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Nota Técnica n o 129/2014-SEM/ANEEL Em 17 de dezembro de 2014. Processo: 48500.005476/2011-93. Assunto: Proposta de Procedimento de Comercialização e de ajustes à Resolução Normativa n o 570/2013, operacionalizando a comercialização varejista de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN. SUMÁRIO I. DO OBJETIVO................................................................................................................................................................................................. 1 II. DOS FATOS ................................................................................................................................................................................................... 2 III. DA ANÁLISE.................................................................................................................................................................................................. 2 III.i. Dos Ajustes à REN.570/2013 ................................................................................................................................................................... 2 III.i.i. Da Substituição do Termo “ENTIDADE.................................................................................................................................................. 3 III.i.ii. Dos Requisitos para Habilitação à Comercialização Varejista ........................................................................................................... 3 III.i.iii. Da Vedação à Representação de Comunhão de Consumidores Especiais...................................................................................... 5 III.i.iv. Dos Agentes de Geração Obrigatórios .............................................................................................................................................. 5 III.i.v. Da Inabilitação para a Comercialização Varejista .............................................................................................................................. 5 III.i.vi. De Outras Avenças Comerciais ......................................................................................................................................................... 6 III.ii. Do Procedimento de Comercialização..................................................................................................................................................... 6 III.ii.i. Dos Requisitos para Habilitação à Comercialização Varejista ........................................................................................................... 6 IV. DO FUNDAMENTO LEGAL ........................................................................................................................................................................ 13 V. DA CONCLUSÃO......................................................................................................................................................................................... 13 VI. DA RECOMENDAÇÃO ............................................................................................................................................................................... 13 I. DO OBJETIVO Operacionalizar a implantação da comercialização varejista de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN, propondo: (i) a edição de Procedimento de Comercialização; e (ii) ajustes à Resolução Normativa n o 570/2013.

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Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL

Em 17 de dezembro de 2014.

Processo: 48500.005476/2011-93. Assunto: Proposta de Procedimento de Comercialização e de ajustes à Resolução Normativa no 570/2013, operacionalizando a comercialização varejista de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN.

SUMÁRIO I. DO OBJETIVO ................................................................................................................................................................................................. 1 II. DOS FATOS ................................................................................................................................................................................................... 2 III. DA ANÁLISE .................................................................................................................................................................................................. 2

III.i. Dos Ajustes à REN.570/2013 ................................................................................................................................................................... 2 III.i.i. Da Substituição do Termo “ENTIDADE” .................................................................................................................................................. 3 III.i.ii. Dos Requisitos para Habilitação à Comercialização Varejista ........................................................................................................... 3 III.i.iii. Da Vedação à Representação de Comunhão de Consumidores Especiais ...................................................................................... 5 III.i.iv. Dos Agentes de Geração Obrigatórios .............................................................................................................................................. 5 III.i.v. Da Inabilitação para a Comercialização Varejista .............................................................................................................................. 5 III.i.vi. De Outras Avenças Comerciais ......................................................................................................................................................... 6

III.ii. Do Procedimento de Comercialização ..................................................................................................................................................... 6 III.ii.i. Dos Requisitos para Habilitação à Comercialização Varejista ........................................................................................................... 6

IV. DO FUNDAMENTO LEGAL ........................................................................................................................................................................ 13 V. DA CONCLUSÃO ......................................................................................................................................................................................... 13 VI. DA RECOMENDAÇÃO ............................................................................................................................................................................... 13

I. DO OBJETIVO

Operacionalizar a implantação da comercialização varejista de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN, propondo: (i) a edição de Procedimento de Comercialização; e (ii) ajustes à Resolução Normativa no 570/2013.

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Fl. 2 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014 II. DOS FATOS

2. Em agosto de 2011, a CCEE1 encaminhou à ANEEL “proposta para operação dos pequenos consumidores no ACL: Implantação do Comercializador Varejista”.

3. Em 18 de agosto, foi realizada reunião na CCEE a tratar do tema em referência.

4. Em 3 de outubro, foi realizada reunião na ANEEL com representantes da - ABRACEEL2, com semelhante objetivo.

5. Em 14 de dezembro, foi emitido o Ofício Circular no 004/2011-SEM-SRD-SRT/ANEEL, requerendo informações acerca do Sistema de Medição para Faturamento - SMF aos consumidores especiais e livres.

6. Em 15 de dezembro, foi realizada reunião com a - SRD3, a SEM4 e representantes das associações ABRACEEL, ABIAPE5, APINE6 e ANACE7, versando acerca do SMF para consumidores especiais.

7. Nos dias 14 e 15 de março de 2012, foi realizada visita técnica às instalações do fabricante de medidores Elo Sistemas Eletrônicos, com representantes desta SEM, SRD, SRC8 e CCEE.

8. Em 4 de abril de 2012, foram realizadas reuniões com a ABRACEEL, tratando da regulamentação do “comercializador varejista”; e com aquela, APINE e ANACE, sobre a “simplificação dos requisitos de medição”.

9. Em 1o de agosto de 2013, foi publicada a Resolução Normativa no 570.

III. DA ANÁLISE

III.i. Dos Ajustes à REN.570/2013

10. Por ocasião do desenvolvimento do respectivo Procedimento de Comercialização, foi constatada a necessidade de se proceder a ajustes pontuais na Resolução Normativa no 570/2013, acerca dos quais se passa a discorrer.

1 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. 2 Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia. 3 Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição. 4 Superintendência de Estudos do Mercado. 5 Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia. 6 Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica. 7 Associação Nacional dos Consumidores de Energia. 8 Superintendência de Regulação da Comercialização da Eletricidade.

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Fl. 3 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014 III.i.i. Da Substituição do Termo “ENTIDADE”

11. A substituição (ou simples remoção, quando cabível) do termo “entidade” visa não suscitar questionamentos futuros acerca da adequação à norma de circunstâncias tais como a migração de unidades consumidoras de que sejam titulares pessoas físicas.

III.i.ii. Dos Requisitos para Habilitação à Comercialização Varejista

12. Para a definição dos requisitos, alguns princípios foram especialmente perseguidos. O primeiro deles trata-se da demonstração da idoneidade daqueles que integram sua própria administração e do grupo econômico. Não é demais ressaltar que os varejistas, no futuro, podem adquirir o porte e a relevância de que se revestem atualmente nossas distribuidoras.

13. Outro ponto trata da defesa da concorrência e da correta alocação dos riscos de mercado. Nessa esteira, propõe-se restringir a habilitação à comercialização varejista a apenas um por grupo econômico. Com isso, mitiga-se a possibilidade de condutas uniformes ou concertadas, bem como de outras práticas anticoncorrenciais, como o ajuste entre concorrentes (de um mesmo grupo econômico).

14. Tal restrição, também, impede a mitigação de risco (pelo empreendedor) mediante a pulverização de pessoas jurídicas com atuação que segregue riscos segundo os nichos de seus representados. Ao fim e ao cabo, o risco que o empreendedor segrega(ria) em diversas pessoas jurídicas (varejista) acabaria por ser internalizado pelo próprio mercado caso alguma delas viesse a sucumbir.

15. Como o objetivo pretendido pelo Poder Público especificamente para a comercialização varejista é uma robustez muito superior à média dos agentes que atuam no mercado, eis que justificada está sua restrição para o mesmo grupo econômico.

16. Na esteira dos requisitos precedentes, o histórico da atuação no âmbito da CCEE também deve ser observado, não porque haja garantias de que eventual regularidade passada se perpetue no futuro, mas que irregularidades passadas sejam indícios de preocupações com as condutas futuras.

17. Propõe-se, por outro lado, que alguns requisitos sejam flexibilizados quando a comercialização varejista se destine exclusivamente a uma representação restrita, o que por si só já mitiga o risco que tais varejistas possam representar ao mercado.

18. Por fim, os requisitos se encerram no estabelecimento de parâmetros e índices contábeis, balanços energéticos e outras obrigações de natureza societária, comercial ou concorrencial remetidas a Procedimento de Comercialização.

19. Colaciona-se, destarte, a redação proposta:

“Art. 2o Os comercializadores ou geradores integrantes da CCEE podem representar, em seu nome e conta, as pessoas físicas ou jurídicas de que trata o Capítulo II.

§ 3o A demonstração a que alude o § 2o abrange: I - todos os sócios ou acionistas do proponente;

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Fl. 4 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

II - o(s) controlador(es) societário(s) indireto(s) e o(s) intermediário(s) do proponente, observadas as definições contidas pela norma que rege transferência de controle societário, e os sócios ou acionistas desses controladores;

III - as controladas, coligadas e de simples participação do proponente, com os respectivos sócios ou acionistas, observadas as definições contidas no Código Civil; e

IV - administradores, diretores, conselheiros e demais prepostos afim. § 4o O desligamento voluntário do agente representante está condicionado ao

cumprimento de todas as condições e obrigações previstas nas normas aplicáveis à comercialização na CCEE, assim como à inexistência de ativos de medição de representados modelados sob sua responsabilidade

§ 5o A aprovação a que alude o § 1o é condicionada à inexistência de outro agente habilitado com controlador societário direto, intermediário ou indireto semelhante ou majoritariamente coincidente.

§ 6o O agente proponente deve declarar à CCEE, quando houver, a existência de matrimônio, união estável e de parentesco consanguíneo ou afim entre aqueles a que aludem os incisos I e IV do § 3o e os administradores, diretores, conselheiros e os sócios ou acionistas controladores diretos, intermediários e indiretos de outros agentes.

