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Nota Técnica n o 63/2014–SEM/ANEEL Em 20 de junho de 2014. Processo: 48500.003901/2012-91 Assunto: Aprimoramento das Garantias Financeiras associadas à liquidação financeira do mercado de curto prazo – 2ª Fase. I. DO OBJETIVO 1. Esta Nota Técnica tem por objetivo apresentar a análise das contribuições recebidas na segunda fase da Audiência Pública 067/2013, realizada para obter subsídios para o aprimoramento do regulamento das Garantias Financeiras associadas à liquidação financeira do Mercado de Curto Prazo (MCP) no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. II. DOS FATOS 2. Por intermédio da Nota Técnica 087/2012–SEM/ANEEL, de 11/09/2012, a SEM apresentou proposta de aprimoramento da metodologia de constituição de garantias para liquidação financeira do MCP no âmbito da CCEE, tendo por base a proposta conceitual enviada pela CCEE por intermédio da carta CT- CCEE-1922/2012. 3. Com essa finalidade, a ANEEL abriu a Audiência Pública 072/2012, com período para envio de contribuições de 17/9/2012 a 19/10/2012, com realização da Reunião Presencial no dia 8/10/2012. 4. Posteriormente, com base nos resultados dessa Fase Conceitual, a ANEEL decidiu aprofundar a análise do tema, e deliberou pela instauração da 1ª Fase de alteração da metodologia de constituição de garantias para liquidação financeira do MCP, mediante abertura de nova audiência pública, a AP 102/2012, com período para envio de contribuições de 28/11/2012 a 7/12/2012, por intercâmbio documental, com o fim de obter subsídios para a elaboração de ato normativo. 5. Por intermédio da Nota Técnica 131/2012-SEM/ANEEL, de 20/12/2012, a SEM apresentou a análise das contribuições recebidas no âmbito da Audiência Pública 102/2012. A conclusão desta 1ª Fase de alteração da metodologia de constituição de garantias financeiras resultou na publicação da Resolução Normativa (REN) 531, de 21/12/2012. * A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

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Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL

Em 20 de junho de 2014.

Processo: 48500.003901/2012-91 Assunto: Aprimoramento das Garantias

Financeiras associadas à liquidação financeira do mercado de curto prazo – 2ª Fase.

I. DO OBJETIVO

1. Esta Nota Técnica tem por objetivo apresentar a análise das contribuições recebidas na segunda fase da Audiência Pública 067/2013, realizada para obter subsídios para o aprimoramento do regulamento das Garantias Financeiras associadas à liquidação financeira do Mercado de Curto Prazo (MCP) no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE.

II. DOS FATOS

2. Por intermédio da Nota Técnica 087/2012–SEM/ANEEL, de 11/09/2012, a SEM apresentou proposta de aprimoramento da metodologia de constituição de garantias para liquidação financeira do MCP no âmbito da CCEE, tendo por base a proposta conceitual enviada pela CCEE por intermédio da carta CT-CCEE-1922/2012.

3. Com essa finalidade, a ANEEL abriu a Audiência Pública 072/2012, com período para envio de contribuições de 17/9/2012 a 19/10/2012, com realização da Reunião Presencial no dia 8/10/2012.

4. Posteriormente, com base nos resultados dessa Fase Conceitual, a ANEEL decidiu aprofundar a análise do tema, e deliberou pela instauração da 1ª Fase de alteração da metodologia de constituição de garantias para liquidação financeira do MCP, mediante abertura de nova audiência pública, a AP 102/2012, com período para envio de contribuições de 28/11/2012 a 7/12/2012, por intercâmbio documental, com o fim de obter subsídios para a elaboração de ato normativo.

5. Por intermédio da Nota Técnica 131/2012-SEM/ANEEL, de 20/12/2012, a SEM apresentou a análise das contribuições recebidas no âmbito da Audiência Pública 102/2012. A conclusão desta 1ª Fase de alteração da metodologia de constituição de garantias financeiras resultou na publicação da Resolução Normativa (REN) 531, de 21/12/2012.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual, a CCEE, por meio da correspondência CT-CCEE-1515, de 18/06/2013, encaminhou proposta para implementação da 2ª Fase de alteração da metodologia de constituição de garantias para liquidação financeira do MCP.

7. A SEM analisou a proposta encaminhada pela CCEE e propôs, por meio da Nota Técnica 086/2013-SEM/ANEEL, de 21/06/2013, abertura de Audiência Pública, que se deu por meio da AP 067/2013, na modalidade Intercâmbio Documental, no período de 27/06/2013 a 07/07/2013, com vistas a se obter subsídios para o aprimoramento do regulamento das garantias financeiras associadas à liquidação financeira do MCP.

8. A SEM apresentou a análise das contribuições recebidas no âmbito da AP 067/2013 por meio da Nota Técnica 099/2013-SEM/ANEEL de 12/7/2013.

9. O Diretor-Relator, em seu Voto, determinou: (i) aprovação da minuta de resolução normativa anexa, a qual estabelece critérios e

condições para o credenciamento de instituições financeiras no âmbito da CCEE e altera dispositivos da Resolução Normativa n. 531/2012; e

(ii) reabertura da Audiência Pública n. 67/2013, mediante intercâmbio documental, com período de contribuições com início em 25 de julho e término 40 dias após a divulgação da lista de instituições financeiras credenciadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE – para atuar no processo de garantias financeiras do mercado de curto prazo, e com realização de sessão presencial em data estimada de 20 dias após a divulgação da referida lista de instituições financeiras credenciadas.

10. Em 23/7/2013, a ANEEL publicou a REN 571, que estabelece critérios e condições para o credenciamento de instituições financeiras no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE e altera a Resolução Normativa nº 531, de 2012.

11. No parágrafo 3º do art. 2º, a referida norma dispôs que a CCEE deverá dar publicidade à lista de instituições financeiras inicialmente credenciadas em até 30 dias, contados da data de publicação desta Resolução, bem como dos critérios utilizados para o credenciamento.

12. A CCEE, em 4/9/2013, encaminhou a carta CT-CCEE-2394/2013 em que solicitou a postergação, por mais 30 dias, do prazo para divulgação da lista de instituições financeiras de que trata o § 3º do art. 2º da REN 571/2013.

13. A ANEEL, por meio do Despacho 3.170, de 17 de setembro 2013, prorrogou por 30 dias contados de sua publicação, em 24/09/2013, o prazo para que a CCEE promova a divulgação da lista de instituições financeiras credenciadas para participação no processo de garantias financeiras relativas às operações de compra e venda de energia elétrica no âmbito do mercado de curto prazo.

14. Entretanto, a CCEE, por intermédio da carta CT-CCEEE-2807/2013, de 23/10/2013, requereu postergação (i) da implantação da Fase II das Garantias Financeiras do mês de janeiro para julho de 2014; e (ii) do prazo para assinatura do acordo operacional com as instituições financeiras e a respectiva divulgação aos agentes por mais 30 dias.

15. O Despacho ANEEL 4.041, de 26 de novembro de 2013, prorrogou até 31 de dezembro de 2013 o prazo para a CCEE promover a divulgação da lista de instituições financeiras credenciadas para participação no processo de garantias financeiras. * A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 3: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 3 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

16. Por meio da carta CT-CCEE 3454/2013, de 20 de dezembro de 2013, a CCEE informou ter firmado, em 17 de dezembro, acordos operacionais com os bancos BRADESCO, BTG PACTUAL, DEUSTSCHE BANK, ITAÚ-UNIBANCO, SAFRA e SANTANDER, bem assim divulgado aos agentes.

17. Em 12/02/2014, realizou-se Reunião Presencial para discussão dos temas com os agentes.

III. DA ANÁLISE

18. O resultado da segunda fase da AP 067/2013 está consubstanciado nesta Nota Técnica, que traduz não somente o entendimento da SEM quanto à regulamentação em exame, como também traz a análise referente às contribuições dos agentes.

19. Foram recebidas 75 contribuições de 20 instituições: Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica – ABIAPE, Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia Elétrica e de Consumidores Livres – ABRACE, Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica – ABRACEEL, Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica – ABRADEE, Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica – ABRAGE, AES Eletrosul, AES Sul, AES Uruguaiana, Associação Nacional dos Consumidores de Energia – ANACE, Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica – APINE, Banco BRADESCO S.A., BRENTEHC, Banco BTG PACTUAL S.A., Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, DEUTSCHE BANK S.A., ITAÚ-UNIBANCO S.A., Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS, Banco SAFRA S.A., Banco SANTANDER (Brasil) S.A. e VALE.

20. A síntese da análise das contribuições é mostrada na Tabela 1, ao passo que o sumário de contribuições (ANEXO I da Nota Técnica), assim como algumas questões conceituais de grande relevância nelas abordadas, estão apresentadas nas subseções seguintes.

Tabela 1: Síntese da análise de contribuições da segunda fase da Audiência Pública AP 067/2013

# Instituição Aceita Parcialmente Aceita

Não Aceita

Não Considerada

Já Prevista

Total de Contribuições

1 ABIAPE 1 2 1 1 5 2 ABRACE 2 2 2 6 3 ABRACEEL 2 3 1 6 4 ABRADEE 1 4 5 5 ABRAGE 1 3 4 6 AES ELETROPAULO 2 2 7 AES SUL 2 2 8 AES URUGUAIANA 1 1 9 ANACE 1 1 10 APINE 1 4 1 6 11 BRADESCO 1 1 12 BRENTECH 1 1 13 BTG PACTUAL 1 1 2 14 CCEE 23 23 15 DEUTSCHE BANK 1 1 16 ITAU-UNIBANCO 1 1 17 PETROBRAS 1 3 4 18 BANCO SAFRA 1 1

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 4 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

19 BANCO SANTANDER 1 1 20 VALE 1 1 2 TOTAL 8 10 48 9 0 75

III.1 Da identificação do problema

21. A inadimplência no processo de Liquidação Financeira do Mercado de Curto Prazo – MCP no âmbito da CCEE se caracteriza pelo descumprimento do pagamento de compromisso financeiro na data estabelecida. Tal resultado decorre do processo de Contabilização das operações de compra e venda de energia elétrica, na qual são considerados o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD, dados de consumo e geração de energia elétrica, montante de energia contratados e registrados, encargos e etc. A Liquidação Financeira ocorre de forma multilateral, com periodicidade mensal.

22. Inicialmente, cabe avaliar alguns aspectos referentes à composição dos valores monetários considerados no processo de Liquidação Financeira que dificultam a apresentação e descrição do problema de inadimplência ora em análise. Essas dificuldades na identificação do problema podem, inclusive, levar ao direcionamento equivocado para a sua solução.

III.1.1 Dos valores monetários associados a uma Liquidação Financeira

23. Nos termos da Convenção de Comercialização, os agentes da CCEE devem cumprir, dentre outras, as seguintes obrigações: (i) respeitar e cumprir adequadamente as disposições da Convenção e das Regras e Procedimentos de Comercialização; (ii) efetuar o aporte de Garantias Financeiras para a realização de operações de compra e venda de energia elétrica, (iii) suportar as repercussões financeiras decorrentes de eventual inadimplência, não cobertas pelas Garantias Financeiras aportadas, na proporção de seus créditos líquidos resultantes da Contabilização; e (iv) suportar as eventuais repercussões financeiras decorrentes do desligamento sem sucessão de agente inadimplente no âmbito da CCEE, na proporção de seus votos, calculados mensalmente, na forma das Regras e Procedimentos de Comercialização.

24. Nos termos do art. 12 da Resolução 552/2002, será configurado em mora o agente que deixar de liquidar seus débitos na data do respectivo vencimento, nos termos da Convenção de Comercialização. No respectivo artigo estão previstos a forma de cobrança dos valores inadimplidos, a incidência de cobrança dos encargos moratórios e a atualização monetária destes valores.

Art. 12. Será configurado em mora o Agente de Mercado que deixar de liquidar seus débitos na data do respectivo vencimento, conforme cronograma de liquidação aprovado pelo Conselho de Administração do MAE, nos termos da Convenção do Mercado.

§ 1º Caracterizada a mora, sem prejuízo da aplicação do disposto no art. 13 desta Resolução, incidirá sobre o valor do débito remanescente os seguintes encargos moratórios:

I - multa de 2% (dois por cento); e (Redação dada pela REN ANEEL 428 de 15.03.2011.)

II - juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, calculados pro rata die.

§ 2º O valor total apurado nos termos do inciso II do § 1º e do § 4º terá o mesmo destino do principal e será lançado de imediato pelo MAE, conforme Cronograma de Liquidação, como ajuste por não liquidação (crédito ou débito) na primeira contabilização em processamento. (Redação dada pela REN ANEEL 428 de 15.03.2011.) (grifo nosso)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 5: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 5 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

§ 2º-A Os valores monetários decorrentes da aplicação da multa estabelecida no inciso I do § 1º deverão ser cobrados de forma apartada e destinados ao abatimento de Encargos de Serviços do Sistema - ESS. (Incluído pela REN ANEEL 428 de 15.03.2011.)

§ 2º-B É devida a atualização monetária dos valores associados à multa estabelecida no inciso I do § 1º, devendo ser utilizado, caso necessário, o índice de correção estabelecido no § 4º. (Incluído pela REN ANEEL 428 de 15.03.2011.)

§ 2º-C É vedada a incidência da multa sobre os valores lançados como ajuste por não liquidação de períodos anteriores. (Incluído pela REN ANEEL 428 de 15.03.2011.)

§ 2º-D Os juros de mora deverão incidir sobre o valor total contabilizado, excetuando-se a parcela referente aos encargos moratórios de períodos anteriores. (Incluído pela REN ANEEL 428 de 15.03.2011.)

§ 3º No caso de pagamento parcial, o valor correspondente será utilizado prioritariamente para abater ou liquidar débitos constituídos anteriormente, respeitada a ordem cronológica de constituição dos mesmos.

§ 4º Sem prejuízo do disposto nos incisos I e II do § 1º, os valores que não forem liquidados na data prevista pelo MAE deverão ser atualizados monetariamente com base no IGP-M, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, a partir da data de vencimento até o dia da efetiva liquidação do documento de cobrança, calculado “pro rata die” (Incluído pela RES ANEEL 610 de 06.11.2002.)

25. Portanto, pelo procedimento de cobrança de valores inadimplidos, estabelecido no art. 12 da RES.552, pode-se afirmar que o valor a ser liquidado em um determinado mês pode representar, além do valor principal da contabilização do mês de referência em processamento, os débitos pretéritos inadimplidos e ainda juros de mora sobre estes débitos relançados na liquidação financeira subsequente.

26. Também podem existir outras duas componentes a serem lançadas nos valores a liquidar em um determinado mês, quais sejam, a extinção de medida judicial (nos termos do art. 10 da RES 552/2002) e os ajustes provenientes de processos de recontabilização.

27. No caso específico de que trata o art. 10 da RES 552/2002, eventual medida liminar possui o condão de suspender a exigibilidade de débito apurado, o qual deve ser lançado em registro escritural especial até a extinção da medida judicial ou decisão judicial transitada em julgado. A depender do tipo de contrato a que tal medida judicial se aplica, os valores apurados cuja exigibilidade esteja suspensa podem afetar os credores da Liquidação Financeira ou, no caso de débitos relacionados a CCEARs, as distribuidoras.

28. Como se pode observar, a adequada identificação de valores mensais de inadimplência não é tarefa trivial, uma vez que é resultado de diversas componentes, que podem ser acumuladas ou mesmo expurgadas ao longo do tempo, este último no caso de medidas judiciais ou do desligamento de agentes.

29. Cabe destacar que no caso específico de agentes desligados, nos termos dos arts. 17 e 18 da REN 545/2013, seus débitos são apartados das Liquidações Financeiras subsequentes. Contudo, apesar de tais valores não constarem mais da liquidação financeira de um determinado mês, não se pode afirmar que houve redução dos valores inadimplidos, uma vez que a inadimplência de fato ocorreu.

30. Assim, em síntese, o valor a liquidar em uma determinada Liquidação Financeira para cada agente da CCEE pode ser composta, dentre outros, pelo: (i) valor principal; (ii) débitos pretéritos inadimplidos; * A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 6 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

(iii) juros de mora; (iv) medida administrativa/judicial; (v) rateio de inadimplência de agente desligado; e (vi) processo de recontabilização.

31. Tais fundamentações foram inicialmente colocadas para se demonstrar como são constituídos os valores monetários no processo mensal da Liquidação Financeira do MCP. A avaliação do problema de inadimplência recai sobre a correta identificação dos níveis mensais verificados no âmbito da CCEE, uma vez que o índice atualmente publicado representa um soma de fatores que não permite a correta identificação do problema em análise, como será apresentado mais a frente nesta Nota Técnica.

III.1.2 Do índice e dos valores de inadimplência publicados pela CCEE

32. Anualmente, a Câmara publica o “Relatório CCEE de Informações ao Público” em que é apresentada uma visão global sobre as operações realizadas no âmbito da CCEE, com as informações relevantes do mercado brasileiro de energia elétrica.

33. Com base na Análise Anual 2013 do referido Relatório, a CCEE informa que “saldo final da inadimplência em 2013 foi de R$ 92,47 milhões, representando percentual acumulado de 0,6% no ano”, conforme apresentado em seu gráfico 39, presente na página 42.

Figura 1: Liquidação financeira 2013 publicada no Relatório CCEE de Informações ao Público 2013

34. Para avaliar esses dados apresentados pela CCEE, recorreu-se ao InfoMercado1 de março de 2014, que apresenta em sua página 27 os valores contabilizados e liquidados ao longo de 2013. As informações foram transportadas para a tabela a seguir, e incluiu-se uma coluna de inadimplência, que consiste na diferença entre valores contabilizados e liquidados no respectivo mês.

1 http://www.ccee.org.br/search/query/redirect.jsp?id=11424&did=55646&pos=12&idx=1&fid=&pdfq="infomercado"

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 7 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

Tabela 2: Valores contabilizados e liquidados em 2013 Mês/Ano Valores contabilizados (R$) Valores liquidados (R$) Inadimplência (R$)

Jan/13 3.140.941.855 3.101.453.861 39.487.994 Fev/13* - - - Mar/13 2.925.938.656 2.857.625.640 68.313.016 Abr/13 928.862.464 902.783.000 26.079.464 Mai/13* - - - Jun/13 1.802.637.674,39 1.791.454.912,46 11.182.761,93 Jul/13 705.268.630,33 672.658.442,88 32.610.187,45 Ago/13 898.639.087,20 888.715.796,07 9.923.291,13 Set/13 996.902.101,20 984.222.331,47 12.679.769,73 Out/13 1.069.934.631,95 978.952.546,05 90.982.085,90 Nov/13 1.415.201.101,38 1.324.787.810,39 90.413.290,99 Dez/13 1.520.912.886,43 1.428.440.117,59 92.472.768,84

Total 2013 15.405.239.087,88 14.931.094.457,91 ?

*O processo de liquidação de fevereiro/13 foi executado juntamente com março/13, assim como o processo de maio/13 ocorreu com junho/2013.

35. A despeito de a CCEE afirmar que o “saldo final da inadimplência em 2013 foi de R$ 92,47 milhões”, justamente o acumulado de inadimplência no mês de dezembro de 2013, esse valor não representa o total real de inadimplência apurado no ano.

36. Conforme já detalhado na seção III.1.1 desta NT, (i) apesar de os débitos de agentes desligados por descumprimento de obrigações não serem lançados nas liquidações financeiras subsequentes e não aparecem no resultado final acumulado, são valores a serem considerados; e (ii) há valores que serão recontabilizados posteriormente, em ajustes por efeito de decisões judiciais e por deliberações da ANEEL ou CAd.

37. Por esse motivo, optou-se por representar temporariamente o total de inadimplência acumulada em 2013 por “?” na Tabela 2.

38. Dada a inviabilidade de previsão de eventuais recontabilizações, optou-se por se considerar apenas os débitos de agentes desligados por descumprimento de obrigações (sem avaliar eventuais pagamentos parciais ou indenizações bilaterais posteriores) para apuração da inadimplência acumulada em 2013.

Tabela 3: Valores de inadimplência apartados do MCP após o desligamento dos agentes

Ano 2013 Valores apartados do MCP (R$) janeiro 2.123.536,05

fevereiro março 12.226.045,40 abril maio 17.730.020,28 junho 1.555.941,00 julho

agosto 903.270,34 setembro 646.594,87 outubro

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 8 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

novembro dezembro

Total 35.185.686,82

39. Assim, nota-se que o valor total de débitos de agentes desligados é R$ 35.185.686,82. Tomando-se as premissas estabelecidas anteriormente nesta NT, de que tais agentes não tenham indenizado os demais que suportaram a inadimplência na liquidação do MCP e que não existam novas recontabilizações, tem-se, portanto, uma inadimplência acumulada em 2013 na ordem de R$ 127.658.455,662 pela metodologia estabelecida pela SEM.

III.2 Da avaliação da inadimplência verificada após a implementação da REN 531/2012

40. A ABIAPE, em sua contribuição, alertou que “o debate do aperfeiçoamento da metodologia de garantias carece de uma detalhada análise de quais são as razões da reduzida inadimplência que continua ocorrendo”, assim como concluiu que “se faz primordial identificar qual o nível de inadimplência que se deseja atingir, haja vista o possível elevado custo de erradicá-la por completo”.

41. Nesse sentido, para a identificação do problema a que esta NT se propõe, torna-se oportuno que os valores mensais de inadimplência em 2013 sejam segregados em seus respectivos meses de ocorrência, uma vez que os valores inadimplidos não se somam mensalmente, o que poderia levar ao sobredimensionamento da análise.

42. Por fim, os valores inadimplidos apurados foram comparados com os casos concretos das 15 maiores inadimplências verificadas em 2013, que chamaremos aqui de G15. Destaca-se que, mesmo que alguns dos valores apresentados abaixo tenham sido honrados (ou até expurgados) em liquidações posteriores, sua inadimplência afetou o fluxo de caixa dos agentes no mês e, portanto, serão considerados como um problema a ser evitado em seu mês de ocorrência.

Tabela 4: Valores inadimplidos em 2013, considerando somente novas inadimplências

Liquidação - ano 2013 Valores inadimplidos G15 Valores inadimplidos MCP Relação G15 / MCP janeiro 38.196.574,45 39.488.024,31 96,73%

fevereiro - - - março 32.047.620,81 32.886.129,14 97,45% abril 319.528,09 626.810,14 50,98% maio - - - junho 2.332.739,67 3.127.599,58 74,59% julho 22.236.484,89 25.294.122,99 87,91%

agosto 2.950.304,73 3.006.026,52 98,15% setembro 4.324.634,82 5.894.077,05 73,37% outubro 79.808.310,31 79.855.449,09 99,94%

novembro 1.824.981,39 2.093.968,75 87,15% dezembro 2.562.967,05 3.621.409,33 70,77%

Total 186.604.146,21 195.893.616,90 95,26%

2 Igual à inadimplência acumulada até dezembro de 2013 (R$ 92.472.768,84) somada aos débitos de agentes desligados no referido ano (R$ 35.185.686,82).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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43. Conforme se pode notar na Tabela acima, o G15 é responsável por 95,26% de toda a inadimplência do MCP no ano de 2013. Assim, concluí-se que o universo definido para análise é representativo, sendo então necessário identificar as causas da inadimplência desses agentes.

