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Norma Técnica SABESP NTS 315 CONVERSOR DE FREQUÊNCIA DE MÉDIA TENSÃO - CLASSE DE TENSÃO ACIMA DE 1kV Especificação São Paulo Julho - 2016

Norma Técnica Interna SABESP · IEEE 519; Nível máximo de distorção harmônica de corrente na entrada deverá ser menor que 3% ou conforme os limites definidos na tabela 2 da

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Norma Técnica SABESP NTS 315

CONVERSOR DE FREQUÊNCIA DE MÉDIA TENSÃO - CLASSE DE TENSÃO ACIMA DE 1kV Especificação

São Paulo Julho - 2016

Norma Técnica SABESP NTS 315: 2016

S U M Á R I O

1. OBJETIVO .................................................................................................................... 1

2. NORMAS TÉCNICAS .................................................................................................... 1

3. ÊNFASE EM SEGURANÇA .......................................................................................... 1

4. CARACTERÍSTICAS ..................................................................................................... 2

4.1 Características Elétricas ........................................................................................... 2

4.2 Características Construtivas .................................................................................... 2

4.2.1 Grau de Proteção .................................................................................................... 3

4.2.2 Proteção contra Surtos e Descargas atmosféricas .............................................. 4

4.2.3 Barramento de Terra ............................................................................................... 4

4.2.4 Proteção de Segurança .......................................................................................... 4

4.3 Equipamentos ............................................................................................................ 4

4.3.1 Transformador de Comando .................................................................................. 4

4.4 Fiação, Terminais e Dispositivos .............................................................................. 4

4.4.1 Fiação para Comando e Controle .......................................................................... 4

4.4.2 Bornes Terminais para Comando e Controle ....................................................... 4

4.4.3 Conexão para Potência .......................................................................................... 5

4.4.4 Identificação dos Componentes ............................................................................ 5

5. TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE, PINTURA E ACABAMENTO .................................. 5

6. COORDENAÇÃO .......................................................................................................... 5

6.1 Coordenações em Geral ............................................................................................ 5

7. INSPEÇÃO E ENSAIOS ................................................................................................ 5

7.1 Ensaios de Rotina ...................................................................................................... 6

7.2 Acompanhamento da Fabricação e Inspeção .......................................................... 6

8. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA ....................................................................................... 7

8.1 Documentos para Análise Técnica e Aprovação .................................................... 7

8.1.1 Documentos para Aprovação ................................................................................ 7

8.1.2 Documentos Certificados ....................................................................................... 7

8.1.3 Documentos “Como construído” .......................................................................... 7

9. RESPONSABILIDADE DO PROPONENTE/FORNECEDOR ........................................ 8

9.1 Fornecimento de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) .......................... 8

10. TREINAMENTO .......................................................................................................... 8

11. DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM A ESPECIFICAÇÃO ..................................... 8

Anexo A - Características do Conversor de Frequência Média Tensão ...................... 9

Anexo B - Treinamento e Comissionamento ............................................................... 14

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CONVERSOR DE FREQUÊNCIA DE MÉDIA TENSÃO CLASSE DE TENSÃO ACIMA DE 1kV

1. OBJETIVO Esta norma estabelece os requisitos mínimos para fornecimento, fabricação e ensaios do Conversor de Frequência de Média Tensão, classe de tensão acima de 1kV, conforme descrição detalhada nos itens a seguir e prescrição da Norma Técnica SABESP NTS 255 - Norma Geral de Fornecimento de Equipamentos Elétricos.

2. NORMAS TÉCNICAS As normas citadas a seguir são indispensáveis à aplicação desta norma. Para referências datadas aplicam–se somente as edições citadas. Para as demais referências aplicam–se as edições mais recentes das referidas referências (incluindo emendas). NTS 255 Norma Geral de Fornecimento de Equipamentos Elétricos. NTS 266 Norma Geral para Quadros Elétricos. NBR IEC 62271-200 Conjunto de manobra e controle de alta-tensão em invólucro metálico para tensões acima de 1kV até e inclusive 52kV

NBR IEC 60529 Graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código IP).

NR-10 Norma Regulamentadora nº10 do Ministério do Trabalho.

IEEE-519 Práticas recomendada e os requisitos para controle de harmônicos em sistemas elétricos de potência. ANSI/ISA-71.04 Environmental Conditions for Process Measurement and Control Systems: Airborne Contaminants. IEC 60721-3- 3 Operation Environmental Conditions.

