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Rainforest Alliance Regras de Certificação Para fazendas individuais e administradores de grupos Julho, 2017 Versão 1.2

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Rainforest Alliance

Regras de Certificação

Para fazendas individuais e administradores de grupos Julho, 2017 Versão 1.2

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D.R. © 2017 Red de Agricultura Sostenible, A.C. Este documento é fornecido pela Rede de Agricultura Sustentável, A.C. para a Rainforest Alliance, Inc. e/ou para seus sucessores, nos termos e sujeito às limitações estabelecidas nos padrões perpétuos, exclusivos, não- licença transferível concedida pela Rede de Agricultura Sustentável, A.C. em favor da Rainforest Alliance, Inc. ou seus sucessores nos termos e condições estabelecidos em um acordo entre as partes (o "Acordo"), entendendo que:

1. Todo o conteúdo deste documento, incluindo, mas não limitado a texto, logotipos, se houver, gráficos, fotografias, nomes comerciais, etc. da Rede de Agricultura Sustentável, A.C. está sujeito a proteção de direitos autorais a favor da Rede de Agricultura Sustentável, A.C. e terceiros que tenham devidamente autorizado a inclusão de seus trabalhos, de acordo com as disposições da Lei Federal do Direito de Autor e outras leis nacionais e / ou internacionais relacionadas. O nome e as marcas registradas da Rainforest Alliance são propriedade exclusiva da Rainforest Alliance.

2. Rainforest Alliance, Inc. e / ou seus sucessores, só devem usar o material protegido por direitos autorais nos termos e condições do Contrato.

3. Em nenhuma circunstância, devem entender-se que uma licença, de qualquer tipo, sobre este documento foi concedida a terceiros diferentes da Rainforest Alliance, Inc. ou seus sucessores.

4. Com exceção dos termos e condições estabelecidos no Contrato, em nenhuma circunstância devem entender-se que o Rede de Agricultura Sustentável, A.C., parcial ou totalmente, renunciou ou atribuiu o material com direitos autorais.

Mais Informações?

Para mais informações sobre a Rainforest Alliance, visite-nos em www.rainforest-

alliance.org ou entre em contato com [email protected]

Isenção de responsabilidade sobre a exatidão da tradução

A exatidão da tradução de documentos do sistema de certificação da Rainforest Alliance a idiomas distintos ao inglês não é garantida. Se surgirem perguntas relacionadas a exatidão da informação contida na tradução, consulte as versões oficiais em inglês ou espanhol do documento. Qualquer discrepância ou diferenças criadas durante a tradução não são vinculantes e não têm efeito para

fins de auditoria ou de certificação.

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Conteúdo

Missão da Rainforest Alliance ............................................................................................................. 5

OBJETIVO ................................................................................................................. 5

Data e Regras de Certificação Vinculantes para Auditorias ............................................................. 5

1. CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................ 5

1.1 Regras para administradores de grupo ................................................................................... 7

2. DIREITOS .......................................................................................................... 7

3. OBRIGAÇÕES ................................................................................................... 8

4. ALCANCE DA AUDITORIA ............................................................................ 10

4.1 Fazendas individuais .................................................................................................................... 10

4.2 Administrador de grupo ................................................................................................................ 11

5. O SISTEMA DE DESEMPENHO DA NORMA 2017 ........................................ 12

5.1 Critérios críticos ..................................................................................................................... 12 5.1.1 Critérios críticos de zero tolerância ...................................................................................... 12

5.2 Critérios de melhoramento contínuo ................................................................................... 13

6. AS AUDITORIAS ............................................................................................. 13

6.1 Regras gerais .......................................................................................................................... 13

6.2 Auditoria de certificação ....................................................................................................... 13

6.3 Auditoria de verificação ........................................................................................................ 14

6.4 Auditoria de controle ............................................................................................................. 14

6.5 Auditoria de investigação ...................................................................................................... 15

6.6 Auditoria de expansão de alcance ........................................................................................ 16

7. OBTENDO O CERTIFICADO .......................................................................... 16

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7.1 Regras gerais .......................................................................................................................... 16

7.2 Critérios e Regras de Desempenho da Norma 2017 para fazendas individuais ................ 16

7.3 Critérios e Regras de Desempenho da Norma 2017 para administradores de grupo ....... 17

7.4 Validade do certificado .......................................................................................................... 17

8. MODIFICANDO O ALCANCE DO CERTIFICADO ......................................... 18

9. INCENTIVOS ................................................................................................... 18

10. SANÇÕES ..................................................................................................... 19

10.1 Suspensão ............................................................................................................................... 19 10.1.1 Condições ............................................................................................................................ 19 10.1.2 Consequências .................................................................................................................... 19

10.2 Cancelamento ........................................................................................................................ 20 10.2.1 Condições ............................................................................................................................ 20 10.2.2 Consequências .................................................................................................................... 20

11. APELAÇÕES ................................................................................................ 21

12. RESTABELECIMENTO DO CERTIFICADO ................................................. 22

12.1 Compensação por destruições menores de ecossistemas naturais não anunciadas ......... 22

12.2 Remediação de trabalho infantil ........................................................................................... 23

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Missão da Rainforest Alliance

A missão da Rainforest Alliance é conservar a biodiversidade e garantir meios de subsistência sustentáveis, transformando práticas do uso de solo, práticas de negócios e comportamento dos consumidores.

Objetivo

Este documento define as regras para que uma fazenda individual ou de um administrador

de grupo seja certificada/o e ou permaneça certificado com base na Norma Rainforest

Alliance para Agricultura Sustentável para Produção Agrícola e Pecuária de Fazendas e

Grupos de Produtores, Julho 20171, incluindo a descrição de direitos e obrigações das

organizações auditadas e certificadas, desde o momento da aplicação, até que o certificado

da organização seja outorgado, suspendido ou cancelado.

Data e Regras de Certificação Vinculantes para Auditorias

Data em que a Norma 2017 passa a ser vinculante para processos de auditoria e

certificação: 1 de julho de 2017.

