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  • 7/17/2019 NR17comentada

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    Referncia Item 17.1

    Ergonomia o estudo do relacionamento entre o homeme o seu trabalho, equipamentoseambiente, e particularmente a aplicao dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologiana soluo dos problemas surgidos desse relacionamento.

    Referncia - Subitem 17.1.1

    A palavra Ergonomia um neologismo criado a partir da unio dos termos gregos ergon(trabalho) e nomos(princpios, normas, regras e leis).

    A diviso da Ergonomia em Ergonomia fsica (est! relacionada " anatomia humana, "antropometria e "s caractersticas fisiol#gicas e biomec$nicas na sua relao com a atividadefsica), cognitia ( est! relacionada aos processos mentais, tais como percepo, mem#ria,raciocnio e respostas motoras, na medida %ue estas afetam as intera&es entre os homens eoutros elementos do sistema) e organi!acional (est! relacionada " otimi'ao de sistemass#ciotcnicos, incluindo suas estruturas organi'acionais).

    As pessoas so diferentes em estatura, em conformao, em idade, em treinamento, entrev!rios outros fatores. *odo o conhecimento disponvel sobre o funcionamento e sobre as

    caractersticas do ser humano deve ser coletado e utili'ado na melhoria das condi&es dotrabalho.

    " norma utili!a cinco #reas $e atua%&oe no fornece valores precisos, salvo em alguns itensdas condi&es ambientais de trabalho, no normati'ando toda e %ual%uer situao de trabalho. Autili'ao da an!lise ergon+mica do trabalho permitir! um conhecimento real da situaoanalisada, alm de propor melhorias focadas no problema eistente.

    Referncia - Subitem 17.1.'

    A an!lise ergon+mica do trabalho origin!ria da escola francesa de Ergonomia e tra' no seu$mago a possibilidade de compreender o trabalho, transformando, partir desta compreenso, assitua&es de trabalho. " parte central e original $a "n#lise Ergon(mica $o )rabalho * aan#lise $a atii$a$e.

    A metodologia da an!lise ergon+mica do trabalho permite descrever de modo eaustivo asatividades dos operadores ou usu!rios nas fases consideradas como crticas na utili'ao de umsistema tcnico.

    A an!lise ergon+mica do trabalho ("E)) deve conter as seguintes etapas-

    a) An!lise da demanda e do conteto

    b) An!lise global da empresa no seu conteto das condi&es tcnicas, econ+micas e sociaisc) An!lise da populao de trabalhod) /efinio das situa&es de trabalho a serem estudadas

    e) /escrio das tarefas prescritas, das tarefas reais e das atividadesf) An!lise das atividades elemento central do estudog) /iagn#sticoh) 0alidao do diagn#stico

    i) 1ecomenda&es2) 3imulao do trabalho com as modifica&es propostas4) Avaliao do trabalho na nova situao.

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    Referncias - Item 17.' + Subitens 17.'.1 a 17.'. - eantamento, )ransporte eescarga In$ii$ual $e /ateriais.

    Ao se pro2etar um trabalho, devese lembrar sempre %ue um pro2eto %ue no considere ascapacidades fsicas humanas e as necessidades de desempenho humano no trabalho pode seruma fonte de dist5rbios ou les&es.

    6s conhecimentos de biomec$nica ocupacional ( uma parte da biomec$nica geral, %ue se ocupa

    dos movimentos corporais e foras relacionados ao trabalho posturas corporais) seroutili'ados a fim de minimi'ar os riscos de dist5rbios m5sculoes%ueltico. 6 pro2eto devepermitir %ue os trabalhadores reali'em, de forma segura, as suas tarefas, respeitando suacapacidade durante toda vida laboral.

    6s limites para o manuseio de cargas devem ser considerados e especial ateno deve ser dadaa situa&es em %ue, devido "s caractersticas das tarefas reali'adas, tais como tarefas naconstruo civil, manuseio de bagagens, servios de atendimento mdico, entre outros, aindademandaro a utili'ao de tarefas manuais, envolvendo movimentos de elevar, empurrar oupuar manualmente um ob2eto. 3empre %ue possvel, a foramotri' ser! utili'ada parasubstituir o transporte manual de cargas.