§ 7o Nos termos de que trata o § 2o, deve o agente proponente não ter incorrido em qualquer descumprimento de obrigação no âmbito da CCEE nos últimos dezoito meses imediatamente anteriores à data de solicitação ao CAd, assim permanecendo até o deferimento.

§ 8o Havendo ação judicial ou procedimento arbitral em tramitação, em que figure no polo ativo ou passivo qualquer daqueles referidos no § 3o, tratando-se a matéria em debate da exigibilidade de débitos devidos no âmbito da CCEE, deve-se comprovar o depósito judicial integral em conta bancária aberta especialmente para esse fim.

§ 9o Aos agentes que não possuam o histórico mínimo de operação na CCEE de dezoito meses, ou que possuam mas não tenham comercializado montante anual mínimo de 10 MWmédio, deve-se observar que:

I - o controle societário direto e o indireto sejam detidos por pessoas que atendam ao requisito definido no § 7o; e

II - não sendo aplicável o disposto no inciso I, que o requisito definido no § 7o seja atendido pelos controladores societários intermediários e todas as coligadas do proponente.

§ 10 O agente proponente deve comprovar que possui estruturas técnico-operacional, comercial e financeira adequadas, de forma detalhada, observando-se eventuais critérios estabelecidos em Procedimento de Comercialização.

§ 11 É dispensado o cumprimento do disposto nos §§ 3o, 5o, 6o, 7o, 9o e 10 pelo agente proponente à comercialização varejista, desde que:

I - a representação pretendida se restrinja aos integrantes do mesmo: a) grupo econômico; ou b) complexo industrial ou comercial; II - haja renúncia expressa ao exercício da comercialização varejista para o atendimento de outros representados não referidos no inciso I; e III - os representados manifestem expressamente sua responsabilidade solidária em face do resultado financeiro incorrido pelo representante nas operações no âmbito da CCEE. § 12 A aprovação a que alude o § 1o, a manutenção da habilitação à comercialização varejista e a ampliação do mercado representado são, nos termos estabelecidos em Procedimento de Comercialização - PdC, condicionadas ao cumprimento de:

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Fl. 5 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

I - índices e parâmetros mínimos, apurados mediante demonstrações contábeis aprovadas por assembleia com base em parecer expedido sem ressalvas por auditoria independente registrada na Comissão de Valores Mobiliários; II - parâmetros mínimos de resultado atinentes a balanços energéticos, realizados por auditoria independente; e III - demais obrigações de cunho societário, comercial ou concorrencial estabelecidos em PdC.” (NR)

III.i.iii. Da Vedação à Representação de Comunhão de Consumidores Especiais

20. Por mais que sejam nobres e legítimos os interesses na expansão do Mercado Livre, não se mostra adequado viabilizá-lo por meio da facilitação de condições excepcionais previstas na legislação, a saber, a comunhão de interesses de fato ou de direito.

21. Entende-se inconveniente que uma estrutura já tão frágil e instável (comunhão de interesses de “consumidores”) seja viabilizada por meio de terceiros, uma vez que tais consumidores não serão sequer agentes da CCEE. O potencial de conflitos é enorme, sendo que acabarão por ser submetidos à tutela administrativa, judicial ou ainda a arbitragem.

22. Convém explicitar tal assertiva. Suponha-se que a comunhão de interesse de dois consumidores com carga individual de 250 kW faculte-lhes o acesso ao mercado livre, posto que a soma das cargas atinge o limite mínimo legal de 500 kW. Nessa hipótese, se um dois optar por retornar ao atendimento em condições reguladas, o segundo permaneceria no ambiente livre em desacordo com a legislação, não havendo como controlar esse processo, pois nenhum dos dois seria agente da CCEE.

23. Assim, a despeito de se considerar que não deveria haver restrição de acesso ao mercado livre, essa existe; e não há como permitir que a regulamentação infralegal sobreponha-se à Lei.

III.i.iv. Dos Agentes de Geração Obrigatórios

24. Outra possibilidade aventada foi a de permitir que agentes de geração com participação obrigatória, quando não comprometidos com contratações reguladas, viessem a observar os benefícios da representação inaugurada com a comercialização varejista.

25. Sendo evidente o benefício desse permissivo regulamentar, assim se propõe estabelecer, porém condicionando-se a: (i) sejam agentes da CCEE; e (ii) respondam solidária e proporcionalmente pelos resultados auferidos na gestão empreendida pelo varejista.

III.i.v. Da Inabilitação para a Comercialização Varejista

26. Um ponto observado e que revelou enorme relevância trata das circunstâncias de stress em que algum varejista venha a sucumbir. Na forma atualmente em vigor, tal momento experimentará consequências por ocasião do desligamento do varejista por inadimplemento.

27. Como dito anteriormente, os varejistas, no futuro, podem vir a adquirir o porte e a relevância de que se revestem atualmente nossas distribuidoras. Assim, não é recomendável que a

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Fl. 6 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014 regulação aguarde a degradação econômico-financeira absoluta do varejista, para então dar tratamentos às relações comerciais bilaterais ora em vigor. Isso imporia maiores dificuldades aos representados para dar continuidade a suas operações e débitos mais significativos ao mercado.

28. Assim, propõe-se o estabelecimento de um procedimento intermediário, de inabilitação para a comercialização varejista, em que o atingimento de certo nível de degradação já se prestará a por termo às relações comerciais.

III.i.vi. De Outras Avenças Comerciais

29. Outros ajustes de cunho comercial são:

os produtos padronizados eventualmente ofertados por agente representante devem ser divulgados em seu portal eletrônico, com descrição detalhada, modelos de contratos, preços e condições (concorrencial);

previsão contratual (CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA) para aplicação de eventual determinação para redução de geração/consumo pelo Poder Público ao avençado bilateralmente (mitigação de risco jurídico); e

visando dinamizar as relações contratuais (induzir), previsão contratual (CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA) para aplicação de condições de fidelização, vantagens, prêmios e fontes de energia comercializada.

III.ii. Do Procedimento de Comercialização

30. O Procedimento de Comercialização, voltado a operacionalizar a comercialização varejista de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN, afora as questões de mero expediente, tem o propósito de estabelecer o perfil almejado para os futuros varejistas, o que se fará pelo desdobramento de requisitos já instituídos em resolução.

III.ii.i. Dos Requisitos para Habilitação à Comercialização Varejista

31. Na avaliação do perfil dos potenciais candidatos, foram selecionados os agentes vendedores que, no período de 12 meses estudado, comercializaram, na média mensal, com mais de 9 consumidores.

32. Tal corte fundou-se na premissa de que os varejistas, para que o mercado experimente os benefícios globais almejados, devem possuir porte minimamente relevante. Não se pretende com isso estabelecer uma barreira à entrada de outros varejistas, mas sinalizar economicamente a robustez que será exigida. Naturalmente, a viabilidade econômica dessa empreitada só seria atingida se o projeto se direcionar a escala que ora se pretende induzir.

33. Esse critério apontou para a existência de 39 pessoas jurídicas (agregando-se matriz e filiais). Nesse universo, foram avaliados 110 perfis correspondentes:

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Fl. 7 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

34. Para esses perfis, têm-se as seguintes médias mensais de “comercialização com consumidores”:

35. Segregando apenas os perfis mais relevantes, têm-se as seguintes médias mensais de “comercialização com consumidores”:

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Fl. 8 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

A B C D E F G H I J K L M

Comercializador Gerador Produtor Independente

124

76 72 56 56

103

22 16 15

217

157

124

88

Média Mensal de Consumidores CompradoresPerfis mais relevantes

out-2013 / set-2014

36. Adentrando a parametrização dos requisitos, tomou-se por premissa que, ao menos inicialmente, os agentes vendedores que se habilitarem à comercialização varejista tenderão a “canibalizar” seu próprio mercado.

37. Nessa esteira, os 39 CNPJ anteriormente selecionados para estudo foram submetidos à avaliação de exposição potencial. Para tanto, tomando-se também por premissas a aplicação da REN.622/2014 (que disciplina as garantias financeiras para o mercado de curto prazo) e a proposição futura de “não homologação” de registros de contratos para toda a cadeia de contratos, a exposição foi estimada pela geração efetiva reduzida dos contratos de venda para consumidores.

