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FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER www.fab.mil.br Ano XXXVII Nº 9 Setembro, 2014 ISSN 1518-8558 Em 10 anos de serviço na FAB, o Super Tucano participou de diversas missões, como destruição de pista clandestina e interceptação de voos em áreas de fron- teira, além de ter contribuído para a for- mação de mais de 200 aviadores. Págs. 8 e 9 Mais de 13 mil soldados da Força Aérea Brasileira já receberam qualificação técnico-profissional no Projeto Soldado Cidadão. Veja, também, a história de um ex-militar que realizou um dos cursos e está exercendo a profissão. Pág. 10 Saiba os cuidados que você deve tomar para não incorrer em erros durante o período eleitoral. O NOTAER esclarece as condutas permitidas e as proibidas dentro das Organizações Militares e até nas redes sociais. Pág. 14 Super Tucano faz 10 anos Projeto Soldado Cidadão Condutas no Período Eleitoral FAB valida novas técnicas da Aviação de Transporte Pág. 7

NOTAER - Setembro de 2014

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FAB valida novas técnicas da Aviação de Transporte

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www.fab.mil.br Ano XXXVII Nº 9 Setembro, 2014 ISSN 1518-8558

Em 10 anos de serviço na FAB, o Super Tucano participou de diversas missões, como destruição de pista clandestina e interceptação de voos em áreas de fron-teira, além de ter contribuído para a for-mação de mais de 200 aviadores.Págs. 8 e 9

Mais de 13 mil soldados da Força Aérea Brasileira já receberam qualificação técnico-profissional no Projeto Soldado Cidadão. Veja, também, a história de um ex-militar que realizou um dos cursos e está exercendo a profissão.Pág. 10

Saiba os cuidados que você deve tomar para não incorrer em erros durante o período eleitoral. O NOTAER esclarece as condutas permitidas e as proibidas dentro das Organizações Militares e até nas redes sociais.Pág. 14

Super Tucano faz 10 anos Projeto Soldado Cidadão Condutas no Período Eleitoral

FAB valida novas técnicas da Aviação de TransportePág. 7

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Mudanças e Continuidades

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2 Setembro - 2014

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

CARTA AO LEITOR

Impressão e Acabamento:

Log & Print Gráfi ca e Logísti ca S.A

Expediente

Dispositivos Suspeitos: KeyloggerExistem diversos equi-

pamentos que podem ser utilizados para violar o sigilo das informações. Para orien-tar você na identificação de tais ameaças, o Centro de Inteligência da Aeronáutica (CIAER) inicia uma série de artigos intitulada “Disposi-tivos Suspeitos”.

O primeiro equipamento descrito desta série é o keylo-gger. Trata-se de um disposi-ti vo que tem como objeti vo

gravar ou transmiti r as teclas digitadas pela vítima. Essa captura ocorre por hardware, sendo indetectável pelos an-ti vírus e independentemente de sistema operacional.

Os keyloggers têm formas variadas, porém, tentam ser discretos. Normalmente são bem pequenos e fáceis de ocultar. Alguns modelos se parecem como um adaptador PS/2 (um padrão de conexão circular de seis pinos usa-

do por mouses e teclados normal-mente encontra-do nas cores roxa, rosa ou verde) ou USB (veja fi g. 1). Há dispositi-vos no mercado com capacidade de armazenamen-to de dois Gb, o equivalente a um milhão de páginas digitadas. Alguns modelos possuem

tecnologia wireless, permi-ti ndo que o atacante tenha a capacidade de acessar remo-tamente o resultado da coleta.

Para usar o keylogger, o atacante precisa estar fi sica-mente próximo ao computa-dor do alvo, ou, solicitar que um terceiro o faça. Assim, basta acessar o painel trasei-ro, remover o plug do teclado, encaixar o keylogger e conec-tar novamente no computa-dor (veja fi g. 2). Para coletar os resultados, o atacante deverá novamente acessar a máquina do alvo e executar o processo inverso. No entanto, se o equipamento de ataque usado ti ver capacidade wire-less, será possível resgatar os dados coletados em um lugar distante e seguro.

Há vários usos possíveis para os keyloggers. O principal, sem sombra de dúvida, é a co-leta de credenciais, como logins e senhas. Além disso, também pode ser usado para reproduzir

documentos que foram produzi-dos pela máquina do alvo.

Para se prevenir contra esse tipo de exploração, é necessário implantar uma política de monitoramento de hardware, onde o res-ponsável deverá verifi car as conexões dos computadores, procurando por qualquer dis-positi vo suspeito. Se porven-tura qualquer keylogger for encontrado em qualquer um dos computadores do Coman-do da Aeronáuti ca, o ofi cial de inteligência da organiza-ção deverá ser comunicado imediatamente. (Centro de Inteligência da Aeronáuti ca)

Nesta edição do NOTAER você vai acompanhar o Exercício Operacional Transportex 2014, que reuniu cerca de 600 militares durante 15 dias em Campo Grande. O treinamento serviu também para validar as novas técnicas da Aviação de Transporte em um cenário de guerra. Os voos ficaram mais baixos e os horários de lançamento de material e pessoal, mais fl exíveis.

Faz dez anos também que a FAB participa do Projeto Soldado Cidadão, do Ministério da Defesa. Em todo esse tempo, mais de 13 mil soldados já

receberam qualifi cação técnica para facilitar seu ingresso no mercado de trabalho. São oferecidos cursos em diversas áreas, em várias Organizações Militares de todo o país.

Outro trabalho social é o atendimento médico e odontológico disponibilizado pela FAB à população que, geralmente, não tem acesso a diversas especialidades. Esse foi o caso da Ação Cívico-Social (ACISO) realizada no Campo de Provas Brigadeiro Velloso, no Sul do Pará, benefi ciando comunidades que ficam a mais de 100 km da Unidade.

E no mês que vem ocorrerá o primeiro turno das Eleições. Durante esse período, estão vedadas algumas condutas dos militares dentro das Unidades e até nas redes

sociais. O NOTAER esclarece para você os pr incipais pontos. Fique atento!