Para os itens não abrangidos pelas Normas brasileiras citadas e por esta especificação, devem ser adotadas as normas das entidades internacionais consagradas, na última edição e revisão:

ANSI - American National Standards Institute

CEE - International Commission on Rules for the Approval of Electricale Equipment

DIN - Deutsche Industrie Normen

IEC - International Electro technical Commission

IEEE - Institute of Electrical and Electronics Engineers

NEC - National Electrical Code

NFPA - National Fire Protection Association

NEMA - National Electrical Manufacturers Association

VDE - Verein Deutscher Elektrotechniker

3. ÊNFASE EM SEGURANÇA Embora as normas atuais sejam bastante abrangentes quanto a todos os aspectos de projeto, operação, manobras, ensaios e proteção, esta norma atenta para os principais aspectos ligados a segurança, exigido pelas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho NR-10 e outras NR’s associadas, que possuem conteúdos relacionados com eletricidade.

Esta especificação foi elaborada de forma que a construção dos quadros evite, ao máximo, dentro de condições aceitáveis, a formação, propagação e duração do arco elétrico. Sabe-se que o arco elétrico, principalmente aquele associado aos conjuntos de manobra, é a principal causa de ferimentos e mortes de pessoas envolvidas nos serviços de eletricidade. Portanto, nos itens seguintes são indicados aspectos construtivos importantes, reforçando a normalização no que tange aos aspectos de segurança.

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4. CARACTERÍSTICAS O equipamento é um conversor de frequência, no qual se produz a tensão e frequência de saída variável. O conversor deve ser apropriado para variação da rotação de motores elétricos e garantir uma corrente senoidal na saída.

4.1 Características Elétricas Esta especificação aplica-se para sistemas de média tensão acima de 1000 V e potências definidas em cada projeto:

Tensão do comando auxiliar deve ser de 220V;

Tolerância da tensão mínima de entrada deve ser de: -10%;

Tolerância da tensão máxima de entrada deve ser de: + 10%;

Tolerância da frequência mínima de entrada deve ser de: -5%;

Tolerância da frequência máxima de entrada deve ser de:+ 5%

No disjuntor de proteção da entrada de energia não é necessária a bobina de mínima tensão;

Não há necessidade que os fusíveis de proteção sejam ultra-rápidos.

Para demais características ver Anexo A desta especificação.

4.2 Características Construtivas A tecnologia utilizada nos conversores de frequência em média tensão nos sistemas da SABESP deve ser de Topologia Multinível com IGBT de baixa tensão e tecnologia PWM (Pulse Width Modulation), com as seguintes características:

Estágio retificador deve ser de no mínimo de 18 pulsos;

Semicondutor do circuito inversor deve ser com IGBT de baixa tensão;

Método de controle deve ser do tipo PWM Senoidal Multinivel;

Tipos de controle devem ser Vetoriais;

Variação de frequência deve ser de até 60 Hz;

Temperatura de operação sem perdas deve ser de até 40 °C;

Umidade relativa que deve suportar o equipamento deve ser de 85% sem condensação;

Altitude de operação sem perda deve ser de 0 a 1000 m;

Há necessidade de BY-PASS incorporado para célula danificada no conversor devido ao serviço da SABESP ser essencial, aumentando a disponibilidade do equipamento para operação;

Rendimento do sistema deve ser maior que 95% com transformador;

Perda de carga térmica do sistema deve ser no máximo 4%;

Valor do fator de potencia de entrada deve ser igual ou maior de 0,95, quando em funcionamento;

Nível de ruído do sistema deve ser menor de 75 dB;

Rampa máxima de aceleração e desaceleração deve ser de 900 seg;

Precisão estática de velocidade deve ser de 0,50 %;

Tempo de sobrecarga admissível para torque variável deve ser de 60 seg. a cada 10 minutos;

Nível máximo de distorção harmônica total de tensão no ponto de acoplamento comum (PCC) deverá ser menor que 5% (THD) e 3% individual, conforme a tabela 1 da norma IEEE 519;

Nível máximo de distorção harmônica de corrente na entrada deverá ser menor que 3% ou conforme os limites definidos na tabela 2 da norma IEEE 519;

Sistema não necessita de cabos blindados especiais e a máxima distancia dos cabos de saída do sistema para o motor deve ser de 1000 metros;

Não há necessidade de filtros na entrada e na saída do sistema;

Inversor deve ter um MTBF (Tempo Médio entre Falhas) de 10 anos e um MTTR (Tempo Médio para Reparo) no máximo de 2 horas;

Faixas de potencia e tensão dos inversores dependerão de cada projeto a ser implantado;

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Transformador incorporado ao inversor deve ter proteção contra sobrecarga térmica.

