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O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias Eduardo Grebler Outubro 2009 1

O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

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O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias Eduardo Grebler Outubro 2009. CISG (Convenção sobre os Contratos de Compra e Venda de Mercadorias). Criada pela UNCITRAL em 1980, em vigor desde 1988 Exemplos dentre os 74 países membros (out. 2009): - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda

Internacional de Mercadorias

Eduardo Grebler

Outubro 2009

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Page 2: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

CISG(Convenção sobre os Contratos de Compra e Venda de

Mercadorias)

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Criada pela UNCITRAL em 1980, em vigor desde 1988

Exemplos dentre os 74 países membros (out. 2009): Europa: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca,

Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Itália, Noruega, Polônia, Rússia, Suécia

Américas: Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Estados Unidos, México, Paraguai, Peru, Uruguai

Ásia: Cingapura, China, Coréia do Sul, Japão, Iraque, Israel

Oceânia: Austrália, Nova Zelândia África: Egito, Gabão, Lesotho, Libéria

Page 3: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

Finalidades e Princípios da CISG

Regras uniformes para reger contratos de compra e venda internacional de mercadorias Resolver problema da multiplicidade de leis

nacionais Relações entre os contratantes: direitos e

obrigações das partes Compatibilização entre critérios da common

law e do direito codificado Regras de adoção facultativa

Podem ser excluídas pelas partes

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Page 4: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

Finalidades e Princípios da CISG cont.

Não impõe critérios em favor de economias mais ou menos desenvolvidas, de importadores ou de exportadores, manufaturados ou commodities

Não envolve interesses governamentais diretos (tarifas, acordos, barreiras ao livre comércio, etc.)

Não cria organismos burocráticos nacionais ou internacionais para implementação de regras

Não abrange serviços de qualquer natureza4

Page 5: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

Benefícios da Unificação do Direito do Comércio

Internacional Desenvolvimento em grande escala das relações

comerciais internacionais Realização das transações internacionais por

empresas que não possuem igual poder de negociação Garantia de desenvolvimento ordenado e seguro do

comércio internacional Possibilidade de solução mais rápida, eficaz e uniforme

para conflitos relativos a transações internacionais Integração jurídica favorece integração econômica

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Page 6: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

Benefícios da Unificação do Direito do Comércio Internacional – cont.

Normas uniforme geram: Estabilidade Previsibilidade Diminuição de riscos e custos dos contratos Maior rentabilidade das transações

internacionais Desenvolvimento do comércio internacional

Segurança jurídica dos agentes econômicos gera:

Menores custos de transação6

Page 7: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

Aspectos Geradores de Conflitos em Contratos

Internacionais Efeitos da proposta: critérios de vinculação Formação do contrato: efeitos da

informalidade Entrega da mercadoria e transferência do

risco Inadimplemento contratual: caracterização Resolução do contrato: causas e modo Responsabilidade civil: extensão e limites Indenização por perdas e danos: critérios de

quantificação

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Page 8: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

Critérios para Aplicação das Regras da CISG

Respeito à boa-fé no comércio internacional Regras voltadas para o comércio internacional

Observância de seu caráter internacional Regras se sobrepõem a qualquer legislação nacional

Aplicação uniforme Práticas internacionais de interpretação da CISG:

doutrina e precedentes judiciais e arbitrais, compilados em base de dados da UNCITRAL

Interpretação harmônica nos diversos sistemas legais

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Page 9: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

Adequação da CISG à Cultura Jurídica Brasileira

Compatibilidade geral com princípios do direito brasileiro sobre compra e venda (Código Civil) Autonomia da vontade Consensualismo Obrigatoriedade do contrato Favor contractus Razoabilidade Boa-fé objetiva

Proibição de comportamento contraditório Lealdade negocial Mitigação dos danos

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Page 10: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

Adequação da CISG à Cultura Jurídica Brasileira –

cont. Regras suplementares inexistentes no ordenamento jurídico brasileiro para contratos internos Definição precisa das obrigações do comprador e do

vendedor Entrega das mercadorias e remessa de documentos Pagamento do preço e recebimento das mercadorias Conformidade ou desconformidade das mercadorias ao contrato Transferência de risco

Regras para caracterização do descumprimento contratual

Ações do comprador e do vendedor em caso de descumprimento contratual da outra parte

Critério de quantificação das perdas e danos

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Page 11: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

Vantagens para Operadores Nacionais da Ratificação da

CISG pelo Brasil Segurança jurídica Operadores brasileiros podem ser submetidos

à CISG mesmo sem ratificação pelo Brasil (Art.1 (b))

Regras sobre compra e venda passam a ser conhecidas pelos operadores brasileiros, em caso de conflito

Estímulo ao comércio internacional Negociações contratuais facilitadas quando a

parte conhece os limites das responsabilidades assumidas por ela e exigíveis da outra parte

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Page 12: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

Situação Atual da CISG no Brasil

Meio acadêmico: consenso entre docentes de direito internacional privado e direito comparado sobre qualidade da CISG e inexistência de conflito com direito brasileiro

Meio profissional: consenso entre lideranças empresariais (FIESP, CNC ) e dos advogados de empresa (CESA) sobre benefícios da acessão do Brasil à CISG

Governo: apoio de organismos governamentais (Ministério das Relações Exteriores, Secretaria de Comércio Exterior do MDIC) envolvidos com acordos e tratados sobre comércio internacional

Congresso Nacional: conscientização da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal para apoio à futura ratificação

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Page 13: O Brasil e a Convenção de Viena sobre Contratos de Venda Internacional de Mercadorias

Próximas Etapas

Convencimento dos órgãos governamentais para a tomada das iniciativas necessárias para a acessão do Brasil à CISG Submissão à Presidência da República Assinatura da acessão pelo representante

brasileiro e depósito junto à Secretaria Geral da ONU

Convencimento do Congresso Nacional a ratificar a CISG

Promulgação da CISG pelo Presidente da República

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