel Ibicoara – BA) promoveu várias conferências para a família e para marcar o seu primeiro aniversário depois de organizada. E para cele-brar essa histórica data, a igreja esteve em festa no dia 27 de maio. Na ocasião da festividade o mensageiro da noite foi o pastor Luiz Car-los, da PIB em Planalto. O templo ficou pequeno para tanta gente, foi uma noite de renovo e restauração de famílias.

numa madrugada de domin-go, quando chegou em casa, sua esposa Lena o chamou e disse: “Sérgio, esta foi a últi-ma vez que você tocou para o mundo. A partir de hoje você vai viver para louvar a Deus”. Ele disse que ques-tionou, porque sua fonte de renda eram as noitadas de Maceió. Mas orou com a esposa e pediu a Deus que os ajudasse.

Deus respondeA oração de uma mulher

sábia, temente a Deus, pode todas as coisas. Foi isso que aconteceu na vida do pastor Sérgio. Desempregado, ele não tinha a menor ideia de como sobreviveria a partir daquele dia com sua família. Mas Deus tinha a resposta. Ao meio-dia daquele mesmo domingo, o pastor Israel foi

A pequena congregação que há vinte anos teve seu início, se desenvolveu e

à sua casa “intimá-lo” para tocar à noite em sua igreja.

“Naquele momento senti a presença do Espírito de Deus. Ele tinha respondido à oração da minha esposa. À noite, estava tocando na IB Calvário, no Eustáquio Gomes. Quando terminei fui convidado pelo pastor Israel para ser ministro de música da igreja. Deus seja louvado! Nunca mais toquei – e nem vou tocar – a não ser para glorificar o nosso Deus”.

Com esse testemunho no início da mensagem o pastor Sérgio fez ver à IB Central do Farol uma pequena mostra do quanto o pastor Israel Pimentel tem sido um ins-trumento nas mãos de Deus para abençoar vidas. E que precisa ser amado, ajudado e encorajado por todos para continuar exercendo o minis-

cresceu ao longo dos anos e através de sua igreja mãe, a Igreja Batista Peniel em Mu-

tério que lhe fora confiado pelo Senhor Jesus.

O pastor Samuel Cerqueira, também presente à celebra-ção, homenageou o aniver-sariante com a leitura de I Timóteo 5.17, dizendo que tem acompanhado o pastor Israel de longas caminhadas e o testemunho que tinha a dar sobre ele era de ter convivido com um servo dotado de um padrão de vida moralmente correto e santo, cheio do po-der do Espírito Santo.

Outras homenagensO aniversariante foi ho-

menageado, também, pelas mulheres e a juventude da igreja, e por uma ex-ovelha de seu rebanho que assentiu, como toda a igreja, com os testemunhos dos dois pasto-res, sobretudo com o perfil de afetividade, integridade e amor sobre o qual o pastor Sérgio discorreu para ex-pressar sua gratidão a um dos obreiros mais antigos do campo batista alagoano.

Pastor Israel agradeceu às homenagens e prometeu con-tinuar servindo a Deus com a mesma fidelidade enquanto Ele o permitir. “Deus é tudo para mim”, enfatizou. Fez em seguida um agradecimento especial à sua esposa, Maria Madalena, “minha compa-nheira de todos os momentos desde o dia 23 de setembro de 1965”. O casal tem três filhos e cinco netos.

Separado para servirNascido no dia 29 de abril

de 1942, em Palmeira dos Índios/AL, o pastor Israel

cugê, em maio do ano pas-sado tornou-se igreja através do concílio de organização.

foi criado na igreja, graças à influência de sua tia Rosa Eu-lália Pimentel, que foi, com a sua avó Hermelinda Bárbara de Souza Melo, fundadoras da Primeira Igreja Batista da cidade. Aceitou o evangelho aos 14 anos e foi batizado no dia 8 de dezembro de 1957 pelo pastor Zacarias de Bar-ros Almeida.

Depois de concluir o gi-nasial (ensino básico) em Palmeira dos Índios, foi para Maceió em 1960, cursar o colegial (ensino fundamental) no Colégio Batista Alagoano. No mesmo ano, quando da realização do Instituto Bí-blico Alagoano no Colégio, atendendo o apelo do pastor Rubens Lopes da IB Vila Ma-riana, em São Paulo, decidiu pela carreira ministerial. Em fevereiro de 1963 foi reco-mendado ao Seminário Te-ológico Batista do Norte do Brasil pela IB do Farol.

Pastor Israel tinha vocação para o ministério pastoral e logo no primeiro ano de seus estudos na capital pernambu-cana foi convidado e aceitou ser seminarista auxiliar da PIB em Vitória de Santo An-tão. Foi nesta cidade do inte-rior do Estado que conheceu a jovem que viria a ser sua esposa, Maria Madalena. Em seu ministério, revelou-se também um edificador de obras, uma das marcas que empreendeu em quase todas as igrejas em que serviu.

Conheça outros relatos de sua história no site da CBAL (convencaobatistaalagoana.com.br). Vale a pena con-ferir!

A PIB de Cascavel que há dois anos vem sendo pasto-reada pelo pastor Filomeno, tem se desenvolvido muito bem e já se prepara para mais um desafio - assumir em julho o campo missioná-rio de Ibicoara, atualmente mantida pela Igreja Batista Sete de Setembro de Ipiaú (BA), com parceria da JMN e liderada pelo casal de missionários Renato e Julia-na, que estarão deixando o campo.

Agradecemos a Deus pe-las bênçãos e pelos desa-fios. Estamos convictos de que Ele mesmo irá nos con-duzir para maiores vitórias.

“Quem sai andando e cho-rando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Sal. 126.6).

1o aniversário da PIB em Cascavel

Pastor Israel celebra 70 anos de idade e 45 de ministério

Membros da PIB em Cascavel celebram

Pr. Israel Pimentel e pr. Sérgio Corrêa em Culto de Gratidão a Deus

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7o jornal batista – domingo, 01/07/12missões nacionais

Os dias tão es -p e r a d o s a c a -baram de che-gar. Já estamos

em plena MEGATRANS, quando um grande exér-cito de servos do Senhor já está em muitos estados e cidades pregando a Sua Palavra. Intensifiquemos as nossas orações em fa-vor destes que já estão nos campos de batalha.

Mas você que ainda não está participando, que tal desenvolver uma Trans especí f ica para sua co-munidade? Agora isso é possível por meio da Trans Local , uma modal idade compacta da MEGATRANS que garante a mesma qua-lidade na semeadura, de forma totalmente admi-nistrada por igrejas locais, com campos de atuação

e datas adaptadas a cada realidade.

A Trans Local é feita pela própria igreja que escolhe e treina os seus membros para realizar uma TRANS em sua própr ia área de atuação. A igreja entra no site www.sejaluz.com, lê as informações, envia um e-mail para [email protected] e recebe todas as orienta-ções, entre as quais, que materiais usar e como ad-quiri-los na JMN, incluin-do o Kit para cada volun-tário e materiais para as atividades evangelísticas. O tempo urge! Missões Na-cionais aguarda a sua ins-crição para a TRANS com muita brevidade. Ainda há tempo para a sua inscri-ção em locais onde a Me-gatrans ainda vai começar!

Nesta semana, no 72º dia – 03 de julho - “ Jovens Viciados em Dro-

gas e Álcool” , crentes e/ou grupos de crentes po-derão visitar famílias que estejam enfrentando essas dif iculdades e orar com elas, levando-lhes o confor-to da Palavra de Deus e a mensagem restauradora do

Evangelho. No 74º dia - 05 de julho - “Sistema Educa-cional Brasileiro”, se na sua cidade existe um Colégio Batista ou de outra deno-minação evangélica, visi-te esse Colégio e ore com aqueles que o dirigem. Eles também devem ser agências do Reino de Deus. No 75º dia - 06 de julho – “Con-versão dos Familiares” as

famílias crentes poderiam convidar membros das famí-lias ainda não convertidos para um jantar ou lanche em suas casas para apro-fundar os relacionamentos e demonstrar-lhes o amor de Deus. E, havendo opor-tunidade, evangelizá-los também usando a Palavra de Deus. Ainda há tempo de preparar essa atividade,

com muita oração, amor e carinho. No 76º dia (sába-do) – “Santidade no rela-cionamento Conjugal”- se a igreja ainda não fez nestes “100 Dias” nenhuma ativi-dade envolvendo os casais, poderia reunir os casais da igreja e outros casais con-vidados para uma palestra sobre a fidelidade conjugal, seguida de um lanche ou

jantar de confraternização. No domingo – 77º dia (do-mingo), as famílias crentes, especialmente aquelas que têm filhos universitários, poderiam convidar um estu-dante universitário para um lanche ou almoço, estabe-lecendo assim um relacio-namento que poderia abrir portas para a comunicação do evangelho.

