12
Candidatos de Macaé terão maior limite de gastos por campanha: R$ 1,9 milhão Concorrentes aos postos de prefeito poderão aplicar mais recursos em disputa que os demais candidatos da região neste ano, de acordo com balanço preliminar apresentado pelo Tribunal Superior Eleitoral Moradores cobram das autoridades mais segurança e melhorias nas redes de drenagem KANÁ MANHÃES Miller Vilar aponta problema em estrutura de canteiro interditada pela Defesa Civil há dois meses Uma análise preliminar divul- gada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base nas regras estabeleci- das pela Reforma Política, aponta que os candidatos ao posto de prefeito de Macaé, neste ano, poderão aplicar um maior volume de gastos que os demais concorrentes das outras cidades do Norte Fluminense. Para a Capital Nacional do Petróleo, o teto atual foi fixado em mais de R$ 1,9 milhão. Cal- culado com base nos maiores gastos declarados na última eleição munici- pal, realizada em 2012, o teto para as despesas de campanha relativo à con- corrência pelas cadeiras da Câmara de Vereadores de Macaé será o segundo maior entre os municípios da região: R$ 189 mil. O teto-limite para a previ- são de gastos dos candidatos a prefeito de Macaé chega a ser superior que o estimado para Campos dos Goytaca- zes. Apesar de um dos critérios para o cálculo ser o número de eleitores, onde Macaé tem a metade do volume de pessoas aptas a votar (153.457), a cidade de Campos, que registra um colégio eleitoral de 354.212 cidadãos, terá um teto de R$ 1,5 milhão - cerca de 500 mil a menos que a Capital Na- cional do Petróleo. Macaé ganha por- que, em 2012, a prestação de contas dos candidatos que participaram do pleito apresentou um volume de gas- tos de R$ 2.753.207,88. PÁG. 3 U m dos bairros mais antigos e populosos de Macaé merece uma maior atenção por parte do poder público. Pelo menos é o que afirmam os moradores do Visconde de Araújo, localizado a poucos metros do Centro. Há cerca de dois anos, o Bairros em Debate esteve visitando o local. Essa semana, a equipe de re- portagem voltou para conversar com os moradores e saber quais melhorias ainda precisam ser feitas. Segundo eles, entre os problemas registrados estão a ampliação das redes pluviais e de saneamento e também os alaga- mentos. Apesar de o bairro ter sofri- do um forte crescimento, as redes de esgoto e galerias pluviais ainda são as mesmas de décadas atrás. “Essas tubulações são antigas e pequenas, ou seja, não dão vazão. A consequên- cia disso é o esgoto transbordando, principalmente em dias de chuva, e ele acaba se misturando com a água”, conta o presidente da Associação de Moradores, Miller Vilar, que ressal- ta que a prefeitura presta suporte na limpeza da rede. “É aquela situação, eles atendem à nossa demanda, mas tem que ligar e solicitar”, diz. PÁG. 8 MORADORES APONTAM FALHAS Macaé pode se tornar Capital da Inovação ÍNDICE TEMPO ESPORTE POLÍTICA IMCT cria polo para desenvolvimento de projetos tecnológicos PÁG. 3 WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL Nova etapa de surfe movimenta a Praia do Pecado Incubadora vai selecionar novos projetos em fevereiro Competições agitam praias da cidade Programação do Fest Verão Esportivo segue no final de semana PÁG. 11 EDITORIAL 4 PAINEL 4 GUIA DO LEITOR 4 ESPAÇO ABERTO 4 CRUZADINHA C2 HORÓSCOPO C2 CINEMA C2 AGENDA C2 Máxima 29º C Mínima 20º C Anuncie: (22) 2106-6060 (215) POLÍCIA EDUCAÇÃO GERAL CADERNO DOIS Extremistas radicais são inimigos da paz UFRJ busca apoio para realizar pesquisas Oceanos vão ter mais plásticos que peixes Modelo macaense deslancha carreira Ramiro Campos faz análise sobre guerra ao terror PÁG. 5 Laboratório analisa evolução do mosquito da dengue PÁG. 9 Estatística reforça necessidade de preservação PÁG. 10 Catharina Bersot é consagrada nas passarelas CAPA BAIRROS EM DEBATE - VISCONDE DE ARAÚJO KANÁ MANHÃES Descarte irregular de lixo no São Marcos GERAL Conhecida mundialmen- te como a Capital Nacional do Petróleo, Macaé enfrenta uma série de problemas ambientais, um deles, a falta de saneamento básico e, consequentemente, a poluição de suas águas, por exemplo as do Rio Macaé, um dos mananciais responsáveis pelo abastecimento na cidade e região. E como se não bastasse a poluição dos recursos hídricos, o meio ambiente vem sofrendo com o descarte irregular de li- xo. No bairro São Marcos, esta semana nossa equipe flagrou o acúmulo de lixo em frente a um reservatório da Cedae. Uma si- tuação que poderia ser evitada, pois não basta apenas o órgão municipal realizar coletas.. PÁG. 8 Ato gera transtornos no bairro O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 24 e segunda- feira, 25 de janeiro de 2016 Ano XL, Nº 8925 Fundador/Diretor: Oscar Pires R$ 1,00 WANDERLEY GIL KANÁ MANHÃES HISTÓRIAS AJUDAM A SUPERAR AS DROGAS REDUÇÃO DE VAGAS DE EMPREGO VAI AUMENTAR TRANSPORTE UNIVERSITÁRIO AINDA GERA DÚVIDAS POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 EDUCAÇÃO, PÁG.9 facebook/odebate twiter/odebate issuu/odebateon

Noticiário 24 01 2016

Embed Size (px)

DESCRIPTION

 

Citation preview

Page 1: Noticiário 24 01 2016

Candidatos de Macaé terão maior limite de gastos por campanha: R$ 1,9 milhãoConcorrentes aos postos de prefeito poderão aplicar mais recursos em disputa que os demais candidatos

da região neste ano, de acordo com balanço preliminar apresentado pelo Tribunal Superior Eleitoral

Moradores cobram das autoridades mais segurança e melhorias nas redes de drenagem

KA

MA

NH

ÃE

S

Miller Vilar aponta problema em estrutura de canteiro interditada pela Defesa Civil há dois meses

Uma análise preliminar divul-gada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com base nas regras estabeleci-das pela Reforma Política, aponta que os candidatos ao posto de prefeito de Macaé, neste ano, poderão aplicar um maior volume de gastos que os demais

concorrentes das outras cidades do Norte Fluminense. Para a Capital Nacional do Petróleo, o teto atual foi fixado em mais de R$ 1,9 milhão. Cal-culado com base nos maiores gastos declarados na última eleição munici-pal, realizada em 2012, o teto para as

despesas de campanha relativo à con-corrência pelas cadeiras da Câmara de Vereadores de Macaé será o segundo maior entre os municípios da região: R$ 189 mil. O teto-limite para a previ-são de gastos dos candidatos a prefeito de Macaé chega a ser superior que o

estimado para Campos dos Goytaca-zes. Apesar de um dos critérios para o cálculo ser o número de eleitores, onde Macaé tem a metade do volume de pessoas aptas a votar (153.457), a cidade de Campos, que registra um colégio eleitoral de 354.212 cidadãos,

terá um teto de R$ 1,5 milhão - cerca de 500 mil a menos que a Capital Na-cional do Petróleo. Macaé ganha por-que, em 2012, a prestação de contas dos candidatos que participaram do pleito apresentou um volume de gas-tos de R$ 2.753.207,88. PÁG. 3

Um dos bairros mais antigos e populosos de Macaé merece uma maior atenção por parte

do poder público. Pelo menos é o que afirmam os moradores do Visconde de Araújo, localizado a poucos metros do Centro. Há cerca de dois anos, o Bairros em Debate esteve visitando o local. Essa semana, a equipe de re-portagem voltou para conversar com

os moradores e saber quais melhorias ainda precisam ser feitas. Segundo eles, entre os problemas registrados estão a ampliação das redes pluviais e de saneamento e também os alaga-mentos. Apesar de o bairro ter sofri-do um forte crescimento, as redes de esgoto e galerias pluviais ainda são as mesmas de décadas atrás. “Essas tubulações são antigas e pequenas,

ou seja, não dão vazão. A consequên-cia disso é o esgoto transbordando, principalmente em dias de chuva, e ele acaba se misturando com a água”, conta o presidente da Associação de Moradores, Miller Vilar, que ressal-ta que a prefeitura presta suporte na limpeza da rede. “É aquela situação, eles atendem à nossa demanda, mas tem que ligar e solicitar”, diz. PÁG. 8

MORADORES APONTAM FALHAS

Macaé pode se tornar Capital da Inovação

ÍNDICETEMPO

ESPORTE POLÍTICA

IMCT cria polo para desenvolvimento de projetos tecnológicos PÁG. 3

WANDERLEY GIL WANDERLEY GIL

Nova etapa de surfe movimenta a Praia do Pecado Incubadora vai selecionar novos projetos em fevereiro

Competições agitam praias da cidadeProgramação do Fest Verão Esportivo segue no final de semana PÁG. 11

EDITORIAL 4

PAINEL 4

GUIA DO LEITOR 4

ESPAÇO ABERTO 4

CRUZADINHA C2

HORÓSCOPO C2

CINEMA C2

AGENDA C2

Máxima 29º CMínima 20º C

Anuncie: (22) 2106-6060 (215)

POLÍCIA EDUCAÇÃO GERAL CADERNO DOIS

Extremistas radicais são inimigos da paz

UFRJ busca apoio para realizar pesquisas

Oceanos vão ter mais plásticos que peixes

Modelo macaense deslancha carreira

Ramiro Campos faz análise sobre guerra ao terror PÁG. 5

Laboratório analisa evolução do mosquito da dengue PÁG. 9

Estatística reforça necessidade de preservação PÁG. 10

Catharina Bersot é consagrada nas passarelas CAPA

BAIRROS EM DEBATE - VISCONDE DE ARAÚJO

KANÁ MANHÃES

Descarte irregular de lixo no São Marcos

GERAL

Conhecida mundialmen-te como a Capital Nacional do Petróleo, Macaé enfrenta uma série de problemas ambientais, um deles, a falta de saneamento básico e, consequentemente, a poluição de suas águas, por exemplo as do Rio Macaé, um dos mananciais responsáveis pelo abastecimento na cidade e região. E como se não bastasse a poluição dos recursos hídricos, o meio ambiente vem sofrendo com o descarte irregular de li-xo. No bairro São Marcos, esta semana nossa equipe flagrou o acúmulo de lixo em frente a um reservatório da Cedae. Uma si-tuação que poderia ser evitada, pois não basta apenas o órgão municipal realizar coletas.. PÁG. 8

Ato gera transtornos no bairro

O DEBATEDIÁRIO DE MACAÉ

www.odebateon.com.br

Macaé (RJ), domingo, 24 e segunda-feira, 25 de janeiro de 2016Ano XL, Nº 8925Fundador/Diretor: Oscar Pires

R$ 1,00

WANDERLEY GIL KANÁ MANHÃES

HISTÓRIAS AJUDAM A SUPERAR AS DROGAS

REDUÇÃO DE VAGAS DE EMPREGO VAI AUMENTAR

TRANSPORTE UNIVERSITÁRIO AINDA GERA DÚVIDAS

POLÍCIA, PÁG.5 ECONOMIA, PÁG.6 EDUCAÇÃO, PÁG.9

facebook/odebate

twiter/odebate

issuu/odebateon

Page 2: Noticiário 24 01 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

CidadeEDIÇÃO: 311 PUBLICAÇÃO: 09 DE DEZEMBRO DE 1981

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIA

NOTA

Tribunal aprova contas da Câmara Municipal e da Prefeitura de Macaé

O Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Conselheiro Reynaldo Sant’Ana, em ofícios dirigidos ao Vereador Antonio Olinto Bordallo, encaminhou os processos de prestação de contas dos execícios 1978 e 1979, da Câmara Municipal e da Prefeitura de Macaé, tendo emitido parecer prévio favorável para aprovação.