Boa leitura!Brig Ar Pedrlo Luís Farcic

Chefe do CECOMSAER

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), voltado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic

Chefe da Divisão de Comunicação Inte-grada: Coronel Aviador Max Luiz da Silva Barreto

Chefe da Subdivisão de Produção e Divulgação: Coronel Aviador André Luís Ferreira Grandis

Chefe da Seção de Divulgação: Major Aviador Bruno Pedra

Chefe da Seção de Produção: Capitão Aviador Marco Aurélio de Oliveira Celoni

Chefe da Agência Força Aérea: Tenente Jornalista Humberto Leite

Editor: Tenente Jornalista João Elias (Re-gistro Profi ssional nº 8933 / RS) Repórteres: Ten JOR Emille Cândido, Ten JOR Evellyn Abelha e Ten JOR Iris Vasconcellos

Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná.

Diagramação e Arte: Ten FOT José Mau-ricio Brum de Mello, Sargento Emerson Guilherme Rocha Linares, Sargento Santiago Moraes Moreira, Sargento Marcela Cristi na Mendonça dos Santos e Cabo Pedro Henrique Sousa Bezerra.

Revisão: Cel Av Paulo César Andari, Cel Av Cláudio José Lopez David, Ten Cel Av Aloisio Secchin Santos, Ten Cel Av Emer-son Mariani Braga, Ten Cel Av Rodrigo Alessandro Cano.

Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencio-nada a fonte.

Comentários e sugestões de pauta so-bre aviação militar devem ser enviados para: [email protected] dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

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O Cidadão-MilitarTenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito

Comandante da Aeronáutica

“A farda não abafa o cidadão no peito do soldado”. A frase do Marechal Osório, dita em pleno Senado Fe-deral, ainda no século XIX, deixa claro o duplo papel dos militares em uma sociedade democráti ca.

Por um lado, somos militares. Temos a hierarquia e a disciplina como princípios basilares da nossa vida profi ssional. Juramos proteger a Pátria e prometemos lealdade e obediência às autoridades às quais estamos subordinados. O bom militar não discute ordens: as executa com maestria.

São as Forças Armadas verdadeiras legiti madoras da democracia brasileira. São nas asas e rotores das aerona-ves da Força Aérea, por exemplo, que urnas eletrônicas são distribuídas para inúmeras localidades e depois reco-lhidas com velocidade para dar àquelas famílias isoladas o direito de exercer sua cidadania. Mais do que isso, as Forças Armadas garantem a segurança da Nação.

Por outro lado, como cidadãos também parti cipamos do processo democráti co, ao exercer o direito do voto , e assim o fazemos livremente.

Contudo, como cidadãos-militares destacamo-nos pela discrição que caracteriza a postura isenta do mili-tar. Tal conduta, reconhecidamente inerente a qualquer militar das Forças Armadas, é fruto de valores permanen-temente culti vados na caserna, dos quais se destacam a disciplina, a justi ça e a imparcialidade.

PALAVRAS DO COMANDANTE

“São nas asas e rotores das aeronaves da Força Aérea, por exemplo, que urnas eletrônicas são distribuídas para inúmeras localidades e depois recolhidas com velocidade para dar àquelas famílias isoladas o direito de exercer sua cidadania.”

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ACONTECE

ANIVERSÁRIO

FELIZ ANIVERSÁRIO FELIZ ANIVERSÁRIO

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4 Setembro - 2014

Janela do meu escritório

Campeonato Mundial de Paraquedismo

A FAB convoca os pi-lotos civis e militares a participarem, com suas fotografi as, do concurso “Janela do meu escritó-rio”. Os registros devem ser feitos de dentro das aeronaves, em qualquer fase do voo. As imagens selecionadas irão com-por uma campanha em

A Equipe Falcões, for-mada por militares da FAB, vai representar o País no 38º Campeonato Mundial de Paraquedismo, de 17 a 28 de setembro, na In-donésia. A classifi cação foi conquistada com o primei-

Vestibular do ITA

Operação em Anápolis

Estão abertas, até o dia 15 de setembro, as ins-crições para o Vesti bular 2015 do Insti tuto Tecnoló-gico de Aeronáuti ca (ITA). São oferecidas 170 vagas, além das 10 já reservadas para quem é Oficial das Forças Armadas. O ITA possui seis cursos de Enge-nharia: Aeroespacial, Aero-

Acontece até o dia 18 de setembro, na Base Aé-rea de Anápolis (BAAN), a Operação BVR2/Sabre com a parti cipação de todas as unidades aéreas subordi-nadas à III FAE. Ao total, são cerca de 15 esqua-

náuti ca, Civil-aeronáuti ca, Mecânica-aeronáuti ca, Ele-trônica e de Computação. As provas de Português, Inglês, Física, Matemáti ca e Química serão aplicadas de 9 a 12 de dezembro em todas as regiões do país.

As inscrições devem ser realizadas pelo site www.vestibular.ita.br

drões, 60 aeronaves e 500 militares. Estão sendo rea-lizadas diversas ati vidades como: Controle e Alarme em Voo, Reabastecimento em Voo, Varredura, Ata-que, Defesa Antiaérea e Reconhecimento Aéreo.

homenagem ao Dia do Aviador e, também, serão divulgadas no Facebook, Twitt er e Instagram, além de fazerem parte de uma exposição iti nerante. O ta-manho mínimo do arquivo deve ser de dois MB e o prazo máximo para envio é dia 28 de setembro pelo e-mail [email protected]

ro lugar geral e na categoria FQL-4 (Queda livre com qua-tro paraquedistas) durante o Campeonato Brasileiro de Paraquedismo das Forças Ar-madas, em agosto. Os atletas são do efeti vo da CDA, BACO, Esquadrão Puma e CPOAER.

Quer ver sua unidade no NOTAER? Mande sua notí cia pelosistema Kataná. Não tem senha? Cadastre-se pelo e-mail:

[email protected]

Segundo Esquadrão do Terceiro Grupo de Avia-ção - 2º/3º GAV25/09 - 19 anos

Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Avia-ção - 1º/3º GAV28/09 - 19 anos

Hospital de Aeronáuti ca de São Paulo - HASP

19/09 - 35 anos

Prefeitura de Aeronáuti ca de Brasília - PABR

15/09 - 54 anos

Escola de Aperfeiçoamen-to de Ofi ciais da Aeronáu-ti ca - EAOAR01/09 - 67 Anos

Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáu-ti ca - CIAAR26/09 - 31 anos

Base Aérea de Fortaleza BAFZ

21/09 - 78 anos

Insti tuto de Psicologia da Aeronáuti ca - IPA

15/09 - 47 anos

Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação 3º/8º GAV 09/09 - 34 anos

Serviço Geral de Corres-pondência e Arquivo da Aeronáuti ca - SEGECAE 29/09 - 69 anos

Universidade da Força Aérea - UNIFA

26/09 - 31 anos

Terceiro Esquadrão do Séti mo Grupo de Aviação 3º/7º GAV27/09 - 24 anos

Prefeitura de Aeronáu-ti ca de Manaus - PAMN

12/09 - 42 anos

Segunda Força Aérea II FAE

01/09 - 44 anos

Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação - 1º/15º GAV17/09 - 44 anos

Quarto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comu-nicação - 4º/1ºGCC11/09 - 29 anos

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5Setembro - 2014

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

Brigadeiro do Ar Ricardo Reis Tavares

Em busca de ensinamentos para prevenir acidentes

Natural de Campos dos Goyta-cazes (RJ). Praça de 01/03/1980, tendo sido declarado Aspirante em 12/12/1985.

