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NORMA DOBIS

A MOBILIDADE URBANA NA CIDADE DE LONDRINA

POR MEIO DE UMA ABORDAGEM DO TRÂNSITO

LONDRINA2011

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NORMA DOBIS

A MOBILIDADE URBANA NA CIDADE DE LONDRINA

POR MEIO DE UMA ABORDAGEM DO TRÂNSITO

Produção Didático-Pedagógica apresentada aoPrograma de Desenvolvimento Educacional (PDE). NRE – Londrina.

Orientadora: Profª Drª Jeani Delgado Paschoal Moura

LONDRINA2011

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1. FICHA CATALOGRÁFICA

A Mobilidade Urbana na Cidade Londrina por meio de uma abordagem do trânsito

Autor Norma Dobis

Escola de Atuação Centro Estadual de Educação Profissional Maria do Rosário Castaldi

Município da escola Londrina

Núcleo Regional de Educação

Londrina

Orientador PROFª DRª JEANI DELGADO PASCHOAL MOURA

Instituição de Ensino Superior

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Disciplina/Área GEOGRAFIA

Produção Didático-pedagógica

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar Sociologia, Filosofia, Português, História, Matemática e Arte

Público Alvo Professores, alunos e comunidade

Localização Av. Arthur Tomaz, 1.181 Jardim Jamaica

Apresentação O rápido crescimento urbano e a necessidade de mobilidade das pessoas fazem com que o trânsito se constitua num grande problema, por isso, estudar o espaço geográfico pelo viés da mobilidade urbana ajuda os alunos a compreender melhor a ocupação e as transformações espaciais e suas consequências. O objetivo desta proposta é informar e formar cidadãos conscientes de seu dever como usuários do sistema de trânsito, seja enquanto pedestre ou motorista, além de despertar o senso crítico para a cobrança constante de melhorias do espaço urbano das autoridades competentes. Como metodologia serão realizadas entrevistas, debates, leituras de literatura específica, trabalho em grupo, work shop e pedágio educativo.

Palavras-chave Mobilidade Urbana. Trânsito. Cidadania

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2. APRESENTAÇÃO

TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE

A mobilidade urbana na cidade de Londrina por meio de uma abordagem do Trânsito.

JUSTIFICATIVA

O crescimento urbano em Londrina e, as decorrentes transformações

proporcionadas pelo homem, ocorreu de acordo com os interesses econômicos,

políticos, sociais e culturais. Com o rápido crescimento urbano e a necessidade de

mobilidade das pessoas, o trânsito passou a ser um grande problema. Conforme

dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), Londrina conta

com 506 mil habitantes; crescimento que não foi acompanhado de planejamento

urbano acarretando inúmeros problemas, como é o caso da rede de transportes que

não é suficientemente eficaz. Esta falta de planejamento urbano, aliado à ineficiência

dos transportes coletivos gerou o aumento do fluxo de automóveis, tornando o

trânsito congestionado. O aumento do fluxo de veículos, também teve como aliado a

facilidade de aquisição de automóveis, favorecido pela estabilidade da economia no

Brasil, no período de 2002 a 2010.

Outro fator relevante o é a falta de integração do transporte coletivo do

município de Londrina com os da região metropolitana. O congestionamento na

cidade torna-se pior no horário de “rush”, pois é o período que muitos fazem um

mesmo itinerário “seja no retorno as residências, as escolas, os colégios, as

faculdades, e as universidades”, aumentando assim o congestionamento em função

da grande quantidade de veículos, principalmente os individuais.

Com o uso maciço do transporte individual, falta estacionamento nas ruas.

Muitas vezes é necessário deixar o automóvel em um estacionamento particular,

sujeitando-se a pagar altos preços por esse serviço. Devido a esse transtorno que o

aumento de veículo vem causando à população que vive nas grandes cidades como

é o caso de Londrina, é necessário buscar uma conscientização do educando,

levando-o a compreender o seu papel de responsabilidade na preservação dos

espaços públicos, que são democráticos e devem ser respeitados e preservados

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para que todos possam usufruir de uma convivência social e ambiental saudável.

Dessa forma, um trânsito conturbado provoca estresse nos motoristas, gerando às

vezes discussões que nem sempre param nas agressões verbais. Além disso, o

excesso de veículos nas ruas produz poluição visual, sonora e atmosférica.