Este documento substitui SAN-R-SP-1-V1S Regras de Certificação para Fazendas

Individuais e Administradores de Grupos (2017).

1. Condições Gerais

a) As auditorias estão baseadas na avaliação da conformidade com a versão mais recente

da Norma 2017, as Listas Rainforest Alliance para a Gestão de Pesticidas (Listas de

Pesticidas Proibidos e de Uso com Mitigação de Risco) e este documento de Regras de

Certificação Rainforest Alliance 2017.

b) Para fins destas regras, são reconhecidos dois tipos de organizações: fazendas

individuais e administradores de grupos.

c) A mesma organização não pode possuir, simultaneamente, dois certificados válidos de

entidades de certificação credenciados pela Rainforest Alliance (ECs).

d) Aquelas organizações que cultivarem produtos considerados ilegais no país onde forem

cultivados por Lei aplicável ou por acordos e tratados internacionais, não podem ser

objeto de auditoria Rainforest Alliance nem de certificação Rainforest Alliance. Não é

permitida a certificação de organismos unicelulares2.

1 Em adiante, chamada “Norma 2017”. 2 Um organismo unicelular é um organismo que consiste de uma só célula, incluindo bactérias, arqueas,

protozoários, algas e fungos unicelulares.

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e) As organizações que cultivarem espécies anuais, bianuais ou perenes, que não estiverem

restringidas pela cláusula 1.d), podem ser auditadas e certificadas. Estas espécies podem

incluir, mas não se limitarem a, árvores de cultivos perenes tais como frutas, nozes, café,

cacau e chá, bem como plantas ornamentais, vegetais, grãos, especiarias e gramíneas.

f) Operações pecuárias 3 podem ser certificadas sempre que o gado não for criado

totalmente em estábulos ou em sistemas de produção nômada. A certificação de

sistemas de produção pecuária com unidades de engorde dentro do alcance da fazenda

ou administrador de grupo é permitida, unicamente se os animais tiverem a

possibilidade de se movimentar e de se expor à luz solar em áreas ao ar livre, e se as

unidades de engorde forem empregadas somente durante a etapa final de engorde dos

animais.

g) Será considerado que as organizações certificadas que contarem com um certificado

válido até 30 de junho de 2017 cumprem com a não destruição das áreas de AVCs tipo

1, 2, 3 e 4 do critério crítico 2.1 da Norma 2017 por ter cumprido com o critério crítico

2.2 da Norma de Agricultura Sustentável RAS 2010. Adicionalmente, qualquer queixa

relacionada com a destruição de áreas de AVCs tipo 5 e 6 será verificada por meio de

uma auditoria de investigação (ver seção 6.5). A decisão do EC de cancelar um

certificado como resultado destas auditorias de investigação, somente poderá ser

efetiva depois de consultá-lo com a Rainforest Alliance.

h) Será considerado que as organizações certificadas que contarem com um certificado

válido até 30 de junho de 2017 cumprem com o critério crítico 2.2 da Norma 2017, sobre

a conservação de ecossistemas naturais, por ter cumprido com o critério crítico 2.2 da

Norma de Agricultura Sustentável RAS 2010. Sem importar seu status de certificação

anterior, todas as organizações certificadas devem apegar-se ao elemento do critério

crítico 2.2, que requer que as fazendas continuem conservando todos os ecossistemas

naturais.

i) Se uma fazenda ou administrador de grupo planificar destruir um ecossistema natural,

mas nunca áreas de AVC, de até um 1% do total da área certificada, não constituirá razão

para cancelar o certificado, sempre e quando o EC responsável tenha sido notificado de

antemão e tenha autorizado esta destruição menor, e respeitando as seguintes

condições:

i. A destruição de ecossistemas naturais ocorrerá com o único objetivo de instalar

nova infraestrutura ou reparar a já existente (caminhos, infraestrutura de rego,

incluindo estações de bombeamento, canais, estanques, reservatórios, diques e

barragens), infraestrutura instalada permanentemente e instalações para lavado,

3 Gado: Animais domésticos da família Bovidae, incluindo as espécies Bos taurus e B. taurus indicus (zebú), ou cruzamentos destas, ademais de diferentes raças de búfalo (Bubalus bubalis), criadas para produção de carne ou láteos.

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processamento ou embalagem, ou para estabelecer cultivos destinados à

alimentação, no caso de pequenos produtores.

ii. Cumprir com a lei aplicável.

j) Quando a lei aplicável for mais estrita que a norma, será aplicada a Lei. Quando a norma

for mais estrita que a lei, e não a contradizer, será aplicada a norma. Quando a

interpretação da lei aplicável representar um desafio em termos de cumprimento com

os critérios correspondentes da Norma 2017, a Rainforest Alliance analisará cada

situação específica e comunicará a decisão correspondente.

k) A Rainforest Alliance reserva-se o direito e tem a autoridade para analisar e definir a

interpretação deste documento e decidir em casos não previstos. Além disso, a

Rainforest Alliance se reserva o direito de modificar este documento e outras normas e

políticas Rainforest Alliance em qualquer momento, o qual será comunicado pelos ECs

e estará disponível em www.rainforest-alliance.org .

1.1 Regras para administradores de grupo

a) O número mínimo de fazendas membro de um administrador de grupo é de duas

fazendas membro.

b) Todas as fazendas membro de um grupo devem estar localizadas dentro de um mesmo

país.

c) Uma fazenda membro não pode pertencer, simultaneamente, a dois grupos certificados.

d) O administrador de grupo é responsável de comercializar os produtos cobertos no

alcance do certificado, a menos que decida delegar a responsabilidade de validar suas

declarações nos sistemas de traçabilidade de Rainforest Alliance a terceiras partes.

e) Se uma fazenda membro desejar vender produto certificado individualmente, deverá

contar com um acordo por escrito com o administrador de grupo, quem deverá manter

o registro de cada transação individual, indicando o volume do produto certificado

vendido, individualmente, por parte dos membros.

f) O administrador de grupo é responsável de assegurar que todas as fazendas membro

cobertas pelo alcance do certificado Rainforest Alliance cumpram com os Critérios e

Regras de Desempenho da Norma Rainforest Alliance para Fazendas Individuais (Seção

7.1) do nível de desempenho correspondentes ao ano da organização no sistema de

desempenho Rainforest Alliance.