Prepare-se desde já para as excelentes oportunida-des que surgirão. Comece a planejar para o 80º dia - “Restauração da Oração na Família” um encontro ines-quecível, com toda a família reunida para orar, iniciando assim um novo tempo de oração em família. No 84º dia - “Plantação de Novas Igrejas em Áreas Urbanas”, que tal o pastor da igreja marcar um encontro com a liderança de evangelismo para orarem e planejarem como e onde iniciar uma nova ou novas igrejas espe-cialmente dentro da visão de Igrejas Multiplicadoras?! No 86º dia (17 de julho) “Sis-tema de Saúde Brasileiro”, agende com os diretores de Postos de Saúde próximos à sua igreja, uma visita para orar com eles e pelo trabalho que realizam na sua comu-nidade.

Que Deus use as nossas vi-das de maneira criativa para impactar outras vidas com a mensagem salvadora!

Semana de 02 a 08 de julho (71o ao 77o dia)

Sugestões para os 100 Dias que Impactarão o Brasil

Trans Local: conheça a nova modalidade da MEGATRANS

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8 o jornal batista – domingo, 01/07/12 notícias do brasil batista

Carlos Alberto S. MoraisPastor da PIB de Primavera do Leste - MT

É com muita alegria que louvamos a Deus porque realmente o Senhor tem sido bom

para conosco. A cada dia Deus tem sustentado e feito crescer a Primeira Igreja Ba-tista de Primavera do Leste - MT.

Estamos recebendo muitas bênçãos da parte de Deus, tanto que temos investido muito na obra missionária na nossa cidade, estado, país e no mundo. Mas em especial há um ano com a chegada do casal de missionários José de Arimatéia e Cristina Torres e suas filhas Leticia (7 anos) e Heloisa (5 anos). Começamos um trabalho no bairro Primavera III, que fica há 10km do centro da cida-de. Eles realizaram estudos bíblicos e começaram a fa-zer a colheita deste trabalho.

Começaram então a reunir na casa de um casal da PIB Primavera, Victor e Priscila. Mas a cada dia sentíamos

Silvana GrandiMin. de Meio Ambiente da IB da Liberdade - SP

Desde o ano de 2008, o pastor E l i F e r n a n d e s vislumbrou a ne-

cessidade da existência de um ministério que repre-sentasse uma preocupação constante com pessoas em situação de vulnerabilidade e com o meio ambiente.

Criou-se então desta forma o Ecoliber, nosso ministério de Sustentabilidade Socio-ambiental que está atuante e com o grande propósito de promover ações e projetos simultâneos dentro e fora de nossa Igreja com o objetivo de formar e multiplicar agen-tes socioambientais cristãos.

Começamos realizando vários trabalhos de cons-

a necessidade de ter um local para o culto ser reali-zado em um templo. Com o apoio do pastor Carlos Alberto (pastor da PIB Pri-mavera) e com o amor dos membros que voluntaria-mente ofertam, alugamos um local para a realização dos cultos.

Demos o próximo passo que foi a compra de utensí-lios e móveis para o local. E graças a Deus conseguimos tudo o que foi necessário para a abertura deste local. E no dia 26 de maio, com a presença de mais de 100

cientização interna como: gestão de resíduos, pontos de coleta de pilhas e bate-rias e também um ponto de coleta de óleo de cozinha usado, onde com a mesma matéria prima (óleo) é pro-duzido o sabão ecológico. Atualmente estamos cons-cientizando os membros a consumirem produtos eco-lógicos e nosso primeiro produto a ser utilizado na Liber são as camisetas feitas de garrafa pet.

Camisetas são muito uti-lizadas devido à várias de-mandas dos ministérios da Igreja e entendemos que seria a primeira ação de consumo consciente a rea-lizar. Já temos pelo menos 100 pessoas de nossa Igreja utilizando nossas camisetas, onde 70% são nossas crian-ças graças a visão socioam-

pessoas inauguramos o cam-pus Primavera III. Cremos que este será um lugar que também será uma casa de oração, o lugar onde muitas pessoas serão transformadas pela pregação da Palavra, pela comunhão e edificação mútua.

Agradecemos mui to a Deus por tudo o que tem feito na PIB Primavera do Leste. E pedimos a oração de todos os batistas do Brasil pelo trabalho em Primavera do Leste, que há três anos éramos apenas 12 pessoas, e hoje somos mais de 100

bienteal da nossa líder do ministério Liber Junior.

Ações socioambientais dentro das igrejas são efeti-vas quando é dado o primei-ro passo; de nada resolve ter várias intenções se não colocarmos em práticas, que se jam pequenas as ações, mas que sejam efe-tivas. Entendemos que para provocar mudanças, preci-samos que primeiramente haja transformação em cada cidadão. Portanto, nossa missão maior é promover atitudes cristãs de práticas sustentáveis simultâneos aos outros ministérios que trabalham o evangelismo.

Jesus é o nosso alvo e o nosso principal agente transformador pelas quais as mudanças que queremos promover no mundo e nas pessoas, só serão efetivas

pessoas no campus Centro e mais 20 pessoas no cam-pus Primavera III, e temos um trabalho com crianças em outro bairro através da vida das irmãs Léia, Joana, Lanna e do irmão Valdomi-ro, que reúnem cerca de 20 crianças todo sábado para evangelização.

E queremos crescer ainda mais. E avançar o trabalho Batista em Primavera do Les-te. Orem pelo pastor Carlos Alberto e sua esposa Ana Paula, pela família missio-nária de José de Arimatéia, Cristina e suas filhas Leticia

através da experiência do encontro com Ele. Nosso alvo é trabalhar ações so-cioambientais no entorno da Liber e em todo centro de São Paulo. E graças a este movimento lindo da cria-ção das Igrejas Ecocidadãs estamos conseguindo for-mar parcerias sólidas que já estão envolvidos em várias práticas como: cuidar de nossos irmãos em situação de vulnerabilidade, planta-ção de árvores, gestão de resíduos sólidos e muitas outras ações que estão sen-do articuladas por várias organizações cristãs.

Desde sua fundação em 1909, a Igreja Batista da Li-berdade sempre esteve pre-ocupada com as questões sociais, se manteve firme em seus propósitos e atual-mente quer estar unida com

e Heloisa, e por todos os membros da PIB Primavera do Leste.

Queremos agradecer as pessoas que investem no t rabalho em Primavera, que tem sido parceiros: Pr. Rubens Souza Moreira, Pr. Jailtom e PIB de Ermelino Matarazzo, Pr. Wemerson e PIB Jardim Iva, a Associação das Igrejas Batista do Sul do Mato Grosso e a Convenção Batista Centro América.

Que Deus continue aben-çoando e avançando a obra missionária no nosso país através do trabalho da CBB.

outras organizações cristãs da região para que haja uma mudança estrutural no cen-tro da cidade de São Paulo.

Nenhuma ação seria real-mente possível se não fosse a visão holística que o nosso pastor Eli Fernandes possui. Acredito que todos os líderes de organizações cristãs de-vam ter um ministério socio-ambiental para que as ações a serem tomadas tenham a preocupação em serem exemplos de mordomia.

Há muito trabalho a re-alizar, mas com o senso de servidão, amor a Deus, ao próximo e à Criação, e, se cada um tomar para si próprio esta responsabili-dade, acredito que através do exemplo formaremos muitos cristãos que farão diferença para Deus e o planeta. Oremos.

Bênçãos na PIB de Primavera do Leste

Ecoliber

PIB Primavera do Leste comemora a obra missionária na localidade Membros da PIB Primavera do Leste celebram as bênçãos

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9o jornal batista – domingo, 01/07/12notícias do brasil batista

Marcos MonteColaborador de [email protected]

Sob o tema “Ser como Cristo praticando a Bí-blia”, foi realizada entre os dias 24 e 26 de maio

a 91ª Assembleia da Conven-ção Batista Alagoana (CBAL). O belíssimo e funcional templo da Igreja Batista Betel, locali-zado no bairro de Jaraguá, em Maceió, abriu as suas portas para receber os convencionais da terra dos marechais. “Até que Cristo seja formado em vós”, foi a divisa, baseada em Gálatas 4.19b.