Vetados cinco projetos aprovados pelos vereadores

Cinco projetos de lei aprovados pela Câmara Mu-nicipal relativos à revogação da Taxa de Coleta de Lixo; obrigatoriedade de construção de estação de tratamento de esgoto em loteamentos; concessão de auxílio funeral à família de funcionário público falecido; prorrogação do prazo para os proiprietá-rios regularizarem o parcelamento de terra e ins-tituindo o Dia do Empregado do Comércio, foram vetados pelo Prefeito Carlos Mussi e encaminhados ao Poder Legislativo para serem apreciados.

Destaques e elegantes de 81 vão ser homenageados dia 18 no Varandão

As dez mulheres e os dez homens mais elegantes, selecionados pela colunista Maria Lucia Piersanti, cujos nomes já foram divulgados por este jornal, e os Destaques do Ano como plítico, vereador, em-presário, industrial, comerciante, produtor rural,

pecuarista, advogado, estudante, presidente de clu-be, gerente de banco, hotelaria, engenheiro, cultura, filantropia, dentre outros, que terão nomes conhe-cidos na próxima edição, vão ser homenageados no próximo dia 18, nas dependências de O Varandão, com a realização de concorrido jantar.

Sandra recebe Comitiva de Macaé e faz palestra sexta-feira

Numa reunião na sede da Associação Brasileira de Imprensa realizada sábado, quando houve a confraternização entre Saldanha Coelho e a can-didata a Governadora Sandra Cavalcanti, que fo-ram adversários políticos no Governo de Carlos Lacerda, uma Comitiva de petebistas de Macaé, liderada pelo Presidente do Diterório Roberto Mourão, foi recebida pelos dirigentes estaduais, dentre os quais Paiva Muniz e Ario Teodoro.

Bairros alagados mesmo após obras da Macrodrenagem

Dr. Eduardo esclarece fatos sobre licitações e contratosPara esclarecer à população acerca das ações realizadas pela Polícia Federal, na última sema-na, o presidente da Câmara Edu-ardo Cardoso (PPS) participou, ao vivo, do programa “Fala Zezé Abreu”, transmitido pela Rádio 101 FM. A entrevista aconteceu na manhã de ontem (22), com o chefe do Legislativo macaense se colocando à disposição dos órgãos competentes para colaborar com as investigações.

No início da sua participação, Eduardo Cardoso explicou os trâ-mites de publicação dos processos licitatórios. Durante a operação, foram solicitados documentos de sete licitações, das quais cinco aconteceram na atual legislatura. Um dos pontos da investigação é a publicação em jornais impressos. Eduardo ainda reforçou ter total confiança no corpo técnico da Câ-mara, que atua nas licitações.

UFF-Macaé recebe selo de qualidade da OAB em ensino de Direito

Por conta das chuvas que atingiram a cidade na madru-gada de ontem (21), Macaé entrou em estágio de aten-ção. Em apenas 12 horas, o volume foi de 40 milímetros. Por conta disso, a Defesa Ci-vil segue monitorando todo o município, mas sem registro de ocorrências até o momen-to. O forte temporal causou vários pontos de alagamen-to, entre eles, locais onde fo-ram investidos milhões em obras de macrodrenagem e urbanização. Nova Holanda e Nova Esperança foram al-guns dos pontos mais críticos em toda a cidade. A situação também ficou complicada na Avenida Evaldo Costa, onde foram investidos mais de R$ 200 milhões em obras de ma-

crodrenagem. Os bairros do entorno - Sol y Mar, Viscon-de de Araújo, Campo d'Oeste, Riviera Fluminense e Novo Horizonte - foram atingidos por conta disso. Ao contrário do habitual, dessa vez a água demorou para escoar.

Por conta disso, um ônibus do transporte público muni-cipal chegou a ficar preso na fiação derrubando um poste no muro de uma residência. Segundo a prefeitura, bom-bas de drenagem das chuvas tem funcionamento automá-tico e auxiliam no escoamen-to da água, já que Macaé tem a peculiaridade de ter alguns pontos da cidade abaixo do nível do mar e ocupações que foram realizadas em áreas alagadiças.

KANÁ MANHÃES

ASSESSORIA

Dr. Eduardo Cardoso

Page 3: Noticiário 24 01 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de janeiro de 2016 3

PolíticaELEIÇÕES

Candidatos de Macaé terão maior limite de gastos por campanha: R$ 1.927 milhãoConcorrentes aos postos de prefeito e vereador poderão aplicar mais recursos em disputa que os demais concorrentes da região neste anoMárcio [email protected]

Uma análise preliminar divulgada pelo Tribu-nal Superior Eleitoral

(TSE), com base nas regras es-tabelecidas pela Reforma Polí-tica, aponta que os candidatos ao posto de prefeito de Macaé, neste ano, poderão aplicar um maior volume de gastos que os demais concorrentes das outras cidades do Norte Fluminense. Para a Capital Nacional do Pe-tróleo, o teto atual foi fixado em mais de R$ 1,9 milhão.

Calculado com base nos maio-res gastos declarados na última eleição municipal, realizada em 2012, o teto para as despesas de campanha relativo à concorrên-cia pelas cadeiras da Câmara de Vereadores de Macaé será o se-gundo maior entre os municí-pios da região: R$ 189 mil.

O teto-limite para a previ-são de gastos dos candidatos a prefeito de Macaé chega a ser superior que o estimado para Campos dos Goytacazes.

Apesar de um dos critérios para o cálculo ser o número de eleitores, onde Macaé tem a me-tade do volume de pessoas aptas a votar (153.457), a cidade de Campos, que registra um colégio eleitoral de 354.212 cidadãos, terá um teto de R$ 1,5 milhão - cerca de 500 mil a menos que a Capital Nacional do Petróleo.

Macaé ganha porque, em 2012, a prestação de contas dos candidatos que participaram do pleito apresentou um volume de gastos de R$ 2.753.207,88, superior ao consolidado em Campos, que registrou o total de R$ 2.267.771,06.

Por outro lado, os candidatos

a vereador em Campos poderão gastar mais que em Macaé.

De acordo com a análise do TSE, o teto para o Legislativo campista será de R$ 209 mil. Já na Capital Nacional do Petróleo, o limite será de R$ 189.384,36.

Ainda, segundo o TSE, para o cargo de prefeito, o limite de gas-to corresponde a 70% do maior valor declarado para o posto na última eleição municipal.

No caso das campanhas elei-torais dos candidatos às eleições para vereador, o limite de gastos também será de 70% do maior valor declarado na última eleição.

O TSE esclareceu ainda que a média do limite de gastos será atualizada monetariamente, de acordo com a variação do Índi-ce Nacional de Preços ao Con-sumidor (INPC) da Fundação Instituto Brasileiro de Geogra-

fia e Estatística (IBGE), ou por índice que o substituir.

O cálculo será feito tendo co-mo base o período de outubro de 2012 a junho de 2016. Os valores corrigidos serão divul-gados por ato editado pelo pre-sidente do TSE, cuja publicação

deverá ocorrer até o dia 20 de julho do ano da eleição.

O TSE manterá a divulgação dos valores atualizados rela-tivos aos gastos de campanha eleitoral na sua página na In-ternet, para efeito de consulta dos interessados.

KANÁ MANHÃES

Regras para as eleições municipais deste ano poderão ser atualizadas pelo TSE até agosto

Cidades Prefeito Vereador EleitoresMacaé R$ 1.927.245,52 R$ 189.384,36 153.457Campos R$ 1.587.439,74 R$ 209.549,31 354.212Cabo Frio R$ 1.041.318,34 R$ 55.737,16 142.939Rio das Ostras R$ 860.484,90 R$ 130.064,41 81.574Casimiro R$ 524.127,21 R$ 34.241,56 29.205Búzios R$ 349.240,38 R$ 38.614,52 23.825Quissamã R$ 341.575,85 R$ 55.551,50 17.335Carapebus R$ 202.360,87 R$ 5.863,93 11.303

TSE

Limite de gastos por campanha

Município se consolida como a nova 'Capital da Inovação'

FUTURO

Macaé torna-se berço de projetos que poderão mudar rumo econômico regional

Apesar da construção do Parque Científico e Tecnológi-co (Tecno Park) ainda seguir em fase conceitual, Macaé deu nes-ta semana um passo significati-vo para se tornar a Capital Na-cional da Inovação, seguindo a sua tendência de acolher ideias empreendedoras de sucesso.

Integrando uma política fun-cional de fomento à base da economia da cidade, o governo inicia as atividades da Incu-badora de Empreendimentos Tecnológicos de olho em uma estratégia que destoa do atual cenário de crise vivenciado por todos os municípios ligados às atividades de exploração e de produção do petróleo.

Conduzido pelo Instituto Macaé de Ciência e Tecnologia (IMCT), o programa já acolheu

quatro iniciativas que sur-giram através da integração entre a academia (universida-des) e a indústria local. E com o apoio do governo se prepara para selecionar outras cinco propostas de desenvolvimento tecnológico, que serão selecio-

nadas através de processo que será iniciado a partir do próxi-mo dia 19 de fevereiro.

"A nossa proposta é lançar editais semestrais, com objetivo de selecionar cada vez mais pro-jetos capazes de auxiliar o pro-cesso de inovação das ativida-

des econômicas realizadas em Macaé, com alcance regional", apontou Carlos Eduardo Lopes da Silva, diretor da Incubadora de Empreendimentos.

Para continuar com o sinô-nimo de sucesso, a política de incentivo ao desenvolvimento tecnológico precisa ser mantida pelo governo.

Para isso, a ampliação do es-paço físico da Incubadora, até chegar à consolidação da estru-tura do Parque Científico Tec-nológico, é um caminho árduo, mas que precisa ser trilhado pela administração municipal.