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Fl. 9 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

38. Desse levantamento, apenas 29 dos 39 CNPJ resultaram em exposição negativa, aos quais se passou a restringir a avaliação. Primeiramente, valorados a um PLD de R$ 100 como referência:

-R$ 2.227 -R$ 2.236 -R$ 1.989 -R$ 1.472 -R$ 1.069 -R$ 1.313 -R$ 1.120 -R$ 1.190 -R$ 1.052 -R$ 1.160 -R$ 1.199 -R$ 1.067

-R$ 4.821 -R$ 5.025 -R$ 4.835 -R$ 4.644 -R$ 4.496 -R$ 4.784 -R$ 4.402 -R$ 4.353 -R$ 4.369 -R$ 4.524 -R$ 4.473 -R$ 4.704

-R$ 10.324-R$ 9.598 -R$ 9.625

-R$ 11.178 -R$ 11.212 -R$ 11.218-R$ 9.671 -R$ 9.237 -R$ 8.666 -R$ 9.014 -R$ 9.184 -R$ 9.139

-R$ 44.684-R$ 43.056

-R$ 41.703-R$ 43.323

-R$ 41.152

-R$ 44.302

-R$ 42.077 -R$ 42.415-R$ 40.892

-R$ 42.184-R$ 43.072 -R$ 42.560

-R$ 11.570 -R$ 11.216 -R$ 10.840 -R$ 11.127 -R$ 10.556 -R$ 11.270-R$ 10.448 -R$ 10.449 -R$ 10.034 -R$ 10.399 -R$ 10.585 -R$ 10.491

-R$ 50.000

-R$ 45.000

-R$ 40.000

-R$ 35.000

-R$ 30.000

-R$ 25.000

-R$ 20.000

-R$ 15.000

-R$ 10.000

-R$ 5.000

R$ 0

out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14

Milh

ares

VENDEDORES: [ Geração - Contratos Carga ] x PLD (R$ 100/MWh)

10 a 20 consumidores 21 a 50 consumidores 51 a 100 consumidores 101 a 250 consumidores 10 a 250 consumidores

29 CNPJs com resultado médio negativo no período, agrupados nos 5 perfis acima

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Fl. 10 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014 39. Após, valorou-se ao PLD médio realizado no submercado SE/CO naquele período:

-R$ 5.813 -R$ 7.402 -R$ 5.781 -R$ 5.569

-R$ 8.795-R$ 10.802 -R$ 9.216 -R$ 9.602

-R$ 4.342 -R$ 6.875 -R$ 8.507 -R$ 7.777-R$ 12.583-R$ 16.635

-R$ 14.055-R$ 17.565

-R$ 36.992 -R$ 39.361 -R$ 36.219 -R$ 35.129

-R$ 18.028 -R$ 26.804-R$ 31.737

-R$ 34.290

-R$ 26.944 -R$ 31.777 -R$ 27.983-R$ 42.279

-R$ 92.253 -R$ 92.309-R$ 79.572 -R$ 74.539

-R$ 35.760-R$ 53.411

-R$ 65.161 -R$ 66.618

-R$ 116.621

-R$ 142.544

-R$ 121.240

-R$ 163.857

-R$ 338.612

-R$ 364.532

-R$ 346.224 -R$ 342.279

-R$ 168.742

-R$ 249.959

-R$ 305.609 -R$ 310.241

-R$ 30.195-R$ 37.133

-R$ 31.513

-R$ 42.085

-R$ 86.856 -R$ 92.736-R$ 85.969 -R$ 84.318

-R$ 41.407

-R$ 61.620-R$ 75.107 -R$ 76.471

-R$ 400.000

-R$ 350.000

-R$ 300.000

-R$ 250.000

-R$ 200.000

-R$ 150.000

-R$ 100.000

-R$ 50.000

R$ 0

out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14

Milh

ares

VENDEDORES: [ Geração - Contratos Carga ] x PLD (médio realizado SE/CO)

10 a 20 consumidores 21 a 50 consumidores 51 a 100 consumidores 101 a 250 consumidores 10 a 250 consumidores

29 CNPJs com resultado médio negativo no período, agrupados nos 5 perfis acima

Page 11: Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL - as controladas, coligadas e de simples participação do proponente, com os respectivos sócios ou acionistas, observadas as definições contidas

Fl. 11 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014 40. Avaliando cenário futuro, valorou-se ao PLD máximo para 2015:

-R$ 8.653 -R$ 8.685 -R$ 7.725 -R$ 5.720 -R$ 4.153 -R$ 5.100 -R$ 4.351 -R$ 4.622 -R$ 4.087 -R$ 4.507 -R$ 4.658 -R$ 4.145

-R$ 18.729 -R$ 19.519 -R$ 18.782 -R$ 18.042 -R$ 17.465 -R$ 18.583 -R$ 17.100 -R$ 16.911 -R$ 16.972 -R$ 17.573 -R$ 17.377 -R$ 18.274

-R$ 40.106-R$ 37.287 -R$ 37.392

-R$ 43.426 -R$ 43.555 -R$ 43.582-R$ 37.568 -R$ 35.884 -R$ 33.666 -R$ 35.017 -R$ 35.677 -R$ 35.503

-R$ 173.589-R$ 167.262

-R$ 162.009-R$ 168.301

-R$ 159.868

-R$ 172.105

-R$ 163.462 -R$ 164.775-R$ 158.858

-R$ 163.878-R$ 167.326 -R$ 165.337

-R$ 44.945 -R$ 43.573 -R$ 42.110 -R$ 43.226 -R$ 41.007 -R$ 43.783-R$ 40.588 -R$ 40.591 -R$ 38.982 -R$ 40.399 -R$ 41.122 -R$ 40.754

-R$ 200.000

-R$ 180.000

-R$ 160.000

-R$ 140.000

-R$ 120.000

-R$ 100.000

-R$ 80.000

-R$ 60.000

-R$ 40.000

-R$ 20.000

R$ 0

out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14

Milh

ares

VENDEDORES: [ Geração - Contratos Carga ] x PLD (R$ 388,48/MWh)

10 a 20 consumidores 21 a 50 consumidores 51 a 100 consumidores 101 a 250 consumidores 10 a 250 consumidores

29 CNPJs com resultado médio negativo no período, agrupados nos 5 perfis acima

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Fl. 12 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014 41. Por fim, valorou-se ao PLD máximo para 2015 e dividiu-se pela quantidade de consumidores, a fim de obter uma referência unitária:

-R$ 481-R$ 521

-R$ 509

-R$ 460

-R$ 350

-R$ 457

-R$ 405-R$ 368 -R$ 361 -R$ 368

-R$ 402-R$ 363

-R$ 693

-R$ 796-R$ 775

-R$ 580

-R$ 517

-R$ 549-R$ 542 -R$ 536

-R$ 525

-R$ 582

-R$ 503 -R$ 511

-R$ 477-R$ 447 -R$ 450

-R$ 524 -R$ 523 -R$ 524

-R$ 468 -R$ 465-R$ 417

-R$ 443-R$ 464 -R$ 464

-R$ 1.152-R$ 1.131

-R$ 1.098-R$ 1.070

-R$ 1.035

-R$ 1.114

-R$ 1.050-R$ 1.070

-R$ 1.021 -R$ 1.035-R$ 1.071

-R$ 1.036

-R$ 647-R$ 680 -R$ 664

-R$ 605

-R$ 538

-R$ 604-R$ 560 -R$ 547

-R$ 524-R$ 548

-R$ 552-R$ 532

-R$ 1.400

-R$ 1.200

-R$ 1.000

-R$ 800

-R$ 600

-R$ 400

-R$ 200

R$ 0

out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14 abr/14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14

Milh

ares

-Va

lor

Uni

tário

VENDEDORES: [ Geração - Contratos Carga ] x PLD (R$ 388,48/MWh) / QTD Consumidores

10 a 20 consumidores 21 a 50 consumidores 51 a 100 consumidores 101 a 250 consumidores 10 a 250 consumidores

29 CNPJs com resultado médio negativo no período, agrupados nos 5 perfis acima

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Fl. 13 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

42. Com base nos dados precedentes, especialmente a referência unitária projetada com o PLD máximo para 2015 (para 10 consumidores), propõe-se exigir patrimônio líquido de R$ 4 MM como solução de solvência em caso de inadimplemento no âmbito da CCEE.

43. Com vistas a mitigar o risco de inadimplências eventuais na liquidação financeira do mercado de curto prazo, porém buscando não onerar significativamente a composição da cadeia de custos dos futuros varejistas (que repassarão aos preços), propõe-se o Limite Operacional mínimo de R$ 1 MM, equivalente a menos de 3 vezes a referência unitária.

44. Índices de liquidez geral, corrente e de solvência geral superior a 1, por seu turno, serão também balizadores a serem utilizados na habilitação à comercialização varejista.

IV. DO FUNDAMENTO LEGAL

45. A presente proposta tem fulcro nas Leis no 10.848/2004, no 9.427/1996, no 9.074/1995, e nos Decretos no 5.163 e no 5.177, ambos de 2004.

V. DA CONCLUSÃO

46. Conclui-se, por conseguinte, pela conveniência de instituir processo de Consulta Pública por intercâmbio documental, pelo prazo de trinta dias, para recebimento de contribuições à referida minuta de Procedimento de Comercialização. Será utilizada a ferramenta on-line (pelo sítio eletrônico da ANEEL) para envio de contribuições.

47. Adicionalmente, propõe-se à Diretoria Colegiada a edição de resolução normativa que proceda a ajustes da Resolução Normativa no 570/2013, que disciplina a comercialização varejista de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional - SIN.

VI. DA RECOMENDAÇÃO

48. Propõe-se a instituição de processo de Audiência Pública por intercâmbio documental, pelo prazo de trinta dias, para recebimento de contribuições à referida minuta de resolução. Que seja utilizada a ferramenta on-line (pelo sítio eletrônico da ANEEL) para envio de contribuições.

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Fl. 14 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

LUIZ GUSTAVO BARDUCO CUGLER CAMARGO Especialista em Regulação - SEM

De acordo:

FREDERICO RODRIGUES Superintendente de Estudos do Mercado

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Fl. 15 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

ANEXO À NOTA TÉCNICA

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL

RESOLUÇÃO NORMATIVA No , DE DE DE 2015

Altera a Resolução Normativa no 570, de 23 de julho de 2013.

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, de acordo com deliberação da Diretoria, tendo em vista o disposto na Lei no 10.848, de 15 de março de 2004, nos Decretos no 5.163, de 30 de julho de 2004, e no 5.177, de 12 de agosto de 2004, e o que consta no Processo no 48500.005476/2011-93, resolve:

Art. 1o Alterar a Resolução Normativa no 570, de 23 de julho de 2013.

Art. 2o A Resolução Normativa no 570, de 23 de julho de 2013, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 1o ...................................

