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    CNENNE1.26

    outubro/1997

    SEGURANANAOPERAODEUSINASNUCLEOELTRICAS

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    SegurananaOperaodeUsinasNucleoeltricas

    ResoluoCNEN04/97Publicao:D.O.U.de16/10/97

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    SUMRIO

    CNENNE1.26 SegurananaOperaodeUsinasNucleoeltricas

    1. OBJETIVOECAMPODEAPLICAO .......................................................... 6

    1.1 OBJETIVO..............................................................................................................61.2 CAMPODEAPLICAO........................................................................................6

    2. GENERALIDADES........................................................................................... 6

    2.1 INTERPRETAES................................................................................................62.2 RESPONSABILIDADES..........................................................................................6

    3. SIGLASEDEFINIES .................................................................................. 7

    4. ESPECIFICAESTCNICAS ....................................................................... 9

    5. COMISSIONAMENTODAUSINA.................................................................. 10

    6. ESTRUTURADAORGANIZAOOPERADORA........................................ 11

    7. GERENCIAMENTOEPESSOALENVOLVIDONAOPERAODAUSINA11

    8. INSTRUESEPROCEDIMENTOSDEOPERAO ................................. 12

    9. MANUTENO,TESTES,EXAMES,ENSAIOSEINSPEESPERIDICAS13

    10. GERENCIAMENTODONCLEODOREATOREMANUSEIODOSELEMENTOSCOMBUSTVEIS .............................................................................. 14

    11. MODIFICAESDEPROJETO.................................................................... 15

    12. RADIOPROTEO........................................................................................ 16

    13. GERENCIAMENTODEEFLUENTESEREJEITOSRADIOATIVOS ............ 17

    14. PREPARAOPARAEMERGNCIAS ........................................................ 17

    15. GARANTIADAQUALIDADE......................................................................... 18

    16. PROTEOFSICADAUSINA.................................................................. 18

    17. PROTEOCONTRAINCNDIO................................................................. 18

    19. REGISTROSERELATRIOS....................................................................... 19

    20. GERENCIAMENTODORISCO ..................................................................... 20

    21. REAVALIAOPERIDICADESEGURANA ........................................... 20

    COMISSODEESTUDO ..................................................................................... 22

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    CNENNE1.26 SEGURANANAOPERAODEUSINASNUCLEOELTRICAS.

    1. OBJETIVOECAMPODEAPLICAO

    1.1 OBJETIVO

    OobjetivodestaNormaestabelecerosrequisitosmnimosnecessriosparagarantirqueaconduodaoperaodeusinasnucleoeltricassejamantidasemriscoindevidosadeeseguranadapopulaocomoumtodoeaomeioambiente.

    1.2 CAMPODEAPLICAO

    1.2.1Os requisitos estabelecidos nesta Norma aplicamse apenas s atividadesrelacionadascomocomissionamento ecomaoperaodausina.

    1.2.2Ondeaplicvel,devemserobservadososrequisitosdasseguintesNormas:

    a) CNENNE1.01:LicenciamentodeOperadoresdeReatoresNucleares

    b) CNENNE1.04:LicenciamentodeInstalaesNucleares

    c) CNENNE1.06:RequisitosdeSadeparaOperadoresdeReatoresNucleares

    d) CNENNE1.14:RelatriosdeOperaodeUsinasNucleoeltricas

    e) CNENNE1.16:GarantiadaQualidadeparaUsinasNucleoeltricas

    f) CNENNN1.17:QualificaodePessoaleCertificao,paraEnsaiosNoDestrutivosemItensdeInstalaesNucleares

    g) CNENNE1.21:ManutenodeUsinasNucleoeltricas

    h) CNENNE1.25:InspeoemServioemUsinasNucleoeltricas

    i) CNENNE2.01:ProteoFsicadeUnidadesOperacionaisdareaNuclear

    j) CNENNE2.03:ProteoContraIncndioemUsinasNucleoeltricas

    k) CNENNE3.01:DiretrizesBsicasdeRadioproteo

    l) CNENNE5.01:TransportedeMateriaisRadioativos

    m) CNENNE5.02: Transporte, Recebimento, ArmazenagemeManuseio de ElementosCombustveisdeUsinasNucleoeltricase

    n) CNENNE6.05:GernciadeRejeitosRadioativosemInstalaesRadiativas.

    2. GENERALIDADES

    2.1 INTERPRETAES

    2.1.1Qualquer dvida relativa aplicao desta Norma ser dirimida pela ComissoDeliberativadaCNEN.

    2.1.2A CNEN pode, atravs deResoluo,modificar, eliminar ou acrescentar requisitosaosconstantesnestaNorma,conformeconsiderarapropriadoounecessrio.

    2.2 RESPONSABILIDADES

    A organizao operadora a responsvel pela implementao dos requisitosestabelecidosnestaNorma.

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    3. SIGLASEDEFINIES

    ParafinsdestaNorma,soadotadasasseguintessiglasedefinies:

    1. AcidenteSeveroacidentequeexcedeasbasesdeprojetoequeacarretafalhasemestruturas, sistemas ou componentes, impedindo dessa forma a refrigerao doncleo do reator, conforme projetada, levando a uma degradao significativa domesmo.

    2. ALARA (AsLowAsReasonablyAchievable) Princpioquerecomendaquetodasas exposies radiao sejam mantidas a nveis to baixos quanto possveis,levandoemconsideraofatoreseconmicosesociais.

    3. AlteraoTcnicaqualquermodificaode itens dausinaparaaqualaCNEN jtenha concedido Licena de Construo ou autorizao para operao inicial oupermanenteequeenvolvamproblemasdesegurananoavaliados.

