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OS PERIGOS DO CYBERESPACO A tecnologia está cada vez mais ao alcance de todos, inclusive dos criminosos BIENAL DE SP pág.08 As tão faladas instalações da maior mostra de arte do país Ano III - nº 18 - out.2010 Por que é importante ler? O Jornal O Arauto é uma publicação da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - CEUNSP Murilo Santos / O Arauto pág.12 ESPECIAL SAÚDE Especial Leitura: Suplemento mostra os cursos, o ensino e os laboratórios da Faculdade de Saúde do CEUNSP encarte Especial Leitura: Por que é importante ler? Paulo Aranha / O Arauto

O Arauto nº18 - caderno 1

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Jornal universitário elaborado pela Agência Experimental de Comunicação e Artes da FCA-CEUNSP

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Page 1: O Arauto nº18 - caderno 1

OS PERIGOS DO CYBERESPACOA tecnologia está cada vez mais ao alcance de todos, inclusive dos criminosos

BIENAL DE SP

pág.08

As tão faladas instalações da maior mostra de arte do país

Ano III - nº 18 - out.2010

Por que é importante

ler?

O Jornal O Arauto é uma publicação da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - CEUNSP

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pág.12

ESPECIAL SAÚDE

Especial Leitura:

Suplemento mostra os cursos, o ensino e os laboratórios da Faculdade de Saúde do CEUNSP

encarte

Especial Leitura:Por que é

importante ler?

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A gíria, que dá título a este editorial, melhor do que qualquer outro substantivo, define bem o mundo das Comunicações e Artes contemporâneo. Muitas manifestações dessas áreas piscam a todo instante à frente dos interessados. E é preciso estar atento, ligado – para usar outra gíria. Só na seara da Tecnologia da Informação, Informática todo dia surge uma novidade. O Arauto, nesta edição, também tentou “antenar”, sentindo – na medida do possível – todos os sinais que vem do horizonte da atualidade.

No nosso especial, debatemos a leitura e a importância dos livros. Mas também abrimos espaço para outras formas de aprendizado/comunicação. os cuidados quer todos devem ter à frente da internet (espaço democratico, pois interativo, mas onde também todos os males se instalam) e da fotografia, numa galeria com cenas de outra forma de expressão: a música ao vivo.

E como música lembra Arte e esta, cultura vamos abrir espaço também para a 29ª maravilhosa – sempre – e polêmica – normalmente – Bienal de Artes de São Paulo. Aliás, o que você está fazendo que ainda não foi ver? Vá. A entrada é de graça. Você só gasta o transporte, mas adquire muita reflexão.

Refletir é também perceber que ótimas iniciativas não são unânimes. Democraticamente ouvimos os a favor e os contra à Lei Antifumo paulista que a mais de um ano tenta mobilizar a sociedade para reavaliar perspectivas de saúde e comportamento (O Arauto é contra o fumo, ok?).

Antenados e debatendo. Nossa função, acredito, está sendo feita. Participe você também. Boa leitura!

Antenado

da mesa do redator

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Publicação da Faculdade de Comunicação e Artes (FCA) do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP). Contato: [email protected]

Jornalista Responsável e Editor-Chefe: Prof. Esp. Pedro Courbassier (MTb.: 23.727).Projeto Gráfico, Diagramação e Edição de Fotografia: Prof. Murilo Santos.

Pré-revisão: estudantes. Revisão final: Profª Esp. Maria Regina Amélio e Prof.ª Ms. Renata Boutin Becate.Conselho Editorial: Prof. Edson Cortez (coordenador-Geral da FCA); Prof. Ms. Filipe Salles (coordenador cursos de Artes); Prof.ª Ms. Maria Paula Piotto S. Guimarães (coordenadora cursos de Comunicação); Prof. Murilo Santos; Prof. Esp. Pedro Courbassier; Prof. Dr. Rubens Anganuzzi Filho (diretor da FCA).

O Arauto é um produo da Agência Experimental de Comunicação e Artes (AECA), feito em parceria com os estudantes de Comunicação que pautam, assinam as reportagens, fotografam e abastacem o blog Arautomania.

