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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Ano 8 • nº1485 Junho/2014 O Barreiro Trincheira tem ajudado a melhorar a vida das famílias agricultoras no Semiárido Santa Cruz da Baixa Verde José Roberto de Oliveira nasceu em Corrente, cidade divisa do estado de Pernambuco com o estado de Alagoas, mas, com um mês de vida, passou a morar na comunidade Carrapato, município de Santa Cruz da Baixa Verde (PE). Seu José Roberto foi criado sem mãe e seu pai só vivia no mundo trabalhando. “Eu vivia feito bicho bruto criado na Caatinga, rebolando nas casas”, recorda seu José Roberto. Aos 22 anos, casou e teve 10 filhos. “Criei todos eles só com a roça, eles me ajudavam nos trabalhos do dia-a-dia”, comenta seu José Roberto. Ele conta que a dificuldade para produzir em sua roça era grande, porque tinha que ir buscar água muito longe. O agricultor não conhecia o barreiro trincheira, nunca tinha ouvido falar e nem imaginava conquistar um. “Depois que conquistei o barreiro trincheira, minha vida melhorou muito!”.

O Barreiro Trincheira tem ajudado a melhorar a vida das famílias agricultoras no semiárido

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Seu José Roberto não conhecia o barreiro-trincheira, nunca tinha ouvido falar e nem imaginava conquistar um. Depois que conquistou o barreiro, já plantou e colheu feijão e algumas espigas de milho. Com o barreiro trincheira cheio de água e o plantio de capim e sorgo em sua propriedade, o agricultor adquiriu uma vaca e um garrote. Ele comenta que sempre quis criar gado, mas não tinha alimento para oferecer.

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Page 1: O Barreiro Trincheira tem ajudado a melhorar a vida das famílias agricultoras no semiárido

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 8 • nº1485

Junho/2014

O Barreiro Trincheira tem ajudado a melhorar a vida das famílias agricultoras no Semiárido

Santa Cruz da

Baixa Verde

José Roberto de Oliveira

nasceu em Corrente, cidade divisa

do estado de Pernambuco com o

estado de Alagoas, mas, com um

mês de vida, passou a morar na

comunidade Carrapato, município

de Santa Cruz da Baixa Verde (PE).

Seu José Roberto foi criado

sem mãe e seu pai só vivia no

mundo trabalhando.

“Eu vivia feito bicho bruto

criado na Caatinga, rebolando nas

casas”, recorda seu José Roberto.

Aos 22 anos, casou e teve 10 filhos. “Criei todos eles só com a roça, eles me ajudavam nos

trabalhos do dia-a-dia”, comenta seu José Roberto.

Ele conta que a dificuldade

para produzir em sua roça era

grande, porque tinha que ir buscar

água muito longe.

O agricultor não conhecia o

barreiro trincheira, nunca tinha

ouvido falar e nem imaginava

conquistar um.

“Depois que conquistei o

barreiro trincheira, minha vida

melhorou muito!”.

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Pernambuco

Por não conhecer a tecnologia, ele

confessa que no inicio ficou aperreado

quando viu a ruma de bagaço. Ainda

pensou que, se tivesse condição iria

virar a terra pra traz e entupir. “Mas,

depois que vi enchendo com a água da

chuva, não imaginava que iria acumular

água desse tanto, fiquei muito

satisfeito!”, ressalta seu José Roberto.

Seu José conta que de vez em

quando os amigos perguntam se não

quer entupir o barreiro. “Ai eu digo que

não, porque agora tenho muita água.

Porque se você não tiver água não tem

nada”!

Nunca mais tinha colocado roça. Depois que conquistou o barreiro, já plantou e

colheu feijão e algumas espigas de milho. Comenta que vai plantar outro milho, porque o barreiro

está cheio de água.

Além do milho e do feijão,

plantou cana, capim, sorgo e macaxeira.

“O barreiro trincheira me ajudou muito a

aguar e salvar as pinheiras da minha

propriedade”, comemora seu José

Roberto, que tem planos de plantar mais

espécies frutíferas em sua propriedade.

Seu José Roberto comenta que

começou a plantar coentro, está

experimentando para ver qual melhor

local, para poder produzir mais

hortaliças.

Com o barreiro trincheira cheio de

água e o plantio de capim e sorgo em

sua propriedade, o agricultor adquiriu

uma vaca e um garrote. Ele comenta que

sempre quis criar gado, mas não tinha

alimento para oferecer. Agradece por

agora ter com o que alimentar seus

animais.

Seu José comenta que não se

arrepende de ter aceitado o barreiro

trincheira, mesmo sem conhecer a

tecnologia. Hoje o sentimento é de

gratidão!

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