    4. AutorizaoparaOperaoatopeloqualaCNENautorizaaoperaodausinasobcondiesespecificadas.

    5. BasedeProjetoconjuntodeinformaesqueidentificamasfunesespecficasaseremdesempenhadasporumitemdeumainstalaonucleareosvaloresespecficos,oulimitesdevariaodessesvalores,escolhidosparaparmetrosdecontrolecomodadosfundamentaisderefernciaparaoprojeto.Essesvalorespodemser:a)limitaesderivadasdeprticasgeralmenteaceitas,deacordocomoestadoatualdatecnologia,paraatingirobjetivosfuncionaisb)ourequisitosderivadosdaanlise(baseadosemclculose/ouexperincias)dosefeitosdeacidentespostuladosparaosquaisumitemdeveatingirseusobjetivosfuncionais.

    6. CNENComissoNacionaldeEnergiaNuclear.

    7. Comissionamento processo durante o qual componentes e sistemas da usinanucleoeltrica, tendo sido construdos e montados, so tornados operacionais,procedendoseverificaodesuaconformidadecomascaractersticasdeprojetoecritriosdedesempenho.

    8. Condies de Acidente desvios significativos dos estados operacionais, e quepossamconduzirliberaodequantidadesinaceitveisdemateriaisradioativose/ouemisso de radiao, se os dispositivos tcnicos de segurana pertinentes nofuncionaremcomoprojetados.

    9. Condies Limites para Operao nveis mnimos de desempenho ou decapacidade de funcionamento de sistemas ou componentes exigidos para operaoseguradausina,conformedefinidosnasespecificaestcnicas.

    10. Cultura daSegurana conjuntodecaractersticaseatitudesdeorganizaesedeindivduosqueestabelece,comoprioridademaior,queasquestesdeseguranadausinareceberoatenoproporcionalsuaimportncia.

    11. Especificaes Tcnicas conjunto de regras, aprovado pela CNEN no ato daautorizaopara operao,queestabelece limitesparaparmetros,paracapacidade

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    funcional e para nveis de desempenho de equipamentos e requisitos de pessoal,visandoaoperaoseguradeusinasnucleoeltricas.

    12. Item termo geral que abrange qualquer estrutura, sistema, componente,equipamento,peaoumaterialdausina.

    13. ItemImportanteSeguranaItemqueincluiouestincludoem:a)estruturas,sistemasecomponentescujafalhaoumaufuncionamentopoderesultaremexposiesindevidasradiaoparaopessoaldausinaoumembrosdopblicoemgeralb)estrutura,sistemasecomponentesqueevitamqueocorrnciasoperacionaisprevistasresultememcondiesdeacidentedispositivosoucaractersticasnecessriasparaatenuarasconseqnciasdefalhaoumaufuncionamentodeestruturas,sistemasecomponentes,citadosem13ae13b.

    14. Limites de Segurana limites impostos s variveis operacionais importantes,considerados necessrios para garantir a integridade das barreiras fsicas queprotegem contra liberao no controlada de material radioativo, conforme definidosnasespecificaestcnicas.

    15. Ocorrncias operacionais previstas desvios dos processos operacionais emrelao operaonormal,quesoesperadosocorrerduranteavidatildausinaeque, em decorrncia de medidas apropriadas de projeto, no causem danossignificativos a itens importantes segurana, nem conduzam a condies deacidente.

    16. Organizaooperadorapessoajurdicapossuidoradeautorizaoparaoperao.

    17. Operaoinicial conjuntodeatividadesdestinadasaconfirmarasbasesdeprojetoeademonstrar,quandopraticvel,queainstalaocapazdesuportarostransitriosprevistoseosacidentespostulados.Especificamenteemrelaoreatoresnucleares,engloba:a)carregamentodoncleob)testesdecriticalidadec)testesfsicosabaixapotnciad)testesdeelevaodepotnciaee)testesaplenapotncia.

    18. Operaonormal(oucondionormaldeoperao)operaoqueincluitodasascondies e eventos que so esperados ocorrer no curso da operao pretendida,quando realizada sob controles administrativos e de acordo com procedimentosespecificados,dentrodascondieslimitesparaoperao.

    19. PELPlanodeEmergnciaLocal.

    20. Plano de Radioproteo documento exigido para fins de licenciamento, queestabeleceosistemaderadioproteoaserimplementadonausina.

    21. ProblemasdeSeguranaNoAvaliadosproblemasdecorrentesdemodificaes,ensaios,testesouexperinciasque:a)possamaumentaraprobabilidadedeocorrnciaouasconseqnciasdeacidentesouomaufuncionamentodeitensimportantesseguranaavaliadosnoRFASb)possamcriarapossibilidadedeacidentesoudemaufuncionamento,diferentesdos

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    avaliadosnoRFASc)reduzamamargemdeseguranadefinidanasbasesdeprojeto,paraqualquerespecificaotcnica

    22. ProgramadeGarantiadaQualidade(PGQ)documentoquedescreveasistemticae as medidas para implementar as aes de garantia da qualidade de umaorganizao.

    23. Radioproteo conjunto de medidas que visa a proteger o Homem e o meioambiente depossveisefeitos indevidoscausadospela radiao ionizante,deacordocomprincpiosbsicosestabelecidospelaCNEN.

    24. RFASRelatrioFinaldeAnlisedeSegurana.

    25. RPNTRelatriodoProjetoNucleareTermohidrulico relatrioquecontmoprojetonuclearetermohidrulico,comsuarespectivaanlisedesegurana,correspondenteacadaconfiguraodoncleodoreator.