A configuração do retificador e inversor dependerá da tensão de operação do sistema de acionamento conforme tabela 1, para células com tensão de saída de 480V(rms) e tabela 2, para células com tesão de saída de 620V(rms) a 690V(rms).

Tabela 1: Configuração mínima do inversor com células de 480 V(rms) de tensão de saída.

Tensão nominal Motor

(kV)

Estagio retificador Estágio Inversor

Pulsos no estágio retificador

Cabos de Saída Secundário

Bobinamento Secundário

Células de potência

Níveis de Tensão por Fase.

IGBTs

2,3 18 27 9 9 7 36

3,3 24 36 12 12 9 48

4,16 30 45 15 15 11 60

6,6 36 54 18 18 13 72

Tabela 2: Configuração mínima do inversor com células de 630V(rms) a 690V(rms).

Tensão nominal Motor

(kV)

Estagio retificador Estagio Inversor

Pulsos no estagio retificador

Cabos de Saída Secundário

Bobinamento Secundário

Células de potência

Níveis de Tensão por Fase.

IGBTs

2,3 18 27 9 9 7 36

3,3 18 27 9 9 7 36

4,16 24 36 12 12 9 48

6,6 30 45 15 15 11 60

4.2.1 Grau de Proteção O quadro e seus componentes, conforme as características do local em que são instalados e de sua acessibilidade devem oferecer um determinado grau de proteção. A norma NBR IEC 60529 define os graus de proteção por meio das letras características IP, seguidas por dois dígitos. 1° Digito característico – indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos estranhos e contato acidental:

- 0 – não protegido

- 1 – protegido contra objetos sólidos maiores que Ø50 mm

- 2 – protegido contra objetos sólidos maiores que Ø12 mm

- 3 – protegido contra objetos sólidos maiores que Ø2,5 mm

- 4 – protegido contra objetos sólidos maiores que Ø1,0 mm

- 5 – protegido contra poeira

- 6 – totalmente protegido contra poeira

2° Digito característico – grau de proteção contra penetração de água no interior do quadro:

- 0 – não protegido

- 1 – protegido contra quedas verticais de gotas d’água

- 2 – protegido contra queda d’água para uma inclinação máxima de 15° com a vertical

- 3 – protegido contra água aspergida de um ângulo de 60° com a vertical

- 4 – protegido contra projeções d’água

- 5 – protegido contra jatos d’água

- 6 – protegido contra ondas do mar ou jatos potentes

- 7 – protegido contra imersão

- 8 – protegido contra submersão

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O grau de proteção de um conjunto fechado deve ser pelo menos IP2X, depois de instalado conforme as instruções do fabricante.

Para conjuntos de uso ao tempo, que não tem nenhuma proteção suplementar (cobertura ou algo semelhante), o segundo número característico deve ser pelo menos 3.

O grau de proteção deverá ser preenchido no Anexo A desta especificação.

Placas dos circuitos eletrônicos (PCB´s) devem ser encapsuladas com verniz anticorrosão, deverá seguir a norma ANSI/ISA-71.04 com nível mínimo de proteção G3 ou IEC 60721-3-3 com nível mínimo de proteção SC2.

4.2.2 Proteção contra Surtos e Descargas atmosféricas A proteção deve ser em cascata, em todos os níveis, conforme “Manual e Procedimentos – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas e Sobretensões” - SABESP.

4.2.3 Barramento de Terra Cada equipamento deve possuir uma barra de terra de fácil acesso fixado na parte inferior, identificado nas cores verde ou verde/amarelo, com furos rosqueados, dotada de parafusos e arruelas de pressão de aço cadmiado para conexão de cabos. A barra de terra deve ser de cobre eletrolítico com 99,99% de pureza, isenta de emendas, e possuir seção não inferior a 100 mm² com um furo em cada extremidade para interligação ao sistema de aterramento.