Principais cargos: Chefe da manu-tenção da 2ª ELO e da AFA; Coordena-dor do Estágio de Extensão para SO/SGT BMA na AFA; Instrutor de Voo na AFA; Chefe da Seção de Comunicação Social e da Seção de Operações do Esquadrão de Demonstração Aérea; Comandante do Esquadrão de De-monstração Aérea; Chefe da Assessoria de Organização, Doutrina, Ensino e

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Um acidente aeronáutico chama a atenção de todos os segmentos da sociedade. Quando o número de mortos é alto ou há uma fi gura pública a bordo, a comoção se multi plica e, consequentemente, o desejo de respostas rápidas. Esse é o desafi o enfrentado pelo CENIPA, organização militar da Força Aé-rea Brasileira responsável por in-vesti gar acidentes aeronáuti cos com o objeti vo de prevenção.

Investigadores de plantão recebem a noti fi cação de que um acidente aconteceu. A equipe se desloca imediatamente para o local da tragédia. Essa fase tem o nome de Ação Inicial e signifi ca a coleta de dados e materiais im-portantes para se compreender o porquê do acidente.

Além do kit e do manual de investigação, os técnicos levam a disposição de executar seu trabalho em meio a perdas humanas e materiais. O obje-

ti vo não é saber quem errou, mas conhecer os fatores que contribuíram para o acidente e preveni-los o quanto antes, protegendo a aviação brasilei-ra de uma ocorrência com as mesmas característi cas.

No local do acidente, o investigador fotografa cenas, localiza gravadores de voo (cai-xas-pretas), retira partes da aeronave para análise e busca evidências como indícios de fogo, marcas de superaqueci-mento, posição dos comandos, desmembramento de partes (ocorrido antes ou depois da queda), condições dos motores e do trem de pouso, entre outras.

Os acidentes aeronáuticos ocorrem por uma sequên-cia de fatores contribuintes encadeados. Isoladamente, nenhuma falha impediria um voo seguro. No entanto, a soma delas resulta no aci-dente. Para prevenir, sem-

pre que identifica um fator contribuinte, o CENIPA emite Recomendação de Segurança de Voo (RSV).

A necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes possíveis (e até levantar hipó-teses) garante a liberdade de tempo para a investi gação. Des-sa forma, não há prazo defi nido para a conclusão de qualquer investigação conduzida pelo CENIPA, dependendo sempre da complexidade do acidente.

As bases da pesquisa Os três grandes fatores

investigados são Operacional, Material e Humano. Para essa atividade, é designada uma Comissão de Investigação formada por pilotos, enge-nheiros, mecânicos, médicos e psicólogos.

O CENIPA possui um la-boratório de dados de voo (LABDATA) capaz de extrair e analisar as informações con-

ti das nas caixas-pretas: Flight Data Recorder (gravador de dados) e Cockpit Voice Recor-der (gravador de voz). Desde 2007, o laboratório já realizou a leitura de 232 gravadores. O CENIPA só recorre ao exterior caso o nível de danos ocasio-nados ao equipamento seja alto, pois somente o fabricante tem os últi mos recursos para acessar o dado.

Relatório Final – a investi -gação se torna pública

O documento oficial de

uma investigação é o Relató-rio Final. Ele resgata o históri-co da ocorrência, apresenta as informações factuais, análise dos elementos de investiga-ção, conclusões e Recomen-dações de Segurança de Voo. Este relatório, assinado pelo Comandante da Aeronáutica, é publicado no site do CENIPA (www.cenipa.aer.mil.br), para acesso de todos os interessa-dos. (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)

Operações do Gabinete do Comandante da Aeronáuti ca – GC-3; Chefe da Assesso-ria de Cerimonial e Transporte Aéreo do Gabinete do Comandante da Aeronáu-ti ca – GC-2; Comandante do Corpo de Cadetes da Aeronáuti ca; Adido de Defesa e Aeronáuti co na Bolívia; Chefe da Seção Jurídica da Primeira Subchefi a do EMAER.

Horas de voo: Possui mais de 5.000 horas de voo.

Principais Condecorações: Medalha Ordem do Mérito da Defesa – Grau Ofi -cial; Medalha Ordem do Mérito Aeronáu-ti co – Grau Ofi cial; Medalha da Vitória;

Medalha Militar de Ouro; Medalha Mérito Santos-Dumont; Medalha do Pacifi cador; Medalha Marechal Trom-powsky; Medalha Brigadeiro Nero Moura; Mérito Militar Coronel Eduardo Avaroa - Grau Ofi cial - Forças Armadas da Bolívia; “Mérito Aeronáuti co” Grau Ofi cial – Força Aérea Boliviana; Conde-coração ¨Colorados de Bolívia¨ - Grau Gran Ofi cial do Círculo de Ofi ciais da Arma de Infantaria – Bolívia.

Cargo Designado: Chefe da Se-gunda Subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica.

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AÇÕES

Militares montam infraestrutura de combate

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6 Setembro - 2014

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Os Esquadrões Escorpião (1°/3° GAV), Grifo (2°/3° GAV) e Flecha (3°/3° GAV) parti ciparam juntos de uma operação no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), localizado na Serra do Cachimbo, no Sul do Pará. O objeti vo foi realizar o emprego armado das aeronaves A-29 Super Tucano operadas pelos três esquadrões.