    26. SeguranaTcnicaNuclear(ousimplesmentesegurana)conjuntodemedidasdecarter tcnico, includas no projeto, na construo, no comissionamento, namanuteno e na operao da usina, visando evitar a ocorrncia de acidente ouminimizarsuasconseqncias.

    27. Supervisorde RadioproteoindivduocomcertificaodaqualificaopelaCNENparasupervisionaraaplicaodasmedidasderadioproteo.

    28. UsinaNucleoeltrica(ousimplesmenteusina)instalaofixa,dotadadeumnicoreatornuclear,paraproduodeenergiaeltrica.

    29. ValoresLimitesdeAjustesdosDispositivosTcnicosdeSeguranavaloresparaajustedosdispositivosautomticosdeproteorelacionadoscomvariveisdasquaisdependemfunesdesegurana,conformedefinidosnasespecificaestcnicas.

    4. ESPECIFICAESTCNICAS

    4.1 Asespecificaestcnicasdevemincluirosseguintestpicos:a) Limitesdeseguranab) Valoreslimitesdeajustedosdispositivostcnicosdeseguranac) Condieslimitesparaoperaod) requisitosdeinspeesetestesperidicos

    e) controlesadministrativosf) efluentesradioativos

    4.2 A organizao operadora deve estabelecer instrues e procedimentos paraoperaoseguradausina,obedecendosespecificaestcnicas.

    4.3 Asespecificaes tcnicaspropostasdevemseracompanhadasdeumaexposiosumria das suas bases, oriundas da anlise de segurana do projeto, exceto aquelasrelativasacontrolesadministrativos.

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    4.4 Ostemposautorizadosdeindisponibilidade,bemcomoosintervalosdetempoentretestes, devem levar em conta o impacto associado no risco total, decorrente daoperao.

    4.5 A organizao operadora deve estabelecer e implementar um programa paracumprimentodosrequisitosde inspeesetestesperidicos, incluindoavaliaodeseusresultados.Pedidosdeexceoaocumprimentodoestabelecidonesteprogramadevemser submetidos CNEN, com a devida antecedncia e com a justificativa, impacto noriscoemedidascompensatrias,quandonecessrias.

    4.6 Quandoocorrer desviodasespecificaes tcnicasduranteaoperao,agernciadausinadeveimediatamentetomaraaocorretivaapropriadaeaorganizaooperadoradeveencarregarsedefazeraavaliaoedenotificaraCNEN,conformeanormaCNENNE1.14:RelatriosdeOperaodeUsinasNucleoeltricas.

    4.7 Asespecificaestcnicasdevemseranalisadasduranteavidatildausinaluzdaexperinciaedodesenvolvimentotecnolgico.Casonecessrio,modificaesdevemserimplementadas pelaorganizaooperadora,segundoprocedimentosespecficos,depoisdeaprovadaspelaCNEN.

    4.8 Asalteraesnasespecificaes tcnicasdeveroconstaremrelatrioconformeanormaCNENNE1.14:RelatriosdeOperaodeUsinasNucleoeltricas.

    5. COMISSIONAMENTODAUSINA

    5.1 Deveserestabelecidoumprogramadetalhadodetestespelaorganizaooperadoraantesdoinciodocomissionamento.

    5.2 Oprogramadetalhadodeveconter:

    a) os arranjos organizacionais, incluindo o papel e a responsabilidade de cadaorganizaoenvolvida

    b) a finalidade dos testes, os resultados esperados e sua importncia para asespecificaestcnicaspropostas

    c) aseqnciadetestesd) osprocedimentosdostestes,incluindoseuscritriosdeaceitaoe) nmeroeaqualificaodopessoalrequeridoparaostestesef) as disposies tcnicas e administrativas mnimas e as precaues de segurana

    exigidasduranteostestes.

    5.3 O programa de comissionamento deve ser submetido CNEN, conforme NormaCNENNE1.04LicenciamentodeInstalaesNucleares.

    5.4 Oprogramadecomissionamento deveserdivididoemetapaseaprogressodeumaetapa para outra s deve ser feita aps a avaliao documentada, pela organizaooperadora,dosresultadosdisponveisdostestestersidosatisfatria.

    5.5 Ocarregamento inicialdoncleodoreatorspodeserrealizadocomautorizaodaCNEN,apsteremsidoconcludostodosostestesproperacionaisetestesfuncionaiseosresultadosobtidosconsideradossatisfatriospelaorganizaooperadora.

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    5.6 AcriticalidadeinicialspodeseratingidacomautorizaodaCNEN,apsteremsidorealizados os testes necessrios e os resultados obtidos considerados satisfatrios pelaorganizaooperadoraeaceitospelaCNEN.

    5.7 Aelevaodepotncia spode ser iniciadacomautorizaodaCNEN,aps teremsido realizados os testes julgados necessrios e os resultados obtidos consideradossatisfatriospelaorganizaooperadoraeaceitospelaCNEN.

    5.8 Osresultadosdostestesdevemserconsolidadosnorelatriodeoperaoinicial,deacordocomaNormaCNENNE1.14RelatriosdeOperaodeUsinasNucleoeltricas.

    6. ESTRUTURADAORGANIZAOOPERADORA

    6.1 No estabelecimento da estrutura, as seguintes categorias principais de funesgerenciaisdevemserconsideradas:a) estabelecimentodepolticasorganizacionais

    b) funesoperacionaisc) funesdesuportetcnicoed) avaliaodaseguranaoperacional.

    6.2 Aorganizaooperadoradeveestabelecerumaestruturaorganizacionalcomnmerosuficientedegerentesepessoalqualificados,tcnicaeadministrativamente,edetalformapreparadosquetenhamaconscinciadaimportnciadeumaculturadasegurana.