"Nós vivemos a influência do petróleo, mas a extração do óleo não acontece dentro da cidade. O que fica aqui é a troca de ex-periência e o conhecimento dos profissionais que participam do dia a dia do município, e que podem se associar ao conheci-mento transmitido pela acade-mia, para transformar Macaé na Capital da Inovação", destacou o prefeito Dr. Aluízio (PMDB).

WANDERLEY GIL

Incubadora de Empreendimentos começou a atuar nesta semana

Entre partidos que possuem pré-candidatos, o PMDB registra o maior número de militantes

NOTA

PONTODE VISTA

Não é a primeira vez que vamos abordar aqui - e também não será a última - a ação criminosa de invasão da área de restinga da praia de São José do Barreto, ultrapassando os limites da comunidade conhe-cida como Fronteira, delimitada há bastante tempo pelo Ministério Público, e que continua sendo alvo da construção de casas, sem que a prefeitura, ou outro órgão ambiental e mesmo a Marinha, tome qual-quer providência para evitar o caos futuro.

Quando em 1974 foi descoberto o campo de Garoupa, e no final da dé-cada de 70 a Petrobras começou a “invadir” Macaé, instalando aqui estrategicamente todas as suas unidades para explorar óleo e gás na plataforma continental do litoral fluminense, a cidade parece que as-sistia uma “corrida em busca do ouro”.

O prefeito Dr. Aluízio Santos decidiu “pedir de volta”, até na Justiça, mais de R$ 130 milhões pagos de maneira irregular, segundo ele, aos proprietários que tiveram seus imóveis desapropriados, o que gerou até uma ação popular, ainda em curso. Igual a muitos processos que “dormem” nos escaninhos da Justiça, a prefeitura poderia buscar outras fontes de recursos porque reaver esse dinheiro...

As más línguas, com relação ao episódio, dizem que o objetivo é atingir diretamente o vereador Chico Machado que, com apoio do Senador Romário, lançou sua pré-candidatura a prefeito, ganhou o apoio do ex-prefeito Riverton Mussi e, também, do deputado estadual Christino Áureo. O vereador Chico Machado que vinha recebendo o dinheiro em precatórios, agora fica a ver navios, até que haja uma nova decisão judicial.

Até domingo.

O vereador Igor Sardinha (PRB), também pré-candidato a prefeito, tenta abrir a “caixa preta” dos subsídios às empresas de ônibus que formam a SIT - Sistema Integrado de Transporte, que nos últimos três anos recebeu da prefeitura mais de R$ 200 milhões de subsídios da passagem. A empresa, convidada para prestar esclarecimentos na Câmara, não compareceu. Agora, será convocada oficialmente.

Crime ambiental?

A era do petróleo

A área que pertencia ao In-cra, quando ainda tinha escri-tório em Macaé, exatamente onde está situado o Batalhão da Polícia Militar, cuidava de alertar o Ministério Público Federal, a Polícia Federal, a prefeitura e a Marinha, para coibir a invasão ou construção de barracos. E melhor ação praticou o ex-prefeito Alcides Ramos, quando urbanizou a orla na Barra de Macaé, aca-bando com a “favelização” que chegava até ao Pontal. Hoje, todos observam a celeridade de construção de casas sem obedecer a nenhum planeja-mento, numa área de restinga que poderia também ser urba-nizada ou mantida, igual à área da Refer, na Praia do Pecado, de propriedade de um grande e influente empresário cario-ca, que gostaria de realizar ali alguns empreendimentos, mas a prefeitura manteve o decre-to que tornou a área não-edi-ficante. Mas, por que, no lado sul da cidade exige-se tanto

rigor, e no lado norte, as au-toridades colocam vendas nos olhos e deixam prosperar um grande crime ambiental, sem arruamentos ou serviços de energia, água, esgotamento sa-nitário, telefonia e iluminação, sendo que, dentro em breve, a comunidade estará exigindo do poder público todos esses serviços? E quanto vai custar, a exemplo do que assistimos na Malvinas, Botafogo, Nova Holanda, Nova Esperança e outras localidades que, mes-mo beneficiadas agora, con-tinuam sofrendo as consequ-ências dos desastres naturais quando a chuva é mais intensa como nos últimos dias? Pois é. Não é só crime ambiental. São vários crimes perpetrados sem que as autoridades tomem medidas para conter a desen-freada ocupação ilegal. Como estamos em ano de eleições, a sociedade duvida que haverá alguma iniciativa dos órgãos responsáveis para frear mais esta ação irresponsável.

E não deixou de ser assim. Como o Brasil tinha pressa em explorar o ouro negro, a situação atraiu tam-bém as empresas especializadas na indústria do petróleo e o município começou a perder a identidade, tão reclamada pelos nativos, pela falta de cuidados dos administra-dores que não souberam, mesmo a sociedade organizada, cobrar dos governos estadual e federal, obras de infraestrutura para suportar o crescimento. Bem, lá se vão mais de 38 anos e a cidade se agigantou. Perdeu os distritos de Carapebus e Quissamã - antes já tinha perdido Conceição de Macabu na era do açúcar e álcool - e não fosse a pró-pria Petrobras colaborar para cons-truir o aeroporto para transportar os trabalhadores para as plataformas - antes os voos saiam de Campos - a instalação de um Distrito Industrial, a construção da tão sonhada Escola Técnica Federal, dentre outras obras importantes, além do próprio siste-ma de abastecimento de água para suas dependências, porque na oca-sião a Cedae não foi capaz de aten-der a demanda da estatal, a situação

estaria muito pior. O que a cidade ganhou, além da especulação imo-biliária que foi a maior da história do Estado e, talvez, do Brasil, foi o status de Capital Nacional do Pe-tróleo, que deixa alguns orgulhosos, mas céticas as autoridades que não queriam repetir, em qualquer outro lugar, os exemplos de Macaé, conde-nados em todos os eventos no Bra-sil e mundo afora. Chegou também à era da bonança com a conquista dos royalties. Mas o gasto perdulá-rio condenado pela ANP - Agência Nacional do Petróleo, com o valor do barril a mais de US$ 100 dólares, fazia a festa dos governantes que esqueceram de criar um fundo para aplicar o dinheiro com responsabili-dade, embora o orçamento atingisse hoje invejáveis mais de R$ 2 bilhões por ano. Bem, todos conhecem a his-tória. Agora, os malfeitos são difíceis de consertar. O preço do barril des-pencou para menos de US$ 27 dóla-res, e os políticos que administram têm que fazer mágica para dar conta do recado. Mas deveria unir mais a sociedade, e não dividí-la, mesmo em período eleitoral.

PONTADA

Page 4: Noticiário 24 01 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Opinião NOTA

ESPAÇO ABERTO

EDITORIAL FOTO LEGENDA

O fantasma da crise volta a pairar sobre a gestão dos principais municípios do Norte Fluminense, uma situação que ganha um potencial ainda maior, em se tratando de ano eleitoral. E, ao que tudo indica, Macaé e cidades vizinhas passarão por transformações pro-fundas no processo responsável por definir o futuro do jogo do poder político.

O reinício das aulas sempre traz para os professores a ansiedade pela chegada de novas turmas. É natural e todos os professores passam por isso, sejam eles “ma-rinheiros de primeira viagem” ou veteranos. E essa ansiedade pode aumentar quando ele sabe que haverá uma criança com deficiência na sua turma. "Vou con-seguir dar conta deste e dos outros alunos? Será que vou conseguir ensiná-lo? E se ele for agressivo?" São questionamentos normais de todos os educadores.

Assombrados

Volta às aulas

Assombrados pela queda do preço do barril de óleo bruto, assim como pelo anúncio da Petrobras em reduzir ainda mais o seu planejamento de inves-timentos no setor de ex-ploração e de produção, os gestores das cidades situadas no Emirado do Petróleo Fluminense bus-cam saídas para garantir o cumprimento das regras da Lei de Responsabilida-de Fiscal. Mas quem vai sacrificar a reeleição?

Das principais cidades da região, quase todas possuem líderes políti-cos que podem concorrer, mais uma vez, ao posto de prefeito: Macaé, Rio das Ostras e Quissamã. Já Campos dos Goytacazes e Carapebus passarão pela fase de renovação, tão crí-tica e profunda quanto o cenário das demais cida-des 'irmãs' em crise.

É comum em cada novo governo, planejar a rea-lização de investimentos em obras e infraestrutura para o último ano de man-

dato, uma forma de garan-tir a arrumação adminis-trativa da cidade, além de ganhar pontos junto a opinião pública.

No entanto, hoje, as re-ceitas geradas pelos repas-ses mensais dos royalties do petróleo e as cotas tri-mestrais da Participação Especial representam o potencial de cada cidade em manter projetos es-senciais à rotina da popu-lação, que ajudam a me-lhorar a qualidade de vida e a valorização da cidade.

Porém, só para Macaé, a previsão é de perdas que irão somar R$ 500 mi-lhões neste ano. Associa-dos aos cerca de R$ 300 milhões não arrecadados no ano passado, o municí-pio vive um cenário deso-lador e preocupante.

Em ano de recessão, os municípios precisarão recuperar a autoestima da população, cuja res-ponsabilidade de definir o futuro político da região ganha em 2016 um peso ainda maior.

Calma! Afinal, tudo que é no-vo causa desconforto e insegu-rança. Mas receber um aluno com deficiência é um desafio que poderá se converter em um presente recheado de aprendi-zagem. Seguem algumas dicas:

Busque conhecimentoSaber que tipo de deficiência

tem o aluno, buscar entendê-la um pouco mais e pesquisar so-bre os desafios típicos trazidos por aquela deficiência é muito importante. Vale ressaltar que, além da deficiência, há um in-divíduo e, por isso, é essencial respeitar sua particularidade.

Crie vínculoÉ importante o professor ter

em mente que a relação que for estabelecida com aquele aluno especial é o que determinará o comportamento do mesmo no decorrer do ano. Muitos alunos com deficiência se adaptam às escolas quando percebem que são aceitos, compreendidos e conseguem aprender na escola. Nenhuma pessoa fica bem on-de se sente excluída, incompre-endida ou rejeitada.

Prepare a turma para as diferenças

Faça uma dinâmica em gru-po com os alunos para que eles se conheçam. Aproveite esse momento para conversar so-bre as diferenças entre alunos, sobre as qualidades e compe-tências de cada um.

É preciso explicar para to-dos que cada situação é única e

nem sempre as atividades serão idênticas. Converse sobre as di-ferenças, mas jamais coloque o aluno deficiente no papel de “coitadinho”. É essencial lem-brar que todos podem aprender dentro de suas limitações.

Planeje-sePara que a inclusão aconteça

de forma efetiva, é fundamen-tal a elaboração de um plano de ação, adaptando as atividades para que as mesmas atendam as necessidades específicas do aluno. Caso sinta dificuldade, recorra à equipe gestora e à sala de atendimento especializado.

Uma sala de aula inclusiva respeita e valoriza as diferen-ças; sendo assim, todos apren-derão competências que leva-rão para o resto de suas vidas e ensinamentos que vão além do pedagógico.

