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© Rainforest Alliance
Norma de Agricultura
Sustentável Rainforest
Alliance APLICÁVEL PARA PEQUENOS PRODUTORES
Rascunho da Norma v2.0 – Para consulta externa (junho
2019)
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 2
Sumário Introdução .................................................................................................. Error! Bookmark not defined.
Escopo da Norma ....................................................................... Error! Bookmark not defined.
Diferenciação entre pequenos produtores e produtores médios-grandes............. Error!
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Características da Norma de Agricultura Sustentável 2020 da Rainforest Alliance Error!
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Perfil de membro ......................................................................... Error! Bookmark not defined.
Inovações Temáticas .................................................................. Error! Bookmark not defined.
Agricultura Amigável ao Clima ................................................ Error! Bookmark not defined.
Práticas agrícolas susentáveis e abordagem de agroquímicos ....... Error! Bookmark not
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Abordagem de investigação em questões sociais .............. Error! Bookmark not defined.
Meios de vida ................................................................................ Error! Bookmark not defined.
Processo de implementação da norma Rainforest Alliance ............. Error! Bookmark not
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Garantias ....................................................................................... Error! Bookmark not defined.
Regras de Conformidade ........................................................... Error! Bookmark not defined.
A Norma de Agricultura Sustentável da Rainfores Alliance ............. Error! Bookmark not defined.
Capítulo 1: Gestão .................................................................................... Error! Bookmark not defined.
Objetvios e Resultados: .......................................................................... Error! Bookmark not defined.
1.1 Capacidades de Gerência de Grupo ............................. Error! Bookmark not defined.
1.2 Administração de Membros do Grupo ............................ Error! Bookmark not defined.
1.3 Inspeções Internas e Análises de Risco............................................................................ 20
1.4 Plano de Gestão e Prestação de Serviços ..................................................................... 21
1.5 Mecanismo de Queixa ....................................................................................................... 22
1.6 Igualdade de Gênero ......................................................................................................... 23
1.7 Jovens Produtores farmers ................................................................................................. 23
1.8 Rastreabilidade .................................................................................................................... 24
1.9 Premium ................................................................................................................................. 25
Capítulo 2: Agricultura ............................................................................. Error! Bookmark not defined.
Objetivos e Resultados: .......................................................................... Error! Bookmark not defined.
2.1 Plantio e Rotação ................................................................................................................ 28
2.2 Poda e renovação de Árvores de Cultivo ...................................................................... 28
2.3 Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) ...................................................... 28
2.4 Fertilidade e Conservação do Solo .................................................................................. 29
2.5 Manejo Integrado de Pragas (MIP) .................................................................................. 30
2.6 Gestão de Agroquímicos ................................................................................................... 31
2.7 Práticas de colheita e pós-colheita ................................................................................. 33
Capítulo 3: Social ...................................................................................... Error! Bookmark not defined.
Objetivos e resultados: ...................................................................... Error! Bookmark not defined.34
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 3
3.1 Avaliar e Abordar Discriminação, Trabalho Forçado, Trabalho Infantil, Assédio e
Violência no Local de Trabalho .............................................................................................. 36
3.2 Liberdade de Associação e Negociação Coletiva ..................................................... 37
3.3 Salários e Contratos ............................................................................................................. 38
3.4 Salário Digno ......................................................................................................................... 39
3.5 Condições de Trabalho ...................................................................................................... 39
3.6 Saúde & Segurança ............................................................................................................ 40
3.7 Moradia e Condições de Vida ......................................................................................... 42
3.8 Comunidades ....................................................................................................................... 43
Capítulo 4: Ambiente ............................................................................... Error! Bookmark not defined.
Objetivos e Resultados ........................................................................... Error! Bookmark not defined.
4.1 Florestas, outros ecossistemas naturais e áreas protegidas ......... Error! Bookmark not
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4.2 Conservação e enriquecimento de ecossistemas naturais e vegetação nativa
......................................................................................................... Error! Bookmark not defined.
4.3 Área de segurança ripária e Áreas de não-aplicação química Error! Bookmark not
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4.4 Proteção da Vida Selvagem e biodiversidade .............. Error! Bookmark not defined.
4.5 Conservação da Água ........................................................ Error! Bookmark not defined.
4.6 Água Residuária e Qualidade da Água .......................... Error! Bookmark not defined.
4.7 Gestão de Resíduos .............................................................. Error! Bookmark not defined.
4.8 Eficiência Energética ........................................................... Error! Bookmark not defined.
4.9 Redução de Gases Efeito Estufa........................................ Error! Bookmark not defined.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 4
INTRODUÇÃO
Em janeiro de 2018 a Rainforest Alliance se fundiu com a UTZ. Unimos nossas forças pois
sabemos que juntos podemos ter um maior impacto e ser um melhor parceiro para os diversos
stakeholders com os quais trabalhamos. Na Norma de Agricultura Sustentável de 2020,
pretendemos harmonizar as normas existentes da Rainforest Alliance e UTZ, aprender com
experiências anteriores, mas mais importante trazer inovações e novas ideias à certificação
e sustentabilidade agrícola. Nossa Norma de Agricultura Sustentável 2020 está desenhada
para maximizar impactos positivos sociais, ambientais e econômicos, enquanto oferece aos
produtores uma estrutura enriquecida para melhorar seus meios de vida e protegendo as
paisagens onde vivem e trabalham.
Este segundo rascunho da norma foi formulado após uma extensa consulta pública que foi
realizada de dezembro de 2018 até fevereiro de 2019, para obter comentários e melhorias
neste documento. O feedback das consultas externas e esta nova versão foi discutida e
aprovada pelo Comitê de Normas da Rainforest Alliance, englobando vários stakeholders. A
Norma de Agricultura Sustentável forma o coração da nova estratégia de certificação da
Rainforest Alliance. Em adição à norma, um maior sistema de garantias, cadeia de custódia
e monitoramento e avaliação apoiarão sua implementação. Finalmente, em nível mais
amplo, advocacia e intervenções em nível de paisagem apoiarão a transformação de
cadeias de suprimento sustentáveis.
ESCOPO DA NORMA
O escopo da norma é endereçar questões de sustentabilidade na produção agrícola.
Cultivos Foco A norma foca nas principais categorias de cultivos que atualmente estão nos
programas de certificação existentes, os quais são cultivos arbóreos (tais como
café, cacau e chá), frutas (como bananas, coco e abacaxi), nozes (como
avelã) e flores de corte. Não necessariamente todos os cultivos ou produtos
cultivados em fazendas certificadas poderão ser vendidos como certificados.
Para ervas e especiarias a Rainforest Alliance pretende trabalhar com a União
para Biocomércio Ético (UEBT) como já feito no programa UTZ. Está-se
explorando certificar estes cultivos em relação à norma UEBT.
Para óleo de palma, os recursos organizacionais da Rainforest Alliance irão ser
focados em três áreas principais de intervenção que são entendidas como
mais críticas para o momento, que são pequenos produtores, abordagens de
jurisdição/paisagem e o desenvolvimento de uma abordagem de
certificação+, bem como a manutenção da norma em sua forma atual.
Global O escopo geográfico da norma é em princípio global1 com um foco nas
principais áreas geográficas onde os cultivos foco são produzidos.
Fazenda toda Em princípio, o escopo da norma é a fazenda como um todo. Com respeito a
práticas agronômicas específicas a um tipo de cultivo, o foco da auditoria será
no cultivo certificado.
O escopo da auditoria da norma vai até o ponto onde a posse legal muda.
Isso significa que certas atividades de processamento na fazenda que
envolvem manipulação física, e que a inclusão de riscos sociais e ambientais
seja considerado importante (Ex. a produção de café verde; a secagem,
classificação, ou embalagem de amêndoas de cacau; a produção de chá
pronto) estão inclusas na auditoria da norma agrícola.
1 A Rainforest Alliance se reserva o direito de fazer exceções, ex. devido a circunstâncias legais ou políticas.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 5
Diferenciação entre pequenos produtores e fazendas médias/grandes A norma 2020 da Rainforest diferencia pequenos produtores e produtores médios/grandes.
Pequenos produtores são produtores agrícolas de pequena escala que primariamente
dependem da mão-de-obra familiar ou do arranjo familiar ou da troca de serviços com outros
membros da comunidade. Eles podem contratar trabalhadores temporários para tarefas
sazonais ou mesmo (alguns) trabalhadores permanentes quando o fazendeiro ou sua família
não podem fazer o trabalho sozinhos. Pequenos produtores não podem arcar com a
certificação individualmente e geralmente confiam na Gerência do Grupo para registrar seu
desenvolvimento e manutenção de registros.
Produtores médios/grandes são definidos como produtores que contratam mão-de-obra, e,
portanto, não dependem de mão-de-obra familiar.
A norma trata pequenos produtores e produtores médios/grandes de forma diferente para
que cada tipo de produtor possa focar em tópicos que são mais relevantes para sua
situação. Por exemplo, para produtores médios/grandes há um foco mais forte em critérios
básicos para questões sociais relacionadas a trabalhadores e suas famílias que vivem no
local, bem como certos tópicos ambientais. Para pequenos produtores a norma dá especial
atenção ao fortalecimento da capacidade de gerência de grupo ao longo do tempo.
Certificação individual e em grupo Pequenos produtores geralmente usam a certificação em grupo. Portanto, os requerimentos
de gestão de grupo são colocados na norma para pequenos produtores. Produtores grandes
e médios podem, sob certas condições, também se aplicar para certificação conjunta
(várias fazendas a serem certificadas em um certificado). A norma para produtores médios e
grandes, portanto também inclui requerimentos para a gestão de um certificado conjunto.
As regras e condições para esses grupos de produtores médios/grandes ainda será
determinada.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA NORMA DE AGRICULTURA
SUSTENTÁVEL 2020 RAINFOREST ALLIANCE.
A nova Norma de Agricultura Sustentável da Rainforest Alliance traz abordagens inovadoras,
delineadas a seguir:
Abordagem direcionada ao desempenho
A Rainforest Alliance acredita que a certificação deve ser acessível para um grande grupo
de produtores e que melhorias contínuas são fundamentais para a sustentabilidade. O novo
sistema de certificação direcionará melhoria contínua para pequenos produtores.
Adicionalmente a práticas prescritivas, o foco será na viabilização e mensuração de
melhorias em direção aos resultados de sustentabilidade.
Os critérios básicos incluem todos os requerimentos para a primeira certificação. A maioria
dos critérios prescreve boas práticas com respeito a tópicos de risco chave para
sustentabilidade e são formulados como critérios de conformidade (sim/não). Em alguns
casos, o critério básico contará um limite estabelecido (Ex. pagamento de salário mínimo)
que deve ser mensurado e reportado.
Meios de melhoria são desenhados para posteriormente promover e mensurar progresso.
Para os meios de melhoria, a Rainforest Alliance apresenta tópicos de melhoria mandatórios
e auto selecionados. Os tópicos de melhoria mandatórios precisam estar inclusos na
conformidade com a norma a medida que o produtor ou grupo produtor avança na sua
jornada à sustentabilidade. A Rainforest Alliance desenvolve mapas de risco para tópicos
relevantes. Para aumentar a relevância da norma, a Rainforest Alliance pode excluir tópicos
mandatórios de melhoria para certos contextos ou cultivos caso haja um baixo risco. Para
todos os tópicos os produtores ainda precisam cumprir com os critérios básicos. Logo, os
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 6
critérios de melhoria mandatórios podem diferir por detentor de certificado, já que
dependem do tipo de produtor, país ou região e o cultivo certificado. Tópicos auto
selecionados são escolhidos por detentores de certificado com base em sua própria análise
de risco ou aspirações. A seleção pode depender de apoio externo recebido para uma certa
melhoria, tal como a renovação dos cultivos.
Os meios de melhoria vem primariamente em duas formas. São definidos como níveis de
melhoria com práticas prescritas ou metas, ou como um ‘medidor inteligente’. Os níveis
estipulados para as melhorias mandatórias indicam o prazo o qual esses critérios de melhoria
devem ser cumpridos. O Nível 1 precisa ser cumprido três anos após a primeira auditoria de
certificação, nível 2 após seis anos, e o nível 3 após nove anos. Detentores de certificado que
já cumprem com um nível de melhoria mais alto em estágio anterior podem ser auditados
em relação à um nível mais alto, e publicar isso em seu perfil de membro conforme se explica
baixo. O ‘medidor inteligente’ é baseado em indicadores para mensurar melhorias sem metas
pré-definidas. Esses dados fornecerão melhores noções do desempenho atual para fazendas
e grupos e podem ser usados para diagnosticas lacunas de sustentabilidade existentes, dar
noções de melhorias feitas e criar incentivos para posteriores desenvolvimentos.
