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 O ANDAR DO BÊBADO 1. Todos nós criamos um olhar próprio sobre o mundo e o empregamos para filtrar e processar nossas percepções, extraindo significados do oceano de dados que nos inunda diariamente. 2. A intuição humana é má adaptada a situações que envolvem incertezas. A mente humana foi construída para identificar uma causa definida para cada acontecimento, podendo assim ter bastante dificuldade em aceitar a influência de f atores aleatórios ou não relacionados. 3. O êxito ou o fracasso podem não surgir de uma de uma grande habilidade ou grande incompetência, e sim, como escreveu o economista Armen Alchian, de “circustâncias fortuitas”. Os processos aleatórios são fundamentais na natureza e onipresentes em nossa vida cotidiana; a maioria das pessoas não compreende nem pensa muito a seu respeito. 4. O andar do bêbado = analogia que descreve o movimento aleatório; metáfora para a nossa vida, sempre se esbarrando com o acaso. 5. Criou-se um novo campo acadêmico que estuda o modo como as pessoas fazem julgamentos e tomam decisões quando defrontadas com informações imperfeitas ou incompletas. 6. O livro trata dos princípios que governam o acaso, do desenvolvimento dessas ideias e da maneira pela qual elas atuam em política, negócios, medicina, economia, lazer, esportes etc.

o Andar Do Bêbado Topicos

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topicos do livro o Andar do Bebado

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  • O ANDAR DO BBADO

    1. Todos ns criamos um olhar prprio sobre o mundo e o empregamos para

    filtrar e processar

    nossas percepes, extraindo significados do oceano de dados que nos inunda

    diariamente.

    2. A intuio humana m adaptada a situaes que envolvem incertezas. A

    mente humana foi

    construda para identificar uma causa definida para cada acontecimento,

    podendo assim ter

    bastante dificuldade em aceitar a influncia de fatores aleatrios ou no

    relacionados.

    3. O xito ou o fracasso podem no surgir de uma de uma grande habilidade

    ou grande

    incompetncia, e sim, como escreveu o economista Armen Alchian, de

    circustncias fortuitas.

    Os processos aleatrios so fundamentais na natureza e onipresentes em

    nossa vida cotidiana; a

    maioria das pessoas no compreende nem pensa muito a seu respeito.

    4. O andar do bbado = analogia que descreve o movimento aleatrio;

    metfora para a nossa vida,

    sempre se esbarrando com o acaso.

    5. Criou-se um novo campo acadmico que estuda o modo como as pessoas

    fazem julgamentos e

    tomam decises quando defrontadas com informaes imperfeitas ou

    incompletas.

    6. O livro trata dos princpios que governam o acaso, do desenvolvimento

    dessas ideias e da

    maneira pela qual elas atuam em poltica, negcios, medicina, economia, lazer,

    esportes etc.

  • 1. Olhando pela lente da aleatoriedade

    1. Histria de como seus pais se conheceram. Nazismo. Campo de

    concentrao. Eventos

    aleatrios, sorte e azar.

    2. O desenho de nossas vidas continuamente conduzidoem novas direes

    por diversos eventos

    aleatrios que, juntamente com nossas reaes a eles, determinam nosso

    destino. Como

    resultado, a vida ao mesmo tempo difcil de prever e de interpretar.

    3. Podemos ler de diversas maneiras os dados da economia, do direito,

    medicina, esporte... H,

    porm, maneiras certas e erradas de se interpretar o acaso.

    4. Usa-se, normalmente, processos intuitivos ao fazermos avaliaes e

    escolhas em situaes de

    incerteza. Isso, porm, de acordo com estudos, est conectado com as

    emoes, a principal

    fonte de irracionalidade.

    5. Experincia de cartas vermelho/verde.

    6. A capacidade de tomar decises e fazer avaliaes sbias diante da

    incerteza uma habilidade

    rara. Porm, como qualquer habilidade, pode ser aperfeioada com a

    experincia. Citao de

    Bertrand Russel.

    7. Fenmeno chamado regresso media, explicado pelo economista

    Kahneman.

    8. Os seres humanos, por necessidade, empregam certas estratgias para

    diminuir a complexidade

    de tarefas que envolvem julgamento e que a intuio sobre probabilidades tem

    um papel

    importante nesse processo. Quando lidamos com processos aleatrios seja

  • em situaes

    militares ou esportivas, negcios ou mdicas -, as crenas e a intuio muitas

    vezes nos deixam

    em maus lenis.