2. Direitos

A organização auditada ou organização certificada goza dos seguintes direitos:

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a) Receber uma resposta a qualquer pergunta relacionada com a interpretação da Norma

2017, Listas Rainforest Alliance para a Gestão de Pesticidas (Listas de Pesticidas

Proibidos e de Uso com Mitigação de Risco) e este documento de Regras de Certificação

Rainforest Alliance 2017.

b) Receber as versões atualizadas das normas e políticas Rainforest Alliance por parte do

seu EC.

c) Receber um relatório de auditoria dentro dos prazos estabelecidos pela Rainforest

Alliance.

d) Apresentar uma queixa relacionada com o serviço proporcionado por um EC.

e) Apelar uma decisão de certificação tomada por um EC.

f) Começar a ser cliente de um EC diferente, se não estiver satisfeito com o serviço

proporcionado pelo atual EC, com a condição de que a organização não tenha não

conformidades abertas em critérios críticos.

g) Solicitar a reprogramação de uma auditoria de controle não anunciada ou de

investigação uma única vez. Razões válidas para solicitar uma reprogramação incluem

condições de força maior4 e quando os representantes da organização, responsáveis por

garantir o cumprimento com a Norma 2017 possam comprovar compromissos

previamente adquiridos com a respectiva evidência de respaldo.

h) Solicitar o cancelamento do seu certificado em qualquer momento.

i) A partir da data de comunicação de uma decisão positiva de certificação, vender seu

produto como produto certificado.

3. Obrigações

A organização auditada ou organização certificada deve:

a) Enviar uma aplicação completa, usando a Aplicação Rainforest Alliance para Clientes,

com informação verídica, exata e atualizada a um EC que esteja credenciado para operar

na região onde estiver localizada a organização. A organização certificada deveria

entrar em contato com o EC para programar a auditoria de certificação, pelo menos 120

dias antes da data de aniversário do certificado, para completar satisfatoriamente e a

tempo, o processo de auditoria correspondente. Organizações que não entrarem em

contato com o EC com suficiente antecipação estarão sujeitas a uma eventual suspensão

ou cancelamento.

4 Evento ou circunstância extraordinária que escapa do controle da organização e que o impede de cumprir

com estas Regras de Certificação Rainforest Alliance. Isto inclui aqueles riscos fora do controle da organização, nos que não se incorre como resultado de negligência ou má fé.

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b) Informar ao EC de qualquer mudança significativa no seu sistema de gestão, atividades

produtivas, sua produtividade ou sua infraestrutura, e atualizar a informação com o

quadro de pessoal da Rainforest Alliance para a aplicação. A organização certificada

deve notificar o EC quando incorporar novas áreas ou fazendas membros a seu alcance.

c) Assinar um acordo de certificação com o EC.

d) Não vender um volume de produto maior que o volume de produto colhido enquanto

contar com um certificado válido. Depois de emitido o certificado, unicamente poderá

ser comercializado com declaração da Rainforest Alliance Certified, o volume de

produto colhido depois da data de início da auditoria que conduziu a uma decisão de

certificação positiva.

e) Obter certificados de transação no sistema de traçabilidade de Rainforest Alliance para

todos os cultivos determinados no alcance do certificado.

f) Autorizar a Rainforest Alliance e o EC a publicar resumos públicos dos relatórios de

auditoria, que incluam a descrição das não conformidades.

g) Autorizar a Rainforest Alliance e os seus sócios para usar os dados relacionados com o

processo de auditoria para análise e relatórios sobre o programa de certificação

Rainforest Alliance, sempre e quando estes não revelarem informações sobre as

organizações auditadas ou certificadas.

h) Pagar os custos associados a qualquer tipo de auditoria.

i) No caso dos administradores de grupos, enviar uma lista eletrônica com toda

informação veraz, exata e atualizada de todas as fazendas membro dentro do alcance do

certificado Rainforest Alliance, usando o modelo da Rainforest Alliance para Listagem

de Membros.

j) Garantir que a equipe de auditoria tenha acesso a toda documentação relevante e a toda

a área dentro do alcance da auditoria, incluindo terras arrendadas e infraestrutura, bem

como o direito de entrevistar os trabalhadores e as pessoas que moram dentro da

fazenda e nas comunidades vizinhas, sem a presença de supervisores de campo ou

representantes da gerência da fazenda ou administrador de grupo.

k) Permitir e cooperar com as auditorias de controle não anunciada e com as auditorias de

investigação levadas a cabo pelo EC, pela Rainforest Alliance, ou por qualquer

organização atuando no seu nome.

l) Solicitar e receber autorização por parte de Rainforest Alliance antes de usar qualquer

uma das marcas registradas da Rainforest Alliance, incluindo o selo Rainforest Alliance

CertifiedTM.

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4. Alcance da auditoria

a) Os critérios aplicáveis da Norma 2017 serão avaliados nas fazendas individuais, bem

como em cada uma das fazendas membro que forma parte da amostra da auditoria, no

caso dos administradores de grupo. O princípio 5 da Norma 2017 somente se aplica às

organizações que solicitarem o alcance de pecuária dentro da aplicação.

b) Durante a primeira auditoria de certificação, somente serão avaliados os critérios de

melhoramento contínuo dos níveis B e/ou A, quando a organização o solicitar,

explicitamente. Durante a segunda auditoria de certificação, somente serão avaliados

os critérios de melhoria contínua do nível A, quando a organização o solicitar,

explicitamente.

c) Aquelas porções de terra alugada que estiverem localizadas dentro de uma fazenda

certificada devem cumprir, pelo menos, com os critérios críticos Rainforest Alliance de

zero tolerância.

d) As organizações que arrendarem terra e desejarem a certificação Rainforest Alliance,

devem ser capazes de implementar mudanças que lhes permita cumprir com a Norma

2017 e com seus Critérios e Regras de Desempenho (Seções 7.1 e 7.2 ou 7.3), quando

estiverem localizadas dentro de uma fazenda não certificada.

e) Fornecedores de serviços que levam a cabo atividades sujeitas à Norma 20175, em nome

da organização auditada.