§ 1o A comercialização a que alude o caput caracteriza-se pela representação, por agentes da CCEE habilitados, das pessoas físicas ou jurídicas a quem seja facultado não aderir à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE

§ 2o ...................................” (NR)

“Art. 2o Os comercializadores ou geradores integrantes da CCEE podem representar, em seu nome e conta, as pessoas físicas ou jurídicas de que trata o Capítulo II.

§ 3o A demonstração a que alude o § 2o abrange:

I - todos os sócios ou acionistas do proponente;

II - o(s) controlador(es) societário(s) indireto(s) e o(s) intermediário(s) do proponente, observadas as definições contidas pela norma que rege transferência de controle societário, e os sócios ou acionistas desses controladores;

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Fl. 16 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

ANEXO À NOTA TÉCNICA

III - as controladas, coligadas e de simples participação do proponente, com os respectivos sócios ou acionistas, observadas as definições contidas no Código Civil; e

IV - administradores, diretores, conselheiros e demais prepostos afim.

§ 4o O desligamento voluntário do agente representante está condicionado ao cumprimento de todas as condições e obrigações previstas nas normas aplicáveis à comercialização na CCEE, assim como à inexistência de ativos de medição de representados modelados sob sua responsabilidade

§ 5o A aprovação a que alude o § 1o é condicionada à inexistência de outro agente habilitado com controlador societário direto, intermediário ou indireto semelhante ou majoritariamente coincidente.

§ 6o O agente proponente deve declarar à CCEE, quando houver, a existência de matrimônio, união estável e de parentesco consanguíneo ou afim entre aqueles a que aludem os incisos I e IV do § 3o e os administradores, diretores, conselheiros e os sócios ou acionistas controladores diretos, intermediários e indiretos de outros agentes.

§ 7o Nos termos de que trata o § 2o, deve o agente proponente não ter incorrido em qualquer descumprimento de obrigação no âmbito da CCEE nos últimos dezoito meses imediatamente anteriores à data de solicitação ao CAd, assim permanecendo até o deferimento.

§ 8o Havendo ação judicial ou procedimento arbitral em tramitação, em que figure no polo ativo ou passivo qualquer daqueles referidos no § 3o, tratando-se a matéria em debate da exigibilidade de débitos devidos no âmbito da CCEE, deve-se comprovar o depósito judicial integral em conta bancária aberta especialmente para esse fim.

§ 9o Aos agentes que não possuam o histórico mínimo de operação na CCEE de dezoito meses, ou que possuam mas não tenham comercializado montante anual mínimo de 10 MWmédio, deve-se observar que:

I - o controle societário direto e o indireto sejam detidos por pessoas que atendam ao requisito definido no § 7o; e

II - não sendo aplicável o disposto no inciso I, que o requisito definido no § 7o seja atendido pelos controladores societários intermediários e todas as coligadas do proponente.

§ 10 O agente proponente deve comprovar que possui estruturas técnico-operacional, comercial e financeira adequadas, de forma detalhada,

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Fl. 17 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

ANEXO À NOTA TÉCNICA

observando-se eventuais critérios estabelecidos em Procedimento de Comercialização.

§ 11 É dispensado o cumprimento do disposto nos §§ 3o, 5o, 6o, 7o, 9o e 10 pelo agente proponente à comercialização varejista, desde que:

I - a representação pretendida se restrinja aos integrantes do mesmo:

a) grupo econômico; ou

b) complexo industrial ou comercial;

II - haja renúncia expressa ao exercício da comercialização varejista para o atendimento de outros representados não referidos no inciso I; e

III - os representados manifestem expressamente sua responsabilidade solidária em face do resultado financeiro incorrido pelo representante nas operações no âmbito da CCEE.

§ 12 A aprovação a que alude o § 1o, a manutenção da habilitação à comercialização varejista e a ampliação do mercado representado são, nos termos estabelecidos em Procedimento de Comercialização - PdC, condicionadas ao cumprimento de:

I - índices e parâmetros mínimos, apurados mediante demonstrações contábeis aprovadas por assembleia com base em parecer expedido sem ressalvas por auditoria independente registrada na Comissão de Valores Mobiliários;

II - parâmetros mínimos de resultado atinentes a balanços energéticos, realizados por auditoria independente; e

III - demais obrigações de cunho societário, comercial ou concorrencial estabelecidos em PdC.” (NR)

“Art. 3o ...................................

I - os consumidores com unidades consumidoras individualmente aptas à aquisição de energia elétrica no Ambiente de Contratação Livre - ACL; e

§ 1o Para atuar no mercado de energia elétrica na condição de representado, o consumidor deverá assegurar o atendimento dos critérios de elegibilidade estabelecidos nos arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, ou no art. 26 da Lei no 9.427, de 26 de dezembro de 1996, em especial o montante de uso contratado relativo à unidade consumidora a ser modelada em nome do agente representante.

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Fl. 18 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

ANEXO À NOTA TÉCNICA

§ 2o Aos detentores de concessão ou autorização para geração com capacidade instalada igual ou superior a 50 MW não comprometidos com CCEAR, CER ou Cotas, faculta-se optar pela representação de que trata esta Resolução, porém ressalvando-se o seguinte:

I - devem ser agentes da CCEE; e

II - respondem, de forma proporcional e solidária, pelos resultados decorrentes da gestão empreendida por seu representante.

§ 3o Na hipótese de que trata o inciso I do caput, é vedada a representação de conjunto de unidades consumidoras reunidas por comunhão de interesses de fato ou de direito” (NR)

“Art. 4o ...................................

II - a contabilização dos representados é realizada conforme os perfis contábeis a que alude o inciso I e o submercado;

VI - é permitida a aquisição parcial de energia elétrica junto à distribuidora local, desde que previamente acordado com o varejista correspondente;

IX - incumbe ao agente representante o adimplemento de todas as obrigações atinentes aos representados e respectivos ativos de medição;

X - as relações comerciais passíveis de livre pactuação, independentemente da forma e do instrumento empregados pelo representante e o representado, devem ter vigência por prazo indeterminado concomitante ao do CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA, observado o disposto no Capítulo IV; e

XI - todos os produtos padronizados ofertados por agente representante devem ser divulgados em seu portal eletrônico, com descrição detalhada, modelos de contratos, preços e condições.” (NR)

“Art. 5o ...................................

I - o CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA constante do ANEXO a esta Resolução, firmado pelo representado e pelo agente representante, dispensados demais instrumentos bilaterais acessórios;

§ 5o ...................................” (NR)

“Art. 7o Nas situações de solicitação de desligamento da CCEE para ingresso no ambiente da comercialização varejista na condição de representado e de mudança de agente representante, a modelagem do ativo de

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Fl. 19 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

ANEXO À NOTA TÉCNICA

geração ou consumo não envolverá transferência do histórico de comercialização vinculado ao representado, mas pode, nos termos de Procedimento de Comercialização - PdC, implicar a manutenção do histórico técnico do ativo de medição.” (NR)

“Art. 8o É de inteira responsabilidade do representado a atualização de seu cadastro perante a CCEE, incluindo eventuais prejuízos ou danos que venha a incorrer pelo não recebimento de informações enviadas pela CCEE em razão da desatualização de suas informações cadastrais.” (NR)

“Art. 9o A comercialização varejista, caracterizada pela execução continuada da representação de que trata esta Resolução, extingue-se pelo advento de qualquer das hipóteses de resolução ou resilição previstas no CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA.

§ 3o O representado, quando pretenda dar seguimento a suas atividades, deve diligenciar pela continuidade de sua operação comercial antes do advento do término contratual, optando por:

I - contratar com outro agente habilitado sua representação na CCEE, em nome e conta do novo representante;

II - aderir à CCEE em nome próprio, sem prejuízo de, observadas as condições cabíveis, contratar parte de suas necessidades de energia com a distribuidora local; ou

III - sendo consumidor, contratar seu atendimento integral com a distribuidora local, mediante celebração de Contrato de Compra de Energia Regulada - CCER, se com ela acordado, em prazo inferior ao estabelecido pelas normas aplicáveis.

§ 4o O descumprimento do disposto no § 3o enseja a desmodelagem dos ativos representados, aplicando-se, para tanto, os procedimentos operacionais estabelecidos na regulamentação atinente ao desligamento de agentes da CCEE, especificamente com vistas a:

I - ..................................

II - ..................................

§ 5o ...................................” (NR)

“ Seção II Do Desligamento ou Inabilitação do Agente Representante

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Fl. 20 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

ANEXO À NOTA TÉCNICA

Art. 10. A CCEE deve notificar, nos termos estabelecidos em Procedimento de Comercialização - PdC, todos os representados, informando sobre a eventual instauração de:

I - procedimento destinado ao desligamento de seu agente representante da CCEE, por inadimplemento, ou à inabilitação para a comercialização varejista; ou

II - .........................................

§ 2o .........................................

I - informar a relação de agentes adimplentes e habilitados à representação, por meio da comercialização varejista, do então representado; e

II - esclarecer os efeitos decorrentes do desligamento ou da inabilitação do representante e informar que, já a partir daquele momento, lhes é facultado:

.........................................

§ 3o A CCEE, em até cinco dias da deliberação que decidir pelo desligamento por inadimplemento ou inabilitação, deverá promover nova notificação de todos os representados perante a CCEE pelo agente representante desligado ou inabilitado, informando-lhes acerca da decisão proferida, bem como concedendo prazo de cinco dias para cada representado proceder ao disposto nas alíneas “a”, “b” ou “c” do inciso II do § 2o, caso aplicável.

§ 5o Negligenciado pelo representado a atualização de seu cadastro, o prazo a que alude o § 3o deve ser contado:

.........................................