    6.3 A organizao operadora deve ter estrutura capaz de operar seguramente a usina,atenuar as conseqncias de condies de acidente e assegurar resposta correta asituaesdeemergncia.Paraistodevehaver:a) atribuiodefinidaderesponsabilidadeedelegaoclaradeautoridadeb) estabelecimento e acompanhamento sistemtico da implementao de programas

    gerenciaisc) treinamentoespecficodetodoopessoalenvolvidonaoperaodausinad) estabelecimento de canais de comunicao coma CNEN e comoutras autoridades

    pblicasparaatendersexignciaserequisitosdessesrgose) estabelecimento de canais de comunicao com empresas de construo, projeto,

    fabricao e outras organizaes, atravs de bancos de dados nacionais einternacionais,paraintercmbiodeinformaeseexperinciaoperacional

    f) provisodeinstalaeseserviosnecessriosaogerenciamentodausina.

    6.4 A estrutura da organizao operadora deve ser documentada e representada emorganogramas contendo as responsabilidades e linhas hierrquicas de autoridade ecomunicao.

    7. GERENCIAMENTOEPESSOALENVOLVIDONA OPERAODAUSINA

    7.1 Aorganizaooperadoradevedelegarautoridadesuficientegernciadausinaparaqueestapossadesincumbirsedaresponsabilidadeporsuaoperaosegura.

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    7.2 A organizao operadora deve estabelecer, por escrito, os deveres eresponsabilidadesdetodasasfunesdopessoalenvolvidonaoperaoda usina,bemcomoonmerodepessoasqualificadasnecessriasparaodesempenhodessasfunes.

    7.3 A gerncia da usina deve analisar continuamente a operao da usina e tomar asaescorretivasapropriadasparaasoluodequaisquerproblemasidentificados.

    7.4 AsqualificaesrequeridasparaopessoalenvolvidonaoperaodausinadevemserdefinidaspelaorganizaooperadoralevandoemconsideraoosrequisitosestabelecidosemNormasespecficasdaCNEN,ondeaplicvel.

    7.5 O pessoal envolvido na operao da usina deve ser previamente selecionado esubmetido a um programa de treinamento e retreinamento, qualificandoo para as suasatividades.

    7.6 A autoridade e a responsabilidade do operador da sala de controle para efetuar aparadadoreator,no interessedasegurana,devemserdefinidasporescrito.Damesmaforma,aautoridadeearesponsabilidadesobreatomadadedecisoquantoaoretornooperaodausina,apstalparada,deveroestardefinidasporescrito.

    7.7 Somenteopessoalespecificamentedesignado,quetenhaaqualificaonecessriaequesejalicenciadopelaCNENdeacordocomaNormaCNENNE1.01LicenciamentodeOperadores de Reatores Nucleares, deve ser autorizado a executar, controlar esupervisionarquaisquermudanasnosestadosoperacionaisdausina.

    7.8 Opessoalenvolvidonaoperaodausinadeveserexaminado,periodicamente,paraassegurarquepossuiaptidofsicacompatvelcomosdevereseresponsabilidadesaeleatribudos, de acordo com as Normas CNENNE1.06 Requisitos de Sade paraOperadores de Reatores Nucleares e CNENNE3.01 Diretrizes Bsicas deRadioproteo,ondeaplicvel.

    8. INSTRUESEPROCEDIMENTOSDEOPERAO

    8.1 A organizao operadora deve assegurar que, antes do incio da operao desistemasecomponentesimportantesparaasegurana,asinstrueseosprocedimentosdeoperaoestejamestabelecidosporescrito.As instrueseosprocedimentosdevemser preparados em conformidade com os projetistas e os fornecedores da usina e deequipamentos, levandose em considerao os aspectos degarantia da qualidade e osprincpiosdaradioproteo.

    8.2 As instrueseosprocedimentosemitidosdevemtratarausinasobcondionormalde operao, e sob ocorrncias operacionais previstas, bem como sob condies deacidentes base de projeto e, quando exeqvel, sob condies de acidentes severos.Esses documentos devem ser escritos de modo que cada ao possa ser prontamenteexecutada,naseqnciaapropriada,pelapessoaresponsveldesignadaparaisto.

    8.3 A gerncia da usina deve assegurar que as instrues e os procedimentos sejamrigorosamenteseguidosnaoperaodausina.

    8.4 Opessoalenvolvidonaoperaodausinadeveestartotalmentefamiliarizadocomocontedodasinstrueseprocedimentosatualizadosespecficosparasuasatividades.

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    8.5 Deveserestabelecidaumasistemticaparaanlise regulardetodasas instrueseprocedimentos e para comunicao ao pessoal envolvido na operao da usina, dequaisquerrevisesaprovadas.

    8.6 Qualquer operao ou teste que no seja de rotina e que possa ser planejadoantecipadamente, deve ser conduzido de acordo com um procedimento aprovadoconforme regras estabelecidas. Quando essa operao ou teste levar a uma violaoinesperadadeespecificaestcnicas,opessoalquesupervisionaouoperaoscontrolesdausinadeveestarinstrudoparatrazerausinadevoltaaumacondiosegura.

    8.7 Depois de um desligamento forado do reator, a causa do desligamento deve serdeterminada e as deficincias corrigidas na extenso necessria, antes da usina serautorizadaadarnovapartida.

    8.8 Toda alterao, mesmo que temporria, na configurao fsica da usina deve serautorizada,porescrito,deacordocomprocedimentosestabelecidosparaessefim.