Ao todo, 25 aeronaves Super Tucano e quase 300 militares parti ciparam das ati vidades. Segundo o Comandante do 3°/3° GAV, Tenente-Coronel Aviador Hen-rique Do Espírito Santo, o ganho está na troca de experiências. “Cada unidade aérea traz uma bagagem de conhecimento. A troca é muito positi va”, afi rmou.

No exercício, os pilotos colocaram em práti ca diversas ações, como lançamentos a grande alti tude, que simula ataque a um alvo sendo defendido por arti lharia an-ti aérea, ou o lançamento a baixa alti tude, simulando ataque a um alvo sem defesa.

Foi realizado, também, no estande de ti ro, o lançamento de bombas com auxílio de iluminação especial e dos óculos de visão noturna (NVG – da sigla em inglês para Night Vision Goggles). Além disso, durante a operação, o treinamento capacitou os pilotos para coordenarem uma esquadrilha no emprego ar-solo, com bombas e foguetes.

Cerca de 100 militares parti ciparam do Estágio de Intendência Operacional, em Gua-rati nguetá (SP). A formação práti ca e teórica prepara aspirantes-a-ofi cial de Intendência e sargentos de diferentes especialidades da Força Aérea Brasileira para atuarem no planejamento e na montagem da infraes-trutura de operações militares ou de ajuda humanitária em todo o País e também no exterior. Ao longo de 18 dias, os militares parti ciparam de palestras, aulas teóricas, além de ofi cinas sobre lavanderia, hidráulica, elétrica e montagem de barracas. No fi nal, o grupo fez uma prova e apresentou projetos de planejamento de apoio a operações.

Militares de Organizações subordinadas ao Departa-mento de Ciência e Tecnolo-gia Aeroespacial (DCTA) par-ti ciparam de um treinamento

O Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV) realizou o pri-meiro Treinamento de CASE-VAC (da sigla, em inglês, para Casualty Evacuati on). A fi na-lidade foi treinar os militares para recuperação de víti mas isoladas em situação de perigo. O exercício foi composto por uma fase teórica e uma fase práti ca, realizada na Base Aérea de Campo Grande (BACG).

para realizar o salvamento e o resgate das cargas úteis de foguetes, ou seja, a parte onde estão experimentos e pesquisas. Eles se tornaram aptos a atuarem na recupera-ção de materiais que caírem no mar durante os lança-mentos. Entre as ati vidades, foi realizada a infi ltração e exfi ltração, que é o acesso da equipe a determinada área por meio de rapel, tendo por base um helicóptero Black Hawk do Esquadrão Pantera.

Na fase práti ca, equipes compostas por três militares especializados em resgate aplicaram conhecimentos de protocolos internacio-nais de comunicação para acionamento do CASEVAC, progressão táti ca no terreno, cuidados médicos sob fogo, cuidados médicos no terreno táti co, reti radas de feridos e cuidados médicos em voo.

Esquadrão treina evacuação de vítimas em perigo

Resgate de cargas de foguetes

Esquadrões de caça participam de treinamento conjunto no Sul do Pará

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Os voos fi caram mais baixos e os horários de lançamentos de material e pessoal mais fl exíveis.Ao lado, uma carga sendo lançada de uma aeronave a cerca de 1,5 m de altura.

7Setembro - 2014

OPERACIONAL

Aviação de Transporte da FAB treina novas técnicas Da preparação ao lançamento

O cenário s imula uma área de combate que

exige táticas para adentrar em ambiente hostil sem ser detectado ou atingido por inimigos. As novas técnicas para voar nesse tipo de si-tuação foram validadas du-rante o exercício operacional Transportex 2014, realizado em Campo Grande (MS), de 11 a 26 de agosto. Cerca de 600 militares participaram do treinamento, que reuniu todos os esquadrões da avia-ção de transporte da FAB.

Os voos ficaram mais baixos e os horários de lan-çamentos de material e para-quedistas mais fl exíveis para impedir que a aeronave seja detectada por radares. Uma maior análise de inteligência foi feita para identificar o momento oportuno para agir. “As novidades permitem que os esquadrões de transporte realizem missões, em qual-quer lugar do mundo, com padrões compatíveis aos atuais procedimentos utili-zados no cenário da guerra moderna”, afirma o piloto

A preparação da carga é feita de acordo com o seu peso que pode variar de 90 a 2400 Kg. Todo o material é montado e acondicionado na aeronave com o auxílio do loadmaster. De acordo com o Mestre de Carga, Sargento Maia, do Esqua-drão Arara, todo o material é vistoriado e ajustado para que o lançamento seja fei-to com sucesso. “A gente prepara a carga. Depois, quando decola, faz as revi-sões previstas”, ressalta ele.

Procedimentos são re-alizados também no solo,

da aeronave C-130 Hércules, Tenente Portella, do 1º GTT.

Outra novidade treinada na Transportex foi o lançamen-to de material pesado (heavy) com a utilização de óculos de visão noturna (NVG). “O objetivo é ter uma doutrina de emprego a qualquer hora do dia ou da noite. As missões com o NVG dão oportunidade de lançar mais toneladas de su-primentos para tropas”, explica o coordenador do treinamento em NVG na Transportex, Capi-tão Aviador Américo.

Além das aeronaves de transporte, caças F-5 e E-99 - de vigilância aérea - par-ticiparam do exercício para simular ameaças aéreas. No solo, mísseis portáteis do Segundo Grupo de De-fesa Antiaérea (GDAAE), de Manaus, estavam a postos. A atividade testou não só a atuação da tripulação, mas os sistemas de autodefesa das aeronaves C-130 Hér-cules e C-105 Amazonas. A coleta e análise das lições aprendidas após cada even-to apontaram os acertos e

onde uma equipe prepara a área para receber a car-ga. “Na zona de lançamen-to, são necessárias pessoas especializadas em equipa-mentos de voo; um prisma para demarcar o alvo; a demarcação de 50 em 50 metros em sistemas horá-rios, para que seja marcada a forma do lançamento; e muita segurança”, explica o Sargento Especialista em Equipamento de Voo Klinger. Os lançamentos podem ser feitos das aero-naves Bandeirante, Amazo-nas e Hércules.

os ajustes necessários para aperfeiçoar as técnicas.