Figura 1: Estrutura básica da nova norma
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 7
Dados e Indicadores
Através do novo sistema de certificação, a Rainforest Alliance facilitará a obtenção de
dados em práticas sustentáveis e resultados para serem utilizados pelos produtores ou outros
atores da cadeia de suprimento. Esses dados são referidos na norma como “indicadores”.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 8
Os dados de indicadores podem ajudar produtores a identificar lacunas de sustentabilidade
e a monitorar melhorias para autoaprendizagem. Além disso, os indicadores serão utilizados
para avaliar a conformidade e potencialmente reportar para outros atores da cadeia de
suprimento em um seguro ‘perfil de membro’ do detentor do certificado. A Rainforest Alliance
fornecerá orientações para a metodologia de coleta de dados e indicadores. Dependendo
do tema, dados podem ser coletados através de fontes internas tais como o sistema de
gestão interna da fazenda ou do grupo ou o sistema de monitoramento e avaliação de um
comercializador ou comprador, ou fontes externas tais como o processo de garantia da
certificação, fontes de dados externos tais como imagens de satélite, ou outros credíveis e
mutualmente acordados com terceiras partes. Os dados utilizados para conformidade e
relatórios externos serão verificados e analisados através do processo de garantias.
Os indicadores que são especificados são relacionados com os critérios básicos ou são
usados para mensurar melhorarias. Os indicadores relacionados aos critérios básicos são
usados para autoaprendizagem, monitoramento e/ou relatórios. Os indicadores relacionados
aos critérios de melhoria informarão o detentor do certificado quanto ao progresso em
direção às melhorias desenhadas. Para alguns tópicos de melhoria metas são pré-definidas
na norma, por exemplo, a porcentagem de membros do grupo com coleta de dados digital
(1.4.). Outras melhoria não vem com metas pré-definidas, estas são chamadas indicadores
do medidor inteligente. Os detentores de certificado poderão estabelecer estas metas para
estes indicadores e definir ações adequadas a serem tomadas para realizar estas melhorias.
Para os indicadores de medidor inteligente mandatórios, a qualidade dos dados e das ações
realizadas serão verificadas através do processo de asseguramento. O nível de mensuração
dos dados dos indicadores não influenciará a decisão de certificação. Contudo, se nenhum
dato for coletado, ou a qualidade do dado é muito baixa, pode haver consequências para
certificação. A Rainforest Alliance usará dados de indicadores para propósitos de
aprendizagem e para estabelecer níveis otimizados específicos para contextos e cultivos
para estes indicadores, a serem utilizados pelos detentores de certificado como uma
referência para suas melhorias.
Com respeito aos dados das melhorias de medidor inteligente auto selecionadas, a Rainforest
Alliance apenas permitirá sua publicação se a entidade certificadora verificou a qualidade
dos dados coletados.
Perfil de membro
Um perfil de membro para fazendas e grupos é outra inovação que será utilizada para
comunicar desempenho e melhorias de sustentabilidade. Tal perfil de membro será
informado com os dados e indicadores da norma, e permitirá que produtores demonstrem
seus resultados, desafios e melhorias. O perfil também se tornará uma valiosa ferramenta
para direcionar melhoria contínua, empoderar produtores, construir demanda por produtos
certificados, e canalizar investimentos na cadeia de suprimento.
INOVAÇÕES TEMÁTICAS
Muitos tópicos importantes que já estiveram presentes nas normas existentes da Rainforest
Alliance e UTZ foram mantidos. Gestão da fazenda e grupo, boas práticas agronômicas e
conservação dos recursos naturais, uso seguro de agroquímicos, conservação da
biodiversidade e proteção da natureza, e uma abordagem integrada para agricultura
amigável ao clima.
Agricultura Amigável ao Clima
Reconhecemos os desafios colocados pelas mudanças climáticas e buscamos endereçar
esses desafios através da promoção ativa Agricultura Amigável ao Clima2 para melhorar a
2 Uma abordagem para desenvolver condições técnicas, políticas e investimento para atingir desenvolvimento agrícola para
segurança alimentar sob mudanças climáticas. É composto de três pilares principais:1) Sustentabilidade aumentando
produtividade e ganhos agrícolas; 2) Adaptação e construção de resiliência às mudanças climáticas; 3) Redução e/ou remoção
de emissões de gases efeito estufa, onde possível (Fonte: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 9
resiliência das fazendas e das comunidades agrícolas. Isso é atingido com a proteção de
ecossistemas nativos e da biodiversidade na fazenda, evitando desmatamento, mantendo
solos saudáveis, preservando fontes de água e orientando produtores a selecionar materiais
de plantio e práticas agrícolas mais eficientes ao clima.
Adicionalmente a Norma busca reduzir as emissões de gases na agricultura associadas com
o uso de energia, fertilizantes, pesticidas e emissões de metano – enquanto mantém ou
aumenta os estoques de carbono no solo, florestas e outras vegetações na fazenda. Assim, a
Norma promove todos os três pilares da Agricultura Amigável ao Clima:
1) Sustentabilidade aumentando produtividade e ganhos agrícolas;
2) Adaptação e construção de resiliência às mudanças climáticas;
3) Redução e/ou remoção de emissões de gases efeito estufa, onde possível.
Práticas agrícolas sustentáveis e abordagem de agroquímicos A Rainforest Alliance também está trabalhando em uma abordagem de agroquímicos que
está se movendo em direção a implementação de mais práticas sustentáveis permitindo que
produtores reduzam ainda mais o uso de químicos perigosos para ter melhor impacto no
ambiente, na resiliência climática e segurança no trabalho.
Abordagem de investigação para questões sociais Uma inovação chave é a nossa proposta de abordagem para trabalho infantil, trabalho
forçado e assédio (sexual). Várias experiências e pesquisa mostram que abordagens de
investigação e remediação são práticas melhores para ter impacto nessas questões. Essa
abordagem é agora proposta para os tópicos relevantes no Capítulo 3 (Social) da nova
norma.
A nova norma também põe mais ênfase na igualdade de gênero, reconhecendo as posições
e direitos das mulheres e garotas e sua importância para o desenvolvimento sustentável.
Meios de Vida A Rainforest Alliance pretende focar mais extensivamente nos avanços econômicos de
produtores e trabalhadores, os ajudando a criar meios de vida mais sustentáveis. Nas normas
atuais, um início foi feito com a introdução de critérios relacionados ao salário digno e
práticas que acionam melhorias na lucratividade dos rendimentos dos produtores. A nova
norma introduz uma ferramenta de salário digno para fazendas médias/grandes para avaliar
salários e lacunas salariais.
Com relação aos rendimentos dos produtores, nossos critérios de gestão de fazenda e
serviços visam melhorar a lucratividade e rendimentos. Além disso, a Rainforest Alliance
começará a monitorar o progresso em direção ao rendimento digno. Uma Ferramenta para
Rendimento Digno está sendo desenvolvida que estimará os rendimentos líquidos de produto
certificado e a lacuna em relação a referências de rendimento digno. Os primeiros pilotos
desta ferramenta estão sendo planejados em Gana e Costa do Marfim. Uma ferramenta
como esta terá um longo caminho em ajudar parceiros a entender a realidade das lacunas
de rendimento digno em suas cadeias de suprimento, e, portanto, facilitar o desenvolvimento
de estratégias de endereçamento.
A Rainforest Alliance explora como melhor compartilhar a responsabilidade por investimentos
requeridos para construir sistemas de produção agrícola sustentáveis entre produtores e
compradores. Os desenvolvimentos mencionados na norma agrícola são apoiados por
posteriores desenvolvimentos em nossa norma cadeia de custódia, explorando
requerimentos para compradores.
A Rainforest Alliance fortemente acredita que produtores devem ser incentivados e
recompensados para desenvolver e manter seus investimentos em práticas de produção
sustentáveis. Nossa nova norma salienta a melhoria contínua em sustentabilidade – e isso não
é possível sem adequados incentivos sendo direcionados aos produtores.
O preço na porteira da fazenda, preços de prêmio, acesso a mercados globais, a relação
do preço ao custo de produção, e o contexto agrícola mais amplo tem todos um claro
impacto no rendimento dos produtores. A Rainforest Alliance usará tanto a norma agrícola
como a cadeia de custódia para direcionar mais transparência econômica da certificação
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 10
e valor para os produtores. Dentro da norma, o pagamento de um prêmio será mandatório
para compradores de chá, café, cacau e banana certificados Rainforest Alliance.
Requerimentos sobre prêmio específicos para setores serão desenvolvidos ao longo dos
próximos meses. Intervenções adicionais para direcionar mais incentivos econômicos serão
desenvolvidos através da cadeia de custódia e fora do âmbito da norma agrícola.
PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DA NORMA RAINFOREST ALLIANCE
Após o produtor se registrar na Rainforest Alliance, enviamos de volta a lista com critérios
mandatórios que são aplicáveis a fazenda ou grupo produtor. A Rainforest Alliance fornece
um pacote customizado com a orientação para treinamentos, a orientação para análise de
risco e a ferramenta para avaliação de capacidade de gestão (ara grupos) para
implementar os critérios básicos e para se preparar para a auditoria de certificação. Esse
período de preparação é referido como Ano 0. O período de preparação se inicia com o
produtor conduzindo a avaliação preparatória, que inclui uma avaliação inicial de riscos,
lacunas e bases, veja o diagrama “Processo de Implementação” abaixo. A análise de risco
fornece ideias quanto aos riscos ameaçam o alcance dos resultados de sustentabilidade, e
as lacunas que precisam ser sanadas para atingir a conformidade com a norma e para
alcançar melhorias em seu desempenho de sustentabilidade.
Essas avaliações preparatórias e outras fontes de informação, tais como mapas de unidades
agrícolas são usadas como insumo para rascunhar um plano de gestão inicial, descrevendo
as ações a serem tomadas para atingir conformidade com os critérios básicos da norma. De
forma subsequente, o produtor conduzirá auditorias internas para avaliar a conformidade dos
membros do grupo com a norma (caso seja um grupo), e conduzirá uma avaliação básica
para os indicadores de melhoria aplicáveis. Fazendas individuais realizaram uma avaliação
para verificar conformidade com a norma. Os resultados das inspeções internas, e os
primeiros comentários recebidos da entidade certificadora, serão utilizados como insumos
para detalhar e adaptar o plano de gestão.
Após essa fase de preparação, o produtor tem a primeira auditoria de certificação realizada
por uma organização de auditoria independente. Caso passe na auditoria, o primeiro ano
de certificação começa. Uma avaliação de risco mais aprofundada será a primeira ação,
focada nos tópicos de melhoria mandatórios. Por exemplo, no caso de alto risco de trabalho
infantil essa análise de risco aprofundada deve fornecer noções quanto as crianças mais
vulneráveis e as causas que estão por trás do trabalho infantil, que direcionará ações a serem
inclusas no plano de gestão. As inspeções internas serão conduzidas anualmente, com foco
nos tópicos identificados na análise de risco e nos resultados das inspeções anteriores. A
informação obtida através das inspeções internas será usada para verificar a conformidade
e também para orientar posteriores ações de melhoria. O plano de gestão será regularmente
adaptado com base na informação obtida através das inspeções internas, auditorias,
análises de risco e mensuração de indicadores.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 11
GARANTIAS
A nova norma é parte de uma estratégia mais ampla de reimaginar a certificação da
Rainforest Alliance. Um importante elemento disto é a coleta e verificação de dados credíveis
e uteis e evidência de conformidade. Para manter os custos de certificação razoáveis para
detentores de certificado, as garantias são atreladas aos riscos e tópicos mais importantes. O
intuito não é diminuir o envolvimento de entidades certificadoras, mas direcionar seus
esforços de forma mais eficiente. Isso significa que, por exemplo, auditores podem gastar mais
tempo em fazendas para verificar conformidade com critérios sociais, enquanto para alguns
critérios ambientais, tecnologia e imagens de satélite terão um papel mais proeminente.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 12
Adicionalmente, a Rainforest Alliance está explorando métodos de garantias para verificar o
quão pronto um produtor está para implementar a norma durante o período de preparação.