Tiragem: 30 mil exemplares

Blog:arautomania.blogspot.comOs textos são de responsabilidade dos autores

www.ceunsp.edu.br

FLAGR A

A impudência parece ser mesmo inerente a raça humana. Cidades já ficaram sem energia elétrica porque um passional subiu na torre de alta tensão, ameaçando se matar, após o término do namoro. Neste flagra do estudante da FCA/CEUNSP Evandro Ananias, clicado numa torre de telefonia móvel de Tatuí, outro desesperado ameaçou estragar a tarde impondo uma razão qualquer... e dando trabalho aos homens do Corpo de Bombeiros.

Comunicação do LeitorQuem lê O Arauto vai gostar da notícia:

A Fundação Social Itaú distribui até o fim deste ano 8 milhões de livros infantis em forma de kits enviados pelo correio. Sugiro que todos se cadastrem (com CPF) e solicitem os livros ou apenas divulguem para pais e educadores interessados em promover a leitura: leia com seu(s) filho(s), doe para uma biblioteca, uma brinquedoteca, para um sobrinho(a).

Vamos incentivar a leitura infantil! O site é verdadeiro, não é virus. Eu já me cadastrei solicitando o meu:

www.itau.com.br/lerfazcrescer

Marília Carrenho Camillo Coltri Professora Especialista do [email protected]

Nota da Redação: Realmente existe o site e recebe-se livros em casa.

Professora do CEUNSP lança livro ‘Office Academico’

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A professora do curso de Design de Moda do CEUNSP, Daniella Romanato, informa sobre o lançamento no final de setembro do livro de sua autoria: Office Acadêmico. A obra, desenvolvida a partir da experiencia da docente com orientações de trabalhos acadêmicos, pretende ajudar todos aqueles que precisam cumprir o prazo de entrega dos Trabalhos de Conclusão de Curso, os conhecidos TCCs. Além desse alvo, o livro também auxilia com dicas e procedimentos a todos que precisam digitar conteúdos no programa Word e esclarece todo o tipo de dúvida a ser feita em trabalhos que seguem as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Somos uma Casa de Acolhimento para Dependentes Químicos. Abrigamos nove adolescentes com idade de 13 a 17 anos. Esses meninos chegam até nós pelos pais, Conselho Tutelar, poder Judiciário etc. Mas, na maioria das vezes, os familiares não podem custear um tratamento e por isso acolhemos gratuitamente. Por isso precisamos de ajuda financeira, material e voluntária.

Gostaria de agradecer a doação de leite dos alunos do Curso de Farmácia da Faculdade CEUNSP.

Visite o nosso site:www.comunidadenascerdenovo.com.br e saiba mais sobre o nosso trabalho.

Grande abraço.

Lúcia CostaSecretaria da Comunidade Nascer de Novo Telefone (11) 4029.4904

Há uma promoção de venda da obra para professores e alunos do CEUNSP, com custo reduzido de R$ 30,00. O contato pode ser feito por e-mail, diretamente com a autora: [email protected].

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pág.03debate O arauto/set.10

Se o brasileiro tem a má fama de possuir uma memória coletiva fraca, principalmente com relação a fatos que dizem respeito à política e à economia, no setor cultural a questão se intensifica. Um país que, há mais de cinqüenta anos, se acostumou a ovacionar “enlatados” norte-americanos em todas as áreas da indústria cultural, também deixou de perceber, por isso, a enorme riqueza que se esconde por trás de todo o “jeitinho brasileiro”. Um pouco desse “jeitinho” já havia sido impresso no século XIX nas páginas do livro Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida, numa tentativa inicial de desenvolver as verdadeiras raízes culturais do povo brasileiro. No entanto, isso só viria acontecer no século seguinte, durante os anos vinte, com o movimento modernista, especialmente estampado em Macunaíma, do antropofagista Mário de Andrade.

Mas fora da área literária, acessível ainda somente a uma pequena parcela da população letrada, alguns de nossos parcos meios impressos de comunicação de massa já apresentaram diversos personagens estritamente brasileiros. As Melindrosas, do grande cartunista J. Carlos e Juca Pato, de Belmonte, assim como vários personagens infantis que se incluíam em jornais e re-vistas de grande circulação entre diversos públicos da então recém instaurada Indústria Cultural Brasileira. Mesmo moldados inicialmente nos formatos de seus relativos europeus e norte-americanos, nossos jornais, revistas, e até anúncios publicitários (hoje reconhecidos mundialmente como um dos melhores), além de toda uma série de obras criativas em todo o setor gráfico, se tornaram também modelos culturais de conduta.