§ 7o É condição resolutiva do contrato celebrado com agente representante em processo de desligamento ou inabilitação, quanto à cada ponto de medição, independentemente de notificação judicial ou extrajudicial:

I - a modelagem do ponto de medição do então representado sob seu próprio perfil de agente;

II - ..................................

III - ..................................

§ 8o É nula qualquer estipulação contratual de penalidade atinente ao exercício, pelo representado, do disposto no inciso II do § 2o.

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Fl. 21 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

ANEXO À NOTA TÉCNICA

§ 9o .........................................” (NR)

“Art. 11-A. O descumprimento superveniente do disposto pelos §§ 5o, 6o, 10, 11 ou 12 do art. 2o importará a inabilitação para a comercialização varejista, nos temos do art. 10.”

Art. 3o O Anexo à Resolução Normativa no 570, de 23 de julho de 2013, passa a vigorar com a seguinte redação:

“ CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA

De um lado, o(a) (pessoa física ou jurídica representada), inscrito(a) no (CPF)/(CNPJ)/MF sob o no (000.000.000-00) / (00.000.000/0000-00), com sede/domicílio em (endereço completo), doravante denominado REPRESENTADO e, de outro, o(a) (agente representante), inscrito no CNPJ/MF sob o nº (00.000.000/0000-00), com sede em (endereço completo), doravante denominado REPRESENTANTE, quando em conjunto denominados PARTES, em conformidade com as normas de regência, aderem, de forma integral, a este Contrato para Comercialização Varejista, cuja validade e eficácia, para todos os fins de fato e de direito, ficam condicionadas à efetivação da modelagem do ativo de medição no âmbito da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, doravante denominada CCEE.

CLÁUSULA PRIMEIRA - ........................... .................................................

Subcláusula Quarta - Instaurando-se o racionamento de energia elétrica pelo Poder Concedente, todas as avenças comerciais deverão ser ajustadas aos termos dispostos pela legislação superveniente e pela regulamentação da ANEEL.

CLÁUSULA SEGUNDA - ...........................

São livremente ajustadas entre as PARTES demais avenças comerciais relacionadas à COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA, independentemente da forma e do instrumento eleitos, notadamente: (i) os montantes, forma e flexibilidades para sua contratação bilateral; (ii) apuração; (iii) preços e eventuais descontos incidentes no uso do sistema elétrico (iv) cobrança e pagamento; (v) garantias; (vi) mora; (vii) condições para fidelização, vantagens e penalidades; (viii) prêmios; e (ix) fontes da energia comercializada. .................................................

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Fl. 22 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

ANEXO À NOTA TÉCNICA

CLÁUSULA OITAVA - ........................... .................................................

Subcláusula Quarta - ................................

I - falência do REPRESENTADO, quando do encerramento de suas atividades ou da massa falida;

II - inadimplemento contratual do REPRESENTADO ou do REPRESENTANTE;

III - desligamento, compulsório ou por inadimplemento, do REPRESENTANTE; ou

IV - inabilitação superveniente do REPRESENTANTE à comercialização varejista.

CLÁUSULA NONA - ........................... .................................................

Subcláusula Terceira - A ausência de notificação, quando do descumprimento do disposto na Subcláusula Primeira pelo REPRESENTADO, não é oponível como causa excludente de responsabilidade ou violação à ampla defesa e ao contraditório, sendo considerada justa e válida qualquer imposição de cobrança, sanção, desligamento da CCEE e a suspensão do fornecimento de unidades consumidoras.

.................................................

(Local de assinatura), em (dia) de (mês) de (ano).

______________________________ Parte: (representado)

_________________________________ Parte: (agente da CCEE representante)

.................................................

ANEXO AO CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA

.................................................

(Local de assinatura), em (dia) de (mês) de (ano).

______________________________ Parte: (representado)

_________________________________ Parte: (agente da CCEE representante)”

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Fl. 23 da Nota Técnica no 129/2014-SEM/ANEEL, de 17/12/2014

ANEXO À NOTA TÉCNICA

Art. 4o Fica revogado o artigo 18 do ANEXO à Resolução Normativa no 109, de 26 de outubro de 2004.

Art. 5o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas demais disposições em contrário.

ROMEU DONIZETE RUFINO

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Módulo 1 – Agente

Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

1 Revisão 1.0

Vigência XX/XX/2015

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Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO

2. OBJETIVO

3. PREMISSAS

Condições gerais para a habilitação do varejista Condições gerais para a habilitação de representados Cadastro do Sistema de Medição para Faturamento e Coleta de Dados de Medição Cadastro no Sistema de Contabilização e Liquidação – SCL Substituição de varejista, pelo representado Adesão do representado à CCEE Retorno de unidade consumidora ao atendimento cativo Desligamento ou Inabilitação do varejista da CCEE Desligamento do representado e encerramento de suas atividades

4. LISTA DE DOCUMENTOS

5. DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES

6. FLUXO DE ATIVIDADES

7. ANEXOS

Revisão Motivo da Revisão Instrumento de aprovação pela ANEEL

Data de Vigência

1.0 Primeira versão aprovada (APXX/2015) Despacho no XX/2015 XX.XX.2015

2 Revisão 1.0

Vigência XX/XX/2015

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Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

1. INTRODUÇÃO

A comercialização varejista caracteriza-se pelas relações comerciais entre o comercializador ou

gerador varejista (agente representante) e as pessoas físicas ou jurídicas elegíveis à

representação, dando-se pela adesão ao CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA e pela

celebração de outras avenças de livre pactuação. Esta representação se dá por conta e risco do

comercializador ou gerador varejista. Adicionalmente, os agentes da CCEE proponentes a atuar

como varejistas devem pertencer à categoria de geração ou à classe dos agentes

comercializadores.

2. OBJETIVO

Estabelecer os procedimentos relativos à habilitação e atuação do varejista, exercida pela

representação de consumidores livres, consumidores especiais e agentes de geração com

participação facultativa na CCEE, bem como às atividades relacionadas aos representados, de

acordo com os critérios apresentados na Resolução Normativa no 570, de 23 de julho de 2013.

Aplica-se o disposto neste PdC, quando cabível, à representação dos detentores de concessão

ou autorização para geração com capacidade instalada igual ou superior a 50 MW não

comprometidos com CCEAR, CER ou Cotas, nos termos excepcionais definidos pela Resolução

Normativa no 570, de 2013

3. PREMISSAS

Condições gerais para a habilitação do varejista

3.1 Podem atuar como varejista (habilitação inicial/permanência e ampliação do mercado

representado) os comercializadores e geradores integrantes da CCEE que atenderem,

concomitantemente, aos requisitos previstos na Resolução Normativa no 570, de 2013, e

aos seguintes:

i. O objeto social da pessoa jurídica apresente designação específica para exercer tal

atividade;

ii. Limite operacional não inferior a R$ 1.000.000 (um milhão de reais);

iii. Patrimônio líquido mínimo de R$ 4.000.000 (quatro milhões de reais);

iv. Índices de liquidez geral, liquidez corrente e solvência geral superiores a 1 (um);

v. Possua sede social em endereço comercial;

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Vigência XX/XX/2015

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Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

vi. Possuindo marca registrada no INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL, que seja

vedada sua cessão e o licenciamento a terceiros, mesmo que temporariamente ou sem

ônus;

vii. Possua nome de domínio (portal eletrônico) próprio, com expressão assemelhada ao

nome empresarial; e

viii. Em seu portal eletrônico, devem estar claramente indicadas demais pessoas jurídicas

controladas, controladoras, coligadas e de controlador comum que sejam, também,

agentes do setor elétrico.

3.2 Os valores a que aludem os incisos ii e iii do item 3.1 devem, mensalmente, ser

atualizados monetariamente pela CCEE com base no Índice Nacional de Preços ao

Consumidor Amplo - IPCA.

3.3 A qualquer tempo, o agente da CCEE proponente a atuar como varejista pode solicitar a

abertura e realizar o acompanhamento do seu processo de habilitação por meio do

SISTEMA DE GESTÃO DE PROCESSOS - SGP, enviando, no momento da solicitação, todos os

documentos a seguir relacionados, os quais devem estar assinados pelos representantes

legais do proponente, com firma reconhecida, quando cabível:

i. Estatuto ou do Contrato Social em vigor, devidamente registrado no órgão

competente;

ii. Acordo de acionistas ou cotistas e demais negócios jurídicos que proporcionam impacto

no controle societário;

iii. Diagrama do grupo econômico, observando-se:

a. a indicação de nomes e percentuais das participações societárias;

b. possibilidade de plena aferição das condicionantes dispostas na Resolução

Normativa no 570, de 2013; e

c. a dispensa da apresentação de participação inferior a 5%, salvo se controlador;

iv. Relação que discrimine:

a. todos os sócios ou acionistas do proponente;

b. o(s) controlador(es) societário(s) indireto(s) e o(s) intermediário(s) do

proponente, observadas as definições contidas pela norma que rege

transferência de controle societário, e os sócios ou acionistas desses

controladores;

c. as controladas, coligadas e de simples participação do proponente, com os

respectivos sócios ou acionistas, observadas as definições contidas no Código

Civil; e

d. administradores, diretores, conselheiros e demais prepostos afim.

v. Organograma Corporativo, observando o modelo disponível no site da CCEE;

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Vigência XX/XX/2015

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Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

vi. Declaração de matrimônio, união estável e de parentesco consanguíneo ou afim, de

que trata a Resolução Normativa no 570, de 2013;

vii. Balanço Patrimonial e Demonstrações Contábeis dos três últimos exercícios

financeiros; As demonstrações contábeis e financeiras devem ser auditadas por

auditores independentes, abrangendo balanço patrimonial, resultado do exercício e

fluxo de caixa;

viii. Certidão Negativa, ou Positiva com Efeitos de Negativa, Conjunta de Débitos Relativos

aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União;

ix. Certidão Negativa, ou Positiva com Efeitos de Negativa, de regularidade fiscal para

com a Fazenda Estadual/Distrital, inclusive quanto à Dívida Ativa;

x. Certidão Negativa, ou Positiva com Efeitos de Negativa, de regularidade fiscal para

com a Fazenda Municipal;

xi. Certidão Negativa, ou Positiva com Efeitos de Negativa, da Previdência Social (INSS);

xii. Certidão Negativa, ou Positiva com Efeitos de Negativa, do cadastro do Fundo de

Garantia por Tempo de Serviço da Caixa Econômica Federal (FGTS);

xiii. Certidão Negativa de falência e recuperação judicial, expedida pelo Poder Judiciário da

comarca em que o candidato a comercializador varejista estiver localizado;

xiv. Formulário de Inventário de Bens, devidamente assinado pelo representante(s)

legal(ais) do candidato;

xv. Certidão negativa de protestos e títulos;

xvi. Certidão negativa de débitos trabalhistas; e

xvii. Demais documentos comprobatórios para atendimento aos requisitos apresentados no

item 3.1.