    Ao se pro2etar " tarefa, devemos lembrar %ue a mesma ser! feita pela maioria dos trabalhadores

    %ue se2a capa' de reali'!la. 6 limite do peso recomendado a ser deslocado pelo trabalhadordepende de alguns fatores, %ue alteram os limites de peso recomendados. Entre eles, podemoscitar a fre%78ncia de levantamento de carga, altura da carga em relao ao solo, tamanho eforma da carga.

    Em alguns postos de trabalho na ind5stria, temos observado %ue o transporte de carga feitopor duas pessoas simultaneamente. Apesar da norma considerar %ue transporte manual decarga a%uele no %ual a carga suportada inteiramente por um s# trabalhador, tambm nasituao acima, em %ue a carga suportada por duas pessoas, os riscos decorrentes daelevao, transporte e deposio devem ser analisados.

    Referncias - Subitens 17.'.0 e 17.'. - eantamento, )ransporte e escargaIn$ii$ual $e /ateriais.

    *odo produto, pea ou e%uipamento deve considerar a necessidade deste ser carregado. 9necess!rio prover pegas ade%uadas, minimi'ando os riscos do deslocamento manual dosmesmos.

    :evantar e carregar cargas pesadas manualmente deve ser evitado. *ais atividades seroeecutadas, sempre %ue possvel, por e%uipamentos mec$nicos ou ento com a a2uda da foracoletiva de v!rios trabalhadores.

    ;om relao ao item .?, lembramos %ue a ;:* estabelece pesos diferenciados para otrabalho do menor e da mulher ;aptulo

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    eita por impulso ou trao de vagonetes sobre trilhos! de carros de mo ou quaisqueraparelhos mec/nicos.

    Cap"tulo I# Da ,roteo do Trabalho do $enor

    Seo I Disposies 0erais

    Art. 1)2. Ao menor no ser permitido o trabalho3

    I ?JAplica4se ao menor o disposto no art. '() e seu pargrao -nico.

    Referncias - Item 17. + Subitens 17..1 e 17..' - /obili#rio $os 2ostos $e )rabalho

    Eistem tr8s categorias de postos de trabalho, seguindo a melhor posio para se eercer aatividade de trabalho- sentado, de p e sentadoKp, %ue permite a altern$ncia de posi&esdurante a atividade. A escolha da posio apropriada depende da atividade a ser eercida. @orisso, v!rios critrios devero ser analisados, tais como- fre%78ncia, uso de fora, levantamentode peso, entre outros.

    3empre %ue o trabalho puder ser reali'ado na posio sentada, o posto de trabalho deve serplane2ado ou adaptado para essa posio. /evem eistir altern$ncias de posturas tantosentadas, %uanto em p, pois no h! nenhuma postura fia %ue se2a confort!vel.

    /e forma geral, a concep%&o $os postos $e trabalho n&o consi$era o nel $e conforto $otrabalha$or e, sim, a necessi$a$e $a pro$u%&o. 6 mobili!rio do posto de trabalho deve serconcebido com regulagens %ue permitam ao trabalhador adapt!lo "s suas caractersticasantropomtricas. 6 mobili!rio ser! adaptado no s# "s caractersticas antropomtricas dapopulao, mas tambm " nature'a do trabalho, ou se2a, "s eig8ncias da tarefa.

    9 importante %ue todos os dispositivos de operao da estao de trabalho este2am locali'adosdentro da sua !rea de alcance #timo ou m!imo, estando o operador sentado ou em p.Lre%7entemente, muitos controles esto mal posicionados, fora destas !reas de alcance,obrigando o operador a reali'ar movimentos desnecess!rios, %ue podem provocar fadiga ou atmesmo indu'ir ao erro, por dificuldades de operao.

    6s procedimentos de operao devem ser escritos de forma clara, sem ambig7idade e o pro2etodos e%uipamentos deve considerar os estere#tipos populares, permitindo assim %ue osmecanismos de acionamento se2am compatveis com os movimentos esperados de acionamento.

    Ao se pro2etar e%uipamentos devese considerar- os estere#tipos populares da populaousu!ria. Em uma situao de emerg8ncia ou de risco, as pessoas tendem a operar os controlessegundo seus estere#tipos populares.

    Ao se desenvolver um pro2eto ergon+mico, devese ter em mente %ue os estere#tipos podemvariar entre os pases. @or isso, fundamental verificar o acionamento dos e%uipamentosimportados. @or eemplo, algumas ve'es a posio ligaKdesliga dos interruptores pode estarinvertida, bem como as cores de identificao.