Como você viu, lidar com alunos com deficiência não é um bicho de sete cabeças. E pode acrescentar muito à sua formação. Afinal, ajudar a construir uma sociedade que respeita o outro, o dife-rente, que desenvolve o apoio mútuo, com pessoas mais so-lidárias e compreensivas é o papel de todos os formadores de opinião. E este também é o seu papel, professor!

Natália Cardenuto é formada em Pedagogia e pós graduada em Psicopedagogia Clinica e Institucional

WA

ND

ER

LE

Y G

IL

PAINEL

EXPEDIENTE GUIA DO LEITOR Telefones úteis

EJORAN - Editora de Jornais, Revistas e agências de Notícias

CNPJ: 29699.626/0001-10 - Registradona forma de lei.DIRETOR RESPONSÁVEL: Oscar Pires.SEDE PRÓPRIA: Rua Benedito Peixoto, 90 - Centro - Macaé - RJ.Confeccionado pelo Sistema de Editoração AICS e CTP (Computer to Plate).Impresso pelo Sistema Offset.

CIRCULAÇÃO: Macaé, Quissamã, Conceição de Macabu, Carapebus, Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu.

A direção do O DEBATE não se responsabiliza e nem endossa os conceitos emitidos por seus colaboradores em ações ou artigos assinados, sendo de total responsabilidade do autor.

Filiado à ADJORI-RJ - Associação dos Diretores de Jornais do Estado do Rio de Janeiro e à ABRAJORI - Associação Brasileira de Jornais do Interior. ANJ - Agência Nacional de Jornais. ADI Brasil - Associação dos Jornais Diários do Interior.

REPRESENTANTE: ESSIÊ PUBLICIDADE E COMUNICAÇÃO S/C LTDA.

SÃO PAULO: R. Abílio Soares, 227/8º andar - Conjunto 81 - CEP: 04005-000 Telefone: (11) 3057-2547 e Fax: (11) 3887-0071 • RIO DE JANEIRO: Av. Princesa Isabel, 323 - sala 608 - CEP: 22011-901 - Telefone: (21) 2275-4141 • BRASÍLIA: SCS Ed. Maristela, sala 610 / DF - CEP: 70308-900 - Telefone: (61) 3034-1745(61) 3036-8293.TEL/FAX: (22) 2106-6060, acesse: http://www.odebateon.com.br/, E-MAIL: [email protected], COMERCIAL: Ligue (22) 2106-6060 - Ramal: 215, E-MAIL: [email protected], classificados: E-mail: [email protected]

POLÍCIA MILITAR 190

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL 191

SAMU 192

CORPO DE BOMBEIROS 193

DEFESA CIVIL 199

POLÍCIA CIVIL 123º DP 2791-4019

DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR) 2791-5379

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS) 2796-8330

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (OPERAÇÕES) 2796-8320

DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO) 2796-8320

CÂMARA DE MACAÉ 2772-2288

HPM 2773-0061

CEDAE: 2772-5090

AMPLA 0800-28-00-120

PREFEITURA MUNICIPAL 2791-9008

DELEGACIA DA MULHER 2772-0620

GUARDA MUNICIPAL 2773-0440

AEROPORTO DE MACAÉ 2763-5700

CARTÓRIO ELEITORAL 109º ZONA 2772-3520

CARTÓRIO ELEITORAL 254º ZONA 2772-2256

CORREIOS (SEDE) 2759-3390

CORREIOS CENTRO 2762-7527

CEG RIO 0800-28-20-205

RÁDIO TAXI MACAÉ 2772-6058

CONSELHO TUTELAR I 2762-0405/ 2796-1108 PLANTÃO: 8837-4314

CONSELHO TUTELAR II 2762-9971/ 2762-9179 PLANTÃO: 8837-3294

CONSELHO TUTELAR III (SERRA) 2793-4050/2793-4044 PLANTÃO: 8837-4441

Município de Macaé tem 153 mil eleitores aptos a votar neste ano

O mato já cobre por completo placas de sinalização instaladas ao longo da Rodovia Amaral Peixoto, no trecho entre Macaé e Rio das Ostras. Além da pouca visibilidade, os condutores que trafegam pelo local encaram ainda buracos, crateras e pontos alagados que tornam o trajeto de pouco mais de 25 quilômetros bastante arriscado.

AeroportoA indefinição da presidente Dilma Rousseff (PT) em nomear oficialmente um novo mi-nistro da Secretaria de Aviação Civil causa angústia às lideranças políticas de Macaé. É que, corre o risco do Aeroporto da cidade passar a contar com um novo terminal de passageiros, sem que os voos comerciais sejam retomados. Isso depende diretamen-te das obras de reforço estrutural da pista, um projeto já feito pela Infraero, mas que precisa de dinheiro da União.

VLTMesmo com a atuação de um engenheiro de carreira da prefeitura, a manutenção das duas composições do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pode custar ao governo mu-nicipal cerca de R$ 120 mil neste ano. Pelo menos é o que está reservado no orçamen-to da secretaria municipal de Mobilidade Urbana, responsável por evitar a deprecia-ção dos dois trens que, em março, comple-tam três anos de chegada à antiga estação ferroviária do Miramar.

Ponte da BarraTudo indica que a prefeitura vai pôr em prá-tica, neste ano, o projeto que cria uma nova faixa, reversível, na Ponte Ivan Mundim. Para isso, será necessária a remoção dos canteiros utilizados para a travessia de pe-destres, acesso que será direcionado para a estrutura de ferro montada sobre a antiga ponte quebrada. Com isso, em horários de rush, o acesso ao Centro seria duplicado, permitindo também a instalação dos cha-mados BRTs.

ImpactoA crise do petróleo vai frear ainda mais o ritmo de investimentos da prefeitura em obras de infraestrutura da cidade. Com a previsão de queda na arrecadação dos royalties, o governo vai enfrentar dificul-dades também para continuar projetos de urbanização, assim como outros serviços custeados pelas receitas do petróleo. No entanto, o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PMDB) afirmou que não abre mão da passagem a R$ 1.

AbastecimentoApesar dos três anos de atraso, a Nova Ce-dae faz o que pode para dar andamento ao projeto de construção da nova rede de distri-buição de água que atenderá aos bairros situ-ados na parte Norte da cidade. Porém, com a comprovação de déficit no serviço, enquanto a concessionária corre contra o tempo para atender o Lagomar, um novo empreendimen-to imobiliário começa a surgir na Linha Azul, o que representa, ao menos, cerca de mil novas pessoas vivendo na região.

FolgaEfeito do período de férias, ou resultado da desmobilização de postos de trabalho gerada pela crise, a verdade é que o coti-diano da Capital Nacional do Petróleo tem 'desinchado'. O processo é visto por quem circula diariamente pelos dois extremos da Rodovia Amaral Peixoto, via arterial da mobilidade do município. Números oficiais, contabilizados pela prefeitura, irão confirmar o que muitos já sentem: o esvaziamento da cidade.

QuedaSegue em queda o preço de aluguel de imóveis na cidade, um efeito provocado por uma ação adversa da crise econômica. Após investir na aquisição da casa própria, famílias lideradas por profissionais que per-deram vagas no mercado de trabalho local, estão optando por alugar casas e aparta-mentos, ao menos, com o valor específico do financiamento. Esta é uma alternativa de driblar um cenário que deve se perpe-tuar pelos próximos dois anos.

CanceladoA prefeitura optou por redimensionar os cerca de R$ 1,2 milhão destinados para o custeio de festas de Carnaval, para setores prioritários de atendimento à população. O contingencia-mento na execução de despesas é a palavra de ordem na administração municipal, vista a possibilidade de queda de mais de R$ 500 milhões na arrecadação deste ano. Até de-zembro, novos cortes serão necessários para equilibrar as contas, dentro do que é previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

MapeamentoQuem quiser obter informações sobre a expansão urbana da cidade deve aces-sar o Sistema de Informações Geográ-ficas (SIG), já disponível no site da pre-feitura. Os mapas são oriundos de um trabalho realizado pela prefeitura desde 2001 que promoveu o mapeamento de toda a extensão territorial do município. O cidadão pode analisar também fotos aéreas que ajudam a acompanhar o crescimento da cidade.

Page 5: Noticiário 24 01 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de janeiro de 2016 5

PolíciaINTERNACIONAL

Extremistas radicais são inimigos da paz mundial

O final do ano de 2015 mar-cou o mundo, principalmente a França, pelos atos reprová-veis do terrorismo Islâmico. Hoje o maior inimigo daquele país europeu, não são seus vi-zinhos rivais como Inglaterra, Alemanha ou Portugal; muito menos os Estados Unidos com sua cultura hollywoodiana. Seu maior inimigo são os pe-quenos grupos extremistas radicais Islamistas que logra-ram êxito em introduzir-se em todo território Francês, e paralelamente se espalham pela Europa e o mundo.

O QUE E O ISLAMISMO?Na verdade atualmente é a

religião com mais seguidores no mundo, aproximadamente 1,5 bilhão de fiéis, superando o Cristianismo. Teve suas ori-gens aproximadamente no sé-culo VII d.C; através das reve-lações de Alá(Deus) ao profeta Mohammad Maomé, um mer-cador analfabeto, que aos 40 anos de idade quando em um retiro espiritual, recebeu reve-lações do anjo Arcanjo Gabriel, tal fenômeno repetindo-se por 23 anos. Esta religião só conhe-ce Alá como seu único Deus, assim como Maomé como seu único Profeta. Seus textos sa-grados estão compilados no li-vro denominado alcorão, obra que, segundo seus seguidores, contém todas revelações de Alá para Maomé. Suas práticas religiosas são fundamentais e praticadas rigorosamente, co-mo: 5 preces diárias para Alá; oferecimento de esmola aos pobres; obrigação de jejum em datas específicas como Ra-madam; e pelo menos uma vez na vida peregrinação a Meca, cidade onde nasceu Maomé. A origem desta religião foi no ano de 622, na região da atual Arábia Saudita; quando seu fundador, Maomé, mor-reu com 63 anos de idade, a maior parte daquele território já era Muçulmano. Um século depois o Islamismo já era pra-ticado da Espanha até a China. E hoje em dia se espalhando por todo o mundo.

POR QUE O ISLAMISMO SE ESPALHA PELA EUROPA?

Mais do que religião, o Islã é uma doutrina ideológica com-pleta, que rege os aspectos de vida de muçulmanos e não muçulmanos. É a única reli-gião com uma teologia com regras para a conquista e sub-jugação dos não muçulmanos, consolidadas em lei. O objeti-vo do Islã é se implantar em todo o mundo. Recentemente Janer Cristaldo, publicou um artigo intitulado "A morte da Europa que eu amo", referin-do-se a indícios bem claros que este continente está se tornando cada vez mais Islã. Temos também aspectos ge-ográficos que facilitam a mi-gração, sejam pelo mar Medi-terrâneo ou pelo sudeste eu-ropeu. Na verdade o principal objetivo que menos divulga-se, é a questão puramente de expansão de mercado, análogo ao Cristianismo na América Latina e outros países.