A barra de terra e seus suportes devem ser dimensionados para resistir aos esforços térmicos e mecânicos.

4.2.4 Proteção de Segurança Os dispositivos de partida devem apresentar, construtivamente, o maior grau possível de segurança para o pessoal encarregado da operação e da manutenção. Todas as partes vivas devem ficar completamente protegidas de modo a evitar o contato acidental.

4.3 Equipamentos

4.3.1 Transformador de Comando Os Transformadores de Corrente devem ter capacidade térmica e mecânica suficiente para suportar as correntes de curto-circuito especificadas. As relações dos transformadores de corrente devem ser as indicadas em projeto.

Para tensão de alimentação em média tensão, deverá ser prevista a instalação de Transformador de Comando com secundário em 220V.

4.4 Fiação, Terminais e Dispositivos Os cabos de alimentação, comando e sinais analógicos, devem possuir sistema de identificação através de luva em PVC transparente e etiqueta de policarbonato com inscrições feitas por meio de impressora especial a pena com tinta que interage quimicamente com o policarbonato da etiqueta conforme a NTS 266.

4.4.1 Fiação para Comando e Controle Para a fiação de Comando e Controle devem ser utilizados condutores de cobre eletrolítico, encordoamento classe 4 ou 5 de alta flexibilidade e manuseio, com isolação de composto termoplástico, não higroscópico, não propagador e auto-extinção de chamas e classe de tensão mínima 750V.

4.4.2 Bornes Terminais para Comando e Controle Os bornes terminais utilizados devem ser unipolares, classe de isolação 750V, com a parte condutora e elementos de apertos construídos em material não ferroso. Os bornes terminais devem ser fixados sobre perfilados DIN em liga de alumínio e reunidos em blocos providos de placas laterais de acabamento, molas de fixação, separadores isolantes, pontes para conexões entre dois ou mais bornes contínuos e pastilhas de plástico gravadas para identificação.

As réguas terminais devem ser instaladas em planos verticais ou horizontais, em locais de fácil acesso para instalação e inspeção, e possuir no mínimo 20% de reserva.

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Deverá ser conectado apenas um terminal em cada borne. Caso haja a necessidade de conectar 2 cabos em um borne, deverá ser utilizado um terminal duplo.

4.4.3 Conexão para Potência Para as conexões internas de potência devem ser utilizados barramentos cobre estanhado ou condutores de cobre eletrolítico, encordoamento classe 4 de alta flexibilidade e manuseio, com isolação e cobertura de composto termoplástico, não higroscópico, não propagador e auto-extinção de chamas e classe de tensão mínima 8 kV.

4.4.4 Identificação dos Componentes Todos os equipamentos dos quadros devem ser identificados interna e externamente por etiquetas, sendo as externas de acrílico na medida 18 x 60 mm com inscrição em branco e fundo preto fixadas por meio de parafuso e as internas através de plaquetas brancas com material de policarbonato e inscrições feitas por meio de impressora especial com tinta que interage quimicamente com o policarbonato da etiqueta. Deverá ser utilizada a nomenclatura do esquema elétrico para a identificação dos componentes e fixadas através de abraçadeira de nylon. Na porta do quadro deverá ser identificado o local de aplicação, potência do motor, tensão e frequência de operação, na medida 30 x 70 mm, em acrílico fundo preto, letra branca fixada através de parafusos. Além da plaqueta com as informações básicas o quadro deve ser identificado pelo fabricante por uma placa em material não corrosível, fixada na parte frontal externa e contendo, no mínimo, as seguintes informações:

Nome do fabricante;

N.º do pedido de compra;

Tensão nominal;

Frequência nominal;

Corrente nominal;

Capacidade de curto-circuito;

TAG;

Local e data de fabricação;

Número de série de fabricação;

Nível de isolamento sob impulso;

Massa (em Kg).

Identificação conforme diagramas;

Potência nominal;

Tipo de partida.

5. TRATAMENTO DA SUPERFÍCIE, PINTURA E ACABAMENTO Os processos para tratamento da superfície do equipamento, tipo de pintura e acabamento devem ser definidos pelo fabricante conforme o tipo de ambiente a ser instalado e NTS 266.

6. COORDENAÇÃO

6.1 Coordenações em Geral As características dos dispositivos de proteção aplicados (relés, disparadores térmicos ou eletromagnéticos, fusíveis e etc.) devem ser escolhidas de modo a assegurar a operação seletiva do sistema em qualquer condição de sobrecarga ou curto-circuito.