Daí a importância de se trabalhar a mobilidade urbana por meio de uma

abordagem do trânsito, com vistas a compreender melhor a ocupação e as

transformações espaciais e suas conseqüências. Pelo olhar da Geografia o espaço

urbano contemporâneo é produto, condição e meio das relações capitalistas de

produção, exultante dos impasses travados a partir dos diferentes interesses que

afloram em sua realização, como nos embates entre o público e o privado, o coletivo

e o individual e o natural e o social.

PÚBLICO ALVO

Este trabalho pedagógico será desenvolvido com os alunos do Ensino Médio

do Centro de Educação Profissional Maria do Rosário Castaldi, no município de

Londrina. Orientados com a colaboração dos professores de Geografia desse

estabelecimento.

Objetivos

Investigar a configuração de redes de transportes urbano do município de

Londrina-PR e detectar as causas do congestionamento do trânsito em

horário de rush;

Sondar os meios de transportes mais utilizados pela comunidade escolar e

discutir as causas que levam às pessoas a optarem pelo tipo de transporte

que utilizam diariamente;

Analisar atitudes positivas identificando-as no Código de Trânsito Brasileiro;

Identificar os comportamentos que proporcionem segurança do trânsito;

Registrar, constatar e propor mudanças de comportamentos dos pedestres,

dos ciclistas e dos motoristas que interferem na circulação e na mobilidade do

trânsito urbano;

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Trabalhar com os alunos do ensino médio a necessidade de valorizar as

virtudes como educação, paciência, tolerância, responsabilidade e humildade

no trânsito para que possa ter melhor fluência.

3. PROCEDIMENTOS/ ESTRATÉGIAS

O foco deste trabalho está no trânsito de Londrina: espaço urbano,

crescimento desordenado da cidade, mobilidade urbana e influências na Região

Metropolitana. Assim esta Unidade Didática será aplicada da seguinte maneira:

ATIVIDADE 1

1) Mostra de vídeos abordando a temática: “Crescimento urbano, meios

de transportes e as dificuldades de mobilidade nas cidades”.

2) Grupos de Trabalho (GT) - após os alunos assistirem os vídeos, se

reunirão em grupos de 4 a 5 alunos para trocar idéias sobre os temas

abordados apontando sugestões sobre posturas e condutas no trânsito

para uma melhor mobilidade.

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ATIVIDADE 2

- Distribuir cópias, aos alunos, do texto abaixo e a partir da leitura do mesmo

desencadear um debate sobre o crescimento urbano e as redes de transportes,

enfocando a necessidade de melhorias das condições do transporte coletivo.