POR QUE A FRANÇA É O PAIS DE MAIOR MIGRAÇÃO DA POPULAÇÃO QUE PREGA O ISLAMISMO?

Por décadas de pregação do ecumenismo por parte da Igreja Católica, tiveram co-mo resultado uma espécie de desarme dos fiéis, diante do Islã; tendo como principal argumento que nem todos muçulmanos são radicais, e por isso os católicos deveriam ser permissivos. Desta forma foram recebidos em territó-rio francês carinhosamente e com dádivas generosas dos partidos políticos de direita e esquerda. O governo Francês deu-lhes incentivos financei-ros para se erguerem

Mesquitas (templos sagra-dos), nos lugares das Igrejas Católicas convencionais. Na parte central de Paris, foi er-guido pelo governo o "Instituto do mundo Árabe", uma luxuo-sa e caríssima obra para resga-tar a cultura muçulmana, pre-servando seus valores funda-mentais. Por fim, estes sendo adeptos à poligamia, migram para França com várias espo-sas e filhos. O estado Francês concede pensão individual e sistema de saúde de ponta pa-ra estas famílias; grande parte destes bígamos vivem sem tra-balhar às custas do governo. Atualmente existem na Fran-ça guetos Islâmicos, chamados de "Zones Urbaines Sensibles", em Lyon, Marselha, Toulouse e outros lugares, onde o Estado Francês perdeu o controle; ru-as são fechadas e franceses ex-pulsos. Foram instalados auto-falantes por estes bairros, que conclamam fiéis a orar 5 vezes por dia e recitando versículos do livro Alcorão e gritos de Alá.

POR QUE O ESTADO ISLÂMICO PRATICA ATENTADOS NA FRANÇA?

Embora todos os benefícios já citados, porém a França faz parte da coalizão encabeçada pelos Estados Unidos, após o 11 de setembro. O jornal The Guardian, divulgou que a França tem sido o mais ati-vo membro da coalizão para neutralizar grupos extremis-tas Muçulmanos na Síria; de 2014 até hoje foram 271 ata-ques aéreos com seus aviões de caça. Por ter sido o pio-neiro na coalizão, tornou-se vulnerável e mais próximo da vingança dos grupos fanáticos extremistas, para eles a Fran-ça é simbolo de valores tidos como perversos pelo radica-lismo Islâmico. São estes os valores de liberdade, Igualda-de e fraternidade alcançados na revolução francesa. Este grupo extremista considera este país como a capital da prostituição e vício. Por fim devemos deixar bem claro que o Islamismo é uma religião análoga ao Cristianismo com seus valores e virtudes, ten-do como muitos seguidores pessoas de bem com pensa-mentos ideológicos em busca da fé; cabe ressaltar que um grupo com aproximadamen-te 1,5 bilhão de pessoas, na-turalmente surgem conflitos internos e divergências. Daí os grupos radicais que muitas vezes agem de forma insana comovendo o mundo com o terrorismo. Sabemos que es-ta pequena exceção não pode contaminar uma religião mi-lenar, tem que ser extinta.

NOTA

Defesa Civil promove curso de primeiros socorros para profissionais que atuam no transporte escolar do município.

Ramiro Campos faz abordagem sobre a relação entre o Islamismo e o terrorismo

SOCIAL

Histórias ajudam a superar fase difícil gerada por drogasRelatos de ex-viciados transformam política pública em maneira concreta de recuperar vidas em Macaé

A superação de quem con-seguiu sair do fundo do poço torna-se, não ape-

nas uma conquista pessoal, mas sim um caminho capaz de resgatar vidas perdidas nos caminhos do vício das drogas. E, nesta semana, essa ação vo-luntária e de amor ao próximo ganhou ainda mais expressão através de um debate social promovido na prefeitura.

Reunindo voluntários que participam de programas so-ciais realizados por instituições religiosas e espaços terapêuti-cos, o 4º Encontro de Mobili-zação Social, promovido pela Coordenação Geral de Políti-cas Sobre Drogas (CGPOD) da secretaria municipal de Saúde, abriu espaço para a troca de ex-periência entre profissionais que atuam no setor e heróis que garantiram a transformação de suas vidas, através da ajuda.

O voluntário da Fazenda Esperança, Leandro Emerick, contou que é um ex-usuário de drogas e foi curado pela força da fé.

“Hoje uso minha experiência para ajudar outras pessoas que querem mudar de vida. Apoio a obra porque é um bem que volta em dobro para mim. É preciso somar forças no município”, disse. Outro voluntário, que veio de São Paulo em missão para a Fazenda Esperança de Macaé, Henrique Marqueti, acrescentou que “poder servir, ajudar e ver a recuperação é uma alegria interior".

Também presente no encon-tro, Cláudio Trindade, da Igreja Batista Peniel, é voluntário no projeto Escola da Vida em aulas de jiu-jítsu, inglês, além de pro-mover palestras educativas em escolas. “É gratificante ajudar e colher bons frutos, o apoio a instituições que atendem de-pendentes químicos também faz parte do nosso trabalho so-

MAURÍCIO PORÃO/SECOM

Coordenação Geral de Políticas Sobre Drogas atende no telefone (22) 2765-8700

PMs se preparam para reforçar a segurançaAMPLIAÇÃO

Mais de 1,3 mil candidatos do concurso de 2014 ingressaram na corporação

Mais de 1.340 policiais militares estão sendo pre-parados para reforçar a se-gurança no Estado do Rio. Selecionados no concurso público de 2014, que ofe-receu 6 mil vagas, os PMs ingressaram em dezembro de 2015 no curso de solda-dos do Centro de Forma-ção e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap). Os policiais estarão prontos para atuar nas ruas do estado em julho deste ano.

- Queremos que estes ho-mens e mulheres estejam aptos a prestar um serviço de qualidade à população fluminense. Vamos priori-zar na grade curricular das turmas dos novos convoca-dos disciplinas com foco no uso seletivo da força e direi-tos humanos -, afirmou o co-mandante do Cfap, coronel Anderson Maciel.

Os 1.342 candidatos se somam aos 46.600 homens e mulheres da corporação. Outros 2 mil aprovados no concurso de 2014 devem ser convocados ainda este ano. Quando os 6 mil novos PMs

forem incorporados, a po-lícia contará com um total de mais de 52 mil agentes. Desde 2007, 19.296 policiais foram convocados pelo Cen-tro de Recrutamento e Sele-ção de Praças (CRSP).

Este ano, o curso de for-mação será ampliado. Os soldados que ingressarem na PM em 2016 terão pela

frente 12 meses de capacita-ção, sendo dez de aulas teó-ricas e dois de estágios su-pervisionados em unidades operacionais da corpora-ção. A disciplina de Polícia de Proximidade é uma das cinco matérias incorpora-das ao novo currículo para aperfeiçoamento da política de pacificação.

- O objetivo da nova grade curricular é que o policial tenha conhecimentos e ha-bilidades para administrar conflitos, tendo capacidade de realizar processos deci-sórios -, explicou o subse-cretário de Educação, Va-lorização e Prevenção da Secretaria de Segurança, Pehkx Jones da Silveira.

cial”, comentou.O encontro reuniu represen-

tantes de instituições que po-dem ser parceiras da secretaria de Saúde, por atuar no acolhi-mento de pessoas que estejam em vulnerabilidade social, po-dendo estar em situação de rua.

“O encontro acontece cerca de uma vez ao mês e funciona para agregar forças em prol do bem. A troca de informações e experiências em relação aos projetos desenvolvidos forta-lece o trabalho em rede. É fun-damental construir bases para que não se desfaça ao longo do tempo”, ressaltou a coordena-dora de Políticas Sobre Drogas, Cláudia Magaldi.

Cláudia Magaldi explicou ain-da que, para somar nesta equi-pe, basta ter o desejo de ajudar ao próximo, independente da orientação religiosa. “Nosso foco é agregar a sociedade nesta causa, juntar parceiros em um único objetivo. O convite está

aberto para todos que atuam em busca do bem”, frisou.

PARCEIROS PARA RESGATARVIDAS

A Coordenação de Políticas Sobre Drogas conta com a par-ceria de diversas instituições: Igreja Pentecostal Ministério Voz Atuante, Igreja Metodista Central em Macaé, Paróquia Santo Antônio, Núcleo de Res-gate Cultural Macaense - Reis, Igreja Batista Peniel, Projeto Renova Jovem, Movimento Iluminar, Missão Raabe, Igreja Evangélica Assembleia de Deus, O Amor e o Caminho, Igreja Ba-tista Jardim Nova Macaé, Igreja Metodista Praia Campista e Pa-róquia São Pedro.

O convite para outras parce-rias está aberto. Os interessados que desejam contribuir com este trabalho devem ligar para a Coordenação Geral de Políti-cas Sobre Drogas, no telefone:

(22) 2765-8700 - ramal 240, e buscar mais informações.

A prefeitura mantém a Pou-sada da Cidadania, que fornece abrigo temporário e atenção es-pecializada de saúde, educação e assistência social ao morador em situação de rua, visando resgatar os vínculos familiares e sociais, bem como desenvol-ver o processo de autonomia e qualificação para o mundo do trabalho. A pousada possui se-tor de saúde, pedagogia, social e psicologia.

A Fazenda Esperança, da Igreja Católica, é uma comuni-dade terapêutica com cerca de 30 anos de experiência na recu-peração de dependentes quími-cos. Ajuda milhares de famílias, atualmente se encontra em 15 países do Ocidente ao Oriente. Seu trabalho é baseado em con-vivência em família, trabalho como processo pedagógico e espiritualidade para encontrar um sentido de vida.

DIVULGAÇÃO

Neste ano, os soldados em formação participam de aulas teóricas e práticas

Page 6: Noticiário 24 01 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

EconomiaQUESTÃODE JUSTIÇA

Leandro Gama Alvitos Especialista em Direito Público

Leandro Gama Alvitos

NOVAS REGRAS PARA ADVOGADOS

Na terça-feira, dia 12 de janeiro, a presidente Dilma Rousse� sancio-nou duas modificações no Estatuto da Advo-cacia, a Lei 8.906/94. Uma delas estabelece a garantia de acesso do

advogado a inquéritos criminais, e a outra mudança possibilita a constituição de so-ciedade de advogados, mas com apenas um profissional figurando como sócio.

Macaé registra em 2016 a menor previsão de receitas dos royalties em cinco anos

NOTA

GARANTIA DE ACESSO

A Lei 13.245/2015 esta-belece a primeira mudan-ça citada, que inclui entre os direitos dos advogados a vista e o exame de au-tos de flagrantes e de in-vestigações em qualquer instituição responsável por conduzir tais pro-cedimentos. A redação original do Estatuto da advocacia trazia previsão mais restrita, que garan-tia o acesso a investiga-ções apenas em repar-tições policiais, sendo que os outros órgãos que também detêm poderes investigatórios, tais co-mo o Ministério Público, ficavam excluídos.