3.4 As certidões mencionadas no item 3.2 devem estar válidas na data de deferimento do

pedido de habilitação do varejista, ou, caso não apresentem prazo de validade, devem ter

sido emitidas em data não superior a sessenta dias. É responsabilidade do requerente,

manter a certidão sempre válida, enquanto não houver conclusão da aprovação do pedido

de habilitação.

3.4.1 No caso de habilitação de filial, devem ser apresentadas as certidões

mencionadas no item 3.2, em nome da matriz e da própria filial.

3.5 O proponente a atuar como varejista deve apresentar os documentos descritos no

item 3.2, independentemente de ser um novo agente ou não.

3.6 As certidões e as demonstrações contábeis e financeiras referidas no item 3.2, bem como

as demais quando houver alterações, devem ser enviadas anualmente à CCEE, consoante

cronograma estabelecido pelo CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA CCEE - CAd.

5 Revisão 1.0

Vigência XX/XX/2015

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Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

3.6.1 Adicionalmente, deve ser encaminhado o balanço energético realizado por

auditoria independente, atestando-se ou não o equilíbrio para um horizonte

mínimo de cinco anos.

3.7 Caso sejam constatadas pendências na documentação enviada ou reenviada, a CCEE deve

informar ao proponente a existência de tais pendências, por meio do SGP, em até cinco

dias úteis a partir da data da solicitação do agente ou do reenvio de documentos.

3.8 A partir da comunicação referida no item 3.7, o proponente deve sanar as pendências

apontadas em até dez dias úteis, sob pena de extinção automática do processo para sua

habilitação.

3.9 Após o saneamento das pendências pelo proponente, quando houver, ou após a

constatação de regularidade do envio das documentações, a CCEE deve nomear

conselheiro relator em até dez dias úteis.

3.10 Ao conselheiro relator incumbirá levar à deliberação do CAd o processo para habilitação do

proponente.

3.11 A habilitação se dá exclusivamente pela aprovação unânime do CAd.

3.12 A CCEE deve comunicar o resultado do processo de habilitação ao agente por intermédio

do SGP.

3.13 Caso o processo de habilitação do candidato a comercializador varejista seja extinto, o

proponente pode apresentar uma nova solicitação para habilitação, nos termos do

item 3.2.

3.14 Na hipótese do CAd indeferir a solicitação de habilitação, cabe ao candidato apresentar

PEDIDO DE IMPUGNAÇÃO, nos termos do SUBMÓDULO 1.4 - ATENDIMENTO.

Condições gerais para a habilitação de representados

3.15 O varejista é responsável por solicitar a habilitação de pessoa física ou jurídica elegível à

representação, enviando à CCEE, por meio do SGP, o CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO

VAREJISTA e o respectivo Anexo, com as informações do representado, devidamente

preenchidos e assinados pelas partes, com firma reconhecida.

3.16 Os agentes da CCEE que representem ativos de terceiros, nos termos da regulamentação

em vigor anteriormente à Resolução Normativa no 570, de 2013, não podem solicitar

alterações de representação em relação aos seus representados, devendo providenciar sua

adequação aos termos e condições estabelecidos neste submódulo, ainda que a

representação que se pretenda alterar tenha tido início sob a égide de regulação anterior.

3.17 Para integrantes de um consórcio de geração que optem por serem representados, deve-

se eleger entre eles um único responsável, a atuar em nome de todos.

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Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

3.18 Para os casos de consórcio de geração que atuem na condição de representado, a adesão

à CCEE de qualquer de seus integrantes está condicionada à adesão dos demais.

3.19 Além da entrega dos documentos relacionados no item 3.15, o varejista deve realizar as

atividades de cadastro do representado definidas no SUBMÓDULO 1.2 – CADASTRO DE AGENTES,

em até dez dias úteis do mês anterior ao mês de início de operacionalização.

3.20 A CCEE deve efetuar qualquer análise de documentação ou das atividades de cadastro em

até cinco dias úteis, contados do prazo estabelecido no item 3.19.

3.21 O varejista deve acompanhar as solicitações de cadastro e análise de documentação por

meio do SGP.

3.22 O varejista deve ter a análise de solicitação de habilitação concluída e sem pendências, em

até três dias úteis anteriores ao mês de início de operacionalização, respeitando a data

limite presente no item 3.19.

3.23 O representado deve estar contratado com um único varejista, para a mesma vigência.

3.24 A vigência da representação se dá por prazo indeterminado, integrando-se por períodos

completos de comercialização.

3.25 Para cada unidade consumidora parcialmente livre, a distribuidora local deve registrar no

SISTEMA DE CONTABILIZAÇÃO E LIQUIDAÇÃO - SCL, o CONTRATO DE COMPRA DE ENERGIA REGULADA –

CCER, nos procedimentos e prazos estabelecidos no SUBMÓDULO 3.2 – CONTRATOS NO

AMBIENTE REGULADO.

3.26 A CCEE deve efetuar, com base no histórico de consumo da unidade consumidora que

passe a ser representada, o cálculo da cota e de energia do PROINFA, nos termos das

premissas específicas do SUBMÓDULO 3.2 – CONTRATOS NO AMBIENTE REGULADO.

3.27 A partir da validação de documentos e atividades atinentes ao cadastro, tratados nos itens

3.15 e 3.19, o representado deve manter atualizado seu cadastro na CCEE, por meio do

AUTOCADASTRO, disponível no CONTEÚDO EXCLUSIVO.

3.28 O agente da CCEE, consumidor ou gerador, que opte por ser representado por um

varejista, deve solicitar seu desligamento sem sucessão da CCEE, conforme atividades e

prazos previstos no SUBMÓDULO 1.5 – DESLIGAMENTO DE AGENTES.

3.29 Nos casos de desligamento do agente da CCEE que passe à representação por um

varejista ou de alteração do varejista, a transferência do histórico de comercialização é

vedada.

Cadastro do Sistema de Medição para Faturamento e Coleta de Dados de Medição

3.30 É atribuição do agente responsável pelo SISTEMA DE MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO – SMF:

i. solicitar o Parecer de Localização por meio do SGP;

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Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

ii. solicitar o CADASTRAMENTO DO(S) PONTOS(S) DE MEDIÇÃO por meio do SISTEMA DE COLETA DE

DADOS DE ENERGIA - SCDE, estabelecido no SUBMÓDULO 1.2 – CADASTRO DE AGENTES; e

iii. responder pelas operações diárias de medição junto à CCEE, conforme SUBMÓDULO 2.1 –

COLETA E AJUSTE DE DADOS DE MEDIÇÃO.

3.31 O varejista deve acompanhar as atividades de CADASTRAMENTO DO(S) PONTOS(S) DE MEDIÇÃO

por meio do SCDE.

3.32 O recebimento de notificações e pagamento de penalidades de medição constantes no

SUBMÓDULO 6.1 – PENALIDADES E MULTAS DE MEDIÇÃO são atribuições:

i. da distribuidora ou transmissora, quando tratar-se de pontos de medição de

consumidores livres ou especiais; e

ii. do varejista, nos demais casos.

Cadastro no Sistema de Contabilização e Liquidação – SCL

3.33 O varejista deve solicitar a inclusão, alteração e exclusão do processo de modelagem dos

representados no SISTEMA ON-LINE DE MODELAGEM DE ATIVOS – SOMA, bem como realizar seu

acompanhamento, respeitando os prazos e os procedimentos do SUBMÓDULO 1.2 –

CADASTRO DE AGENTES.

3.34 O varejista é responsável pela atualização do cadastro dos ativos representados.

3.35 A modelagem de ativos de medição se dá sob perfil contábil criado especificamente para

cada tipo de geração ou consumo;

3.36 A CCEE pode autorizar a criação de perfis contábeis solicitados pelo varejista, além

daqueles a que alude o item 3.35, com vistas ao atendimento de nichos específicos de

mercado.

Substituição de varejista, pelo representado

3.37 A opção do representado pela substituição do varejista atual por outro se inicia com o

envio da NOTIFICAÇÃO PARA ENCERRAMENTO do CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA.

3.37.1 A NOTIFICAÇÃO PARA ENCERRAMENTO, independentemente de se tratar de

resolução por inadimplemento do varejista ou de resilição, ou mesmo que

haja penalidade contratual pactuada pelas partes, deve ser enviada ao

varejista e também à CCEE no prazo mínimo de sessenta dias antecedentes à

data pretendida para o término da contratação.