Isso é para garantir que os produtores atinjam a certificação no primeiro ano e estejam
prontos para a jornada de sustentabilidade dos anos seguintes, permitindo intervenções de
garantias mais direcionadas e suaves. A Rainforest Alliance também vai explorar métodos
que, de forma objetiva, diminuam ou aumentem a intensidade e frequência das auditorias
baseadas em risco, no quão pronto está o produtor para implementar, no tipo de cultivo e
contexto de país, e níveis atingidos de critérios de melhoria.
A Rainforest Alliance começou a explorar ideias inovadoras para o novo modelo de garantias
durante 2019. Ao longo dos próximos meses essas ideias serão posteriormente desenvolvidas
e testadas.
Regras de Conformidade As auditorias de certificação acontecerão uma vez a cada três anos, e a verificação da
conformidade com os critérios básicos bem como os relevantes níveis de melhoria
mandatórios. Auditorias de supervisão anuais serão requeridas para garantir conformidade
contínua com a norma, e a verificação do progresso das melhorias.
Para a primeira auditoria de certificação todos os detentores de certificado devem cumprir
com todos os critérios básicos aplicáveis a sua categoria (pequenos produtores ou
médios/grandes, individuais ou grupo), ainda não com outros requerimentos. A primeira
auditoria inclui uma avaliação do nível de aplicabilidade das melhorias mandatória, e a
verificação da mensuração básica das melhorias de medidor inteligente mandatórias.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 13
As melhorias mandatórias com uma abordagem de medidor inteligente terão a qualidade
de seus dados verificada durante a auditoria ao invés de uma abordagem de passar/falhar.
Se os indicadores não mostrarem nenhum progresso, ou mesmo estiverem em queda, o
detentor de certificado pode fornecer as causas para essa situação e evidência de
atividades realizadas para trabalhar nessa melhoria. Se a evidência é insuficiente isso levará
a uma não-conformidade ou a decertificação. As melhorias auto selecionadas serão apenas
inclusas no processo de auditorias caso o detentor de certificado deseje publicar esses dados.
Para informação
O seguinte conteúdo e observado no registro do membro.
Conduta Responsável
O Membro se compromete a ser um bom e confiável parceiro para outros membros na
cadeia de suprimento, e a aderir aos acordos feitos com outros Membros. O membro se
compromete a aderir a princípios de condutas comerciais responsáveis
internacionalmente aceitos, tais como os Princípios Orientadores para Negócios e Direitos
Humanos da ONU e as Orientações para Empresas Multinacionais da OECD. A escala e
complexidade dos meios pelos quais um membro pode cumprir com esse
comprometimento podem variar de acordo com o tamanho, setor, contexto operacional,
posse e estrutura, e com a severidade dos impactos adversos da empresa aos direitos
humanos.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 14
RESULTADOS E IMPACTOS
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 15
A NORMA RAINFOREST ALLIANCE PARA AGRICULTURA
SUSTENTÁVEL
TABELA DE ÍCONES
ICONE SIGNIFICADO
Básico (Sem ícone) Critério básico, mandatório para certificação. Pequeno Produtor
Individual
Os critérios na coluna Pequeno Produtor não aplicáveis aos
pequenos produtores individuais, também referidos como
membros. GM S/Mix
Os critérios na coluna MB S/Mix são aplicáveis à gerência do
grupo de grupos de pequenos produtores ou a gerência do grupo
de fazendas médias/grandes que são certificadas conjuntamente
com grupos de pequenos produtores. CULTIVO Os critérios na coluna Cultivo são específicos para cultivos. Nesse
momento, apenas alguns critérios são específicos para cultivos,
espera-se que mais critérios sejam específicos a cultivos na norma
final.
N1, N2, N3 Nível: tópico a ser cumprido após um certo número de anos. Nível
1 deve ser cumprido 3 anos após a primeira certificação, nível 2
após 6 anos e nível 3 após 9 anos.
O ícone M indica que a melhoria é mandatória.
O ícone S indica que o detentor do certificado pode optar por
selecionar essa melhoria (Auto Selecionado).
Medidor Inteligente: melhorias medindo desempenho sem metas
compulsórias. Medidores inteligentes podem ser usados para
melhorar as decisões da gerência. É auditado ao verificar os
dados. O M significa que é uma melhoria mandatória.
Medidor Inteligente: melhorias medindo desempenho sem metas
compulsórias. Medidores inteligentes podem ser usados para
melhorar as decisões da gerência. É auditado ao verificar os
dados. O S significa que é uma melhoria auto selecionada,
indicando que o detentor do certificado pode optar por essa
melhoria.
As duas normas, para pequenos produtores e fazendas médias/grandes estão
numeradas conjuntamente. Portanto, a numeração de cada uma das normas
demonstra algumas lacunas.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 16
CAPÍTULO 1: GESTÃO
Objetivos e Resultados:
Agricultura não é apenas um meio de vida, mas também um negócio, e negócios de sucesso
precisam de gestão. A Rainforest Alliance quer ver fazendas certificadas sendo geridas de
forma eficiente, transparente, inclusiva e economicamente viável. Aqui é essencial que as
fazendas e os grupos implementem um planejamento integrado e sistema de gestão, com
processos e sistemas para melhoria contínua. Planejamento e gestão apoiam o aumento da
produtividade e eficiência agrícola, impactos ambientais reduzidos e maior capacidade de
adaptação às mudanças climáticas. Eficiência aumentada no uso de terra, água, fertilizantes
e pesticidas posteriormente apoia a adaptação e mitigação às mudanças climáticas
(Agricultura Amigável ao Clima).
Para auxiliar a atingir esse resultado, o capítulo começa com tópicos relacionados à
capacidade de gestão, administração da fazenda e grupo e gestão de dados, e avaliação
de sustentabilidade e planejamento de gestão. Os critérios desses tópicos seguem um
processo de planejamento para avaliar, planejar, implementação, avaliação e ajuste. Com
base na avaliação de risco, Práticas específicas para adaptação e mitigação são definidas.
Administradores de fazenda e grupos desempenham uma função fundamental em facilitar
esse processo de planejamento. Rastreabilidade e transparência no prêmio também são
tópicos que apoiam o resultado de gestão agrícola transparente e integridade geral do
sistema de certificação da Rainforest Alliance.
Finalmente, esse capítulo inclui temas transversais de gênero, participação de jovens, e
lucratividade da fazenda. A seleção desses tópicos no capítulo gestão reconhece a natureza
universal desses temas, e que eles se aplicam à múltiplas dimensões das atividades da
fazenda e grupo. Critérios e níveis de melhoria nesses tópicos focarão em melhorias
contextuais. Isto é, ao invés de requerer certo nível de participação de gênero ou jovens, ou
um certo nível de rendimento agrícola, a norma encoraja metas específicas à fazenda e ao
contexto e atividades para atingir os objetivos apropriados ao membro.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 17
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 18
1.1 CAPACIDADES GERENCIAIS DO GRUPO
Peq.
Prod.
Indiv.
GM
S/Mix
Cultivo
Requerimentos Básicos
(1.1.1) A gerência do grupo demonstra um comprometimento com a
agricultura sustentável ao dedicar recursos e pessoal adequado para a
implementação da Norma Rainforest Alliance.
A gerência do grupo avalia anualmente sua capacidade de gestão
para garantir conformidade com a norma e a habilidade de fazer
mudanças de desempenho em sustentabilidade, usando a Ferramenta
de Avaliação de Capacidade da Rainforest Alliance que inclui os
seguintes tópicos:
- Gestão de recursos humanos
- Gestão do negócio
- Gestão financeira
- Serviços aos membros e atividades negociais
- Práticas de governança e atividades negociais
- Práticas de governança
- Engajamento da comunidade e partes interessadas.
x
Melhorias
(1.1.2) A gerência do grupo melhora suas capacidades
gerenciais.
x
Indicadores
• Medidor Inteligente (1.1.2): Pontuação na Ferramenta de Avaliação de Capacidade da
Rainforest Alliance
1.2 ADMINISTRAÇÃO DOS MEMBROS DO GRUPO
Peq. Prod.
Indiv.
GM
S/Mix
Cultivo
Requerimentos Básicos
(1.2.1) Um registro de membros do grupo é mantido e atualizado,
contendo para cada membro do grupo ( e para cada operador da
fazenda, se diferente do membro do grupo, ex. meeiro).
- Nome complete
- Gênero
- Ano de Nascimento
- Local
- Número de telefone
- Número de Identificação Nacional (ID ou Passaporte), se houver)
- Tamanho da arranjo família
- Ponto GPS por unidade agrícola
- Número de unidades agrícolas
- Área total da fazenda
- Área de cultivo certificado
- Colheita total do ano anterior
- Colheita do no anterior entregue ao grupo
- Estimativa de safra total do ano atual
- Número de trabalhadores permanentes (fazendas > 3 ha).
- Número estimado de trabalhadores sazonais (fazendas > 3 ha).
x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 19
- Participação em outros programas de certificação
- Primeiro ano de certificação
(1.2.2) Um registro de trabalhadores permanentes e sazonais é
mantido e atualizado, contendo para cada trabalhador:
- Nome completo
- Gênero
- Ano de nascimento
- Data de início e final de trabalho
- Salários
Para trabalhadores vivendo no local, o registro contém
adicionalmente:
- Endereço
- Número de membros da família
- Ano de Nascimento dos membros da família
Para jovens trabalhadores, o registro contém adicionalmente:
- Endereço
- Nome e endereço dos pais ou guardiães legais
- Matrícula escolar
- Tipo de trabalho ou tarefas
- Número de horas de trabalho diárias ou semanais.
x
(1.2.3) Para fazendas > 3 ha, um registro de trabalhadores
permanentes e sazonais é mantido e atualizado, contendo para
cada trabalhador:
- Nome completo
- Gênero
- Ano de Nascimento
- Salários
Para jovens trabalhadores, o registro adicionalmente contém:
- Tipo de trabalho ou tarefas
- Número de horas de trabalho diárias e semanais
Membros do grupo que são analfabetos podem dar a informação
acima oralmente.
x
(1.2.4) um mapa atualizado da(s) fazenda(s) certificadas está
disponível, incluso áreas de produção, instalações de
processamento, assentamentos humanos na proximidade dos
limites da fazenda, escolas e centros médicos/locais de primeiros
socorros, florestas, ecossistemas naturais e outras coberturas de
vegetação nativa existentes, cobertura de sombra em agrofloresta,
áreas protegidas, corpos d’água e áreas de segurança. O mapa
também inclui áreas de risco identificadas na análise de risco (veja
1.3.5). O mapa exibe a data de confecção.
x
(1.2.5) Um mapa atualizado da fazenda está disponível, incluso
zonas de produção, edifícios, áreas agroflorestais, ecossistemas
naturais (ex. florestas), áreas protegidas, corpos d'água e áreas de
proteção. O mapa mostra a data de emissão.
x
(1.2.6) Ponto(s) GPS estão disponíveis para 90% das fazendas (1
ponto GPS central por fazenda. No caso de a fazenda ter múltiplas
unidades de produção: 1 ponto GPS central para a maior unidade
agrícola com a cultura certificada.
x
Melhorias
N1
(1.2.7) Ponto(s) GPS estão disponíveis para 90% das
fazendas (1 ponto GPS central por unidade de produção). x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 20
N2
(1.2.8) Polígonos estão disponíveis para 40% das fazendas
(1 polígono por unidade de produção maior que 3 ha).
x
N3
(1.2.9) Polígonos estão disponíveis para 40% das fazendas
(1 polígono por unidade de produção maior que 3 ha.) x
Indicadores
• (1.2.7) % de fazendas com pontos GPS.
• (1.2.8, 1.2.9) % de fazendas com polígonos.
1.3 INSPEÇÕES INTERNAS E ANÁLISE DE RISCO
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(1.3.1) Um sistema de inspeção interna está estabelecido para
avaliar a conformidade dos membros do grupo com a norma
Rainforest Alliance. O sistema inclui:
- Inspeção anual de todas as fazendas de todos os membros do
grupo.