O ESPAÇO URBANO DE LONDRINA E O TRÂNSITO

“O espaço urbano que pode ser analisado como um conjunto de pontos, linhas e áreas, e é compreendido como produto, condição e meio das relações capitalistas de produção de acordo com interesses quer seja econômicos, sociais, políticos que no conjunto afloram as cidades como um espaço em que é disputado todos os metros quadrados em sua integra. Vivemos em um país capitalista e o espaço urbano sofreu e sofre as influências de suas relações. Ao estudarmos a ocupação do espaço de Londrina, é possível verificar que a sociedade, em um dado momento, atribui certo valor ao espaço modificando de acordo com suas necessidades e interesses econômicos, sociais e políticos. Podemos perceber que houve um crescimento desordenado e que não teve um planejamento urbano adequado, uma vez que os ingleses que aqui chegaram com o objetivo de colonizar, explorar as terras do Norte do Paraná, mais precisamente Mister Arthur Thomas por volta de 1929, não imaginou que a cidade fosse crescer chegando a ter no máximo 20 mil habitantes, e hoje 506 mil habitantes e com esse crescimento intenso torna-se difícil a mobilidade urbana, uma vez que não houve um planejamento urbano. O crescimento urbano necessita de uma política de ordenação espacial e de planejamento propiciando, assim, que todas as áreas cresçam simultaneamente, conforme (MARANDOLA Jr, 2001, p. 16) no planejamento inicial a cidade de Londrina penada pela Companhia de Terras Norte do Paraná seria apenas um quadrante que logo foi superada expandindo para todos os quatros cantos, mas não foi de forma proporcional e com esse3 crescimento desordenado surge muitas vias em curvas sinuosas, tornando o trânsito difícil e complicado também com ruas estreitas , não existem ciclovias, as pessoas necessitam se locomover de um lugar ara outro seja a trabalho, estudo ou lazer. Com o processo de industrialização no sistema capitalista o uso do carro que antes era restrito a burguesia passou a ser um símbolo de produção e consumo da classe trabalhadora. O sistema capitalista para efetivar a sua reprodução utiliza propagandas e marcas de automóveis diferentes com certa concorrência acarretando o aumento do número de automóveis e de seu consumo, fato que torna o trânsito cada vez mais conflitivo, estressante, principalmente nos horários de rusch. A contração da avenida leste-oeste, antiga linha férrea deixou de existir no período da década de 1980 para melhorar o fluxo de automóveis. Mesmo assim, existem problemas na circulação e na fluidez do tráfego urbano, faltando uma maior mobilidade para a diminuição dos congestionamentos nos horários de rusch. Entendemos que a política do trânsito precisa ser mais eficiente, e os motoristas menos egoístas e mais cautelosos, respeitando assim as leis para viver em sociedade e em harmonia com os demais cidadãos. Se houver uma conscientização que todos precisam ser educados, gentis, cautelosos no trânsito, com este aumento excessivo de automóveis devido a facilidade de compra, segundo a Organização Mundial de Saúde, o banco mundial, BIRD e Escola de Saúde Pública Harvard afirmaram que no ano de 2020 os acidentes de carro serão a terceira maior causa de morte e ferimentos em todo o planeta, perdendo apenas para Isquemias do Coração e a Depressão. As principais causas de morte entre jovens europeus entre 15 e 24 anos são por ordem os acidentes de carros, suicídio e câncer, de acordo o Escritório Estatístico da União Européia (EUROSTAT)”.Referências:CASARIL, Carlos Casemiro. A expansão físico-territorial da cidade de Londrina Geografia - v. 18, n. 1, jan./jun. 2009 – Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Geociências Disponível em: < http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/ >Aacesso em: 20 fev. 2011.CORRÊA. Roberto Lobato. Construindo o conceito de cidade média. IN: SPOSITO, M. E. B. (Org.). Cidades médias: espaços em transição. São Paulo: LUDD, Ned. Apocalipse motorizado : a tirania do automóvel em um planeta poluído /, (org.) ; [tradução Leo Vinicius ; ilustrações de Andy Singer]. -- 2. ed. rev. -- São Paulo : Conrad Editora do Brasil, 2005. -- (Coleção Baderna). Disponível em:<http://www.ecolnews.com.br/apocalipse_motorizado_tirania_do_automovel.htm> Acesso em: 16 fev. 2011LUDD, Ned. Apocalipse motorizado : a tirania do automóvel em um planeta poluído /, (org.) ; [tradução Leo Vinicius ; ilustrações de Andy Singer]. -- 2. ed. rev. -- São Paulo : Conrad Editora do Brasil, 2005. --(Coleção Baderna). Disponível em:<http://www.ecolnews.com.br/apocalipse_motorizado_tirania_do_automovel.htm> Acesso em: 16 fev. 2011Expressão Popular, 2007. p. 23-33.

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ATIVIDADE 3

Caça palavras

Para descontrair e treinar a sua atenção encontre as palavras do texto

O Espaço Urbano de Londrina e o Trânsito

T C A E S P A C O U R B A N O

R I H G A R B F H R E T X U T

A C A R T H U R M T H O M A S

F L B A R I C E L O I D O B O

E I I T A A U T O M O V E I S

G S T U N I T O N A V A T S E

O T A R S M O T O R I S T A S

P A N O I V I L E C O V O T I

A S T E T O N O X A T E F U N

R E E M O T O C I C L I S T A

U R S I S E D F O E I F O S Z

S A R G Z X C I C L O V I A S

H E O C I C L I S T A S T O R

_ TRÂNSITO, ESPAÇO URBANO, ARTHUR THOMAS, HABITANTES,

RUSH, MOTORISTAS, CICLOVIAS, AUTOMÓVEIS, TRÁFEGO,

CICLISTAS, MOTOCICLISTA.

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ATIVIDADE 4

Peça teatral: Quem vai levar o carro?

Esta atividade visa conscientizar os alunos acerca de alguns problemas

relacionados ao trânsito.

1º Passo – dramatização da cena “Quem vai levar o carro?” feita pelos

próprios alunos.

2º Passo – discussão em grupo sobre a temática em pauta.

TEATRO: QUEM VAI LEVAR O CARRO?