A sessão de abertura na quin-ta-feira (24), presidida pelo pastor Alcides Martins da Silva Neto, contou com momento cívico, entrada de bandeiras e a execução do hino nacional brasileiro pela banda de música do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Alagoas.

Mensagens e adoraçãoOs convencionais foram

conduzidos no louvor e adora-ção pelo irmão Wagner Ome-na e equipe, da Igreja Batista Betel, pelo irmão Cléverson Guimarães Rocha, ministro de música da Primeira Igreja Batista de Maceió e o coro desta, Cristo em Voz. A men-sagem oficial, baseada na divi-sa proposta para o evento, foi proferida pelo pastor Ney Silva Ladeia, da Igreja Batista da Capunga (Recife - PE), que en-fatizou ser gigantesco o desafio de ser como Cristo. Na manhã de sábado (26), o pastor Társis Wallace Rodrigues Lemos, líder da igreja anfitriã, meditou com os irmãos o tema “Padrão de Integridade”, conclamando a todos a uma vida mais pró-xima de Jesus, nosso modelo.

Ainda na manhã de sába-do, as câmaras setoriais do Conselho da CBAL, e da Área de Educação prestaram seus relatórios, como também a Juventude Batista Alagoana (JUBAL), União de Homens Batistas de Alagoas (UHBAL), União Feminina Missionária Batista de Alagoas (UFM-BAL), Ordem dos Pastores Batistas do Brasil/AL, Seminá-rio Teológico Batista de Ala-goas (SETBAL) e Lar Batista Marcolina Magalhães.

Noite MissionáriaA noite do dia 25, sexta-

-feira, foi dedicada a Missões Estaduais, cuja abertura se deu com a entrada da ban-deira e o cântico do hino do estado de Alagoas. O culto conduzido pelo casal Ormir e Almir Gonçalves, Gerentes de Missões Estaduais, foi de grande inspiração para todos

e envolveu os missionários do campo, que postados na plataforma apresentaram os desafios para os municípios onde trabalham e, em seguida, se ajoelharam orando a Deus pela tarefa proposta. Um gru-po formado pelos irmãos par-ticipantes das operações Trans Sociais entoou um cântico, bem regional, tendo ao violão o evangelista Marcos Ferreira, da Igreja Batista de Belém (AL), integrante da Associação Serta-neja, emocionou os presentes pela dedicação à Causa no Es-tado. Na oportunidade foi lan-çada a Campanha de Missões Estaduais, com a participação do pastor Davi Pina, da JMN. A noite missionária culminou com a inspirativa mensagem do pastor Éber Mesquita, Ge-rente Regional de Missões Nacionais no Nordeste.

“A quem honra, honra”A 91ª Assembleia da CBAL

serviu também para agradecer a Deus a vida de consagrados irmãos batistas alagoanos. Pelos exemplos de vidas e dedicação à Causa, foram ho-menageados com uma placa comemorativa os irmãos Isaac Newton Gomes Falcão, Edna Freitas Cerqueira Bomfim e Gilberto Norberto de Mace-do. Isaac Falcão é diácono da Igreja Batista Betel e há 35 anos presta serviços na área contábil à Convenção Batista Alagoana. A educadora Edna Bomfim, dedicou vários anos de sua vida ao trabalho evan-gelístico em Alagoas e, tam-bém, 25 deles no escritório da CBAL. O pastor Gilberto de Macedo, incansável servo do Senhor, um dos desbra-vadores do campo batista alagoano, também dedicou preciosos anos de sua vida à Causa do Mestre.

Encerramento e posse da nova diretoria

O culto inspirativo da noite de sábado (26) contou com momentos de louvor a Deus e a mensagem proferida pelo pastor Sócrates Oliveira de Souza, Diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira

que, baseado em Gálatas 4.19b (divisa da Assembleia), encora-jou a todos a ser como Cristo, num comprometimento total. Em seguida, foi empossada a nova diretoria da Convenção Batista Alagoana, eleita para o período 2012/2014, com a seguinte composição: pastor Alcides Martins da Silva Neto (IB Cinco de Maio), presidente; pastor Anderson Damião Nu-nes (PIB no Tabuleiro), 1º vice--presidente; pastor José Alberto Calado (IB Memorial Calvá-rio), 2º vice-presidente; pastor

Otoniel Ruiz (IB do Pilar), 3º vice-presidente; pastor Euclides Oliveira Lima (IB Betel-Village II), 1° secretário; professora Maria Nazaré Quintella Santos (IB Monte Moriá, em Marechal Deodoro), 2ª secretária; pastor Ricardo Barros (IB Shekiná), 3º secretário.

Após a posse da diretoria, o pastor Alcides Neto, ree-leito presidente, agradeceu ao povo batista alagoano o apoio recebido durante sua gestão e pediu que esse mesmo apoio continue a ser

efetivado, pois grandes desa-fios temos pela frente na pro-clamação do Evangelho do Reino no Estado de Alagoas.

“Esta Assembleia foi bastante inspirativa, com bons oradores, boa música e um excelente apoio logístico por parte da Igreja Batista Betel. Os assuntos deliberativos foram tratados com muita harmonia, num ver-dadeiro clima de paz, ou seja, uma perfeita unidade como de-nominação”, declarou o pastor Jonas Bispo Pereira, gerente do escritório da CBAL.

Batistas Alagoanos realizam a 91a Assembleia anual

Diretoria eleita Homenageados Pr. Gilberto Macedo, Edna Bomfim e Isaac Falcão

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10 o jornal batista – domingo, 01/07/12 notícias do brasil batista

Hugo S. ZicaSeminarista da IB do Barro PretoBelo Horizonte, MG

Existe um elemento encantador na histó-ria de cada igreja lo-cal. A ação singular

de Deus, tecendo a história com riqueza de detalhes e amoroso cuidado é uma ex-periência abençoadora, que finca nossas raízes, dando--nos firmeza na fé e gratidão no coração. Cantamos “As vitórias brilhantes do pas-sado nós celebramos com gratidão. Em anos de lutas e de glórias, Deus guiou--nos por Sua mão”, e é este nosso sentimento. A Igreja Batista do Barro Preto, que comemora seus 85 anos, nasceu em 19 de junho de 1927, sendo 16 seus mem-bros fundadores. Nestes anos, não foram poucas as lutas. A história está grava-da nas Atas, na memória, no coração. Fácil? Com certeza não. Cada conquista era um milagre alcançado com

Pastor Cléber Silveira Montani e Mônica MontaniPIB São Tomé - PR

No último dia 26 de maio, a Pri-m e i r a I g r e j a Batista em São

Tomé - PR, realizou a Noite da Tapioca, com o objetivo

lágrimas e súplicas. Luta para construirmos nosso primeiro templo, graças a Deus e à denominação (Junta Patrimonial, Asso-ciação Denominada, muito obrigado!). Luta para pagar as contas. Luta para manter a fé como a recebemos do Senhor. Lutas e lutas. Mas cada luta Deus coroou com vitória – louvado seja Seu santo nome!

A boa mão do Senhor nos tem trazido até aqui. Ainda com lutas. Ainda com trabalhos. Diferentes dos primeiros, sim, mas enfrentados com a fé, a coragem, o destemor e a piedade que aprendemos dos que nos precederam. Recebemos deles uma he-rança que devemos honrar, um exemplo a seguir, uma missão a cumprir. Há vidas que salvar, há sonhos a realizar, há obra a fazer e construir. Hoje nossa Igreja trabalha para a conclusão do Edifício de Educação Cristã “Nahim Baptista da Silva”. Tijolo por tijolo, va-

de abençoar o povo chinês, através do projeto “Bíblias para a China”. Durante o momento missionário que nossa Igreja realizou, na abertura da Campanha Seja Luz, Deus colocou em nos-sos corações o desejo de desenvolver um evento para arrecadar recursos e apoiar

mos passá-los de mãos em mãos cantando: “O traba-lho grandioso do presente é conservar, orar e construir. As almas sem Cristo nos constrangem, leais e fortes a prosseguir”.