    8.9 As versesatualizadasdas instruese dosprocedimentosdeoperao devemserenviadasCNEN.

    9. MANUTENO,TESTES,EXAMES,ENSAIOSEINSPEESPERIDICAS

    9.1 Antes da operao inicial, a organizao operadora deve preparar um programa demanuteno, inspees, testes,exameseensaios, levandoemcontaasespecificaestcnicas e em conformidade com as Normas CNENNE1.21 Manuteno em UsinasNucleoeltricaseCNENNE1.25InspeoemServioemUsinasNucleoeltricas.

    9.2 OsensaiosnodestrutivosdevemserexecutadosporpessoasqualificadasdeacordocomaNormaCNENNN1.17 Qualificao dePessoal eCertificaoparaEnsaiosNoDestrutivos em Itens de Instalaes Nucleares, usando equipamentos e tcnicasapropriadas.

    9.3 A organizao operadora deve assegurar que instrues e procedimentos sejamestabelecidos, por escrito, antes da realizao damanuteno, dos testes, dosexames,dos ensaios, edas inspeesem itens.Essas instruese essesprocedimentosdevemserpreparadosemconformidade comos requisitos dosprojetistase dos fabricantesdeitens da usina, levandose em consideraoos aspectos de garantia da qualidade e osprincpiosderadioproteo.

    9.4 A manuteno, os testes, os exames, os ensaios e as inspees de todos os itensimportantesseguranadevemserdepadroefreqnciataisqueasseguremqueseusnveis de confiabilidade e eficcia permaneam em conformidade comos requisitos deprojetoefabricao,deformaqueaseguranada usinanosejareduzida.

    9.5 Nadeterminaodafreqnciacitadaem9.4devemserconsideradosfatorescomo:a) importnciarelativadoitemb) probabilidadedefalhaemfuncionamentoc) desgasteinduzidoporintervenesexcessivasd) aumentonaprobabilidadedefalhainduzidoporintervenesexcessivase) efeitonaseguranaassociadoindisponibilidadeduranteainterveno

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    f) necessidade de semanter a exposio radiao to baixa quanto razoavelmenteexeqvel(princpioALARA).

    9.6 A retirada de servio paramanuteno, testes, exame, ensaio ou inspeo de itensimportantes segurana deve ser cuidadosamente avaliada para assegurar que sejamaindaobedecidasascondieslimitesparaoperao.

    9.7 A remoo e o retorno ao servio de itens importantes segurana devem serautorizados,porescrito,porpessoasdesignadasparafazlos.

    9.8 Aps a manuteno, os itens importantes segurana devem ser inspecionados etestados por pessoas autorizadas a fazlo, antes que sua operao normal sejaretomada.

    9.9 Aorganizaooperadoradeveestabelecerndicesdedesempenhoafimdemonitorareavaliaraeficinciadoprogramademanuteno.

    9.10 Os itens importantes segurana, cujo histrico apresente precedentessignificativos de falha, degradao ou indisponibilidade, devem ter um tratamentodiferenciado, tendo monitorada a eficincia de sua manuteno, at que as aescorretivastenhamsemostradoeficazes.

    9.11 Os registros, incluindo procedimentos administrativos e tcnicos relativos manuteno, testes, exames, ensaios e inspees sobre itens importantes segurana,desdeafasedefabricaoatafasedeoperao,devemsermantidosdeacordocomoestabelecido na Norma CNENNE1.16 Garantia da Qualidade para UsinasNucleoeltricas.

    10. GERENCIAMENTO DO NCLEO DO REATOR E MANUSEIO DOS ELEMENTOSCOMBUSTVEIS

    10.1 Aorganizaooperadoraresponsvelportodasasatividadesassociadascomogerenciamento doncleo do reator e omanuseio dos elementos combustveis, a fimdegarantir a segurana no uso, movimentao e armazenagem, conforme estabelece aNorma CNENNE5.02 Transporte, Recebimento, Armazenagem e Manuseio deElementosCombustveisdeUsinasNucleoeltricas.

    10.2 Aorganizaooperadoradeve:a) preparareemitirespecificaesparaaaquisioeprocedimentosparacarregamento,

    utilizao, descarregamento, armazenagem e testes dos elementos combustveis edoscomponentesdoncleodoreator

    b) prepararesubmeterCNENoRelatriodoProjetoNucleareTermohidrulico(RPNT)paraolicenciamentodoncleodecadaciclo,incluindoeventuaisrevises

    c) estabelecer,porescrito,umprogramade testesdestinadoaverificaraconformidadedoncleoinstaladocomasespecificaesdoRPNTcorrespondente

    d) efetuar, durante o ciclo, monitoraes peridicas dos parmetros nucleares etermohidrulicos,afimdemanterascondiesdeseguranadoncleodoreator

    e) estabelecerumprogramaparaprever,evitar,detectareminimizarfalhasemelementoscombustveis

    f) estabelecercritrioseprocedimentosparalidarcomfalhasdeelementoscombustveis,afimdeminimizaraatividadedeprodutosdefissonorefrigerantedoprimrioouemefluentesgasosos

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    g) manterumsistemaderegistro,abrangendoogerenciamentodoncleodoreatoreasatividadesdemanuseiodoselementoscombustveisedoscomponentesdoncleoedearmazenagemdoselementoscombustveis.

    11. MODIFICAESDEPROJETO

    11.1 Aorganizaooperadoradeveestabelecerprocedimentosparaasmodificaesdeestruturas,sistemasecomponentes.

    11.2 As modificaes de projeto, quer sejam alteraes tcnicas ou modificaes queno envolvam problemas de segurana no avaliados, devem ser tratadas emconformidade com os requisitos constantes da Norma CNENNE1.16 Garantia daQualidadeparaUsinasNucleoeltricas.