Tal acesso, porém, não será ilimitado. A lei esta-belece que o acesso aos procedimentos investi-gatórios pelo advogado poderá ser restringido nas hipóteses em que houver risco de compro-metimento da eficácia ou

da finalidade das diligên-cias. Caso os autos este-jam correndo em sigilo, será exigida do patrono uma procuração espe-cífica para que lhe seja franqueado o acesso.

Uma questão impor-tante na alteração pro-posta é a coercibilidade, já que a Lei determina que o desrespeito ao di-reito do advogado impli-cará na responsabiliza-ção criminal e funcional do servidor responsável pelo procedimento inves-tigatório.

A nova lei , oriunda do Projeto de Lei Com-plementar de número 78/2015, de autoria do deputado Arnaldo Faria de Sá, também determi-na que seja assegurada a assistência de advogado na apuração de infra-ções, sob pena de nuli-dade do interrogatório ou depoimento.

SOCIEDADE UNIPESSOAL

Outra alteração no Es-tatuto, desta vez impos-ta pela Lei 13.247/2015, permite a formação de sociedades unipessoais, ou seja, de um único ad-vogado. De acordo com a legislação anterior, as sociedades deviam ser compostas por, pelo me-nos, dois profissionais, o que deixava a atuação in-dividual sem os mesmos benefícios.

Pelo texto aprovado, a denominação da socie-dade unipessoal deve ser obrigatoriamente forma-da pelo nome do titular, completo ou parcial, se-guido da expressão "So-ciedade Individual de Advocacia". Fica proibi-do, com a modificação, que um advogado par-ticipe em mais de uma sociedade de advogados ou unipessoal.

Um aspecto de grande relevância trazido pela modificação reside no fato de que o advogado - que antes atuava de forma autônoma -, com a constituição da socie-dade, poderá se benefi-ciar do acesso ao regime simplificado de tribu-tação, conhecido como Simples Nacional, e ain-da terá maior facilidade na contratação de alguns

serviços, tais como segu-ro e crédito.

Tal possibilidade de constituição de socieda-de unipessoal, apesar de o nome, por si só aparen-tar alguma contradição, representa verdadeiro avanço na proteção dos bens dos profissionais e de seus direitos, além das vantagens tributárias já apresentadas. Este en-tendimento encontra-se em total consonância com a tendência atual no tratamento das socieda-des do nosso país, exem-plificada pelas figuras do Micro Empreendedor Individual (MEI) e da Empresa Individual de Responsabilidade Limi-tada (EIRELI). Tais mo-delos também têm por finalidade a garantia da segurança na atuação do profissional.

Vemos com bons olhos as mudanças, e entende-mos que as iniciativas representam verdadei-ros avanços legais, uma vez que, de fato, resul-tarão no maior acesso e liberdade quando da atuação profissional do advogado, além de prote-ger seu patrimônio e dar mais segurança jurídica no desempenho de suas funções.

TRABALHO

Relatório revela que desemprego seguirá forte durante esse anoSegundo estimativa da OIT, um em cada cinco brasileiros devem estar sem carteira assinada em 2017

Guilherme Magalhã[email protected]

Até 2017, um em cada cinco desempregados do mundo será do país:

pelo menos é isto que indi-

ca a Organização Mundial do Trabalho (OIT) em seu mais novo relatório sobre empregabilidade. Em Ma-caé, dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged) revelam que, apenas

no ano passado, cerca de 11 mil postos de trabalho foram fechados e o número conti-nua crescendo.

Segundo o estudo divul-gado, de um total de 3,4 mi-lhões de pessoas que podem

ficar sem salário ao redor do planeta até o fim do ano que vem, quase 700 mil brasilei-ros estarão incluídos. Além disso, o país é intitulado ne-gativamente outras diversas vezes no documento como, por exemplo, possuindo um “mercado de trabalho em apuros” ou como um dos pa-íses que mais sofrerá com a recessão e a crise econômica.

Outro ponto alto da pu-blicação é o trecho em que são explicados os principais motivos para a desacelera-ção da economia em terri-tório nacional: a segunda maior potência em declínio do mundo. Conforme indi-cam os dados do relatório, a China (principal parceiro comercial brasileiro desde 2009) também acaba de di-vulgar seu menor índice de crescimento em 25 anos. Além disto, para piorar a situação, as estimativas são de que o país tenha 800 mil desempregados a mais nos próximos dois anos.

“Na prática, a desacelera-ção aguda do país asiático impacta diretamente no Bra-sil, que possui fortes laços de venda e compra de commodi-ties por lá (exportação e im-portação de matéria-prima). Não por acaso, de acordo com as mais recentes estatísticas oficiais, as exportações para lá já caíram 13% nos últimos meses”, explica um especia-lista em economia.

Ademais, a entidade tam-bém cita como causas para o recuo da economia brasilei-ra a freada em investimentos de longo prazo das principais empresas nacionais, como é o caso atual da Petrobras.

"O ambiente econômico instável, associado a fluxos de capital voláteis, a mer-cados financeiros ainda dis-funcionais e à escassez de demanda global continuam a afetar as empresas e a de-sencorajar o investimento e a criação de empregos", res-salta o órgão em trecho.

Mais estatísticasAinda segundo a OIT, o

desemprego no Brasil se-rá de 7,7% em 2016 e 7,6% em 2017 - índices abaixo da União Europeia (na casa de 9%), mas acima de China, Índia e Rússia.

Por fim, o Brasil também aparece de forma negativa em um ranking da OIT so-bre vulnerabilidade empre-gatícia - índice que inclui, por exemplo, os trabalha-dores autônomos.

WANDERLEY GIL

Brasil pode ter 1 em cada 5 novos desempregados do mundo em 2017

Page 7: Noticiário 24 01 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de janeiro de 2016 7

Page 8: Noticiário 24 01 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

BAIRROS EM DEBATE Visconde de Araújo

De acordo com o crono-grama das obras que con-templam toda a cidade, a rede atual, que é mista, será separada em 2017, quando os trabalhos de implantação das redes de saneamento serão realizados no local.

Já o Centro de Controle de Zoonozes informa que uma das formas mais eficazes no combate ao Aedes é a cons-cientização e a instrução da população, o que está sendo feito de forma ativa e tem agra-dado aos moradores.

No bairro Visconde de Araú-jo as ações tiveram início no úl-timo dia 18 e se estenderão até a conclusão dos trabalhos que incluem visitas domiciliares.

Sobre as mudanças na Rua Duque de Caxias, as al-terações no sentido de circu-lação fazem parte do planeja-mento viário elaborado para o bairro, projeto este que terá continuidade pela secretaria de Mobilidade Urbana ainda no início deste ano.

O que diz a prefeitura

Praça é alvo de vandalismoO Visconde de Araújo é um bairro privilegiado por conter duas áreas de lazer. Após muita luta, a Praça Visconde de Araú-jo foi finalmente revitalizada. Entre as melhorias feitas estão a pintura e a troca dos brinque-dos antigos de fibra por novos de madeira.

Mas o que deveria ser motivo

de orgulho para os moradores se tornou uma tristeza. Isso ocor-re porque em menos de um ano após a reforma o local já foi alvo de vandalismo.

“Até o parquinho foi pichado. Infelizmente tem uma minoria que não sabe zelar pelo patri-mônio público. Isso reforça a necessidade de termos a Guarda

Municipal presente para tomar conta e evitar que isso aconteça”, enfatiza o presidente do bairro.

Apesar de acontecer impune-mente, tal ato é considerado um crime, previsto na Lei. 9.605/98. De acordo com o Art. 65, a pes-soa que for pega em flagrante pichando ou danificando edifi-cações ou monumentos urbanos

pode sofrer uma pena com mul-ta e detenção, que varia de três meses a um ano.

O artigo é claro e diz que “se o ato for realizado em monumen-to ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueo-lógico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção e multa”.

Área de lazer reformada já sofre com a ação de vândalos

Mudança de sentido de viaNo ano passado, após a colo-cação do asfalto na Rua Duque de Caxias, a via passou a operar em sentido único. O problema, segundo os moradores, é que a maneira que isso foi feita não agradou quem mora no bairro.

“Para entrar na via é preciso acessá-la pelo meio dela. Ela te dá apenas a opção de dobrar à direita em direção à Praça do Rodo ou para esquerda em di-reção à Rua Fábio Franco. Ela

é uma das principais daqui e depois que isso foi feito ficou muito ruim. Os moradores precisam dar uma volta maior agora. Tem gente que acaba fazendo contramão. Não vejo razão para isso ter sido feito. Deveriam mantê-la em duplo sentido de circulação”, frisa o presidente do bairro.

Apesar de desagradar, cabe aos condutores respeitarem a sinalização. Apesar de parecer

um ato inofensivo, isso é consi-derado uma infração de trânsi-to gravíssima. De acordo com o Art. 186 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o motorista que “transitar pela contramão de direção em vias com sina-lização de regulamentação de sentido único de circulação” está sujeito à penalidade de multa de R$ 127,69 e perda de 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Moradores sugerem que via volte a ser de duplo sentido

Estrutura ameaça cairAs obras de urbanização na Avenida Evaldo Costa aguar-dam desde à antiga gestão pa-ra serem concluídas. Enquanto isso, o que ficou pronto já apre-senta problemas estruturais. As pilastras de uma estrutura vazada estão há mais de dois meses escoradas, podendo cair a qualquer momento.

“A Defesa Civil veio na época e isolou o local com fitas, que já se soltaram. O nosso medo é de que caia e acerte um pedestre ou um veículo. Está perigoso. Não custa nada a prefeitura remover isso logo para evitar uma tragédia. Já fizemos o pe-dido e até agora nada”, alerta Miller.

Estrutura foi isolada há dois meses pela Defesa Civil

Praça ganha academia popularPraticar uma atividade física é fundamental para manter a saú-de em dia. Em Macaé, os cidadãos têm a oportunidade de se exerci-tar ao ar livre e de forma gratuita. As academias populares, como são conhecidas, estão distribuídas em vários bairros da cidade, entre elas, no Visconde de Araújo.

A estrutura foi instalada em 2015 na Praça do Rodo e desde então tem

sido opção para muitos moradores em busca de manter a saúde em dia. “O pessoal gostou muito. As senhoras sempre me param para comentar e agradecer. É algo que traz benefícios para a população do Visconde”, res-salta Miller.

Esse espaço tem como objetivo incentivar a prática esportiva ao ar livre, melhorando a condição física das pessoas e, consequentemente,

promovendo uma melhor qualidade de vida e saúde para toda a população.

Entre os benefícios, elas ajudam no combate ao estresse, ao cansaço e ao sedentarismo. Fora que a ativi-dade física, quando feita da maneira correta, ajuda a reduzir as taxas de glicemia, colesterol, obesidade, além de promover a socialização entre os praticantes.