Muitos se recordam “daquela” revista que mamãe tanto lia nas férias, ou então daqueles anúncios publicitários de produtos que hoje não nos dizem mais respeito, mesmo por que foram substituídos por outros mais modernos. Outras pessoas ainda lembram (e muitas guardam em coleções) edições antigas da Veja, O Cruzeiro ou Realidade, além daqueles “gibis” encaixotados debaixo da cama ou no armário. Muitas, no entanto, sequer sabem o que foi uma Fon-fon! ou um O Tico-Tico. E alguém, por acaso, já ouviu falar da Careta? Imaginem, então, o que baús empoeirados de algumas famílias poderiam nos apresentar: fotografias antigas, recortes de jornais, revistas com seus glamorosos anúncios de sabonetes com nossas mais belas atrizes, enfim, toda uma gama de informações que nos remetem à cultura de um povo. O nosso povo.

Bem, ao evocarmos, nestes casos, o termo “cultura”, poderemos relacioná-lo tanto às atitudes e comportamentos de uma determinada sociedade como aos produtos dela extraídos. Rico culturalmente, mas pobre em memória, o Brasil ainda precisa caminhar longos passos na manutenção dessa sua cultura. Dispomos hoje de diversos materiais que são reproduzidos pela Indústria Cultural, distribuídos às camadas sociais e que, muito ou pouco tempo depois, são esquecidos e jogados num limbo, muitas vezes sem retorno.

Semelhante ao que acontece com uma grande parte desses produtos culturais, nossa imagem gráfica (ou seja, os produtos gerados pelas artes de reprodução gráfica) também sofre com essa falta de um espaço na memória cultural brasileira. Centros culturais, museus e centros de memória, principalmente por estarem ligados a estruturas deficientes dos poderes federal, estadual e/ou municipal, estão encerrando suas atividades ou reduzindo, drasticamente, sua atuação na área, como podemos verificar, por exemplo, as atividades do Museu da

Imagem e do Som (MIS), em São Paulo, ou a própria Funarte, que ainda passa por sérias dificuldades causadas ora por má gestão, ora por total descaso de suas administrações.

Esses aspectos, junto com a falta de uma entidade que mantenha a memória da imagem gráfica brasileira, mostram a necessidade da criação de um órgão voltado para essa área. A partir dessa premissa, imaginamos um projeto de uma entidade, a qual chamaremos inicialmente de Fundação da Memória Gráfica Brasileira. Atuando como um órgão independente, essa Fundação teria como principal função a preservação da memória gráfica, por meio da aquisição, restauração, organização e catalogação de obras gráficas, cujos valores histórico e prático estariam vinculados às suas funções, técnicas, processos e linguagens envolvidas; autorias e datas de criação e produção.

Além disso, a fundação funcionaria como um centro de cultura, promovendo e divulgando estudos e pesquisas teóricas e práticas; criando oficinas práticas e expondo seu acervo à comunidade, por meio de biblioteca e galeria de exposições próprias. Dentro da área gráfica escolhemos alguns temas, ligados a três departamentos de estudos e produção, que norteariam os trabalhos da Fundação, sendo eles: Grafismo, Fotografia e Editoração e Design Gráficos. Essas áreas específicas das artes gráficas seriam desenvolvidas de maneira a que a Fundação pudesse oferecer maiores recursos técnicos, teóricos e de conhecimento histórico a universidades, editoras e indústrias gráficas, as quais se associariam à instituição.

Os recursos necessários para a Fundação, a partir de sua constituição física, humana e funcional, seriam conseguidos por meio de parcerias com a iniciativa privada e universidades públicas e particulares. O retorno do capital investido está calculado para entre médio e longo prazos, já que a maioria dos serviços da Fundação será na área de catalogação e pesquisa.

Sendo o objetivo principal dessa Fundação a preservação da história da imagem gráfica no Brasil, assim como o incentivo a estudos teóricos e práticos sobre as linguagens envolvidas nos processos de criação e a divulgação e exposição de produtos históricos ou inéditos, cujos principais temas serão Grafismo - abrangendo as áreas de ilustração, desenho, história em quadrinhos e cartunismo; Fotografia, e Editoração e Design Gráficos - abrangendo áreas tais como a editorial (livros, jornais e revistas), embalagem, publicidade e cartazes. Haverá a necessidade da criação de alguns setores e serviços que farão parte da estrutura organizacional da Fundação, sendo eles os Departamentos Específicos, abrangendo as três áreas já citadas; os Núcleos de Apoio, tais como um de restauração, um de aquisição e um de divulgação, e setores de Serviços voltados à comunidade: uma Galeria de Exposição e uma biblioteca Circulante.