7. INSPEÇÃO E ENSAIOS A contratada deve enviar à SABESP 02 (duas) vias impressas e arquivo eletrônico dos relatórios de ensaios realizados nos quadros.

Os relatórios devem conter:

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a) Identificação completa do equipamento ensaiado, incluindo tipo, número de série, dados de placa de identificação;

b) Resumo de cada ensaio executado com resultados e, em caso de necessidade, a interpretação destes;

7.1 Ensaios de Rotina Os ensaios de rotina a serem executados em todos os módulos devem estar de acordo com a norma NBR IEC 62271-200:

- Inspeções visuais, incluindo layout interno e externo, e dimensões;

- Verificação de fiação e ensaios de operação elétrica e mecânica;

- Resistência de isolamento;

- Verificação das medidas de proteção e da continuidade elétrica dos circuitos;

- Tensão suportável à frequência industrial.

Todos os ensaios devem ser realizados na presença de inspetores da SABESP ou, credenciados por ela.

A data de realização dos ensaios deverá ser comunicada, pela contratada à SABESP com, no mínimo, 15 (quinze) dias de antecedência.

7.2 Acompanhamento da Fabricação e Inspeção Os equipamentos e materiais devem ser submetidos à inspeção durante a fabricação e ensaios, pelo inspetor da SABESP, o qual deverá ter livre acesso aos laboratórios, às dependências de fabricação do equipamento, local de embalagem, e etc., O fabricante deverá fornecer pessoal qualificado a prestar informações durante a fabricação e ensaios. As despesas relativas a material de laboratório e pessoal para execução dos ensaios, correrão por conta da contratada.

Se no equipamento e material forem constatadas falhas, durante os ensaios, não se eximirá à contratada da responsabilidade em fornecer o mesmo, na data da entrega acordada em contrato. Se a contratada não cumprir com a data de entrega, estará sujeita às penalidades aplicáveis no caso.

Em especial, são inspecionados os seguintes aspectos durante as fases de fabricação e ensaios:

- Espessura da chapa, pintura, acabamento e teste de aderência;

- Componentes de fixação do quadro na base e no plano vertical;

- Localização das réguas terminais e suportes para cabos em relação aos furos de saída dos módulos;

- Bitolas, polaridades e distâncias entre fase-fase e fase-terra dos barramentos e derivações;

- Apertos de parafusos das partes condutoras;

- Inscrição das etiquetas e placas de identificação interna e externa dos equipamentos;

- Numeração dos bornes terminais e da fiação;

- Sistema de aterramento;

- Pontos de conexão por barramento ou cabo provido de parafusos e acessório;

- Componentes e montagem de acordo com os documentos certificados;

- Sobressalentes e ferramentas especiais, se necessário;

- Acionamento manual e elétrico dos dispositivos de comando, e confirmação dos valores de saída;

- Intercambiabilidade de equipamentos do mesmo tipo;

- Cor, atuação e características nominais das lâmpadas de sinalização;

- Disposição inadequada dos componentes para manutenção e energização

- Fornecimento e acondicionamento de todos os componentes de interligação para montagem no campo após separação dos módulos para transporte.

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8. DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA

8.1 Documentos para Análise Técnica e Aprovação Conforme NTS 255;

Toda documentação fornecida pela contratada deverá estar em língua portuguesa.

8.1.1 Documentos para Aprovação A contratada deve fornecer 02 (dois) jogos de cópias impressas dos seguintes documentos:

a) Cronograma detalhado com todos eventos do fornecimento, inclusive inspeção de fabricação, ensaios e apresentação dos documentos definitivos;

b) Vistas frontais, laterais, cortes, arranjos físicos internos e externos do sistema, mostrando a disposição dos equipamentos devidamente identificados;

c) Especificação técnica detalhada de todos os equipamentos;

d) Desenhos dimensionais com indicação de massa dos componentes completamente montados e separados para transporte;

e) Diagramas unifilares e trifilares, detalhando as ligações de medição e proteção;

f) Diagramas funcionais;

g) Diagrama de fiação de conexão;

h) Detalhes típicos de fixação e conexão;

i) Desenho de fixação da base;

j) Desenhos das réguas de bornes com indicação das conexões;

k) Listas de etiquetas e desenhos das placas de identificação;

l) Relação de materiais contendo características técnicas dos componentes e identificação conforme diagramas;

m) Catálogo e manuais de instalação, operação e manutenção dos equipamentos e acessórios do Inversor em português;

n) Lista de desenhos e documentos.

o) Certificado do equipamento;

p) Verificações, ensaios ou extrapolações.