44. Inicialmente, há que se avaliar se o problema está restrito a uma determinada classe. Nesse sentido, indica-se que o G15 é composto por 4 comercializadores, 4 produtores independentes, 5 consumidores especiais e 2 consumidores livres. Portanto, a inadimplência aferida em 2013 foi difusa e, assim, há que se avaliar uma metodologia de garantias que seja capaz de abarcar todas essas classes.

45. Acerca dos dados apresentados na Tabela 4, destaca-se o mês de outubro, que apresenta um valor inadimplido 102% maior que o segundo pior mês do ano (janeiro). A análise detalhada do referido mês indica que um único agente, chamado aqui de “Gerador A”3, foi responsável por praticamente a totalidade dos valores liquidados em outubro, e cerca de 40% de toda a inadimplência de 2013. Nesse sentido, há que se avaliar: (i) porque a REN 531 não foi capaz de proteger o MCP; e (ii) se a definição de uma metodologia alternativa, como o LOM proposto na abertura da AP, protegeria o mercado adequadamente.

46. A análise do agente “Gerador A” remonta uma inadimplência aferida em março de 2012, que estava suspensa desde então por determinação judicial. Apesar de se tratar de um caso pretérito à edição da REN 531 e ser esse o motivo de a norma não ter sido aplicada, há que se destacar que qualquer determinação judicial que afaste a obrigação de aporte de garantias torna-a sem eficácia independentemente da metodologia vigente.

47. Cabe então avaliar se o estabelecimento de um Limite Operacional Mínimo (LOM), conforme proposto na abertura da AP e rejeitado por diversos agentes por ser extremamente oneroso, protegeria o mercado adequadamente. Nesse caso, indica-se que o agente possuía quatro PCHs com uma capacidade instalada total de 6,1 MW. Assim, seu LOM seria a exposição energética mínima (5% da capacidade instalada, aproximadamente 0,305) multiplicado pelo PLD de referência (cerca de R$ 180 / MWh), e pelas horas do mês (720), o que daria um valor aproximado de R$ 158.112,00. Visto que o LOM é constituído por 3 meses, o total seria R$ 474.336,00.

48. Ou seja, a despeito de os agentes avaliarem que a dosimetria aplicada ao LOM está inadequada e onerosa, mesmo nessa situação a proposta teria evitado apenas 0,6% do default do agente. Isso ocorre porque o LOM foi definido com base no “tamanho” do agente, e não em sua exposição potencial (que era desconhecida até a contabilização do mês em questão). A SEM entende que a não efetivação do contrato é o único artifício realmente eficaz nesse tipo de cenário.

49. Outro produtor independente, “Gerador B”, foi responsável 89,1% dos valores inadimplidos na liquidação de março, e cerca de 15% de toda a inadimplência de 2013, causada pela não construção do empreendimento e valores inadimplidos pretéritos à REN 531 que encontravam-se suspensos por meio do Agravo de Instrumento nº 0008988-59.2011.4.01.0000.

50. A terceira maior inadimplência causada por um agente do G15, “Gerador C”, representa 9,3% de toda a inadimplência de 2013, e 72,21% da liquidação do mês de julho. Acerca desse assunto, destaca-se que a UTE deveria ter entrado em operação comercial em 1º de julho de 2013, conectada à determinada

3 A despeito de os processos serem públicos, optou-se por não citar nominalmente nesta NT os agentes que ficaram inadimplentes em alguma liquidação no ano de 2013.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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subestação, o que não ocorreu devido ao atraso das instalações de transmissão4, e expôs o agente ao preço spot com a totalidade dos CCEARs celebrados no leilão A-5 de 2008.

51. Contudo, por meio do Despacho 3.013/2013, a Diretoria da ANEEL reconheceu a existência de caso fortuito ou força maior e determinou que: (i) o período de suprimento dos CCEARs firmados pela UTE fosse suspenso retroativamente desde 1/7/2013, até que estivesse disponível o sistema de transmissão definitivo5; e (ii) o agente ficasse isento do pagamento das penalidades decorrentes do não aporte de garantias financeiras. Dessa forma, a inadimplência deixou de existir na recontabilização determinada pelo referido Despacho.

52. A quarta e a quinta maiores inadimplências de 2013 foram causadas por dois comercializadores, “Comercializador D” e “Comercializador E”, ambas na liquidação de janeiro de 2013, respectivamente de R$ 12.065.728,17 e R$ 17.204.084,07. Ao se considerar o valor total de débitos dos agentes, incluindo-se penalidades e demais valores dos meses subsequentes, tem-se que tais comercializadores respondem por, respectivamente, 6,24% e 9,03% da inadimplência de 2013.

53. Conforme disciplina o art. 24 da REN 531/2012, a “sistematização do processo de efetivação de registro de contratos de compra e venda de energia elétrica de que trata esta Resolução deverá produzir efeitos a partir da contabilização das operações no mercado de curto prazo do mês de janeiro de 2013” (grifos nossos). Assim, os casos dessas comercializadoras não são alcançados pela referida norma.

54. Por fim, destaca-se que os cinco agentes citados anteriormente representam 80% de todo o montante não liquidado em 2013. Acerca dos demais agentes integrantes do chamado G15, indica-se a seguir de forma resumida os valores e seus casos concretos:

Tabela 5: Principais agentes que constaram como inadimplentes em 2013 Agente Classe Débitos (R$) Caso concreto

Comercializador “F” Comercializador 1.222.058,49 Inadimplência nas liquidações consolidadas de fevereiro e março de 2013. Foram suspensos R$ 3.033.315,96 em contratos por meio da REN 531, e permaneceu um débito de R$ 1,155,996,00 por causa da consolidação das liquidações.

Comercializador “G” Comercializador 2.490.974,05 Processo n.º 38260-89.2013.811.0041, Comercializador “G” x Consumidor “L” – registro de contrato fev/2013 a jun/2013.

Consumidor “H” Consumidor Especial 964.24,68 Recuperação judicial, processo nº 1104672-82.2013.8.26.0100, em fev/2014 recebido ofício expedido pela 2º Vara de Falências e Recuperações Judiciais determinando a manutenção da empresa como agente da CCEE.

Consumidor “I” Consumidor Especial 917.292,47

Ação de Rito Ordinário nº 0000483-83.2014.8.16.0045, em face da CCEE e Trinity Comercializadora, determinando (i) a não suspensão do fornecimento de energia elétrica, (ii) o agente não ser relacionado como inadimplente e (iii) voltar a ser atendido pelo mercado cativo.

Consumidor “J” Consumidor Especial 549.417,97 Inadimplência gerada pela exposição resultado da redução de montantes registrados pela REN 531/2012 na liquidação de jan/2013.

Consumidor “K” Consumidor Especial 3.623.177,61 Inadimplência MCP (por se tratar de um consumidor, a eficácia da REN 531/2012 é inócua), processo de desligamento determinado pela CCEE em julho de 2013 (679ª Reunião Ordinária do CAd).

Consumidor “L” Consumidor Especial 7.614.873,58 Processo n.º 38260-89.2013.811.0041, Comercializador “G” x

4 Para fins de operação em teste, o agente implantou uma conexão provisória, mas sem capacidade para escoar a produção da UTE para atendimento dos CCEARs. 5 O sistema de transmissão foi disponibilizado em outubro de 2013, e a UTE entrou em operação comercial no referido mês.

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Consumidor “L” – registro de contrato fev/2013 a jun/2013.

Consumidor “M” Consumidor Livre 2.123.536,05 Inadimplência MCP pretérita à REN 531 (por se tratar de um consumidor, mesmo que fosse posterior, a eficácia da norma seria inócua), agente desligado da CCEE em janeiro de 2013.

Consumidor “N” Consumidor Livre 3.395.306,29 Inadimplência MCP (por se tratar de um consumidor, a eficácia da REN 531/2012 é inócua), desligamento deliberado pela CCEE em maio de 2014 (Deliberação CAd/CCEE 0451/2014).

Gerador “O” Produtor Independente 7.210.533,64

Mandado de Segurança nº 42.778-53.2010.4.01.3400, que determina "que a primeira autoridade coatora proceda o recálculo da garantia física requerido pela impetrante em 15.06.2010. Enquanto não recalculada a garantia, fica suspenso o desligamento da impetrante por descumprimento de obrigação (CT 1963/10), não podendo a CCEE aplicar nenhuma penalidade, tais como a declaração de insuficiência de lastro, penalidade pela falta de Liquidação Financeira no Mercado de Curto Prazo, determinação de aporte de garantias financeiras adicionais".

55. A análise dos casos concretos sugere que a inadimplência de agentes vendedores reside basicamente em: (i) casos anteriores à REN 531/2012; (ii) liquidação conjunta de duas contabilizações, o que reduziu a eficácia da REN 531/2012; e (iii) determinações judiciais que afastam a obrigação de aporte de garantias financeiras. Com vistas a mitigar o último item, cabe destacar que a REN 545/2013 tratou em seu artigo 32, inciso II:

Art. 32. A ANEEL receberá o pedido de impugnação no efeito suspensivo se assim for requerido pela parte, observando-se cumulativamente que: (...) (...) II - que a concessão do efeito suspensivo está condicionada à prestação de caução em montante correspondente aos valores controvertidos decorrentes da liquidação financeira relativa às operações de compra e venda de energia do Mercado de Curto Prazo ou à contratação de Energia de Reserva, bem como decorrentes de outras obrigações de mesma natureza estabelecidas pelas normas vigentes; e (...) § 1o A caução a que alude o inciso II do caput, garantidora da reversibilidade da concessão do efeito suspensivo, deve ser efetivada junto à CCEE por ocasião da interposição do pedido de impugnação, liberado seu levantamento na hipótese de indeferimento do pedido para concessão de efeito suspensivo. (grifos nossos)

56. No que se refere aos agentes compradores, ressalta-se que apenas um entre os casos analisados de inadimplência teve sua origem na suspensão da eficácia de contratos imposta pela REN531/2012. Entretanto, visto que para esses agentes não há se falar em redução do registro de contratos como forma de mitigar o risco de inadimplência, torna-se patente a necessidade de avaliar uma solução eficaz para proteger o MCP nesses cenários.

57. Por fim, identificadas as principais causas das inadimplências ocorridas em 2013, cabe indagar quais seriam as alternativas mais plausíveis para a operacionalização das garantias financeiras no mercado de energia.

III.3 Da avaliação do risco e das propostas para a segunda fase de Garantias Financeiras

58. Inicialmente, julga-se importante distinguir os conceitos de risco de crédito e de mercado. Para tal, recorre-se à Resolução BACEN 3.721, de 30/04/2009, que dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de crédito e define em seu artigo 2º: * A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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Definição de Risco de Crédito Art. 2º Para os efeitos desta resolução, define-se o risco de crédito como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação. (grifos nossos) Parágrafo único. A definição de risco de crédito compreende, entre outros: I - o risco de crédito da contraparte, entendido como a possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros, incluindo aquelas relativas à liquidação de instrumentos financeiros derivativos;

II - o risco país, entendido como a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termos pactuados por tomador ou contraparte localizada fora do País, em decorrência de ações realizadas pelo governo do país onde localizado o tomador ou contraparte, e o risco de transferência, entendido como a possibilidade de ocorrência de entraves na conversão cambial dos valores recebidos;

III - a possibilidade de ocorrência de desembolsos para honrar avais, fianças, coobrigações, compromissos de crédito ou outras operações de natureza semelhante; IV - a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termos pactuados por parte intermediadora ou convenente de operações de crédito.

59. Nota-se que, para a metodologia proposta na abertura da AP (LOM), o risco de crédito está associado ao gerenciamento pela instituição financeira do risco de concessão do limite6 pré-estabelecido pela ANEEL para cada um dos agentes. A despeito de tratar-se de um novo produto financeiro e, como alertado por alguns agentes, esta solução concorrer com suas linhas de crédito nas instituições financeiras, DESTACA-SE QUE ESSA AVALIAÇÃO DE CRÉDITO JÁ OCORRE ATUALMENTE PARA OS ATIVOS FINANCEIROS ACEITOS PELO AGENTE DE CUSTÓDIA como garantia ao MCP.

60. Acerca do risco de mercado, recorreu-se à Resolução BACEN 3.464, de 26/6/2007, que dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de mercado para as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN:

Art. 2º Para os efeitos desta resolução, define-se como risco de mercado a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas por uma instituição financeira. Parágrafo único. A definição de que trata o caput inclui os riscos das operações sujeitas à variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias (commodities). Art. 3º A estrutura de gerenciamento do risco de mercado deve prever: I - políticas e estratégias para o gerenciamento do risco de mercado claramente documentadas, que estabeleçam limites operacionais e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de mercado em níveis considerados aceitáveis pela instituição; II - sistemas para medir, monitorar e controlar a exposição ao risco de mercado, tanto para as operações incluídas na carteira de negociação quanto para as demais posições, os quais devem

6 Basicamente constituído pelo rating de cada agente e seu histórico de atuação no mercado, mas podendo ser influenciado por demais fatores como restrição estrutural de crédito ou alterações econômicas conjunturais.

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abranger todas as fontes relevantes de risco de mercado e gerar relatórios tempestivos para a diretoria da instituição; III - realização, com periodicidade mínima anual, de testes de avaliação dos sistemas de que trata o inciso II; IV - identificação prévia dos riscos inerentes a novas atividades e produtos e análise prévia de sua adequação aos procedimentos e controles adotados pela instituição; e V - realização de simulações de condições extremas de mercado (testes de estresse), inclusive da quebra de premissas, cujos resultados devem ser considerados ao estabelecer ou rever as políticas e limites para a adequação de capital.

§ 1º As políticas e as estratégias para o gerenciamento do risco de mercado devem ser aprovadas e revisadas, no mínimo anualmente, pela diretoria da instituição e pelo conselho de administração, se houver. (...)

Art. 12. O Banco Central do Brasil poderá: I - determinar a adoção de controles adicionais, caso entenda inadequados ou insuficientes os controles do risco de mercado implementados pelas instituições mencionadas no art. 1º;

II - imputar limites operacionais mais restritivos à instituição que deixar de observar, no prazo estabelecido, a determinação de que trata o inciso I. (grifos nossos)

61. Por analogia, o risco ao MCP inclui essencialmente as operações sujeitas à variação da produção/consumo de energia (hidrologia, sazonalidade, manutenções, falta de combustível, encargos, etc), compra/venda de contratos e oscilação dos preços do insumo (contratos e spot).

62. Na proposta inicial desta AP, o risco de mercado é normatizado (estimado/parametrizado) pela ANEEL, calculado pela CCEE e quantificado em forma de um LOM para cada agente.

63. Por fim, destaca-se que a elaboração de uma metodologia padrão para estimar o risco ao MCP de forma eficaz para cada agente é complexa, razão pela qual: (i) diversas normas7 foram estabelecidas pela ANEEL nos últimos anos na tentativa de atingir uma boa estimativa; e (ii) boa parte das contribuições dos agentes constantes do Anexo I desta NT abordou esse assunto. Assim, há que se analisar a possibilidade de a norma a ser estabelecida pela ANEEL determinar que cada agente avalie seu próprio risco de mercado, sujeito a controles adicionais pelo regulador, de forma análoga ao que tratam os artigos 3º e 12 da Resolução BACEN 3.464/2007.

64. Nesse sentido, a seguir serão apresentadas quatro propostas para a segunda fase de Garantias Financeiras, inclusive a alternativa de que o próprio agente avalie seu risco de mercado.

III.3.1 Proposta 1 – Escopo tratado na abertura da Audiência Pública

65. A proposta submetida à audiência pública trata do estabelecimento de um limite operacional (garantia financeira/empréstimo), a ser calculado pela CCEE e compulsoriamente contratado por todos os agentes junto a instituições financeiras habilitadas.

7 Resolução 161/2001, REN 216/2006, REN 336/2008 e REN 531/2012.

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66. A cada contabilização, seria realizada pela CCEE “chamada” para aporte de garantias avulsas adicionais aos agentes “expostos” no mercado de curto prazo. Em regime, o limite operacional (LO) seria necessariamente executado a cada liquidação, assemelhando-se a um empréstimo, juntamente das demais garantias avulsas.

67. O limite operacional mínimo, por seu turno, sofreria revisões ordinárias e extraordinárias, consoante parametrização atinente ao porte de cada agente ou histórico de exposições.

68. Nesse escopo, é importante notar que a disciplina estabelecida pela REN 531/2012, em vigor, manteria sua aplicação concomitante.

69. Conforme suscitam diversas contribuições dos agentes, a problemática da metodologia reside justamente na definição de um LOM adequado, compatível com o real risco de mercado do agente. Nota-se que, nesse sentido, as propostas se voltam claramente à mitigação dos valores de limite em seus casos concretos, nitidamente para “minimizar o prejuízo”.

III.3.2 Proposta 2 – Não implementação da segunda fase de Garantias Financeiras

70. Uma possibilidade a ser aventada, também, trata da manutenção do status quo. Nessa hipótese, sugerida por ABIAPE, ABRACE e VALE, por óbvio, não há como se incorrer em custos adicionais.

71. Conforme evidenciado na seção III.2.1, a inadimplência corrente experimentada no âmbito da CCEE é reduzida, quando tomada relativamente aos montantes liquidados.

72. Com a edição da Resolução Normativa 531/2012, muito se avançou na segurança do mercado, mitigando-se o risco de atuações dolosas que resultassem em inadimplementos vultosos.

73. Por outro lado, os mecanismos inaugurados pela resolução supracitada se encontram em um estágio que ainda não lhe garante infalibilidade, pelo contrário.

74. Destarte, nada fazer significaria aceitar o sinistro (inadimplência), restando incertos apenas a extensão do dano e o momento. Tal circunstância dependerá apenas de quão ligeiro(s) e ousado(s) algum(uns) agente(s) se revele(m).

III.3.3 Proposta 3 – Estímulos à correta avaliação do risco de mercado para determinação do LOM pelo próprio agente

75. Diante de todos os questionamentos oferecidos no âmbito da audiência pública, é forçoso admitir que se estava a incorrer nos mesmos equívocos do passado. A proposta de ato normativo submetida à AP nada mais era que uma variação “mesclada” das soluções de outrora.

76. No fundo, a cilada se encontra na seguinte questão: - Como seria possível, sem ter à disposição um aparato que permita uma verificação em tempo real e mecanismos de bloqueio, aferir (e acertar) o risco futuro com base em parâmetros passados e presentes?

77. Há muito sem obter as respostas efetivas, deixou-se de questionar a própria premissa. Em se fazendo, quem estaria mais habilitado a se aproximar desse objetivo? A inteligência coletiva do mercado.

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78. Com esse novo paradigma, passou-se a buscar os mecanismos que dessem os incentivos e as ferramentas indispensáveis ao adequado funcionamento do mercado, à interação difusa e consciente entre os agentes que equilibre a relação entre custos e riscos.

79. Nesse diapasão, os mecanismos inaugurados pela REN 531 se apresentam como “pedra fundamental” para a nova solução regulamentar. Em essência, essa norma inaugura no setor o instituto jurídico capaz de segregar o risco bilateral do risco da liquidação financeira no mercado de curto prazo.

80. Assim, a providência essencial à edificação dessa nova norma é o aperfeiçoamento desse mecanismo, que aparta do mercado de curto prazo os registros de montantes de energia que não possuam cobertura.

81. Entrando em regime a nova disciplina, não mais se experimentará no mercado as vendas sem cobertura, cujos registros não serão homologados, sendo tal procedimento automaticamente aplicado a todos os contratos relacionados direta ou indiretamente entre si.

82. Em outras palavras, a não homologação do registro de compra realizada por determinado agente repercutirá em suas vendas e assim sucessivamente, sendo apropriadas as garantias (limite operacional e garantias avulsas) ao longo desse procedimento.

83. Com isso, a efetividade das garantias constituídas, a chamada garantia executável, é elevada ao maior nível. Outrossim, a repercussão aos montantes registrados “a jusante” tende a ser mitigada.

84. Diante dessa realidade (cuja aplicação já se dá pela REN 531, automaticamente a determinados contratos e manualmente aos demais por meio de monitoramento), os agentes da CCEE ver-se-ão compelidos a melhor avaliar o risco de suas contrapartes.

85. Por outro lado, para que os incentivos proporcionem condutas mais adequadas e assertivas ao invés de efeitos adversos, é importante prover os agentes de ferramentas que reduzam a assimetria de informações e lhes permita uma análise mais profunda acerca dos riscos que envolvam suas possíveis negociações.

86. Dessa maneira, poderão optar por constituir garantias maiores, contratar com outros que possuam garantias maiores, exigir garantias bilaterais ou ainda assumir o risco de não serem homologados seus registros de montantes (total ou parcialmente).

87. Como forma de estímulo à constituição de garantias financeiras por autoprodutores, consumidores especiais e livres, ainda é prevista a não incidência de penalidade de energia (consumo) e potência para registros de contratos não homologados e que sejam suportados por tais garantias.

88. O mecanismo proposto à redução da assimetria de informações volta-se ao incentivo do Cadastro Positivo8. Instituído pela Lei no 12.414/2011 e regulamentado pelo Decreto no 7.829/2012, trata-se da formação de bancos de dados em que são armazenadas informações financeiras e de pagamentos relativos às operações de crédito e demais obrigações de pagamento, adimplidas ou em andamento, necessárias para avaliar o risco financeiro do cadastrado.

8 Consulta Pública no 3/2013 (encerrado período para envio de contribuições; pendente o fechamento). Descrição: Obter subsídios para a proposta de resolução normativa que estabelece as condições e os procedimentos aplicáveis a cadastros positivos e restritivos no âmbito do Setor Elétrico.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 16 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

89. A tais informações seriam agregadas outras prestadas pela CCEE. A disponibilização de dados à consulta será facultada a cada agente. Evidentemente, os incentivos promovidos se voltam à abertura dos dados, o que certamente resultará numa depuração do mercado.

90. Adicionalmente, a proposta prevê uma fase de transição em que seria admitido constituir garantias avulsas sem qualquer limitação, equivalendo-se ao procedimento atual. Após 01.01.2015, com a implementação de Procedimento de Comercialização específico e a habilitação mínima de quatro instituições financeiras, A CONSTITUIÇÃO DE GARANTIAS AVULSAS PASSARÁ A ESTAR RESTRITA A 100% DO LIMITE OPERACIONAL CONTRATADO.

91. Com a evolução dos produtos financeiros oferecidos pelas instituições bancárias, as garantias avulsas serão (gradativamente) limitadas a um percentual menor do limite operacional. Desse modo, os limites operacionais farão as vezes de proteger tanto o MCP quanto de substituir as garantias bilaterais, patrocinando um ganho global de eficiência para todo o mercado.