Temos sido testemunhas da graça de Deus em “con-f i rmar a obra de nossas mãos”. Nosso trabalho na causa do Senhor tem sido vivido na evangelização, pregando, promovendo evangelismos, plantando igre jas nas dez Frentes Missionárias. Na adoração através de bandas, coros, orquestra, instrumentistas, expressando, na multifor-midade da arte, o comum sentimento e conjunto ato de louvor. Investindo nas famílias, na nova geração, na “melhor idade”; há uma década que Deus nos deu o ministério do Recanto Vida, lar de idosos, onde acolhemos e aconchega-mos os nossos ‘velhinhos’. Também fortalecendo os crentes pela Educação Cris-tã, dando-lhes robustez

o projeto “Bíblias para a China”.

Assim, promovemos a 1ª Noite da Tapioca em nos-sa cidade, onde todo o lu-cro foi destinado a Missões Mundiais. O evento contou com a colaboração da Igre-ja, bem como com toda a sociedade que partici-pou ativamente do projeto. É interessante notarmos o quanto Deus agiu em nossas vidas durante a realização do evento, pois a cidade tomou o conhecimento do Projeto Bíblias para a China e colaborou, abençoando vidas através da aquisição das tapiocas.

Louvado seja o Nosso Se-nhor, pelo sucesso desse projeto e apoio da nossa Igreja.

doutr inár ia , a té mesmo para enfrentar tempos de tanta confusão quanto à fé, através da pujante Escola Dominical e das Uniões de Treinamento. Iluminan-do nossa sociedade pelo testemunho em palavras e atos, cooperando pela paz da cidade de Belo Horizon-te através da Ação Social. Igualmente, vivendo o con-graçamento e a unidade, de mãos dadas e corações juntos nos “benditos laços do fraterno amor”. Deus nos tem concedido uma abençoada equipe ministe-rial, Seu instrumento para abençoar toda a Igreja.

E ao olharmos para o fu-turo pela fé, sonhamos em oração; sonhamos em al-cançar a quantos pudermos pela evangelização, che-gando aos confins da Terra pela cooperação denomi-nacional. Sonhamos, com o coração cheio de esperança, de ver nossa Igreja crescen-do abençoada pelo Senhor, sendo Seu instrumento para abençoar muitas vidas pelos

próximos 85 anos, e até Cristo voltar. Sonhamos em oração, e cantamos: “A esperança gloriosa do futuro é de implantarmos em cada coração, na Pátria e pelo mundo inteiro, a segurança da salvação”.

Bendizemos a Deus por tantos feitos e por tudo o que fará. Agradecemos pela vida de O. P. Maddox, de Ruy Franco de Oliveira, de Nahim Baptista da Silva e de tantos. Tantos outros que deram seu suor, suas lágrimas, seu sangue; somos especialmente gratos por nosso pastor Arlécio Franco Costa, que por 27 anos tem sido nosso cuidador, com zelo, com carinho, com amor. E, louvando ao nosso bendito Senhor, gratos, jubi-losos, conscientes da missão que Ele nos tem dado. De-sejosos de honrá-Lo, con-tinuamos a cantar: “Com alegria recordamos: ‘Até aqui nos ajudou o Senhor’. Com júbilo prossigamos, fiéis às ordens de Cristo, o Salvador”.

Igreja Batista do Barro Preto comemora 85 anos

Noite da Tapioca arrecada recursos para o projeto Bíblias para a China

ErrAtA:O Jornal Batista se equivocou ao publicar os nomes dos

filhos da senhora Edla Lins de Oliveira no jornal do dia 13 de junho de 2012, página 13.

Os filhos da senhora Edla são: Ézio, Edise, Edile, Eliezer (falecido), Eduardo, Ernesto, Eliezer Júnior (homenagem ao filho falecido), Eva, Erluce Maria. Hilton e Lindalva (filhos adotivos).

Noite da tapioca

IBBP atualmente Auditório da Igreja lotado em celebração pelos 85 anos Louvores acompanharam as vitórias da IBBP

Page 11: Noite da Tapioca arrecada recursos para o projeto Bíblias ...batistas.com/OJB_PDF/2012/OJB_27.pdf · A Primeira Igreja Batista em São Tomé, no Paraná, realizou a Noite da Tapioca,

11o jornal batista – domingo, 01/07/12missões mundiais

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

Preocupada com o problema das drogas, mal que atinge 280 milhões de pessoas

no mundo, segundo a ONU, Missões Mundiais desenvol-ve o PARE – Programa para Auxílio e Recuperação. Este projeto foi idealizado pelo pastor Marcos Ramos, de 28 anos, quatro deles preso às drogas. O primeiro centro de recuperação foi implantado em 2003 no Peru, onde o pai de Marcos, o pastor Ricardo Ramos, foi missionário por 15 anos.

Em junho, durante o SIM, Todos Somos Vocacionados, o pastor Marcos falou do pro-pósito de Deus para a vida de cada um, relatando toda a sua experiência com as dro-gas. A plateia de 1.500 pesso-as ouviu atenta e emocionada a história de um jovem que, aos 13 anos, experimentou o crack, foi preso, perseguido por traficantes e considerado pelos médicos como um caso perdido.

Após perder quatro anos de sua juventude, ele teve um verdadeiro encontro com o Senhor Jesus, ouviu o Seu chamado e decidiu fazer a diferença entre viciados do mundo inteiro.

“Eu me senti feliz por falar no SIM. Vários jovens de-monstraram interesse de tra-balhar nesta área em um cen-tro de recuperação. Muitas pessoas choravam, dizendo que Deus havia falado com elas. Foi uma comprovação de Deus para o PARE, que tem visão de alcançar o mun-do. Eu sempre perguntava como e por onde começar. Agora, vendo Deus desper-tar tantos jovens, sinto uma motivação ainda maior para acreditar e confiar que o pro-jeto é do Senhor”, comenta o pastor Marcos Ramos.

Deus usa um ex-viciado para salvar dependentes

em todo o mundoConfira o testemunho do

pastor Marcos Ramos:Apesar de ter nascido em

um lar evangélico, demorei para ter um encontro pes-soal com Jesus Cristo. Aos 12 anos eu sofria de baixa autoestima e buscava satisfa-ção com coisas que o mundo dava. Aos 13 anos eu entrei no mundo das drogas. Eu provei crack misturado com querosene. Achava que havia encontrado a solução para o meu problema. Quando eu

consumia droga, me sentia realizado, feliz, superior.

Fui preso pela primeira vez aos 14 anos. Saí aos 15 e fui direto para o reformatório, de onde saí 45 dias depois e entreguei minha vida total-mente à criminalidade. Nem os traficantes me suportavam mais, porque eu roubava até as bocas de fumo para con-sumir drogas. Resolvi pedir ajuda para a minha família. Eles me levaram a psicólogo, psiquiatra, médico… Todos diziam que eu não tinha mais cura, que eu havia virado um bicho.

Fui preso outras vezes, e o Departamento de Justiça do

Peru ameaçou me deportar do país. Foi quando eu decidi me internar pela terceira vez, mas eu não queria mudar.

Minha família, juntamente com Missões Mundiais, me trouxe para Minas Gerais. Logo na chegada eu ouvi o que já tinha ouvido durante toda a minha vida como filho de pastor: ‘Jesus Cristo trans-forma. Jesus Cristo muda’.

Mas naquela época o pas-tor enfatizava que nós não somente temos que ouvir, não temos apenas que per-tencer a um grupo religioso, porém ter experiências com o Senhor Jesus. Aquela pa-lavra falou tão forte ao meu

coração que eu saí naquela noite, olhei para o céu e falei: ‘Senhor, eu quero ter uma ex-periência contigo. Prova que o Senhor é um Deus real’.

Então o Espírito Santo en-trou na minha vida. Ele foi direto ao vazio existencial que havia em minha alma. Deus quebrou toda a corren-te que me prendia ao vício das drogas. Deus quebrou toda a maldição que os psi-quiatras declararam contra mim, dizendo que eu não tinha cura e que morreria daquele jeito. Jesus Cristo me mostrou naquela noite que o que é impossível para o homem é possível para Ele.

A partir daquele momen-to o Senhor começou a me dizer que todos nós somos vocacionados, que Ele tem um propósito para a vida de cada um. Fiquei dois anos internado no centro de recu-peração e Deus me dizia: “Eu vou usar você de onde estou te tirando”.

