Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados — Sistema Atos Internacionais

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    Conveno de Viena sobre o Direito dosTratados

    DECRETO N 7.030, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2009.

    Promulga a Conveno de Viena sobre o Direito dosTratados, concluda em 23 de maio de 1969, comreserva aos Artigos 25 e 66.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, incisoIV, da Constituio, e

    Considerando que o Congresso Nacional aprovou, por meio do Decreto Legislativo no 496, de17 de julho de 2009, a Conveno de Viena sobre o Direito dos Tratados, concluda em 23 de maiode 1969, com reserva aos Artigos 25 e 66;

    Considerando que o Governo brasileiro depositou o instrumento de ratificao da referidaConveno junto ao Secretrio-Geral das Naes Unidas em 25 de setembro de 2009;

    DECRETA:

    Art. 1o A Conveno de Viena sobre o Direito dos Tratados, concluda em 23 de maio de 1969,com reserva aos Artigos 25 e 66, apensa por cpia ao presente Decreto, ser executada e cumprida

    to inteiramente como nela se contm.Art. 2o So sujeitos aprovao do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar

    em reviso da referida Conveno ou que acarretem encargos ou compromissos gravosos aopatrimnio nacional, nos termos do art. 49, inciso I, da Constituio.

    Art. 3o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicao.

    Braslia, 14 de dezembro de 2009; 188o da Independncia e 121o da Repblica.

    LUIZ INCIO LULA DA SILVA

    Antonio de Aguiar Patriota

    Este texto no substitui o publicado no DOU de 15.12.2009

    CONVENO DE VIENA SOBRE O DIREITO DOS TRATADOS

    Os Estados Partes na presente Conveno,

    Considerando o papel fundamental dos tratados na histria das relaes internacionais,

    Reconhecendo a importncia cada vez maior dos tratados como fonte do DireitoInternacional e como meio de desenvolver a cooperao pacfica entre as naes, quaisquer quesejam seus sistemas constitucionais e sociais,

    Constatando que os princpios do livre consentimento e da boa f e a regra pacta suntservanda so universalmente reconhecidos,

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    Afirmando que as controvrsias relativas aos tratados, tais como outras controvrsiasinternacionais, devem ser solucionadas por meios pacficos e de conformidade com os princpios daJustia e do Direito Internacional,

    Recordando a determinao dos povos das Naes Unidas de criar condies necessrias manuteno da Justia e do respeito s obrigaes decorrentes dos tratados,

    Conscientes dos princpios de Direito Internacional incorporados na Carta das Naes Unidas,

    tais como os princpios da igualdade de direitos e da autodeterminao dos povos, da igualdadesoberana e da independncia de todos os Estados, da no-interveno nos assuntos internos dosEstados, da proibio da ameaa ou do emprego da fora e do respeito universal e observncia dosdireitos humanos e das liberdades fundamentais para todos,

    Acreditando que a codificao e o desenvolvimento progressivo do direito dos tratadosalcanados na presente Conveno promovero os propsitos das Naes Unidas enunciados naCarta, que so a manuteno da paz e da segurana internacionais, o desenvolvimento dasrelaes amistosas e a consecuo da cooperao entre as naes,

    Afirmando que as regras do Direito Internacional consuetudinrio continuaro a reger as

    questes no reguladas pelas disposies da presente Conveno,

    Convieram no seguinte:

    PARTE I

    Introduo

    Artigo 1

    mbito da Presente Conveno

    A presente Conveno aplica-se aos tratados entre Estados.

    Artigo 2

    Expresses Empregadas

    1. Para os fins da presente Conveno:

    a)tratado significa um acordo internacional concludo por escrito entre Estados e regidopelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento nico, quer de dois ou maisinstrumentos conexos, qualquer que seja sua denominao especfica;

    b)ratificao, aceitao, aprovao e adeso significam, conforme o caso, o atointernacional assim denominado pelo qual um Estado estabelece no plano internacional o seuconsentimento em obrigar-se por um tratado;

    c)plenos poderes significa um documento expedido pela autoridade competente de umEstado e pelo qual so designadas uma ou vrias pessoas para representar o Estado nanegociao, adoo ou autenticao do texto de um tratado, para manifestar o consentimentodo Estado em obrigar-se por um tratado ou para praticar qualquer outro ato relativo a umtratado;

    d)reserva significa uma declarao unilateral, qualquer que seja a sua redao oudenominao, feita por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a eleaderir, com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurdico de certas disposies do tratadoem sua aplicao a esse Estado;

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    e)Estado negociador significa um Estado que participou na elaborao e na adoo dotexto do tratado;

    f)Estado contratante significa um Estado que consentiu em se obrigar pelo tratado,tenha ou no o tratado entrado em vigor;

    g)parte significa um Estado que consentiu em se obrigar pelo tratado e em relao aoqual este esteja em vigor;

    h)terceiro Estado significa um Estado que no parte no tratado;

    i)organizao internacional significa uma organizao intergovernamental.

    2. As disposies do pargrafo 1 relativas s expresses empregadas na presente Convenono prejudicam o emprego dessas expresses, nem os significados que lhes possam ser dados nalegislao interna de qualquer Estado.