Durante a operação, as aeronaves também fizeram reabastecimento em voo e lançaram paraquedistas do Exército na modalidade salto livre operacional noturno. Os militares parti ciparam, ainda, das instruções de ti ro e com-bate SAR para evasão em caso de queda ou pouso forçado em território inimigo. “Nosso pro-pósito é melhorar a capacidade operacional da Força e na Trans-portex ti vemos um laboratório rico em táti cas que elevarão o nível dos nossos tripulantes e, consequentemente, da FAB. O treinamento é essencial para manter nossa profi ciência téc-nica”, ressalta o Comandante da Quinta Força Aérea (V FAE), Brigadeiro do Ar Roger.

A reedição da doutrina vem sendo estudada desde 2012, quando uma tripulação do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) parti cipou da Maple Flag, operação cana-dense de guerra aérea. Do exer-cício, foram extraídas as táti cas usadas internacionalmente. FO

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Todo material é preparado e checado antes do lançamento

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XXXXXXXXXXXXXXAERONAVE

Setembro marca os dez anos da entrada em ser-

viço, na Força Aérea Brasi-leira, do A-29 Super Tucano. Desenvolvida pela Embraer, a aeronave criou, inicialmen-te, muita expectativa, afinal, depois de 22 anos formando novos pilotos de caça nos jatos AT-26 Xavante, o Es-quadrão Joker iria cumprir a mesma missão com um tur-boélice. O tempo mostrou que a decisão foi acertada. Desde 2005, 235 Aviadores concluíram o curso de caça no Super Tucano. E os resul-tados são satisfatórios.

“O A-29 cumpre plena-mente a função de formar o piloto de caça”, resume o Comandante da Terceira Força Aérea, Brigadeiro Mário Luís da Silva Jordão. Segundo ele, mais importante que o desem-penho em termos de velocida-de ou alti tude, por exemplo, é a eletrônica de bordo.

Quando a aeronave en-trou em serviço, era conside-rada a mais moderna da FAB. Isso tornou mais fácil adaptar

os novos pilotos às aeronaves recebidas nos anos seguintes, como os F-5 modernizados, que começaram a chegar em 2006. “Depois de passar pelo A-29, quando o piloto vai para a primeira linha, ele não sente diferença nenhu-ma. Na verdade, caças mais modernos, como o Gripen NG, tornaram mais fácil a pi-lotagem, e os futuros pilotos de combate precisam ter maior treinamento na área de gestão de sistemas e das informações de missão, que é a parte mais difí cil”, completa o Comandante do Esquadrão Joker, Tenente-Coronel Rô-mulo Couti nho Lucas.

Ao longo de dez anos, o Esquadrão Joker voou mais de 58 mil horas em sua frota de Super Tucano, aproxima-damente um quarto do já voado por todos os países que utilizam o avião fabrica-do pela Embraer. Projeto sob encomenda

A história do Super Tuca-no começa dentro da própria FAB. Data do início da década

de 90 o documento elaborado pelo Estado-Maior da Aeronáu-ti ca (EMAER) com os pré-requi-sitos de uma nova aeronave de baixo custo operacional. A aeronave deveria atender aos objeti vos de treinar pilotos de caça, além de cumprir missões de ataque e interceptar aero-naves de pequeno porte que tentassem sobrevoar o Brasil sem autorização.

Notícias de destaque internacional, como o abate de aeronaves do narcotráfico internacional sobre a Colôm-

bia ou a destruição de pistas de pouso clandestinas na Amazônia brasileira, fizeram o produto da Embraer se tornar conhecido como um projeto inovador.

Atualmente, a empresa já recebeu mais de 200 enco-mendas da aeronave, sendo 99 para a FAB. O Super Tucano já foi exportado para diversos países, como Angola, Burkina Faso, Chile, Colômbia, Equa-dor, Estados Unidos, Indo-nésia, Mauritânia, República Dominicana e Senegal.

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8 Setembro - 2014

Super Tucano completa 10 anos na FAB

Ações de ataque e interceptação de aeronaves Eram três horas da ma-

nhã. O sensor infravermelho FLIR (Foward Looking Infrared) mostrava claramente a pista cladestina no meio da selva Amazônica, na região conheci-da como “Cabeça do Cachorro”, na fronteira com a Colômbia. De repente, um clarão: era o impacto das primeiras bom-bas lançadas por quatro A-29 da Força Aérea Brasileira. Um total de oito bombas de 230 kg tornou impossível qualquer pouso ou decolagem ali.

A cena real, ocorrida em agosto de 2011, se repetiu

mais duas vezes durante a pri-meira Operação Ágata. Menos de um ano depois, novamente os A-29 destruíam mais duas pistas de pouso ilegais, dessa vez em Roraima.

Não foi a única forma de difi cultar a atuação de crimi-nosos internacionais. A frota de A-29 dos Esquadrões Escor-pião, Grifo e Flecha já realizou inúmeras interceptações em voos irregulares ou ilegais na região de fronteira. As mis-sões não são divulgadas, mas a integração com os órgãos de segurança já significaram

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Ações de ataque e interceptação de aeronaves Aeronave da Fumaça

prisões ocorridas, mesmo sem os criminosos saberem que seus voos eram acompanhados pelos caças da FAB.

Em junho de 2009, ocor-reu o primeiro caso, publica-mente conhecido, do “ti ro de aviso”. Trata-se da últi ma fase das medidas de policiamento do espaço aéreo antes do chamado “ti ro de detenção”. Até hoje, nunca foi ne cessário derrubar nenhuma aeronave. Todos os voos irregulares ou ilegais foram persuadidos a se-guirem as determinações das aeronaves de defesa aérea.

O Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), a conhecida “Esqua-drilha da Fumaça”, recebeu seus primeiros Super Tucano, em 2013, para substi tuir os Tucanos. Desde então, o EDA está fazendo treina-mentos com os pilotos nas mais va-riadas condições e em localidades como Natal (RN), Santa Maria (RS), Anápolis (GO) e Campo Grande (MS). O voo com sete aeronaves já pôde ser visto, por exemplo, durante o evento Portões Abertos da Academia da Força Aérea, no mês passado, mas ainda não há uma data defi nida para o início das demonstrações.

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Em 10 anos de existência, o Projeto Soldado Cida-

dão já qualifi cou mais de 13 mil soldados na Força Aérea Brasileira. O programa, distri-buído por todos os Comandos Aéreos Regionais, surgiu em 2004 e tem a missão de ofe-recer qualificação técnico--profissional aos recrutas, facilitando seu futuro ingres-so no mercado de trabalho.