Em um sonho, Deus falou que iria me usar em um centro de recuperação para o mundo, e que começaria pelo Peru, porque eu tinha uma dívida lá. Eu acordei naquela madrugada e co-mecei a repreender meu so-nho, porque eu não queria aquilo. Naquele mesmo dia eu fui a uma vigília, e uma senhora, que eu nunca ha-via visto, me disse que eu iria abrir centros de recu-peração, querendo ou não.

Em 2003 fui ao Peru e iniciei um centro de recu-peração. Trabalhar com viciado não é fácil . Um dos rapazes que internei chegou a me ameaçar de morte, após deixar o tra-tamento antes do tempo. Logo após tentar me matar, ele caiu em prantos e disse: “Cara, qual é o segredo? Eu preciso ter o que você tem. Essa paz que você transmite eu quero ter. O brilho que sai do seu rosto, eu preciso ter. Você foi expulso do país, mas hoje as pessoas te pedem ajuda. Eu também quero ser assim”.

Eu falei que o Espírito Santo era o segredo. Ele arrumou as malas, se inter-nou no projeto e tempos depois foi batizado.

Deus agiu não somente na vida de Miguel. Eu lem-bro que no dia do batismo, a mãe dele, que era cató-lica, entrou pela primeira vez em nosso templo e dis-se: “Como eu não vou acre-ditar no Deus desta igreja? Como eu não vou acreditar no Jesus do pastor Marcos? Como eu não vou acreditar no Deus que transformou a minha casa, que trans-formou meu filho?”. Ela se ajoelhou no altar e aceitou Jesus naquele mesmo dia.

Você também pode fazer parte do PARE e ajudar a re-cuperar os milhões de depen-dentes químicos espalhados pelo mundo, dando-lhes a mesma oportunidade que o pastor Marcos Ramos teve de ter um encontro verdadeiro com Jesus. Entre em contato hoje mesmo com Missões Mundiais e saiba como par-ticipar deste projeto. Escreva para [email protected].

Pastor mobiliza jovens em projeto de recuperação de viciados

Pr. Marcos Ramos fala sobre suas experiências na recuperação de drogados

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12 o jornal batista – domingo, 01/07/12 notícias do brasil batista

Levy de Abreu VargasPastor e colaborador de OJB

Pode parecer inge-nuidade o que vou dizer, mas a verdade é que não quero le-

var flores em sua partida, se eu ainda estiver por aqui. O que tenho a dizer sobre ele deve ser dito agora, ou devo calar-me para sempre. Ten-tei fazer isso outras vezes, mas faltaram as palavras, a coragem e principalmente a necessária inspiração para expressar o que vai a seguir.

Conheci o irmão Álvaro de Souza em 1978 nas depen-dências do antigo Sanatório Militar de Itatiaia, um Hospi-tal do Exército para onde fui transferido ao final do curso na Escola de Saúde. O que chamou atenção sobre ele foi sua Bíblia Sagrada. Eu conhecia aquele livro, e tam-bém achava que conhecia as pessoas que faziam da Bíblia sua companhia inseparável e tinha sobre elas um juízo não muito favorável: eram chatas, maçantes e conven-cidas. De um modo geral os “crentes” tinham a irritante mania de condenar os peca-dores. Eles eram os santos, os salvos, os únicos que iam morar no céu. O resto ia para o inferno.

Mas com o tempo per-cebi que ele era diferente, tão diferente que resolvi aceitar o convite para um programa especial em sua Igreja. Fui, gostei, voltei ou-tras vezes até que num dia inesquecível me converti. Fui batizado em dezembro de 1980 e nunca mais perdi de vista esse querido irmão. Acompanhei de perto e de longe sua caminhada nos últimos 34 anos. Muitas ve-zes sentei-me à mesa de sua casa para fartas e demoradas

refeições sempre regada por suas “estórias” e experiên-cias.

Sua família tornou-se mi-nha família. Seus filhos eram adolescentes e eu os leva-va a congressos, passeios, acampamentos e aventuras tão radicais que até me arre-pendo. De Itatiaia fui para o Seminário do Sul em 1984. Em 1986 fui consagrado ao Ministério da Palavra e desde então o Senhor tem me leva-do para lugares e experiên-cias que jamais imaginei. Fui longe, longe mesmo, conheci países e pessoas tão surpreen-dentes que mesmo em meus sonhos mais ousados jamais teria imaginado. Nada mal para um menino pobre que vendia bananada em trens da Supervia. E pensar que de certa forma tudo começou com ele.

Álvaro não tinha instru-ção, mas sabia o valor dela para o sucesso em qualquer empreendimento. Era ope-rário subalterno no serviço publico, mas líder na Igreja. Era humilde no caráter, mas rico em grandeza. Ouvia com paciência e aconselhava com sabedoria. Tinha um salário pequeno, mas o co-ração grande. Era prudente nos negócios, mas pródigo na liberalidade. Não tinha grande conforto, mas era hos-pitaleiro. Em seu quintal ha-via verduras, frutas, galinhas soltas, e uns poucos leitões no chiqueiro. Tinha também um cavalo, uma carroça e uma disposição enorme para o trabalho, e foi com o tra-balho duro nas horas de folga que ele completou a renda e deu instrução aos filhos.

Em janeiro deste ano subi a Serra para ser um dos ofician-tes no casamento de sua filha Renildes. Participar daquela cerimônia foi um dos gran-

des presentes que recebi do Senhor. A noiva entrou com o pai (ele estava em uma cadeira de rodas) que mes-mo em condições tão limita-das estava impoluto e digno como um príncipe. No local

havia cerca de 900 pessoas, uma multidão de amigos, familiares, antigos colegas de trabalho e irmãos em Cristo que foram convidados e es-tavam lá para honrá-lo. Foi uma celebração comovente.

Confesso que sou devedor a muitas pessoas, mas prin-cipalmente a ele, Álvaro de Souza, operário e homem de bem, que nas horas de folga era também carroceiro, um carroceiro de Deus.

Álvaro de Souza, o carroceiro de Deus

Álvaro de Souza e sua filha Renildes

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OBITUÁRIO

Jabs dos Santos Leão: “Tombou um príncipe

em Israel”

13o jornal batista – domingo, 01/07/12notícias do brasil batista

Pr. Elias Carvalho de SáGenro do Pr. Jabs

Pastor Jabs nasceu em São Fidelis, no estado do Rio de Janeiro. Converteu--se aos 18 anos tendo sido batizado pelo pastor Joaquim Coelho dos Santos, um dos pioneiros na evangelização no campo fluminense.

Muito cedo se tornou um exímio professor na Escola Bíblica e pregador. Por isso, foi convidado a ser o evangelista da Igreja Batista de Cantagalo - RJ. Nesta cidade, foi convidado a lecionar no Colégio da família Bittencourt, família tradi-cional católica. Em face disso, o padre de Cantagalo e o bispo de Nova Friburgo, visitaram o colégio e pediram formalmente que o professor Jabs fosse afastado da docência do colégio. O professor Bittencourt não atendeu a este pedido.

Professor Jabs era um apaixonado pela educação. Foi membro fundador da Junta de Educação da Convenção Batista Fluminense, entidade mantenedora do Colégio Batista Fluminense, com sede em Campos. Por sua paixão e trabalho na área da educação, um casal de Niterói, desafiou o professor Jabs para organizar o colégio de Miracema. Ali ele foi designado diretor geral e membro do corpo docente. Deste colégio, saíram aproximadamente 50 profissionais liberais. Du-rante 11 anos ele trabalhou naquele educandário.

Tendo sido aprovado na primeira experiência em Miracema, o casal desafiou o professor Jabs a transferir-se para Madalena com o objetivo de organizar e dirigir o Colégio Madalenense. Do Colégio saíram cerca de 50 pastores e líderes batistas. Durante anos os dois colégios foram referência no Estado do Rio.

VIDA FAMILIAr DO PrOFESSOr JABSAos 24 anos casou-se com a jovem Diná Herdy. Pessoa genial, amiga e con-

selheira. Enquanto ele dirigia o Colégio, ela administrava o internato, a parte de hotelaria em Miracema e mais tarde em Madalena. Ela foi irrepreensível. Dedicou-se de corpo e alma à direção dos Colégios.