    11.3 QualqueralteraotcnicadeverterautorizaoprviadaCNEN.

    11.4 A solicitao CNEN para alterao tcnica deve descrever completamente asalteraespropostas,incluindonomnimo:

    a) razesoufatoresquedeterminamanecessidadederealizaodamodificaob) justificativaparaoenquadramentodamodificaocomoalteraotcnicac) identificaodositensafetadosd) descriodetalhadadamodificaodeprojeto,abordandoosefeitossobrerequisitos

    funcionaisebasesdeprojetooriginaise) anlisedeseguranareferentemodificao,quediscutaeventuaisnovosmodosde

    falhaesuasconseqncias,quantificandoasparacasoslimitantesnocobertospelaanlisedeacidentesoriginal

    f) informaes complementares, utilizando recursos pertinentes que auxiliem oentendimento,taiscomo:desenhos,diagramas,grficos,tabelaseoutros

    g) cronogramadeimplementaodasmodificaesh) propostaderevisodasseesdoRFASquedeveroseratualizadasemvirtudeda

    modificao,equeincluainformaescompatveiscomocontedodasalneasd),e)ef)acima,almdaseventuaisalteraesnascondieslimitesparaoperaoouemrequisitosdeinspeesetestesperidicos,constantesdasespecificaestcnicase

    i) relao dos procedimentos do Manual de Operao da Usina afetados pelamodificao.

    11.5 A organizao operadora deve incluir noRelatrio Anual deOperao, previsto naNormaCNENNE1.14RelatriodeOperaodeUsinasNucleoeltricas,listadetodasasmodificaes de projeto implementadas no perodo. As informaes desta lista devemconter,nomnimo:

    a) onmeroeocdigodeidentificaodamodificaob) ositensafetadosc) aclassificaocomoalteraotcnicaounod) adescriosucintadamodificaoesuarazoee) o nmero da reviso do RFAS em que a modificao foi includa e os captulos

    afetados.

    11.6 As modificaes de projeto para serem consideradas operveis devem sersubmetidasaumprocessoformaldecomissionamento.

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    12. RADIOPROTEO

    12.1 As doses individuais do pessoal da usina e de indivduos do pblico no devemexceder os limites anuais de dose equivalente estabelecidos na Norma CNENNE3.01Diretrizes Bsicas de Radioproteo. Para esse fim, a organizao operadora deveestabelecer um Plano de Radioproteo, com o propsito de assegurar que todas asatividadesenvolvendoexposiodepessoalradiaosejamplanejadas,supervisionadase executadas para manter as exposies to baixas quanto razoavelmente exeqveis(princpioALARA).

    12.2 A organizao operadora responsvel pelo controle das doses de radiao dopessoal em funo da operao da usina, bem como das quantidades de materiaisradioativosliberadosparaomeioambienteedorespectivoimpacto.

    12.3 OPlanodeRadioproteodevemanteratualizadososseguintesitens:a) acompanhamento e registro das doses individuais dos trabalhadores

    ocupacionalmenteexpostos

    b) manutenodeinstrumentoseequipamentosparamonitoraoeproteopessoalc) mapeamento,sinalizaoemonitoraodereasquantoaosnveisderadiaod) aspectosderadioproteonosdiversosprocedimentosdemanutenoeoperao

    e) programaseprocedimentosrelativosmonitoraodomeioambiente

    f) programas e procedimentos relativos monitoraoe descontaminao de pessoal,equipamentoseestruturas

    g) garantia da conformidade com a Norma CNENNE5.01 Transporte de MateriaisRadioativos

    h) programadetreinamentodostrabalhadoresei) controlemdicodostrabalhadores.

    12.4 A implementao do Plano de Radioproteo deve ser da responsabilidadedeumsupervisorde radioproteo,comconhecimentodosaspectosradiolgicosdoprojetoedaoperaodausina.

    12.5 Aorganizaooperadoradeveprover treinamento adequadoaopessoaldausinademodoaconscientizlodosriscosradiolgicosedasmedidasdeproteodisponveis.

    12.6 Todoo pessoal da usina tem responsabilidade individualdecolocaremprticaasmedidas de controle da exposio radiao, que so especificadas no Plano deRadioproteo.

    12.7 A organizao operadora deve assegurar, atravs de superviso, inspees eauditorias,queoPlanodeRadioproteoestsendocorretamenteimplementadoerealizaraescorretivas,senecessrio.

    12.8 Todo o pessoal da usina, que possa ser ocupacionalmente exposto radiaoionizante,deveestarsujeitoaocontrolemdico,conformeestabeleceaNormaCNENNE3.01 Diretrizes Bsicas de Radioproteo, e sua exposio medida ou avaliada eregistrada.OsregistrosdessasexposiesdevemsermantidosecolocadosdisposiodaCNEN.

    12.9 OPlanodeRadioproteodeveestarestabelecidoantesdachegadadoselementoscombustveisnausina.

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    13. GERENCIAMENTODEEFLUENTESEREJEITOSRADIOATIVOS

    13.1 Ausinadeveseroperadademodoqueoimpactoradiolgicodeefluenteserejeitosradioativos seja mantido dentro dos limites estabelecidos pela Norma CNENNE3.01DiretrizesBsicasdeRadioproteo.Ageraode rejeitos radioativosea liberaodeefluentes, em termosde volumeeatividade, devem serminimizadasecontroladas,paraque o impacto radiolgico durante a operao, seja to baixo quanto razoavelmenteexeqvel,inclusivetendoemvistaofuturodescomissionamentodausina.