92. Por fim, quanto aos acordos operacionais já celebrados entre a CCEE e as instituições financeiras, procedeu-se à segregação das disposições normativas das eminentemente contratuais, estas últimas dirigidas a um contrato de adesão constante da própria resolução normativa.

93. As alterações normativas supervenientes que sejam estabelecidas com prazo para implementação inferior a seis meses (lembrando que esse prazo é superior às três liquidações a que se obrigam garantir após denúncia), quando houver repercussão operacional ou financeira às instituições financeiras, não lhes serão exigíveis até o decurso desse prazo.

94. Na forma atual dos acordos operacionais firmados, incorrer-se-ia em inviabilidade quase absoluta de adequação das normas setoriais vigentes, afinal as instituições financeiras não estão sujeitas ao exercício do poder de polícia pela ANEEL, mas tão somente às obrigações a que especialmente se sujeitaram via contrato.

III.3.4 Proposta 4 – Estímulos à correta avaliação do risco de mercado para determinação do Limite Operacional pelo próprio agente

95. Uma outra alternativa ofertada à avaliação da Diretoria, porém não recomendada pela SEM, trata-se de uma variante à anterior, sem a implementação de ferramenta voltada à redução da assimetria de informações.

96. Inserida também na Análise de Impacto Regulatório, mostrou-se não recomendável, muito embora reste amplamente demonstrado estar ela à frente das propostas 1 (abertura da AP) e 2 (não regulamentar).

III.4 Da constituição de Garantias Financeiras

97. A REN 549/2013, que dispõe sobre os repasse de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE às distribuidoras, estabeleceu em seu artigo 4º, parágrafo 2º:

Art. 4º Enquanto houver repasse de recursos da CDE nos termos desta Resolução, o cálculo e o aporte de garantias financeiras aplicáveis às concessionárias de distribuição, para fins de liquidação financeira do mercado de curto prazo, deverão observar as diretrizes estabelecidas neste artigo. (...) § 2º O aporte de garantias financeiras pela concessionária de distribuição deverá:

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 17 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

I – ser efetuado no dia útil imediatamente anterior à data de pagamento dos débitos relativos à liquidação financeira do mercado de curto prazo; (grifo nosso)

98. Posteriormente, a REN 612/2014, que dispõe sobre o encargo tarifário da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE e a CONTA-ACR, nos termos do Decreto 8.221/2014, estabeleceu em seu artigo 5º, parágrafo 2º:

Art. 5º Enquanto houver repasse de recursos da CONTA-ACR nos termos desta Resolução, o cálculo e o aporte de garantias financeiras aplicáveis às concessionárias de distribuição, para fins de liquidação financeira do mercado de curto prazo, deverão observar as diretrizes estabelecidas neste artigo.

(...) § 2º O aporte de garantias financeiras pela concessionária de distribuição deverá: I – ser efetuado no dia útil imediatamente anterior à data de pagamento dos débitos relativos à liquidação financeira do mercado de curto prazo; (grifo nosso)

99. Resta claro que, atualmente, o instituto das garantias financeiras para os agentes de distribuição se configura como uma pré-liquidação.

100. A despeito de transparecer que a opção representa aumento do risco ao MCP, destaca-se que, conforme disciplina a REN 545/2013, o desligamento de agente de distribuição se opera somente após a modelagem na CCEE de novo agente outorgado.

101. Assim, entende-se que em relações comerciais de trato contínuo com vigências tão longas, as garantias financeiras não são um instrumento adequado para tratar eventual insolvência de um agente distribuidor. De maneira diversa, consiste unicamente em custo adicional que potencializa o risco de insolvência.

102. As experiências mais recentes demonstram que, para esse nicho, apenas soluções voltadas à capitalização são eficazes.

103. Nesse sentido, julga-se pertinente que a norma a ser editada pela ANEEL crie um regime de exceção para os agentes de distribuição, nos moldes da Resoluções Normativas 549/2013 e 612/2014.

104. Quanto ao prazo mínimo de vigência para os limites operacionais constituídos pelos demais agentes da CCEE, estabelecido em três liquidações desde a abertura da 2a fase da AP, entende-se conveniente sua manutenção em razão do seguinte:

a) coaduna-se com a preservação de, ao menos, uma parcela dos contratos de venda entre a instauração e a efetivação de seu eventual desligamento (e quem adquiriu contratos de um agente que possua um LO muito baixo, a priori, assumiu esse risco);

b) permite aos agentes da CCEE buscar novo agente garantidor nos casos de extinção de sua relação contratual com o agente garantidor atual, sem maiores riscos para suas operações e suas contrapartes;

c) consumidores livres e especiais usualmente têm como garantias (bilaterais) cláusulas contratuais que preveem o ressarcimento em caso de não “homologação” dos registros de contratos (é incomum a utilização de produtos financeiros ou títulos que garantam liquidez). Em outras palavras, o consumidor efetua o pagamento a seu agente vendedor após o registro dos montantes contratados e, caso tais montantes não sejam

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 18 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

“homologados” (hoje tratado como “efetivados”) pela CCEE, são obrigados a buscar tutela jurisdicional para proceder à execução dos contratos e buscar seu ressarcimento e penalidades contratuais;

d) pode vir a substituir garantias bilaterais, conferindo maior eficiência ao mercado. Conhecendo-se o limite operacional do agente vendedor e também, por meio dos dados disponibilizados ao Cadastro Positivo, seu histórico de pagamento e os lançamentos futuros, é possível que o comprador entenda aceitável abdicar de uma garantia bilateral líquida (como uma carta fiança) em favor de uma cláusula contratual de ressarcimento e penalização; e

e) não se encontrou uma justificação plausível para estabelecer qualquer distinção, quanto ao prazo de três liquidações, entre geradores, comercializadores e consumidores. Muito embora o consumidor (cujo desligamento da CCEE está condicionado à suspensão do fornecimento de todas as unidades consumidoras) seja aquele que encontra restrições mais significativas (aos demais basta frustrar suas vendas), é usualmente a parte mais “fraca” do elo da comercialização. Parece razoável exigir o mesmo prazo de três liquidações dos agentes vendedores, deixando aos consumidores a possibilidade de adquirir energia de um vendedor que possua LO relevante e, com maior segurança, reduzir seu LO. Aos vendedores que entendam ser oneroso e desnecessário possuir um LO significativo, por ser trimestral, que o tenham em seu valor mínimo e comercializem com aqueles que aceitarem tal condição.

IV. DO FUNDAMENTO LEGAL

105. As argumentações expressas nesta Nota Técnica são fundamentadas nos seguintes instrumentos legais e regulamentares:

• Lei 12.414, de 9 de junho de 2011; • Lei 10.848, de 15 de março de 2004; • Lei 9.427, de 26 de dezembro de 1996; • Decreto 7.829, de 17 de outubro de 2012; e • Decreto 5.163, de 30 de julho de 2004;

106. Para referência, a presente proposta relaciona-se às Resoluções ANEEL 161/2001 e 552/2002; e Resoluções Normativas 109/2004, 145/2005, 150/2005, 168/2005, 216/2006, 336/2008, 531/2012, 545/2013, 549/2013 e 571/2013.

V. DA CONCLUSÃO

107. É entendimento da SEM que a proposta 3 desta NT se apresenta como mais adequada, podendo ainda ser implantada de forma flexível, não havendo vinculação entre a implementação de cada um dos três mecanismos regulatórios propostos:

Garantias (Limite Operacional determinado pelo próprio agente);

Homologação de Registros Validados de Contratos (aprimoramento da REN 531/2012);

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 19 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

Divulgação de Informações Associadas à Comercialização (cadastro positivo).

108. Considerando tratarem-se de alterações não submetidas à AP67/2013, julga-se prudente e oportuno sua submissão a nova Audiência Pública, com prazo de 30 dias, para compreensão e discussão do tema pelos agentes. Ademais, não se verificou na presente análise haver problemas relevantes de inadimplemento a serem debelados com urgência, que indiquem a necessidade de uma aceleração do processo.

VI. DA RECOMENDAÇÃO

109. Ante todo o exposto, recomenda-se a abertura de nova Audiência Pública, instaurada na modalidade intercâmbio documental, com um prazo de trinta dias, para obter subsídios à minuta de Resolução Normativa apresentada no Anexo II desta Nota Técnica (Proposta 3), que remete ao aperfeiçoamento das garantias financeiras associadas ao MCP com base em estímulos à correta avaliação do risco de mercado para determinação do Limite Operacional pelo próprio agente.

BENNY DA CRUZ MOURA Especialista em Regulação

OTÁVIO RODRIGUES VAZ Especialista em Regulação

LUIZ GUSTAVO BARDUCO CUGLER CAMARGO Especialista em Regulação

RICARDO TAKEMITSU SIMABUKU Assessor/SEM

De acordo:

FREDERICO RODRIGUES Superintendente de Estudos do Mercado

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 20 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

- Aceita - Não aceita

- Parcialmente aceita - Não considerada

- Já prevista

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Avaliação do risco de mercado para determinação do LOM

ABRACE

1. Alterar a metodologia de cálculo do LOM para os consumidores livres de forma a utilizar a equação a seguir:

𝐿𝑂𝑀 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜𝑠 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 ∗ 𝐸𝑆𝑆𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎

Justificativa: Se o objetivo da implantação do limite operacional é, conforme NT 087/2012 SEM-ANEEL, reduzir riscos, sua metodologia de cálculo deve estar associada aos riscos que cada agente imputa ao sistema. Não obstante, a metodologia proposta para o limite operacional de Consumidores Livres reflete apenas o seu tamanho em relação ao mercado e não seu risco em relação ao risco do mercado. Assim, sugere-se que ao invés do uso da variável MUSD/MUST para valorar o tamanho do risco do agente consumidor livre, esta deveria ser substituída pelo Consumo Médio dos Consumidores nos últimos 12 meses subtraído da parcela de autoprodução, variável mais aderente à realidade de todos os consumidores e isonômica com relação ao tratamento dado ao ACR. No que se refere à utilização do PLD de referência,

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 21 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

considerando que o intervalo de preços possíveis é muito grande, entre R$ 15,62/MWh e R$ 822,83/MWh, é possível que os agentes de compensação, conforme definido no Inciso III do Art. 2º da minuta de resolução, precifiquem um risco bastante elevado na definição do preço que cobrarão pelo limite operacional. Sendo assim, é importante que a Variável de Referência seja tal que o risco para o agente de compensação seja o menor possível. Deste modo, sugerimos que esta variável, no caso dos Agentes Consumidores, para o cálculo do LOM considere a média da previsão para os seis meses seguintes do Encargo de Serviços do Sistema (ESS). Isto porque, no caso dos consumidores livres, esta é a variável na qual esta classe tende a ficar exposta no Mercado de Curto Prazo (MCP).

ABRACEEL

2. Calcular o LOM com base na sua exposição ao Mercado de Curto Prazo nas 03 (três) liquidações subsequentes, , valoradas pela expectativa oficial do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) de cada mês, respectivamente, sendo esse um prazo suficiente para o desligamento de agentes inadimplentes. Justificativa: Reformular a regra proposta para cálculo do LOM, de modo que seu valor esteja relacionado à exposição dos agentes no MCP.

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

ABRADEE

3. Alterar a metodologia de cálculo do LOM para considerar os ajustes a seguir:

Art. 4º O limite operacional mínimo será, para cada agente, igual à exposição energética mínima multiplicada pelo PLD de referência, e pelas horas do mês, considerando o mês com 30 dias.

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 22 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

§ 1º A exposição energética mínima será assim calculada: I – para agente de distribuição será o maior valor entre o montante de 5 1,5% da carga mensal média cadastrada no banco de dados do sistema SIMPLES da Empresa de Pesquisa Energética – EPE;

Justificativa: As exigências de garantias financeiras no MCP devem ser diferenciadas considerando a natureza do negócio dos agentes de mercado e o arcabouço regulatório aos quais estão submetidos, pois determinados agentes oferecem menor risco ao sistema de liquidação do que outros. Assim, entende-se que as garantias financeiras a serem exigidas das concessionárias de distribuição na minuta proposta pela ANEEL estariam, numa situação de normalidade contratual, muito elevadas. O atual modelo setorial, que tem como um dos seus pilares a garantia da segurança do suprimento de energia elétrica, induz à sobrecontratação de energia pelas distribuidoras, embora de modo conjuntural e involuntário não esteja sendo atingido neste momento.

ABRAGE

4. Alterar a metodologia de cálculo do LOM para que a regra aplicável aos comercializadores sejam utilizada para todos os agentes.

Art. 4º O limite operacional mínimo será, para cada todos os agentes, igual à exposição energética mínima multiplicada pelo PLD de referência, e pelas horas do mês, considerando o mês com 30 dias. § 1º A exposição energética mínima será 75% do maior montante de exposição ao mercado de curto prazo, expresso em MWmed, apurado nas contabilizações dos seis meses precedentes ao mês em que estiver sendo

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 23 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

realizado o cálculo. assim calculada: .......I – para agente de distribuição será o montante de 5% da carga mensal média cadastrada no banco de dados do sistema SIMPLES da Empresa de Pesquisa Energética – EPE; II – para consumidor livre e consumidor especial será a soma de 5% do Montante de Uso do Sistema de Distribuição ou de Transmissão – MUSD ou MUST dos ativos modelados na CCEE; III – para produtor independente de energia e concessionário de serviço público de geração será igual ao somatório das seguintes parcelas: a) a soma de 5% da garantia física publicada dos ativos de geração modelados na CCEE; e b) a soma de 5% da capacidade instalada dos ativos de geração modelados na CCEE que não tenham garantia física publicada, observado o disposto no § 4º; IV – para autoprodutor será o maior valor entre a parcela de geração e a parcela de consumo, em que: a) a parcela de geração será igual à soma de 5% da garantia física dos ativos de geração modelados na CCEE; e b) a parcela de consumo será igual à soma de 5% do MUSD/MUST, por ativo modelado na CCEE; e V – para comercializador será 75% do maior montante de exposição ao mercado de curto prazo, expresso em MWméd, apurado nas contabilizações dos seis meses precedentes ao mês em que estiver sendo realizado o cálculo. § 2º O limite operacional mínimo de agente comercializador que possuir cargas ou ativos de geração modelados sob o seu perfil será o maior valor entre:

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 24 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

I – o limite operacional mínimo calculado com base na exposição energética mínima do inciso V; II – o somatório dos limites operacionais mínimos de todas as cargas modeladas sob seu perfil; ou III – o somatório dos limites operacionais mínimos de todos os ativos de geração modelados sob seu perfil. §2º O limite operacional mínimo de agente comercializador dos agentes de comercialização, distribuição e geração não poderá ser inferior a R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), atualizados, anualmente, com base no índice Geral de Preços do Mercado – IGP-M, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, podendo, ainda, ser alterado por Despacho da Superintendência de Estudos de Mercado – SEM.

Justificativa: Unificar e simplificar a formulação de cálculo do limite operacional mínimo, tornando-o, ainda, mais aderente ao histórico recente de posições dos agentes na CCEE (credora ou devedora).

AES Eletropaulo, AES Sul

5. Alterar a metodologia de cálculo do LOM para considerar os ajustes a seguir:

Art. 4º O limite operacional mínimo será, para cada agente, igual à exposição energética mínima multiplicada pelo PLD de referência, e pelas horas do mês, considerando o mês com 30 dias. § 1º A exposição energética mínima será assim calculada: I – para agente de distribuição será o montante de 5% 1,5% da carga mensal média cadastrada no banco de dados do sistema SIMPLES da Empresa de Pesquisa

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 25 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Energética – EPE.

Justificativa: Entendemos que as garantias financeiras no MCP devem ser diferenciadas para as distribuidoras, dado o arcabouço regulatório aos quais estão submetidas. Numa condição de normalidade contratual, ou seja, de sucesso dos leilões de compra de energia e cumprimento do início de fornecimento neles estabelecidos, as garantias financeiras a serem exigidas das concessionárias de distribuição na minuta proposta pela ANEEL estariam muito elevadas.

APINE

6. Alterar a metodologia de cálculo do LOM para considerar os ajustes a seguir:

Art. 4º (...) § 1º A exposição energética mínima será assim calculada:

I – para agente de distribuição será o maior valor entre o montante de 5% da carga mensal média cadastrada no banco de dados do sistema SIMPLES da Empresa de Pesquisa Energética – EPE e 75% do maior montante de exposição ao mercado de curto prazo, expresso em MWméd, apurado nas contabilizações dos seis meses precedentes ao mês em que estiver sendo realizado o cálculo; II – para consumidor livre e consumidor especial corresponderá ao maior valor entre os 5% da maior carga verificada nos últimos seis meses para os soma de 5% do Montante de Uso do Sistema de Distribuição ou de Transmissão – MUSD ou MUST ativos modelados na CCEE e 75% do maior montante de exposição ao mercado

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 26: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 26 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

de curto prazo, expresso em MWméd, apurado nas contabilizações dos seis meses precedentes ao mês em que estiver sendo realizado o cálculo; III – (...) a) o maior valor entre a soma de 5 3% da garantia física

(i) publicada para ativos de geração totalmente motorizados ou (ii) a prevista conforme cronograma constante no ato de outorga para os ativos de geração em motorização, e 75% do maior montante de exposição ao mercado de curto prazo, expresso em MWméd, apurado nas contabilizações dos seis meses precedentes ao mês em que estiver sendo realizado o cálculo; e

IV – para autoprodutor será o maior valor entre a parcela de geração e a parcela de consumo, em que: a) a parcela de geração será igual ao maior valor entre a

soma de 5 3% da garantia física dos ativos de geração modelados na CCEE; e

b) a parcela de consumo será igual à 5% da maior carga verificada nos últimos seis meses para os soma de 5% do Montante de Uso do Sistema de Distribuição ou de Transmissão – MUSD ou MUST ativos modelados na CCEE; e

c) 75% do maior montante de exposição ao mercado de curto prazo, expresso em MWméd, apurado nas contabilizações dos seis meses precedentes ao mês

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 27 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

em que estiver sendo realizado o cálculo. Justificativa: Sugere-se a alteração da cláusula de maneira que o limite operacional mínimo dos PIEs seja o mais aderente possível à real exposição no MCP. No caso dos PIEs, 5% da garantia física é valor considerado alto. Ao estabelecer uma relação entre o maior valor deste parâmetro e a maior exposição dos últimos seis meses apurada pela CCEE, a APINE entende que está contribuindo para evitar um aporte desproporcional de valores junto às instituições financeiras cadastradas, além de propor a uniformização do tratamento entre as diferentes classes de agentes, incluindo as usinas em fase de motorização. Ainda persiste a questão dos novos agentes da categoria de geração provenientes de processos de licitação em leilões federais A-5 e A-3 que tem sua adesão efetivada, contratos registrados e usinas ainda em processo de construção. Para estes agentes, a APINE propõe um limite operacional mínimo semelhante ao do comercializador de R$ 500.000,00 atualizados, anualmente, com base no índice Geral de Preços do Mercado – IGP-M, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, podendo, ainda, ser alterado por Despacho da Superintendência de Estudos de Mercado – SEM.

CCEE

7. Alterar o artigo 4º conforme a seguir:

Art. 4º O limite operacional mínimo será, para cada agente, igual à exposição energética mínima multiplicada pelo PLD de referência, e pelas horas do mês, considerando o mês com 30 (trinta) dias. § 1º A exposição energética mínima de cada agente será assim calculada pelo maior valor, quando aplicável, dentre

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 28 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

as seguintes condições: Justificativa: A alteração proposta no § 1º (em conjunto com as demais contribuições aos parágrafos e incisos que compõem o art. 4º) visa criar uma isonomia no cálculo do limite operacional mínimo (LOM). De modo que os resultados obtidos não sejam impactados pela forma como o agente efetuou sua adesão à CCEE ou a representação de seus ativos. O texto em sua forma original (como será detalhado nas demais contribuições do art. 4º) possibilita que dois agentes que representem ativos/perfis de comercialização equivalentes, porém pertencentes a classes distintas, tenham diferentes tratamentos no cálculo da exposição energética mínima e, por consequência, do LOM. Deste modo, a CCEE propõe que o resultado do cálculo da exposição energética mínima represente o perfil mais relevante de cada agente, razão pela qual a referência seria o maior valor.

CCEE

8. Alterar o inciso I do artigo 4º: I – para se agente de distribuição, será o montante de 5% da carga mensal anual média, cadastrada no banco de dados do sistema SIMPLES da Empresa de Pesquisa Energética – EPE;

Justificativa: A CCEE sugere calcular a parcela de exposição energética mínima para os agentes de distribuição a partir da carga média anual, sem a influência de fatores sazonais. Entende-se necessária a substituição do termo “para” para “se” de modo a se conferir aplicabilidade ao sugerido no parágrafo primeiro quanto ao “maior valor”, já que caberá à CCEE a

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 29 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

aplicação do critério, e não aos agentes. Este comentário aplica-se aos demais incisos deste parágrafo.

CCEE

9. Alterar o inciso II do artigo 4º: II – para consumidor livre e consumidor especial para agentes que representem ativos de consumo, exceto aqueles definidos no inciso I, será a soma de 5% do Montante de Uso do Sistema de Distribuição ou de Transmissão – MUSD ou MUST dos ativos modelados na CCEE, excluída a parcela do consumo contratada junto à distribuidora local. Para os agentes parcialmente livres, será aplicada a proporção da parcela livre considerado o histórico do consumo dos 12 meses anteriores;

Justificativa: A contribuição visa assegurar que todos os agentes (exceto distribuidores) que representem ativos de consumo, independentemente de sua classe de comercialização, tenham sua respectiva exposição energética mínima calculada. Adicionalmente, a CCEE sugere que os agentes consumidores parcialmente livres tenham o cálculo e revisão do limite operacional com Montante de Uso do Sistema de Distribuição ou de Transmissão – MUSD ou MUST proporcionais à parcela livre. Deste modo, a exposição energética mínima será calculada considerando o histórico do consumo cativo x livre dos 12 meses anteriores.

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

CCEE

10. Alterar o inciso III do artigo 4º: III – para produtor independente de energia e concessionário de serviço público para agentes que representem ativos de geração, será igual ao somatório das seguintes parcelas: a) a soma de 5% da garantia física publicada dos ativos de

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 30 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

geração modelados na CCEE; e b) a soma de 5% da capacidade instalada dos ativos de geração modelados na CCEE que não tenham garantia física publicada, observado o disposto no § 4 3º;

Justificativa: De modo análogo ao conceito previsto na contribuição anterior, esta contribuição objetiva que todos os agentes que representem ativos de geração, independentemente de sua classe de comercialização, tenham sua respectiva exposição energética mínima calculada. A CCEE sugere o ajuste na referência da alínea “b”, em virtude da exclusão do “antigo” §2º.