- Primeiro ano de certificação de um membro do grupo: inspeção
de todas as unidades de produção em todos os requerimentos da
norma Rainforest Alliance.
- Anos consecutivos:
- O escopo da inspeção é base na análise de risco e em
inspeções prévias.
- Sistema de rotação para inspeção de unidades de produção,
para que cada unidade seja inspecionada ao menos a cada 3
anos.
x
(1.3.2) A razão entre o número de inspetores internos e os membros
do grupo deve ser de ser ao máximo de 1:250. Cada inspetor
interno não pode inspecionar mais que 6 fazendas por dia.
Inspetores internos realizaram um curso interno em boas práticas de
inspeção interna organizado pela gerência do grupo.
x
(1.3.3) Um sistema de aprovação e sanção está estabelecido em
relação a conformidade dos membros do grupo com a norma
Rainforest Alliance. O sistema inclui:
- Um procedimento de aprovação e sanção escrito
- Um mecanismo de acompanhamento das melhorias e ações
corretivas dos membros do grupo
- Uma decisão sobre o status da certificação de cada membro que
seja documentada, assinada e inclusa no relatório final de inspeção
interna.
x
(1.3.4) Os registros para propósito de certificação devem ser
mantidos por ao menos 4 anos. x x
(1.3.5) A gerência conduz uma análise de risco em relação aos
critérios dessa norma para seu grupo/fazenda ao menos a cada
três anos, incluindo ao menos os riscos associados com:
- Riscos sociais incluindo trabalho infantil, trabalho forçado e assédio
e violência no local de trabalho.
- Gestão de agroquímicos
- Desmatamento e perda de biodiversidade
- Flutuações ou choques econômicos
- Mudanças climáticas, clima extremo e perigos ambientais.
x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 21
Melhorias
N1
(1.3.6) Dados de inspeção interna são coletados através
de um dispositivo (Ex. telefone, tablet, etc.) e usados em
um formato digital em ao menos 30% dos membros do
grupo.
x
N2
(1.3.7) Dados de inspeção interna são coletados através
de um dispositivo (Ex. telefone, tablet, etc.) e usados em
um formato digital em ao menos 50% dos membros do
grupo.
x
N3
(1.3.8) Dados de inspeção interna são coletados através
de um dispositivo (Ex. telefone, tablet, etc.) e usados em
um formato digital em ao menos 80% dos membros do
grupo.
x
Indicadores
• (1.3.6, 1.3.7, 1.3.8) % de membros do grupo os quais os dados de inspeção interna foram
coletados e utilizados pela gerência do grupo em formatos digitais.
1.4 PLANO DE GESTÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos básicos
(1.4.1) A gerência elabora um plano de gestão descrevendo áreas
de melhoria e ações a serem tomadas, serviços a serem prestados e
uso do Prêmio. O plano de gestão é baseado em ao menos, mas
não se limitando, na inspeção interna (1.3.1), análise de risco (1.3.5)
e condições agroecológicas locais (solo, clima, água). Ações são
implementadas, monitoradas e documentadas. O plano de gestão
é atualizado ao menos a cada três anos.
x
(1.4.2) A gerência do grupo fornece serviços aos membros do grupo
com base nas lacunas identificadas na análise de risco para atingir
os resultados de sustentabilidade. Os serviços incluem treinamento,
acesso a insumos (Ex. mudas, sistemas de irrigação). A gerência do
grupo documenta os treinamentos e serviços fornecidos.
x
(1.4.3) A gerência do grupo coleta informação sobre volumes do
cultivo certificado, prêmio em dinheiro (1.9.1 & 1.9.2) e preços na
porteira da fazenda pago aos produtores e calcule o rendimento
bruto do cultivo certificado (Ex. volumes vendidos x preços na
porteira da fazenda + prêmio em dinheiro para produtores) para
uma amostra representativa dos membros do grupo. A gerência do
grupo compartilha uma análise anônima destes dados para
membros do grupo.
x
(1.4.4) Prestadores de serviços, incluso fornecedores de mão-de-
obra, cumprem com os critérios aplicáveis da norma para o
trabalho conduzido dentro do escopo certificado.
x x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 22
Melhorias
(1.4.5) A gerência do grupo apoia os membros do grupo
com
- Treinamentos em conceitos financeiros e gestão do
negócio.
- Facilitação do acesso a serviços financeiros (Ex. contas
bancárias, pagamento móvel, empréstimos para
investimentos na fazenda).
x
(1.4.6) A gerência do grupo apoia os membros do grupo:
- A tomar decisões informadas sobre estratégias de
diversificação adequadas.
- Facilitar acesso a conhecimento, insumos e serviços
necessários para as estratégias de diversificação.
- Estender o apoio ao arranjo familiar e/ou intervenções
baseadas na comunidade.
x
(1.4.7) A gerência do grupo apoia os membros do grupo
com Planos de Desenvolvimento Individual (PDI) que
permitam produtores a planejar suas intervenções
agronômicas e financeiras.
x x
Indicadores
• (1.4.2) nº de treinamentos/conscientizações fornecidos aos membros e/ou trabalhadores;
• (1.4.2) Tópicos dos treinamentos/conscientizações;
• (1.4.2) nº e % de membros/trabalhadores participando das atividades (H/M);
• (1.4.2) nº e tipo de serviços (outros que treinamento) fornecidos aos membros/trabalhadores;
• Medidor Inteligente (1.4.6): nº de membros do gripo que tem acesso a serviços financeiros.
• Medidor Inteligente (1.4.7): nº de produtores (H/M) que diversificam sua renda através de:
- Outro trabalho
- Produzindo mais de um cultivo adicional para venda
- Produzindo mais de um cultivo adicional para consumo próprio
- Melhorando o seu produto (Ex. processamento úmido)
• Medidor Inteligente (1.4.8): Nº e % de membros do grupo com um Plano de Desenvolvimento
Individual (PDI) conforme desenvolvido pela Rainforest Alliance ou um equivalente ao PDI
aprovado pela Rainforest Alliance
1.5 MECANISMO DE QUEIXA
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requisitos Básicos
(1.5.1) Um mecanismo formal de queixa está estabelecido e é
usado para enviar e endereçar queixas. O mecanismo pode ser
utilizado por todas as partes interessadas internas e externas, incluso
trabalhadores, membros e pessoal, compradores, fornecedores e
comunidades, para todos os assuntos passíveis de queixa incluso
inspeções internas, assédio e violência no local de trabalho,
discriminação, trabalho forçado e trabalho infantil.
O mecanismo inclui meios para queixas confidenciais e permite a
submissão de queixas anônimas.
A gerência informa os membros do grupo/trabalhadores e partes
interessadas relevantes sobre o mecanismo.
Trabalhadores estão protegidos contra demissão, retribuição ou
ameaças como consequências de utilizar o mecanismo de queixa.
Queixas são endereçadas de forma clara e em tempo hábil.
Queixas e ações corretivas são adequadamente documentadas.
x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 23
Melhorias N/A
Indicadores N/A
1.6 IGUALDADE DE GÊNERO
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(1.6.1) A gerência se compromete a promover a igualdade de
gênero através de uma declaração escrita e comunicada aos
membros do grupo e/ou trabalhadores.
A gerência aponta uma pessoa ou comitê responsável pela
implementação, monitoramento e avaliação de medidas que
promovem a igualdade de gênero e empoderamento feminino.
A pessoa/comitê responsável realiza uma avaliação de gênero e
desenvolve um plano de gênero, incluindo metas para endereçar
restrições de gênero identificadas.
x
Melhorias
(1.6.2) A qualidade de gênero é melhorada. x
Indicadores
• Medidor Inteligente (1.6.2):
o % de trabalhadoras com contratos permanentes (comparada a % de homens em funções
similares com contratos permanentes);
o Participação de mulheres em treinamentos/conscientizações (Nº e %);
o % de mulheres em posições de gerência ou funções de supervisão;
o # e % de mulheres em organizações de trabalhadores e/ou sindicatos
1.7 JOVENS PRODUTORES
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requisitos Básicos
N/A
Melhorias
(1.7.1) A gerência melhora a participação de jovens
trabalhadores (15-35):
-Motivando o envolvimento de jovens em atividades
agrícolas.
-Encorajando a participação de jovens em treinamentos,
prestação de serviços e emprego.
-Promovendo que jovens produtores se tornem
certificados e participem nas tomadas de decisão.
x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 24
Indicadores
• Medidor Inteligente (1.7.1):
o % de jovens membros do grupo (idade 15-35) (H/M).
o Nº de jovens participantes em treinamentos (idade 15-35).
1.8 RASTREABILIDADE
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requisitos Básicos
(1.8.1) O total da produção certificada (em Kg) é estimada
anualmente. É baseada em uma metodologia credível para estiva
de produtividade (em Kg/ha) de uma amostra representativa de
fazendas ou unidades de produção. A metodologia e cálculos são
documentados.
x x
(1.8.2) O total colhido da produção certificada (em Kg) e a
produtividade (em Kg/ha) são registrados anualmente.
x x
(1.8.3) Produtos certificados são visivelmente separados de produtos
não certificados.
x x
(1.8.4) Existem evidências documentadas que produtos que o grupo
vende como certificado podem ser rastreados de volta à(s)
fazenda(s) de origem, onde eles foram produzidos:
- A gerência do grupo documenta o fluxo de produto do
produto certificado do membro do grupo até o grupo, incluso
todos os intermediários (pontos de coleta, armazéns etc.) e
atividades realizadas no produto.
- A gerência do grupo mantem documentos de compra e venda
relacionados às entregas físicas de produtos certificados, multi-
certificado e não-certificados. Esses documentos incluem o
membro do grupo, data, tipo de produto e volume.
- Os membros do grupo mantem recibos de venda incluindo
data, tipo de produto e volume.
x x
(1.8.5) Transações de venda de produtos certificados são
registradas no sistema de rastreabilidade da Rainforest Alliance,
incluso prêmios recebidos, no máximo ao final do trimestre em que
a venda foi realizada. Vendas totais de produtos certificados não
excedem o total de produção certificada mais o saldo de estoque
remanescente do ano anterior.
x
(1.8.6) O equipamento utilizado para definir o peso ou volume de
produto certificado é calibrado anualmente. x
Melhorias
N/A
Indicadores
• (1.8.1) Volume de produção certificada estimada (kg).
• (1.8.2) Produção colhida total do cultivo certificado (Kg).
• (1.8.2) Produtividade da colheita do cultivo certificado (Kg/ha) (Produção total/área de
produção total).
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 25
1.9 PRÊMIO
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requisitos Básicos
(1.9.1) A gerência do grupo documenta e comunica aos membros
do grupo ao menos anualmente:
1) Preços e prêmios Rainforest Alliance recebidos por kg (separados
de outros prêmios, como por exemplo de qualidade).
2) Distribuição dos prêmios recebidos, especificando entre
- Custos indiretos razoáveis
- Benefícios não-financeiros para os membros do grupo
(coletivamente e individualmente)
Pagamentos em dinheiro para os membros do grupo.
x
(1.9.2) Os membros do grupo recebem ao menos parte do prêmio
como pagamento em dinheiro. Pagamento em dinheiro para os
membros do grupo é:
- Proporcional, com base nos volumes entregues;
Pago em um prazo e forma conveniente, ao menos antes da nova
temporada de colheita.
x
Melhorias
N1
(1.9.3) Os membros do grupo são consultados na tomada
de decisão quanto aos gastos com o prêmio.
x
N2
(1.9.4) Os membros do grupo decidem conjuntamente
como o prêmio é gasto.
x
(1.9.5) A % do prêmio total transferida em dinheiro para os
membros do grupo aumenta. x
Indicadores
• (1.9.1) Quantidade de prêmio recebido pelo grupo e distribuição do prêmio em custos indiretos,
benefícios não-financeiros, pagamentos em dinheiro.
• (1.9.2) % do total de prêmio transferido em dinheiro para os membros do grupo.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 26
CAPÍTULO 2: AGRICULTURA
Objetivos e Resultados:
Esse capítulo é focado nos resultados da agricultura sustentável, produtividade do cultivo e
lucratividade, e recursos naturais e serviços ecossistêmicos. Incluso entre estes resultados
estão os objetivos de uma agricultura amigável ao clima e segurança alimentar; fazendas e
grupos mitigam e adaptam às mudanças climáticas e aumentam sua resiliência ao
implementar práticas sustentáveis e diversificando quando possível.