3.37.2 A NOTIFICAÇÃO PARA ENCERRAMENTO destinada à CCEE deve ser efetivada por

meio do SGP ou pela CENTRAL DE ATENDIMENTO.

3.37.3 O recebimento da NOTIFICAÇÃO PARA ENCERRAMENTO destinada ao varejista deve

ser comprovado por AVISO DE RECEBIMENTO - AR, nos termos do subitem 3.37.2.

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Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

3.38 O novo varejista que, já habilitado, pretenda efetivar a representação, deve encaminhar à

CCEE por meio do SGP:

i. o CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA e o respectivo Anexo, com as informações

do representado, devidamente preenchidos e assinados pelas partes, com firma

reconhecida;

ii. o(s) CONTRATO(S) DE USO DO SISTEMA – CUSD; e

iii. a NOTIFICAÇÃO PARA ENCERRAMENTO e o AVISO DE RECEBIMENTO - AR, referidos nos subitens

3.37.2 e 3.37.3.

3.39 O prazo para o último envio, sem pendências, da solicitação do processo de modelagem, é

de cinco dias uteis antecedentes ao mês pretendido.

3.39.1 Caso não ocorra a substituição do varejista e o representado não diligencie

pela continuidade de sua operação comercial antes do advento do término

contratual, conforme as hipóteses previstas neste Submódulo, sujeita-se aos

procedimentos estabelecidos no item 3.55 e 3.56.

Adesão do representado à CCEE

3.40 O representado que deseje aderir à CCEE deve proceder ao disposto em:

i. subitem 3.37.1;

ii. subitem 3.38 (iii); e

iii. SUBMÓDULO 1.1 – ADESÃO À CCEE.

Retorno de unidade consumidora ao atendimento cativo

3.41 O consumidor representado por um varejista que deseje o atendimento de suas unidades

consumidoras pela distribuidora local deve observar:

i. se a unidade consumidora for ou pretender se tornar parcialmente livre, com a prévia

anuência do varejista, deve-se celebrar CCER ou aumentar o montante já contratado

com a distribuidora;

ii. se apenas algumas unidades consumidoras voltarem a ser integralmente atendidas

pela distribuidora, com a prévia anuência do varejista, deve-se celebrar CCER(s) ou

alterar a forma de contratação dos CCER(s) já em vigor;

iii. se todas as unidades consumidoras voltarem a ser integralmente atendidas pela

distribuidora, deve-se celebrar CCER(s) ou alterar a forma de contratação dos CCER(s)

já em vigor;

iv. no caso do disposto no item iii, o consumidor deve proceder ao disposto no subitem

3.37.1 e 3.38 (iii);

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Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

v. no caso do disposto nos itens iii e iv, a distribuidora deve solicitar o CADASTRAMENTO

DO(S) PONTOS(S) DE MEDIÇÃO por meio do SCDE, estabelecido no SUBMÓDULO 1.2 –

CADASTRO DE AGENTES; e

vi. a celebração de CCER deve observar os prazos mínimos estabelecidos pelas normas

aplicáveis, salvo se acordado pelas partes o início de atendimento em prazos

inferiores.

Desligamento ou Inabilitação do varejista da CCEE

3.42 O CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA se extingue pela ocorrência do desligamento

compulsório do varejista, por inadimplemento na CCEE ou inabilitação superveniente do

varejista.

3.43 A inabilitação do varejista se dá pelo desatendimento das condições dispostas no item 3.1.

3.44 O desligamento do varejista deve observar o disposto no SUBMÓDULO 1.5 – DESLIGAMENTO DE

AGENTES, bem como as premissas deste submódulo.

3.45 Os efeitos da extinção do CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA se estendem aos

demais instrumentos celebrados ou correlatos entre as partes.

3.46 O desligamento voluntário do varejista ocorre mediante o envio à CCEE, do REQUERIMENTO

DE DESLIGAMENTO e da(s) NOTIFICAÇÃO(ÕES) DE TÉRMINO DO(S) CONTRATO(S) PARA

COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA, pelo próprio varejista por meio do SGP, com antecedência

mínima de sessenta dias da data pretendida para o término da contratação, sob pena de

indeferimento do pedido.

3.46.1 O desligamento voluntário do varejista está condicionado ao cumprimento de

suas obrigações financeiras, assim como à inexistência de ativos de medição

de representados sob todos os seus perfis, implicando ainda, o cancelamento

de todos os registros de contratos no SCL, quando houver.

3.46.2 O desligamento voluntário com sucessão somente é aplicável após o

cumprimento do disposto no subitem 3.46.1 e o deferimento do CAd ao

pedido para inabilitação do agente para a comercialização varejista.

3.47 Para os casos de desligamento ou inabilitação do varejista, a CCEE, por meio eletrônico,

deve notificar os representados, comunicando-lhes:

i. sobre a instauração do procedimento de desligamento da CCEE por inadimplemento,

inabilitação ou de processo administrativo na ANEEL referente à revogação da outorga;

e

ii. a relação atualizada de varejistas adimplentes e habilitados à representação, também

disponível no CONTEÚDO EXCLUSIVO, para livre escolha do representado.

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Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

iii. esclarecimentos dos efeitos decorrentes do desligamento ou inabilitação do varejista,

inclusive informando ao representado que ele pode optar, desde a notificação, até a

data do advento do término do contrato, por:

a) celebrar CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA com qualquer dos agentes

representantes relacionados na notificação, tratada nesta premissa;

b) aderir à CCEE em nome próprio, cumprindo, para tanto, as premissas

previstas nos SUBMÓDULOS 1.1 – ADESÃO À CCEE e 1.2 – CADASTRO DE AGENTES;

c) celebrar CCER junto à Distribuidora local, em prazo inferior ao estabelecido

pelas normas aplicáveis, conforme livre negociação entre as partes.

3.48 A ocorrência de qualquer das hipóteses constantes do item 3.47 (iii) encerra, para cada

ponto de medição, independentemente de notificação judicial ou extrajudicial, a relação

comercial entre o varejista e o representado.

3.48.1 É nula qualquer estipulação contratual de penalidade atinente ao exercício,

pelo representado, do disposto no item 3.48.

3.49 A CCEE, em até cinco dias da deliberação que decidir pelo desligamento por

inadimplemento ou inabilitação do varejista, deve proceder à nova notificação de todos os

representados, informando-lhes acerca da decisão proferida, bem como concedendo prazo

de cinco dias para cada representado proceder ao disposto no item 3.47 (iii).

3.49.1 A notificação deve ser encaminhada pelos Correios e por meio eletrônico,

contando-se o prazo a partir do recebimento pelos Correios.

3.49.2 Negligenciado pelo representado a atualização de seu cadastro, o prazo a que

alude o item 3.49 deve ser contado:

i. da data da primeira tentativa de entrega pelos Correios, servindo de

comprovação a data de devolução atestada no Aviso de Recebimento ou

informada no histórico de rastreamento de objetos no portal eletrônico

dos Correios; ou

ii. no insucesso da hipótese precedente, da data de envio para o correio

eletrônico constante do cadastro do representado, independentemente

desse estar ativo ou operacional.

3.50 Caso o representado não diligencie pela continuidade de sua operação comercial antes do

advento do término contratual, conforme as hipóteses previstas neste Submódulo, sujeita-

se aos procedimentos estabelecidos no item 3.55 e 3.56.

3.51 O desligamento do varejista, por inadimplemento, não obsta a nova modelagem dos ativos

então representados sob o perfil de outros agentes.

3.51.1 Ficam excepcionados os casos em que:

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Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

i. a representação seja dos detentores de concessão ou autorização para

geração com capacidade instalada igual ou superior a 50 MW não

comprometidos com CCEAR, CER ou Cotas; e

ii. assim seja julgado pela ANEEL, tais como no reconhecimento do abuso

da personalidade jurídica do representante, da simulação de negócio

jurídico ou procedimento afim, hipóteses em que a nova modelagem

implica a caracterização da sucessão e está condicionada à quitação dos

débitos pendentes.

3.51.2 Nas hipóteses precedentes, os débitos pendentes devem ser apurados e

rateados na forma estabelecida pela norma aplicável ao desligamento de

agentes da CCEE.

Desligamento do representado e encerramento de suas atividades

3.52 O desligamento do representado pode ser voluntário ou decorrer da ausência de relação

comercial.

3.52.1 Caracteriza-se a ausência de relação de comercial pela inexistência de alguma

entre aquelas referidas no item 3.47 (iii).

3.53 O desligamento voluntário do representado se dá pelo envio da NOTIFICAÇÃO PARA

ENCERRAMENTO do CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO VAREJISTA.

3.53.1 A NOTIFICAÇÃO PARA ENCERRAMENTO, independentemente de haver penalidade

contratual pactuada pelas partes, deve ser enviada ao varejista e também à

CCEE no prazo mínimo de sessenta dias antecedentes à data pretendida para

o término da contratação.

3.53.2 A NOTIFICAÇÃO PARA ENCERRAMENTO destinada à CCEE deve ser efetivada por

meio do SGP.

3.53.3 O recebimento da NOTIFICAÇÃO PARA ENCERRAMENTO destinada ao varejista deve

ser comprovado por AVISO DE RECEBIMENTO - AR, nos termos do subitem 3.53.2.

3.53.4 Não sendo efetivada a desconexão do sistema elétrico até o advento da data

pretendida pelo representado para o encerramento da comercialização

varejista, deve a CCEE proceder ao disposto no item 3.55 e 3.56.