A SABESP devolverá 01 (um) jogo de cópia dos documentos, assinalando na capa uma das seguintes anotações:

- Aprovado;

- Aprovado com restrições;

- Reprovado.

8.1.2 Documentos Certificados A contratada, após receber os documentos aprovados, deve enviar:

- 02 (dois) jogos de cópias impressas dos desenhos e documentos certificados e 01 (um) arquivo eletrônico, assinalando em todas as folhas "Documento certificado";

- 02 (dois) jogos de manuais de instruções impressos e 01 (um) arquivo eletrônico para montagem, pré-operação, operação e manutenção;

- 02 (duas) vias de catálogos impressos e 01 (um) arquivo eletrônico de todos os componentes e acessórios devidamente identificados.

8.1.3 Documentos “Como construído” A contratada deve enviar:

01 (um) jogo de cópias impressas e 01 (um) arquivo eletrônico dos documentos, assinalando em todas as folhas “Como construído”;

02 (dois) jogos de cópias impressas de manuais de manuseio e armazenamento dos equipamentos;

2 (dois) jogos de manuais de instruções para montagem, pré-operação, operação e manutenção.

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9. RESPONSABILIDADE DO PROPONENTE/FORNECEDOR É da inteira responsabilidade do proponente/fornecedor suprir a SABESP com todas as informações solicitadas, bem como a entrega dos equipamentos em perfeitas condições de operação, quando este for liberado para fabricação, com todos os elementos e acessórios necessários, de acordo com o estabelecido nesta especificação;

Como a especificação estabelece condições técnicas gerais, os itens ou serviços não mencionados na mesma, porém necessários ao funcionamento perfeito do sistema, devem fazer parte integrante do fornecimento;

A omissão em esclarecer a ausência de qualquer serviço necessário ao funcionamento perfeito implica que os mesmos são fornecidos a SABESP sem qualquer ônus.

9.1 Fornecimento de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) É de responsabilidade do proponente/fornecedor a emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) sobre o serviço de montagem e fornecimento dos quadros especificados nessa NTS.

10. TREINAMENTO Caso necessário treinamento sobre equipamentos, preencher itens no anexo B. Se requisitado, a contratada deve fornecer treinamento qualificado sobre o funcionamento de seus equipamentos, atendendo a todas as necessidades de parametrização, operação, manutenção e programação. Deverá ser encaminhado o cronograma, conteúdo programático e ser ministrado em português, incluindo material didático.

11. DOCUMENTOS QUE ACOMPANHAM A ESPECIFICAÇÃO - NTS 255;

- NTS 266;

- Manual e Procedimentos – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas e Sobretensões – SABESP.

ANEXOS. Características a serem fornecidas pela SABESP e pela Proponente

Características a serem fornecidas pela SABESP e pela Proponente.

Os anexos devem ser preenchidos com os seguintes objetivos:

- Anexo A: Características do Conversor de Frequência Média Tensão;

- Anexo B: Treinamento e Comissionamento.

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Anexo A - Características do Conversor de Frequência Média Tensão

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A1 CARACTERÍSTICAS DO MOTOR

A1.1 Potência kW / CV

A1.2 Nº de fases trifásico

A1.3 Tensão nominal V

A1.4 Corrente nominal A

A1.5 Frequência nominal Hz 60

A1.6 Velocidade síncrona rpm

A1.7 Fator de serviço 1,15

A1.8 Classe do motor IEC Frame

A2 CARACTERÍSTICAS DO “CONVERSOR DE FREQUÊNCIA”

A2.1 Dados do Equipamento

a) Fabricante

b) Modelo

c) Corrente nominal A

d) Potência kW

A2.2 Alimentação

a) Tensão nominal V

b) Tolerância de variação de tensão % ± 10

c) Desiquilíbrio de fase % ± 3

d) Frequência nominal Hz 60

e) Fator de potência ≥ 0,96

f) Distorção de harmônica total % conf. IEC

g) Número de interrupção na entrada 1 / min.