Os tópicos no capítulo de práticas agrícolas da norma Rainforest Alliance trabalham juntos
para atingir esses objetivos. Atividades agronômicas relacionadas a práticas de produção
sustentável, fertilidade e conservação do solo, manejo integrado de pragas e gestão segura
de agroquímicos apoiam o resultado de uma produtividade e lucratividade sustentável, bem
como a conservação dos recursos naturais e serviços ecossistêmicos. Aqui a norma encoraja
práticas locais relevantes e práticas específicas aos contextos para garantir que os insumos e
recursos naturais foram usados de forma eficiente, ciclos naturais são otimizados para
aumentar a resiliência às mudanças climáticas, a fertilidade e saúde do solo são melhoradas,
polinizadores são atraídos, a gestão e retenção da água é melhorada, agroquímicos são
minimizados, e efeitos negativos no ambiente são minimizados. Finalmente, a lucratividade
do cultivo é apoiada pelas práticas pós-colheita, onde fazendas e grupos realizam melhorias
na qualidade dos cultivos para se adequar às demandas de mercado.
A implementação dos critérios deste capítulo forma parte da fundação de um conjunto
amplo de atividades de agricultura sustentável, que quando combinadas com outras
intervenções de campo, mercado e advocacia, pode apoiar impactos em nível setorial e
regional.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 27
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 28
2.1 PLANTIO E ROTAÇÃO
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(2.1.1) Materiais de plantio certificados são usados para plantio,
rejuvenescimento (incluso enxertia) e renovação, se possível.
Variedades escolhidas são resistentes a pragas e doenças e
adequadas para o clima durante a vida das plantas.
x x
(2.1.2) Novos plantios garantem um sistema de plantio bem
estabelecido que leva em consideração, Ex.:
- Requerimentos da variedade
- Condições geográficas, ecológicas e agronômicas
- Diversificação e integração com cultivos
- Densidade de plantio.
x
(2.1.3) Cultivos não perenes (incluso abacaxi) são manejados em
um apropriado ciclo de rotação usando cultivos diversos com
diferentes profundidades de raízes e uso do solo para quebrar ciclos
de pragas e doenças, e para melhorar a cobertura e saúde do solo.
x
2.2 PODA E RENOVAÇÃO DAS ÁRVORES DO CULTIVO
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(2.2.1) Em cultivos perenes um ciclo adequado anual ou em vários
anos de poda é introduzido os quais todas as árvores são podadas
de acordo com as necessidades do cultivo, condições
agroecológicas e orientações aplicáveis de poda.
x x
Melhorias
(2.2.2) O cultivo certificado é rejuvenescido
ou renovado quando necessário de acordo com a idade,
doença ou outras causas para manter a produtividade.
x x
Indicadores • (2.2.1) % de área da fazenda com cultivo certificado que foi adequadamente podada de
acordo com “orientações” aplicáveis para poda.
• Medidor inteligente (2.2.2): % de área da fazenda com cultivo certificado onde práticas
adequadas de renovação/rejuvenescimento são implementadas.
2.3 ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS (OGMS)
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(2.3.1) O cultivo certificado não é geneticamente modificado
(OGM). x x
Melhorias
(2.3.2) Não existem cultivos geneticamente modificados
produzidos na fazenda. x x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 29
Indicadores N/A
2.4 FERTILIDADE E CONSERVAÇÃO DO SOLO
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requisitos Básicos
(2.4.1) A gerência conduz uma avaliação do solo, e atualiza ao
menos cada 3 anos. A avaliação do solo inclui:
- Possibilidade de erosão em áreas e declives;
- Identificação de áreas com sintomas visuais de deficiência
nutricional
- Condições de inundação e drenagem
x
(2.4.2) Com base na avaliação de solo, medidas de gestão de solo
são identificadas e inclusos no plano de gestão da fazenda para
construir matéria orgânica, prevenir erosão, aumentar a reciclagem
de nutrientes na fazenda e otimizar a umidade do solo. A matriz do
solo (a ser fornecido pela Rainforest Alliance posteriormente) é
usada como orientação para essas medidas.
x
(2.4.3) Fogo não é utilizado para limpar vegetação para preparar
campos, a menos que seja uma medida sanitária que seja parte do
plano de MIP (ver 2.5).
x
(2.4.4) Testes de solo e testes (visuais) de folha são feitos de forma
regular, incluso macronutrientes e matéria orgânica para cultivos
perenes ao menos a cada 3 anos, e para cultivos anuais ao menos
anualmente.
x
Melhorias
N1
(2.4.5) O solo da área de produção não é deixado
exposto, mas sim protegido com culturas de cobertura,
resíduos do cultivo ou cobertura.
x
N1
(2.4.6) Fertilizantes são aplicados de tal forma que os
nutrientes estejam disponíveis quando e onde os cultivos
os necessitam, e a contaminação do ambiente é
minimizada.
x x
(2.4.7) Produtores otimizam o uso de fertilizantes sintéticos. x
Indicadores • Medidor Inteligente (2.4.7): Quantidade média de fertilizante sintético utilizado (Kg de fertilizante
por Kg de produto).
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 30
2.5 MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (MIP)
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requisitos Básicos
(2.5.1) A estratégia de MIP é desenvolvida e implementada. A
estratégia inclui o escopo da fazenda como um todo e das
instalações de processamento (se aplicáveis). A estratégia é
atualizada anualmente com base no monitoramento de pragas,
ações de MIP implementadas e registros de aplicação de
agroquímicos (data, local e incidência) e consideram condições de
mudança climática.
x x
(2.5.2) Pragas e doenças e inimigos naturais são monitorados e
registrados. Isso inclui:
- Verificações regular no campo para verificar os níveis de pragas e
doenças e para identificar pragas e doenças em estágios iniciais.
- Documentação das pragas e doenças ocorrentes e inimigos
naturais e seus níveis com base nas observações em campo bem
como informação obtida de fontes externas.
- Documentação do tratamento é escolhida.
x x
(2.5.3) Agroquímicos são utilizados apenas quando métodos
biológicos, físicos e não-sintéticos são provados como ineficientes.
Quando agroquímicos são utilizados é dada preferência aos de
baixa toxicidade e seletivos.
O tratamento com químicos é feito apenas após o atingimento de
níveis de tolerância como recomendado pelos institutos de
pesquisa nacionais.
Aplicações são feitas apenas nas áreas e plantas impactadas
(aplicação localizada).
O calendário de pulverização é feito apenas com base em
recomendações de pesquisa ou substancialmente técnicas.
x x
Melhorias
N1
(2.5.4) Pesticidas são rotacionados para reduzir resistência. x x
N2
(2.5.5) Cultivos não relacionados e animais/fauna são
plantados/conservados nas proximidades como uma
barreira à pragas e doenças, e para atrair predadores e
parasitas de pragas.
x x
(2.5.6) Produtores reduzem o uso de pesticidas, e
abandonam o uso de pesticidas da lista de mitigação de
risco.
x x
Indicadores
• Medidor Inteligente (2.5.6) Quantidade de pesticidas usados (Kg/kg de produto colhido).
• Ingredientes Ativos de agroquímicos utilizados que estão listados na lista de mitigação de risco.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 31
2.6 AGROCHEMICALS MANAGEMENT
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(2.6.1) Agroquímicos inclusos na Lista Proibida da Rainforest Alliance
ou proibidos pela lei aplicável não são utilizados. Apenas produtos
legalmente registrados no país de produção são utilizados.
x x
(2.6.2) Agroquímicos inclusos na lista de mitigação de Risco são
utilizados apenas quando todas as práticas relacionadas à
mitigação dos riscos em particular (conforme identificado lista de
medidas de mitigação) forem implementadas.
x x
(2.6.3) Pessoas manipulando agroquímicos ou materiais perigosos
tem habilidade e são treinadas na preparação e aplicação de
agroquímicos e materiais perigosos. O treinamento é fornecido
anualmente por um indivíduo com experiência, habilidade ou
credenciais profissionais demonstradas.
As pessoas que manipulam agroquímicos são maiores de 18 anos e
não são lactantes ou gestantes.
Informação de segurança inclusa nas fichas MSDS estão disponíveis
no idioma entendido pelas pessoas trabalhando com os químicos.
x x
(2.6.4) Pessoas que manipulam agroquímicos ou materiais perigosos
utilizam os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) apropriados,
conforme prescrito na Ficha de Dados de Segurança de Material
(MSDS) do produto, etiqueta de segurança, lei aplicável ou EPI
básico da Rainforest Alliance, o que for mais estrito.
O EPI está em boas condições. Diretamente após o uso, o EPI é
limpo, seco e armazenado de forma segura.
O SGI ou gerência da fazenda fornece aos manipuladores de
agroquímicos ao menos os seguintes elementos: um local que
forneça privacidade, água e sabão; e quando possível instalações
de banho.
Pessoas manipulando agroquímicos ou materiais perigosos se
banham e trocam de roupas após a aplicação.
x x
(2.6.5) Agroquímicos são preparados e aplicados:
- De acordo com a dosagem conforme indicada por institutos de
pesquisa no país relevante.
- De acordo com o rótulo, MSDS ou etiqueta de segurança.
- Em condições de clima apropriadas.
- Considerando a dosagem prescrita e a área de aplicação.
- Respeitando os intervalos de reentrada, incluindo sinais de aviso.
- Informando as pessoas e comunidades potencialmente afetadas
anteriormente.
Os métodos de cálculo de volume e dosagem são revisados e
refinados para reduzir o excedente da mistura e sobre uso de
agroquímicos.
x x
(2.6.6) Mecanismos de redução da deriva de pulverização entre
áreas de aplicação de agroquímicos e áreas de não aplicação
(incluindo ecossistemas e infraestruturas) estão estabelecidos e
mantidos; mecanismos inclui barreiras vegetativas que não o
cultivo, áreas de não-aplicação ou outros mecanismos efetivos.
x x
(2.6.7) Aplicação aérea é feita apenas sob condições estritas
(Orientações estão sendo desenvolvidas pela Rainforest Alliance).
x x
(2.6.8) Compras e aplicações de agroquímicos são registradas.
Registros incluem:
x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 32
Na data de inclusão no estoque:
- Nome comercial do produto
- Volume
- Custo
- Data de fabricação/nº do lote do fabricante
- Data de vencimento.
Na data de aplicação:
- Nome comercial do produto
- Ingrediente ativo
- Data(s) de aplicação
- Localização e tamanho do campo aplicado
- Quantidade (dosagem e volume)
- Cultivo
- Nome do aplicador
- Objetivo.
As fichas MSDS são mantidas no cômodo de armazenagem.
A gerência facilita a manutenção de registros para membros do
grupo quando necessário.
(2.6.9) Embalagens vazias de agroquímicos e materiais perigosos
são armazenados, manipulados e limpos de forma que o impacto
negativo ao ambiente e saúde humana sejam evitados.
Embalagens vazias de agroquímicos e equipamento de proteção
passam por tríplice lavagem e a água de enxague é utilizada na
última mistura para aplicação no cultivo.
Agroquímicos proibidos, obsoletos e vencidos são devolvidos ao
fornecedor ou autoridade local.
Excedente de mistura é descartado de forma a minimizar o impacto
negativo no ambiente e saúde humana.
x x
(2.6.10) Cômodos de armazenagem para agroquímicos e
equipamentos de aplicação estão limpos e secos, bem ventilados,
seguramente trancados, não acessíveis para crianças e não
armazenados com o cultivo certificado, produtos alimentícios, nem
material de embalagem.
x
(2.6.11) Instalações para armazenagem de agroquímicos e
equipamento de aplicação estão:
- Secas, limpas, bem ventiladas, com telhado seguro e piso
impermeável;
- Seguramente trancáveis e acessíveis apenas para manipuladores
treinados;
- Não armazenadas com o cultivo, com produtos alimentícios ou
material de embalagem;
- Com pictogramas e sinais de perigo de segurança visíveis
- Com um procedimento de emergência e área de lavagem de
olhos visíveis.
x
Melhorias
N1
(2.6.12) Embalagens vazias de agroquímicos são
descartadas através de um programa de coleta e
reciclagem ou através de outra forma segura. Se não
existir um sistema de coleta, as embalagens são cortadas
ou perfuradas para prevenir outros usos.
x x
N1
(2.6.13) Pulverização é realizada por equipes de
pulverização centralizadas e especializadas. x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 33
Indicadores
N/A
2.7 PRÁTICAS DE COLHEITA E PÓS-COLHEITA
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requisitos Básicos
(2.7.1) Intervalos de pré colheita após a aplicação de químicos são
respeitados.