3.54 Encerramento da comercialização varejista pode se dar mediante o envio, pelo varejista ao

representado, da NOTIFICAÇÃO PARA ENCERRAMENTO do CONTRATO PARA COMERCIALIZAÇÃO

VAREJISTA.

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Submódulo 1.6 – Comercialização Varejista

3.54.1 A NOTIFICAÇÃO PARA ENCERRAMENTO, independentemente de se tratar de

resolução por inadimplemento do representado ou de resilição, ou mesmo que

haja penalidade contratual pactuada pelas partes, deve ser enviada ao

representado e também à CCEE no prazo mínimo de sessenta dias

antecedentes à data pretendida para o término da contratação.

3.54.2 A NOTIFICAÇÃO PARA ENCERRAMENTO destinada à CCEE deve ser efetivada por

meio do SGP.

3.54.3 O recebimento da NOTIFICAÇÃO PARA ENCERRAMENTO destinada ao representado

deve ser comprovado por AVISO DE RECEBIMENTO - AR, nos termos do subitem

3.54.2.

3.54.4 Caso o representado não diligencie pela continuidade de sua operação

comercial antes do advento do término contratual, conforme as hipóteses

previstas neste Submódulo, sujeita-se aos procedimentos estabelecidos no

item 3.55 e 3.56.

3.55 Caracterizada a ausência de relação de comercial por um representado que seja

consumidor, deve a CCEE proceder à notificação das distribuidoras e, quando pertinente,

do ONS, para a operacionalização da suspensão do fornecimento a todas as unidades

consumidoras correspondentes, nos termos do SUBMÓDULO 1.5 – DESLIGAMENTO DE AGENTES.

3.56 Caracterizada a ausência de relação de comercial por um representado que seja gerador,

nos termos do SUBMÓDULO 1.5 – DESLIGAMENTO DE AGENTES, deve a CCEE:

i. proceder à notificação do ONS, a fim de que sejam monitorados os empreendimentos

de geração, quando programados ou despachados centralizadamente;

ii. providenciar o tratamento específico para a energia gerada; e

iii. comunicar à ANEEL, para os expedientes administrativos cabíveis, incluindo a cassação

de outorga.

3.57 O varejista permanece responsável pela carga do(s) representado(s) até que ocorra a

suspensão do fornecimento de energia de todas as unidades consumidoras modeladas sob

o seu perfil.

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Submódulo 1.6 – Comercializador varejista

4. LISTA DE DOCUMENTOS

DOCUMENTOS PARA A HABILITAÇÃO DO VAREJISTA Comercialização Geração

Descrição DD DF DFR COM A PIE G

Ato constitutivo, estatuto ou contrato social atualizado e alterações supervenientes ou o documento societário consolidado, devidamente registrado no órgão competente.

Acordo de acionistas ou cotistas e demais negócios jurídicos que proporcionam impacto no controle societário.

Diagrama do grupo econômico, com a indicação de nomes e percentuais das participações societárias, possibilidade de plena aferição das condicionantes dispostas na REN ANEEL n°570/2013, e a dispensa da apresentação de participação inferior a 5%, salvo se controlador

Relação que discrimine todos os sócios ou acionistas do proponente, o(s) controlador(es) societário(s) indireto(s) e o(s) intermediário(s) do proponente - observadas as definições contidas pela norma que rege transferência de controle societário, e os sócios ou acionistas desses controladores, as controladas, coligadas e de simples participação do proponente, com os respectivos sócios ou acionistas, observadas as definições contidas no Código Civil, e administradores, diretores, conselheiros e demais prepostos af ins.

Organograma do Corporativo do proponente, assinado pelo(s) representante(s) legal(ais) do candidato, conforme modelo disponível no site da CCEE.

Declaração de matrimônio, união estável e de parentesco consanguíneo ou af im, de que trata a Resolução Normativa no 570, de 2013.

Balanço Patrimonial e Demonstrações Contábeis dos três últimos exercícios f inanceiros,auditadas.

Certidão Negativa, ou Positiva com Efeitos de Negativa, Conjunta de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União.

Certidão Negativa, ou Positiva com Efeitos de Negativa, de regularidade f iscal para com a Fazenda Estadual/Distrital, inclusive quanto à Dívida Ativa.

Certidão Negativa, ou Positiva com Efeitos de Negativa, de regularidade f iscal para com a Fazenda Municipal.

Certidão Negativa, ou Positiva com Efeitos de Negativa, da Previdência Social (INSS).

Certidão negativa de falência e recuperação judicial expedida pelo Poder Judiciário da sededo candidato a Comercializador varejista com data de emissão não anterior a 60 (sessenta)dias contados da data de solicitação do agente ou dentro da validade, caso esta estejaimpressa na certidão.

No caso de habilitação de filial devem ser apresentadas certidões relativas à matriz e à própria filial. As certidõesreferidas nesse item deverão ser adequadas às disposições da Lei nº 11.101, de 09.02.2005, que regulamenta arecuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, conforme a situaçãode cada empresa.

Nome do Candidato a Agente:

CNPJ: Sigla:

Documentação : inicial complementar

14 Revisão 1.0

Vigência XX/XX/2015

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Submódulo 1.6 – Comercializador varejista

DOCUMENTOS PARA A HABILITAÇÃO DO VAREJISTA Comercialização Geração

Descrição DD DF DFR COM A PIE G

Certidão negativa de falência e recuperação judicial expedida pelo Poder Judiciário da sededo candidato a Comercializador varejista com data de emissão não anterior a 60 (sessenta)dias contados da data de solicitação do agente ou dentro da validade, caso esta estejaimpressa na certidão.

No caso de habilitação de filial devem ser apresentadas certidões relativas à matriz e à própria filial. As certidõesreferidas nesse item deverão ser adequadas às disposições da Lei nº 11.101, de 09.02.2005, que regulamenta arecuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, conforme a situaçãode cada empresa.

Certidão Negativa, ou Positiva com Efeitos de Negativa, do cadastro do Fundo de Garantiapor Tempo de Serviço da Caixa Econômica Federal (FGTS).

Certidão negativa de protestos e títulos.

Certidão negativa de débitos trabalhistas.

Formulário de Inventário de Bens, devidamente assinado pelo representante(s) legal(ais)do candidato.

Demais documentos comprobatórios.

Nome do Candidato a Agente:

CNPJ: Sigla:

Documentação : inicial complementar

15 Revisão 1.0

Vigência XX/XX/2015

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DOCUMENTOS Comercialização Geração

Documentos específicos para a habilitação da entidade representada DD DF DFR CL CE COM A PIE G

Contrato de Comercialização varejista e seu respectivo Anexo.(Firma Reconhecida)

Última fatura/conta de fornecimento e planilha com histórico dos últimos 12 mesesimediatamente anteriores à migração para o Ambiente de Contratação Livre.(Caso aplicável)

Carta Denúncia protocolada na distribuidora.(Cópia simples)

Instrumento comprobatório da instituição da comunhão de fato ou de direito, paraconjunto de unidades consumidoras.

Deverá constar do documento: I - compromisso de solidariedade entre os comungantes; II - indicaçãode seu representante Legal; III - declaração de ciência única para todas as unidades comungantes deque a falta de pagamento de fatura de compra de energia ou de uso de sistema de distribuição poderáimplicar interrupção do serviço para todas as unidades consumidoras, mesmo para as adimplentes, nostermos do art. 4º da Resolução Normativa nº 247, de 21 de dezembro de 2006; IV - No caso deunificação do conjunto de unidades consumidoras será necessária declaração assinada pelo(s)representante(s) legal(is), redigida de forma livre, de que as unidades estejam localizadas em áreascontíguas.

Declaração da distribuidora, informando se a data de ligação do candidato a agente éanterior ou posterior à data de publicação da Lei n° 9.074/1995 (08.07.1995).(Caso aplicável)

Consumidor Livre Consumidor Especial

Comercializador Distribuidor Autoprodutor de Energia Demais Geradores

DD Documento digitalizado Documento com firma reconhecidaDF Documento na forma física DFR CL CE

GPIE Produtor IndependenteAPEDCOM

16 Revisão 1.0

Vigência XX/XX/2015

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5. DESCRIÇÃO DE ATIVIDADES

Condições gerais para a habilitação do comercializador varejista

ATIVIDADE RESPONSÁVEL DETALHAMENTO PRAZO

Solicitar, a qualquer

tempo, a habilitação de

Comercializador Varejista.

Agente

O agente deve solicitar, a qualquer tempo, a habilitação

para Comercializador Varejista por meio do Sistema de

Gestão de Processos - SGP

N.A.

Validar/Recusar

informações de Cadastro. CCEE

A CCEE realiza as análises dos dados e valida as

informações e documentos. Caso identifique pendências,

comunica os agentes para que realizem as alterações.

Até 5du

Nomear Conselheiro-

Relator. CCEE

Após a regularização das pendências pelo agente, a CCEE

deve nomear o Conselheiro-Relator para o processo de

habilitação.

Até 10du

Legenda: du: dias úteis

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Vigência XX/XX/2015

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6. FLUXO DE ATIVIDADES

Habilitação do Comercializador varejista

Agente CCEE

Comercializador varejista

N.A.

Solicitar a habilitação do

Comercializador varejista

Até 5 du

Analisar a documentação e

informar eventuais pendências

Até 10 du

Sanar as pendências informadas

Fim

Até 10 du

Nomear Conselheiro-

Relator

Legenda: du: dias úteis

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Vigência XX/XX/2015

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7. ANEXOS

Não aplicável.

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