De acordo com profissionais, a

recomendação é de que, durante os exercícios, a pessoa beba bastante líquido e evite bebidas alcoólicas, ta-baco e alimentação pesada. O melhor horário é antes das 10h da manhã ou no final da tarde, após às 16 horas. Quanto às roupas, preferencialmen-te roupas de tecidos leves e de cores claras. O uso de protetores solares e chapéus também é indispensável durante o dia. Espaço tem sido utilizado pela população para manter a saúde

Visconde de Araújo ainda apresenta problemasMoradores cobram das autoridades mais segurança e melhorias nas redes de drenagem e de esgoto Marianna [email protected]

Um dos bairros mais antigos e populosos de Macaé merece uma maior atenção por parte

do poder público. Pelo menos é o que afirmam os moradores do Visconde de Araújo, localizado a poucos me-tros do Centro.

Há cerca de dois anos, o Bairros em Debate esteve visitando o local. Essa semana, a equipe de reportagem voltou para conversar com os mora-dores e saber quais melhorias ainda precisam ser feitas. Segundo eles, en-tre os problemas registrados estão a ampliação das redes pluviais e de sa-neamento e também os alagamentos.

Apesar de o bairro ter sofrido um forte crescimento, as redes de esgoto e galerias pluviais ainda são as mes-mas de décadas atrás. “Essas tubula-ções são antigas e pequenas, ou seja, não dão vazão. A consequência disso é o esgoto transbordando, princi-palmente em dias de chuva, que ele acaba se misturando com a água”, conta o presidente da Associação de Moradores, Miller Vilar, que ressal-ta que a prefeitura presta suporte na limpeza da rede. “É aquela situação, eles atendem à nossa demanda, mas tem que ligar e solicitar”, diz.

FOTOS: KANÁ MANHÃES

Galerias antigas não dão vazão e muitas vezes acabam transbordando e alagando o bairro

Page 9: Noticiário 24 01 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de janeiro de 2016 9

Geral Continuam abertas as inscrições, gratuitas, para as vagas remanescentes da Faculdade Professor Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS), com a utilização das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

NOTA

TSU

“A gente não tem garantia de que o serviço será mantido”

Estudantes de instituições públicas federais seguem no aguardo do Transporte Escolar Universitário (TSU) fornecido pe-la Prefeitura. Na rede as ativida-des letivas já foram iniciadas de-vido ao período de greve ocorrida no semestre passado, não sendo possível concluir o ano letivo.

“Já entrei em contato anterior-mente, pedindo para divulgar o caso dos estudantes que preci-sam de transporte fornecido pela prefeitura. O órgão emitiu várias notas, inclusive o Jornal publicou, onde informava que ia garantir o nosso transporte. Pois bem, já estamos no fim do mês e nada foi decidido, nada foi feito em relação à Prefeitura. Precisamos desse apoio. Muitos de nós, inclusive eu, não tenho R$ 1.500,00 por mês para custear passagem. Os alunos das federais estão perdendo aula, ou tendo que pagar passagem do próprio bolso. Quem estuda na rede particular, as aulas come-çam em fevereiro, mas também ficamos inseguros. A gente não tem nenhuma garantia de que o serviço será mantido. Até o mo-mento nada foi feito, nenhum re-cadastramento, a licitação ainda vai acontecer. A gente teme per-der aula assim como os alunos das federais estão perdendo”, disse uma estudante que prefere não se identificar.

Assim se pronunciaram estudantes que precisam do Transporte Social Universitário (TSU) e que temem pela não oferta do serviço este ano

No início deste ano, o Secretá-rio Municipal Adjunto de Infra-estrutura e Patrimônio, Carlos Antônio, responsável pelo setor de transporte, disse que o atendi-mento continuará normalmente a todos os estudantes este ano, após licitação da empresa que prestará o serviço.

A licitação está marcada para o dia no dia 3 de fevereiro, às 10h, na sala da Comissão Permanente de Licitação, na Avenida Presiden-te Sodré, nº 534, Térreo, Centro, Macaé. O edital completo com todas as informações referentes ao processo foi publicado em 8 de janeiro por meio da Coordena-doria Geral de Licitações. Trata-se do Edital pregão Presencial para Registro de Preços número 001/2016 referente à prestação de serviços para o transporte de passageiros - em regime de fre-tamento, por meio da locação de veículo com motorista, por quilo-metragem, para atender à deman-da de transporte e locomoção do Programa de Transporte Social Universitário (TSU).

O Transporte Social Universitá-rio, criado pela Lei n° 2.589/2005, é um programa da prefeitura de-senvolvido pela Secretaria de Ges-tão Pública por meio da Secretaria Adjunta de Infraestrutura e Patri-mônio, oferecendo gratuitamente serviço de transporte intermu-nicipal para universitários que precisam estudar fora do muni-cípio. Para participar do TSU, os estudantes devem preencher os requisitos estabelecidos pela Lei nº 2.882 de 2007.

Procurada pela redação do Jornal, a Prefeitura disse que o programa Transporte Social Universitário obedece ao calen-dário letivo ordinário das ins-tituições. "Apesar da situação de alunos de universidades que tiveram seu calendário alterado em razão de greve, todo e qual-quer benefício que necessite da contratação de serviço de terceiros só pode ser oferecido pela prefeitura desde que de-vidamente contratado, ou seja, cumprindo as etapas legais de contratação", informou o órgão.

KANÁ MANHÃES

Segundo informações da Prefeitura, a licitação para o Transporte Social Universitário (TSU) será feita em 3 de fevereiro

MEIO AMBIENTE

Descarte irregular de lixo

Conhecida mundialmen-te como a Capital Nacional do Petróleo, Macaé enfrenta uma série de problemas ambientais, um deles, a falta de saneamento básico e, consequentemente, a poluição de suas águas, por exemplo as do Rio Macaé, um dos mananciais responsáveis pelo abastecimento na cidade e região. E como se não bastasse a poluição dos recursos hídricos, o meio ambiente vem sofrendo com o descarte irregular de lixo.

No bairro São Marcos, esta semana nossa equipe flagrou o acumulo de lixo em frente a um reservatório da Cedae. Uma si-tuação que poderia ser evitada, pois não basta apenas o órgão

Apesar da coleta residencial realizada pela Prefeitura, o problema persiste em toda cidade

municipal realizar coletas, já que os munícipes também de-vem evitar o descarte irregular.

De acordo com o cronograma disponibilizado pela prefeitura, a coleta de lixo no bairro é reali-zada às terças e quintas.

A Lei Municipal nº 3.371/2010 proíbe o descarte de lixo do-méstico, industrial, hospitalar ou entulhos nos logradouros públicos da cidade.

Segundo a lei, a pessoa que for flagrada transformando a calça-da em canteiro de obras pode ser notificada e até multada. Os infratores podem pagar de 50 a 450 Unidades de Referência Municipal (URMs), dependen-do do nível da infração (peque-no, médio e grande impacto). O artigo 3º da mesma lei diz que “Fica a cargo da subsecretaria Municipal de Fiscalização de Postura a aplicação das multas”.

Conforme já noticiado em ou-tras edições do Jornal, o descar-te irregular em áreas públicas e

privadas (terrenos baldios) é um problema que atinge todas as regiões da cidade, inclusive áreas nobres, e parece nunca ter uma solução. Mesmo com o serviço de limpeza sendo feito, presenciar entulhos, móveis velhos, lixo doméstico e até re-síduos tecnológicos tornou-se comum na cidade.

E além das coletas feitas nas residências em bairros nos dias e horários que estão disponibi-lizados em <http://www.ma-cae.rj.gov.br/servicospublicos/conteudo?id=1352> a prefeitu-ra disponibiliza o serviço Cata Bagulho, que recolhe móveis antigos, entulhos, eletrodomés-ticos, entre outros objetos.

Quando houver a demanda, os próprios moradores podem entrar em contato através do número (22) 2762-4667, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h. Para que o lixo seja recolhido, é necessário que ele esteja ensacado.

KANÁ MANHÃES

Imagem mostra o descarte irregular em um terreno no São Marcos

PARCERIA

Nupem / UFRJ busca apoio para realizar pesquisas sobre a Dengue Desde 2010, por meio do Laboratório de Bioquímica, profissionais buscam moléculas e formas de controle para o mosquito da dengue

Juliane [email protected]

O Núcleo em Ecologia e Desen-volvimento Socioambiental de Macaé (Nupem) / Univer-

sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira, vem buscando parcerias junto aos órgãos públicos municipais para dar continuidade às pesquisas pioneiras que são rea-lizadas no município sobre o vetor do vírus da dengue, chikungunya e do zika.

A atividade é realizada por pro-fissionais no Laboratório Integrado de Bioquímica Hatisaburo Masuda (LIBHM), na sede do Nupem. De acordo com informações recentes do Professor e diretor do Nupem, Rodrigo Nunes da Fonseca, a insti-tuição tem buscado parcerias insti-tucionais com órgãos da prefeitura, como o Centro de Controle de Zo-onoses (CCZ), em projetos que te-nham interesse do município para o controle do vetor.

Segundo o profissional, a Agente de Controle de Endemias, Alessan-dra Alvarenga, aluna do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Conservação da UFRJ, tem realizado nos laborató-rios do NUPEM bioensaios, isto é, testes para saber se as substâncias utilizadas no município no controle do Aedes são eficazes, ou se a popu-lação dos mosquitos de Macaé são resistentes aos compostos utiliza-dos. “Por meio dessas pesquisas, conseguimos dados sobre o vetor, que estão disponíveis à população macaense. E é importante que to-dos saibam e tenham consciência

que podem ajudar no combate. Para o NUPEM é fundamental termos funcionários da Prefeitura de Macaé pesquisando assuntos de interesse para o município. Ao final do mestrado da aluna teremos um melhor cenário sobre a dengue no município", disse Rodrigo.

O docente pontua também que pesquisadores da Fundação Oswal-do Cruz (FIOCRUZ) têm feito um excelente trabalho de divulgação sobre como combater a reprodução do mosquito. Para evitar o Aedes, é importante não deixar qualquer recipiente com água parada, além de tapar piscinas e caixas d´água. Os profissionais pesquisadores já demonstraram que apenas 10 mi-nutos por semana são suficientes para não deixar os focos de mos-quito proliferarem nas residências e afastar o zika e a dengue”, disse o professor. As pesquisas vêm sendo realizadas por profissionais na ins-tituição desde 2010.

O Laboratório é coordenado pelo Prof. Jorge Luiz da Cunha Moraes, e vem recebendo recursos da Fun-dação Carlos Chagas Filho de Am-paro à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e do Conse-lho Nacional de Pesquisa Cientí-fica (CNPq), através do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Entomologia Molecular, para buscar alternativas ao controle do mosquito da dengue.

Dentre os projetos desenvolvidos no LIBHM, pode-se destacar a pes-quisa coordenada pelo professor Jorge Moraes e pela pós-doutora Helga Gomes sobre a busca por inibidores do ciclo e proliferação celular. Os profissionais lembram

DIVULGAÇÃO

Atualmente diversas pesquisas são realizadas por profissionais com foco no combate ao mosquito

que as enzimas-chave envolvidas nesses mecanismos tornam-se ca-da vez mais atrativas em pesquisas com vetores de doenças pela possi-bilidade de interferência na biolo-gia reprodutiva do mosquito.