CCEE

11. Excluir o inciso IV do artigo 4º: IV – para autoprodutor será o maior valor entre a parcela de geração e a parcela de consumo, em que: a) a parcela de geração será igual à soma de 5% da garantia física dos ativos de geração modelados na CCEE; e b) a parcela de consumo será igual à soma de 5% do MUSD/MUST, por ativo modelado na CCEE; e

Justificativa: Entende a CCEE que o conceito previsto nas contribuições anteriores torna desnecessária a previsão de tratamento específico para agentes pertencentes à classe de autoprodução, uma vez que as situações definidas no inciso IV do art. 4º da minuta de resolução estarão abarcadas na nova redação sugerida para os incisos II e III. A CCEE recomenda a renumeração do próximo inciso, em virtude da contribuição apresentada.

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 31: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 31 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

CCEE

12. Alterar o inciso V do artigo 4º: IV – para comercializador todos os agentes, será 75% do maior montante de exposição em energia no mercado de curto prazo, expresso em MWméd, apurado nas contabilizações dos seis meses precedentes ao mês em que estiver sendo realizado o cálculo.

Justificativa: A CCEE sugere a alteração na redação do inciso, pois da maneira proposta nos § 1º e 2º do artigo 5º, os agentes que utilizam a média móvel e os agentes que não têm exposições teriam o mesmo LOM. Entretanto, os riscos apresentados por esses agentes são diferentes. Dessa forma, o cálculo com 75% do maior montante de exposição captura a diferença de exposição ao risco, e quando aplicada a todos os agentes torna-se isonômica.

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

CCEE

13. Excluir o parágrafo 2º do artigo 4º e ajustar conforme a seguir: § 2º O limite operacional mínimo de agente comercializador que possuir cargas ou ativos de geração modelados sob o seu perfil será o maior valor entre: I – o limite operacional mínimo calculado com base na exposição energética mínima do inciso V; II – o somatório dos limites operacionais mínimos de todas as cargas modeladas sob seu perfil; ou III – o somatório dos limites operacionais mínimos de todos os ativos de geração modelados sob seu perfil. [...] § 32º O limite operacional mínimo de agente comercializador não poderá ser inferior à R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), atualizados, anualmente, com base no índice Geral de Preços

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 32: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 32 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

do Mercado – IGP-M, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, a partir da publicação da presente resolução, podendo, ainda, ser alterado por Despacho da Superintendência de Estudos de Mercado – SEM. § 3º O limite operacional mínimo de agente comercializador varejista não poderá ser inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), atualizados, anualmente, com base no índice Geral de Preços do Mercado – IGP-M, divulgado pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, a partir da publicação da presente resolução. § 4º Excetuam-se da exposição energética mínima do agente da categoria de geração, a parcela de garantia física dos ativos de geração: I – contratados sob o regime de cotas de garantia física e potência de que trata a Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013; II – das usinas Angra I e II; III – comprometidaos com Contrato de Energia de Reserva; e IV – comprometidaos com o PROINFA; V – que possua perfil de exportação e/ou importação de energia elétrica; VI – da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Justificativa: A proposta de redação da CCEE para o § 1º, que considera o maior dos critérios estabelecidos nos incisos I a IV, quando aplicáveis, torna desnecessária a previsão de tratamento específico para agentes pertencentes à classe de comercialização, uma vez que todas as situações definidas no § 2º do art. 4º estarão abarcadas nos incisos propostos. A CCEE sugere a inclusão de texto, para determinar o marco para o reajuste do valor, evitando-se questionamentos futuros.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 33 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Considerando que o agente com a qualificação de comercializador varejista poderá representar diversas cargas e ativos no âmbito da CCEE, esta Câmara sugere a inclusão do §3º, para que o LOM não seja inferior ao montante de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais). A inclusão do termo “parcela” no “novo” §3º tem por finalidade explicitar que as exceções são aplicáveis somente sobre a correspondente fração da garantia física dos ativos enquadrados nos respectivos incisos. Por sua vez, a inclusão da condição que restringe aos agentes da “categoria de geração” tem por objetivo que a condições estabelecidas (especificamente o inciso IV) não sejam aplicáveis ao agente Eletrobrás. A CCEE ainda sugere a inclusão de inciso para considerar a exclusão do cálculo do limite operacional a exposição energética do perfil do agente de exportação e/ou importação de energia elétrica. A CCEE recomenda a renumeração dos Parágrafos, em virtude da contribuição apresentada no art. 4.

PETROBRAS

14. Alterar o limite operacional mínimo dos agentes comercializadores para considerar o maior valor entre (i) R$ 5 milhões e (ii) 75% da maior exposição ao MCP nas seis contabilizações precedentes. Justificativa: A Petrobras entende que o valor proposto na minuta da Resolução Normativa não é significativo (podendo até ser nulo) diante da expectativa mínima de negócios de um agente comercializador de energia, bem como do risco gerado para o MCP por esse agente quando da ocorrência de aparte por falta de lastro e/ou garantas financeiras por parte do vendedor de

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 34: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 34 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

um contrato bilateral com esse mesmo agente. Período de transição para implantação da proposta de LOM

ABRACE

15. Adotar período de transição em três fases: • 1ª Fase: Durante doze meses a CCEE informaria aos

consumidores livres seus limites operacionais mínimos, conforme regulamentação aprovada nesta Audiência Pública, porém o mecanismo de aporte de garantias financeiras atual seria mantido. Com isso, os consumidores e as Instituições Financeiras conseguiriam ter uma noção real do impacto do novo modelo em sua estrutura de custos e operação;

• 2ª Fase: Durante seis meses os consumidores livres optariam pelo mecanismo atual de garantias financeiras, aportando diretamente os valores atualmente exigidos pela CCEE (conforme Resolução Normativa 531/2013), ou pela contratação do Limite Operacional Mínimo através de uma das instituições financeiras credenciadas;

• 3ª Fase: ANEEL realizaria audiência pública para avaliar a real necessidade de exigência de limite operacional aos consumidores livres.

Justificativa: Além de permitir aos agentes se adaptarem à nova dinâmica de garantias financeiras, um período de transição para a implantação também é importante para que os bancos se adaptem a um novo nicho de mercado. A 2ª Etapa, em particular, tem ainda a vantagem de incentivar maior competição entre os agentes de compensação. Isto porque, a possibilidade de aportar Garantias Financeiras como é feito atualmente representa, na prática, um bem substituto ao Limite

Parcialmente aceita A despeito de a proposta 3 defendida pela SEM possuir escopo diverso daquele apresentado na abertura da AP67/2013, a proposição de sua implantação prevê um período de transição.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 35 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Operacional e diminui o poder de mercado das instituições financeiras cadastradas.

ABRACEEL

16. Adotar um período de transição de 12 meses após a publicação da Resolução Normativa pela ANEEL. Nesse período, continuariam sendo aceitos os atuais mecanismos para aporte de garantias financeiras previstos na REN 531/2012 como opção à contratação do limite operacional, desde que possuam liquidez e sejam oferecidos nos mesmos valores e prazos exigidos para o Limite Operacional, quais sejam:

“Art. 4º O montante de garantia financeira pode ser constituído pelos seguintes ativos financeiros, isoladamente ou em composição: I – moeda corrente nacional; II – títulos públicos federais; III – carta de fiança; IV – quotas de fundos de investimento extramercado; e/ou V – outros ativos financeiros, aceitos pelo agente de custódia, conforme condições acordadas diretamente com o agente da CCEE.”

Justificativa: O objetivo da proposta é proporcionar uma transição suave para o novo modelo de garantias, proporcionando maior prazo para negociação com os bancos e promovendo a concorrência entre os bancos no oferecimento do produto financeiro para compor o limite operacional, reduzindo o custo de garantias para os agentes do setor elétrico, uma vez que ainda não se sabe se a obtenção do limite operacional terá custo inferior aos dos ativos atualmente aceitos como garantia.

Parcialmente aceita A despeito de a proposta 3 defendida pela SEM possuir escopo diverso daquele apresentado na abertura da AP67/2013, a proposição de sua implantação prevê um período de transição.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 36: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 36 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Com o modelo sendo implementado dessa forma, caso a contratação de limite operacional junto aos bancos credenciados se mostre de fato menos onerosa que a constituição de garantias prévias nos moldes dos ativos atualmente aceitos, o mercado naturalmente buscará a constituição de garantias na forma de Limite Operacional, consagrando-o como uma forma de garantia prévia no setor elétrico. Também não é certo que haverá interesse dos bancos em atender todos os 2.625 agentes da CCEE, de diferentes perfis, nem se haverá capacidade operacional para atender a toda essa demanda em um período curto de tempo. Além disso, alguns agentes adimplentes perante o setor elétrico podem ter dificuldades em obter limite operacional junto às instituições financeiras, como, por exemplo, agentes públicos e empresas em recuperação judicial, além da obtenção do LOM impactar os limites de obtenção de financiamento das firmas.

ABRADEE

17. Manter o depósito bancário como alternativa à obrigação de contratação das garantias:

Art. 3º É condição necessária para a adesão e para a operação do agente de mercado no âmbito da CCEE a apresentação de limite operacional, destinadas a assegurar o pagamento de suas operações associadas ao mercado de curto prazo, conforme Procedimento de Comercialização específico. § 1º As garantias financeiras de que trata o caput deverão ser constituídas mediante a contratação, pelo agente, de operação de crédito junto a instituição financeira credenciada pela CCEE ou via depósito bancário de ativos

Parcialmente aceita A despeito de a proposta 3 defendida pela SEM possuir escopo diverso daquele apresentado na abertura da AP67/2013, a proposição de sua implantação prevê um período de transição.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 37 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

financeiros pelo agente de mercado, no montante equivalente a, no mínimo, o respectivo limite operacional. ... § 5º Os ativos financeiros que trata o § 1º deverão ser depositados junto ao agente custodiante, previamente ao período a ser garantido, por um prazo mínimo de 3 meses, com renovação automática. § 6º A garantia na forma de depósito bancário de ativos financeiros, de que trata o § 3º, será aceita por um período transitório de 6 meses, a partir da contabilização de que trata o art. 18 desta Resolução. § 7º Findo o período de transição, estabelecido no § 6º, a forma alternativa de depósito bancário de ativos financeiros será avaliada para que seja analisada sua permanência. § 8º O depósito bancário de que trata o § 1º, deve ser realizado nas instituições financeiras credenciadas pela CCEE, possuindo liquidação em d+0, e poderá ser constituído, isoladamente ou em composição por: I – moeda corrente nacional; II – títulos públicos federais; III – quotas de fundos de investimento extramercado; e/ou IV – outros ativos financeiros, aceitos pelo agente de custódia.

Justificativa: Entendemos que a possibilidade de aporte do limite operacional mínimo alternativamente por ativos financeiros é equivalente à garantia contratada junto aos bancos, não trazendo riscos ao mercado. A proposta de aporte alternativo poderá ficar restrita a um o

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 38 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

período de transição, após o qual será possível avaliar o comportamento do mercado às novas regras. Sendo competitivos os produtos oferecidos pelos agentes financeiros, o mercado de energia naturalmente optará pela solução mais adequada.

APINE

18. Manter, em caráter provisório, o depósito bancário como alternativa à obrigação de contratação das garantias:

Art. 3º (...) § 1º As garantias financeiras de que trata o caput deverão ser constituídas mediante a contratação, pelo agente, de operação de crédito junto a instituição financeira credenciada pela CCEE ou via depósito direto de ativos financeiros pelo agente de mercado, no montante equivalente a, no mínimo, o respectivo limite operacional. § 2º A contratação de operação de crédito de que trata o § 1º deverá ser efetuada com até duas instituições financeiras credenciadas com prazo válido de, no mínimo, 12 meses. § 3º Os ativos financeiros que trata o § 1º deverão ser depositados junto ao agente custodiante, previamente ao período a ser garantido, devendo ter o prazo válido de, no mínimo, 3 meses. § 4º A garantia na forma de contratação direta de ativos financeiros, de que trata o § 3º, será aceita em caráter provisório pela CCEE pelo período de 6 meses, a partir da contabilização de que trata o art. 18 desta Resolução.

Parcialmente aceita A despeito de a proposta 3 defendida pela SEM possuir escopo diverso daquele apresentado na abertura da AP67/2013, a proposição de sua implantação prevê um período de transição.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 39: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 39 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

§ 5º Os ativos financeiros de que trata o § 1º, devem ser assegurados por agente de custódia contratado pela CCEE e poderão ser constituídos, isoladamente ou em composição: I – moeda corrente nacional; II – títulos públicos federais; III – quotas de fundos de investimento extramercado; e/ou IV – outros ativos financeiros, aceitos pelo agente de custódia, conforme condições acordadas diretamente com o agente da CCEE. § 6º A garantia na forma de contratação direta que trata o § 1º só se aplica para os agentes de mercado que se encontram na condição de ativos na contabilização de que trata o art. 18 desta Resolução.

Justificativa: Propõe-se um período transitório para a possibilidade de contratação direta de ativos financeiros. Esta proposta visa diminuir em um primeiro momento a dependência da contratação, por parte dos agentes, das instituições financeiras inicialmente habilitadas para constituição de limites operacionais na CCEE, a um custo e condições ainda desconhecidas. A APINE entende que a possibilidade de composição do limite operacional mínimo também por ativos financeiros, se equivale à garantia contratada junto aos bancos, não trazendo riscos ao mercado, uma vez que deverá ser apresentada ao banco custodiante de forma ex-ante. Adicionalmente, este período de transição proposto permite uma acomodação do mercado às novas regras e evita uma

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 40 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

“corrida” do hoje expressivo número de agentes da CCEE junto aos bancos inicialmente credenciados, gerando efeitos negativos para o mercado, tais como: excesso de demanda junto aos bancos, análises de crédito realizadas sob pressão, e o eventual atraso nestas respostas por parte destas instituições que pode levar a impossibilidade da manutenção da condição de um agente na CCEE, com suas implicações. Os ativos financeiros sugeridos para constituição do limite operacional mínimo deverão possuir liquidez em D+0 e poderão ser constituídas por moeda nacional, títulos públicos federais, quotas de fundos ou outros ativos aceitos, devendo ser depositados junto ao agente de custódia. Por fim, o período de transição proposto não vale para novas adesões de agentes na CCEE. A partir da entrada em operação da nova metodologia, os novos agentes obrigatoriamente terão de apresentar um limite operacional constituído a partir de uma das instituições financeiras credenciadas pela Câmara.

CCEE

19. Alterar o artigo 3º conforme a seguir: Art. 3º É condição necessária para a adesão e para a operação do agente de mercado no âmbito da CCEE a apresentação de limite operacional, destinadoas a assegurar o pagamento de suas operações associadas ao mercado de curto prazo, conforme Procedimento de Comercialização específico. [...] § 2º A contratação de que trata o § 1º deverá ser efetuada com até duas instituições financeiras credenciadas, que serão acionadas mensal e proporcionalmente aos limites operacionais concedidos para cada agente da CCEE, para

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 41: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 41 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

cobrir a eventual exposição dos agentes no Mercado de Curto Prazo devendo o agente contratante indicar a ordem de priorização para fins de utilização do limite operacional de cada instituição. § 3º Caso o limite operacional mínimo do agente da CCEE deixe de ser, total ou parcialmente em qualquer hipótese, garantido pela(s) instituição(ões) financeira, os agentes terão um prazo de 30 (trinta) dias, contados do aviso da instituição financeira à CCEE, para regularização do limite operacional junto à instituição financeira, sob pena de instauração de procedimento de desligamento por descumprimento de obrigação. § 4º Para os agentes geradores comprometidos com contratos regulados, a obrigação de que trata o caput fica dispensada para fins de adesão do agente à CCEE, mantendo-se a obrigação quando do início da operação do agente no mercado, inclusive a eventual atuação no mercado livre, sob pena de início de desligamento do agente da CCEE, em qualquer hipótese.

Justificativa: A CCEE sugere a alteração do §2º do artigo 3º da minuta de Resolução, pois conforme previsão na cláusula 2.7 do acordo operacional, não haverá benefício de ordem de priorização para fins de utilização do limite operacional, devendo as instituições financeiras serem acionadas de maneira proporcional ao limite de crédito concedido ao agente para garantir seu limite operacional mínimo, conforme sua posição no mercado de curto prazo. O procedimento inicialmente previsto tinha como objetivo diminuir o custo para a contratação do limite de crédito para o

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 42: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 42 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

agente perante a instituição financeira secundária, entretanto, nas reuniões realizadas com as instituições financeiras foi informado que não haveria diferenciação de preço. Não obstante, como o agente iria definir qual seria a instituição financeira primária e secundária, haveria a possibilidade de equívocos de eventualmente existir duas instituições indicadas como primária, por exemplo, aumentando o trabalho operacional e travas do sistema. Desta forma, e considerando: (i) que não haveria vantagens na manutenção de instituições primárias e secundárias e; (ii) a solicitação das instituições financeiras de retirada do benefício de ordem; e (ii) a possibilidade de existência de erros e aumento das travas operacionais e de sistema, adotou-se a sistemática de acionamento proporcional (pro rata). A CCEE ainda sugere que a contagem do prazo para o agente regularizar o seu limite operacional seja iniciado a partir do aviso desta Câmara aos agentes, uma vez que a CCEE não possuirá conhecimento das notificações encaminhas pelas instituições financeiras. A centralização de informações pela CCEE ocasionará uma maior eficiência na gestão das informações. O gerador pode ser vendedor do ACR, mas atuar no ACL anteriormente ao início do suprimento dos CCEARs. É importante destacar que ele possui a obrigação de se enquadrar na regulação das garantias financeiras, ainda que anteriormente aos CCEARs e que estará sujeito ao desligamento.

ABRAGE 20. Durante um período de transição de 6 meses, permitir duas formas de aporte de garantias financeiras na CCEE:

(1) constituição de LOM (garantia prévia contratada por 3

Parcialmente aceita A despeito de a proposta 3 defendida pela SEM possuir escopo diverso daquele apresentado na abertura da AP67/2013, a proposição de sua implantação prevê um período de transição.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 43 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

meses) com os bancos credenciados (proposta ANEEL/CCEE), ou (2) constituição de LOM (garantia prévia depositada por 3 meses) via ativos financeiros com liquidez em D+0 (quais sejam: moeda nacional, títulos públicos federais, quotas de fundos ou outros ativos aceitos) depositados junto ao agente de custódia (no caso, o Bradesco).

Art. 19-A Os agentes da CCEE poderão, em até 210 dias a contar da data de publicação desta Resolução, optar, alternativamente à forma de apresentação de garantia financeira de que tratam os § 1º a 4º do artigo 3°, pela sua constituição junto a agente de custódia contratado pela CCEE, por meio dos seguintes ativos financeiros, isoladamente ou em composição: I – moeda corrente nacional; II – quotas de fundos de investimento extramercado com liquidez em D+0; III – outros ativos financeiros com liquidez em D+0, aceitos pelo agente de custódia, conforme condições acordadas diretamente com o agente da CCEE.

Art. 23. Esta Resolução entra em vigor 30 dias após na data de sua publicação.

Justificativa: Entendemos que, sob a ótica da garantia de pagamento das obrigações junto ao MCP, as formas (1) e (2) são razoavelmente equivalentes e devem conviver durante o período de transição de 6 meses, até que os produtos financeiros sejam definidos, estruturados e precificados.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 44 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Com a possibilidade da constituição do LOM como apresentado em (2), evitam-se ainda os efeitos indesejados de uma “corrida” dos 2600 agentes da CCEE junto aos 6 bancos credenciados (análise de crédito realizada sob pressão, excesso de demanda junto aos bancos, atraso na resposta que pode levar à impossibilidade de se manter a condição de agente da CCEE etc). Lembramos que há cerca de 1200 consumidores especiais e 600 consumidores livres nesse universo de 2600 agentes da CCEE. Por fim, entendemos que a resolução deve ter início de vigência pelo menos 30 dias após a sua publicação, de forma a se garantir que os agentes que, à luz das regras atuais, não apresentem garantia financeira com liquidez em D+0, tenham algum tempo para fazê-lo, caso já não logrem apresentar a garantia por intermédio das instituições financeiras credenciadas.

BRENTECH

21. Alterar o parágrafo 3º do artigo 3º: Art. 3º (...) § 3º Caso o limite operacional do agente deixe de ser, total ou parcialmente, garantido pela(s) instituição(ões) financeira, os agentes terão um prazo de 30 60 dias, contados do aviso da instituição financeira à CCEE, para regularização do limite operacional junto à instituição.

Justificativa: A Brentech entende como prazo razoável para substituição da instituição financeira , prazo de 60 dias contados do aviso da instituição financeira a CCEE para regularizar o limite operacional.

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 45 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Critérios para Revisão do LOM

ABRACE

22. Alterar a periodicidade da revisão ordinária do LOM 12 meses. Justificativa: [ABRACE] A experiência dos consumidores livres na negociação com bancos para o aporte de garantias financeiras indica que a cada solicitação o banco cobra uma taxa para realizar o aporte. Assim, há a expectativa de que, caso seja necessário renegociar os limites operacionais a cada três meses, haverá também a cobrança destas taxas a cada três meses.

Não aceita Visto que a proposta foi alterada pela SEM de forma que o agente defina seu próprio LO de acordo com sua percepção de risco (proposta 3), entende-se que não há que se regulamentar uma previsão de revisão de LO de forma ordinária.

ABRADEE

23. Recalcular ordinariamente o LOM a cada seis meses e extraordinariamente a qualquer tempo. Justificativa: A revisão do limite operacional a cada 6 meses tem o objetivo de promover menor frequência de negociação com as instituições financeiras e assim evitar possíveis custos adicionais para a constituição das garantias financeiras. A exclusão do §1º visa limitar a forma de revisão do limite operacional mínimo à metodologia estabelecida no art. 4º que considera apenas um percentual sobre a carga da distribuidora.

Não aceita Visto que a proposta foi alterada pela SEM de forma que o agente defina seu próprio LO de acordo com sua percepção de risco (proposta 3), entende-se que não há que se regulamentar uma previsão de revisão de LO de forma ordinária.

ABRAGE

24. Recalcular ordinariamente a cada 3 meses, com base na metodologia proposta para os comercializadores, acrescido da média (positiva ou negativa) do balanço energético do mercado de curto prazo dos três meses antecedentes ao da revisão ordinária, valorada ao PLD de referência. O novo valor do limite operacional mínimo deve, ainda, observar o valor mínimo de R$ 500 mil, aplicável a geradores, distribuidores e

Não aceita Visto que a proposta foi alterada pela SEM de forma que o agente defina seu próprio LO de acordo com sua percepção de risco (proposta 3), entende-se que não há que se regulamentar uma previsão de revisão de LO de forma ordinária.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 46: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 46 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

comercializadores.

Art. 5º A CCEE deverá recalcular o limite operacional mínimo de cada agente ordinariamente a cada três meses e extraordinariamente a qualquer tempo. § 1º A cada revisão ordinária, o limite operacional mínimo de cada agente será o valor recalculado com base no nas disposições disposto do no art. 4º acrescido da média, em módulo, da diferença entre o do balanço energético do mercado de curto prazo e a exposição energética mínima, em MWh, positiva ou negativa, multiplicada pelo PLD de referência, nos três meses antecedentes ao mês da revisão ordinária. § 2º A média de que trata o § 1º será acrescida ao limite operacional recalculado apenas caso seja negativa.