h) Corrente de curto-circuito mínima kA 15

i) Compatibilidade eletromagnética conf. IEC

A2.3 Conversor

a) Dispositivo de chaveamento do Semicondutor de Potencia

b) Capacidade de Tensão Inversa de Pico V

c) Corrente Controlável On-state A

d) Número Total de Dispositivos de Chaveamento do Conversor

e) Número Total de Diodos Anti-paralelos do Dispositivo de Chaves do Conversor

f) Número Total de Diodos do Ponto Neutro do Conversor

g) Frequência de Chaveamento Hz

h) Modo de Falha do Dispositivo de Chaveamento do Conversor

i) Refrigeração do Dispositivo de Chaveamento do Conversor

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Anexo A - Características do Conversor de Frequência Média Tensão (continuação)

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A2.4 Retificador

a) Número de Pulsos

b) Dispositivo de chaveamento do Semicondutor de Potencia

c) Capacidade de Tensão Inversa de Pico V/A

d) Numero total de Dispositivo de Chaveamento do Retificador

e) Número Total de Fusível de Alimentação do Retificador

f) Tensão Nominal do Fusível de Alimentação do Retificador V/A

A2.5 Confiabilidade

a) Taxa de FIT do Dispositivo de Chaveamento do Conversor

Falhas/bilhões de horas

b) Taxa de FIT do Dispositivo de Chaveamento do Retificador

Falhas/bilhões de horas

c) Disponibilidade %

d) Tempo de Substituição do Dispositivo de Chaveamento

minutos

e) Queda de Energia Ride-Thru Ciclos

f) Tipo de Proteção de Pico de Entrada

A2.6 Grau de proteção

a) Gabinete metálico IP

A2.7 Controle

a) Tipo de controle Vetorial

b) Método de controle microprocessado Bits

c) Frequência de chaveamento kHz 4 - 10

d) Variação de frequência Hz 0 - 80

e) Resolução de frequência na saída Hz 0,1(digit.)

f) Classe de exatidão a 25ºC 10ºC % 0,2(anal.)

0,01(dig.)

g) Capacidade de sobrecarga (1min a cada 10min) % 150 (T=cte)

120 (T=var)

h) Frequência mínima de chaveamento kHz 8 (P50kW)

5 (P>50kW)

i) Tempo mínimo de aceleração com seleção de rampa linear ou em “S”, com incremento de 0,1s

s 600

j) Tempo mínimo de desaceleração com seleção de rampa linear ou em “S”, com incremento de 0,1s

s 600

k) Eficiência (), na corrente nominal % > 95

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Anexo A - Características do Conversor de Frequência Média Tensão (continuação)

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A2.8 Entradas analógicas isoladas galvanicamente

a) Quantidade mínima un 2

b) Sinal de corrente mA 0/4 – 20

c) Sinal de tensão Vcc 0 – 10

d) Impedância 250

e) Resolução mínima Bits 10

f) Inversão analógica mA 20 – 0/4

A2.9 Saídas analógicas isoladas galvanicamente

a) Quantidade mínima programável un 2

b) Sinal de corrente mA 0/4 – 20

c) Sinal de tensão Vcc 0 – 10

d) Impedância 250

e) Resolução mínima Bits 8

A2.10 Entradas digitais

a) Quantidade mínima un 6

b) Sinal de tensão Vcc 24

c) Corrente nominal da fonte de tensão mA 200

d) Nível lógico “0” Vcc < 5

e) Nível lógico “1” Vcc > 10

A2.11 Saídas digitais

a) Quantidade mínima a relê com contato reversível, 250Vac / 1A

un 2

A2.12 Proteções (sim ou não)

a) Sobrecorrente na saída

b) Curto-circuito na saída

c) Falta à terra na saída

d) Desequilíbrio de corrente na saída

e) Subtensão e sobretensão Vcc

f) Subtensão e sobretensão na entrada

g) Falta de fase na entrada

h) Sobrecarga no motor

i) Sobreaquecimento no conversor

A2.13 Torques

a) Arranque durante 1 minuto % 110

b) Máximo durante 0,5 segundo % 160

c) Aceleração % 100

d) Sobrecarga % 110

A2.14 Condições ambientais

a) Temperatura de operação ºC 0 – 50

b) Umidade relativa sem condensação % 90

c) Altitude m <1000

d) Vibração mm Norma IEC

Norma Técnica SABESP NTS 315: 2016

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Anexo A - Características do Conversor de Frequência Média Tensão (continuação)

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A2.15 Fonte auxiliar do conversor

a) Tensão Vcc 24 10%

b) Corrente máxima mA 100

c) Proteção Curto-circ.