O Soldado Danilo dos Santos Carmo participou, em julho, do curso de Re-frigeração e Climatização na Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP). Para ele, foi uma experiência única. “Temos a possibilidade de adquirir conhecimentos es-pecializados em uma escola que tem tradição, como o Berço dos Especialistas, sem custo, e concorrer a emprego em empresas”, afirmou.

A seleção dos jovens é realizada na Organização Militar, de acordo com as

vagas oferecidas. Cada curso tem carga horária mínima de 160 horas e os soldados recebem também orienta-ções específicas de cidada-nia e empreendedorismo. A participação na iniciativa é voluntária e prioriza os militares que, em tese, te-

riam mais dificuldades de atender as demandas do mercado. “Cada participante do projeto não é apenas um número, não é apenas um soldado, mas uma família inteira beneficiada pelo cur-so”, ressalta o Coronel David Sabino Pereira, Coordenador

do Projeto Soldado Cidadão no âmbito da Aeronáutica.

São oferecidos cursos em diversas áreas como te-lecomunicações, mecânica, alimentação, eletricidade, comércio, transportes, infor-mática, vigilância e saúde. A quantidade de vagas ofere-

cidas e a área de cada curso dependem das parcerias firmadas com instituições públicas ou privadas, como o Senai, Senac, Sebrae e Fundação Nokia, de acordo com a missão específica de cada unidade.

Em cada unidade, um representante do Projeto é o responsável pelas fases de negociações, custos e parcerias com as empresas locais. “O trabalho desses elos é crucial. São eles os responsáveis pela execução diária e pontual do pro-grama e pelo crescimento do projeto no país inteiro. Nosso orçamento é limitado e é o trabalho direto com as empresas parceiras que per-mite a realização de grandes coisas”, destaca o Coronel.

Segundo dados do Minis-tério da Defesa, aproximada-mente 67% dos jovens parti -cipantes do Soldado Cidadão conseguem emprego após a conclusão do Serviço Militar.

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10 Setembro - 2014

PROJETO

Soldado Cidadão qualifica mais de 13 mil militares

Cerca de 67% dos parti cipantes do Projeto conseguem emprego após o Serviço Militar

Atualmente o ex-soldado atua em uma clínica odontológica

De soldado a auxiliar de próteses dentárias

O carioca César Lean-dro Rieger, de 25 anos, faz parte de uma das histórias de sucesso do Projeto Soldado Cidadão. Recruta da FAB entre os anos de 2009 e 2012, César pas-sou por diversas unidades sediadas no Rio de Janeiro até conhecer o Projeto, enquanto servia na Odon-toclínica de Aeronáuti ca Santos Dumont (OASD).

“Descobri que havia vagas abertas através de uma das edições do NO-TAER. Estava terminando

meu tempo de serviço e não deixei passar a oportunidade que a Aeronáuti ca estava me oferecendo”, lembra.

Ele se candidatou, en-tão, ao curso de Auxiliar de Saúde Bucal. “Obtive uma boa pontuação no curso e, por causa dos conheci-mentos que obtive nele, fui aprovado em três concursos municipais assim que saí do serviço militar. Depois, optei por uma vaga que me foi oferecida em uma empresa aqui no Rio de Janeiro, e hoje já atuo como auxiliar de

próteses dentárias em uma clínica da capital”, ressalta.

Para o ex-soldado, o tempo servido na Aeronáuti ca foi de grande impacto na sua for-mação pessoal e profi ssional. “Guardo com muito carinho os quatro anos que passei na FAB. Meu sonho sempre foi conti nu-ar na carreira militar e por isso meu objeti vo é terminar minha especialização, crescer na car-reira, conseguir meu diploma na faculdade e, quem sabe, voltar a servir à Força Aérea, agora como ofi cial do Quadro de Denti stas”, fi nalizou.

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11Setembro - 2014

SOCIAL

Odontoclínica de Brasília participa da ACISO

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FAB leva atendimento a militares e comunidade

Reencontro no CPBV

Profissionais de saúde da Força Aérea Brasileira

participaram de uma Ação Cívico-Social (ACISO) no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), no Sul do Pará. A ACISO foi dividida em duas partes: uma, interna, para familiares e militares do efetivo; e outra, aberta, para a comunidade das cida-des em volta do Centro. Ao todo, foram atendidos cerca de 850 pacientes.

Uma estrutura especial, com três salas adaptadas para os atendimentos odontológi-cos e com quatro Unidades Celulares de Saúde adaptadas para os atendimentos médi-cos, foi montada para a ação. No total, 36 militares do VI COMAR e da Odontoclínica de Brasília parti ciparam da ação.

No primeiro dia, o Soldado Daniel Vieira Santos Silva le-

especialidades dentí sti ca, pe-riodontia, odontopediatria, endodonti a e cirurgia.

A ação, além de apro-ximar a população da FAB, tem o objetivo de orientar os pacientes sobre os cuida-dos necessários para evitar doenças futuras. “Nós prio-

Prevenção. Esse foi o foco da parti cipação da Odon-

toclínica de Aeronáuti ca de Brasília (OABR) na Ação Cívi-co-Social do Campo de Provas Brigadeiro Velloso. Catorze militares, entre dentistas e auxiliares, realizaram um to-tal de 200 atendimentos nas

Em 2012, Andressa Spaniol, grávida e em trabalho de par-to, buscou ajuda no Campo de Provas Brigadeiro Velloso. Ela foi encaminhada ao posto médico do CPBV, onde teve seu fi lho aos sete meses de gravidez. O pequeno João Victor conseguiu sobreviver, embora tenha sofrido duas paradas cardíacas.

Após receberem o tratamento inicial, a mãe e o recém-nascido contaram com a ajuda do Esquadrão Har-pia (7°/8° GAV) que, com o helicóptero Black Hawk, fez a transferência deles para a cidade de Castelo dos Sonhos, no Mato Grosso, onde há hospital com UTI e unidade neonatal.

No mês passado, a mãe levou o menino ao CPBV durante o evento Portões Abertos para agradecer a assistência rece-bida. “A FAB salvou a vida do meu fi lho, que é uma criança saudável. Sou muito agradecida”, fi nalizou.

vou a sobrinha Maria Eduarda, de 10 anos, ao oft almologista. “É uma forma de colocar os nossos familiares em contato com a Aeronáuti ca e propor-

rizamos a parte de orienta-ção preventiva e realizamos procedimentos curativos emergenciais”, afirmou o Diretor da OABR, Coronel Dentista Wilson Guilherme da Silva Leão.