    9. Muito do que nos acontece xito na carreira, nos investimentos e nas

    decises pessoais,

    grandes ou pequenas resulta tanto de fatores aleatrios quanto de

    habilidade, preparao e

    esforo. No mundo poltico, econmico ou empresarialfrequentemente os

    eventos fortuitos so

    manifestamente mal interpretados como sucessos ou fracassos.

    10. Teoria das moedas e dos filmes (exemplo com o filme Star Wars).

    Regresso mdia em

    Hollywood.

    2. As leis da verdades e das meias verdades

    1. A teoria da aleatoriedade fundamentalmente uma codificao do bom

    senso. Exemplo de

    Linda. A probabilidade de que dois eventos ocorram nunca pode ser maior que

    a probabilidade

    de que cada evento ocorra individualmente.

    2. Quanto maior o nmero de informaes, mais real ela parecer e, portanto,

    ser considerada

    mais provvel, porm, quanto mais detalhes, menos provvel a conjecture se

    torne. Uma boa

    histria muitas vezes menos provvel que uma explicao menos satisfatria

    (Kahneman e

    Tversky.

    3. Exemplo do ing. Vis de disponibilidade.

  • 4. Os gregos no conseguiram criar nem especular nenhuma teoria sobre

    aleatoriedades. Os

    romanos foram os primeiros a fazer algum progresso nesse campo. Ccero diz:

    a probabilidade

    o prprio guia da vida. Probabilis. Os romanos, entretanto, somam, ao invs

    de multiplicar

    quando necessrio.

    5. Lei da Combinao de Probabilidades: Se dois eventos possveis, A e B,

    forem independentes, a

    probabilidade de que A e B ocorram igual ao produto de suas probabilidades

    individuais.

    6. Se um evento pode ter diferentes resultados possveis, A, B, C e assim por

    diante, a possibilidade

    de que A ou B ocorram igual soma das probabilidades individuais de A e B,

    e a soma das

    probabilidades de todosos resultados possveis (A, B, C e assim por diante)

    igual a 1 (ou seja,

    100%).

    3. Encontrando o caminho em meio a um espao de possbilidades

    1. Gerolamo Cardano -> O livro dos jogos de azar. Lei do Espao Amostral

    (captulo 14 Dos

    pontos combinados.

    2. Hindus a chance de que algo ocorra sempre menor que 1 (conhecimento

    crucial para a

    anlise das fraes).

    3. O termo espao amostral se refere ideia de que os possveis resultados de

    um processo

    aleatrio podem ser compreendidos como pontos num espao. Suponha que

    um processo

  • aleatrio tenha muitos resultados igualmente provveis, alguns favorveis (ou

    seja, ganhar),

    outros desfavorveis (perder). A probabilidade de obtermos um resultado

    favorvel igual

    proporo entre os resultados favorveis e o total de resultados. O conjunto

    de todos os

    resultados possveis chamado de espao amostral. Exemplo, o espao

    amostral de um dado

    so os seus 6 lados.

    4. Rastreando os caminhos do sucesso

    1. Depois de Cardano vem Galileu Galilei (Revoluo Cientfica) e afirma que a

    cincia deve dar

    nfase experincia e experimentao o modo como a natureza funciona

    e no ao que

    afirma a nossa intuio ou ao que nos parece mentalmente interessante. E,

    acima de tudo, a

    cincia deve utilizar a matemtica.

    2. Questo dos dados (10 e 9). A probabilidade de um evento depende do

    nmero de maneiras

    pelas quais pode ocorrer.

    3. Repetio de nmeros nas loterias.

    4. Cardano -> Galileu -> Blaise Pascal. Jogos de azar -> oproblema dos pontos

    (Pascal em conjunto

    com Pierre de Fermat).

    5. No caso das probabilidades desiguais em proporo de 2/3, por exemplo,

    precisaramos

    de uma final de no mnimo 23 jogos para determinar o vencedor da maneira

    considerada

    estatisticamente significativa, o que quer dizer que o time mais fraco seria

  • coroado campeo em

    menos de 5% das vezes. Mesmo princpio se aplica a competio entre duas

    empresas ou dois

    trabalhadores, por exemplo. perigoso julgar a capacidade de algum com

    base em resultados

    de curto prazo.

    6. Com nmeros elevados, contar as possibilidades (exemplo da festa e das 10

    mesas), citando-as

    explicitamente, maante ou impossvel.