Eu estava numa loja, no shopping, quando me chamou atenção o encontro de dois jovens. Eles falavam tão alto que não pude deixar de ouvir. Um deles cumprimentou o outro com a seguinte indagação: -Aí cara, como foi a festinha ontem?-Altas festas, cara, bebi todas. Não sei nem como cheguei em casa. O Fábio me contou que tiveram que me carregar.-Pô meu! Parece aquela da casa do Tiago. Lembra!-Se lembro! Muito legal. Não esquece a sena da Claudinha pulando no sofá quando percebeu que eu estava vomitando nela. Até hoje ela não fala comigo.-Pô cara, aquela festa tava bombando.-Naquela festa o que mais se via era carinha passando mal. Muito show!Aquela conversa estava me embrulhando o estomago. Como é possível alguém beber até passar mal e achar isso o máximo! Não consigo me imaginar numa situação parecida. Considero a sensação de tontura e enjôo horrível. Vomitar em público, então, é detestável!O odor que fica no ambiente - desculpe leitor, mas tenho que desabafar – é insuportável. Será mesmo que eles gostam desta situação? O pior é que eles bebem e depois dirigem.Num sábado à noite, quando voltávamos do clube Mazinho e eu avistamos quatro jovens que discutiam na nossa frente para ver quem dirigia. Um deles, alto e moreno, com a língua meio travada, dizia:-Deixa que eu levo, cara. Eu to legal.-Você não. Da outra vez tu dormiu no volante, cara. – Falou um “gordinho”, antes de vomitar na calçada._ O gordo tá vomitando, cara! – Comenta um baixinho de boné, às gargalhadas.Neste momento, todos começaram a rir. Ficaram um tempo rindo. Depois voltaram ao assunto._ Tá resolvido. Eu levo o carro. _ Falou um jovem de barba._ Claro que não. Tu foi o que mais bebeu. Misturou todas – falou o “ gordinho”._ Que é isso meu? Eu sei perfeitamente o que to fazendo.O quarto jovem, um, moço loiro de olhos claros, sugeriu._ Não vamos embora, não. Vamos entrar de novo. Tem uma mina lá me dando mole.Os quatro voltaram para o clube. Ficamos indignados com a atitude daqueles jovens. Qual oi sinônimo de diversão e de felicidade para eles! Qualo valor que eles estão dando para suas vidas?

REFERÊNCIA:SILVA, Irene Rios. Quem? Eu? Eu Não! E outras Crônicas de Trânsito. Bela Vista

São José SC: Ilha Mágica Editora, 2007

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ATIVIDADE 5

- Pesquisa de opinião: nesta atividade os alunos deverão realizar uma

pesquisa com os demais alunos da comunidade escolar, no horário do recreio,

sobre o uso do transporte coletivo no município de Londrina, a partir do

seguinte roteiro:

Roteiro para entrevista na sala de aula:

a) Nome

b) Qual meio de transporte você utiliza para se locomover de sua

residência à escola

c) Se você utiliza o meio de transporte coletivo, assinale a(s) alternativa(s)

que melhor o caracteriza.

( ) lotado

( ) todas as pessoas viajam sentadas.

( ) muitas pessoas viajam em pé.

d) Qual o estado de conservação do ônibus?

( ) excelente ( ) regular ( ) péssimo ( ) bom

e) Qual o tempo que você gasta no trajeto de sua casa até a escola?

f) O que você acha que deve ser feito para que o tempo do trajeto seja

diminuído?

g) Em sua opinião, os motoristas do transporte coletivo respeitam às leis

de trânsito?

- Cada aluno deverá entrevistar, pelo menos, 2 colegas de outras turmas e,

após a coleta de dados, em grupos de trabalho deverão apresentar os

resultados por meio de gráficos dispostos em painéis e o professor deverá

promover um debate sobre as informações desta pesquisa empírica.

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ATIVIDADE 6

Estudo Dirigido – apresentar aos alunos o texto: O Meio Ambiente e o

Trânsito que versa sobre a importância do Código de Trânsito Brasileiro para

a vida nos ambientes urbanos, para leitura individualizada e análise.

Com base na leitura do texto, responda as questões propostas:

1) Cite alguns problemas causados pelo trânsito ao meio ambiente.

2) O que é necessário ocorrer para que haja integração entre trânsito e

meio ambiente?

3) Que matérias-primas são utilizadas na fabricação do automóvel e que

danos causam ao meio ambiente?