Com dez anos de idade e apenas uma cárie, a pequena Júlia Fernandes passou pela oficina de escovação e, em seguida, recebeu tratamento bucal. “Gostei muito. Agora não sinto dor e vou cuidar me-lhor dos meus dentes”, disse.

Segundo a Tenente Den-ti sta Priscila Pereira, esse ti po de ação educati va é funda-mental. “Nós orientamos que a saúde bucal é muito impor-tante, afi nal, um dente mal cuidado também pode causar doenças graves”, fi nalizou.

cionar a eles atendimento de saúde, o que lá na cidade é muito difí cil”, afi rmou ele.

Com problemas no pé, Ernaldo Sihn de 50 anos,

Cerca de 850 pacientes foram atendidos em dois dias de ACISO no CPBV

pai do Soldado Gustavo Sihn, foi ao clínico geral e ao ortopedis-ta. “Essa ação é uma oportu-n idade ún ica . Além de conhe-cer o trabalho do meu filho, eu fui atendido e ainda recebi al-guns remédios”, ressaltou.

Já no dia se-guinte, o foco foi o público exter-no, que compa-receu ao CPBV para participar do do evento

“Portões Abertos” e receber atendimento de saúde. Em menos de 24 horas, quatro mil pessoas passaram pelo hangar da unidade; dessas,

500 receberam atendimen-tos odontológicos e médicos nas especialidades de pedia-tria, ginecologia, ortopedia e oftalmologia.

Luciano Romaes, de 62 anos, é técnico de uma escola em Matupá no Mato Grosso. Com o objeti vo de ser atendido pelo otorrinolaringologista, ele viajou cerca de 100 km de ônibus até o CPBV. “Achei tudo muito organizado. Vim apenas para um médico, mas como tem uma variedade grande aqui, eu vou a outro”, afi rmou.

Segundo o coordenador da ação, Major Médico Fábio Ama-deu, a diversidade das especiali-dades médicas é um dos desta-ques da ACISO. “Os moradores das cidades próximas ao CPBV não têm acesso a profi ssionais de todas as especialidades. Por isso, essa ação cívico-social é tão positi va”, fi nalizou.

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aviação de transporte. Em outra reportagem, você vai conhecer o dia a dia de treinamento da Seleção Brasileira de Badminton, que é formada por Sargentos da FAB.

Correio Aéreo Nacional e as revoluções dos anos 1930. O programa do dia 18/09 exibe, também, como foi a criação do Ministério da Aeronáutica.

militares e cerca de 60 aeronaves na Base Aérea de Anápolis. Os 15 Esquadrões da Força Aérea Brasileira treinaram em um cenário fi ctí cio e dinâmico de guerra.

programa, que vai ao ar no dia 04/09. Ele vai falar sobre os 4.600 relatos de ocorrências envolvendo aviões e animais nos aeroportos do Brasil.

Um dos destaques do programa do dia 21/09 é a Operação Transportex. O exer-cício reuniu todos os esquadrões da

No quarto episó-dio sobre os 100 anos do Campo dos Afonsos, o FAB na História mostra as aventuras do

O programa do dia 25/09 exibe todos os acontecimentos da Operação BVR2/Sabre, exercício que reuniu mais de 500

O Chefe de Ge-renc iamento de Risco de Fauna do CENIPA, Tenente--Coronel Henrique Rubens de Oliveira, é o entrevistado do

O Chefe de Ge-renc iamento de Risco de Fauna do CENIPA, Tenente--Coronel Henrique Rubens de Oliveira, é o entrevistado do

12 Setembro - 2014

MÍDIAS DA FAB

Veja a seguir imagens enviadas pelos Elos do Sistema de Comunicação Social da FAB para serem publicadas em nossas mídias sociais:

O Tenente Adriano Takeo Oba, do Esquadrão Falcão (1º / 8º GAV), contribuiu com o nosso Instagram. Na imagem, o por do sol em Palmas (TO) visto de dentro do Helicóptero EC-725 Caracal. A foto foi ti rada pelo Tenente Aviador Bernardo Ferreira do Carmo.

O Capitão Aviador Diego Nascimento de Oliveira, do Esquadrão Gordo (1º/1º GT), enviou a foto do Esquadrão realizan-do treinamento de busca e lançamento de bote em Florianópolis (SC). A imagem, que mostra os militares a bordo do C-130 Hércules, foi publicada em nosso Twitter no dia três de agosto.

Uma foto do Cristo Redentor, visto com óculos de visão noturna (NVG), ti rada a bordo do BlackHawk, do Esquadrão Pan-tera (5º/8º GAV), foi enviada pela Tenente Relações Públicas Fabiana Fraga Cintra, da Base Aérea de Santa Maria. O momento foi capturado pelo Sargento Cláudio da Silva Junior e postado em nosso Twitt er.

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13Setembro - 2014

SOLIDARIEDADE

GESTÃO

Duas ou três vezes por semana, às sete horas da

manhã, o Coronel Denti sta da Reserva da Força Aérea Brasi-leira, César Junqueira, chega à Central de Abastecimento de Pernambuco (CEASA). No local, ele arrecada alimentos doados pelos comerciantes e depois realiza a entrega dos produtos em comunidades carentes da cidade. É o Projeto Amigos, criado em janeiro deste ano. “O nosso lema é: Recolher de quem quer doar e entregar para quem necessita receber”, enfati zou o Coronel César.

O comerciante Gilson José da Silva contribui com a doa-ção de batata doce. “Vale a pena a gente ajudar o nosso amigo. É muito grati fi cante. Se todos fi zessem o que ele faz, o mundo seria outro”, diz ele.

O Coronel transporta cai-xas com frutas, verduras e legumes doadas pelos co-merciantes para uma das instituições apoiadas. Em um dia de trabalho, chega a percorrer por Recife e Região Metropolitana quase 200 km, entregando os alimentos arre-cadados. Mas, como o Projeto é itinerante, pode chegar também a comunidades do interior do Estado.

A iniciativa conta com a ajuda de 15 voluntários que recebem doações de produtos de padarias parceiras e fazem a ponte entre quem quer doar e quem vai receber os alimentos.