4.1 Fazendas individuais

Neste modelo, é emitido um certificado a uma fazenda individual.

a) Toda a área e atividades dentro dos limites da fazenda estão dentro do alcance da

auditoria. Isto inclui, mas não se limita a:

i. Áreas destinadas à produção agrícola ou pecuária, com ênfase nos produtos que

desejam comercializar com declarações Rainforest Alliance Certified.

ii. Áreas de AVC, bosques e outros ecossistemas naturais, bem como terrenos em

pousio.

iii. Áreas de atividade humana e outra infraestrutura dentro dos seus limites que inclua,

mas não se restrinja a infraestrutura administrativa, pontos de abastecimento,

unidades de processamento e embalagem, e armazéns.

iv. Terrenos arrendados dentro da fazenda.

5 Ver a Política de Cadeia de Custódia Rainforest Alliance para as regras de certificação com respeito à Norma

de CdC Rainforest Alliance.

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v. Pessoal da fazenda, incluindo todos os trabalhadores contratados e subcontratados,

pessoal de supervisão e administrativo, e representantes da gerência ou dos

proprietários.

vi. Pessoas que vivem temporalmente ou permanentemente dentro da fazenda.

vii. Toda a documentação relacionada com a gestão social, agrícola e ambiental, e

considerada pertinente para determinar conformidade com a norma.

viii. Documentação relacionada com a comercialização do produto certificado e não

certificado, manejado pela fazenda.

b) Infraestrutura em propriedade própria ou alugada, fora dos limites da fazenda, mas que

está diretamente relacionada com as atividades incluídas no alcance da auditoria. Isto

pode incluir, mas não se limitar a infraestrutura administrativa, pontos de

abastecimento, unidades de processamento e empaque, e armazéns.

c) Residentes das comunidades vizinhas que são ou podem ser afetados diretamente pelas

atividades da fazenda.

4.2 Administrador de grupo

Neste modelo, se outorga um certificado a uma organização chamada “Administrador de

Grupo”, que age em nome de um grupo de fazendas e é responsável por sua conformidade

com a Norma 2017. O administrador de grupo é responsável de implementar o Sistema

Interno de Gestão (SIG), o qual inclui, mas não se limita a coordenar a comercialização do

produto, capacitar e dar assistência técnica ao pessoal e membros do grupo, bem como das

inspeções internas e as ações de seguimento correspondentes adicionais às ações de

melhoramento para fechar as não conformidades detectadas durante auditorias externas.

Os administradores de grupo encaixam em três modelos básicos:

i) Multi-site, no qual uma entidade legal possui ou tem a seu cargo mais de uma fazenda

ou lugar distinto, com sistemas de gestão produtiva separados, mas sob o SIG do

administrador de grupo;

ii) Grupos que têm uma estrutura democrática, tais como cooperativas, associações e

federações; e

iii) Entidades privadas, tais como plantações em associação com fazendas fornecedoras

do produto, uma exportadora ou o escritório de um consultor.

O alcance do certificado de um administrador de grupo inclui o seguinte:

a) A infraestrutura em propriedade ou administrada pelo administrador de grupo, que está

relacionada com a atividade produtiva dentro do alcance. Isto inclui, mas não se limita a

caminhos, moradia, infraestrutura administrativa, de abastecimento, armazém,

infraestrutura de processamento e empaque, bem como seus arredores.

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b) Todo o pessoal contratado ou subcontratado pelo administrador de grupo.

c) Toda a documentação relacionada com o SIG.

d) Documentação relacionada com a comercialização do produto certificado e não

certificado manejado pelo administrador de grupo.

e) As fazendas membro estão sujeitas ao alcance da fazenda, tal e como é descrito na seção

4.1.

5. O Sistema de Desempenho da Norma 2017

Há dois tipos de critérios na Norma 2017: critérios críticos e de melhoramento contínuo.

Cada critério é avaliado da seguinte forma:

Status da

Conformidade

Condições

Conforme A organização auditada cumpre com as disposições do critério.

Não conforme (NC) A organização auditada não cumpre ou só cumpre parcialmente

com as disposições do critério.

Não aplicável (N/A) O tema do critério não está dentro do alcance da auditoria.

5.1 Critérios críticos

Os critérios críticos cobrem os tópicos ambientais, sociais e trabalhistas de maior

prioridade e maior risco. As fazendas e administradores de grupo devem cumprir com

todos os critérios críticos aplicáveis em todo momento, como uma condição para outorgar

ou manter o certificado.

5.1.1 Critérios críticos de zero tolerância

A Rainforest Alliance reconhece cinco critérios críticos de ‘zero tolerância’. Não cumprir

com qualquer um dos seguintes critérios críticos de zero tolerância resultará na negação

ou no cancelamento imediato do certificado, sem opção a uma auditoria de verificação:

a) Critério 2.1 – Não destruição de áreas de Alto Valor para a Conservação desde

novembro 2005

b) Critério 4.1 – Não haver trabalho forçado

c) Critério 4.2 – Não maltratar os trabalhadores nem existir acosso sexual

d) Critério 4.3 – Não há discriminação

e) Critério 4.6 – Não existe piores formas de trabalho infantil

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5.2 Critérios de melhoramento contínuo

a) A Norma 2017 conta com um sistema de melhoramento contínuo que requer que as

fazendas incrementem, gradualmente, seu cumprimento através de três níveis de

desempenho: C, B e A. Este sistema está baseado em um período de seis anos, e para este

propósito, a primeira auditoria de certificação baseada na Norma 2017 será

considerada como o ‘Ano 0’.

