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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO NR-10 Prof. Pedro Armando da Silva Jr. Engenheiro Eletricista, Dr. [email protected]

NR10 Medidas Controle de Risco - tele.sj.ifsc.edu.brtele.sj.ifsc.edu.br/~pedroarmando/NR10_Medidas_Controle_de_Risco.pdf · efeitos do choque elétrico por contato direto ou indireto,

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MEDIDAS DE CONTROLE DO RISCO ELÉTRICO

NR-10

Prof. Pedro Armando da Silva Jr.Engenheiro Eletricista, Dr.

[email protected]

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DESENERGIZAÇÃOA desenergização é um conjunto de ações coordenadas, sequenciadas e controladas.

Somente serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os procedimentos apropriados e obedecida a sequência a seguir:

Seccionamento

É o ato de promover a descontinuidade elétrica total, obtida mediante o acionamento de dispositivo apropriado.

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DESENERGIZAÇÃO

Impedimento de reenergizaçãoÉ o estabelecimento de condições que impedem a reenergização do circuito ou equipamento desenergizado, assegurando ao trabalhador o controle do seccionamento.

Constatação da ausência de tensãoÉ a verificação da efetiva ausência de tensão nos condutores do circuito elétrico.

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DESENERGIZAÇÃO

Instalação de aterramento temporário com quipotencializaçãodos condutores dos circuitosConstatada a inexistência de tensão, os condutores deverão ser ligados à haste terra do conjunto de aterramento temporário e realizado a equipotencialização das fases.

Proteção dos elementos energizados na zona controladaDefine-se zona controlada como, área em torno da partecondutora energizada, segregada, acessível, de dimensõesestabelecidas de acordo com nível de tensão, cujaaproximação só é permitida a profissionais autorizados, comodisposto no Anexo II da Norma Regulamentadora Nº10.Podendo ser feito com anteparos, dupla isolação invólucrosetc.

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DESENERGIZAÇÃO

Instalação da sinalização de impedimento de reenergizaçãoDestinada à advertência e à identificação da razão de desenergização e informações do responsável.

Os cartões devem conter informações claras e serem adequadamente fixados.

Somente após concluir totalmente o serviço e retirados os materiais e ferramentas o trabalhador deve retirar o travamento

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ATERRAMENTO FUNCIONAL DE PROTEÇÃO TEMPORÁRIO

Aterramento definição:Ligação intencional à terra através da qual corrent es elétricas podem fluir.

O aterramento pode ser:

Funcional: ligação através de um dos condutores do sistema neutro.

Proteção: ligação à terra das massas e dos elementos condutores estranhos à instalação.

Temporário: ligação elétrica efetiva com baixa impedância intencional à terra, destinada a garantir a equipotencialidade e mantida continuamente durante a intervenção na instalação elétrica.

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ATERRAMENTO FUNCIONAL DE PROTEÇÃO TEMPORÁRIO

Esquema TNO esquema TN possui um ponto da alimentação

diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a esseponto através de condutores de proteção. Sãoconsideradas três variantes de esquema TN, de acordocom a disposição do condutor neutro e do condutor deproteção.

Esquema TN-S

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ATERRAMENTO FUNCIONAL DE PROTEÇÃO TEMPORÁRIO

Esquema TN

Esquema TN-C

Esquema TN-C-S

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ATERRAMENTO FUNCIONAL DE PROTEÇÃO TEMPORÁRIO

Esquema TTO esquema TT possui um ponto da alimentação diretamente

aterrado, estando as massas da instalação ligadas a eletrodo(s) de aterramento eletricamente distinto(s) do eletrodo de aterramento da alimentação.

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ATERRAMENTO FUNCIONAL DE PROTEÇÃO TEMPORÁRIO

Esquema ITNo esquema IT todas as partes vivas são isoladas da terra

ou um ponto da alimentação é aterrado através de impedância. As massas da instalação são aterradas.

Sem aterramento da alimentação

Alimentação aterrada através de impedância

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ATERRAMENTO FUNCIONAL DE PROTEÇÃO TEMPORÁRIO

Esquema IT

Massas aterradas em eletrodos separados e independentes do eletrodo

de aterramento da instalação

Massas coletivamente aterradas em eletrodo independente do

eletrodo da instalação

Massas coletivamente aterradas no mesmo eletrodo da instalação

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ATERRAMENTO FUNCIONAL DE PROTEÇÃO TEMPORÁRIO

Aterramento temporárioO aterramento elétrico de uma instalação tem por função

evitar acidentes gerados pela energização acidentalda rede , propiciando rápida atuação do sistemaautomático de seccionamento ou proteção. Também temo objetivo de promover proteção aos trabalhadorescontra descargas atmosféricas que possam interagir aolongo do circuito em intervenção.