4) Qual o principal poluente que o carro produz que afeta a camada de

ozônio, aumentando o buraco negro?

5) Comente acerca do uso da bicicleta no Brasil.

6) O que devemos fazer no trânsito para preservar o meio ambiente?

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O MEIO AMBIENTE E O TRÂNSITO“A lei que institui o Código de Trânsito Brasileiro foi sancionada em 23/09/1997 sob o número 9.503. Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao sistema nacional de trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio ambiente. É direito de todos viverem em um ambiente saudável e seguro, construir e conservar este ambiente para nele viver em harmonia com os outros homens, com o trânsito e também com o meio ambiente. Para que haja integração entre trânsito e meio ambiente é muito importante o desenvolvimento de termos ambientais como: “humanização de trânsito”, educação no trânsito, que levem à observação e ao registro dos elementos que compõem o meio ambiente, possibilitando diagnosticar os problemas causados pelo comportamento inadequado do homem, principalmente no ambiente urbano e a contar medidas práticas para a solução dos problemas diagnosticados. Podemos citar alguns problemas causados ao meio ambiente com relação ao trânsito: Poluição atmosférica, visual, sonora e de gases poluentes; erosão resultante do mal

planejamento de estradas; agressões contra o meio ambiente resultante de acidentes com o transporte de produtos tóxicos poluentes; incêndios, à beira das rodovias, provocados pelo cigarro que é jogado pela janela do veículo; poluição nos rios e nas matas provocados pelos detritos jogados pelos motoristas nas rodovias; enchentes em vias urbanas, provocados pelo acúmulo de lixo deixado por motoristas e pedestres em bueiros ou próximos a rios e lagos”.

O automóvel desde o seu processo inicial de aquisição das matérias-primas utilizadas para a fabricação, já apresenta malefícios à sociedade, pois o mesmo gera uma grande quantidade de poluentes e resíduos em toda a linha de montagem, tanto nos países ditos desenvolvidos como nos países em desenvolvimento. Segundo Ivan (apud LUDD, 2005, p.131) [...] um carro gera mais poluição antes mesmo de ser dirigido do que em sua vida inteira de uso. O processo de fabricação de automóveis envolve não somente matérias-primas como o aço, ferro, borracha, plásticos e alumínios, mas também, grande quantidade de substâncias que provocam o chamado buraco da camada de ozônio. Esse aumento significativo do buraco da camada de ozônio resulta o efeito estufa. O carro é responsável por 90% das emissões de monóxido de carbono. Libera também chumbo e benzeno, ambos os gases tóxicos. Entre outros óxidos de nitrogênio, o carro produz o dióxido de carbono, que é o principal causador do efeito estufa. A fumaça do carro está ligada a doenças respiratórias como a asma, principalmente em crianças. Com a chegada de Henri Ford no Brasil, em 1919, a indústria automobilística iniciou o seu desenvolvimento e mais tarde em 1925, a general Motors abre sua montadora no Brasil. No final da década de 1950, que as indústrias automobilísticas viriam em peso para o terceiro mundo em busca de mercados não saturados, propiciaram o crescimento e o incentivo das rodovias e a diminuição do uso dos trens.Vivemos num país capitalista em que os status é ter bens e um carro. Para isso a taxa de produção anual de novos carros é de 48 milhões, isto significa que, em algum alugar do mundo, um carro novo aparece a cada segundo. Em oito horas 40 mil novos carros terão sido fabricados, em um dia 100 mil. Portanto, há uma grande produção de carros. Muitas pessoas possuem mais de um automóvel. No entanto, ainda há grande parte da população mundial sem automóvel. Contudo, todos são afetados pelos resíduos produzidos e lançados na atmosfera. O capitalismo transforma tudo em mercadorias até mesmo o espaço urbano passa a ser valorizado como tal, e a noção de civilidade é perdida quando se está dentro de um automóvel não respeitando os pedestres, os ciclistas e não cumprindo com as leis impostas pelo Código de Trânsito Brasileiro. Os veículos automobilísticos se apoderam das vias públicas não respeitando os demais meios de locomoção, dificultando a mobilidade urbana. O uso das bicicletas em nosso país é visto como um corpo estranho, tão estranho que é a própria polícia que muitas vezes para o ciclista e o convida a desrespeitar o CTB e o bom senso, mandando-o pedalar na contramão ou sobre a calçada. Poucas são as cidades que obedecem a este Código, inclusive as cidades de médio e grande porte como é o caso de Londrina. A bicicleta é vista como um esporte, um lazer e mesmo um brinquedo, não se tem o mínimo de respeito com o ciclista, esquecendo-se assim que muitas pessoas se utilizam da bicicleta para o trabalho. Você sabia que para se degradar e deixar conseqüências ao meio ambiente deve-se ter alguns cuidados com o que é jogado nas vias de trânsito, pois o papel demora de duas a quatro semanas; a lata 100 anos; o alumínio de 200 a 500 anos; o plástico mais de 50 anos; o vidro por tempo indeterminado”.Resumo do livro Espaço Urbano de Roberto Lobato Correa – Editora Ática – Série Princípios 3ª edição, nº174, 1995 p.1-16DOBIS Norma: Projeto de Intervenção Pedagógica PDE 2010 – A mobilidade urbana na cidade de Londrina por meio de uma abordagem do trânsito.