b) Os requisitos vinculantes específicos correspondentes ao ano da organização para os

Critérios e Regras de Desempenho da Norma 2017 (Seções 7.1 e 7.2 ou 7.3), não

mudarão em nenhuma condição, incluindo a suspensão ou cancelamento do certificado,

modificação do alcance ou a mudança de EC.

c)

6. As auditorias

6.1 Regras gerais

a) Na aplicação a organização pode solicitar, voluntariamente, ser auditada com respeito

aos critérios de um nível de desempenho superior. Porém, a organização auditada

obterá a certificação ou permanecerá certificada, se não cumprir com os requisitos do

nível de desempenho superior, mas continua cumprindo com os requisitos do nível no

qual se supõe deva estar, segundo o descrito nas seções 7.1 e 7.2 ou 7.3.

b) Antes que o relatório final de uma auditoria de certificação, auditoria de controle ou

auditoria de investigação seja emitido e somente no caso de não conformidades que

possam ser fechadas por meio de documentos, uma organização auditada pode

demonstrar cumprimento com as não conformidades abertas até 30 dias calendário

depois da reunião de fechamento de qualquer auditoria. O EC poderia cobrar por

custos adicionais para este processo.

6.2 Auditoria de certificação

a) Uma auditoria de certificação é levada a cabo quando a organização aplicar para a

certificação Rainforest Alliance por primeira vez, e depois, cada três anos, ou depois do

cancelamento do certificado, para estabelecer o nível de conformidade da organização

com todos os critérios aplicáveis da Norma 2017.

b) As organizações devem cumprir com os Critérios e Regras de Desempenho da Norma

2017 (Seções 7.1 e 7.2 ou 7.3) para o ano correspondente da auditoria de certificação

dentro do sistema de certificação Rainforest Alliance para a Norma 2017.

c) As auditorias de certificação sempre devem ser realizadas no lugar, durante o período

de atividade quando estiverem presentes os trabalhadores, as plantas de cultivo e/ou

o gado.

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6.3 Auditoria de verificação

a) Se a organização não cumprir com os Critérios e Regras de Desempenho da Norma 2017

(Seções 7.1 e 7.2 ou 7.3), correspondentes ao seu ano no sistema de certificação

Rainforest Alliance para a Norma 2017, deverá submeter-se a uma auditoria de

verificação que deverá concluir com sua respectiva decisão de certificação dentro de um

prazo de 120 dias calendário depois de ter recebido a decisão de certificação prévia. O

certificado é suspenso até que as Seções 7.1 e 7.2 ou 7.3, sejam cumpridas.

b) Os objetivos de uma auditoria de verificação são:

i) Controlar se as não conformidades que evitaram uma decisão de certificação

positiva foram atendidas, podem ser fechadas, e o certificado pode ser emitido ou

mantido; e

ii) Determinar se a organização alcançou o nível mínimo de desempenho

correspondente a seu ano para os Critérios e Regras de Desempenho da Norma

2017 (Seções 7.1 e 7.2 ou 7.3), e o certificado pode ser emitido ou mantido.

c) Se durante uma auditoria de verificação, uma organização auditada não cumprir com as

Seções 7.2. ou 7.3, o certificado não é emitido ou é cancelado. Esta organização auditada

deverá submeter-se a uma auditoria de certificação para restabelecer seu certificado.

d) As organizações com não conformidades em qualquer critério de zero tolerância não

são elegíveis para uma auditoria de verificação.

e) Uma auditoria de verificação pode ser levada a cabo de maneira remota, quando for

possível avaliar as ações de melhoramento por meio de documentos ou entrevistas

remotas com os representantes da administração de fazenda ou do administrador de

grupo.

6.4 Auditoria de controle

a) Para que o certificado permaneça vigente, a organização certificada deve aprovar duas

auditorias de controle depois da auditoria de certificação.

b) As auditorias de controle têm lugar depois de uma auditoria de certificação ou de uma

auditoria de controle prévia. A organização certificada deve submeter-se a duas

auditorias de controle durante três anos:

i. A primeira auditoria de controle deve ter lugar entre 12 a 18 meses depois da data

de emissão do certificado;

ii. A segunda auditoria de controle deve ter lugar entre 24 e 30 meses depois da data

de emissão do certificado, mas mínimo nove meses depois da primeira auditoria de

controle.

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c) A organização deve cumprir com os Critérios e Regras de Desempenho da Norma 2017

(Seções 7.1 e 7.2 ou 7.3) para o ano correspondente da auditoria de controle no sistema

de certificação Rainforest Alliance para a Norma 2017.

d) Os objetivos de uma auditoria de controle são os seguintes:

i. Assegurar que uma organização certificada cumpre com todos os critérios críticos

aplicáveis;

ii. Determinar se a organização implementou as ações de melhora requeridas para

critérios de melhoramento contínuo de acordo com as seções 7.1 e 7.2 ou 7.3.

iii. Avaliar as atividades da fazenda ou administrador de grupo que não estavam sendo

realizadas, na organização certificada, durante auditorias prévias.

e) No caso de fazendas ou administradores de grupo que produzirem cultivos estacionais,

pelo menos uma auditoria de controle deve ter lugar durante a época da colheita.

f) As fazendas e administradores de grupo estão sujeitas a auditorias de controle não

anunciadas, ou anunciadas dentro de um prazo curto, em qualquer momento. O EC

poderá informar à organização certificada com não mais de dois dias úteis de

antecipação, com exceção de administradores de grupos com pequenos produtores,

para os quais aplica-se um prazo de não mais de cinco dias úteis de antecipação.