(2.7.2) A qualidade e quantidade do produto são conservados e
otimizados durante a colheita e práticas pós colheita e
armazenagem, incluindo:
- Colheita no momento e intervalo correto para otimizar a
qualidade
- Colheita minimizando danos à planta para a produção futura (N/A
para banana)
- Prevenção de contaminação por matéria estranha, micróbios e
pragas e danos devido a umidade
- Utilização de materiais de embalagem adequados e aprovados
para produtos alimentícios.
x x
Melhorias
N1
(2.7.3) Medidas são tomadas para respeitar os Níveis
Máximos de Resíduos (NMRs) estabelecidos por países de
destinação conhecida do produto.
Essas medidas incluem:
- Obtenção de informação dos NMRs no produto.
- Ações caso os NMRs sejam excedidos.
- Comunicação ao comprador se os NMRs forem
excedidos.
x
Indicadores
N/A
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 34
CAPÍTULO 3: SOCIAL
Objetivos e Resultados:
O capítulo social da norma procura empoderar produtores e trabalhadores para possibilitar
melhor trabalho e condições de vida para si e suas famílias, garantir igualdade e respeito
para todos, especialmente para os grupos mais vulneráveis tais como migrantes, crianças,
jovens e mulheres; e em geral fortalecer a proteção dos direitos humanos na proteção
agrícola.
A agricultura sustentável está intrinsicamente ligada com os meios de vida de milhões de
produtores, famílias e suas comunidades. Para apoiar meios de vida sustentáveis, a norma
Rainforest Alliance estabelece requerimentos relacionados aos direitos trabalhistas, salário
digno, condições decentes de moradia e trabalho, e apoio a comunidades locais. Esses
requerimentos estão alinhados com os Princípios Orientadores para Negócios e Direitos
Humanos da ONU (UNGPs), convenções relevantes da OIT, e outros conceitos
multistakeholder como salário digno, desenvolvido em coordenação com a Coalizão
Global para Salário Digno. Visamos especialmente proteger grupos vulneráveis como
crianças, migrantes e mulheres.
Não há espaço nas fazendas certificadas Rainforest Alliance para abusos de direitos
humanos como discriminação, trabalho forçado, trabalho infantil, ou todas as formas de
assédio e violência, incluso assédio sexual e violência. Para essas quatro áreas, nosso sistema
de certificação adotará um modelo de “avaliar e abordar”, que vai muito além que a
simples abordagem de proibição no que diz respeito a possibilitar mudanças. Requereremos
de nossos Detentores de Certificado a se comprometerem com a conformidade de todas
as leis aplicáveis e a respeitarem normas de direitos humanos internacionalmente
reconhecidas. Contudo, reconhecemos o alto risco de certas violações de trabalho nas
cadeias de suprimento agrícolas, e, portanto, requereremos de produtores e grupos
produtores o comprometimento com a melhoria contínua, estabelecendo um rigoroso
sistema de análise e mitigação de risco, tomando ações imediatas em qualquer caso
conhecido de discriminação, trabalho forçado, trabalho infantil, e assédio e violência no
local de trabalho. Essa abordagem é mais detalhada no critério 3.1 e anexos relacionados.
Além disso, o sistema de certificação visa permitir que grupos de pequenos produtores,
trabalhadores agrícolas e suas famílias tenham um padrão decente de vida e ganhem um
Salário Digno. Para esse fim, a Norma reforça o respeito ao direito dos trabalhadores à
negociação coletiva e liberdade de associação, condições de vida e trabalho saudáveis
e seguras e acesso à saúde. Embora o programa contribua para melhores salários para os
trabalhadores ao garantir que o salário mínimo seja pago e que há progresso em direção à
um salário digno, a Rainforest Alliance reconhece a limitação de produtores de
unilateralmente resolver o problema dos baixos salários. De acordo com Princípios
Orientadores para Negócios e Direitos Humanos da ONU, nossa abordagem é de trazer
transparência aos salários prevalecentes na produção agrícola, comprometer detentores
de certificado à melhoria contínua e diálogo, e permitir que empresas exerçam
responsabilidade compartilhada na cadeia de suprimento ao evitar causar o contribuir com
o desrespeito aos Salários Dignos dentro de suas próprias operações, bem como buscar
formas de prevenir e mitigar impactos adversos com respeito aos salários insuficientes.
Por fim, fazendas e grupos apoiarão comunidades locais e evitarão impactos negativos.
A Rainforest Alliance reconhece que a certificação agrícola é uma das ferramentas para
possibilitar impactos sociais mais amplos. Aqui a Rainforest Alliance serve como o coração
da nossa visão para reimaginar a certificação, juntamente com a norma Cadeia de
Custódia, requerimentos de compradores e outras intervenções de mercado, cadeia de
suprimentos e advocacia.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 35
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 36
3.1 AVALIAR E ABORDAR: DISCRIMINAÇÃO, TRABALHO FORÇADO,
TRABALHO INFANTIL, ABUSO E ASSÉDIO NO LOCAL DE TRABALHO
Os requerimentos básicos são implementados para todos os (4) tópicos: “discriminação,”,
“trabalho forçado”, “trabalho infantil”, “assédio e violência no local de trabalho”.
Níveis de melhoria são implementados para o(s) tópico(s) para os quais a RA NÃO indicou
um baixo risco: “trabalho forçado” e/ou “trabalho infantil” e/ou “assédio e violência no
local de trabalho”.
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(3.1.1) Comunicação: a gerência aponta uma pessoa/comitê
responsável por discriminação, trabalho infantil, trabalho forçado e
assédio e violência no local de trabalho. Essa pessoa/comitê
fornece conscientizações à gerência e pessoal sobre esses
conceitos e os direitos e responsabilidades sob a norma.
x
(3.1.2) Mitigação de Risco: para riscos identificados através da
análise de risco (requerimento 1.3) medidas de mitigação são
implementadas de acordo com a Ferramenta de Mitigação RA e
inclusas no plano de gestão.
x
(3.1.3) Monitoramento: um sistema de monitoramento está
implementado para verificar se as atividades de mitigação de risco
são efetivas em reduzir os riscos identificados no requerimento 1.3 e
para identificar incidentes de discriminação, trabalho infantil,
trabalho forçado e violência e assédio no local de trabalho de
forma regular. A intensidade do monitoramento é proporcional ao
nível do risco.
x
(3.1.4) Remediação: casos conhecidos de discriminação, trabalho
infantil, trabalho forçado e assédio e violência no local de trabalho
são remediados e documentados de acordo com o Protocolo de
Remediação RA e inclusos no plano de gestão.
x
Melhorias
N1
(3.1.5) Além da análise de risco no requerimento 1.3.5,
uma avaliação de risco mais aprofundada é realizada no
primeiro ano de certificação e medidas de mitigação são
implementadas e inclusas no Plano de Gestão de acordo
com a Ferramenta de Análise e Mitigação de Risco
aprofundada da Rainforest Alliance.
A pessoa/comitê responsável fornece
treinamentos/conscientização para todos os membros do
grupo nos conceitos de trabalho infantil, trabalho forçado,
e assédio e violência no local de trabalho e sobre os
direitos/responsabilidades dos membros do grupo sob a
norma.
x
N2
(3.1.9) A pessoa/comitê responsável busca cooperação
com atores externos, tais como ONGs e governo, para
implementar mitigação, monitoramento e/ou remediação
de riscos.
x
N3
(3.1.10) A efetividade das medidas de mitigação são
avaliadas com o envolvimento de um conjunto
representativo de membros do grupo, incluso mulheres e
grupos vulneráveis.
x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 37
Indicadores
• (3.1.2) nº e tipo de medidas de mitigação implementadas (como especificadas nas Ferramentas
de Análise e Mitigação de Riscos da Rainforest Alliance).
• (3.1.3) nº de casos encontrados por tópico.
• (3.1.3) tipos de casos encontrados por tópico.
• (3.1.4) nº de casos encontrados que foram remediados, explicando como eles foram remediados
(por tópico).
3.2 LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO E NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(3.2.1) A gerência informa os trabalhadores sobre seu direito irrestrito
de formar e se afiliar a uma organização de trabalhadores de sua
própria escolha e de tomar parte em negociações coletivas, sem
autorização prévia do empregador. A informação e comunicada
aos trabalhadores através de uma política escrita em um idioma
que eles entendam, antes do início do trabalho, e visivelmente
afixada em todos os momentos no local de trabalho.
x
(3.2.2) Trabalhadores não estão sujeitos à discriminação ou
retaliação por razões de afiliação em organizações ou sindicatos
presentes ou atividades presentes ou atuais. A gerência não pune,
suborna ou influência de qualquer outra forma membros do
sindicato ou representantes dos trabalhadores. Registros são
mantidos das rescisões, incluso a razão das rescisões e a afiliação
de um trabalhador com um sindicato ou organização de
trabalhadores. A gerência não interfere nos assuntos internos das
organizações de trabalhadores ou sindicatos nem nas eleições ou
em tarefas relacionadas à filiação de tais organizações.
x
(3.2.3) A gerência concede aos representantes dos trabalhadores
folhas razoáveis para que participem das atividades da
organização dos trabalhadores ou sindicatos e fornece instalações
em acordo como um escritório e telefone. É fornecida um quadro
de avisos para tais organizações lhes são garantidos acesso às
instalações localizadas na fazenda. Notas de reuniões entre a
gerência e tais organizações são mantidas.
x
(3.2.4) Onde o direito de liberdade de associação e negociação
coletiva é restrito sob a lei, a gerência facilita, e não impede, o
desenvolvimento de meios paralelos para associação livre e
independente e negociação e diálogo com a gerência.
x
Melhorias
N1
(3.2.5) A gerência conscientiza os trabalhadores de seus
direitos de se associarem e de se afiliarem. Decisões feitas
em reuniões de comitês de trabalhadores e reuniões entre
empregador e trabalhadores são comunicadas à força
de trabalho
x
N2
(3.2.6) A gerência fornece capacitação e treinamento em
diálogo social e direitos dos trabalhadores.
x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 38
Indicadores
N/A
3.3 SALÁRIOS E CONTRATOS
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(3.3.1) Trabalhadores permanentes e trabalhadores que estão
empregados por mais de 3 meses consecutivos tem um contrato
empregatício assinado pelo empregador e o trabalhador. Acordos
verbais são aceitos ao invés de contratos escritos, se criam
condições de relacionamentos empregatícios legais sob a lei
nacional. O empregador mantém registros dos acordos verbais com
os temas principais.
Contratos de emprego contém no mínimo: descrição da função e
título; horas de trabalho; pagamento; regulação de horas extras;
benefícios sociais, bônus e deduções; férias remuneradas; licença
por motivo de doença; proteções em caso de doença, deficiência
ou acidente, e aviso prévio para terminação.
x
(3.3.2) Trabalhadores tem acesso à informação relacionada:
- Seus direitos e deveres conforme estipulado em seus contratos de
trabalho ou acordos verbais
- O tipo de dedução feita em seus salários
- Horas regulares trabalhadas
- Horas extras trabalhadas
- Benefícios, incluso benefícios não-financeiros.
x
(3.3.3) Trabalhadores recebem ao menos o salário mínimo aplicável
ou o salário negociado em um Acordo de Negociação coletiva, seja
qual for maior. Para trabalho de produção, por cota ou medida, o
pagamento é igual ao salário mínimo em uma semana de 48 horas
trabalhadas. Informações sobre o pagamento são transparentes e
disponíveis para todos os trabalhadores. Nos países onde o salário
mínimo não é ajustado anualmente, ele deve ser ajustado
anualmente com base na taxa nacional de inflação.
x x
(3.3.4) Deduções de salários são permitidas apenas se colocadas
pela lei nacional, fixadas pelo Acordo de Negociação Coletiva ou
por permissão expressa do trabalhador. Deduções salariais como
medida disciplinar não são permitidas, nem para cobrir custo de
ferramentas, equipamentos ou máquinas requeridas para realizar as
tarefas dos trabalhadores.