    9 importante confirmar se os sentidos de acionamento dos e%uipamentos so compatveis comos estere#tipos e %ue no permitem riscos de acionamento inade%uado. ;aso o acionamento deum e%uipamento no se2a compatvel com os estere#tipos da populao usu!ria, este deve sersinali'ado claramente para indicar sua posio ligaKdesliga.

    Ma transfer8ncia de informa&es, durante a mudana de turno, as instru&es devem ser claras,resumidas e escritas em formul!rio pr#prio.

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    Referncias - Subitens 17..'.1 a 17..0 - /obili#rio $os 2ostos $e )rabalho

    Menhuma cadeira poder! ser considerada genericamente ade%uada para todo e %ual%uertrabalho. 3omente uma an!lise das atividades a serem reali'adas poder! indicar as necessidades%ue devem ser consideradas, 2! %ue um assento concebido para uma atividade no ser!necessariamente v!lido para outra.

    6 a2uste apropriado das cadeiras utili'adas na eecuo de determinada atividade ser!considerado em con2unto com a mesa e com a disposio dos instrumentos de trabalho-

    componentes, ferramentas, entre outros.6s braos da cadeira tero altura regul!vel de modo a apoiar os braos ao longo das atividadesde trabalho. 6s braos da cadeira devem ser curtos para no impedir a aproimao da cadeiraem relao " mesa.

    A altura do assento deve ser definida de forma %ue os ps este2am bem apoiados tomando comobase a dist$ncia %ue vai do cho " cavidade posterior do 2oelho (cavidade popliteal). 6 confortodas pernas pode ser complementado pelo descanso de ps (apoio de ps).

    As alturas determinadas para as superfcies de apoio do teclado e do monitor pressup&em otrabalho dos operadores com os ps apoiados no cho. Mo entanto apoios de ps devero estardisponveis para uso, sempre %ue necess!rio.

    6s diferentes tipos de tarefas eigem postos de trabalho diferentes. A altura do posto detrabalho considerado confort!vel varia de acordo com o tipo de tarefa %ue est! sendo reali'ada.3e a tarefa re%uer preciso, na %ual a viso se2a importante, ento, a altura do posto detrabalho deve ser um pouco mais elevada.

    6 trabalho de preciso, geralmente, eige uma sustentao para os braos. Nuando se tratar detrabalho pesado, a altura do plano de trabalho deve, para certas opera&es, ser mais baio osuficiente para permitir %ue o trabalhador use o peso do seu corpo da melhor forma.

    6s sapatos devem ser ade%uados ao tipo e risco da atividade. @or eemplo, no caso demovimentao de cargas pesadas, devese prever o uso de botas de segurana com proteoreforada (bi%ueira de ao). ;aso eista a necessidade de transitar em cima de peas a%uecidas,recomendase usar sapatos com isolamento trmico. Mo caso de manuseio de produtos%umicos, o uso de botas de @0; pode fornecer uma boa proteo contra va'amentos acidentais.

    Referncias - Subitem 17.. /obili#rio $os 2ostos $e )rabalho

    Eistem diversos tipos de tarefa %ue podem comprometer a sa5de do trabalhador ou causarfadiga rapidamente, devido " forma como so reali'adas.

    6utras atividades podem demandar deslocamentos contnuos, tais como carteiros, entregadoresde mercadorias, seguranas fa'endo rondas ou opera&es fre%7entes em v!rios locais detrabalho, fisicamente separados. 6utras podem eigir esforo muscular, como, por eemplo, amanipulao de cargas pesadas, igualou superior a O,? 4g, ou aplicao de fora para baio.

    6 sistema de pausa foi ideali'ado para proteger o oper!rio da incid8ncia de les&es ou traumascumulativos relacionados ao trabalho. 6 ciclo trabalhodescanso obrigat#rio em situa&es %ue

    possam levar " fadiga etrema, como, por eemplo, o eerccio de atividades de atividades comeposio ao calor.

    @odem ocorrer, na pr!tica, situa&es em %ue os postos de trabalho este2am ergonomicamentecorretos, mas as pessoas podem no estar tirando um bom proveito deles. Ps ve'es, isto ocorrepor causa de falta de treinamento ou de programas de orientao para %ue os recursosdisponveis se2am corretamente utili'ados.