    7. A verdadeira realizao de Pascal: encontrar uma abordagem sistemtica e

    generalizvel que

    nos permite calcular a resposta a partir de uma frmula, ou encontr-la numa

    tabela. Baseia-

    se num curioso arranjo de nmeros na forma de um tringulo (Tringulo de

    Pascal). Ele til

    sempre que quisermos saber o nmero de maneiras pelas quais podemos

    selecionar algum

    nmero de objetos a partir de uma coleo que tenha nmero igual ou maior de

    objetos (ex:

    problema citado anteriormente).

    8. Aposta de Pascal conceito da esperana matemtica.

    5. As conflitantes leis dos grandes e dos pequenos nmeros

    1. Qual a conexo entre as probabilidades subjacentes e os resultados

    observados? Por exemplo,

    qual a garantia que o dado cairia no nmero 2 uma vez a cada 6 jogadas?

    Alguns defendem

    que no h aleatoriedade em um dado, porexemplo, pois todos eles esto

    fadados a serem

    imperfeitos e favorecem certos nmeros. A perfeio s de Deus (religiosos).

  • Entretanto, a

    Natureza tem acesso perfeio e acontecem eventos realmente aleatrios no

    nvel atmico

    (base da teoria quntica)

    2. Mtodo de Monte Carlo -> rudo gerado eletronicamente, uma espcie de

    roleta eletrnica. O

    sistema mostrou-se tendencioso, assim como os dados. O caos completo ,

    ironicamente, um

    tipo de perfeio.

    3. Probabilidade determinstica: coletada a partir de um pressuposto ou

    mtodo que, sendo

    aplicado muitas e muitas vezes indefinidamente, faa com que, a longo prazo,

    o sorteio de

    qualquer conjunto de nmeros ocorra com freqncia igual de qualquer outro

    conjunto de

    mesmo tamanho (Charles Sanders). Julgamos uma amostra pelo modo como

    ela se apresenta.

    4. Probabilidade subjetiva: Julgamos uma amostra pelo modo como ela

    produzida. Um nmero

    ou conjunto de nmeros considerado aleatrio se no soubermos ou no

    pudermos prever

    que resultados sero gerados pelo processo. // O lanamento de um dado seria

    sempre

    aleatrio pela primeira definio se o mundo fosse perfeito. Como no , o

    lanamento

    aleatrio pela segunda definio (mundo real e imperfeito).

    5. Bernoulli acreditava ser insano, tanto nas situaes subjetivas quanto nas

    de incerteza,

    imaginar que poderamos ter alguma espcie de conhecimento prvio, ou a

    priori, sobre as

  • probabilidades. Com que preciso as probabilidades subjacentes se refletem

    nos resultados

    reais?Para Bernoulli, era perfeitamente justificvel esperar que, com o aumento

    no nmero de

    testes, as freqncias observadas refletissem com cada vez mais preciso

    as probabilidades

    subjacentes.

    6. Bernoulli: sequncia (sucesso ordenada de elementos); srie (soma de

    uma sequncia de

    nmeros); limite (final da sequncia marcado por um ponto ou alcance do

    nmero desejado)

    7. O paradoxo de Zeno

    8. Teorema ureo (exemplo da urna com bolinhas brancas e pretas). Apesar

    de suas limitaes, o

    Teorema ureo foi um marco por haver demonstrado, ao menos em princpio,

    que uma amostra

    suficientemente grande refletiria quase com certeza a composio subjacente

    da populao

    testada.

    9. (falsa) Lei dos Pequenos nmeros: nome sarcstico para descrever a

    tentativa equivocada

    de aplicarmos a Lei dos Grandes Nmeros (Teorema ureo) quando os

    nmeros no so

    grandes. Ocorre muito na vida real (Ex: obsevao do desempenho de

    Hollywood previamente

    citado). Outra noo equivocada ligada a tal lei a ideia de que um evento tem

    mais ou menos

    probabilidade de ocorrer porque j aconteceu ou no recentemente. Isso

    chamado de falcia

    do jogador.

  • 6. Falsos positivos e verdadeiras falcias

    1. Probabilidade condicional: a Teoria de Bayes trata essencialmente do que

    ocorre com a

    probabilidade de ocorrncia de um evento se outros eventos ocorrerem, ou

    dado que

    ocorram. Exemplos: menina chamada Flrida e teste de HIV do autor.