Deste casamento com D. Diná, nasceram cinco filhos: Paulo Hen-rique (professor universitário) casado com Maria Helena também educadora tem dois filhos, Jabes e Joagmar e um neto. Ana Luiza, casada com o pastor Elias tem quatro filhos - Eliane (de saudosa memória) deixou viúvo Adson Ribeiro e o filho Henrique, Marly (filha do coração), Lígia Márcia e Elthom Wagner e três netos. Maria Helena casada com o pastor Exequias. Eles são gerentes regionais da JMN em São Paulo. O casal tem dois filhos, Felipe e Rafael e três netos. Mario Henrique (pastor e educador) casado com a professora Nilda Luiza tem dois filhos, Eduardo e Luiz Henrique e uma neta. José Henrique (médico pediatra) casado com Nilcéia (educadora) tem três filhas Juliane, Gabriela e Carolina.

OrDENAÇÃO AO MINIStÉrIO DA PALAVrAEm 19 de setembro de 1960 após muita insistência da Igreja

Batista em Madalena aceitou ser ordenado ao ministério. Além de pastorear Madalena, pastoreou simultaneamente Trajano de Morais, Sodrelândia, Alto Macabu, entre outras.

Em julho de 1964 transferiu-se para Nova Iguaçu onde pastoreou a PIB em Areia Branca durante 17 anos. Em fevereiro de 1987 transferiu-se para Resende na condição de aposentado e viúvo, pois neste ano D. Diná faleceu.

2012: ANO DAS HOMENAGENSO pastor Jabs havia completado 50 anos de ministério e por essa razão rece-

beu várias homenagens. Diversos cultos foram realizados agradecendo a Deus a vida do pastor Jabs Leão. Participaram dessas celebrações a JMN, JMM, OPBB e várias igrejas e outras entidades. Ele ao longo do seu ministério sempre foi fiel a Bíblia, a denominação, a igreja, fato que foi reconhecido e destacado em cada programa de homenagem.

SEGUNDO CASAMENtOApós aproximadamente três anos na condição de viúvo, conheceu a Srª Arlisia

Pereira Rosas, também viúva, mãe de três filhos: Kátia (ministra de música), Júnior (técnico em refrigeração), Elisabete (educadora), todos casados e integrados no Reino de Deus.

Pastor Jabs casou com Srª Arlisia em dezembro de 1989. Tive o privilégio de cele-brar esse ato na Igreja Batista Central de Resende, onde pastoreava naquela ocasião.

Pr. JABS PrOMOVIDO AOS CÉUS AOS 93 ANOSApós passar por duas cirurgias de forma excepcional, pois já estava com 93

anos, os seus órgãos vitais ficaram comprometidos. Por esta razão passou oito dias no hospital. Ali ainda bem consciente e lúcido, cantava pelas madrugadas no CTI, hinos do Cantor Cristão. Os médicos atônitos afirmavam que enquanto desenvolviam o seu trabalho com os outros pacientes o pastor Jabs cantava hinos da fé cristã, entre eles “Sou feliz com Jesus meu Senhor”.

No dia 28 de maio de 2012 a morte silenciou aqui na terra a voz do nosso prín-cipe. Ao culto na PIB de Resende compareceram centenas de pessoas celebrando com entusiasmo a vida, a morte e a vida eterna de um vencedor em Cristo Jesus.

A família agradece o apoio espiritual que recebeu de centenas de irmãos, amigos e pastores, na certeza que Deus enxugará as nossas lágrimas e nos confortará. “Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor” (Lam. 3.26).

Pr. Samuel P. de Souza

“O leão é um animal de porte imponente, olhar dominador. Só ataca o homem quando é ferido enfrentando-o corajosamente. O termo leão é aplicado para homens de grande coragem, de grande bravura” (Delta Larousse).

O Leão deixou de rugir... Ou, nunca rugiu? Ou, seu rugido seria inau-dível? Poderia até sê-lo, mas não imperceptível! Era um Leão que tinha uma sabedoria invejável de se conduzir na selva. Somente o vi rugir fortemente no refeitório do internato. Mas ele estava coberto de

razão. Quem o plasmou com essa sensibilidade quase celestial? Que genoma era aquele que permeava seu ser? Era um Leão que não metia medo em ninguém. Só respeito. E seu olhar, eternamente pedagógico.

O conheci em março de 1957. Havia migrado do nordeste tórrido para o sa-lutar terceiro clima do Brasil. Estava eu ali na serrana Santa Maria Madalena. No dia seguinte à minha chegada adentrei em sua sala de diretor do Ginásio Mada-lenense. Era eu e meu irmão mais novo, Israel (falecido em 01.06.2003, e que seria um dos seus primeiros batizados após a sua consagração). À primeira vista, ele era um homem de uma simplicidade invejável que transpirava tranquilidade, paz, quietude. Era disso que eu precisava longe do Recife e de minha família. Logo abriu um sorriso e me estendeu a mão. Quem ensinou àquele Leão a sorrir daquela maneira? Sua família? Cristo? A educação cristã na igreja? Sua vida de engraxate mirim? Na saída, depois da entrevista, disse-me que se precisasse de algo, deveria procurá-lo sem acanhamento. Como aquele Leão era querido! Dos alunos do internato misto (em torno de 300), aos externos, aos moradores da cidade, aos pais dos alunos a ele confiados, aos da igreja e, especialmente pela

sua família. E que família! Um exemplo! D. Dinah, irmã do pastor José de Souza Herdy (já falecido) era uma companheira sempre presente em

todas as alegrias e tribulações. Deu-lhe cinco filhos exemplares.Muitas vezes a despensa estava vazia! Não havia o que comer. Alguns pais não haviam honrado as mensalidades ou a Secre-

taria de Educação do Estado não havia liberado o pagamento das bolsas de estudo. Ele ia ao Banco Cantagalo e o gerente informava que seu saldo estava zerado! Com a calma de sempre ele ia nas casas comerciais, nos armazéns e, logo depois, as mulas estavam ali no portão do Colégio com todos os mantimentos. Milagre? O Leão era um homem honrado e todos conheciam a sua vida digna. Nunca se apropriou de um centavo de alguém. Sempre teve uma vida modesta.

Na noite chuvosa de 14 de novembro de 1969, eis que me defronto outra vez com o Leão. Era minha ordenação

ao ministério da Palavra. Nunca me senti tão bem diante daquele Leão. Ele foi o orador ocasional. Falou-me ao co-

ração e mente. Lembro-me bem de uma frase sua: “Em uma palavra para sintetizar o Samuel: inconformismo com o que

se passa ao seu redor”.Cruzei de novo na trilha do Leão em 1973 no Centro Cultural

Tiradentes, em São João de Meriti, onde ele era o diretor e eu professor de Sociologia e Psicologia. Em 1980 escrevi sobre ele no Jornal da EBD da JUERP: “Leão era um grande servo de Deus e, sem sombra de dúvida uma das pessoas que mais exerceram influência sobre minha vida. Homem de uma cultura invejável, uma humildade nunca vista, um temperamento inigualável, que todo o pastor deveria imita-lo”.

Depois perdi o contato físico com ele. Só o virtual. Em 1998 encontrei-o em Madalena num congraçamento dos ex-alunos do Colégio. Ele falou. A reunião foi no Clube Montanhês. Novamente o vi em Madalena em 24 de abril de 2005 quando do cinquentenário da igreja batista e também a inauguração do busto de Miss. Blanch Virginia Simpsom na praça em frente ao templo. Depois, nos anos subsequentes, nos cultos comemorativos ao seu aniversário em setembro em Resende, RJ.

Quantos pastores foram gerados da semente plantada pelo Espírito Santo, Leão e Miss Blanch em Madalena? Lembro-me agora de Oswaldo Mancebo Reis, Jadir Félix da Silva, Osmar Ximenes, Elias Carvalho de Sá, José Geraldo Tavares, Eli Carvalho de Sá, Caleb Gomes Rodrigues, Jonanias Menezes, Josué Gomes Rodri-gues, Daniel Aniceto, Virgílio Reis Ramos e Eli Machado.

Não poderia encerrar esquecendo-me de Arlisia da Silva Pereira Leão, a Leoa que Deus colocou no seu caminho nos últimos 23 anos de vida.

Era 22 horas do dia 28 de maio de 2012. No pico das Agulhas Negras, Resende, a temperatura era de 12ºC! O céu era um manto estrelado. A lua estava em quarto crescente. Com as vestes brancas que os médicos e enfermeiros usavam o palco foi esvaziado. Outros seres, vestidos de um branco mais resplandecente, de uma luminosidade inexistente na terra entraram no recinto. Eram os anjos que vieram para conduzi-lo aos páramos celestiais. Vieram com a missão de levar aquele Leão precioso aos olhos do Rei dos Reis.