    Fm trabalho %ue obrigue a pessoa a ficar de p o dia todo pode resultar em tenso nas pernas,resultando em inchao dos m5sculos, devido " falta de movimentao suficiente para bombear a

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    %uantidade ade%uada de sangue para o corao. Em funo disso, o corao tem um suprimentoinsuficiente de sangue para trabalhar e o indivduo se sente cansado e ap!tico.

    Ao trabalhar de p, importante ficar atento aos seguintes aspectos-

    a) Lerramentas necess!rias para o trabalho devem estar ao alcance

    b) 6 trabalhador deve ficar de frente para a mesa, com o peso distribudo igualmente em ambosos ps. Alm disso, deve haver espao suficiente para as pernas e ps

    c) A nature'a especial do trabalho pode significar uma mudana na altura do plano de trabalhod) 6s controles, como alavancas e interruptores, devem estar dentro da !rea de alcance #tima em!ima

    e) A !rea, sobre a %ual est! o trabalhador, deve ser ade%uada "s condi&es de trabalho.

    Referncias. Item 17.0 + Subitem 17.0.1 - Equipamentos $os 2ostos $e )rabalho

    6 desconforto do trabalho na posio sentada com a operao de m!%uinas ou unidades podeser redu'ido da seguinte forma-a) A2ustar cuidadosamente o componente ou a posio das lentes para servir " viso doindivduo

    b) A2ustar a dist$ncia e a postura da tela para o trabalhadorc) Ade%uar iluminao no local de trabalho " %uantidade necess!ria nas !reas de trabalhod) 0ariar, o m!imo possvel, o tipo de trabalho, proporcionando descanso por um perodo maislongo

    e) Qarantir %ue as pessoas tenham o direito a intervalos com o ob2etivo de descansar a vistaf) Ftili'ar cadeiras %ue se a2ustem a uma altura ade%uada e confort!vel.

    Referncias. Subitens 17.0.' a 17.0..1 - Equipamentos $os 2ostos $e )rabalho

    6s problemas de viso esto aumentando com a disseminao do uso de diferentes telas determinais de vdeo e trabalho de inspeo %ue eigem acuidade visual. /evese ver facilmente otrabalho sendo eecutado. A maioria dos ob2etos estar! a ?H cm de dist$ncia dos olhos, se noforem muito pe%uenos. Em caso contr!rio, eles sero colocados em um plano elevado ou devese utili'ar uma lente de aumento. 3e houver a necessidade de se curvar para frente com acabea inclinada para baio, criar! uma tenso no pescoo.

    6 manuseio de e%uipamentos de preciso, tais como microsc#pio e computador, en%uantoeecutados sentados, eige muito do trabalhador. ;oncentrarse em pe%uenos ob2etos, como,por eemplo, atravs do microsc#pio ou olhar para a tela de um monitor por um longo tempo,resulta em uma presso consider!vel nos m5sculos dos olhos, podendo causar dor de cabea etenso ocular.

    Fma complicao a mais neste tipo de trabalho o movimento repetitivo dos dedos e a posturalimitada. 6s resultados so dores nas mos e nos braos e rigide' muscular nas costas e nosombros. Alm das condi&es visuais e da postura, os usu!rios devem fa'er intervalos para evitaro cansao ecessivo.

    Fma causa tambm de desconforto de trabalho so as outras partes das m!%uinas. Algumasve'es, estas partes esto locali'adas de tal forma %ue o trabalhador tem %ue virar o corpo paraolhar do outro lado. Estas condi&es so comuns no ambiente de trabalho.

    Referncias -Item 17. +Subitens 17..1 e 17..' - 3on$i%4es "mbientais $e )rabalho

    A norma tcnica ACM* MC1

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    para o trabalho, em situao de empenho intelectual. Em escrit#rios, uma fonte importante derudo e %ue tem %ue ser mantida sob controle o aparelho de arcondicionado, nem sempresilencioso como deveria ser. 6utro ponto %ue deve ser levado em considerao, em relao aorudo, evitar escrit#rios pr#imos a ruas movimentadas e pr#imos a oficinas de manuteno.

    Especial ateno deve ser dada ao pro2eto ac5stico em Rescrit#rios abertosR (esta&es detrabalho), de modo a garantir %ue os nveis de conforto ac5stico se2am ade%uados. 6 uso decarpete tem sido pouco recomendado por acumular su2eira e microorganismos %ue podemcausar asma e outros tipos de problemas respirat#rios. 6utro problema dos carpetes o risco depropagar rapidamente princpios de inc8ndio.