    2. Como podemos inferir a probabilidade subjacente a partir da observao?

    Porexemplo,

    Se um medicamento acabou de curar 45 dos 60 pacientes num estudo clnico,

    o que isso

    nos informa sobre a chance de que funcione no prximo paciente? Se

    funcionou para

    600 mil dentre 1 milho de pacientes, est bastante claro que sua chance de

    funcionar

    prxima de 60%. Porm, que concluses podemos tirar a partir de estudos

    menores? A

    Teoria de Bayes nos mostra como fazer avaliaes e como ajust-las quando

    deparados

    com novos dados.

    3. A Teoria de Bayes muito utilizada na cincia e na indstria (exemplo do

    seguros de

    vida).

    4. A chave de sua abordagem usar quaisquer novas informaes para podar

    o espao

    amostral, ajustando as probabilidades de maneira correspondente.

    5. A probabilidade de que A ocorra se B ocorrer geralmente difere da

    probabilidade de que

    B ocorra se A ocorrer.

    6. Falcias (ex: julgamentos)

    7. Probabilidade Estatstica: a primeira trata de previses baseadas em

    probabilidades

  • fixas; a segunda, de como inferir essas probabilidades com base nos dados

    observados.

    7. A medio e a Lei dos Erros

    1. Notas e votaes (dos EUA principalmente) so medies de qualidade (e

    no uma descrio do

    grau de qualidade), sujeitas a variaes e erros aleatrios.

    2. Fim do sculo XVIII e incio do XIX -> surgimento de uma teoria de medio,

    a estatstica,

    importante at hoje.

    3. Uma das pequenas contradies da vida o fato de que, embora a medio

    sempre traga

    consigo a incerteza, esta raramente discutida quando medies so citadas

    (ex: radares detrnsito e taxas de desemprego). A incerteza da medio

    ainda mais problemtica quando a

    quantidade medida subjetiva (ex: notas de trabalhos e nota dos vinhos).

    4. Quando realizamos uma avaliao ou medio, nosso crebro no se fia

    apenas nos estmulos

    perceptivos diretos. Ele tambm integra outras fontes de informao como a

    nossa

    expectativa.

    5. Experincia da Coca-Cola/Pepsi (gravar).

    6. Classificaes numricas so mais eficazes no mercado do que escritas.

    7. Se um vinho ou uma composio escolar realmente admite alguma medida

    de qualidade que

    possa ser sintetizada em um nmero, uma teoria da medio dever abordar

    duas questes

    fundamentais: como determinar esse nmero a partir de uma srie de

    medies de resultados

    variveis? Dado um conjunto limitado de medies, como avaliar a

  • probabilidade de que certa

    determinao esteja correta?

    Desvio padro da amostra: caracteriza o quanto um conjunto de dados se

    aproxima da

    mdia ou, em termos prticos a incerteza dos dados. Ex: se todos deram

    nota 90, o

    desvio padro 0, ou seja, todos os dados so idnticos a mdia; Na srie

    dada como

    exemplos pelo livro (pg.175), as notas variam de 80 a 100 e o desvio padro

    6, o que

    significa que, como regra, a maioria das classificaes cair a no mximo 6

    pontos de

    diferena da mdia (84 96).

    Varincia da amostra.

    Margem de erro: quando dizem que a margem de erro de uma pesquisa de

    5% para

    mais ou para menos significa dizer que se repetissem a pesquisa uma grande

    quantidade

    devezes, o resultado estaria a menos de 5% do valor correto. O que significa

    dizer que,

    se uma pesquisa deu 50% e a margem de erro de 3,5% e logo em seguida

    publicam

    52% no h aumento algum.

    8. Lei dos Erros: a ideia de que a distribuio dos erros segue alguma lei

    universal o preceito

    central no qual se baseia a teoria da medio.

    9. Grficos.

    10. Teorema do Limite Central: a probabilidade de que a soma de uma grande

    quantidade de

    fatores aleatrios seja iguala qualquer valor dado se distribui de acordo com a

    distribuio

  • normal. Ex: fatores ligados a assar 100 pes e a flecha meu erro total na mira

    seria a soma dos

    meus erros.

    1. Acadmicos apreenderam essas ideias e descobriram, surpresos, que a

    variao nas

    caractersticas e no comportamento humano muitas vezes apresenta um

    padro semelhante ao

    do erro nas medies. Assim, tentaram estender a aplicao da Lei dos erros

    das cincias para

    uma nova cincia das questes humanas.