Mais do que um projeto, isto é uma proposta de trabalho. Uma proposta de organização e desenvolvimento de um órgão que possa atuar junto a universidades e empresas do setor, assim como contribuir com a manutenção de nossa memória gráfica. Acreditamos que esse tipo de organização se faz necessário hoje, para podermos resgatar um pouco dessa memória que tanto nos faz falta e que, com o passar dos tempos, fará ainda mais. Para aqueles que também se sentem assim, entrem em contato. Talvez com essa proposta possamos fazer a diferença nessa época de uma mortal amnésia cultural.

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Uma proposta para o resgate de nossa memória gráfica

“Cultura não é uma ação cosmética de efeito rápido e imediato, mas um investimento com retorno garantido, mesmo sendo em longo prazo”.Luis Milanesi - A Casa da Invenção.

[ Agnelo Fedel* ]

* É jornalista, professor universitário (FCA/CEUNSP),

especialista em Teorias e Técnicas da Comunicação e

mestre em Comunicação e Mercado. Atua há mais de

20 anos como professor e pesquisador dos efeitos

dos produtos da Indústria Cultural, tais como Cinema,

Televisão, Quadrinhos e Literatura de Massa.

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ANÚNCIO

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Vinheta audiovisual da FCA-CEUNSP ganha prêmio nacional

Estudantes de Rádio e TV e Publicidade da FCA-CEUNSP venceram a etapa nacional do prêmio Expocom 2010, evento que ocorre junto ao maior congresso de comunicação da América Latina, o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, organizado pela Intercom. A solenidade de premiação deste ano, que ocorreu em Caxias do Sul/RS, no dia 6 de setembro, contou com a presença de André Tambucci, estudante do 6º semestre de RTV, que foi novamente defender o projeto de seu grupo assim como havia defendido na etapa regional da Expocom.

André mostrou para a banca a vinheta do programa Mix Total, programa voltado para um público jovem e universitário, e defendeu o uso de referências Pop Art e de Pin Up presentes no vídeo. “Foi uma grande satisfação ver nosso trabalho reconhecido, avaliado e criticado construtivamente. Fico orgulhoso pelo que produzimos e pelas pessoas que participaram”. Os alunos premiados (foto) são André Tambucci, Júlia Aparecida Pereira, Ricardo Pereira da Silva, Vitor Bergamo Nunes, todos do curso de Rádio e TV, e Érica Cristina Zerbinatti, de Publicidade e Propaganda.

Para a orientadora do grupo, a professora Renata Becate, o resultado mostra que a FCA não tem nada a dever para outras instituições de ensino superior: “Nosso objetivo é ser, pelo menos, a melhor faculdade de comunicação do País fora da capital de São Paulo, e estamos conseguindo”, comemora.

www.ceunsp.edu.br

vida universitária

Eu fui!SWU:

[ Jean Pluvinage ]

Sobre o comentado SWU você já deve ter ouvido/visto: Três dias de música reunindo mais de setenta atrações do rock nacional e internacional, som eletrônico, jazz e outros gêneros, em um grande espaço cuja o debate chamva pela sustentabilidade e um planeta melhor. Aliás, sempre é bom lembrar que SWU são as iniciais de Starts with you, que em portaguês significa “Comeca com você”. Cerca de 160 mil pessoas estiveram no espaço localizado num pesqueiro/fazenda de Itu. Primeira edição de um festival que deu visibilidade e mexeu com a economia da região: hotéis, pousadas e até mesmo quartos residenciais (postos para aluguel) lotaram e os taxistas fizeram a festa.

FCA nos debates - Uma parceria entre os organizadores do SWU e a FCA, levou trinta integrantes da faculdade para participar do Fórum Global de Sustentabilidade, um encontro para debater o futuro do mundo/meio ambiente. Foram 44 palestrantes de várias partes do globo: de cultivador de alimentos orgânicos dos Estados Unidos a ambientalista do oceano da Tailândia. Apesar da variedade de origens foram os brasileiros que tiveram destaque, principalmente o músico e compositor Marcelo Yuka e a diretora do Canal Futura Lúcia Araújo, muito aplaudidos em suas considerações no segundo dos três dias de fórum. Os vários problemas ambientais e suas possíveis soluções foram discutidos entre o empresários, ambientalistas e o público presente. Um assunto abordado pela professora Renata Becate, da FCA, foi a participação do universitário na