    A 6rgani'ao Snternacional do *rabalho (6S*) orienta %ue a 5ona de conorto de temperaturaaceit!vel para muitas pessoas varia de >H a >?J;, com umidade relativa por volta de GH a =HT,se a carga de trabalho for leve e no transmitir calor radiante. P proporo em %ue a carga detrabalho fsico aumenta, necessitase de uma temperatura mais amena para manter o conforto.@elo fato dos m5sculos em movimento produ'irem calor durante o trabalho fsico pesado, oconforto mantido somente abaio de >HJ;.

    6 aumento da velocidade do ar um fator de conforto positivo %uando a temperatura estiver nolimite ou acima da 'ona de conforto. A velocidade do ar de H,< a H,G mls a ideal na 'ona deconforto para o trabalho leve. Nuando o clima local no permitir %ue o corpo se livre do ecessode calor ou ficar com a temperatura do corpo normal, deparamosnos com um verdadeirodesconforto trmico, pre2udicando nossa capacidade de trabalho. Em casos etremos, podemos

    acabar completamente eaustos e doentes. 6 nvel de stress causado pelo calor pode sercalculado medindose o nvel da 'ona de calor ou medindose a temperatura corporal de umapessoa na 'ona de eposio.

    Em regi&es muito %uentes, para se manter o ambiente de trabalho com temperatura ambienteentre >H e >GJ;, necess!ria a utili'ao do ar condicionado. A regulagem inade%uada detemperatura tambm poder! acarretar frio ecessivo e desconforto trmico. ;om relao aose%uipamentos de ar condicionado centrali'ados. /evese tomar especial cuidado com sualimpe'a, pois uma fonte potencial de microorganismos causadores de doenas respirat#rias.

    A umidade relativa do ar deve permanecer entre ?H e U?T. @ara locais com umidade relativa doar muito alta, indicado e%uipamento de arcondicionado tradicional, %ue esfria e seca o

    ambiente. @ara locais secos, h! necessidade de controle etra da umidade. Em caso contr!rio, osaparelhos de arcondicionado iro ressecar, ainda mais, o ar ambiente. Em climas muito secos,pode ser preciso utili'ar umidificadores.

    Referncias - Subitens 17..'.1 a 17.. - 3on$i%4es "mbientais $e )rabalho

    A parte inerente " iluminao era contemplada na M1

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    a) Mveis insuficientes de iluminao, gerando percepo inade%uada dos detalhes e causando%ueda de rendimento, erros, fadiga e outros

    b) Eist8ncia de claridade ecessiva ou de ofuscamento geram a fadiga visual

    c) *amanho inade%uado de letras e ob2etos, ocasionando a fadiga visual e posturas foradas

    d) Sneist8ncia de bom contraste dos limites do ob2eto

    e) Fso de l$mpadas de baia reprodutibilidade crom!tica, como, por eemplo, l$mpadas devapor de s#dio para atividades em %ue a percepo de cores fundamental.

    Referncias - Item 17.5 + Subitens 17.5.1 e 17.5.' - 6rgani!a%&o $o )rabalho

    Antes de pensarmos como o trabalho pode ser melhorado, devemos pensar em algumasdesvantagens de tarefas mal organi'adas, como, por eemplo-a) Lun&es limitadas %ue eigem poucas habilidades com poucas oportunidades de aprendi'ado

    b) *rabalhos repetitivos mon#tonos

    c) Empregos sem possibilidades de cooperao levam ao isolamento

    d) *rabalhos %ue no permitem o aprendi'ado e o crescimento, limitando as possibilidades dotrabalhador de fa'er carreira

    e) *arefas sem responsabilidade direta eigem superviso contnua

    f) *rabalhos em %ue o desempenho medido pela repetio de uma tarefa simples causamfrustrao e cansao.

    6bviamente, os trabalhadores cu2as habilidades se2am utili'adas de forma inade%uada soecessivamente supervisionados, ficam cansados, chateados e frustrados. Alm disso, somenos propensos a se preocupar com a %ualidade do seu trabalho para a melhoria daprodutividade.