    2. O tempo de vida e a vida de cada pessoa imprevisvel, mas ao

    coletarmos dados de grupos e

    o analisarmos em conjunto, surgem padres regulares.

    3. Cada um, segundo uma inclinao prpria, segue um propsito prprio,

    muitas vezes em

    oposio aos demais; ainda assim, cada pessoa e cada povo, como que

    guiados por um fio,

    seguem em direo a um objetivo natural, mas desconhecido de todos; todos

    trabalham para

    alcan-lo, muito embora, se o conhecessem, no lhe dariam muita

    importncia (Kant).

    4. Costumamos associar a aleatoriedade desordem.Ainda assim, a vida de

    200 milhes de

    motoristas, por exemplo, variem de modo imprevisvel, seu comportamento

    total dificilmente

    poderia ser mais ordenado. Como descobriram, os dados sociais

    frequentemente seguem a

    distribuio normal.

    5. Importncias da estatstica (principalmente governamental).

    6. Qutelet fez algo novo com os dados: alm de examinar a mdia,

  • pormenorizou a maneira pela

    qual se desviavam da mdia (ex: militares baixinhos).

    7. Os padres de aleatoriedade so to confiveis que, em certos dados

    sociais, sua violao pode

    ser vista como uma prova de delitos (ex: padeiro). Economia forense.

    8. Se fizermos mil cpias de uma esttua, essas cpias contero variaes

    devido a erros de

    medio e construo, e a variao ser governada pela Lei dos Erros. Se a

    variao das

    caractersticas fsicas das pessoas seguir a mesma lei, isso dever ocorrer

    porque ns tambm

    somos rplicas imperfeitas de um prottipo (lhomme moyen). Qutelet

    acreditava tambm que

    deveria haver um modelo padro para o comportamento humano. Esse

    prottipo seria diferente

    em diferentes culturas e poderia se modificar em diferentes condies sociais.

    9. Da mesma forma que um objeto, se no for afetado, mantm seu estado em

    movimento

    (Newton), o comportamento em massa das pessoas, se no forem alteradas as

    condies

    sociais, permaneceria constante. (ex: crime gerado pela desigualdade social).

    10. Nem tudo o que acontece na sociedade, especialmente no mbito

    financeiro, governado peladistribuio normal (ex: Hollywood e seus

    megasucessos).

    11. Galton: Eugenia. Regresso mdia (ex: altura). Coeficiente de correlao

    (ex: McDonalds).

    12. Teste do chi-quadrado: permite que determinemos a probabilidade de que o

    objeto mais votado

    tenha recebido mais votos em virtude da preferncia dos consumidores, e no

    do acaso.

  • 13. Movimento browniano e suas descobertas (o andar do bbado). Boa parte

    da ordem que

    encontramos na natureza esconde uma desordem subjacente invisvel, e

    assim, s pode ser

    compreendida por meio das regras da aleatoriedade.

    9. Iluses de padro e padres de iluso

    1. Temos a iluso de que nossa viso ntida e clara. Usamos tambm a

    imaginao para

    preencher lacunas nos dados no visuais. Assim, chegamos a concluses a

    partir de informaes

    incompletas e pensamos que nossa imagem clara e precisa. No .

    2. Teste de significncia: criao cientfica para tentar identificar falsos

    padres. Trata-se de

    um procedimento formal para calcular a probabilidade de observamos o que

    observamos se

    a hiptese que estamos testando for verdadeira. Se a probabilidade for baixa,

    rejeitamos a

    hiptese. Se for alta, podemos aceit-la. Esse teste, porm, s usado no

    meio cientfico. No

    dia-a-dia ele no funciona, por isso usamos nossa intuio.

    3. Exemplo do iPod ao embaralhar suas msicas menos aleatoriamente para

    que paream mais

    aleatrias para definir que nem sempre o que parece aleatrio o (e vice-

    versa). Analogia

    das moedas para mostrar eventos aleatrios, dias desorte e azar. Analistas da

    Wall Street

    (aleatoriedade no mercado financeiro - Koppet). Falcia da boa sorte.

    4. importante enxergamos as coisas a longo prazo, entendendo que

    sequncias e outros padres

  • que no parecem aleatrios podem de fato ocorrer por puro acaso. Tambm

    importante, ao

    avaliarmos os demais, reconhecer que, num grande grupo de pessoas, seria

    muito estranho se

    uma delas no vivesse uma longa sequncia de xitos ou fracassos.