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ATIVIDADE 7

- Técnica do Cochicho – deixar os alunos se organizarem em duplas e

distribuir o texto abaixo para que conversem sobre o conteúdo do

mesmo.

DIREITOS E DEVERES DO CIDADÃO

Segundo a Constituição Brasileira de 1998 no seu art. 5 – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Todo cidadão tem o direito de ir e vir, desde que respeite as leis estabelecidas dentro da sociedade em que vive. Em nosso país temos as leis Federais, Estaduais e Municipais as quais todos devem respeitar. No ambiente de trânsito a educação para o trânsito é um compromisso social e político de todos os cidadãos, focando a educação, a ética social, integrando o homem ao meio ambiente e a realidade social. Existem algumas estratégias de atuação na área da educação, tendo como objetivo contribuir com criações de atitudes, comportamentos e condutas a população, seja o condutor, pedestre ou passageiro. Para que haja uma integração entre conhecimentos produzidos e comportamento humano são necessárias que as ações educativas promova a consciência cidadã em crianças, jovens, adultos e idosos, para obterem comportamentos adequados favorecendo a construção de responsabilidades coletivas para melhorar o relacionamento humano no trânsito.Brasil (Leis, etc.) Constituição Federal, Código penal, Código de processo penal, Código penal militar, Código de processo penal militar: Legislação complementar (organização, editoria jurídica da Editora) Barueri, SP, 2004, ( p.09 )

ATIVIDADE 8

- Mesa redonda - promover uma palestra com um profissional/pesquisador

que aborde a problemática do automóvel na sociedade moderna.

Participantes: Palestrante (convidado)

Moderadores (professor PDE e estagiários)

Debatedores (alunos e professores)

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ATIVIDADE 9

- Pesquisa empírica: sob orientação do professor os alunos deverão,

individualmente ou em grupo, fotografar situações-problemas observados no

cotidiano do trânsito de Londrina, tomando o cuidado para preservar a

identidade dos transeuntes.

- A partir das imagens fotografadas, os alunos deverão apresentar, em

sala, os resultados alcançados.

ATIVIDADE 10

- Workshop: com as fotografias os alunos deverão montar painéis

reflexivos para fixar no colégio, buscando conscientizar a comunidade

escolar sobre a problemática do trânsito.

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RECURSOS

Humanos: Professores, estagiários e alunos.

Materiais: Vídeos, TV multimídia, Projetor de Multimídia, material impresso.

TÉCNICAS

Aulas expositivas dialogadas, Entrevistas, trabalhos em grupo e individual,

debates, mesa redonda e workshop.

6 CRONOGRAMA DE AÇÕES

AÇÕES CARGA HORÁRIA

TOTAL: 12H/A

PREVISÃO DE DATAS/TURMAS

2DM 3MCATIVIDADE 1 2h/a 16 e 18/08 18/08

ATIVIDADE 2 e 3 2h/a 23 e 25/08 25/08

ATIVIDADE 4 e 5 2h/a 30 e 01/09 01/09

ATIVIDADE 6 e 7 2h/a 13 e 15/09 15/09

ATIVIDADE 8 2h/a 20 e 22/09 22/09

ATIVIDADE 9 e 10 2h/a 27 e 29/09 29/09

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5 ORIENTAÇÕES AOS PROFESSORES

Professores, o objetivo deste trabalho é incentivar o estudo do meio ambiente

e do trânsito, que nos dias atuais, é tão conflitivo, conturbado e estressante, devido

ao grande número de veículos circulando nas vias urbanas. Principalmente, em

Londrina, que não se esperava um crescimento tão intenso com o elevado número

de habitantes transitando por vários pontos, o que torna complicado a vida no meio

urbano.