    @ara melhorar a organi'ao e o conte5do do trabalho, considerase %ue um bom ambiente detrabalho deve ser livre do stress ecessivo, fadiga ou presso operacional. @ara eecutar umatarefa satisfatoriamente, alm do conhecimento tcnico, so necess!rios acompanhamento,ferramentas ade%uadas, fornecedores com %ualidade, atuali'ao profissional e temposuficiente. Alm disso, um bom trabalho deve ter-

    a) 0ariedade e ciclo de trabalho ra'o!vel

    b) ;onhecimento e comprometimento com a %ualidade do produto final

    c) 6portunidades de comunicao e apoio entre os colegas de trabalho

    d) ;apacidade suficiente de autoestima e respeito pelos outros

    e) *reinamento contnuo para atuali'ao profissional

    f) 6portunidade de ascenso profissional.

    Fm mesmo trabalho no igual para todos. As pessoas t8m eperi8ncias, habilidades eambi&es diferentes, bem como capacidade fsica, limita&es pessoais e atitudes em relao aotrabalho diferenciadas. Algumas pessoas podem enfati'ar o sal!rio outras, o companheirismo, a

    responsabilidade e a capacidade tcnica e produtiva. @or isso, os trabalhos devem ser a2ustadosde modo a atender "s necessidades e "s prefer8ncias individuais.

    6s seguintes aspectos devem ser observados para melhorar a organi'ao e a produtividade dotrabalho-a) elhorar a ergonomia, especialmente em relao ao e%uipamento apropriado e " se%78nciade trabalhob) 6rgani'ao coletiva Wdos empregados para eecutar uma tarefa em uma se%78ncia deopera&es

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    c) Ade%uar o la6out dos locais de trabalho " tarefa reali'ada

    d) 0alori'ara funo, combinando tarefas diferentes, como, por eemplo, criando linhas paralelasmais curtas.

    Fma nova organi'ao do trabalho participativo a formao de grupos de trabalho semiaut+nomo, %ue pode decidir, at certo ponto, os mtodos de trabalho, hor!rio, prioridades esoluo de problemas.

    @ara facilitar as melhorias na organi'ao de trabalho, a participao de todos os integrantes noplane2amento essencial. Estas mudanas so direcionadas para as melhorias nas condi&es detrabalho, ob2etivando um trabalho eficiente. Elas tornam as atividades mais fleveis eadapt!veis aos procedimentos de produo e "s mudanas.

    @ara os trabalhadores, melhorias, como a reduo no stress de trabalho, mais oportunidades decooperao, melhor uso de capacidades e perspectivas profissionais, esto combinadas com osbenefcios de uma empresa mais produtiva. uitas tcnicas de administrao moderna, como osciclos de %ualidade ou a gesto por ob2etivos, fa'em uso de um plane2amento participativo.

    Fma boa organi'ao empresarial deve fornecer espao para iniciativas individuais e coletivas.As sugest&es devem vir tanto dos supervisores %uanto dos trabalhadores, independentementedo seu nvel hier!r%uico. Esta uma boa maneira de se elaborar normas operacionais. Amotivao para a implantao de um ambiente participativo a base para o sistema de

    normali'ao de %ual%uer empresa.

    Referncias - Subitem 17.5. 6rgani!a%&o $o )rabalhoAs posi&es %ue implicam em ter as mos para cima ou dobrar para frente esto entre as formasmais comuns de criar carga Rest!ticaR. 9 importante %ue a carga de trabalho no se2a muitopesada e %ue deva ser concedido descanso durante a 2ornada de trabalho.

    As cargas Rest!ticasR, %ue fa'em com %ue os braos fi%uem erguidos ou dobrados para frente,so comuns e geralmente esto combinadas com opera&es repetitivas, eig8ncia de cargaocular e alto ritmo de presso de trabalho.

    6s m5sculos tencionados sobre uma carga est!tica resultam em fadiga, por%ue ficam contradose, ap#s algum tempo, tornamse doloridos. A carga est!tica nos m5sculos, por um longo

    perodo, aumenta o trabalho cardaco e a pulsao.6 desenho das ferramentas manuais pode afetar a produtividade e a sa5de de um operador,caso no se2a ade%uado ao trabalhador ou " sua tarefa. As seguintes considera&es soimportantes na seleo de ferramentas manuais-

    a) Evitar sustentar continuamente um e%uipamento pesado

    b) Evitar $ngulos dos pulsos ao utili'ar tesouras ou alicatesc) 1edu'ir a presso desconfort!vel na palma das mos ou nas articula&es (alicates muitope%uenos)

    d) Evitar ferramentas pontiagudas (tesouras de chapa)

    e) Ftili'ar maanetas f!ceis de agarrar, com bom isolamento eltrico e sem pontas agudas oucantos vivosf) Ftili'ar ferramentas especiais para a&es repetidas, como ferro para soldar com a pontadobrada e suporte de ferramenta ao usar uma talhadora.