    5. Padres aleatrios no espao podem ser igualmente enganadores.

    6. As pessoas gostam de exercer controle sobre seu ambiente. Quando isso

    no acontece, elas

    ficam mais nervosas e ansiosas. Por isso somos relutantes em aceitar a

    aleatoriedade porque

    no estamos no controle dos eventos.

    7. Quando estamos diante de uma iluso ou em qualquer momento em que

    tenhamos uma

    nova ideia -, em vez de tentarmos provar que nossas ideias esto erradas,

    geralmente tentamos

    provar que esto corretas. Os psiclogos chamam isso de vis da confirmao,

    ela representa

    um grande impedimento nossa tentativa de nos libertarmos da interpretao

    errnea da

    aleatoriedade. Usamos a ambigidade a nosso favor tambm. Citao de

    Bacon (pag. 245)

    10. O andar do bbado

    1. Determinismo: a ideia de que o estado do mundo no momento presente

    determina

    precisamente a maneira como o futuro se desenrolar. Na vida cotidiana, o

    determinismo

    pressupe um mundo no qual nossas qualidades pessoais e as propriedades

    de qualquer

    situao ou ambiente levam direta einequivocadamente a conseqncias

  • precisas. uma

    utopia, entretanto, pois para isso as leis da natureza devem ditar um futuro

    definido e ns

    devemos conhecer todas essas leis, alm de no haver influncias imprevistas.

    Refutao disso

    na pgina 251.

    2. Efeito borboleta: ideia de que um pequeno detalhe pode gerar grandes

    modificaes

    posteriormente. Eventos aleatrios inconseqentes que levam a grandes

    mudanas. Ex:

    encontrar sua futura esposa.

    3. O andar do bbado o arqutipo. Esse modelo tambm se adapta bem s

    nossas vidas, pois,

    como ocorre com os grnulos de plen que flutuam no fluido browniano, os

    eventos aleatrios

    nos empurram continuamente numa direo e depois em outra. Dessa forma,

    embora possamos

    encontrar regularidades estatsticas em dados sociais, o futuro de cada

    indivduo impossvel de

    prever.

    4. Quando algum evento inesperado acontece e no conseguimos prev-lo de

    antemo,

    porque visto posteriormente j temos todos os dados necessrios para traar o

    caminho

    que culminou no evento. Antes, porm, teramos que calcular todas (infinitas)

    possibilidades

    para conseguir prever o que aconteceria. Ou seja, praticamente impossvel.

    Essa assimetria

    fundamental o motivo pelo qual o passado tantas vezes parece bvio, mesmo

    que no

  • tivssemos a possibilidade de o haver previsto. Trata-se, portante, de um

    processo probabilstico

    cujo futuro difcil de prever e o passado fcil de entender.

    5. Em vez de confiarmos em nossa capacidade de prever os

    acontecimentosfuturos, podemos nos

    concentrar na capacidade de reagir a eles, por meio de qualidades como

    flexibilidade, confiana,

    coragem e perseverana.

    6. Em sistemas complexos (entre os quais incluo nossas vidas), devemos

    esperar que fatores

    menores, que geralmente ignoramos, possam causar grandes acidentes em

    funo do acaso (ex:

    usina Three Mile Island). Teoria de Perrow -> Teoria do Acidente Normal.

    7. Viso determinstica do mercado: viso segundo a qual o sucesso

    governado principalmente

    pelas qualidades intrnsecas da pessoa ou do produto (ex: indstria cultural

    replicao).

    Viso no-determinstica, mas sim probabilstica = sorte. A viso determinstica

    no procede

    (explicao com o exemplo dos oito grupos ouvindo msica).

    8. Pode ser um erro julgarmos o brilhantismo das pessoas em proporo sua

    riqueza. No somos

    capazes de enxergar o potencial individual, apenas seus resultados, e assim

    frequentemente

    fazemos julgamentos equivocados, pensando que os resultados devem refletir

    o interior. A

    Teoria do Acidente Normal no nos mostra que, na vida, a conexo entre

    aes e resultados

    aleatria, e sim que influncias aleatrias so to importantes quanto nossas

    qualidades e

    aes.

  • 9. Julgamos negativamente os que se encontram no lado mais desfavorecido

    da sociedade.

    Deixamos de perceber os efeitos da aleatoriedade na vida porque, quando

    avaliamos o mundo,

    tendemos a ver exatamente o que esperamos ver. Definimos efetivamente o

    talento de uma

    pessoa em funo de seu grau de sucesso.