    13..2AorganizaooperadoradeveprepararesubmeterapreciaodaCNEN,antesdoinciodaoperao,documentosindicandoosnveisdeliberaopropostosparaefluentese os mtodos e procedimentos para monitorar e controlar tais liberaes dentro daorientao estabelecida pela Norma CNENNE1.04 Licenciamento de InstalaesNucleares.Essesdocumentosdevemdemonstrarqueo impactoradiolgicoavaliadoeaexposio ao pblico em geral sejam mantidos to baixos quanto razoavelmenteexeqveis e devem incluir propostas para um programa adequado de monitoraoexterna.

    13.3 Os limites de liberaes autorizados devem estar includos nas especificaestcnicas e devem estar sujeitos reviso peridica luz da experincia e dodesenvolvimentotecnolgico.

    13.4 A organizao operadora deve estabelecer um programa de gerenciamento derejeitos radioativos, no qual devem ser includos o tratamento, o acondicionamento, oarmazenamentoinicial,otransporteeadeposioprovisriadessesrejeitos,devendoserseguidos, onde aplicveis, os requisitos estabelecidos na Norma CNENNE5.01TransportedeMateriaisRadioativos enaNormaCNENNE6.05GernciadeRejeitosRadioativosemInstalaesRadiativas.

    13.5 A organizao operadora deve enviar CNEN os relatrios peridicos sobreliberaodeefluentesegeraoderejeitosradioativosprevistosnaNormaCNENNE1.14RelatriosdeOperaodeUsinasNucleoeltricas.

    14. PREPARAOPARAEMERGNCIAS

    14.1 Aorganizaooperadora deveestabelecerumPlanodeEmergnciaLocal(PEL),deacordo com a Norma CNENNE1.04 Licenciamento de Instalaes Nucleares, paraatender a situaes deemergncia que conduzamoupossamconduzira uma liberaosignificativadematerialradioativoparaomeioambiente.EsseplanodeveestardecomumacordocomosplanosparasituaesdeemergnciaelaboradospelaCNEN eporoutrasautoridadescompetentes.

    14.2 A organizao operadora deve incluir no PEL, adicionalmente, a descrio dosarranjosdeemergnciaparaatenderassituaesabaixoouumacombinaodelas:

    a) situaesquepossamconduziraumaliberaodescontroladadematerialradioativo,masrestritaaoslimitesdareadausina

    b) situaes de emergncia resultantes de manuseio ou armazenagem de elementoscombustveisnausina

    c) incndios e outros acidentes de natureza no nuclear (ex: liberao de gases evaporestxicosouexplosivos)

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    d) atendimentodepessoasacidentadas.

    14.3 AorganizaooperadoradeveestabelecerumsistemadecomunicaocomaCNENde modo que esta seja notificada de imediato, uma vez configurada uma situao deemergncia.

    14.4 Opessoalquetrabalhanausinadeveserinstrudoetreinado,periodicamente,paraodesempenhodeseusdeveresemsituaesdeemergncia.

    14.5 Todasaspessoasqueestiveremno localdausinadevemser informadasdecomoagir em situaes de emergncia, atravs de instrues bsicas afixadas em locaisapropriados.

    14.6 A organizao operadora deve realizar, periodicamente, exerccios simulados paraatender a situaes de emergncia, conforme definidas no PEL, envolvendo o maiornmeropossveldesuasunidadesorganizacionais.

    15. GARANTIADAQUALIDADE

    15.1 AorganizaooperadoradeveestabelecerumProgramadeGarantiadaQualidade(PGQ) parao comissionamento e a operaodausina, abrangendo todasasatividadesquepossamterinfluncianaqualidadeenaoperaoseguradausina.

    15.2 OPGQdeveserelaboradoeimplementadodeacordocomaNormaCNENNE1.16GarantiadaQualidadeparaUsinasNucleoeltricas.

    16. PROTEOFSICA DAUSINA

    AorganizaooperadoradeveestabelecerumPlanodeProteoFsica,quedeveserelaborado e implementado de acordo comaNormaCNENNE2.01 ProteoFsica deUnidadesOperacionaisdareaNuclear.

    17. PROTEOCONTRA INCNDIO

    AorganizaooperadoradeveestabelecerumPlanodeProteoContraIncndioquedeve ser elaborado e implementado de acordo com a Norma CNENNE2.03 ProteoContraIncndioemUsinasNucleoeltricas.

    18. ANLISEDAOPERAOEDAEXPERINCIAOPERACIONAL

    18.1 Aorganizaooperadoradeveconduziranlisesregularesconcernentesoperaodausinacomoobjetivodeassegurarque:a) prevaleaaconscientizaoquantoseguranab) sejamobservadasasmedidasestabelecidasparaaumentaraseguranac) adocumentaopertinentesejamantidaatualizadad) noexistaevidnciadeconfianaexcessivaoudecomplacncia.

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    18.2 As anlises citadas em 18.1 devem ser realizadas por pessoas qualificadas,designadasparaesse fim,dentrodocontextodoPGQeos resultadosdestasanlisesedevidamentedocumentadosjuntocomosregistrosdequaisqueraescorretivas.

    18.3 A organizao operadora deve buscar e avaliar informaes da experinciaoperacionalemoutrasusinasqueforneamliesparaaoperaodesuaprpriausina.

    18.4 Aavaliaodaexperinciaoperacionaldausina,bemcomodeoutrasusinas,deveserfeitademodosistemtico.

    18.5 A experincia operacional deve ser examinada,a fimdedetectarquaisquer sinaisprecursoresdepossveistendnciasadversassegurana.