    6 n5mero de horas de trabalho e a forma como esto organi'ados podem afetar de formasignificativa o cotidiano do trabalhador. 9 essencial %ue os trabalhadores tenham tempo livrep!ra o descanso e la'er.

    6 cumprimento do n5mero de horas trabalhadas uma das principais eig8ncias de umtrabalho. A limitao ou a reduo das horas de trabalho tema das recomenda&es da

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    6rgani'ao Snternacional do *rabalho (6S*). A ade%uao da 2ornada de trabalho, incluindo osturnos diurnos e noturnos, trabalhos em turno, licenas por ra'&es particulares e treinamentoso igualmente importantes.

    As horas de trabalho b!sicas, geralmente, so fias pela lei, podendo ser limitadas tambmatravs de acordos coletivos entre empregados e empregadores. As horas trabalhadas,fre%7entemente, diferem da durao normal, 2! %ue as horas etras devem ser acrescentadas.3e as horas de trabalho forem inade%uadas, elas podem influenciar na sa5de e na segurana, nograu de tenso e fadiga fi na %ualidade de vida no trabalho.

    6 limite legal no Crasil, definido a partir da ;onstituio Lederal de

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    d) /escanso semanal.

    6s pe%uenos intervalos durante as horas de trabalho so necess!rios para evitar a fadiga. Elesso importantes nos trabalhos de acompanhamento do ritmo das m!%uinas ou supervisocontnua.

    6 intervalo de uma hora para as refei&es obrigat#rio por lei, sendo indispens!vel para a2ornada de oito horas por dia. 6 empregador deve proporcionar um local ade%uado para asrefei&es fora do local de trabalho. 9 recomend!vel a utili'ao de recursos %ue possam distrair

    o trabalhador durante seu perodo de almoo, como, por eemplo, a presena de televiso ousala de 2ogos ou de leitura. 6s intervalos para as refei&es e as pausas curtas para descansarevitam a perda de concentrao. 6 contato com os colegas de trabalho essencial para criaode um bom clima social no trabalho.

    6 descanso diurno ou noturno deve assegurar o sono, o la'er e o convvio familiar. Mo caso dotrabalho de turno, as precau&es so necess!rias para garantir um descanso diurno ou noturno.6 descanso semanal fundamental para a sa5de e o bemestar dos trabalhadores. 6 tempomnimo de descanso semanal, estabelecido na ;onveno 6S*

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    trabalho no caso de turnos fios

    Qarantir o reve'amento. Fma variao com mais e%uipes geralmente mais favor!vel, 2!

    %ue ela redu' a necessidade de a2uste e a fre%78ncia de turnos noturnos

    Ade%uar perodos de descanso ade%uados entre os turnos

    Qarantir dias de descanso, principalmente aos finais de semana 0ariar o perodo dos

    turnos.

    b) elhorar as condi&es de trabalho e de vida- Liar pausas para as refei&es e outros intervalos durante o turno

    Lornecer lugares para comer e outras instala&es com comidas %uentes e bebidas

    Lornecer servios de transporte

    Assegurar servios de primeiros socorros e superviso mdica

    Lornecer locais para descanso e la'er durante os intervalos de trabalho

    elhorar as condi&es de vida

    elhorar o acesso " atuali'ao profissional e "s atividades sociais.

    Referncias. Subitem 17.5.0 6rgani!a%&o $o )rabalho

    /ort (/ist5rbios 6steomusculares 1elacionadas ao *rabalho), ou :E1 (:es&es por Esforos1epetitivos), uma doena ocupacional reconhecida pela @revid8ncia 3ocial.

    A /ort identifica um con2unto de doenas provenientes de certo tipo de opera&es, como, poreemplo, digitao, apertos de parafusos, fechamento de v!lvulas, %ue, por sua caractersticarepetitiva, durante toda a 2ornada de trabalho, ocasionam graves les&es aos m5sculos, tend&es enervos. uitas ve'es, a pr#pria organi'ao do trabalho pode gerar situa&es %ue propiciem amanifestao deste tipo de doena.