“Para a realização destes trabalhos, apenas dispomos da boa vontade e do apoio daqueles que nos ajudam. Felizmente, a vida vem nos

abrindo portas, criando opor-tunidades que acreditamos surgirem devido à seriedade do trabalho e seu propósito no bem, contribuindo assim para a formação de um mundo melhor”, ressaltou o Coronel.

Entre as atividades de-sempenhadas, destaca-se o levantamento de asilos de idosos, creches e orfanatos em Pernambuco, e, de acordo com o grau de necessidade de cada estabelecimento, desen-volver campanhas e direcio-

nar as doações. São atendidas 25 insti tuições e cerca de 550 crianças e idosos. Em oito meses, o Projeto Amigos já ar-recadou e repassou sessenta mil quilos de alimentos e cinco mil litros de sopa.

O coronel realiza tam-bém campanha de coleta de roupas usadas, brinquedos, cestas básicas, utensílios, eletrodomésti cos e móveis, que são todos encaminhados para os mais necessitados. Além disso, são promovidas

campanhas assistenciais de promoção de saúde e inclu-são social para os moradores das comunidades atendidas.

“Essa paz interior que eu sinto depois de um dia inteiro de trabalho é a minha gratificação. O meu pai fez isso até os 91 anos de idade. A minha mãe, hoje com 85 anos, ainda faz trabalhos voluntários, meus irmãos também. Eu vejo tantas pes-soas fazendo, eu não quero parar”, conclui ele.

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O Coronel César Junqueira arrecada alimentos na CEASA para doar a comunidades carentes

Coronel da FAB faz trabalho voluntário e ajuda comunidades carentes

SEFA entrega o 1o Prêmio “Destaque Execução Contábil do COMAER”

O Secretário de Economia e Finanças da Aeronáu-

ti ca, Tenente-Brigadeiro do Ar Antônio Franciscangelis Neto, acompanhado de equi-pe da Subsecretaria de Con-tabilidade da SEFA, entregou o 1o Prêmio “Destaque Exe-cução Contábil do Comando da Aeronáuti ca” ao Núcleo de Hospital de Força Aérea de São Paulo (NuHFASP) e à Prefeitura de Aeronáuti ca de São Paulo (PASP), em ce-rimônia realizada na capital paulista. Essas Organizações foram as que obtiveram melhor performance na exe-

cução contábil no Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) entre julho de 2013 e junho de 2014, na avaliação da Secretaria.

O Prêmio, criado no ano passado, objeti va esti mular gestores e demais agentes da administração a contribuir com a correção, a oportu-

nidade e a consistência dos registros da Aeronáuti ca no SIAFI, como forma de subsi-diar elaboração de informa-ções gerenciais precisas e úteis à gestão no Comando da Aeronáuti ca (COMAER).

No evento, o Tenente--Brigadeiro Franciscangelis destacou a importância da participação ativa e diligen-te de todos, no sentido de assegurar a aderência dos procedimentos contábeis executados nas Unidades às instruções estabelecidas pela SEFA. “A propriedade e a precisão dos lançamentos

no SIAFI subsidiam a exe-cução do orçamento e a representação adequada do patrimônio adminis-trado pelo Comando da Aeronáutica”, ressaltou o Oficial-General.

Com a premiação, en-cerra-se o primeiro ciclo de avaliação das Unidades e tem início novo proces-so, com vistas a apuração do vencedor da segunda edição do Prêmio “Desta-que Execução Contábil do Comando da Aeronáutica”, cuja entrega está prevista para julho de 2015.

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ELEIÇÕES 2014

Redes SociaisO detentor de página pessoal não

pode ser punido por curti r, comentar ou comparti lhar conteúdo durante o período eleitoral, mas é necessário ter cautela. “Se o militar agir com cuidado e respeitando os limites não terá problemas. Vivemos em um período no qual o que se comenta em redes sociais ganha grandes proporções e de forma rápida. Avalie bem como, e se vale a pena, entrar em discussões de cunho políti co”, aconselha o Assessor Jurídico.

Militares devem ficar atentos durante o período eleitoral

No próximo mês, os brasileiros participam de mais um processo eleitoral para definir os políticos que vão

conduzir o país pelos próximos quatro anos. E para evitar qualquer influência durante o pleito, é necessário que os agentes públicos, em especial os militares, fiquem atentos aos procedimentos recomendados.

Segundo a Advocacia-Geral da União, em cartilha sobre as condutas vedadas durante as eleições, os agentes públicos da administração federal devem ter cautela para que seus atos não venham provocar qualquer desequilíbrio na isonomia necessária entre os candidatos nem violem a moralidade e a legitimidade das eleições.

“A liberdade de expressão deve ser respeitada sempre, mas existe uma conduta militar a ser considerada. Por isso, a campanha deve ser mantida fora do ambiente de trabalho, da repartição. Devemos lembrar, inclusive, da hierarquia, típica desse ambiente. Uma simples conversa pode ser rapidamen-te mal interpretada, por isso, o indicado é evitar”, destaca o Assessor Jurídico Sidnei Rodrigo Paulo da Cunha Neves.

O Regulamento Disciplinar da Aeronáutica (RDAER) tam-bém destaca a postura política que deve ser adotada pelos militares. Confira ao lado as principais orientações:

Para visualizar a Carti lha da AGU, acesse o endereço eletrônico: www.agu.gov.br

Em manifestaçõesFora da repartição deve ser

garantido o direito que todos os cidadãos possuem de participar das campanhas eleitorais, mas não é permitido emitir publicamente opiniões a respeito de assuntos políticos nem comparecer fardado a manifestações ou reuniões.

Panfl etagens Não se pode uti lizar de um meio

ofi cial para fazer campanha. Portan-to, panfl etagem, mesmo em rancho ou outros ambientes de descanso, e a disposição de carros de sons na entrada das Unidades são proibidas.

Na UnidadeOs militares não podem provo-

car e participar, dentro da Organi-zação Militar, de discussões sobre política que possam causar algum incômodo entre os demais mem-bros da Unidade.

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CARCARÁ

GUARDIÃO

PACAU

ESCORPIÃO

HÓRUS

PHOENIX

FALCÃO

JOKER

POTI

FLECHA

NETUNO

PUMA

GRIFO

ORUNGAN

RUMBA

Confi ra os resultados na próxima edição

ESCORPIÃO FALCÃO

15Setembro - 2014

MEMÓRIASAÚDEENTRETENIMENTO

JOGO DOS SETE ERROS

Encontre os nomes dos Esquadrões da Força Aérea Brasileira

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