[Nathalia Pimenta]

construção de um mundo sustentável e no processo de conscientização da sociedade sobre este tema tão importante para a sobrevivencia da vida – inclusive a humana - no planeta. Ao responder sua pergunta, Lúcia Araújo enfatizou que as universidades são importantes polos de conhecimento, mas que os universitários ainda estão muito “engessados” dentro de seus muros: “É imprescindível que o jovem transpasse os limites de suas universidades e cobrem de seus professores uma interação maior com a comunidade fora da faculdade. Além disso é preciso comunicação e integração entre cursos de diferentes áreas e que se permita a troca de ideias e encontro de soluções efetivas”, disse.

ONGs – Instalações artísticas feitas com sucatas estavam espalhadas pelo local do festival. Um espaço muito intreressante era onde as ONGs mostravam seus trabalhos, entre elas SOS Mata Atlantica, Um Teto para o Meu País, Greenpeace e Prato Cheio. Quem teve a oportunidade de visitar prendeu-se com as atividades dessas organizações essenciais para a sociedade. Quem não foi vale a pena pesquisar num site de busca da internet e conferir a dica.

2011 – O empresário organizador do evento, Eduardo Fischer, durante o Fórum, confirmou estar quase certa a próxima edição do SWU no próximo ano, provavelmente de novo na Fazenda Maeda. Entre as atrações, a banda Alice in Chains é uma possibilidade. “Nao temos o compromisso apenas com o rock, pois penso em dividir as noites por gêneros musicais. Seria um dia para o hip hop, outro para o rock, outro para o pop”, declarou Ficher. Sobre o transporte e dificuldade de locomoção, que ao lado dos preços, foi o que mais desagradou alguns frequentadores, Fischer diz estudar uma solução e quem sabe a utilização da linha de trem que passa ao lado da fazenda. Mas ainda não há confirmação oficial de nada.

Durante os três dias só não fez novas amizades

quem não quis. A impressão que ficou é que algo unia todas aquelas pessoas, fosse o engajamento em uma causa, fosse a adoração por uma banda, fosse o frio polar que insisita em dominar o ambiente durante as noites: conhecer pessoas de todos os lugares fez valer a pena atá os contratempos passados durante o evento.

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De olho no futuro da humanidade: estudantes e professores da FCA/CEUNSP debateram sustentabilidade num fórum internacional

Depois de vencerem a fase regional, em Vitória/ES, alunos de RTV da FCA/CEUNSP ganharam a premiação nacional do Expocom

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pág.07acontece na fca O arauto/set.10

[ Paulo Aranha ]

Atividade celebrada simultaneamente em mais de 400 cidades, o Dia Internacional da Animação está presente no Brasil pelo sétimo ano seguido. Salto, pela primeira vez, e Itu, que participou de três edições do “Dia”, serão localidades do país a ser sede da mostra de curtas nacionais e internacionais, agendada para começar às 19h30 do dia 28 de outubro. A iniciativa, organizada pela Associação Brasileira de Cinema de Animação, é desenvolvida em conjunto com outros países, como França, Estados Unidos e Irã.

Em 2010 foram inscritos 73 curtas-metragens em animação de vários estados brasileiros. Destes, foram selecionados onze para o programa oficial brasileiro que será exibido em todas as cidades participantes no Brasil e nos 51 países membros da Associação Internacional. Além das exibições da mostra oficial, nacional e internacional (que terão uma hora de duração cada), atividades paralelas serão feitas nas cidades participantes nos dias que antecedem ao evento: mostras infantis, mostra para portadores de necessidades especiais, oficinas, debates, palestras e exposições.

Em Salto, a mostra vai ser no Cineclube CEUNSP da FCA-Faculdade de Comunicação e Artes de Salto: Auditório do Bloco K, no Campus V - Largo da Matriz, 73, Centro, Salto/SP. Mais informações pelo telefone(11) 4028-8806.