Obrigado Leão por sua vida pontilhada de atitudes que só construíram vidas! “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos” (Sal. 116.15).

Homenagem de um aluno ao seu mestre Jabs Leão

11.09.1918 - 28.05.2012

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14 o jornal batista – domingo, 01/07/12 ponto de vista

Morreu no Brasil o sen t imento de indignação diante das fal-

catruas políticas. Os po-líticos fazem o querem e as pessoas estão passivas, insensíveis ou acomodadas. Ser pacífico é uma virtude, mas ser passivo é um enor-me defeito. Os escândalos do Brasil, cometidos por partidos políticos no Con-gresso e por elementos do executivo, são uma vergo-nha. Não temos uma cultura de revolução genuína com base na inconformação, da rejeição visceral com tudo o que está aí. Tivemos um presidente que, diante do mensalão ou corrupção po-lítica vergonhosa, não sabia de nada. A nossa ética é a do ‘jeitinho’. No Brasil todas as reformas – e quando elas acontecem – são muito va-garosas. Vivemos num país do ‘faz de conta’. Um país de políticos que gostam de aparecer, políticos que não trabalham e usufruem de salários muito altos. Que

Altemir FarinhasEspecialista em Finanças PessoaisMembro da PIB de Curitiba

São muitos documen-tos, comprovantes, re-cibos e cada um com um prazo mínimo de

arquivamento.Para descomplicar a vida

de acordo com a Lei Federal nº 12.007 de 30 de julho de 2009, agora todas as empre-sas públicas e privadas pres-tadoras de serviço são obriga-das a emitir um único extrato referente aos pagamentos feitos no ano passado, con-firmando sua quitação.

Este único documento substitui para cada tipo de conta os 12 comprovantes mensais do ano anterior e isso deverá se repetir sem-pre no mês de maio de cada ano. Para facilitar a vida das empresas e evitar gastos com o envio, a declaração poderá

têm seus currais eleitorais onde exercem domínio pela troca imoral. Que gostam de oferecer para o povo pão e circo. Não podemos nos conformar com este estado de coisas. O serviço público virou cabide de emprego para apadrinhados dos par-tidos que governam. Con-cursos públicos são frauda-dos à luz do dia. Não existe meritocracia, mas indicação política em conformidade com os interesses suspeitos. É uma raça que se auto apas-centa. Uma gente da pior espécie. É triste ver tanta pobreza num país tão rico. Juros escorchantes. Bancos que atuam como agiotas da pior espécie debaixo das barbas do governo. Há uma verdadeira ditadura finan-ceira explorando idosos e pobres – gente sofrida por causa da injustiça que grassa neste país continental.

Somos um dos países mais injustos do mundo. Levan-tamos a bandeira da sexta economia do mundo, mas sofrível (esta palavra é muito

ser emitida em espaço da própria conta.

O prazo que este novo comprovante precisa ficar guardado não muda, conti-nuam sendo cinco anos para a maioria dos serviços. Antes você guardava 10 tipos de comprovantes que multipli-cados por 5 anos totalizavam 600 papéis para serem arqui-vados, agora serão apenas 50.

O consumidor não preci-sará fazer nenhum tipo de cadastro ou requisição, seu único esforço será, eviden-temente, o de manter suas contas em dia.

Cada tipo de documento, recibo ou comprovante tem um prazo de validade, por isso muito cuidado para não jogar fora ou arquivar o que não precisa. Por exemplo, será que a nota fiscal deve ser conservada somente até a data de vencimento da ga-rantia do produto?

leve) em educação, saúde, sa-neamento básico, habitação, segurança, infraestrutura e transportes de massa. Somos o país da última hora. Não temos um projeto para o País de longo prazo. Somos o país de bombeiros que apagam incêndios. Não nos indigna-mos ao vermos parentes de autoridades se enriquecerem. Governador blindado, como é o caso do nosso Estado do Rio. Estamos insensíveis. Perdemos referenciais éticos. Longe estamos dos valores da honestidade, da integridade. Homens e mulheres que, in-vestidos de autoridade, agem com desonestidade e de for-ma descarada, sem nenhu-ma sensibilidade moral. Os diversos casos de escândalo já se tornaram normais. A pri-são só serve para os ladrões de galinha. Não punimos os corruptos de carteirinha. Toda esta situação me causa asco, nojo. Somos o país da pedofilia, das meninas de programa, dos desmata-mentos ilegais, dos laranjas, das licitações arranjadas, de

NOTA FISCAL de produto ou serviço deve ser guarda-da pelo prazo de vida útil do produto, dessa forma o consumidor se resguarda de possíveis defeitos ocultos de fabricação.

IRPF, todos os comprovan-tes utilizados para a elabora-ção da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física deverão ser arquivados pelo contribuinte por um prazo de pelo menos 5 anos, começando a valer a partir do primeiro dia útil do ano seguinte ao pagamento. Como a declaração e os seus comprovantes devem ser mantidos durante os 5 anos subsequentes ao da respecti-va declaração, conte 6 anos.

IPTU ou Imposto Predial e Territorial Urbano deverá ser arquivado por 5 anos sub-sequentes ao da respectiva cobrança e como uma forma de comprovar a propriedade, guarde por 10 anos.

muitos parlamentares que se enriqueceram com o dinhei-ro publico, frutos de impos-tos pesados pagos pelo povo sofrido e trabalhador.

Que Deus ressuscite em nós, por meio de Cristo, a indignação, a inconfor-mação veemente com toda esta corrupção que, como câncer, destrói o corpo do Estado brasileiro. Que nas próximas eleições votemos em pessoas íntegras, que têm uma folha de serviços na sua comunidade. Que têm caráter e história de dig-nidade. Que prestam contas da sua gestão. Que sejam sonhadoras e realizadoras sempre pensando no bem estar do povo, na sua quali-dade de vida e na grandeza da nação brasileira. Como nação, sejamos maduros em nossas escolhas. Um povo politizado. Que coloque-mos para fora do serviço ao Estado, à nação, os corrup-tos, os sujos, desonestos, que envergonham o povo brasileiro. Façamos abaixo--assinados para as reformas

Comprovantes que devem ser guardados por 5 anos: IPVA, contas de consumo, água, luz, telefone e demais serviços essenciais, condo-mínio, recibo de pagamento de prestação da casa pró-pria, convênio médico, TV por assinatura, honorários de profissionais liberais, outros. Fatura de cartão de crédito com relação à dis-cussão dos juros aplicados. Comprovante de depósito deve-se guardar até a com-provação do crédito em conta corrente. Para com-provação de pagamentos diversos é bom guardar o extrato bancário por 5 anos como forma de comprovar o recebimento de salários (na falta de holerite); de movi-mentação financeira (fisco, por exemplo).

Consórcios, guardar os comprovantes até a data da entrega da carta de libera-ção da alienação fiduciária

politica, penal, tributária e social. Criemos leis mais severas para os corruptos. Sejamos tomados de uma in-dignação diante do erro, das ações de políticos em bene-fício próprio e de familiares. Construamos um país de integridade a toda a prova. Desenvolvamos uma cultu-ra da denuncia ao erro e a devida punição – duríssima e exemplar. Combatamos de forma veemente os vícios dos políticos desonestos. Que o nosso amado Brasil seja o país das oportunida-des, da igualdade, da busca pela excelência nos vários setores, do desenvolvimento sustentável, da integridade em todas as instituições, da fraternidade, da divisão de renda, da educação de qua-lidade para todos, da justiça aplicada a todos igualmente e de autoridades comprome-tidas com a ética cristã, sen-do exemplo para a imensa e honrada nação brasileira. Que sejamos tomados da indignação com base no caráter do nosso Deus.

que é a prova de que o pa-gamento foi feito. Mensali-dade escolar - guardar até o término do curso, após receber o certificado ou diploma. Quando utilizado para efeito de abatimento do Imposto de Renda, os comprovantes deverão ser arquivados por 6 anos, jun-tamente com a Declaração.

Carnês do ISS, contribui-ções do FGTS e encargos vinculados à Previdência Social, exigem que os reci-bos sejam guardados pelo prazo de contribuição do segurado (35 anos para ho-mens e 30 anos para mu-lheres).

Não tem desculpa para manter um bom arquivo com pouco espaço e uma redução enorme de papeis. Uma família em média ar-quiva mais de 1.200 com-provantes em cinco anos, a partir de agora 100 com-provantes serão suficientes.