Benefícios não-financeiros devem estar em acordo com a lei
nacional, mas não excedendo 30% da remuneração total.
x
(3.3.5) Trabalhadores são pagos regularmente em intervalos
determinados pelo empregados, mas ao menos mensalmente. Os
pagamentos são documentados em folha de pagamento ou em
outro registro de salário adequado que permita verificação.
Trabalhadores e trabalhadoras recebem pagamento igual por
trabalho igual ou trabalho de igual valor.
x x
(3.3.6) Trabalho de igual valor é remunerado com pagamento igual,
sem discriminação, ex. por gênero ou tipo de trabalhador. x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 39
Melhorias
N1
(3.3.7) Trabalhadores tem acesso a informações
relacionadas aos seus direitos e obrigações como
estipulado em seus contratos de trabalho ou acordos
verbais, o tipo de deduções feitas em seus salários, horas
regulares de trabalho, horas extras trabalhadas,
benefícios, incluso benefícios não-financeiros.
Um registro central é mantido sobre pagamentos de
salários e assinado por cada trabalhador, e se possível,
pelo contratante da mão-de-obra.
x
Indicadores
N/A
3.4 SALÁRIO DIGNO: N/A
3.5 CONDIÇÕES DE TRABALHO
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(3.5.1) Trabalhadores não trabalham mais que oito horas regulares
por dia, e quarenta e oito horas regulares por semana.
Trabalhadores tem uma pausa de trinta minutos após seis horas
consecutivas de trabalho e um dia de folga após seis dias de
trabalho consecutivos.
As horas regulares de trabalho de guardas não devem exceder
cinquenta e seis horas semanais em média por ano.
Convenção da OIT nº 1 para Horas de Trabalho. 1919)
x x
(3.5.2) Horas extras são voluntárias e apenas permitidas se:
- É requisitada em tempo hábil, ao menos 24 horas antes;
- Não é requisitada de forma regular;
- É paga de acordo com a legislação nacional ou acordo de
negociação coletiva, o que for mais estrito. Na ausência de lei
nacional, é pago em 1,5 vezes o nível de pagamento regular.
- O trabalho pode ser desenvolvido sem aumento de risco para
segurança e saúde.
- Trabalhadores tem transporte seguro após o trabalho;
- Horas extras não excedem 12 horas por semana, nem 6 horas por
dia;
- Em circunstâncias excepcionais, Ex. períodos de pico de produção
ou mudanças de condições de clima por um período máximo de 12
semanas no ano, a hora extra pode ser até de 24 horas por
semana, e trabalhadores podem ter no máximo 14 dias
consecutivos de trabalho;
- Um registro do número de horas regulares e extras de cada
trabalhador é mantido.
Convenção da OIT para Horas de Trabalho, 1919, nº 1 e nº 30.
Código de Prática de Segurança e saúde na Agricultura da OIT,
2010, Art. 19.2.
x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 40
Melhorias
N1
(3.5.3) Trabalhadores gestantes tem o direito de licença
maternidade remunerada de ao menos 14 semanas, das
quais 6 semanas são após o dar à luz. Elas podem retornar
ao seu trabalho após a licença maternidade nos mesmos
termos e condições e sem discriminação, perda de
autoridade ou dedução de salários.
Às trabalhadoras que estão grávidas, em cuidados ou que
recentemente deram à luz, são oferecidas horas de
trabalho flexíveis e adaptações no local de trabalho.
Lactantes tem dois intervalos adicionais de 30 minutos por
dia e uma sala para amamentar a criança.
Convenção da OIT C183 - Convenção para Proteção da
Maternidade.
x
N1
(3.5.4) Durante as horas de trabalho, os filhos dos
trabalhadores abaixo da idade mínima de trabalho que
venham com seus pais ao local de trabalho:
-São fornecidas instalações que são limpas, seguras e
consideram as necessidades das crianças;
-Podem participar em atividades educacionais e não-
educacionais adequadas para sua idade;
-Sob a supervisão de adultos em todos os momentos.
OIT Código de Prática sobre segurança e saúde na
agricultura, 2010, Art. 18.7.
x Avelã
Indicadores
N/A
3.6 SAÚDE & SEGURANÇA
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(3.6.1) As pessoas são possibilitadas trabalhar de forma segura (Ex.
em terrenos de dificuldade ou com maquinário ou material
perigoso) usando Equipamento de Proteção Individual (EPI). Tais
pessoas são treinadas no uso do EPI. Trabalhadores tem acesso ao
EPI livre de custos.
Trabalhadores podem deixar situações de perigo iminente sem
pedir pela permissão do empregador e não estão sujeitos a
penalidades.
x x
(3.6.2) Máquinas tem instruções claras para uso seguro que podem
ser entendidas pelos trabalhadores, e suas partes perigosas são
guardadas ou protegidas. Trabalhadores que utilizam tais máquinas
são treinados apropriadamente.
x x
(3.6.3) Mulheres gestantes, lactantes ou que recentemente deram à
luz não são designadas para atividades que colocam risco à saúde
da mulher, do feto ou criança. Em casos de redesignação de
tarefa, não há redução da remuneração.
Testes de gravidez obrigatórios não são permitidos.
x
(3.6.4) Um procedimento de emergência e acidentes claro e escrito
está implementado. Ele inclui saídas de emergência de incêndio x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 41
identificadas e mapas de evacuação. A gerência informa os
trabalhadores deste procedimento de forma eficiente. Sinais de
aviso claros e permanentes estão estabelecidos em localidades
centrais para indicar potenciais perigos.
(3.6.6) Trabalhadores tem acesso a água potável suficiente através
de um dos seguintes meios:
- Um sistema de água potável público, ou
- Água potável fornecida pela gerência em conformidade com os
parâmetros de água potável colocados pela OMS, com base em
um teste precedendo cada auditoria de certificação Rainforest
Alliance e em qualquer momento que riscos de contaminação
foram contaminados.
Fontes de água potável são protegidas e os mecanismos de
distribuição são mantidos para evitar contaminação. Água
armazenada é protegida contra contaminação em um recipiente e
movimentada ao menos diariamente.
Para pequenos produtores, no caso de falta de água potável
segura, a gerência implementa e documenta um programa de
treinamento para instruir membros pequenos produtores em
tratamentos de água potável através de fervura, filtragem ou
cloração e na prevenção da contaminação de água.
x
(3.6.7) Banheiros em suficiente número, limpos e funcionais e
instalações para lavagem de mãos são fornecidos em áreas de
produção, processamento, manutenção e escritório. Essas
instalações são separadas por gênero. Segurança e privacidade de
grupos vulneráveis é garantida, ao menos por instalações bem
iluminadas que possam ser trancadas. É permitido que os
trabalhadores frequentem essas instalações quando necessário.
x
(3.6.8) Empregados treinados em primeiro socorros e kits primeiros
socorros apropriados estão disponíveis aos trabalhadores para
tratamento de ferimentos relacionados ao trabalho ou cuidados
emergenciais de saúde de forma gratuita. Isso inclui o transporte e
tratamento em um hospital se natureza do ferimento requerer isso.
Os kits estão colocadas em localidades centrais de produção,
processamento, e locais de manutenção. Para situações de
emergência, medidas apropriadas incluindo chuveiros e lava-olhos
estão presentes.
x
(3.6.9) O número e tipo de incidentes relacionados à saúde e
segurança ocupacional é registrado (especificado por homens e
mulheres) e inclui incidentes relacionados ao uso de pesticidas e
insumos.
x
(3.6.10) Trabalhadores que regularmente manipulam pesticidas
perigosos recebem um exame médico ao menos anualmente. No
caso de exposição regular a pesticidas organofosforados e
carbamatos, o exame inclui teste de colinesterase. Trabalhadores
tem acesso aos resultados de seus exames médicos.
x
Melhorias
N1
(3.6.11) Os membros do grupo e trabalhadores tem acesso
a primeiros socorros e sabem onde ir em caso de
emergência.
x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 42
N1
(3.6.12) Oficinas, áreas de armazenagem e instalações de
processamento são ambientes de trabalho seguro. Elas
estão limpas e organizadas, tem suficiente luz e
ventilação. Há um alarme de incêndio, saídas de
emergência identificadas, equipamento de extinção de
incêndio e equipamento para remediar derramamento
de materiais. Trabalhadores podem deixar essas
instalações livremente em caso de perigo iminente.
Apenas pessoal autorizado tem acesso às oficinas,
armazéns ou instalações de processamento.
x
N1
(3.6.13) Trabalhadores que não podem realizar seu
trabalho por condições de saúde temporárias, incluso
gravidez e lactantes, são temporariamente redesignados
para tarefas diferentes sem penalidade ou redução na
sua compensação.
x
N2
(3.6.14) Treinamento básico em saúde e segurança
ocupacional é fornecido a todas as pessoas trabalhando
em oficinas, áreas de armazenagem e produção e
instalações de processamento. Instruções de higiene
estão visivelmente afixadas em locais centrais.
x
N3
(3.6.15) Trabalhadores tem acesso a áreas de
alimentação limpas e seguras. Estão localizadas fora de
quartos e longe de banheiros, canais de escoamento de
água residuária e áreas de depósito de resíduos. As áreas
de alimentação tem proteção contra o sol e chuva.
x
Indicadores
N/A
3.7 MORADIA E CONDIÇÕES DE VIDA
Peq. Prod.
Indiv.
GM
S/Mix
Cultivo
Requerimentos Básicos
(3.7.6) Trabalhadores e suas famílias que a quem são fornecidos
uma acomodação no local tem áreas de moradia seguras, limpas e
decentes, considerando as condições locais. Isso inclui, ao menos:
-Acomodação segura;
-Saídas de emergência seguras;
-Proteção contra poluição de ar, escoamento de superfície, esgoto
ou outros resíduos;
-Acesso suficiente a água potável segura e suficiente;
-Instalações sanitárias e de lavagem. Segurança e privacidade de
grupos vulneráveis é garantida, ao menos por instalações bem
iluminadas e trancáveis.
OIT_R115 Recomendação de Moradia para Trabalhadores, 1961 (Nº
115).
x x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 43
Melhorias N1
(3.7.7) Moradia no local inclui;
-Áreas para cozinhar com ventilação de fumaça
suficiente;
-Chãos secos;
-Controle de pragas.
x x
Indicadores
N/A
3.8 COMUNIDADES
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(3.8.2). O cultivo é produzido em terra que é classificada como
agrícola e/ou aprovada para uso agrícola. O direito de uso da terra
não é legalmente disputado por grupos de residentes locais ou
comunidades atuais ou anteriores, incluso em relação a
desapropriação passada ou abandono forçado. No evento de tal
conflito de terra, o direito legítimo pode ser demonstrado se um
processo de resolução de conflito foi implementado, documentado
e aceito pelas partes afetadas.
x x
Melhorias
N/A
Indicadores
N/A
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 44
CAPÍTULO 4: AMBIENTE
Objetivos e Resultados:
A agricultura pode ter impactos positivos ou negativos no ambiente natural, dependendo de
como é manejada. Na norma Rainforest Alliance, esse capítulo delineia caminhos para que
fazendas certificadas possam ter impactos positivos no planeta e em suas florestas,
biodiversidade, água e clima. Ao cumprir com os critérios básicos dessa norma, as fazendas
também cumprem com a abordagem de Alto valor de Conservação, conforme colocado
pela HCV Network.
O primeiro tópico nesse capítulo apoia o resultado de que fazendas e grupos conservam,
mantem e restauram ecossistemas naturais e seus serviços, e não contribuem para o
desmatamento, degradação da floresta e destruição de outros ecossistemas naturais. O
tópico de biodiversidade e vegetação nativa apoia o resultado de que as fazendas evitam
a degradação de habitats naturais, contribuem para melhorar a biodiversidade, e auxiliam
a prevenir a extinção de espécies ameaçadas. Finalmente, nos tópicos de água, resíduos e
energia, as fazendas e grupos reduzem a poluição, tratam águas residuárias e reduzem a
liberação de poluentes perigosos, e reduzem resíduos e energia através da prevenção,
redução, reciclagem e reuso.
Finalmente, ao longo desse capítulo e o capítulo de práticas agrícolas, a norma RA trabalha
em direção ao resultado de que fazendas e grupos adotam técnicas de adaptação e
resiliência climática, apoiando a mitigação das mudanças climáticas.