Aqui será sede do

[ Paulo Ernesto Aranha ]

[ Sandra Ribeiro ]

“Você é foca, não é minha fi-lha? Percebi pela ousadia.” Foi com essa frase que o ex-presidente Juscelino Kubits-chek recebeu a jornalista Miriam Krasil logo após ela ter invadido o Palácio do Pla-nalto em uma noite da década de cinqüenta. A intenção era conseguir uma entrevista ex-clusiva com o então presiden-te da Itália Giovanni Gronchi que visitava o Brasil. Além da exclusiva com o pre-sidente, ela emplacou uma com a primeira-dama italia-na no caderno feminino do jornal e garantiu vaga na re-dação do jornal Última Hora com apenas 17 anos de idade. Miriam contou esta e outras experiências profissionais para os alunos do 2º semestre de Jornalismo do CEUNSP/Salto na última semana de setembro. Os maiores ques-tionamentos dos futuros jor-nalistas foram sobre a pouca idade e o fato de serem raras as mulheres nas redações na-quela época. Dona Miriam conta como em apenas quinze minutos, conseguiu a vaga em um dos veículos que revolucionou o jornalismo introduzindo a fo-tografia nos jornais, “Fui até o editor-chefe do Samuel Wei-

Veterana do Jornalismo conversa com estudantes

ner e falei: Quero ser jornalis-ta. Ele me perguntou o porquê e eu disse: Porque eu escrevo bem.” Após ter redigido um texto ela passou a fazer parte do contingente de repórteres do jornal. Formado em sua maioria por homens. Hoje Miriam adota o sobrenome de casada, Benayoun, está com 72 anos e muita vitalidade. Tanto que é presidente da Assamatec (Associação dos Amigos do Teatro e Escola de Música Eleazar de Carvalho), uma ONG de Itu que forma jovens pobres para a música erudita. Mesmo tendo largado a profissão para cuidar dos filhos, ela fala com paixão dos tempos de redação, “São poucas as coisas que me arrependo. Uma delas é ter deixado o Jornalismo.” Assessoria de Imprensa - A jornalista Nathana Lacerda, diretora da Sigma Six Comunicação, a convite da professora Rayneci Vidal, também conversou com estudantes de Comunicação (Jornalismo e Relações Públicas) da FCA. Foi no dia 17 de setembro, com o tema “Assessoria de Imprensa, um mercado promissor”.

[ Sandra Ribeiro e Ricardo Dexter]

A Produtora de Aúdio do CEUNSP já tem sua banda! No dia 14 de setembro, o Grupo de Trabalho escolheu a banda Reguera como vencedora do Concurso Musical da FCA. A Reguera apresentou todos os requesitos exigidos pela competição e surpreendeu a todos com seu som. A banda agora terá apoio de marketing, divulgação, gravação de um videoclipe e também a gravação de um single, realizados pelos alunos da produtora sob coordenação de Fernando Quesada, professor da FCA e baixista da banda Shaman.

Reguera vence concurso

A Reguera começou em outubro de 2004, em Indaiatuba. Já representou os paulistas no festival Unireggae de São Luís/MA, em 2005 e 2006. Tem como diferencial o uso de vocal feminino. A banda procura sempre divulgar mensagens positivas e quebrar os preconceitos que existem em torno do ritmo jamaicano.

Interessado? Confira em www.reguera.com.br A Produtora de Aúdio é uma das empresas da Agencia Experimental de Comunicação e Artes (AECA-FCA).

[ Jean Pluvinage ]

Duas peças montadas pelo grupo Pentáculos participaram do VII Festival de Peças Curtas de Teatro de Sumaré: TPM – Fases de uma mulher e O Jogo. TPM venceu a categoria melhor texto, escrito por Kelli Molognoni, que também atua e teve indicação para “melhor atriz”. Já “O Jogo” não levou prêmios, mas teve indicações para Melhor Sonoplastia (Nicolas Marchi, e Melhor Cenografia (Tatá Nascimento).

As peças - ‘TPM – Fases de uma mulher’ tem uma pessoa e dois personagens: Clarice, nos planos real e imaginário e trata de temas como a mulher na tensão pré-menstrual. ‘O Jogo’ foi uma adaptação feita e dirigida pelo professor Eduardo Scorzelli, da FCA, com participação das atrizes Keyla Curciol e Alana Gardin. Conta a história de duas irmãs às voltas com sentimentos extremos.

O grupo - Pentáculos foi criado em 2006, apenas como um projeto. Em 2009, juntamente com Talita Pessotti, ex-aluna do CEUNSP, o grupo começou as atividades, com a montagem da peça TPM – Fases de uma Mulher. Este ano, outros integrantes se juntaram e deram continuidade a outro projeto, o “Terra: a vista”, apresentada no final do ano passado, na Faculdade de Comunicação e Artes.