6.5 Auditoria de investigação

a) As auditorias de investigação são levadas a cabo em resposta a uma queixa, incidente

informado, ou informação substancial sobre o desempenho de uma organização

certificada, com respeito a um ou mais critérios críticos da Norma 2017.

b) Uma auditoria de investigação pode ser levada a cabo em qualquer momento, quando o

EC ou a Rainforest Alliance determinem que existe suficiente evidência de uma

potencial não conformidade.

c) As auditorias de investigação não são anunciadas. Porém, a organização certificada

poderá receber um aviso prévio (não mais de dois dias úteis), quando isto ajudar a evitar

obstáculos logísticos significativos, e se dito aviso prévio não influenciar o tema em

questão.

d) A organização certificada pode ser objeto de uma auditoria de investigação de

escritório, somente se for possível demonstrar conformidade por meio de documentos.

e) Quando uma auditoria de investigação é requerida, a organização auditada cobrirá os

custos destas auditorias.

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6.6 Auditoria de expansão de alcance

a) O objetivo de uma auditoria de expansão de alcance é avaliar a conformidade com as

Regras de Certificação Rainforest Alliance em novas áreas, atividades ou fazendas

membro que uma organização certificada deseja agregar a seu alcance, antes de uma

auditoria de certificação ou de controle.

b) Todos os critérios aplicáveis da Norma 2017 serão avaliados nas novas áreas ou em uma

amostra de novas fazendas membro (no caso de administradores de grupo), bem como

em novos cultivos ou espécies de gado.

7. Obtendo o certificado

7.1 Regras gerais

a) As organizações que desejarem certificar-se ou as organizações certificadas que têm

que programar uma auditoria de certificação, devem enviar uma aplicação a um EC

credenciado.

b) No ‘Ano 0’, e cada três anos a partir desse momento, a organização deverá ser sujeita a

uma auditoria de certificação.

c) O EC emitirá um certificado para a organização auditada, depois que as seções 7.1 e 7.2

ou 7.3 deste documento tenham sido cumpridas.

7.2 Critérios e Regras de Desempenho da Norma 2017 para fazendas individuais

a) Para aprovar uma auditoria de certificação ou de controle, as fazendas devem cumprir

completamente com:

i. Todos os critérios críticos aplicáveis, e

ii. Com as Regras Rainforest Alliance de Cumprimento para Critérios de Melhoramento

Contínuo, correspondentes a seu ano no sistema de desempenho Rainforest Alliance,

de acordo com a seguinte tabela:

Ano Porcentagem mínima de cumprimento por nível e ano

Nível C Nível B Nível A

Ano 0 50% - -

Ano 1 65% - -

Ano 2 80% - -

Ano 3 100% 50% -

Ano 4 100% 65% -

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Ano 5 100% 80% -

Ano 6 100% 100% 50%

b) Se as porcentagens mínimas de cumprimento dos critérios nível C e B para os Anos 1, 2,

3, 4, 5 e 6 não forem alcançados, a organização deve submeter-se a uma auditoria de

verificação para comprovar o cumprimento com estas porcentagens mínimas.

c) Depois que uma organização alcançar a porcentagem mínima de cumprimento de 100%

para os critérios de Nível C (ano 3 em adiante) ou de Nível B (ano 6 em adiante), é

permitido até um 10% de não conformidades para os critérios de nível C e B durante

qualquer auditoria, sob a condição de que estas não conformidades deverão ser

resolvidas na seguinte auditoria de controle ou auditoria de certificação.

7.3 Critérios e Regras de Desempenho da Norma 2017 para administradores de grupo

a) A seção 7.2 também aplica para os critérios aplicáveis da Norma 2017 para o alcance do

administrador de grupo, tal como está indicado na seção 4.2.a), b), c) e d).

b) A seção 7.2 aplica a todas as fazendas membro da amostra de auditoria (ver Alcance de

Auditoria, seção 4.2.e). Todas as fazendas membro devem sempre cumprir com todos os

critérios críticos aplicáveis.

c) Unicamente no caso dos administradores de grupo com pequenos produtores 6

membros, até um máximo de 20% da amostra de auditoria pode falhar com os Critérios

e Regras de Desempenho da Norma 2017 para os critérios de melhoramento contínuo

Nível C ou Nível B determinados na Seção 7.2. Ditos membros de grupo que não

cumpriram, formam parte da correspondente amostra de auditoria da seguinte

auditoria de controle ou auditoria de certificação e estas não conformidades devem ser

resolvidas nesta seguinte auditoria de controle ou de certificação.

d) Durante as auditorias de controle a administradores de grupos, pelo menos um 30% da

amostra de fazendas membro serão selecionadas durante a reunião de abertura.

7.4 Validade do certificado

a) O certificado tem uma validade de 36 meses, contando a partir da data de emissão.

b) A data de expiração do certificado não pode ser movida, mas a validade do certificado

poderia ser estendida nos seguintes casos, sem necessidade de modificar a data original

de emissão do certificado:

6 Produtor que depende principalmente de mão-de-obra familiar ou doméstica, ou do intercâmbio recíproco de

trabalhos com outros membros da comunidade.

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i. Até um máximo de seis meses, em caso de uma situação de força maior.

ii. Até um máximo de três meses, quando a organização estiver passando por um

processo de apelação, quando a decisão de certificação, tiver sido cancelar o

certificado.