Mais uma vez, a Rainforest Alliance reconhece que a certificação agrícola se encaixa em
uma perspectiva maior de conservação de paisagens, onde múltiplas estratégias são
necessárias para criar um impacto duradouro na biodiversidade do planeta. O conteúdo
deste capítulo marca um ponto inicial onde fazendas e grupos certificados podem apoiar
esse objetivo.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 45
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 46
4.1 FLORESTAS, OUTROS ECOSSISTEMAS NATURAIS E ÁREAS PROTEGIDAS
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(4.1.1) A partir de 1º de janeiro de 2014 em diante florestas e outros
ecossistemas naturais não foram convertidos em produção agrícola
ou outros usos de terra.
x x
(4.1.2) Produção e processamento não ocorre em áreas protegidas
ou em suas áreas de segurança designadas, exceto onde cumprir
com a lei aplicável e planos de gestão para estas áreas, conforme
definido pelas autoridades locais relevantes.
x x
Melhorias
N/A
Indicadores
N/A
4.2 CONSERVAÇÃO E ENRIQUECIMENTO DE ECOSSISTEMAS NATURAIS E
VEGETAÇÃO NATIVA
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básico
(4.2.1) Florestas e ecossistemas na fazenda são conservados.
Adicionalmente, as seguintes formas de vegetação nativa são
mantidas:
a) Grandes árvores nativas, exceto quando estas põem riscos a
pessoas ou infraestrutura,
b) Cobertura de sombra em agrofloresta existente, exceto quando
sua extensão excede os parâmetros da Rainforest Alliance para
sombreamento otimizado.
x x
Melhorias
(4.2.3) Com base no mapa fornecido em 1.2.4, a fazenda
estabelece ao menos 10% de cobertura de vegetação
nativa total, ou 15% de cobertura vegetal para fazendas
produzindo cultivos tolerantes à sombra, através de um ou
mais dos seguintes:
• Estabelecimento, restauração ou ampliação de áreas
de segurança ripárias;
• Restauração de ecossistemas naturais;
• Estabelecimento ou aumento de árvores de sombra
nativas em sistemas agroflorestais; • Incorporação de vegetação nativa como borda de
plantios como cercas vivas, e barreiras ao redor de
moradias e infraestrutura, ou de outras formas.
(4.2.4) Fazendas com cultivos tolerantes a sombra
trabalham em direção a sistemas agroflorestais com
cobertura de sombra otimizada com árvores nativas na
fazenda ou grupos de fazenda de acordo com os
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 47
parâmetros da Rainforest Alliance. Tal cobertura de
sombra conta para os requerimentos do critério 4.2.3.
Indicadores
• (4.2.3): Área total sob vegetação nativa (e vegetação nativa como % da área total da fazenda)
• Medidor Inteligente (4.2.4) % média de cobertura de sombra ao longo das unidades de
produção do produto cultivado tolerante a sombra.
4.3 ÁREA DE SEGURANÇA RIPÁRIA E ÁREAS DE NÃO-APLICAÇÃO
QUÍMICA
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(4.3.1) As fazendas mantem as áreas de segurança ripárias
existentes ao redor de ecossistemas aquáticos.
x x
(4.3.2) As fazendas mantém uma área de não aplicação de
pesticidas ou áreas de segurança vegetativas (ver definição)
conformes com os parâmetros da Rainforest Alliance ao redor de
todas as áreas de atividade humana, ou ecossistemas naturais e
aquáticos.
x x
Melhorias
(4.3.3) As fazendas estabelecem e aumentam as áreas
de segurança ripárias existentes de acordo com os
parâmetros requeridos (ver definições).
x x
Indicadores
• Medidor Inteligente (4.3.3): % de áreas aquáticas com áreas de segurança riparias em
conformidade com os parâmetros Rainforest Alliance para a largura de tais áreas.
4.4 PROTEÇÃO DA VIDA SELVAGEM E BIODIVERSIDADE
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(4.4.1) Animais não são caçados na fazenda, exceto pragas
selvagens vertebradas que podem ser caçadas de acordo com o
plano de Manejo Integrado de Pragas da fazenda. Membros do
grupo e trabalhadores são informados sobre essas regras e treinados
a identificar e proteger espécies ameaçadas e outras formas de
vida selvagem.
Não há caça, morte, coleta ou tráfico de animais ou plantas
ameaçadas.
x x
(4.4.2) Vida selvagem não é mantida em cativeiro. Manter em
cativeiro animais selvagens que estavam presentes na fazenda
antes da primeira data de certificação devem ser enviados para
abrigos profissionais ou podem ser mantidos apenas para propósitos
não-comerciais pelo restante de suas vidas se tratados de acordo
com as cinco liberdades de bem-estar animal.
x x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 48
(4.4.3) Espécies invasivas não são intencionalmente introduzidas ou
liberadas. Espécies invasivas existentes ou suas partes não são
dispostas em ecossistemas aquáticos.
x x
(4.4.4) Não existem animais utilizados para o processamento de
café, enquanto são mantidos em cativeiro na fazenda. Tais animais
não são mantidos em cativeiro para propósitos turísticos.
x x Café
Melhorias
N1
(4.4.5) Os produtores minimizam os conflitos entre humanos
e vida selvagem que afetam trabalhadores, vida
selvagem, cultivos ou ativos da fazenda com medidas
localmente apropriadas para mitigação. Medidas podem
incluir o estabelecimento de infraestrutura, cercamento e
corredores, mas não devem de forma desnecessária
restringir a mobilidade o acesso da vida selvagem à
recursos como a água. Trabalhadores são treinados em
procedimentos e respostas de emergência para
endereçar dano aos cultivos causados por ataques de
vida selvagem.
x x
N2
(4.4.6) Medidas são tomadas para conter e reduzir
espécies invasivas existentes.
x x
Indicadores
N/A
4.5 CONSERVAÇÃO DA ÁGUA
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(4.5.1) A gerência da fazenda e grupo e membros cumprem com a
lei aplicável para a retirada de água de superfície ou subterrânea
para propósitos agrícolas, domésticos ou de processamento. Se
uma licença ou permissão for necessária, então o volume extraído
não pode exceder o que está declarado na licença ou permissão.
Práticas de irrigação não ameaçam a segurança hídrica local.
x x
(4.5.2) Quando um novo sistema de irrigação ou processamento é
estabelecido, são desenhados para otimizar a produção do cultivo
minimizando o uso de água, o desperdício de água, erosão e
salinização.
x x
(4.5.3) Sistemas existentes de irrigação e distribuição de água são
manejados e mantidos de forma a otimizar a produtividade do
cultivo, minimizando desperdício de água, erosão e salinização.
x x
Melhorias
(4.5.4) Para operações que irrigam ou usam água para
processamento, a gerência trabalha na redução do uso
de água por unidade de produto produzido ou
processado. Uso e redução são registrados. Necessidades
hídricas futuras e disponibilidade de água são avaliadas e
metas são estabelecidas para melhoria da eficiência do
uso da água.
x x
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 49
(4.5.5) Fazendas fazem uso de coleta de água. x x
Indicadores Medidor Inteligente (4.5.3):
• Uso de água por unidade de produto (L/Kg).
• % de redução do uso de água em comparação ao ano anterior (por Kg de produto).
4.6 ÁGUA RESIDUÁRIA E QUALIDADE DA ÁGUA
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(4.6.1) Água residuária das operações de processamento não é
descartada em ecossistemas aquáticos a menos que cumpra com
os parâmetros da Rainforest Alliance para água residuária industrial.
Testes de água residuária são conduzidas para todos os pontos de
saída e são registrados durante as operações. Benefícios centrais e
benefícios em fazendas quantificam a quantidade de água usada
para as operações de processamento.
x x
Coffee
(4.6.2) Água residuária de operações de processamento recém
estabelecidas não é aplicada em terras com solos altamente
arenosos ou permeáveis, onde declives excedem 8% ou onde
lençóis freáticos são sazonalmente ou permanentemente altos.
Água residuária das operações de processamento não devem ser
aplicados ao solo a menos que tenha sido tratada para remover
partículas e toxinas e para reduzir a sua acidez, cumprindo com os
parâmetros da Rainforest Alliance para água residuária industrial
para irrigação adicionais. Água residuária de operações de
processamento não pode ser misturada com água limpa para o
propósito de cumprir com os Parâmetros da Rainforest Alliance para
água residuária industrial.
Operações de processamento existentes tomam medidas para
mitigar os riscos de erosão ou contaminação do solo.
x x
(4.6.3) Esgoto não tratado não é descartado em ecossistemas
aquáticos. Esgoto humano não é usado em atividades de
produção ou processamento.
x x
Melhorias
(4.6.4) A gerência da fazenda (gerência do benefício
central) aumenta o reuso de água residuário de
operações de processamento e reduz o uso da água.
x x
(4.6.5) Tecnologias avançadas de tratamento de água
residuária para produção de energia e/ou reuso de
nutrientes são implementadas.
x x
Indicadores Medidor Inteligente (4.6.5):
• % da quantidade total de água utilizada para processamento, que está sendo reusada.
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 50
4.7 GESTÃO DE RESÍDUOS
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
(4.7.1) Resíduos (incluso resíduos perigosos como resíduos químicos e
biomédicos) são armazenados e descartados apenas em áreas
designadas. As práticas de armazenagem, tratamento e descarte
de resíduos não expõem riscos à saúde e segurança de produtores,
trabalhadores, outas pessoas, ou ecossistemas naturais. Resíduos
plásticos não são deixados na terra. Resíduos nunca são dispostos
em ecossistemas naturais ou ecossistemas aquáticos.
x x
(4.7.2) Resíduos não são queimados (excedo em incinerados
tecnicamente desenhados para esse específico tipo de resíduo).
x x
Melhorias
(4.7.3) A gerência da fazenda segrega tipos de resíduos
(Ex. recicláveis, orgânicos) com base nas opções de
gestão de resíduos, reuso e disposição, e estabelece
metas para reduzir, reusar e reciclar resíduos.
x x
(4.7.4) Uma instalação de processamento está
estabelecida para processar resíduos orgânicos de
operações de processamento (ex. polpa do café de
benefício úmido e pedaços de banana em centros de
coleta, casca de palma, casca de cacau) em energia
e/ou fertilizantes orgânicos (ex. benefícios de café, centros
de coleta de banana).
x
Indicadores
• Medidor Inteligente (4.7.3): o nº de categorias de categoria de resíduos reusados/reciclados
o % de resíduos orgânicos do processamento compostados e retornados ao campo
o % de resíduo da fazenda (por volume) reciclado
4.8 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos Básicos
N/A
Melhorias
(4.8.1) A gerência da fazenda (ou gerência do grupo)
quantifica e documenta os tipos de fontes de energia e o
maquinário associado utilizado para produção,
processamento e uso doméstico. A fazenda estabelece
metas para aumentar a eficiência energética e para
reduzir a dependência de fontes de energia não-
renováveis.
x
Indicadores o Medidor Inteligente (4.8.1): quantidade de energia utilizada por kg de produto final (volume de
combustível, eletricidade em KWh).
Versão para Pequenos Produtores Junho 2019 51
4.9 REDUÇÃO DE GASES EFEITO ESTUFA
Peq. Prod.
Indiv.
GM S/Mix Cultivo
Requerimentos básicos
N/A
Melhorias
(4.9.1) A gerência da fazenda determina seu impacto de
GEE através do cálculo da pegada de carbono (CO2e)
de sua produção e/ou operações de processamento
baseado nas mudanças de parâmetros em energia,
fertilizantes, produtividade, água residuária e uso da terra,
conforme definido nos respectivos outros capítulos da
norma.
x
(4.9.2) A gerência da fazenda estabelece uma estratégia
de redução de GEE e demonstra que a pegada geral é
reduzida de acordo com uma meta de tolerância
definida.
x
(4.9.3) A gerência da fazenda compensa suas emissões de
GEE. x
Indicadores
• Medidor Inteligente (4.9.2):
o Pegada de carbono por Kg de produto final
o % de redução da pegada de carbono por ano
• Medidor Inteligente (4.9.3): o Quantidade de emissões de CO2e compensadas por ano (total e como % de emissões
CO2e)