A2.16 Interface homem-máquina

a) Mostrador de cristal líquido com luz de fundo, 16 caracteres por linha no mínimo

Linhas 2

b) Extraível, com cabo e suporte para instalação na porta do módulo

c) Botão liga / desliga

d) Botão de incremento / decremento digital

e) Botão de reversão do sentido de rotação

f) Botões que possibilitem programação total

g) Borne de operação local / remota

h) Idioma Português

A2.17 Programação

a) Senha de habilitação para programação

b) Auto-diagnóstico de defeito

c) Armazenamento das últimas falhas 4

d) Rearme manual / automático

e) Rearme automático de falhas permissíveis

f) Número e tempo entre rearmes automáticos

g) Tempo de aceleração e desaceleração (mínimo de 2 rampas)

h) Velocidade múltipla pré-definida (mínimo de 8)

i) Corrente do motor

j) Tensão do motor

k) Potência do motor

l) Torque do motor

m) Velocidade do motor

n) Tensão da rede

o) Frequência da rede

p) Inibição de frequências críticas

q) Partida de motor em movimento (frente e reverso)

r) Impulso de tensão na partida

s) Inversão de sinal analógico

t) Impulso momentâneo de velocidade

u) Otimização do consumo de energia elétrica

v) Leitura real de todas as grandezas elétricas

x) Controle através da função PID

z) Tempo de filtro passa baixa do PID

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Anexo A - Características do Conversor de Frequência Média Tensão (continuação)

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP PROPONENTE

A2.18 Comunicação

a) RS-485 para comunicação em rede com protocolo aberto

b) RS-232 ou USB para programação via “software”

A2.19 Disjuntor Termomagnético

a) Tensão Nominal V

b) Corrente Nominal A

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Anexo B - Treinamento e Comissionamento

Itens a serem preenchidos pela SABESP caso necessário treinamento.

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP

B1 Quantidade de participantes -

B.2 Carga Horária h

B.3 Realizado In Company (sim / não)

B.4 Equipamentos a serem treinados:

B.4.1 - Inversor (sim / não)

B.4.2 - CLP (sim / não)

B.4.3 - IHM (sim / não)

B.4.4 - Multimedidor (sim / não)

B.4.5 - Modem (sim / não)

B.4.6 - Outros _____________________ (sim / não)

Itens a serem preenchidos pela SABESP caso necessário comissionamento.

ITEM DESCRIÇÃO UNIDADE SABESP

B.5 Comissionamento em campo (sim / não)

O comissionamento deverá ser realizado em Start-up e operação assistida e executado com participação conjunta dos técnicos do fabricante e da SABESP.

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CONVERSOR DE FREQUÊNCIA DE MÉDIA TENSÃO CLASSE DE TENSÃO ACIMA DE 1KV

Considerações finais: 1) Esta norma técnica, como qualquer outra, é um documento dinâmico, podendo ser alterada ou ampliada sempre que for necessário. Sugestões e comentários devem ser enviados ao Departamento de Acervo e Normalização Técnica - TXA, por meio do e-mail: [email protected].

2) Essa norma foi elaborada pela Subcomissão de Quadros Elétricos da Sabesp e tomaram parte dos trabalhos da atual edição:

DIRETORIA UNIDADE DE TRABALHO

NOME

M

MMOE Andre Raul Costa Santos

MTP Antonio Carlos Batista

MME11 Fernando da Fonseca

MMOE Marcelo Ribeiro Palavicini

MAMS Vanderlei F. Castilho

C CSQ Carlos Alberto Guia Pereira

T

TOG Celso Haguiuda

TGT Claudio Codevila Goffi

TOE Geraldo Takashi Kodaira

TOE Marcelo de Souza

TGT Reinaldo Shoiti Yamashita

Norma Técnica SABESP NTS 315: 2016

Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente - T

Superintendência de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação - TX

Rua Costa Carvalho, 300 - CEP 05429-900

São Paulo - SP - Brasil

Palavras Chave: Conversor de frequência, Média tensão, Quadros Elétricos

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