AES Eletropaulo, AES Sul

25. Excetuar as distribuidoras do critério de revisão ordinário, bem como alterar sua periodicidade para semestral:

Art. 5º A CCEE deverá recalcular o limite operacional mínimo de cada agente, exceto para agente de distribuição que terá o seu limite constante, ordinariamente a cada três seis meses e extraordinariamente a qualquer tempo.

Justificativa: A revisão do limite operacional a cada 6 meses tem o objetivo de promover menor frequência de negociação com as instituições financeiras e assim evitar possíveis custos adicionais para a constituição das garantias financeiras. Sugerimos ainda a exclusão dos agentes de distribuição da

Não aceita Visto que a proposta foi alterada pela SEM de forma que o agente defina seu próprio LO de acordo com sua percepção de risco (proposta 3), entende-se que não há que se regulamentar uma previsão de revisão de LO de forma ordinária.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 47: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 47 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

revisão ordinária e extraordinária do limite operacional mínimo considerando que em condições de normalidade contratual, o limite de 1,5% seria suficiente para cobrir a necessidade de garantias financeiras no MCP. Ressaltamos que o atual nível de exposição contratual das distribuidoras decorre de eventos não gerenciáveis tais como rescisão de contratos (CCEARs) por revogação de autorizações, postergação do início de fornecimento por atrasos em linhas de transmissão e principalmente pela frustração dos leilões regulados para compra de energia.

APINE

26. Alterar o artigo 5º conforme a seguir: Art. 5º A CCEE deverá recalcular o limite operacional mínimo de cada agente ordinariamente a cada seis meses e extraordinariamente a qualquer tempo, com base nas disposições do art. 4º. § 1º A cada revisão ordinária, o limite operacional mínimo de cada agente será o valor recalculado com base noas dispostoições do no art. 4º acrescido ajustado em função da média, em módulo, da diferença entre o do balanço energético do mercado de curto prazo e a exposição energética mínima, em MWh, positiva ou negativa, multiplicada pelo PLD de referência, nos três meses antecedentes ao mês da revisão ordinária. § 2º A média de que trata o § 1º será acrescida ao limite operacional recalculado apenas caso seja negativa.

Justificativa: A proposta da APINE para que a revisão do limite operacional de cada agente ocorra a cada 6 meses foi feita com o objetivo de que haja menor frequência de negociação com as

Não aceita Visto que a proposta foi alterada pela SEM de forma que o agente defina seu próprio LO de acordo com sua percepção de risco (proposta 3), entende-se que não há que se regulamentar uma previsão de revisão de LO de forma ordinária.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 48: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 48 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

instituições financeiras, o que demandará análise de crédito, custos e toda a burocracia associada a este processo. Considerando (i) os diversos avanços regulatórios já obtidos na busca da maximização da segurança das operações no mercado; (ii) o contexto atual do setor elétrico, pós-Lei 12.783/2013, que vem exigindo de todos os agentes esforços de eficientização e redução de custos; (iii) a criação de custos às empresas em que inexoravelmente implicará a participação das instituições financeiras enquanto garantidoras das operações do mercado de curto prazo, é do entendimento da APINE e seus associados que a proposta ora submetida à Audiência Pública deve evitar ao máximo a criação de custos desnecessários, em vão, que serão atribuídos, de acordo com a minuta de resolução atual, a agentes tipicamente credores na CCEE. Assim, a proposta permite conciliar o quadro presente descrito com o objetivo de algum avanço adicional aos já obtidos, resultando numa alocação de novos custos setoriais de forma mais seletiva, justa e proporcional aos riscos associados a cada agente, por meio da análise da exposição dos últimos seis meses de cada agente.

CCEE

27. Alterar o artigo 5º conforme a seguir: Art. 5º A CCEE deverá recalcular o limite operacional mínimo dos e cada agentes ordinariamente a cada três seis meses e extraordinariamente a qualquer tempo, com vigência estabelecida no Procedimento de Comercialização.

Não aceita Visto que a proposta foi alterada pela SEM de forma que o agente defina seu próprio LO de acordo com sua percepção de risco (proposta 3), entende-se que não há que se regulamentar uma previsão de revisão de LO de forma ordinária.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 49: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 49 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Parágrafo único. Excepcionalmente, nos dez dias posteriores à revisão ordinária, será possível a redução do limite operacional concedido até o valor do novo limite operacional mínimo do agente, sem que seja respeitada a carência de três meses e mediante notificação encaminhada pela instituição financeira à CCEE. § 1º A cada revisão ordinária, o limite operacional mínimo de cada agente será o valor recalculado com base nas disposições do art. 4º acrescido da média, em módulo, da diferença entre o balanço energético do mercado de curto prazo e a exposição energética mínima, em MWh, multiplicada pelo PLD de referência, nos três meses antecedentes ao mês da revisão ordinária. § 2º A média de que trata o § 1º será acrescida ao limite operacional recalculado apenas caso seja negativa.

Justificativa: Em razão da quantidade de agentes que atuam no setor, ausência de benefícios na revisão do limite operacional a cada três meses, e o aumento de custos, para os agentes junto às instituições financeiras, a CCEE sugere a alteração do prazo da revisão ordinária para cada seis meses. A CCEE ainda ressalta que a alteração de prazo para seis meses está em consonância com a cláusula 3.5. do acordo operacional celebrado com as instituições financeiras. A CCEE recomenda a inclusão de parágrafo único, para explicitar a excepcionalidade da possível redução do limite operacional até o montante do novo limite operacional mínimo sem observar a carência de 3 meses, reduzindo-se os custos para os agentes.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 50: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 50 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Por fim, a CCEE sugere a exclusão dos §§ 1º e 2º, conforme justificativa do inciso IV do § 1º do artigo 4º.

Disponibilização de informações

ABIAPE

28. Tendo em vista que a 1ª etapa transferiu aos compradores uma nova responsabilidade (escolha da contraparte), sem uma contrapartida adequada, a ABIAPE pleiteia que essa lacuna seja preenchida por uma maior disponibilidade de informações que permitam e contribuam com a análise dos vendedores. Assim, no contexto da implantação da 2ª etapa, faz-se necessário também o aumento do escopo da CCEE na disponibilização de indicadores e relatórios que demonstrem os riscos dos vendedores. Tais informações não precisam ser necessariamente públicas, mas devem ser calculadas e chanceladas pela CCEE, podendo ser demandadas pelos compradores de forma bilateral. Justificativa: Entende-se que com isso ter-se-ia condições para a criação de produtos com segurança diferenciada, resultando na criação de um novo nicho de mercado para os agentes vendedores, corroborando, ainda, com os objetivos da discussão acerca da nova metodologia de Garantias Financeiras. Cabe lembrar que a NT 087/2012, que subsidiou a AP 072/2012, no parágrafo 21 cita como medidas preventivas a serem operacionalizadas a criação de relatórios e indicadores, cuja implantação teria sido razoável na primeira etapa, nunca tendo sido, porém, contemplado. Além disso, é preciso que os dados sejam disponibilizados de forma mais rápida, garantindo maior previsibilidade e transparência ao mercado. Considerando a importância de fatores de origem sistêmica, tais como fator de redução de

Aceita Vide proposta 3, seção III.3 desta NT.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 51: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 51 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

garantia física, encargos de serviços de sistema, etc., pleiteia-se que a CCEE disponibilize os relatórios desses fatores em base semanal, criando subsídios para otimizar a atuação dos agentes que fatalmente acarretará em maior eficiência do mercado.

Outros

ABIAPE, ABRACE, VALE

29. Não implementação da proposta de Limites Operacionais. Justificativa: A sistemática é pouco eficiente e de potencial elevado custo, que inevitavelmente culminará com a redução da competitividade da indústria nacional.

Parcialmente aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

ANACE 30. Avaliar e discutir novas alternativas para o alcance da segurança do mercado.

Aceita Vide seção III.3 desta NT.

ABIAPE, ABRACE, ABRACEEL, PETROBRAS, VALE

31. Cálculo de garantias financeiras de maneira “online” e em tempo real. A proposta consiste na avaliação da disponibilidade de recursos do agente no momento do registro de um novo contrato. Caso seja constatado que o agente não tem disponibilidade de recursos (garantia física, garantias financeiras e/ou contratos de compra) para realizar a transação, o que geraria uma exposição de mercado sem respaldo em ativos, o registro não seria efetivado. Com isso, é garantido que toda operação estará respaldada por recursos e que agente com maior risco arquem com maiores garantias. Além disso, em momentos de mudança do PLD haveria um ajuste como forma de adequar os recursos aos montantes contratados, tal como ocorre no mercado financeiro na denominada “chamada de margem”. Justificativa:

Não considerada Apesar do mérito da proposta, atualmente não há uma viabilidade operacional na CCEE para implantação do referido pleito.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 52 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

O arranjo propicia ao mercado operações sob informação plena com alocação de risco adequada, uma vez que para cada registro as garantias financeiras exigidas seriam proporcionais ao risco que o agente está imputando ao mercado. Além disso, agrega maior segurança ao mercado a partir de um bem sucedido e difundido exemplo do mercado financeiro.

ABIAPE

32. Consolidação das operações financeiras da CCEE em empresas de um mesmo Grupo Econômico. Justificativa: A aplicação do conceito de Grupo Econômico induz o mercado a uma maior eficiência, evitando, por exemplo, que um mesmo agente tenha que participar dos débitos e créditos de uma mesma liquidação, pagando recursos em um dia e recebendo no outro. Portanto, a medida garante o uso racional dos recursos, reduzindo a ociosidade de capital e ampliando a capacidade de investimento das empresas. Ademais, reduzem-se os volumes expostos, o risco de inadimplência e os custos com Garantias Financeiras.

Não aceita Por questões operacionais na Câmara, o banco deve informar à CCEE o limite operacional disponível para cada agente, independentemente de fazerem ou não parte de um mesmo grupo econômico.

ABIAPE

33. Expurgar o inciso III do Art. 14 da minuta de resolução proposta pela ANEEL, permitindo que todos os autoprodutores possam recompor o seu lastro em caso de não efetivação do registro por não aporte de garantia pelo vendedor. Justificativa: Autoprodutores têm – por lei – direito a venda de excedentes. A prática da venda é necessária para ajustar o consumo de energia com a produção industrial, permitindo o uso racional dos recursos. Além disso, a venda auxilia na gestão de contratação das empresas, permitindo a proteção de posição

Parcialmente aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM previu na proposta 3 que os Autoprodutores, consumidores livres e especiais não incorram em penalidade por insuficiência de lastro para os montantes de energia não homologados e que possuam limite operacional para sua cobertura.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 53 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

(hedge), o que contribui para reduzir custos e riscos da indústria nacional. Além disso, a venda permite a composição de produtos que sejam adequados ao perfil do autoprodutor.

ABRACEEL

34. Expurgar o inciso III do Art. 14 da minuta de resolução proposta pela ANEEL, permitindo que todos os agentes possam recompor o seu lastro em caso de não efetivação do registro por não aporte de garantia pelo vendedor. Justificativa: A possibilidade de recomposição de lastro apenas pelos consumidores não é isonômica com os demais agentes de mercado, que, agindo de boa fé, também podem ter sido afetados pela não validação do registro de contratos de seus fornecedores.

Não aceita

ABRACE 35. Prever um tratamento específico para consumidores parcialmente livres, de forma que não tenham que arcar com os custos do LOM tanto na parcela negociada no mercado livre, quanto na energia recebida da distribuidora.

Não considerada Visto que a proposta foi alterada pela SEM de forma que o agente defina seu próprio LO de acordo com sua percepção de risco, entende-se que não há que se regulamentar um tratamento específico para consumidores parcialmente livres.

ABRACEEL

36. Prever o tratamento de exceções após o período de transição, por meio da inclusão dos parágrafos a seguir no art. 3º da REN:

§ 4º Nos casos de comprovada dificuldade do agente na aprovação de limite de crédito nas instituições financeiras cadastradas, o agente poderá, em caráter de exceção, aportar o valor do limite operacional calculado na forma de ativos financeiros aceitos pelo agente de liquidação, como garantia às liquidações financeiras do mercado de curto prazo da CCEE. § 5º Os agentes enquadrados na resolução nº 2827 de 30 de março de 2001, na descrição de órgãos ou entidades publicas e na ausência de instituições financeiras

Parcialmente aceita Conforme seção III.4 desta NT, a proposta da SEM prevê um regime de exceção para os agentes de distribuição, ao passo que para os demais agentes prevê um período de transição.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 54 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

credenciadas que forneçam acesso ao crédito para o limite operacional do mercado de curto prazo da CCEE, poderão, em caráter de exceção, aportar o valor do limite operacional calculado na forma de ativos financeiros aceitos pelo agente de liquidação, como garantia às liquidações financeiras do mercado de curto prazo.

ABRACEEL

37. Alterar a regra de empilhamento de contratos de que trata a REN 531/2012, de forma a ajustar os pontos a seguir: Priorização entre ambientes A regra atual de empilhamento de contratos para efeitos de ajuste de montantes prioriza os contratos do ACL em relação ao ACR, mesmo nos casos em que o contrato do ambiente regulado tenha sido registrado em data posterior ao contrato do ACL. Entendemos que tal tratamento não é isonômico, inicialmente, uma vez que a legislação do setor elétrico não estabelece a prevalência do Ambiente de Contratação Regulada (ACR) em detrimento do Ambiente de Contratação Livre (ACL). Dessa forma, não há razão para priorizar o ajuste de contratos do ACL em relação aos contratos do ACR, razão pela qual sugerimos que o ajuste de contrato seja realizado em relação ao total de energia vendido pelo agente, independentemente do ambiente de contratação. Priorização de contratos no ACL Em relação aos vendedores com mais de um CCEAL, também se propõe na AP 067 a manutenção da regra atual, que adota como critério de priorização o registro mais recente de volume de energia. Na visão da Abraceel, e também na proposta discutida e apresentada pelas associações setoriais em 2011 e nas

Não aceita Visto que a proposta da SEM não prevê mais o aporte de garantias complementares, o agente terá que realizar a gestão de seu risco e manter o LO adequado contratado junto às instituições financeiras (assim como garantias avulsas).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 55: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 55 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

contribuições da Abraceel à AP 72/2012 e à primeira fase da AP 067/2013, é menos oneroso para o mercado ratear os montantes em aberto por todas as contrapartes do vendedor, na proporção dos respectivos contratos (loss sharing bilateral entre os compradores). A concentração do loss sharing nas contrapartes dos últimos contratos de venda, conforme proposto pela Aneel, eleva o risco individual de contratação (de ser a última contraparte) e permite ao vendedor manipular as datas de registro dos contratos na CCEE a fim de selecionar suas contrapartes que estariam garantidas e as que estariam sujeitas ao loss sharing.

ABRADEE, APINE

38. No que se refere à garantia financeira complementar, cabe ressaltar a necessidade de atenção aos prazos a serem estabelecidos pela CCEE, quando da redação dos procedimentos de comercialização (PdCs), de forma a permitir a negociação de aumento no limite operacional do agente junto às instituições financeiras habilitadas nestes casos.

Não aceita Visto que a proposta da SEM não prevê mais o aporte de garantias complementares, o agente terá que realizar a gestão de seu risco e manter o LO adequado contratado junto às instituições financeiras (assim como garantias avulsas).

ABRAGE

39. Alterar o cálculo do PLD de referência de forma a utilizar a média dos PLDs de todos os submercados para os três meses subsequentes ao em que estiver sendo realizado o cálculo, utilizando-se a média dos 2.000 valores mensais de PLD obtidos com base no custo marginal de operação advindo do modelo Newave, respeitados os limites mínimo e máximo de PLD e a ponderação das horas de cada um dos patamares de carga:

XI – PLD de referência: preço utilizado pela CCEE para o cálculo de limite operacional mínimo, que corresponde ao valor médio de PLD de todos os submercados para os três meses subsequentes ao que estiver sendo realizado o cálculo, e será o resultado da média dos 2.000 valores mensais de PLD obtidos com base no custo marginal de

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 56 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

operação advindo do modelo Newave, respeitados os limites mínimo e máximo de PLD e a ponderação das horas de cada um dos patamares de carga.

Justificativa: Tal como apresentada na redação do inciso XI do artigo 2º da minuta de resolução, a definição do PLD resta pouca clara a respeito de qual submercado deverá ser utilizado como referência para o cálculo do limite operacional mínimo. Ademais, as obrigações dos agentes que integram a CCEE não estão circunscritas a apenas um submercado e a adoção do valor máximo do PLD de qualquer submercado a ser utilizado pode se revelar deveras excessiva e onerosa para os participantes da liquidação no MCP.

ABRADEE

40. Alterar o cálculo do PLD de referência para considerar os ajustes a seguir:

Art. 2º Para fins e efeitos desta Resolução, são adotadas as seguintes definições: ... XI – PLD de referência: preço utilizado pela CCEE para o cálculo de limite operacional mínimo, que corresponde ao maior valor médio de PLD calculado para todos os submercados e patamares de carga do sistema, para os três meses subsequentes ao que estiver sendo realizado o cálculo do limite operacional mínimo, e será o resultado da média dos 2.000 valores mensais de PLD obtidos com base no custo marginal de operação advindo do modelo Newave, respeitados os limites mínimo e máximo de PLD e a ponderação das horas de cada um dos patamares de carga.

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 57 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

APINE

41. Alterar o cálculo do PLD de referência para considerar os ajustes a seguir:

Art. 2º Para fins e efeitos desta Resolução, são adotadas as seguintes definições: ... XI – PLD de referência: preço utilizado pela CCEE para o cálculo de limite operacional mínimo, que corresponde ao maior valor médio de PLD calculado para todos os submercados e patamares de carga do sistema, dentro do horizonte de três meses subsequentes ao que estiver sendo realizado o cálculo, e será o resultado da média dos 2.000 valores mensais de PLD obtidos com base no custo marginal de operação advindo do modelo NEWAVE, respeitados os limites mínimo e máximo de PLD e a ponderação das horas de cada um dos patamares de carga.

Justificativa:

A redação proposta na minuta de resolução não menciona o submercado que será utilizado como referência para o cálculo do limite operacional mínimo a serem utilizados nos artigos 4º e 5º. Ademais, as obrigações dos agentes que integram a CCEE não estão circunscritas a apenas um submercado e a adoção do valor máximo do PLD de qualquer submercado a ser utilizado pode se revelar devera excessiva e onerosa para os agentes da liquidação no MCP. Assim, propomos que se utilize um PLD médio único para

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 (Limite Operacional definido pelo próprio agente) é mais adequada.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 58 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

todos os agentes resultante da média dos PLDs de todos os submercados para os três meses subsequentes ao em que estiver sendo realizado o cálculo, utilizando-se a média dos 2.000 valores mensais de PLD obtidos com base no custo marginal de operação advindo do modelo NEWAVE, respeitados os limites mínimo e máximo de PLD e a ponderação das horas de cada um dos patamares de carga.

AES Uruguaiana

42. Propor tratamento diferenciado para usina inativa ou em hibernação, que pelo fato de não estar operando não representa risco ao mercado. Pela proposta atual, o limite operacional mínimo para usinas sem garantia física será calculado a partir da capacidade de geração da usina, o que para estes casos implicará em alto custo desnecessário. Desta forma, entendemos que deve haver tratamento diferenciado para usinas nesta condição.

Não aceita Conforme seção III.3 desta NT, a SEM entende que a proposta 3 é mais adequada, e caberá ao agente fazer gestão de seu próprio risco.

APINE

43. Alterar o rateio de inadimplência de agentes desligados para que não considere no cálculo o rateio de votos uniformes:

Art. 17. Havendo desligamento de um agente da CCEE, o débito desse agente deverá ser rateado entre todos os agentes, na proporção de seus votos, na contabilização seguinte à última liquidação com participação desse agente desligado, conforme Procedimento de Comercialização específico. Parágrafo Único. Fica excluída deste cálculo a parte uniforme dos votos dos agentes, correspondente a 5% da sua totalidade.

Justificativa: A proposta visa que o rateio previsto neste artigo seja feito

Não considerada A proposta foi tratada no âmbito da AP 124/2013.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 59 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

apenas com base nos votos proporcionais, removendo-se a parte dos votos uniformes (5%), evitando onerar sobremaneira os agentes de menor representatividade (em particular os consumidores especiais).

BTG PACTUAL

44. Propor um o produto financeiro de seguro-garantia na modalidade financeira, cuja proposta consiste em oferecer um seguro financeiro com liquidez na data das liquidações da CCEE, garantido pela seguradora credenciada. Para tal, propõe-se o credenciamento das sociedades seguradoras que atendam os seguintes pré-requisitos.

Não aceita A despeito de não se prever nessa etapa da AP a alteração do conceito do produto Limite Operacional, destaca-se que, conforme prevê a minuta de Resolução proposta pela SEM, as garantias avulsas poderão ser constituídas por qualquer produto financeiro, desde que aceito pelo banco custodiante.

CCEE

45. Alterar a definição de agente de compensação: III – agente de compensação: instituição financeira, credenciada na CCEE e contratada pelo agente, responsável pelo pagamento das obrigações dos agentes no processo de liquidação financeira, até o montante do limite de crédito concedido;

Justificativa: A CCEE sugere a inclusão de texto para deixar expresso que a responsabilidade das instituições financeiras é limitada até o montante financeiro concedido aos agentes.

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

CCEE

46. Alterar a definição de agente de liquidação: IV – agente de liquidação ou de custódia: instituição financeira contratada pela CCEE responsável pela operacionalização do processo de liquidação e da custódia de garantias financeiras que são aportadas pelos agentes;

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

CCEE

47. Alterar a definição de garantia complementar:

VI – garantia financeira complementar: valor, em Reais, de garantia financeira a ser adicionada ao limite operacional;que deverá ser depositado perante o agente

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 60: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 60 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

de liquidação, resultante da diferença entre o valor preliminar apurado do agente a ser liquidado no Mercado de Curto Prazo e seu limite operacional.

Justificativa: A CCEE sugere a inclusão de texto para deixar mais clara a definição de garantia financeira complementar, pois a o termo “a ser adicionada” pode gerar a interpretação de que estaria se majorando o limite operacional do agente.

CCEE

48. Alterar a definição de limite operacional:

IX – limite operacional: valor, em Reais, atribuído a cada agente, correspondente à medida de garantia financeira do limite de crédito concedido pelas instituições financeiras credenciadas pela CCEE, associada às operações de compra e venda de energia, vinculadas ao processo de contabilização do mercado de curto prazo, no âmbito da CCEE;

Justificativa: A CCEE sugere a alteração do texto, já que o limite operacional não será mais assegurado pelas garantias financeiras, mas sim pelas instituições financeiras e pelo montante financeiro concedido.