Peça com alunos do CEUNSP é premiada no Festival de Sumaré[ da Redação ]

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“Temos a solução para os seus problemas.” Essa frase é o sonho de todo o devedor. Para pessoas com restrições no nome, encontrar a solução para seus problemas, no caso, financeiros, é extremamente complexo. Como bancos e financeiras não liberam crédito para inadimplentes - por mais nobres que sejam suas razões - a internet acaba se tornando a esperança da grande maioria.

Com a interação promovida pela rede, devedores e estelionatários se encontram: é a lei da oferta e da procura. E, na hora de pesquisar a melhor saída para sua enrascada financeira, o inadimplente não filtra de maneira clara as informações e acaba se deixando levar pelas facilidades oferecidas por estes criminosos cibernéticos. “Veja bem, esse é o antigo ‘golpe do vigário’, a diferença é que agora acontece no meio online. As quadrilhas encontraram uma maneira moderna, que é a internet, para utilizar a ambição das vítimas contra elas mesmas”, esclarece o advogado Jonatas Lucena, especialista em crimes virtuais.

O contato é feito de forma simples. Com uma pesquisa utilizando palavras como “empréstimo, online, urgente”, a lista de agiotas é vasta. Dentre eles, o mais bem sucedido é o criminoso conhecido como Pedro Rocha. “Estava com a faculdade atrasada, mesmo negociando não consegui pagar, meu nome estava sujo e não sabia o que fazer, então decidi recorrer à internet”, conta uma estudante. Segundo ela, após uma pesquisa encontrou o contato do estelionatário e resolveu mandar um e-mail. “Ele me respondeu rapidamente, pediu algumas confirmações”, diz.

Os perigos docyberespaçoA tecnologia está cada vez mais ao alcance de todos, inclusive dos criminosos, que tiram proveito da união entre interatividade e anonimato

[ Adriane Souza ]

infotec

“Sinceramente, quando vi a possibilidade de conseguir dinheiro sem comprovação de renda, com pagamento em carnê, acabei respondendo o e-mail com os dados que ele pediu”, relatou. Em resposta, Pedro Rocha solicitou que a universitária depositasse o valor de R$ 250 numa conta pré-indicada por ele, para fins de cadastro. “No e-mail, ele disse que trinta minutos após a confirmação do depósito, liberaria o crédito na minha conta. Imagine só resolver meus problemas financeiros com a faculdade em trinta minutos... Foi por isso que eu caí”, revela.

Sumiu! - Depois de efetuado o depósito, a estudante nunca mais recebeu nenhum tipo de contato de Pedro Rocha, muito menos o dinheiro em conta. “No fim, perdi um dinheiro que não podia, acabei implorando à faculdade por um financiamento mais ameno, assim irei conseguir me formar sem a ajuda de ninguém”, desabafa. A jovem espera que as pessoas fiquem alerta com golpistas. “Meu maior medo é ele acabar usando meu CPF, espero que nunca aconteça, já abri um B.O. e aguardo um parecer judicial, mas sei que será difícil pegá-lo.

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Quando alguém cai neste tipo de golpe, deve comunicar à Polícia o mais rápido possível. O advogado entrevistado diz que a autoridade policial inicia as investigações à partir do boletim de ocorrência (B.O.). “Através de ordem judicial, solicitada pelo responsável da delegacia na qual o B.O. foi registrado, o IP (espécie de registro geral único de cada computador) do golpista é requerido, dando início às investigações”, informou. Normalmente, segundo o advogado, “este tipo de crime se caracteriza como estelionato ou formação de quadrilha, que deve dar uns dois anos de cadeia”.

Os criminosos estão migrando para internet,

por acreditarem que este território é livre e, portanto, impune. “A maior parte dos cybercriminosos acham que a Internet é um terreno sem lei, o que é um grande equívoco, pois em média 95% dos crimes cometidos na web já têm legislação própria”, atesta Lucena. Ele diz ainda que a impunidade é grande devido ao baixo número de denúncias. “Na maioria dos casos, as vítimas nem levam a informação do crime até uma delegacia, pois tem vergonha ou coisa do tipo”, conta. O advogado Jonatas Lucena finaliza alertando de forma bem simples aqueles que buscam uma solução online para seus problemas: “quando a esmola é demais, desconfie”.

Avise à Polícia

Arte

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