8. Modificando o alcance do certificado

a) A organização certificada pode solicitar mudar o alcance do certificado em qualquer

momento com o propósito de incrementar ou reduzir a área produtiva, ou incrementar

ou reduzir o número ou a composição de fazendas membro.

b) As organizações certificadas que solicitarem incluir novos cultivos ou espécies

pecuárias novas, dentro do alcance do seu certificado deverão submeter-se a uma

auditoria de expansão de alcance.

c) Máximo uma vez por ano, uma organização certificada poderá incrementar seu alcance

de certificação da área de produção ou seu número de fazendas membro até um 10%, ou

agregar até 10% de fazendas membro novas, sem necessidade de uma auditoria de

expansão de alcance, auditoria de certificação ou auditoria de controle. Se o incremento

na área ou no número de fazendas membro, exceder um 10%, ou se o grupo tem mais de

10% de fazendas membro novas, então a organização certificada deverá ser objeto de

uma auditoria de aumento de alcance (ver Seção 6.6).

d) A organização certificada pode decidir incrementar seu alcance por meio de uma

auditoria de certificação ou de controle, as quais devem incluir uma avaliação de todos

os critérios aplicáveis da Norma 2017 nestas novas áreas ou uma amostra destas novas

fazendas membro (no caso de administradores de grupo), bem como estes novos

cultivos ou estas novas espécies de gado. Se este for o caso, a cláusula 3.b) deste

documento deve ser cumprida, e uma auditoria de expansão de alcance não é necessária.

e) As modificações ao alcance de um certificado não mudarão a data de expiração do

certificado ou o ano e nível de desempenho da organização com respeito aos Critérios e

Regras de Desempenho da Norma 2017 (Seções 7.1 e 7.2 ou 7.3).

9. Incentivos

a) Os administradores de grupo e fazendas individuais que cumpram com os Critérios e

Regras de Desempenho da Norma 2017 das Seções 7.2 a) e 7.3 a) e b) do ano três, ou

mais, no momento de sua primeira auditoria de certificação, ou com os do ano seis no

momento de sua segunda auditoria de certificação, respectivamente, serão sujeitos ao

seguinte benefício:

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i. A seguinte auditoria de controle poderá ser realizada fora do lugar sem os auditores

visitando a fazenda individual ou as fazendas membro do administrador de grupo. O

administrador de grupo ou a fazenda individual sempre estarão sujeitos a uma

auditoria de controle não anunciada dentro dos 27 meses depois da auditoria de

certificação prévia.

b) Os administradores de grupo que cumprirem com os Critérios e Regras de Desempenho

da Norma 2017 das Seções 7.2 a) e 7.3 a) e b) do ano três, ou mais, no momento de su

primeira auditoria de certificação, ou com os do ano seis no momento de sua segunda

auditoria de certificação, respectivamente, adicionalmente serão sujeitos aos seguintes

benefícios:

i. O tamanho da amostra de auditoria da seguinte auditoria de controle do

administrador de grupo será reduzido em um 50%.

ii. Poderá incrementar o alcance do administrador de grupo com novas fazendas

membro até por um 25% sem a necessidade de uma auditoria de expansão de alcance.

10. Sanções

10.1 Suspensão

10.1.1 Condições

O EC suspenderá o certificado de uma organização quando:

a) A organização não cumprir com uma ou mais de suas obrigações, descritas na Seção 3.

b) A organização não cumprir com as seções 7.2 ou 7.3, à exceção das não conformidades

com os critérios críticos de zero tolerância.

c) Não cumprir com aquelas cláusulas do acordo com o EC, significará uma suspensão.

d) Quando uma auditoria de controle não for levada a cabo dentro dos prazos

estabelecidos na seção 6.4.b).

10.1.2 Consequências

a) A suspensão durará um máximo de 120 dias calendário.

b) A partir do momento em que o EC notificar a organização sobre a suspensão, a

organização não poderá vender produtos com declarações Rainforest Alliance

Certified. Em caso de ser reestabelecido o certificado, a organização poderá vender,

como certificado, todo produto em existência que tenha sido colhido durante o período

de suspensão sujeito à verificação destes inventários pelo EC. Os custos relacionados

com esta verificação devem ser cobertos pela organização.

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10.2 Cancelamento

10.2.1 Condições

O EC negará ou cancelará o certificado de uma organização nos seguintes casos:

a) Quando a organização não cumprir com um ou mais critérios críticos de zero tolerância.

b) Quando a organização não cumprir com as regras de auditoria de verificação da seção

6.3.

c) Se uma suspensão não for realizada dentro do prazo de 120 dias calendário.

d) Quando a organização rejeitar uma auditoria não anunciada por segunda vez.

e) Quando a organização certificada não cumprir com aquelas cláusulas do acordo com o

EC que levam a um cancelamento.

f) Quando a organização certificada, voluntariamente, solicitar o cancelamento do seu

certificado.

g) Quando a auditoria de certificação de uma organização certificada, não for levada a cabo

enquanto o certificado era válido.

10.2.2 Consequências

a) O cancelamento é válido a partir da data em que o EC notificar a organização sobre o

cancelamento do certificado e dura:

i. Um ano, no caso de não conformidades com critérios críticos de zero tolerância;

ii. Três anos se, na opinião da Rainforest Alliance ou do EC, a organização exerceu

coerção ou cometeu qualquer forma de ameaças implícitas ou explícitas à

integridade moral ou física ou à vida de qualquer membro da equipe de auditoria

ou do pessoal do EC, através de empregados da organização ou de pessoas sob sua

influência ou ordens.

iii. Três anos se, na opinião da Rainforest Alliance ou do EC, a organização participou

em atividades ilegais, fraudulentas ou antiéticas, que pudessem desacreditar o

programa de certificação.

b) Aquelas organizações cujo certificado tenha sido cancelado devido a não conformidades

com critérios críticos que não são de zero tolerância depois de uma auditoria de

verificação e que desejem certificar-se novamente, podem aplicar a uma auditoria de

certificação em qualquer momento.

c) Aquelas organizações que solicitarem, voluntariamente, o cancelamento do seu

certificado e que desejem certificar-se novamente, podem aplicar a uma auditoria de

certificação em qualquer momento.

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d) A partir do momento em que o EC notificar a organização sobre o cancelamento, esta

não está autorizada a vender o produto como certificado, com exceção de:

i) Organizações sujeitas a um processo de apelação (ver seção 11); ou

ii) Organizações cujo certificado tenha sido, voluntariamente, cancelado. Neste caso,

será autorizado que as organizações vendam todo o produto certificado

armazenado dentro de um prazo de liquidação de um máximo de seis meses, sujeito

a verificação destes inventários pelo EC. Os custos relacionados com esta

verificação devem ser cobertos pela organização.