Esse procedimento deverá ser adotado a montante (antes) ea jusante (depois) do ponto de intervenção do circuito ederivações se houver, salvo quando a intervençãoocorrer no final do trecho. Deve ser retirado ao final dosserviços.

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EQUIPOTENCIALIZAÇÃO

É o procedimento que consiste na interligação deelementos especificados, visando obter aequipotencialidade necessária para os finsdesejados.

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SECCIONAMENTO AUTOMÁTICO DA ALIMENTAÇÃO

O seccionamento automático possuium dispositivo de proteção quedeverá seccionar automaticamentea alimentação do circuito ouequipamento por ele protegidosempre que uma falta der origem auma corrente superior ao valordeterminado e ajustado.

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DISPOSITIVOS DE CORRENTE DE FUGA

O DR protege as pessoas e contra os efeitos do choque elétrico por contato direto ou indireto, através do monitoramento da corrente de entrada e saída do circuito. O dispositivo DR é capaz de detectar qualquer fuga de corrente. Quando isso ocorre, o circuito é automaticamente desligado

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DISPOSITIVOS DE CORRENTE DE FUGA

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DISPOSITIVOS DE CORRENTE DE FUGA

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DISPOSITIVOS DE CORRENTE DE FUGA

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Extra baixa tensão :SELV e PELV

Define-se como:

A. SELV (do inglês “separated extra-low voltage”):Sistema de extra baixa tensão que é eletricamenteseparada da terra de outros sistemas e de tal modoque a ocorrência de uma única falta não resulta emrisco de choque elétrico.

B. PELV (do inglês “protected extra-low voltage”):Sistema de extra baixa tensão que não éeletricamente separado da terra mas que preenche,de modo equivalente, todos os requisitos de um SELV.

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BARREIRAS E INVÓLUCROS

São dispositivos que impedemqualquer contato com partesenergizadas das instalaçõeselétricas. São componentes quepossam impedir que pessoas ouanimais toquem acidentalmente aspartes energizadas , garantindoassim que as pessoas sejamadvertidas de que as partesacessíveis através das aberturasestão energizadas e não devem sertocadas.

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BLOQUEIOS E IMPEDIMENTOS

Dispositivos de bloqueio são aqueles queimpedem o acionamento ou religamentode dispositivos de manobra (chaves,interruptores).

Bloqueio é a ação destinada a manter, pormeios mecânicos um dispositivo demanobra fixo numa determinada posição,de forma a impedir uma ação nãoautorizada , em geral utilizam cadeados.

É importante que tais dispositivos possibilitemmais de um bloqueio, ou seja, a inserçãode mais de um cadeado , por exemplo,para trabalhos simultâneos de mais deuma equipe de manutenção .

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OBSTÁCULOS E ANTEPAROS

Os obstáculos são destinados a impedir ocontato involuntário com partes vivas ,mas não o contato que pode resultar deuma ação deliberada e voluntária deignorar ou contornar o obstáculo .

Os obstáculos devem impedir:

A. Uma aproximação física não intencional das partes energizadas;

B. Contatos não intencionais com partesenergizadas durante atuações sobre oequipamento, estando o equipamentoem serviço normal.

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ISOLAMENTO DAS PARTES VIVAS

São elementos construídos commateriais dielétricos (nãocondutores de eletricidade) quetêm por objetivo isolar condutoresou outras partes da estrutura queestão energizadas, para que osserviços possam ser executadoscom efetivo controle dos riscospelo trabalhador.

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ISOLAÇÃO DUPLA OU REFORÇADA

Este tipo de proteção é normalmente aplicado aequipamentos portáteis, tais como furadeiraselétricas manuais, os quais por seremempregados nos mais variados locais econdições de trabalho, e mesmo por suaspróprias características , requerem outrosistema de proteção , que permita umaconfiabilidade maior do que aquela oferecidaexclusivamente pelo aterramento elétrico .

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COLOCAÇÃO FORA DO ALCANCE

Devem ser observadas as distâncias mínimas aserem obedecidas nas passagens destinadas aoperação e/ou manutenção, quando forassegurada a proteção parcial por meio deobstáculos.

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SEPARAÇÃO ELÉTRICA

Uma das medidas de proteção contra choques elétricosprevistas na NBR 5410/2004, é a chamada "separaçãoelétrica." Ao contrário da proteção por seccionamentoautomático da alimentação, ela não se presta a usogeneralizado . Pela própria natureza, é uma medida deaplicação mais pontual.

Uso de transformador isolador .

Aplicações:� Salas cirúrgicas;

� Laboratórios,

� Equip. telecom etc.

NR 10 – Riscos Elétricos