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

CCEE

49. Alterar a definição de limite operacional mínimo:

X – limite operacional mínimo: valor, em Reais, atribuído a cada agente, calculado pela CCEE, conforme parâmetros definidos pela ANEEL, correspondente ao menor montante de limite operacional necessário ao agente para operar no âmbito da CCEE, que deverá ser garantido por instituições financeiras credenciadas pela CCEE; e

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 61: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 61 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

Justificativa: A CCEE sugere a inclusão de texto para deixar claro que os parâmetros são definidos pela Agência Reguladora e que os agentes serão garantidos pelas instituições financeiras.

CCEE

50. Alterar o parágrafo 3º do art. 8º: Art. 8º (...) § 3º Observado o descumprimento das obrigações previstas neste artigo, a CCEE instaurará procedimento administrativo próprio com vistas a promover o desligamento do agente.

Justificativa: A CCEE sugere a exclusão do termo “administrativo”, pois conforme reza a lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, o termo “procedimento administrativo” é utilizado somente para os processos “internos” da Administração Pública Federal. O referido conceito é ampliado para outras entidades da Administração Pública, mas não para a CCEE, que é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos.

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

CCEE

51. Incluir parágrafo no art. 12: Art. 12 (...) § 1º Não será aplicado o disposto no caput para os volumes de energia associados aos contratos, cujas partes contratantes possuam o mesmo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ.

Justificativa: A CCEE sugere que os volumes de energia elétrica associados

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 62: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 62 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

aos contratos que tenham sido registrados para a mesma pessoa jurídica (comprador e vendedor) não sofram ajustes em seu montante, já que tal medida não será eficaz para evitar eventual inadimplência.

CCEE

52. Ajustar a referência do inciso I do art. 12: Art. 12º I – o ajuste de montantes de energia elétrica atrelados aos contratos de venda ou cessão segundo os critérios estabelecidos no art.123;

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

CCEE

53. Excluir o artigo 17: Art. 17. Havendo desligamento de um agente da CCEE, o débito desse agente deverá ser rateado entre todos os agentes, na proporção de seus votos, na contabilização seguinte à última liquidação com participação desse agente desligado, conforme Procedimento de Comercialização específico.

Justificativa: O referido dispositivo foi tratado também no âmbito da Audiência Pública nº 124/2013, das Regras de comercialização, versão 3.0 do CliqCCEE. Deste modo, a CCEE sugere que a ANEEL avalie a conveniência da permanência ou não do referido dispositivo na presente minuta de REN. Todavia, independente da tratativa do dispositivo no âmbito desta AP ou da AP 124/2013, a CCEE sugere a inserção de artigo alterando expressamente os artigos das Resoluções 552/2002, REN 109/2004 e 545/2013, que tratam do rateio de agentes inadimplentes.

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 63: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 63 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

CCEE

54. Incluir novo artigo: Art.º 18. Inclusão do parágrafo único no art. 3º da Resolução Normativa nº 571, de 23 de julho de 2013, que passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 3º................................................................ I......................................................................... II........................................................................ III........................................................................ Parágrafo único: Para que a contagem do prazo abarque a última liquidação financeira garantida pela instituição financeira para o agente, é necessário que a CCEE seja notificada pela(s) respectiva(s) instituição(ções) financeira(s) em até 2 (dois) dias úteis, após realização da referida liquidação financeira.”

Justificativa: A CCEE sugere a inclusão de novo artigo, cujo escopo é a alteração da Resolução Normativa nº 571/2013. A contribuição visa contemplar a cláusula 3.4. do acordo operacional celebrado entre a CCEE e as instituições financeiras. O prazo de dois dias úteis após a liquidação financeira visa assegurar aos Bancos que sua obrigação seja limitada a três liquidações financeiras do mercado de curto prazo. A CCEE recomenda a renumeração dos artigos da minuta de REN, em virtude da contribuição.

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

CCEE 55. Alterar o artigo 18:

Art. 189. Os critérios de cálculo e de apresentação de garantias financeiras estabelecidos nesta Resolução deverão ser aplicados a partir da contabilização de xxxxxxx

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 64: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 64 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

de 2014. Parágrafo único. Até que sejam aprovadas as adequações nos Procedimentos e Regras de Comercialização, bem como a implantação de tais Regras nos sistemas da CCEE, todos os cálculos e apurações previstos nessa Resolução serão realizados por meio do Mecanismo Auxiliar de Cálculo – MAC, incluindo o primeiro cálculo previsto nos artigos 4º e 5º §3º do art. 6º.

Justificativa: A CCEE sugere alteração para adequação da referência visando explicitar que todos os cálculos previstos nos artigos 4º e 5º serão efetuados por meio de mecanismo auxiliar de cálculo - MAC até a aprovação das respectivas Regras e Procedimentos de Comercialização.

CCEE

56. Alterar o artigo 19 e renumerá-lo para 20: Art. 1920. Os agentes da CCEE deverão cumprir a obrigação estabelecida no § 1º do art. 3º até xx de xxxx xxxxxxx de xxxx, sob pena de instauração de procedimento de desligamento por descumprimento de obrigação.

Justificativa: A CCEE sugere que o prazo para cumprimento da obrigação da constituição e apresentação do LO dos agentes seja no último dia útil anterior ao mês de vigência da nova metodologia do LOM previsto na Resolução Normativa (art. 18 - mês da contabilização).

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

CCEE

57. Incluir parágrafos no art. 20: Art. 20 § 1º. Os agentes que não conseguirem realizar a contratação do limite operacional com as instituições financeiras credenciadas no âmbito da CCEE, dentro do

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 65 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

prazo previsto no caput, terão, excepcionalmente, o prazo de 3 (três) meses para regularizar a situação, sob pena de instauração de procedimento de desligamento por descumprimento de obrigação. § 2º Para a operação do agente no âmbito da CCEE que não tenha constituído o limite operacional dentro do prazo previsto no caput, deverá ser apresentada garantia, até XX de XXXX de XXXX, aceita pelo Banco Custodiante a seu critério, observadas as seguintes condições: I – vigência que assegure 6 (seis) meses de operação do agente, sem possibilidade de revogação por parte do agente; II – título líquido, certo e exigível; III - título que possibilite sua execução parcial; e IV – o montante garantido deverá ser equivalente a 3 (três) vezes o limite operacional mínimo calculado pela CCEE acrescido de 30% (trinta por cento). § 3º A garantia prevista no § 2º não exime o agente do cumprimento da obrigação de aportar a garantia financeira exigida pela CCEE, nos termos desta Resolução.

Justificativa: A CCEE sugere a inclusão dos §§ 1º e 2º, para contemplar um período de transição de três meses. O objetivo do período de transição é auxiliar os agentes durante a implantação da nova metodologia do LOM, bem como estabelecer um prazo adicional para que os agentes possam obter o limite operacional junto às instituições

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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(Fl. 66 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

financeiras, desde que apresentando uma garantia aceita pelo Banco Custodiante e atendido os critérios previstos na minuta de REN. A CCEE ainda sugere que o prazo para apresentação da garantia prevista no §2º do art. 20 deve ser a mesma data para cumprimento do caput do referido artigo.

CCEE

58. Alterar o artigo 20: Art. 20. A partir de xx de xxxxxxx de xxxx, a adesão de novos agentes no âmbito da CCEE, para operacionalização a partir de XXXX de XXXX, somente será dará efetivada mediante o cumprimento da obrigação disposta no art. 3º.

Justificativa: A CCEE sugere a alteração do artigo, para que a adesão dos candidatos a agente desta Câmara somente seja efetivada com a apresentação do Limite Operacional. A CCEE ressalta que é de extrema importância que a exigência para os novos agentes seja coincidente com o mês de implantação da nova metodologia (prazo implementação “contabilização” = mês de operacionalização da adesão).

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

59. Excluir o artigo 21: Art. 21. A partir de xx de xxxxxxx de xxxx ficam revogados os artigos 1º a 17 e os artigos 23 a 26 da Resolução Normativa nº 531, de 21 de dezembro de 2012.

Justificativa: A CCEE sugere a exclusão do referido artigo e recomenda que (i) os artigos da Resolução Normativa nº 531/2012, que permanecerem vigentes, sejam incorporados na presente minuta de resolução; e (ii) a revogação completa da Resolução Normativa nº 531/2012, em virtude da incorporação dos artigos

Não aceita Conforme seção III.3, a SEM propôs uma nova minuta de Resolução, a ser discutida em nova Audiência Pública.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 67: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 67 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO I - ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS Entidade Artigo Texto Aproveitamento Justificativa

vigentes. A CCEE sugere, ainda, que a Resolução Normativa nº 571/2013, que estabeleceu os critérios para o credenciamento de Instituições Financeiras no âmbito da CCEE, também seja incorporada a presente minuta de resolução. A referida sugestão visa reunir em um único instrumento normativo a matéria tratada, facilitando a consulta dos Agentes do Mercado e a sociedade. A CCEE recomenda, também, a renumeração dos artigos da minuta de REN, caso a recomendação seja acatada pela ANEEL.

PETROBRAS 60. Iniciar a 3ª etapa da AP 072/2012, estabelecendo um fundo garantidor.

Não considerada Tema fora do escopo da Audiência Pública.

PETROBRAS 61. Disciplinar de maneira rigorosa as condições para autorização da atividade de comercialização de energia elétrica (Audiência Pública 023/11 - aprimoramento da REN 265/1998).

Não considerada Tema fora do escopo da Audiência Pública.

BTG PACTUAL, BRADESCO, DEUTSCHE BANK, ITAU-UNIBANCO, SAFRA e SANTANDER

62. Adequar a regulamentação da ANEEL para que esteja em linha ao acordo operacional assinado entre CCEE e os bancos credenciados.

Aceita Na proposta 3, a SEM revisou o acordo operacional em que (i) as disposições normativas foram todas transportados para a minuta de resolução proposta, e (ii) disposições eminentemente contratuais foram incluídas no contrato de adesão anexo a esta NT (anexo à minuta de REN).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Page 68: Nota Técnica no 63/2014–SEM/ANEEL · 2014-09-04 · (Fl. 2 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20 /06/2014) 6. Em atendimento ao planejamento estabelecido na Fase Conceitual,

(Fl. 68 a 91 da Nota Técnica no 63/2014-SEM/ANEEL, de 20/06/2014)

ANEXO II - MINUTA DE RESOLUÇÃO

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

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AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL

RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL No , DE DE DE 2014.

Dispõe sobre as garantias financeiras, a homologação de registros validados de contratos e a divulgação de informações associadas à comercialização no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica e dá outras providências.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto nas Leis no 12.414, de 9 de junho de 2011, no 10.848, de 15 de março de 2004, no 9.427, de 26 de dezembro de 1996, no 9.074, de 7 de julho de 1995, e Decretos no 7.829, de 17 de outubro de 2012, no 5.177, de 12 de agosto de 2004, no 5.163, de 30 de julho de 2004, e o que consta dos Processos no 48500.003901/2012-91 e no 48500.000855/2013-59, resolve:

Art. 1o Estabelecer a disciplina atinente às garantias financeiras, à homologação de registros validados de contratos e à divulgação de informações associadas à comercialização no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE.

CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES

Art. 2o Para fins e efeitos desta Resolução, são adotadas as seguintes definições:

I - agente da CCEE: concessionário, permissionário e autorizado de serviços ou instalações de energia elétrica, detentor de registro de empreendimento de geração, consumidor livre e consumidor especial que seja associado à CCEE;

II - agente de liquidação: instituição financeira contratada pela CCEE como responsável pela operacionalização do processo de liquidação e da custódia de garantias financeiras constituídas pelos agentes da CCEE;

III - agente garantidor: instituição financeira habilitada junto à CCEE e contratada pelo agente da CCEE, responsável pelo pagamento das obrigações do agente contratante no processo de liquidação financeira, nos termos desta Resolução;

IV - aprovação: manifestação unilateral e discricionária em que a entidade ou autoridade competente aquiesce a realização de determinado ato ou negócio jurídico, prévia ou posteriormente, conforme trate de um pressuposto de validade ou de um requisito de eficácia, respectivamente;

V - Banco Central do Brasil - BACEN: autarquia federal instituída pela Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964;

VI - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE: associação civil sem fins lucrativos, que atua por autorização do Poder Concedente, regulação e fiscalização da ANEEL, conforme legislação de regência;

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VII - ciclo de liquidação financeira: período mensal no qual se realizam os procedimentos

para a contabilização e a liquidação financeira;

VIII - contabilização: processo de apuração da comercialização de energia elétrica entre os agentes da CCEE, do qual, em intervalos temporais definidos, resulta a situação de cada agente como credor ou devedor no mercado de curto prazo;

IX - conta corrente específica: conta corrente da qual é titular o agente da CCEE perante o agente de liquidação;

XI - garantias financeiras: meios executáveis extrajudicialmente, com que se assegura o cumprimento de obrigações de pagamento;

XII - homologação: manifestação unilateral e vinculada em que é certificada a legalidade de determinado ato ou negócio jurídico já realizado;

XIII - limite operacional: garantia financeira contratada pelo agente da CCEE com o agente garantidor, destinado ao adimplemento das obrigações contraídas pelo agente contratante no âmbito da liquidação financeira, nos termos desta Resolução;

XIV - liquidação financeira: processo de pagamento de débitos e recebimento de créditos apurados no âmbito da contabilização promovida pela CCEE;

XV - mapa de liquidação financeira: documento eletrônico emitido pela CCEE que informa todos os valores a serem movimentados pelo agente de liquidação, individualizando os débitos e créditos relativos a cada agente da CCEE;

XVI - Mercado de Curto Prazo - MCP: denominação do processo em que se procede à contabilização e liquidação financeira das diferenças apuradas entre os montantes de energia elétrica seguintes:

a) contratados, registrados e validados pelos agentes da CCEE, bem como homologados pela CCEE; e

b) de geração ou de consumo efetivamente verificados e atribuídos aos respectivos agentes da CCEE;

XVII - processo de contabilização e liquidação financeira: conjunto de operações envolvendo a medição, o registro de todos os contratos de compra e venda de energia elétrica, inclusive dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado - CCEAR, os montantes objeto da contabilização, a liquidação financeira, incluindo o gerenciamento das transferências financeiras entre os agentes da CCEE e o universo de programas e métodos utilizados;

XVIII - processo de registro, validação e homologação: procedimento em que um agente da CCEE lança a registro nos sistemas da CCEE montante de energia elétrica contratado, sua contraparte valida tal registro e a CCEE, quando atendidos os requisitos normativos pertinentes, procede à respectiva homologação;

XIX - registro: cadastro obrigatório de dados ou documentos em livro ou banco de dados mantidos por órgãos ou entidades competentes, cuja efetivação lhe confere eficácia para todos os fins, salvo constatação posterior de vício material ou formal;

XX - Sistema de Coleta de Dados de Energia - SCDE: sistema computacional que realiza a coleta e tratamento dos dados de medição que serão utilizados na contabilização, para a formação do PLD, na gestão dos encargos de transmissão, entre outros; e

XXI - Sistema Interligado Nacional - SIN: conjunto de instalações e de equipamentos que possibilitam o suprimento de energia elétrica nas regiões do país interligadas eletricamente, conforme regulamentação aplicável.

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CAPÍTULO II

DAS GARANTIAS FINANCEIRAS

Seção I Disposições Gerais

Art. 3o A constituição de garantias financeiras é condição necessária à adesão e à operação do agente de mercado no âmbito da CCEE, nos termos desta Resolução e de Procedimento de Comercialização específico, ressalvado o disposto no § 6o do art. 7o.

§ 1o A constituição de garantias financeiras tem por finalidade precípua assegurar aos agentes da CCEE a homologação dos registros validados de contratos de compra e venda por eles realizados, assim como a preservação do MCP.

§ 2o Excepciona-se o disposto no caput às concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de energia elétrica, sem prejuízo do disposto no art. 21 e no art. 27 III e § 2o da Resolução Normativa no 545, de 16 de abril de 2013, ou da disciplina sucedânea.

Art. 4o As garantias financeiras, nos termos definidos neste Capítulo, devem ser constituídas pelo agente da CCEE mediante a contratação de operação de crédito junto a:

I - o agente garantidor, quando se tratar do limite operacional; e

II - qualquer instituição financeira apta a atuar em território nacional, quando se tratar de garantias avulsas.

§ 1o Para a contratação a que alude o inciso II do caput, devem ser aceitos os seguintes ativos financeiros, isoladamente ou em composição:

I - moeda corrente nacional;

II - títulos públicos federais;

III - carta de fiança; ou

IV - quotas de fundos de investimento extramercado.

§ 2o Outros ativos financeiros podem ser aceitos pelo agente de liquidação, conforme condições com esse acordadas diretamente pelo agente da CCEE.

§ 3o Os ativos financeiros referidos nos incisos II a IV do § 1o devem ser assegurados pelo agente de liquidação contratado pela CCEE, na data prevista para depósito de recursos por parte dos agentes da CCEE devedores no âmbito da liquidação, bem como aqueles aceitos nos termos do § 2o.

Seção II Do Limite Operacional

Art. 5o Incumbe a cada agente da CCEE, à vista do disposto no § 1o do art. 3o, constituir garantias financeiras suficientes ao estabelecimento de seu respectivo limite operacional, arbitrado consoante sua própria avaliação de risco acerca da conjuntura de mercado e de suas contrapartes, presente e futura.

Parágrafo único. O limite operacional de cada agente é arbitrado por sua conta, considerando-se presumido, para todos os fins, que:

I - o risco correspondente é integralmente conhecido e assumido;

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II - a única medida apta a garantir, de modo absoluto, as operações realizadas por cada

agente é constituir um limite operacional compatível com a totalidade do consumo apurado e dos contratos de venda ou cessão.

III - sua estipulação em valor aquém do recomendável caracteriza imperícia, imprudência ou negligência;

IV - sua estipulação em valores inferiores ao referido no inciso II, em confiança à eventual suficiência dos limites operacionais ou regularidade na conduta de suas contrapartes, implica o referido no inciso I e, eventualmente, no inciso III;

V - os efeitos decorrentes do disposto nos incisos III e IV devem ser integralmente suportados pelo agente da CCEE; e

VI - o risco inerente à contratação com contrapartes contempla a aplicação da disciplina disposta no Capítulo III.

Art. 6o O limite operacional não será inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais) mensais, devendo esse valor ser atualizado monetariamente com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA ou seu sucedâneo, bem como publicizado pela CCEE anualmente a partir do dia 15 de janeiro.

Parágrafo único. O valor a que alude o caput pode ser alterado pelo Superintendente de Estudos do Mercado, a constar do Procedimento de Comercialização a que alude o caput do art. 3o, desde que submetido à Consulta Pública e estabelecido com vacância mínima de seis meses para o início de vigência.

Art. 7o O limite operacional deve ser contratado com até dois agentes garantidores, observando-se os critérios de vigência a que aludem os §§ 1o e 2o do art. 12.

§ 1o O agente garantidor é solidariamente responsável com o agente da CCEE contratante, até o respectivo montante contratado, observado o disposto nos §§ 4o e 5o, figurando como contraparte na obrigação financeira.

§ 2o A concessão de limite operacional é condicionada à existência de uma conta corrente específica aberta em nome do agente da CCEE perante o agente de liquidação.

§ 3o Na hipótese de a contratação do limite operacional pelo agente da CCEE ser totalmente descontinuada, novo(s) agente(s) garantidor(es) deve(m) ser contratado(s) em até trinta dias, contados da comunicação da denúncia à CCEE pelo agente garantidor, único ou remanescente, sob pena de desligamento do agente da CCEE nos termos do regulamento de regência.

§ 4o Efetivada a denúncia a que alude o § 3o, o agente garantidor correspondente se obriga ao cumprimento integral das avenças então em vigor pelas três liquidações financeiras subsequentes, mesmo que outro agente garantidor permaneça contratado.

§ 5o Com a efetivação da contratação de novo(s) agente(s) garantidor(es), na hipótese da descontinuidade total a que alude o § 3o, a obrigação a que alude o § 4o remanesce de forma subsidiária.

§ 6o Aos novos geradores que venham a se comprometer exclusivamente com contratos regulados, até o momento previsto em Procedimento de Comercialização específico para a operacionalização de sua adesão à CCEE, a contratação de limite operacional é apenas facultada.

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Seção III

Da Garantia Avulsa

Art. 8o Faculta-se a cada agente, em complemento ao respectivo limite operacional, constituir garantias avulsas complementares.

§ 1o O montante mensal total de garantias avulsas que podem ser constituídas está restrito, nos termos de Procedimento de Comercialização específico, a uma fração do limite operacional correspondente, podendo ainda ser integralmente suprimida.

§ 2o A restrição a que alude o § 1o pode ser estratificada por:

I - categoria de comercialização e geração, bem como suas respectivas classes; e

II - porte do agente, podendo-se considerar, para tanto, potências instaladas, montantes comercializados, quantidade de instalações ou afim.

Art. 9o Para o estabelecimento da limitação referida no art. 8o, deve-se observar:

I - o disposto no caput e no parágrafo único do art. 6o;

II - a evolução e os incentivos adequados que propiciem a concorrência efetiva entre os agentes garantidores, evitando-se a reserva de mercado, a prática de preços abusivos e outras infrações à ordem econômica; e

III - o incentivo gradual à contratação preferencial do limite operacional que, ao desestimular a estipulação bilateral e estritamente privada de garantias, confere maior eficiência ao conjunto das operações e menores custos.

Parágrafo único. Consoante informações prestadas acerca da conduta dos agentes garantidores quanto à diretriz instituída pelo inciso II do caput, poderão ser adotadas outras medidas atinentes à prevenção ou repressão de infrações contra a ordem econômica ou o sistema financeiro nacional, mediante notificação aos demais órgãos e entidades competentes.

Seção IV Dos Procedimentos Operacionais

Subseção I Da Contratação e da Alteração do Limite Operacional

Art. 10. O limite operacional de cada agente pode ser reduzido a qualquer tempo, exceto no período compreendido pelas etapas seguintes:

I - homologação dos registros validados de contratos de compra e venda de energia elétrica; e

II - conclusão da terceira liquidação subsequente à comunicação à CCEE.

Parágrafo único. Toda comunicação, quando realizada no período compreendido pelas etapas referidas nos incisos I e II do caput, opera seus efeitos a partir de seu término.

Art. 11. O limite operacional de cada agente pode ser aumentado a qualquer tempo, observando-se que:

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I - sua realização posterior à etapa referida no inciso I do art. 10 não acarreta a efeitos

retroativos quanto à homologação dos registros validados de contratos, tampouco à limitação a que alude o § 1o do art. 8o;

II - deve ser executado na liquidação corrente, se necessário e exequível; e

III - opera integralmente seus efeitos a partir da etapa imediatamente subsequente em que se dá a homologação dos registros validados de contratos, a que alude o § 1o do art. 3o.

Parágrafo único. Na hipótese a que alude o inciso II do caput, tal obrigação deve ser considerada para fins do disposto no § 4o do art. 7o.

Art. 12. A contratação e a alteração do limite operacional deve observar a disciplina estabelecida em Procedimento de Comercialização específico.