Orientar os nossos educandos sobre o comportamento adequado no trânsito,

tanto de motoristas, passageiros quanto pedestres. Saber respeitar as leis e ter

conhecimento do direito e do dever de todos quando usamos o mesmo espaço

público, exercendo assim a cidadania, a ética e as boas maneiras, que ora, parecem

um pouco esquecidas.

6 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua, participativa, levando em conta a motivação, o

envolvimento e o nível das produções elaboradas pelos alunos.

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7. REFERÊNCIAS

CTB - Código de Trânsito Brasileiro ( Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997)

BARROS, M. V. F.; ARCHELA, R. S.; BARROS, O.N.F.; THÉRY, H; MELLO, N; GRATÃO, L.H. Atlas Digital Urbano Ambiental de Londrina. Relatório do Projeto de Pesquisa n. 204/03, desenvolvido com apoio da Fundação Araucária. Dez.2004 Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/GEOGRAFIA/Artigos/atlas_urbano.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2011.

BATISTA, R. L; BENEVIDES M.G. T. A Construção do Espaço Social de Luta e Resistência nos Acampamentos de Andradina-Sp. Disponível em: <http://www.uff.br/vsinga/trabalhos/Resumos/Ricardo%20lopes%20Batista%20OK.pdf > Acesso em: 10 fev. 2011.

CASARIL, Carlos Casemiro. A expansão físico-territorial da cidade de Londrina Geografia - v. 18, n. 1, jan./jun. 2009 – Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Geociências Disponível em: < http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/ >Aacesso em: 20 fev. 2011.

CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. “Para entender a necessidade de práticas prazerosas no ensino de geografia na pós-modernidade”. IN: REGO, Nelson: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos; Nestor André. Geografia. Porto Alegre: Artmed, 2007. Disponível em:< http://www.ufpel.tche.br/fae/dialogoscompaulofreire/O%20ENSINO%20DA%20GEOGRAFIA%20NA%20SALA%20DE%20AULA1.pdf> Acesso em: 20 fev. 2011.

CORRÊA. Roberto Lobato. Construindo o conceito de cidade média. IN: SPOSITO, M. E. B. (Org.). Cidades médias: espaços em transição. São Paulo: Expressão Popular, 2007. p. 23-33.

FARIA. E. O. e M.G.C. BRAGA. Condições necessárias e objetivos da educação para o trânsito segundo o ponto de vista dos profissionais brasileiros da área. XIII Paranamerican Conference Transportation Engineering. Anais em CD-rom. Nova York, EUA. In: FARIA, Eloir de Oliveira. BRAGA, Marilita Gnecco de Camargo. Avaliar programas educativos para o trânsito não é medir a redução de acidentes ou de exposição ao risco de acidentes. p. 2. XIX Congresso de Pesquisa e Ensino em Pesquisa em Transportes 2005, Vol II. Novembro de 2005. Recife. PP 1000-1011 Disponível em: < http://www.transitocomvida.ufrj.br/download/avaliar%20programas%20educativos%20artigo%20eloir.pdf> Acesso em: 10 fev. 2011.

FRESCA, Tânia Maria. Mudanças recentes na expansão físico-territorial de Londrina. Geografia - Volume 11 - Número 2 - Jul/Dez. 2002. Disponível em: < http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/article/view/6728/6070 > Acesso em: 10 mar. 2011. IBGE.

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JOHNSTON, I.R. (1992) “ The safety education: panacea, prophylactic or placebo?” Word Journal of Surgery. Global Traffic Safety Trust, Melboune, Australia. V.16. n. 3, p. 374-378. In: FARIA, Eloir de Oliveira. BRAGA, Marilita Gnecco de Camargo. Avaliar programas educativos para o transito não é medir a redução de acidentes ou de exposição ao risco de acidentes. p.2. XIX Congresso de Pesquisa e Ensino em Pesquisa em Transportes 2005, Vol II. Novembro de 2005. Recife. PP 1000-1011 Disponível em: < http://www.transitocomvida.ufrj.br/download/avaliar%20programas%20educativos%20artigo%20eloir.pdf> Acesso em: 10 fev. 2011.

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