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No dia 11 de Novembro, comemora-se o Dia de São Martinho, nomeadamente com castanhas assadas, vinho e água-pé. O provérbio é esclarecedor: “Dia de São Martinho, lume, castanhas e vinho”. Porém, nem todas as pessoas conhecem a Lenda de São Martinho que, como todas as lendas, é uma narrativa breve que se transmite de geração em geração, tem na base algo de real e localiza-se no tempo e no espaço. As lendas são, com efeito, uma simbiose entre o real e o sobrenatural. E na classificação tripartida das lendas, a Lenda de São Martinho é considerada por hagiográfica por respeitar a Santos. Ora reza a lenda que num dia extremamente gélido e de enorme tempestade, ia São Martinho, valoroso soldado romano, no seu cavalo, no ano de 338, às portas de Amiens (França) quando viu um mendigo cheio de frio e quase nu. Então, São Martinho, sem hesitar, agarrou na espada, cortou a sua capa (clâmide) ao meio e deu uma das partes ao mendigo para se agasalhar. E, no mesmo instante, a tempestade parou e um sol radioso inundou a terra de luz e calor. Mais diz a lenda que Deus, para que não se apague na memória dos homens a bondade praticada pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por

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No dia 11 de Novembro, comemora-se o Dia de São

Martinho, nomeadamente com castanhas assadas, vinho e

água-pé. O provérbio é esclarecedor: “Dia de São

Martinho, lume, castanhas e vinho”. Porém, nem todas as

pessoas conhecem a Lenda de São Martinho que, como todas

as lendas, é uma narrativa breve que se transmite de

geração em geração, tem na base algo de real e localiza-se

no tempo e no espaço. As lendas são, com efeito, uma

simbiose entre o real e o sobrenatural. E na classificação tripartida das lendas, a Lenda de São Martinho é considerada por

hagiográfica por respeitar a Santos.

Ora reza a lenda que num dia extremamente gélido e de enorme tempestade, ia São Martinho, valoroso soldado romano, no seu

cavalo, no ano de 338, às portas de Amiens (França) quando viu um mendigo cheio de frio e quase nu. Então, São Martinho, sem

hesitar, agarrou na espada, cortou a sua capa (clâmide) ao meio e deu uma das partes  ao mendigo para se agasalhar. E, no mesmo instante,  a tempestade parou e um sol radioso inundou a terra de

luz e calor.

Mais diz a lenda que Deus, para que não se apague na memória dos homens a bondade praticada pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias a chuva e o frio e o céu e a terra sorriem com a bênção dum sol: o chamado “verão de São

Martinho”.