§ 1o Os agentes garantidores, ao ofertar seus produtos financeiros, podem estabelecer livremente prazos de vigência e condições para alteração do limite operacional, desde que não sejam incompatíveis com os direitos e obrigações estabelecidos por esta Resolução e demais normas de regência.

§ 2o Independentemente da vigência pactuada bilateralmente na contratação do limite operacional, para todos os fins de fato e de direito atinentes às operações do mercado de energia, este é considerado vigente por prazo indeterminado, cabendo exclusivamente ao agente garantidor, ofertante do produto financeiro, comunicar tempestivamente a denúncia à CCEE de modo a compatibilizar a vigência bilateral pactuada com o prazo e obrigações de que trata o § 4o do art. 7o.

§ 3o É permitida a contratação de um único produto financeiro para várias pessoas jurídicas integrantes de um mesmo grupo econômico, desde que sejam observadas todas as disposições estabelecidas por esta Resolução e demais normas de regência, notadamente quanto à individualização dos direitos e obrigações.

§ 4o O instrumento contratual celebrado pelo agente garantidor com cada agente da CCEE que verse acerca da concessão de limite operacional, além de outras cláusulas essenciais aos contratos, deve dispor, no mínimo, acerca de:

I - mecanismos de comunicação entre ambos;

II - prazo de vigência;

III - condições e formas de resolução e resilição contratual;

IV - montante contratado;

V - condições e formas para acréscimo e redução do montante contratado;

VI - responsabilização do agente garantidor por qualquer dano ou prejuízo causado ao agente da CCEE, decorrente de erro ou inércia no processamento, consoante disciplinado nas normas setoriais de regência, das informações recebidas da CCEE;

VII - obrigatoriedade, consoante estabelecido em Procedimento de Comercialização específico, de o agente garantidor prestar à CCEE, à ANEEL e ao Banco Central do Brasil informações atinentes ao fiel cumprimento das normas setoriais de regência quanto ao limite operacional, quando requeridas;

VIII - referência ao Contrato para Credenciamento de Agentes Garantidores;

IX - especificação da conta corrente do agente da CCEE, a que alude § 2o do art. 7o;

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X - destinação exclusiva do limite operacional concedido à garantia das operações

realizadas no âmbito da CCEE, consoante referido no § 1o do art. 3o;

XI - critérios de comunicação do limite operacional contratado a que aludem o caput do art. 16 e o art. 18;

XII - condicionamento de eficácia do instrumento contratual à disponibilização à CCEE do Termo de Autorização referente ao inciso VII, firmado pelo agente da CCEE, consoante modelo definido em Procedimento de Comercialização específico;

XIII - cópia do Contrato para Credenciamento de Agentes Garantidores celebrado; e

XIV - observância às normas setoriais de regência, presentes e futuras.

Subseção II Da Constituição de Garantias Avulsas

Art. 13. Faculta-se a cada agente, observado o disposto na Seção III do Capítulo II e em Procedimento de Comercialização específico, constituir garantias avulsas em complemento ao respectivo limite operacional.

§ 1o A constituição de garantias avulsas pode ser realizada a qualquer tempo, observando-se que:

I - sua realização posterior à etapa referida no inciso I do art. 10 não acarreta a efeitos retroativos quanto à homologação dos registros validados de contratos;

II - ainda que configurada a hipótese referida no inciso I, as garantias devem ser executadas na liquidação corrente, se necessário e exequível;

III - não sobrevindo a execução referida no inciso II, as garantias avulsas constituídas operam integralmente seus efeitos a partir da etapa imediatamente subsequente em que se dá a homologação dos registros validados de contratos, a que alude o § 1o do art. 3o; e

IV - sua realização em montantes superiores ao permitido, consoante disposto no § 1o do art. 8o, desde que anterior à etapa referida no inciso I do art. 10, opera seus efeitos quanto à homologação a que alude o caput do art. 20, porém devendo-se observar a imposição de sanção de que trata o art. 23.

§ 2o Havendo excepcional cumulação de duas ou mais liquidações financeiras, faculta-se ao agente da CCEE constituir tempestivamente garantias avulsas em qualquer montante, de forma a complementar o limite operacional mensal que permanece inalterado, sob pena de, não o fazendo, incorrer na hipótese a que alude o § 1o do art. 3o.

Subseção III Das Instituições Garantidoras

Art. 14. A instituição financeira apta a atuar em território nacional que deseje se habilitar à operação como agente garantidor, nos termos desta Resolução e demais normas de regência, deve requerer seu credenciamento junto à CCEE.

§ 1o Dá-se início ao processo de credenciamento pela protocolização, junto à CCEE, do Contrato para Credenciamento de Agentes Garantidores, já firmado pela instituição financeira proponente.

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§ 2o Ao Contrato para Credenciamento de Agentes Garantidores, constante do Anexo I a

esta Resolução, devem aderir integralmente a instituição financeira proponente e, verificando-se o cumprimento de todas as disposições de regência, a CCEE.

§ 3o A sujeição especial a que se submete toda instituição financeira que se habilitar à operação como agente garantidor abrange todas as disposições normativas de regência expedidas pela ANEEL, presentes e futuras, observado o disposto no § 4o, sob pena de imposição das sanções previstas no Contrato para Credenciamento de Agentes Garantidores.

§ 4o Alterações às normas de regência de que trata o § 3o que sejam estabelecidas com prazo para implementação inferior a seis meses, quando houver repercussão operacional ou financeira aos agentes garantidores, não lhes serão exigíveis até o decurso do prazo correspondente a essa vacância mínima.

Art. 15. O descredenciamento pode ser requerido à CCEE pela instituição financeira quando não mais estiver obrigada ao disposto no § 4o ao art. 7o.

Subseção IV Da Informação e da Execução das Garantias

Art. 16. Após a conclusão dos expedientes atinentes à obtenção de limite operacional pelo agente da CCEE, o agente garantidor deverá comunicar à CCEE, em caráter irrevogável e irretratável, o montante do limite operacional concedido, nos termos definidos no Procedimento de Comercialização a que alude o caput do art. 3o.

§ 1o O disposto no caput aplica-se às alterações do limite operacional a que alude a Subseção I desta Seção IV.

§ 2o O limite operacional concedido é dotado de certeza, liquidez e exigibilidade.

Art. 17. Consoante cronograma mensal das atividades previstas para a contabilização e respectiva liquidação, tem-se que:

I - na data prevista para depósito de recursos por parte dos agentes da CCEE devedores, na liquidação, o(s) agente(s) garantidor(es) deve(m) proceder ao depósito dos valores respectivos em espécie, correspondentes aos montantes informados previamente pela CCEE;

II - os montantes a que alude o inciso I correspondem ao resultado financeiro proveniente da contabilização, deduzidos os valores monetários já depositados em espécie na conta corrente específica pelo:

a) pelo próprio agente da CCEE devedor; e

b) subsidiariamente, pelo agente de liquidação, mediante garantias avulsas eventualmente constituídas;

III - havendo dois agentes garantidores, a execução dos limites operacionais a que alude o inciso I será proporcional aos débitos contabilizados, sem subsidiariedade ou benefício de ordem;

IV - sem prejuízo do disposto no inciso III, é mandatória a observância do disposto no § 5o do art. 7o quanto a demais agentes garantidores porventura comprometidos;

V - quando efetivado o aumento do limite operacional entre o prazo referido no inciso I do art. 10 e a informação dos montantes ao(s) agente(s) garantidor(es) de que trata o inciso I precedente, é imperativo o cumprimento do disposto no inciso II do art. 11;

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VI - incumbe ao agente da CCEE depositar em espécie, na hipótese de seu limite

operacional e outras garantias avulsas serem insuficientes, os valores restantes que quitem integralmente seus débitos, na data a que alude o inciso I; e

VII - a obrigação a que alude o inciso I deve ser cumprida pelo(s) agente(s) garantidor(es) independentemente de manifestação do agente da CCEE contratante, bem como não poderá ser obstada por eventual contraordem.

§ 1o Observado o disposto no caput e no § 1o do art. 12, é livre aos agentes garantidores ofertar produtos financeiros diferenciados, inclusive associando:

I - a concessão do limite operacional; e

II - a transferência à conta corrente específica do agente da CCEE, na data referida no inciso I do caput, dos recursos próprios do agente ou provenientes de qualquer outro produto financeiro.

§ 2o Independentemente das particularidades ou flexibilidades dos produtos financeiros ofertados, a transferência de recursos pelo agente garantidor à conta corrente específica do agente da CCEE na data referida no inciso I do caput, para todos os fins de fato e de direito atinentes às operações do mercado de energia, é considerada a efetivação da execução do limite operacional concedido.

Art. 18. São válidas, exclusivamente, as comunicações expedidas pelos agentes garantidores e pela CCEE, uma contra a outra, quanto à concessão ou alteração de limites operacionais.

Parágrafo único. As formas e os meios utilizados são aqueles disciplinados no Procedimento de Comercialização a que alude o caput do art. 3o.

CAPÍTULO III DA HOMOLOGAÇÃO DE REGISTROS VALIDADOS DE CONTRATOS

Seção I Dos Procedimentos Gerais para Homologação

Art. 19. A cada ciclo de contabilização e liquidação financeira do mercado de curto prazo, a CCEE deverá verificar a condição potencial de adimplência de cada agente vendedor, em termos de garantias financeiras constituídas, observado o disposto no inciso II do art. 17, para fins de homologação de registros validados de seus contratos de venda.

§ 1o Para os fins dispostos neste Capítulo, considera-se agente vendedor o agente da CCEE que efetue registro de venda de montantes de energia elétrica nos sistemas da CCEE, assim como de cessão de montantes.

§ 2o A verificação de que trata o caput deverá ser realizada após o encerramento do prazo para aumento do limite operacional ou constituição de garantias avulsas, assim como deverá considerar os dados de medição advindos do Sistema de Coleta de Dados de Energia - SCDE para o mês de referência.

Art. 20. A CCEE deve promover a homologação dos registros de montantes de energia elétrica validados pelas contrapartes apenas quando suportados por garantias financeiras, montantes de geração medidos ou por outros montantes já homologados.

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§ 1o A não homologação de montantes de energia elétrica contratados, registrados e

validados produz efeitos exclusivamente no âmbito da contabilização e liquidação financeira do mercado de curto prazo e demais apurações de responsabilidade da CCEE, sem prejuízo das avenças bilaterais e do direito à eventual reparação civil do contratante prejudicado.

§ 2o Para a homologação a que alude o caput, consoante disposto nas Regras de Comercialização, a CCEE deve submeter o montante de energia registrado pela parte e validado por sua contraparte a procedimento de ajuste orientado a anular a exposição financeira do vendedor, para todos os seus contratos conforme disposto no art. 21; e assim sucessivamente para todos os agentes.

§ 3o A conversão necessária para o processamento do disposto no § 2o será promovida com base nos montantes modulados de energia contratada e nos valores horários do Preço de Liquidação de Diferenças - PLD do submercado de registro do respectivo contrato.

§ 4o Na apuração da exposição financeira negativa de que trata o § 2o, a CCEE deverá considerar eventuais ajustes de contabilização decorrentes de decisões arbitrais, administrativas ou judiciais.

Art. 21. A redução de montantes de energia elétrica a que alude a alínea “b” do inciso III do § 2o do art. 20 deve priorizar, na ordem seguinte, os volumes associados a:

I - contratos livremente negociados, inclusive os de venda realizados por agentes habilitados à comercialização varejista;

II - contratos decorrentes de leilão de ajuste;

III - Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado - CCEAR decorrentes de leilão de empreendimentos de geração existentes; e

IV - demais CCEAR e contratos de compra por agentes habilitados à comercialização varejista.

§ 1o Sobre os volumes de energia associados aos contratos referidos no inciso I do caput, a redução deve observar, como critério de priorização interna, a data de validação de registro mais recente de volume de energia.

§ 2o Sobre os volumes de energia associados aos contratos descritos nos incisos II a IV, a redução deve ser efetivada proporcionalmente aos montantes contratados.

§ 3o Sobre os volumes de energia associados a CCEAR na modalidade de disponibilidade, a redução deve ser efetivada somente quanto à quantidade de energia cujas exposições financeiras no mercado de curto prazo no âmbito da CCEE sejam assumidas pelo vendedor.

§ 4o As reduções dos montantes de contratos referidos nos incisos II a IV do caput implicam a redução proporcional dos valores a faturar pela energia contratada referente ao mês contabilizado.

Art. 22. Somente os registros homologados pela CCEE devem ser considerados na apuração de penalidade de energia e potência, conforme Regras de Comercialização.

§ 1o Para autoprodutores, consumidores especiais e livres, não é associada à insuficiência de lastro de energia e de potência a parcela de consumo que:

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I - seja suportada pelas garantias financeiras constituídas, observado o disposto no inciso II

do art. 17; e

II - decorra de montantes de compra registrados e validados, porém não homologados pela CCEE.

§ 2o Condiciona-se o disposto no § 1o à quitação integral dos débitos relativos à liquidação financeira para o mês de referência.

Art. 23. O Conselho de Administração da CCEE deve instaurar procedimento administrativo próprio com vistas a promover o desligamento do agente da CCEE quando:

I - houver redução de que trata a alínea “b” inciso III do § 2o do art. 20 nas seguintes hipóteses:

a) superior a cinco porcento, por duas liquidações financeiras consecutivas; ou

b) superior a cinco porcento, por quatro vezes em um período que compreenda doze liquidações financeiras;

II - incorrer o agente no disposto pelo inciso IV do § 1o do art. 13 por três vezes em um período que compreenda doze liquidações financeiras.

Parágrafo único. O procedimento de desligamento a que alude o caput deve observar as disposições normativas de regência.

Seção II Dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado

Art. 24. A CCEE deve promover o registro dos CCEAR por todo o período de suprimento, sendo que, a cada processo de contabilização, deverá também fazer cumprir o disposto na Seção I deste Capítulo, quanto à homologação desses registros.

§ 1o A CCEE deverá proceder ao cancelamento de todos os registros remanescentes de qualquer CCEAR que, pela segunda vez ao longo do período de suprimento, não tenha sua homologação de registro efetivada.

§ 2o O cancelamento a que alude o § 1o aplica-se somente ao CCEAR vinculado à usina que não se encontre em operação comercial.

§ 3o Na ocorrência do cancelamento a que alude o § 1o, as partes contratantes deverão ser informadas pela CCEE em até dois dias úteis contados da data do cancelamento.

Art. 25. A partir do cancelamento a que alude o § 1o do art. 24, as distribuidoras signatárias do respectivo contrato, a cada processo de contabilização, sujeitar-se-ão à exposição financeira no mercado de curto prazo que, para fins tarifários, devem ser consideradas como:

I - involuntária, no exato montante da energia contratada, desde o primeiro mês em que o CCEAR deixou de ter seus registros homologados, caso a distribuidora exerça seu direito à resolução contratual; ou

II - voluntária, na opção contrária a que alude o inciso I.

Parágrafo único. Na hipótese disposta no inciso II do caput, para fins do ressarcimento de que trata a legislação civilista, a distribuidora permanecerá credora junto ao agente vendedor no valor

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correspondente à exposição financeira, a ela atribuída no âmbito da liquidação financeira do mercado de curto prazo.

Art. 26. A resolução do CCEAR motivada pela suspensão de seu registro, nos termos desta Seção, prescindirá de manifestação adicional pela ANEEL, desde que o exercício pela distribuidora do direito à resolução contratual se dê em até trinta dias da data de recebimento da notificação emitida pela CCEE, de que trata o § 3o do art. 24.

§ 1o O reconhecimento à exposição involuntária está condicionado à comprovação, pela distribuidora, dela ter envidado seu máximo esforço na recontratação de energia elétrica em montantes equivalentes àqueles objeto do contrato então resolvido.

§ 2o O disposto no § 1o será aferido a partir da efetiva resolução do CCEAR.

Art. 27. Na hipótese de o CCEAR não ser resolvido, o seu registro pela CCEE, nos termos do caput do art. 24, poderá ser retomado caso o agente vendedor:

I - promova o equacionamento dos débitos relacionados à exposição financeira do mercado de curto prazo assumida pelas distribuidoras signatárias dos CCEARs, no período em que os montantes contratados não foram contabilizados; e

II - esteja integralmente adimplente com todas as obrigações atinentes à comercialização no âmbito da CCEE.

§ 1o Na ocorrência do disposto no inciso I do caput, as partes signatárias do CCEAR deverão notificar a CCEE para que essa promova, a partir do primeiro dia do mês subsequente à referida notificação, o registro dos montantes contratados remanescentes, nos termos do caput do art. 24.

§ 2o A efetivação do disposto no § 1o, quando aplicável, não produz efeitos retroativos.

CAPÍTULO IV DA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES

Art. 28. O agente da CCEE poderá, a qualquer tempo, solicitar à CCEE que divulgue as seguintes informações:

I - valores mensais a liquidar, de crédito e débito, data de liquidação e valor efetivamente liquidado, quanto a:

a) o mercado de curto prazo;

b) a energia de reserva; e

c) penalidades;

II - montante mensal total de energia comercializada, em megawatts-hora (MWh), por contratos registrados e validados na CCEE;

III - quantitativo mensal de agentes dos quais adquiriu energia;

IV - quantitativo mensal de agentes para os quais vendeu energia;

V - as garantias constituídas, mediante:

a) limite operacional; e

b) garantia avulsa;

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VI - proporção mensal percentual entre os seguintes montantes vendidos de energia

elétrica, em megawatts-hora:

a) valores efetivamente contabilizados, proveniente de registros homologados; e

b) valores totais de vendas, provenientes de registros validados;

VII - data(s) em que tenha(m) sido iniciado(s) processo(s) de desligamento da CCEE por descumprimento de obrigações; e

VIII - data de adesão à CCEE.

§ 1o A consulta às informações a que alude o caput será disponibilizada por até trinta e seis meses.

§ 2o Não havendo integração de informações conforme previsto pelo art. 29, a CCEE deverá observar a disciplina disposta em Procedimento de Comercialização específico.

Art. 29. As informações a que alude o caput do art. 28 podem ser integradas àquelas próprias de Cadastro Positivo, consoante normas específicas que regem esse último.

§ 1o Para fins de implementação do disposto no caput, é necessária a celebração de convênio entre a CCEE e o gestor de banco de dados, conhecido por Cadastro Positivo.

§ 2o O convênio a que alude o § 1o, sem prejuízo de outras disposições avençadas livremente entre as partes, deve versar no mínimo acerca de:

I - requisitos técnicos e procedimentos para envio das informações de que trata o caput do art. 28 e daquelas atinentes ao Cadastro Positivo, pela CCEE e seus agentes;

II - requisitos técnicos e procedimentos para consulta às informações de que trata o inciso I, pela CCEE, seus agentes e demais que optem por serem representados por agentes habilitados à comercialização varejista;

III - procedimentos, quando do recebimento no âmbito da CCEE, para aprovação ou cancelamento da divulgação de informações dos agentes da CCEE;

IV - critérios para integração de informações, incluindo o perfil de consulta diferenciado a ser disponibilizado, no mínimo, àqueles referidos no inciso II;

V - a faculdade de, àqueles que aprovarem a divulgação de seus dados por Cadastro Positivo, poderem selecionar individualmente, na forma definida no convênio, quais das informações de mercado referidas no caput do art. 28 queiram disponibilizar;

VI - procedimentos comerciais e valores a serem praticados, para consulta por aqueles referidos no inciso II;

VII - menção expressa a “não exclusividade”, podendo a CCEE celebrar outros convênios com qualquer gestor de banco de dados que manifeste interesse e disponibilize os meios necessários, sempre observadas as disposições deste Capítulo;

VIII - procedimento para informação do gestor de banco de dados conveniado à CCEE sobre descumprimentos reiterados dos agentes, acerca do envio de informações de que trata o inciso I; e

IX - procedimento para identificação, pelo gestor do banco de dados, dos consulentes referidos no inciso II, cujos perfis de acesso são diferenciados e que fazem jus a valores predefinidos, conforme inciso VI.

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§ 3o Os descumprimentos reiterados a que alude o inciso VIII do § 2o devem, apenas

durante a vigência de convênio de que trata o § 1o, ser informados pela CCEE à ANEEL e ensejarão a imposição de penalidade do grupo II, nos termos do regulamento de regência.

§ 4o Quando da aprovação para abertura do Cadastro Positivo e o compartilhamento de informações de que trata o inciso I do § 2o, assim como para eventual reabertura que suceda uma solicitação para cancelamento, deve-se observar:

I - o prazo disposto no § 1o do art. 28;

II - a disponibilização do histórico de informações abrange o período pretérito à aprovação, tanto da inaugural quanto das supervenientes; e

III - o descumprimento do disposto no inciso II quanto ao envio de informações ensejará a imposição da penalidade referida no § 3o.

§ 5o A aprovação a que alude o inciso V do § 2o compreende a disponibilização das informações a todos os consulentes do Cadastro Positivo.

§ 6o Por meio do convênio a que alude o § 1o, pode-se estabelecer:

I - o oferecimento de outros produtos e serviços pelo gestor de banco de dados; e

II - a possibilidade de envio de outras informações ao gestor de banco de dados, inclusive demonstrações contábeis, pelos agentes da CCEE que assim desejarem.

Art. 30. É vedado o anonimato dos eventuais consulentes.

CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 31. Consoante disposto no § 1o do art. 36, tornando-se a disciplina estabelecida no Capítulo II eficaz e exigível, após 1o de janeiro de 2015 e desde que haja ao menos quatro agentes garantidores habilitados, a CCEE deve comunicar a todos os seus agentes que eles devem constituir seus limites operacionais em até seis meses.

§ 1o Até o advento do disposto no caput, a constituição de garantias avulsas pode ser realizada em montantes ilimitados.

§ 2o Após o advento do disposto no caput e até que seja estabelecido diversamente em Procedimento de Comercialização, a restrição de que trata o § 1o do art. 8o será de 100% do limite operacional.

Art. 32. A CCEE deve submeter à aprovação da ANEEL as propostas de Procedimento e Regras de Comercialização correspondentes aos Capítulos II e III em até sessenta dias da publicação desta Resolução.

Parágrafo único. Caso não seja celebrado nenhum convênio, a que alude o § 1o do art. 29, em até sessenta dias da publicação desta Resolução, a CCEE deve submeter à aprovação da ANEEL a proposta de Procedimento de Comercialização de que trata o§ 2o do art. 28 no prazo adicional de até sessenta dias.

Art. 33. O inciso III do art. 4o da Resolução Normativa no 453, de 18 de outubro de 2011, passa a vigorar com a seguinte redação:

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“III - suspensão do registro de contratos de compra de energia elétrica em que a distribuidora é parte na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE, em razão de diretrizes e determinações estabelecidas pelas normas de regência ou por determinação da ANEEL. (NR)”

Art. 34. Fica revogada a Resolução Normativa no 531, de 21 de dezembro de 2012, a partir da plena implementação do disposto nos Capítulos II e III.