Já a aluna Daniele Santos, douto-randa do Programa de Pós-Gradua-ção em Química Biológica da UFRJ

Rio de Janeiro, vem demonstrando em sua tese que inibidores do ciclo celular são capazes de matar larvas do mosquito. “Nessa perspectiva, os profissionais destacam que a prin-cipal forma de controle da dengue tem sido sobre seu vetor. “Assim, estudos que acrescentem infor-mações inéditas sobre a biologia do

mosquito Aedes aegypti, aliados à busca de novos compostos que viabilizem a inibição seletiva de proteínas-alvos, como as enzimas envolvidas no ciclo celular, são es-senciais para maximizar formas de controle e a consequente redução de casos de uma doença negligen-ciada e que possui um alto impacto

na saúde pública brasileira”, ressal-tam os profissionais.

Ainda segundo os docentes, ou-tro foco importante no laboratório é o estudo de moléculas extraídas de algas marinhas, as ditas molé-culas “ecologicamente amigas”, que apresentam potencial larvici-da contra o mosquito vetor. O ex-aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Produtos Bioativos, Orlando Salvador Ne-to, mostrou em sua dissertação de mestrado que moléculas extraídas de algas marinhas apresentam uma promissora atividade larvicida e po-dem ser aliadas no controle da fase larval do vetor. “O uso de moléculas chamadas “ecologicamente ami-gas” é considerado uma excelente alternativa por não oferecer riscos a outros insetos e animais, além de não oferecer riscos àqueles que, futuramente, venham usá-las no combate”, explicam.

Outra pesquisa realizada pelo NUPEM é o trabalho do aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Produtos Bioati-vos, João Paulo Albuquerque, que visa entender como o embrião do mosquito se desenvolve e consegue virar uma larva, mesmo ficando em um ambiente seco por um ano. “É por isso que, após um período gran-de de seca, quando chove pode-se prever quando teremos muitos mosquitos pela cidade”, explica o coordenador do projeto, Professor Rodrigo Nunes da Fonseca. Ele acrescenta que embora existam larvicidas compostos que atuam sobre as larvas, e contra os adultos compostos, contra o ovo são mais difíceis de serem obtidos.

Page 10: Noticiário 24 01 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

OCEANOS

Em 2050 oceanos vão termais plásticos que peixesEssas conclusões têm como base um estudo da fundação da reconhecida velejadora britânica Ellen MacArthurMartinho Santafé

O aumento da utilização de plásticos é de tal for-ma significativo que, em

2050, os oceanos terão mais detritos desse material do que peixes, alertou o Fórum Eco-nômico Mundial de Davos, que começou quarta-feira naquela estância suíça.

“O sistema atual de produção, de utilização e de abandono de plásticos tem efeitos negativos significativos: entre US$ 80 bi-lhões e US$ 120 bilhões (entre 73 bilhões de euros e 109 bi-lhões de euros) em embalagens de plástico são perdidos anual-mente. A par do custo financei-ro, se nada mudar, os oceanos terão mais plásticos do que pei-xes, em peso, até 2050”, indicou um comunicado do fórum, que reuniu até sábado (23) líderes mundiais e bilionários.

Essas conclusões têm como base um estudo da fundação da reconhecida velejadora britânica Ellen MacArthur, em parceria com a consultora McKinsey.

Segundo o relatório, a pro-porção entre as toneladas de

plástico e as toneladas de pei-xe registradas nos oceanos era de 1 para 5 em 2014. Em 2025, será de 1 para 3 e em 2050 irá evoluir de 1 para 1.

O fórum considera necessá-ria “uma reformulação total das embalagens e dos plásticos em geral”, bem como a procu-ra de alternativas ao petróleo, principal matéria para a pro-dução do plástico.

Caso não seja encontrada uma matéria alternativa, essa indústria irá consumir 20% da produção petrolífera em 2050.

Vários países tentam atual-mente limitar o uso de sacos plásticos. Em Portugal, entrou em vigor em fevereiro de 2015 uma taxa (de 10 cêntimos) so-bre os sacos plásticos leves.

A França quer proibir o uso único de sacos plásticos em março, enquanto o Reino Unido também aprovou uma legislação que exige que o uso de sacos plásticos seja sujeito a pagamento.

AQUECIMENTO CADAVEZ MAIS RÁPIDO

Os oceanos do planeta estão

aquecendo a uma velocidade cada vez mais alta, e os últi-mos 20 anos foram respon-sáveis por metade da taxa de todo aquecimento que ocorreu desde os anos pré-industriais, observou um novo estudo.

Cientistas norteamericanos descobriram que a maior parte do calor em excesso nos ocea-nos está escondido em águas profundas, 35% do aqueci-mento adicional foi encontra-do abaixo de 700 metros. Isto significa que muito mais calor está presente nas profundezas dos oceanos que há 20 anos, quando eles continham ape-nas 20% do calor excedente produzido pela liberação de gases de efeitos estufa desde a revolução industrial.

O artigo, publicado na revis-ta Nature Climate Change, traz mais evidências sobre a imensa quantidade de calor que vem sendo absorvida pelos oceanos no mundo.

RELATÓRIO PARAGESTÃO DAS ÁGUAS

O seu estado apresenta con-flitos pelo uso da água? De que

tipo? A água que você consome é de qualidade? Está disponí-vel em quantidade adequada? Quais são os principais pro-blemas dos rios da sua região? Qual a situação das nascentes? Qual é demanda real de água para uso urbano, industrial e rural no seu estado?

No primeiro semestre de 2016, o Observatório da Go-vernança das Águas, coorde-nado pelo WWF-Brasil para fiscalizar a gestão dos recur-sos hídricos de todo o país, vai responder essas e outras questões no relatório zero da organização. “Todos os integrantes do Observatório, atualmente 50 entidades, vão investigar a situação atual e real em seu estado. Vamos consolidar todos esses dados no primeiro relatório sobre o tema já realizado no Brasil” explica o analista de Conser-vação do WWF-Brasil, Ângelo Lima. O Objetivo é que todos os estados da federação e mais o Distrito Federal participem da coleta.

“Com o mapeamento em mãos, o objetivo seguinte se-rá o de preparar um ranking

de propostas para solucionar os problemas que por ventu-ra tenham surgido, como por exemplo de conflitos pelo uso da água, problemas de má ou falta de gestão, falta de imple-mentação e aplicação das leis”, diz Lima.

Anivaldo Miranda Pinto, presidente do Comitê da Ba-cia Hidrográfica do Rio São Francisco afirma que o Bra-sil possui uma avançada lei de Recursos Hídricos (Lei de Águas (Lei 9.433/97), mas o que falta é sua aplicação de fa-to: “a lei prevê a participação da sociedade civil na toma-da de decisões sobre a água, então temos que conhecer o panorama atual para poder-mos cobrar melhorias e mais resultados”.

Para Viviane Nabinger, do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, a implementação da Lei de Águas não ocorreu como deveria. “Temos que avaliar porque não deu certo e o Ob-servatório é uma ferramenta ideal para avaliar como está sendo aplicada efetivamente a lei”.

VEJA O QUE O RELATÓRIO VAI INVESTIGAR EM CADAESTADO E NO DF:

Se há conflitos pelo uso da água e de que tipo;

Se os comitês de bacia estão participando das tomadas de decisão relativas à gestão das águas e o nível dessa participa-ção;

Se a água consumida pelas populações urbanas, rurais e pela indústria é de qualidade e ofertada em quantidade;

As principais intervenções nas bacias hidrográficas (obras, projetos);

Os principais problemas dos rios e nascentes de cada bacia hidrográfica;

Os Planos estaduais/distrital de Recursos Hídricos estão efe-tivamente sendo aplicados? Se não, há previsão de implemen-tação? Qual o custo financeiro de sua implementação (em caso de ele não existir)?

O número total de outorga em rios estaduais e federais e as res-pectivas vazões;

A demanda urbana, rural e industrial dos rios de cada bacia hidrográfica.

DIVULGAÇÃO

Segundo o relatório, a proporção entre as toneladas de plástico e as toneladas de peixe registradas nos oceanos era de 1 para 5 em 2014. Em 2025, será de 1 para 3 e em 2050 irá evoluir de 1 para 1

Page 11: Noticiário 24 01 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de janeiro de 2016 11

EsporteESPORTE

Competições marcam novaetapa do Fest Verão EsportivoVôlei de Praia, Futevôlei, Surfe e Bicicross marcam programação deste fim de semana

Neste domingo (24), a ci-dade de Macaé recebe mais um dia de compe-

tições do Fest Verão Esportivo 2016. Dando continuidade ao evento que teve início no últi-mo dia 16, serão quatro moda-lidades acontecendo na Praia Campista, na Praia do Pecado e no Parque Aeroporto.

O dia começa com a segunda etapa do campeonato de Fute-vôlei, que tem início às 8h da manhã na arena principal da Praia Campista. O esporte de origem brasileira foi um dos que teve maior número de inscrições.

O público da Arena Praia Campista ainda poderá con-templar outro esporte bas-tante popular nas praias do estado: o torneio de Vôlei de Praia, que está marcado para começar às 8h.

Outra modalidade que tem sua continuação é o Campeona-to de Surf. Os vencedores serão conhecidos neste domingo, no torneio que atrai competidores de toda a região.

Mais tarde, às 10h da ma-nhã, começa a competição de

Bicicross na pista do Parque Aeroporto. A modalidade deve ser o destaque por apresentar os competidores mais novos do evento: a categoria de 5 e 6 anos de idade. Thales Coutinho, presidente da Fundação de Es-porte de Macaé, ainda evidencia que Macaé é a única cidade do estado do Rio de Janeiro a pos-suir uma pista exclusiva para a prática do esporte.

O evento ainda terá em sua úl-tima semana o campeonado de Beach Soccer (de 25 a 31/01, na Arena Praia Campista), a Cami-nhada da Melhor Idade (30/01, na Praia dos Cavaleiros), o tor-neio de Handbeach (30 e 31/01, na Arena Praia Campista) e a Corrida na Serra (31/01, de Tra-piche a Glicério).

Para maiores informações so-bre as competições, a Fesporte disponibiliza os telefones (22) 2773-4976 e (22) 2773-4326. Os atletas interessados em partici-par podem conferir se ainda há vagas disponíveis para as mo-dalidades restantes. As inscri-ções são gratuitas, feitas das 8h às 17h na sede da Fesporte, no Ginásio Poliesportivo da cidade.

WANDERLEY GIL

Praia do Pecado recebe nova etapa de competição de Surf neste domingo

Escola Municipal de Dança ainda tem vagas para jazz, urbana e expressão corporal

NOTA

Page 12: Noticiário 24 01 2016

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 Macaé, domingo, 24 e segunda-feira, 25 de janeiro de 2016