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Q

15o jornal batista – domingo, 01/07/12ponto de vista

Pastor Lécio DornasSegundo Secretário da Convenção Batista Brasileira e Coordenador do Ministério Brasileiro e de Língua Portuguesa da American Bible Society, nos EUA. É membro da Igreja Batista do Fonseca, em Niterói, RJ.

uem é pastor re-cebe um monte de papel toda hora, convites

para eventos, empresas que-rendo vender algo, agências evangélicas anunciando seus ministérios e oportunidades de serviço e envolvimento etc. Já estou acostumado com essa enxurrada de papéis...

Algum tempo atrás eu rece-bi um folder de uma editora que publica revistas para a Escola Dominical, apresen-tando seus produtos. O que me chamou atenção foi o mote da argumentação de venda: “Nossa literatura não tem cor doutrinária!” Que-rendo certamente comunicar a ideia de que a literatura apresentada não entrava em questões de natureza dou-trinária, podendo assim, ser usada por igrejas de qualquer denominação. Nasceu no cenário editorial evangélico do Brasil, a literatura dou-trinariamente incolor para a Escola Dominical.

É a mais contundente prova de que a Educação Cristã, a partir da visão de algumas editoras, passou a ser nortea-da pelo comercial. O impor-tante é que todos comprem!

Mas a Escola Bíblia Do-minical, especialmente na tradição educacional batista, não autentica esse escuso caminho. Antes privilegia o que muitos desprezam: A coloração doutrinária.

A Escola Bíblica Dominical é uma organização da igreja local que tem, entre outros, o objetivo de fortalecer dou-trinariamente os membros da igreja. Assim, precisa valer--se de uma literatura de cor doutrinária definida. Ou seja, respaldada pela Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira. Em outras palavras, as lições precisam expressar a interpretação da Bíblia que respeite as dou-trinas batistas. Isso é litera-tura doutrinariamente de cor batista. É uma questão de convicção bíblico teológica e

de unidade denominacional.Agora, acompanhe, para

fins de reflexão e também de orientação, um pouco de casuística em torno do eixo central do programa educacional cristão, que é a literatura:

O fato de uma literatura ter sido escrita por um batista, de forma autônoma, garante que tenha cor doutrinariamente batista?

Não necessariamente! Pois o fato de um escritor batis-ta optar por produzir uma literatura de forma autôno-ma, pode ser explicado por diversas razões, inclusive pela liberdade de escrever e publicar sem compromisso doutrinário. Às vezes ele o faz por questões de natureza financeira, aí a situação tam-bém é preocupante, pois se deseja vender sua literatura, poderá precisar descolori-la doutrinariamente para obter êxito.

O fato de uma editora de outra denominação publicar uma literatura escrita por um batista garante que a mesma seja fiel às doutrinas batistas?

Novamente não. Pois se uma editora de confissão distinta aceita publicar uma literatura escrita por um autor batista, é porque está segura que ele não escreveu nada que venha a confrontar a denominação da mesma. As-sim, como fica o tratamento das questões doutrinárias onde a Declaração Doutriná-ria da CBB diverge?

O fato de uma editora que se apresenta como não de-nominacional, publicar uma literatura escrita por diversos autores, inclusive batistas, oferece alguma segurança doutrinaria à igreja que a utiliza?

De forma alguma. Essas editoras ditas supra denomi-nacionais são notadamente descomprometidas com o aspecto doutrinário. Inclusive é comum que tais editoras orientem seus autores a não entrarem em aspectos dou-trinários que possam causar descontentamentos a este ou aquele segmento religioso. Logo, é a literatura à serviço do desejo de agradar a todos. Obviamente, não agradará uma igreja genuinamente batista.

O fato de a igreja decidir produzir sua própria litera-tura, usando seus pastores

e líderes como escritores, garante que a mesma tenha cor doutrinária batista?

Por mais estranho que pa-reça, a resposta também é não. Pois para uma igreja produzir sua própria litera-tura, precisa antes construir um currículo, que por sua vez, emana de uma filosofia educacional aprovada pela igreja, dentro do compro-misso doutrinário batista. Ou seja, não basta escrever lições soltas ou revistas sol-tas, sem vínculo curricular que seja bíblico e doutrina-riamente sadio. Assim, para que uma literatura produzi-da pela própria igreja lhe as-segure fidelidade doutrinaria batista, precisa de um acom-panhamento editorial desde o nascedouro da filosofia e do currículo, até a revisão teológica do que é escrito e, naturalmente, publicado.

O fato de uma editora ba-tista, que funcione dentro da estrutura denominacio-nal, produzir uma literatura escrita por batistas, garante coloração batista segura para a igreja, no que diz respeito à doutrina?

De fato neste caso, a segu-rança é bem maior, pois sen-do uma editora que funcione dentro da estrutura denomi-nacional, portanto, provida de conselho editorial, edito-res responsáveis pela revisão doutrinária e corpo editorial que opere a partir de critérios inclusive doutrinários, tanto para a seleção dos escritores quanto para as devidas e ne-cessárias revisões teológicas, permite que qualquer desvio ou equívoco doutrinário seja

devidamente filtrado, garan-tindo uma literatura doutrina-riamente sadia para a igreja.

É claro que ainda assim po-dem ocorrer erros ou falhas, pois é a literatura produzida por pessoas, portanto, pode vir a conter informações ou interpretações lacônicas ou até incorretas da Bíblia. Porém, tal possibilidade tra-mita no terreno do remoto, pois os filtros existentes e o compromisso assertivo com as convicções batistas, quase impossibilitam a existência de perigos para a igreja.

Embora não ignoremos a excelente literatura produ-zida por outras organiza-ções e entidades executivas ou auxiliares da CBB, cujo teor doutrinário é de total confiança e merece nosso respeito e apoio, precisamos afirmar que hoje só exis-te uma editora batista que opera dentro da estrutura Convencional: Trata-se da Editora Convicção. Com a descontinuidade de suas atividades empresariais, a JUERP não produz mais a literatura periódica, usada pelas Igrejas Batistas na EBD e nas demais organizações educacionais. Esta missão foi totalmente transferida para a Editora Convicção, que foi criada exatamente com o propósito de dar continuida-de à extraordinária história que teve início com a Junta de Escolas Dominicais e Mocidade, que depois deu origem á Casa Publicado-ra Batista, da qual nasceu a JUERP que agora, após muitos anos de atividade, teve o seu acervo editorial

e a sua missão educacional transferidos para a Editora Convicção. Graças ao nosso bom Deus e à sabedoria de gestores por Ele escalados para este tempo administra-rem a denominação Batista, em seu todo e em suas par-tes, a transição do acervo e do compromisso editorial da JUERP para a Editora Con-vicção foi operada de forma sábia, segura e tranquiliza-dora para as igrejas batistas do Brasil. Oramos para que toda a transição ocorresse de forma segura e sem demora desnecessária e isso acon-teceu. Está feita! Iniciamos agora um novo tempo na Educação Religiosa Batista do Brasil.

Assim, aconselhamos ás igreja batistas arroladas como filiadas à CBB, cuidarem bem da literatura de que fazem uso, procurando usar aquela que maior segurança doutri-nária lhe oferece, ou seja, a literatura produzida dentro da nossa estrutura denomi-nacional e, quando não, que sua utilização seja precedida de criteriosa análise, espe-cialmente sob o ponto de vista doutrinário.

Fazendo assim, além da segurança doutrinária, a igreja envereda-se pela tri-lha do apoio, da integração, da cooperação e do fortale-cimento de nossa identida-de batista.

Cuidado, não embarque na onda da literatura inco-lor... Busque literatura de cor doutrinária batista, porque, graças a Deus, ela existe, é de excelente qualidade e está disponível.

Convocação

Na qualidade de Presidente da União Feminina Missionária Batista Fluminen-se, em cumprimento ao que preceitua o Artigo 7º ao 9º do Estatuto da União Feminina Missionária Batista Fluminense, convoco as representantes da União Feminina para a realização da 97ª Assembleia Anual Ordinária, a ser realizada no dia 28 de julho de 2012 na Segunda Igreja Batista em Campos, localizada à Rua Conselheiro José Fernandes, 198 – Centro – Campos, Rio de Janeiro. O programa terá início às 08h30 com término previsto para as 17h30.

Niterói, 20 de junho de 2012.

Márcia Villar AntunesPresidente da UFMBF

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