Art. 35. Ficam revogadas as Resoluções Normativas no 437, de 24 de maio de 2011, e no 571, de 23 de julho de 2013, a partir da publicação desta Resolução.

Art. 36. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

§ 1o As disposições constantes dos Capítulos II e III têm eficácia e exigibilidade condicionadas à plena implementação das disciplinas dispostas nos respectivos Procedimentos e Regras de Comercialização.

§ 2o Observado o disposto no § 1o, ficam revogadas demais disposições que sejam incompatíveis com esta Resolução.

ROMEU DONIZETE RUFINO

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ANEXO I CONTRATO PARA CREDENCIAMENTO DE AGENTES GARANTIDORES

PARTES CONTRATANTE: CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - CCEE ENDEREÇO: XXXXXX, BAIRRO, CIDADE/ESTADO, CEP XXXXX-XXX. CNPJ/MF: 03.034.433/0001-56, doravante denominada de CCEE. BANCO: (denominação) ENDEREÇO: XXXXXX, BAIRRO, CIDADE/ESTADO, CEP XXXXX-XXX. CNPJ/MF: XX.XXX.XXX/XXXX-X.

De um lado, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, doravante denominada CCEE ou PARTE e, de outro, o(a) (instituição financeira), doravante denominado BANCO ou PARTE, quando em conjunto denominados PARTES, aderem de forma integral a este Contrato para Credenciamento de Agentes Garantidores, doravante denominado ACORDO OPERACIONAL, que será regido pelas seguintes cláusulas e condições:

CLÁUSULA PRIMEIRA - OBJETO

Subcláusula Primeira - Este ACORDO OPERACIONAL tem por objeto especificar as atividades, responsabilidades, direitos e obrigações das PARTES para viabilização da concessão de LIMITE DE CRÉDITO aos AGENTES DA CCEE pelo BANCO, para fins de participação nos processos realizados no âmbito da CCEE, em especial o PROCESSO DE CONTABILIZAÇÃO E LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA.

CLÁUSULA SEGUNDA - CONCESSÃO DO LIMITE DE CRÉDITO

Subcláusula Primeira - A aferição do LIMITE DE CRÉDITO será realizada pelo BANCO para cada AGENTE DA CCEE solicitante, conforme política de crédito utilizada pelo BANCO e considerando as normas setoriais de regência expedidas pela ANEEL.

Subcláusula Segunda - O BANCO manterá canal adequado de atendimento ao AGENTE DA CCEE, com vistas a receber e processar as solicitações de concessão, alteração ou extinção do LIMITE DE CRÉDITO.

Subcláusula Terceira - O LIMITE DE CRÉDITO concedido é dotado de certeza, liquidez e exigibilidade, sendo que este ACORDO OPERACIONAL é considerado como título passível de execução extrajudicial ou judicial, nos termos da legislação vigente.

Subcláusula Quarta - Comunicado pelo BANCO à CCEE a concessão do LIMITE DE CRÉDITO a um AGENTE DA CCEE, o BANCO passa a ser responsável pelo AGENTE DA CCEE até o LIMITE DE CRÉDITO concedido, exclusivamente em relação à LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA, consoante os prazos e condições dispostos na regulamentação aplicável.

CLÁUSULA TERCEIRA - LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA

Subcláusula Primeira - O BANCO declara concordância com o seu dever de depósito na conta do AGENTE DA CCEE junto ao AGENTE DE LIQUIDAÇÃO, conforme regulamentação da ANEEL, bem como reconhece que o descumprimento dessa obrigação de depósito ocasiona prejuízos para a operação no âmbito da CCEE, podendo ser considerado como descumprimento contratual.

Subcláusula Segunda - Em vista da relevância da operação para o Setor Elétrico, o BANCO se compromete a incluí-la entre as atividades que serão realizadas mesmo em casos extremos, conforme seu plano de

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ANEXO I CONTRATO PARA CREDENCIAMENTO DE AGENTES GARANTIDORES

contingência, elaborado de acordo coma Resolução CMN no 3.380/2006 e eventuais alterações.

Subcláusula Terceira - Em caso de mora do BANCO, a CCEE poderá iniciar de imediato a cobrança/execução, para adimplemento da obrigação em face do BANCO ou do AGENTE DA CCEE até o LIMITE DE CRÉDITO concedido, incluindo multa moratória de 2% (dois por cento) e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês.

CLÁUSULA QUARTA - MEIOS DE COMUNICAÇÃO

Subcláusula Primeira - As informações operacionais relativas a este ACORDO OPERACIONAL serão preferencialmente transmitidas de uma PARTE à outra de forma eletrônica, por meio de arquivos digitais e sistemas aceitos pela CCEE e que tenham requisitos de segurança consoante especificação mínima acordada pelas PARTES, salvo quando disposto de modo específico por Procedimento de Comercialização.

Subcláusula Segunda - Os documentos passíveis de assinatura, consoante estabelecido pela ANEEL em Procedimento de Comercialização específico, poderão ser formalizados de forma impressa, com reconhecimento de firma das assinaturas dos representantes do BANCO, ou de forma eletrônica, com certificação digital da assinatura do BANCO e da CCEE, conforme o caso.

Subcláusula Terceira - A CCEE se responsabiliza pelas informações encaminhadas ao BANCO, especialmente quanto aos montantes e às datas de LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA dos valores.

Subcláusula Quarta - A CCEE deve mensurar periodicamente, qualitativa e quantitativamente, os serviços prestados pelo BANCO em relação a este ACORDO OPERACIONAL, que será definido em conjunto pelas PARTES, podendo eventual descumprimento das obrigações assumidas pelo BANCO dar ensejo à resolução deste ACORDO OPERACIONAL por iniciativa exclusiva da CCEE.

Subcláusula Quinta - Todas as comunicações efetuadas entre as PARTES, inclusive aquelas feitas por meio eletrônico, na forma prevista e pelas pessoas autorizadas neste ACORDO OPERACIONAL, considerar-se-ão a ele incorporados, passando a dele fazer parte integrante e inseparável, desde que com esse não conflitem.

Subcláusula Sexta - Em caso de contingência, as PARTES estabelecerão outras formas de disponibilização das informações necessárias para cumprimento das obrigações previstas neste ACORDO OPERACIONAL.

Subcláusula Sétima - A documentação relativa a este ACORDO OPERACIONAL deverá ser protocolizada ou remetida, com aviso de recebimento, conforme estabelecido pelas PARTES em procedimento específico.

CLÁUSULA QUINTA - CONFIDENCIALIDADE

Subcláusula Primeira - Todos os dados, informações, documentos, especificações técnicas e comerciais obtidas, extraídas ou trocadas pelas PARTES quando da execução deste ACORDO OPERACIONAL são confidenciais, sendo vedada qualquer divulgação a terceiros que não os funcionários, afiliadas, administradores, consultores internos ou externos de qualquer natureza das partes e de suas afiliadas (“Representantes”), que necessitem do acesso às informações para sua operacionalização.

Subcláusula Segunda - O BANCO deverá tratar de forma confidencial e individual a posição de cada AGENTE DA CCEE, não podendo informar a um AGENTE DA CCEE a posição de outro.

Subcláusula Terceira - Não se consideram Informações Confidenciais aquelas que: (i) sejam ou tenham sido desenvolvidas pela PARTE de forma independente do objeto deste ACORDO OPERACIONAL; (ii) tornem-se públicas sem violação das obrigações de confidencialidade aqui assumidas; ou (iii) estejam comprovadamente na posse do BANCO antes de sua divulgação pela CCEE, ou que tenham a sua divulgação exigida por lei ou por ordem judicial.

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ANEXO I CONTRATO PARA CREDENCIAMENTO DE AGENTES GARANTIDORES

Subcláusula Quarta - O acesso à informação confidencial das PARTES será restrito aos Representantes das PARTES que precisem conhecê-las para a fiel execução dos serviços, sendo vedado às PARTES copiar ou reproduzir as informações confidenciais sem o prévio consentimento, por escrito, da outra PARTE, salvo para fins de cumprimento deste ACORDO OPERACIONAL, de obrigações legais, regulatórias e atendimento aos respectivos procedimentos internos de retenção de registros (sistemas de backup).

Subcláusula Quinta - Na hipótese de qualquer das PARTES receber citação/intimação ou qualquer outra requisição originada por processo judicial ou administrativo, solicitando informação confidencial da outra PARTE, deverá a PARTE notificar a outra, se legalmente permitido fazê-lo, sobre o recebimento de tal citação/intimação.

Subcláusula Sexta - A PARTE recebedora deverá destruir, conforme seus procedimentos internos de retenção de registros (sistema de backup), quando solicitado por escrito, qualquer informação confidencial que eventualmente esteja em seu poder, permitindo manter em seus arquivos apenas as informações suficientes para cumprimento de obrigações legais, regulatórias e de seus procedimentos internos de retenção de registros (sistema de backup), as quais manterão seu caráter de confidencialidade.

Subcláusula Sétima - As PARTES deverão, por exigência legal ou judicial, fornecer informações confidenciais às autoridades públicas, em especial à ANEEL e ao BANCO CENTRAL DO BRASIL.

Subcláusula Oitava - O BANCO deve prestar à CCEE, quando solicitado, informações não confidenciais acerca de solicitações e do andamento de pedidos para concessão ou alteração de LIMITE DE CRÉDITO aos AGENTES DA CCEE.

Subcláusula Nona - A não observância do disposto nesta cláusula sujeita a PARTE infratora às consequências previstas na legislação.

CLÁUSULA SEXTA - PUBLICIDADE

Subcláusula Primeira - As PARTES poderão utilizar reciprocamente as logomarcas e a denominação da outra PARTE, sem qualquer custo, exclusivamente para divulgação deste ACORDO OPERACIONAL, ressalvado, contudo, que referida divulgação tenha sido autorizada e que os materiais e campanhas publicitárias tenham sido prévia, formal e expressamente aprovados pelas PARTES.

Subcláusula Segunda - Na hipótese de extinção deste ACORDO OPERACIONAL, as PARTES deverão recolher todo o material publicitário e cessará imediatamente a autorização para que as PARTES utilizem a denominação e as logomarcas da outra PARTE.

Subcláusula Terceira - Eventual autorização concedida nos termos da Subcláusula Primeira é restrita para a utilização do nome e logomarca da outra PARTE estando limitada a sua utilização no material publicitário envolvendo este ACORDO OPERACIONAL, não representando a opinião da outra PARTE ou qualquer manifestação de vontade.

CLÁUSULA SÉTIMA - VIGÊNCIA E EXTINÇÃO

Subcláusula Primeira - Este ACORDO OPERACIONAL terá vigência e eficácia por prazo indeterminado, contados a partir da data de sua assinatura, até o advento do descredenciamento do BANCO.

Subcláusula Segunda - O descredenciamento, sem prejuízo de outras hipóteses previstas neste ACORDO OPERACIONAL, pode ser requerido (resilição) pelo BANCO à CCEE, nos termos definidos pelas normas setoriais de regência expedidas pela ANEEL, quando não mais estiver obrigado a garantir LIMITE DE CRÉDITO a nenhum AGENTE DA CCEE.

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ANEXO I CONTRATO PARA CREDENCIAMENTO DE AGENTES GARANTIDORES

Subcláusula Terceira - As PARTES reconhecem que a eficácia deste ACORDO OPERACIONAL fica condicionada ao desenvolvimento pelo BANCO de sistema operacional para o adequado cumprimento de seu objeto, sendo que a inviabilidade de seu desenvolvimento implica a resolução deste ACORDO OPERACIONAL sem qualquer ônus para as PARTES, mediante notificação com 30 (trinta) dias de antecedência. Após o início da operação ou a concessão do primeiro LIMITE DE CRÉDITO, essa possibilidade será automaticamente extinta.

Subcláusula Quarta - Ressalvado o disposto no item Subcláusula Segunda, este ACORDO OPERACIONAL poderá ser resilido a qualquer tempo por qualquer das PARTES, mediante NOTIFICAÇÃO expressa com 6 (seis) meses de antecedência, não sendo devida nenhuma indenização à outra PARTE pela resilição, sendo que, nesse caso, para todos os fins e efeitos de direito, esse ACORDO OPERACIONAL considerar-se-á extinto ao final do referido período.

Subcláusula Quinta - Este ACORDO OPERACIONAL poderá ser resilido unicamente pela CCEE, mediante notificação com antecedência mínima de 90 (noventa) dias, sendo que neste período o BANCO cumprirá integralmente suas obrigações decorrentes do LIMITE DE CRÉDITO anteriormente concedido. Após o recebimento da notificação, o BANCO não poderá conceder novos LIMITES DE CRÉDITO aos AGENTES DA CCEE, no âmbito desse ACORDO OPERACIONAL.

Subcláusula Sexta - As PARTES obrigam-se a noticiar aos AGENTES DA CCEE, em até 3 (três) dias úteis a contar do envio da notificação mínima de 90 (noventa) dias, a data de término deste ACORDO OPERACIONAL.

Subcláusula Sétima - Na hipótese de descumprimento das obrigações pelo BANCO, especialmente quanto à transferência dos valores até o montante do LIMITE DE CRÉDITO concedido, este ACORDO OPERACIONAL poderá ser imediata e exclusivamente resolvido a partir do recebimento da notificação encaminhada pela CCEE. Remanescem, contudo, as obrigações do BANCO decorrentes da(s) transferência(s) não realizadas e dos LIMITES DE CRÉDITOS concedidos consoante normas setoriais de regência expedidas pela ANEEL.

Subcláusula Oitava - Este ACORDO OPERACIONAL poderá ser imediatamente resolvido caso ocorra pedido ou a decretação da falência, da recuperação judicial ou extrajudicial, liquidação extrajudicial ou judicial e/ou intervenção pelos Órgãos competentes de qualquer das PARTES.

Subcláusula Nona - O encerramento deste ACORDO OPERACIONAL, fundado em qualquer das hipóteses de que tratam as Subcláusulas Quarta, Quinta, Sétima e Oitava, implica o encerramento de todos os LIMITES OPERACIONAIS concedidos pelo BANCO, mantida sua responsabilidade solidária por 3 (três) ciclos completos de LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA, na forma estabelecida pelas normas setoriais de regência expedidas pela ANEEL.

CLÁUSULA OITAVA - INEXISTÊNCIA DE VÍNCULOS

Subcláusula Primeira - A celebração deste ACORDO OPERACIONAL não implica existência de qualquer vínculo de natureza societária, econômica ou trabalhista entre as PARTES, sendo a relação jurídica estabelecida de contratantes independentes entre si, sem exclusividade e sem vínculo empregatício.

Subcláusula Segunda - Na execução dos termos deste ACORDO OPERACIONAL, o BANCO atuará com autonomia técnica e profissional, todavia atentando-se ao cumprimento das determinações da CCEE especificamente quanto aos valores e datas para transferência/depósito dos valores devidos pelo AGENTE DA CCEE, assumindo o BANCO integral responsabilidade perante a CCEE acerca dos trabalhos e/ou condutas realizadas pelos seus sócios, profissionais, prepostos e/ou subcontratados.

Subcláusula Terceira - Na hipótese de o BANCO, por seus diretores, profissionais ou prepostos, utilizar

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ANEXO I CONTRATO PARA CREDENCIAMENTO DE AGENTES GARANTIDORES

qualquer dependência ou instalação da CCEE, deverá respeitar o regulamento interno, bem como todas as políticas e normas da CCEE, desde que previamente disponibilizados pela CCEE.

CLÁUSULA NONA - DISPOSIÇÕES GERAIS

Subcláusula Primeira - Cada PARTE arcará integralmente com os seus custos atinentes à implantação e execução deste ACORDO OPERACIONAL.

Subcláusula Segunda - A eventual tolerância das PARTES, quanto aos direitos e obrigações instituídos neste ACORDO OPERACIONAL não importará alteração ou renúncia desses direitos, que poderão ser exercidos a qualquer tempo.

Subcláusula Terceira - Na hipótese de qualquer cláusula deste ACORDO OPERACIONAL ser julgada nula, não-escrita ou abusiva, tal fato não acarretará nulidade das demais, permanecendo plenamente válidas todas as demais disposições do ACORDO OPERACIONAL.

Subcláusula Quarta - Eventuais tributos e encargos devidos pela execução das operações decorrentes do ACORDO OPERACIONAL, incluindo, mas não se limitando aos de natureza tributária, previdenciária, fundiária, social e trabalhista, devem ser adimplidos por cada uma das PARTES, na forma da legislação específica.

Subcláusula Quinta - Os direitos e obrigações decorrentes deste ACORDO OPERACIONAL não poderão ser cedidos ou transferidos a terceiros sem a prévia e expressa concordância, por escrito, da outra PARTE.

Subcláusula Sexta - Este ACORDO OPERACIONAL obriga as PARTES e seus sucessores a qualquer título e sob qualquer condição.

Subcláusula Sétima - As PARTES se comprometem a cumprir as disposições deste ACORDO OPERACIONAL, subsumindo-se à regulamentação expedida pela ANEEL a ele aplicável, presente e futura.

Subcláusula Oitava - Alterações às normas expedidas pela ANEEL que regem este ACORDO OPERACIONAL, se estabelecidas com prazo para implementação inferior a seis meses e houver repercussão operacional ou financeira ao BANCO, não lhe serão exigíveis até o decurso do prazo mínimo correspondente a essa vacância.

Subcláusula Nona - O presente ACORDO OPERACIONAL substitui integralmente aquele celebrado na vigência da Resolução Normativa no 571, de 23 de julho de 2013, subsistindo, naquele âmbito, as disposições contratuais atinentes à confidencialidade e à inexistência de vínculos.

CLÁUSULA DÉCIMA - SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIAS

Subcláusula Primeira - Em caso de eventual demanda contra a CCEE e/ou BANCO, cada parte arcará com suas custas e honorários advocatícios. Na hipótese de a CCEE e BANCO litigarem entre si por descumprimento deste ACORDO OPERACIONAL, a PARTE sucumbente arcará com os honorários advocatícios e as custas judiciais.

Subcláusula Segunda - Fica eleito o foro da Capital da Comarca de São Paulo para dirimir as questões decorrentes deste ACORDO OPERACIONAL, sendo que eventualmente as PARTES poderão, em consenso, acordar a aplicação da arbitragem que se regerá pelas cláusulas a seguir.

Subcláusula Terceira - Caso as PARTES assim acordem, qualquer questão oriunda do presente ACORDO OPERACIONAL que não seja resolvida amigavelmente pelas PARTES será decidida exclusivamente por

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ANEXO I CONTRATO PARA CREDENCIAMENTO DE AGENTES GARANTIDORES

arbitragem, a ser realizada pela Câmara Fundação Getúlio Vargas de Conciliação e Arbitragem, de acordo com o Respectivo Regulamento, a Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996 e este ACORDO OPERACIONAL.

Subcláusula Quarta - O Tribunal Arbitral terá assento na Cidade de São Paulo. A arbitragem será conduzida em língua portuguesa, seguindo a legislação brasileira e será realizada por 3 (três) árbitros.

(i). A PARTE que desejar estabelecer a arbitragem deverá notificar a outra de sua intenção, com cópia para a Câmara Fundação Getúlio Vargas de Conciliação e Arbitragem em até 2 (dois) dias úteis contados da notificação à outra PARTE de sua intenção, definindo o escopo da controvérsia;

(ii). O compromisso arbitral deverá ser elaborado pela Câmara Fundação Getúlio Vargas de Conciliação e Arbitragem e firmado pelas Partes, instituindo-se assim a arbitragem.

(iii). Os custos e despesas relativos à contratação do Juízo Arbitral serão distribuídos entre as PARTES de acordo com o estabelecido nas alíneas (a), (b) e (c) infra:

a) Na hipótese de realização de acordo entre as PARTES, os custos relativos à contratação do Juízo Arbitral serão divididos igualmente entre as PARTES, salvo se de outra forma as PARTES definirem no acordo.

b) Nas hipóteses em que a matéria discutida seja efetivamente objeto de julgamento pelo Tribunal Arbitral, as custas correspondentes serão de responsabilidade da PARTE vencida.

c) Não serão considerados como custos relativos ao Tribunal Arbitral, para os efeitos da distribuição determinada nesta Cláusula, os valores relativos a honorários advocatícios e periciais, que serão de responsabilidade da PARTE contratante dos serviços.

Subcláusula Quinta - A sentença arbitral será definitiva, constituindo título executivo, nos termos da legislação vigente.

Subcláusula Sexta - As PARTES elegem o Foro da Capital do Estado de São Paulo para a eventual adoção de medidas acautelatórias, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996, bem como para executarem a decisão arbitral, com renúncia expressa de qualquer outro, por mais privilegiado que seja, no caso de opção pela arbitragem.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - CELEBRAÇÃO DO CONTRATO

O BANCO declara possuir autorização legal para atuar como instituição financeira no território nacional, estrutura, condições e autorizações suficientes à adequada realização das atividades previstas neste ACORDO OPERACIONAL, exceto eventuais adequações de seus sistemas ou processos internos necessários a sua implementação, bem como afirma sua especial sujeição às disposições regulamentares de regência expedidas pela ANEEL de forma irrevogável e irretratável.

Declaram os signatários estarem investidos dos poderes necessários para representar as PARTES neste ACORDO OPERACIONAL.

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ANEXO I CONTRATO PARA CREDENCIAMENTO DE AGENTES GARANTIDORES

O presente CONTRATO, ao qual aderem as PARTES em caráter irrevogável e irretratável, é lavrado em 2 (duas) vias de igual teor e forma, na presença das testemunhas abaixo assinadas e identificadas.

São Paulo, em (dia) de (mês) de (ano).

CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA – CCEE Nome: Nome: Cargo: Cargo:

BANCO Nome: Nome: Cargo: Cargo: TESTEMUNHAS 1. 2. Nome: Nome: CPF: CPF:

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ANEXO II ÍNDICE ANALÍTICO

CAPÍTULO I - DAS DEFINIÇÕES ...................................................................................................................... 69 CAPÍTULO II - DAS GARANTIAS FINANCEIRAS .......................................................................................... 71

Seção I - Disposições Gerais ................................................................................................................................ 71 Seção II - Do Limite Operacional ........................................................................................................................ 71 Seção III - Da Garantia Avulsa ............................................................................................................................ 73 Seção IV - Dos Procedimentos Operacionais ...................................................................................................... 73

Subseção I - Da Contratação e da Alteração do Limite Operacional ............................................................... 73 Subseção II - Da Constituição de Garantias Avulsas ........................................................................................ 75 Subseção III - Das Instituições Garantidoras .................................................................................................... 75 Subseção IV - Da Informação e da Execução das Garantias ............................................................................ 76

CAPÍTULO III - DA HOMOLOGAÇÃO DE REGISTROS VALIDADOS DE CONTRATOS ......................... 77 Seção I - Dos Procedimentos Gerais para Homologação ..................................................................................... 77 Seção II - Dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado .............................................. 79

CAPÍTULO IV - DA DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES .............................................................................. 80 CAPÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS .................................................................... 82