11. Apelações

a) As organizações podem apelar as decisões de certificação do EC, dentro de cinco dias

úteis, mas somente uma vez durante a validez de 36 meses do certificado, com exceção

das decisões resultantes de auditorias de verificação.

b) Decisões de uma auditoria de verificação podem ser apeladas, unicamente no caso de

novas não conformidades identificadas durante uma auditoria de verificação. Neste

caso, as apelações são restringidas a estas não conformidades recentemente. As

organizações não podem solicitar outra auditoria de verificação para estas novas não

conformidades recém detectadas.

c) O alcance da apelação deverá restringir-se a qualquer combinação do seguinte:

i. Interpretação de critérios da norma, baseados na evidência disponível durante a

auditoria;

ii. Avaliação de evidência relevante de que a operação auditada considera que a equipe

de auditoria com ou sem intenção não considerou durante a auditoria; ou

iii. Possíveis infrações ou violações dos requisitos deste documento, os procedimentos

do EC de auditoria e certificação, ou conflitos de interesse ou outros temas éticos de

parte da equipe de auditoria ou do EC.

d) As operações auditadas podem apresentar evidência adicional durante o processo de

apelação se e somente se a equipe de auditoria tiver acesso a esta evidência durante o

processo de auditoria. Evidência adicional de cumprimento que não esteve disponível

durante a auditoria, ou que tenha sido resultado de melhoras feitas desde a auditoria,

não podem ser consideradas como parte da apelação. Esta evidência deve ser

apresentada em um período de 30 dias depois da reunião de fechamento, no caso de

documentação, ou como parte de uma auditoria de verificação programada.

e) As organizações mantêm seu estado prévio à decisão de certificação durante o processo

de apelação.

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f) As organizações podem continuar vendendo produto certificado durante um processo

de apelação.

g) A organização cancelada pode unicamente apelar a decisão da certificação com o dono

do esquema de certificação.

12. Restabelecimento do certificado

a) Para restabelecer um certificado que foi cancelado, a organização deve enviar uma

aplicação para uma auditoria de certificação ou de controle.

b) Uma organização cujo certificado tenha sido cancelado deve cumprir por meio de uma

nova auditoria de certificação, com as regras de desempenho correspondentes ao ano

de cumprimento quando foi cancelado, como está descrito nas seções 7.1 e 7.2 ou 7.3.

c) Além dos requisitos descritos na Seção 7, as organizações cujo certificado tiverem sido

cancelados devido a não conformidades relacionadas com destruições menores de

ecossistemas naturais (Critério Crítico 2.2), deverão cumprir com a Seção 12.1. Aquelas

organizações cujo certificado tiverem sido cancelados devido a não conformidades

relacionadas com as piores formas de trabalho infantil (Critério Crítico 4.6), deverão

cumprir com a Seção 12.2.

12.1 Compensação por destruições menores de ecossistemas naturais não anunciadas

a) A destruição menor de ecossistemas naturais – mas nunca áreas de AVC – que tenham

sido levadas a cabo, inadvertidamente, por uma fazenda, fazenda membro ou

administrador de grupo certificado, é permitida unicamente com as seguintes

condições:

i) O evento é o primeiro de este tipo no historial de certificação Rainforest Alliance da

organização;

ii) A área convertida está localizada afora das áreas AVC, áreas protegidas ou terra cuja

conversão for ilegal;

iii) Um especialista em restauração ecológica prepara um plano com objetivos, metas

quantitativas, parâmetros, ações de manejo com prazos estabelecidos, recursos e

pessoal responsável para a restauração requerida, e é enviado à Rainforest Alliance

para aprovação dentro dos três meses seguintes à data da destruição. O plano inclui

os seguintes elementos:

A. A destruição é mitigada por meio de restauração em, ou perto da área

convertida, ou mediante a designação de uma área ecologicamente comparável,

destinada à conservação, em uma proporção de 1:1;

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B. A área do ecossistema natural convertido deixa de ser usada para produção

agrícola e é reservada com o propósito de restaurar a área a sua condição natural

prévia;

C. Em fazendas grandes, destruições de ecossistemas naturais de até um 2% da

área da fazenda, ou 50 hectares (o que for menor), somente será permitido se tal

destruição for compensada em uma proporção 1:1 de áreas ecologicamente

comparáveis, como especificado em um plano com prazos estabelecidos,

preparado por um profissional qualificado, e aprovado pela Rainforest Alliance

ou seu representante;

D. Destruições de até um 10% da área da fazenda ou um hectare (o que for menor)

serão permitidos sem necessidade de compensação. No caso de grupos de

pequenos produtores, estes limites aplicam a nível de cada fazenda membro.

12.2 Remediação de trabalho infantil

a) A fazenda ou administrador de grupo que removeu um trabalhador menor 7 do seu

trabalho depois de ter recebido uma não conformidade no critério crítico 4.6 da Norma

2017 deverá demonstrar ao EC que levou a cabo as seguintes atividades de remediação,

para o menor e sua família:

i. Acesso oportuno a serviços médicos;

ii. Acesso oportuno a serviços psicológicos e de reabilitação, segundo requer a

condição do menor.

iii. Facilitar a entrada e integração do menor a uma escola local, até que alcance a idade

legalmente permitida para abandonar a escola; e

iv. Contratar um membro da família próxima, ou da família estendida do menor, se

estiver disponível. Se nenhum membro da família estiver disponível para

contratação, a fazenda ou administrador de grupo pagará à família do menor um

salário de apoio, não menor ao salário do qual gozava o menor removido, até que o

menor alcance a idade legal para abandonar a escola, ou que faça 15 anos, o que for

mais alto.

7 Menino envolvido em trabalho infantil relacionado com atividades perigosas, ou trabalhando com uma idade

de menos de 15 anos em fazendas comerciais ou administradores de grupos. São excluídas as atividades não perigosas ou trabalhadores jovens em fazendas de pequenos produtores.