    18.6 Eventos relacionados segurana devem ser investigados segundo metodologiaapropriadaparadeterminarasuacausaraiz,afimdequesejamtomadasaescorretivas,antesquesurjamcondiesadversas,ouparaevitarsuarepetio.

    18.7 A organizao operadora devemanter canais de comunicao com os projetistas,fabricantes e outras organizaes, visando no s a realimentao da experinciaoperacionalcomo tambmaobteno,senecessrio,daatualizaodasmodificaesedoaconselhamentoemcasodefalhasdeequipamentooudeeventosanormais.

    18.8 Os dados relativos experincia operacional da usina devem ser reportados CNEN,emconformidadecomaNormaCNENNE1.14RelatriosdeOperaodeUsinasNucleoeltricas.

    19. REGISTROSERELATRIOS

    19.1 A organizao operadora deve estarde possede todasas informaesessenciaisrelativas ao projeto e construo da usina, antes do incio da operao, incluindoespecificaesdeprojeto e anlise desegurana,detalhesdeequipamentosemateriaisfornecidos, desenhos da instalao como construda, manuais de operao e demanuteno,dofabricanteeoutrosdocumentosprevistosnoPGQ.

    19.2 A organizao operadora deve manter os registros do comissionamento, incluindorelatrios de testes e documentos de garantia da qualidade necessrios para testes,exameseinspeesperidicos,duranteaoperaodausina.

    19.3 Osregistrosdeoperaodevemincluiraquelesrelacionadoscom:a) estadooperacionaldausinab) inventriodemateriaisfsseis,frteis,eoutrosmateriaisnuclearesespeciaisc) manuteno,testes,exames,ensaios,inspeesemodificaesd) garantiadaqualidadee) qualificao,atribuies,examesmdicosetreinamentodopessoaldausinaf) exposiodepessoasradiaog) liberaes de efluentes, monitorao do meio ambiente e armazenagem de rejeitos

    radioativos.

    19.4 DevemserenviadosCNENrelatriossobreaoperaodausina,deacordocomaNormaCNENNE1.14RelatriosdeOperaodeUsinasNucleoeltricas.

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    19.5 Os registros e relatrios devem obedecer aos requisitos de garantia da qualidadeestabelecidos na Norma CNENNE1.16 Garantia da Qualidade para UsinasNucleoeltricas.

    20. GERENCIAMENTODORISCO

    20.1 A organizao operadora dever desenvolver, aplicar e permanentementeaperfeioarummodeloparagerenciamentodoriscoassociadosdiversasconfiguraesoperacionais.

    20.2 Omodelo para gerenciamentodo risco dever incorporar a suabasededados,aexperinciaoperacionalespecficaacumuladaduranteumperododetempoemqueessesdadossejamestatisticamentesignificativos.

    20.3 Durante a operao da usina, dever ser considerado o impacto no risco total,quantificado atravs de modelo para gerenciamento do risco, nas tomadas de decisoenvolvendo,entreoutras,asseguintesatividades:a) modificaesdeprojeto,alteraesouexceessespecificaestcnicasb) gerenciamentodeconfiguraesdesistemasc) planejamentodemanutenoetestesperidicosd) anlisedeeventosoperacionais.

    21. REAVALIAOPERIDICADESEGURANA

    21.1 A partir da emisso da Autorizao para Operao permanente, a organizaooperadoradeverconduzir,acada10(dez)anos,umareavaliaodeseguranadausina,para investigar as conseqncias da evoluo de normas e padres de segurana, deprticasoperacionais,dosefeitoscumulativosdeenvelhecimentodeestruturas,sistemasecomponentes, de modificaes de projeto, da anlise da experincia operacional e dosdesenvolvimentosaplicveisdacinciaedatecnologia.

    21.2 A reavaliao de segurana dever alcanar, no mnimo, as seguintes reas oufatoresdesegurana:a) condiesfsicasdausinab) anlisedeseguranac) qualificaodeequipamentosd) gerenciamentodoenvelhecimentoe) indicadoresdeseguranaf) incorporaodaexperinciaoperacionalinternacional

    g) procedimentos

    h) fatoresadministrativoseorganizacionais

    i) fatoreshumanos

    j) planejamentodeemergncia

    k) impactoambiental.

    21.3 O perodo de execuo da reavaliao de segurana no poder ultrapassar 18(dezoito)mesesedeveserdivididoem3(trs)etapas:

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    a) Levantamento do nvel corrente de segurana a ser apresentado em um relatrioabordandoasreasoufatoresmencionadosem21.2,listandoparacadaumdestes,ospontosforteseasdeficinciasidentificadasnaconfrontaocompadreseprticasdesegurana

    b) Avaliao do impacto na segurana das deficincias identificadas e proposio demedidascompensatriascorrespondentes

    c) Atualizaodomodeloparagerenciamentodorisco,mencionadanaseo20.

    21.4 Os relatrios decorrentes da reavaliao da segurana devem ser submetidos CNEN, a fim de fornecer subsdios para a ratificao, retificao ou cancelamentodostermosvigentesdaautorizaoparaoperaopermanente.

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    COMISSODEESTUDO

    Presidente: LuizFerreira/WilsonMelodaSilvaFilho SENOR/CNEN

    Membros: nioMagalhesFreire FURNAS

    HamiltonLimaR.dosSantos FURNAS

    WilsonBarretoDiasdeCarvalho NUCLEN

    CludioT.M.Camargo CODRE/CNEN

    MrciadeOliveira COLAB/CNEN

    HerculanoVieiraSoares DIANG/CNEN

    EdisonVisoni CODRE/CNEN

    Colaboradores:

    MarcosSodrGrund SENOR/CNEN

    LuizFernandoG.L.Carvalho FURNAS