    6s m5sculos so respons!veis por todos os movimentos do corpo. 3o eles %ue transformam aenergia %umica arma'enada em movimento. Estas les&es tra'em, como conse%78ncia, a perdada capacidade de reali'ar estes movimentos, muitos deles essenciais para a reali'ao de uma

    determinada tarefa. Esta perda de movimentos pode ser parcial, porm, em casos etremos,ser! definitiva caso o trabalhador no se2a afastado para tratamento no incio dos primeirossintomas.

    Esta enfermidade comum aos trabalhadores de %ual%uer faia et!ria, seo ou condio social%ue eeram atividades envolvendo movimentos repetitivos do punho e da mo. As fun&esmais atingidas so- digitadores, caias de banco e comrcio, datil#grafos, telefonistas,empacotadoras, trabalhadores de linha de montagem, prensistas, entre outros.

    Embora a M1 V, at o momento, no defina a /ort como um risco ocupacional (mesmo %ue oSM33 2! reconhea este tipo de leso como doena do trabalho), sugerimos %ue estestrabalhadores su2eitos a movimentos repetitivos se2am identificados para %ue os mdicos dotrabalho possam atuar preventivamente durante a elaborao do @;36.

    A organi'ao do trabalho e o mtodo para eecut!la devem ser compatveis com a capacidadefsica do trabalhador. A elaborao e implementao da an!lise ergon+mica do trabalho (AE*),segundo o manual de aplicao da M1

  • 7/17/2019 NR17comentada

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    sinovite e outros.

    6 reconhecimento da /ort como doena ocupacional ocorreu em HUKHXKX=, %uando o inistrioda @revid8ncia 3ocial, atravs da @ortaria O.HU>KX= apresentou os primeiros aspectos mdicosnecess!rios para a caracteri'ao da tenossinovite como doena do trabalho.

    9 importante considerar para evitar a /ort-

    a) Ambiente de trabalho3 percepo do segurado %uanto " temperatura, rudo, poeiras eiluminamento

    b) 7quipamentos3 %ualidade dos e%uipamentos e ferramentas, manuteno, necessidade doemprego de fora de corrente de e%uipamento inade%uado, desvios posturais impostos peloe%uipamento, necessidade de repetir a tarefa por falta do e%uipamento

    c) $obilirio3 %ualidade e manuteno, fre%78ncia de reposio, adaptao dos postos detrabalho " introduo de novos processos, desvios posturais impostos pelo mobili!riod) 8rgani5ao do trabalho3 ritmo, pausas, hierar%uia, horas etras, estmulo " produo,rotatividade e composio de modeobra %uanto ao seo e idade, alm de relacionamentointerpessoal.

    ;aracteri'ado o %uadro clnico como /ort, dever! o empregador emitir a ;omunicao deAcidente do *rabalho (;A*) e dar prosseguimento administrativo ao caso. A seguir,apresentamos um resumo das principais causas, patologia e %uadro clnico da /ort-

    a) Causa3 ovimentos %ue causam atrito ecessivo entre os tend&es e o paratendo circundantepelo uso ecessivo da mo, sendo diferente da tenossinovite infecciosa.b) ,atologia3 6s tend&es mais fre%7entemente afetados so os m5sculos profundos do dorso doantebrao, especialmente os etensores do polegar, e os etensores radiais do punho. 6correuma reao inflamat#ria ao redor do tendo e suas bainhas com aumento de volume peloedema.c) 9uadro cl"nico3 Ap#s o uso fre%7ente, no habitual do punho ou da mo por um perodo dedias ou semanas, o paciente comea a sentir dor no dorso do punho e no etremo distal doantebrao. A dor se agrava %uando se utili'a a mo enferma. /urante o eame, h! aumento devolume no tra2eto dos tend&es afetados, geralmente os etensores do polegar e do punho. 3e oeaminador coloca sua mo sobre a regio edemaciada, sente uma crepitao fina e estende ospunhos e os dedos. Ssto causado pelo desli'amento do tendo coberto de fibrina no interior doparatendo inflamado.

    uitas empresas t8m adotado algumas a&es preventivas para minimi'ar e, at mesmo, evitar amanifestao da /ort entre seus trabalhadores, como, por eemplo- gin!stica matinal noambiente de trabalho, aumento de intervalos durante a 2ornada de trabalho, criao de novasferramentas, mudana em postos de trabalho e na linha de produo.