    Artigo 3

    Acordos Internacionais Excludos do mbito da Presente Conveno

    O fato de a presente Conveno no se aplicar a acordos internacionais concludos entreEstados e outros sujeitos de Direito Internacional, ou entre estes outros sujeitos de DireitoInternacional, ou a acordos internacionais que no sejam concludos por escrito, no prejudicar:

    a)a eficcia jurdica desses acordos;

    b)a aplicao a esses acordos de quaisquer regras enunciadas na presente Conveno squais estariam sujeitos em virtude do Direito Internacional, independentemente da Conveno;

    c)a aplicao da Conveno s relaes entre Estados, reguladas em acordos

    internacionais em que sejam igualmente partes outros sujeitos de Direito Internacional.

    Artigo 4

    Irretroatividade da Presente Conveno

    Sem prejuzo da aplicao de quaisquer regras enunciadas na presente Conveno a que ostratados estariam sujeitos em virtude do Direito Internacional, independentemente da Conveno,esta somente se aplicar aos tratados concludos por Estados aps sua entrada em vigor em relaoa esses Estados.

    Artigo 5

    Tratados Constitutivos de Organizaes Internacionais e TratadosAdotados no mbito de uma Organizao Internacional

    A presente Conveno aplica-se a todo tratado que seja o instrumento constitutivo de umaorganizao internacional e a todo tratado adotado no mbito de uma organizao internacional,sem prejuzo de quaisquer normas relevantes da organizao.

    PARTE II

    Concluso e Entrada em Vigor de TratadosSEO 1

    Concluso de Tratados

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    Artigo 6

    Capacidade dos Estados para Concluir TratadosTodo Estado tem capacidade para concluir tratados.

    Artigo 7

    Plenos Poderes

    1. Uma pessoa considerada representante de um Estado para a adoo ou autenticao dotexto de um tratado ou para expressar o consentimento do Estado em obrigar-se por um tratadose:

    a)apresentar plenos poderes apropriados; ou

    b)a prtica dos Estados interessados ou outras circunstncias indicarem que a inteno doEstado era considerar essa pessoa seu representante para esses fins e dispensar os plenospoderes.

    2. Em virtude de suas funes e independentemente da apresentao de plenos poderes, soconsiderados representantes do seu Estado:

    a)os Chefes de Estado, os Chefes de Governo e os Ministros das Relaes Exteriores, para arealizao de todos os atos relativos concluso de um tratado;

    b)os Chefes de misso diplomtica, para a adoo do texto de um tratado entre o Estadoacreditante e o Estado junto ao qual esto acreditados;

    c)os representantes acreditados pelos Estados perante uma conferncia ou organizaointernacional ou um de seus rgos, para a adoo do texto de um tratado em tal conferncia,organizao ou rgo.

    Artigo 8

    Confirmao Posterior de um Ato Praticado sem Autorizao

    Um ato relativo concluso de um tratado praticado por uma pessoa que, nos termos doartigo 7, no pode ser considerada representante de um Estado para esse fim no produz efeitos

    jurdicos, a no ser que seja confirmado, posteriormente, por esse Estado.

    Artigo 9

    Adoo do Texto

    1. A adoo do texto do tratado efetua-se pelo consentimento de todos os Estados queparticipam da sua elaborao, exceto quando se aplica o disposto no pargrafo 2.

    2. A adoo do texto de um tratado numa conferncia internacional efetua-se pela maioria dedois teros dos Estados presentes e votantes, salvo se esses Estados, pela mesma maioria, decidiremaplicar uma regra diversa.

    Artigo 10

    Autenticao do TextoO texto de um tratado considerado autntico e definitivo:

    a)mediante o processo previsto no texto ou acordado pelos Estados que participam da suaelaborao; ou

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    b)na ausncia de tal processo, pela assinatura, assinatura ad referendum ou rubrica, pelosrepresentantes desses Estados, do texto do tratado ou da Ata Final da Conferncia queincorporar o referido texto.

    Artigo 11

    Meios de Manifestar Consentimento em Obrigar-se por um Tratado

    O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado pode manifestar-se pelaassinatura, troca dos instrumentos constitutivos do tratado, ratificao, aceitao, aprovao ouadeso, ou por quaisquer outros meios, se assim acordado.

    Artigo 12

    Consentimento em Obrigar-se por um Tratado Manifestado pela Assinatura

    1. O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado manifesta-se pela assinaturado representante desse Estado:

    a)quando o tratado dispe que a assinatura ter esse efeito;

    b)quando se estabelea, de outra forma, que os Estados negociadores acordaram em dar assinatura esse efeito; ou

    c)quando a inteno do Estado interessado em dar esse efeito assinatura decorra dosplenos poderes de seu representante ou tenha sido manifestada durante a negociao.

    2. Para os efeitos do pargrafo 1:

    a)a rubrica de um texto tem o valor de assinatura do tratado, quando ficar estabelecidoque os Estados negociadores nisso concordaram;

    b)a assinatura ad referendum de um tratado pelo representante de um Estado, quandoconfirmada por esse Estado, vale como assinatura definitiva do tratado.

    Artigo 13

    Consentimento em Obrigar-se por um Tratado Manifestado pelaTroca dos seus Instrumentos Constitutivos

    O consentimento dos Estados em se obrigarem por um tratado, constitudo por instrumentostrocados entre eles, manifesta-se por essa troca:

    a)quando os instrumentos estabeleam que a troca produzir esse efeito; ou

    b)quando fique estabelecido, por outra forma, que esses Estados acordaram em que a trocados instrumentos produziria esse efeito.

    Artigo 14

    Consentimento em Obrigar-se por um Tratado Manifestado pelaRatificao, Aceitao ou Aprovao

    1. O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado manifesta-se pelaratificao:

    a)quando o tratado disponha que esse consentimento se manifeste pela ratificao;

    b)quando, por outra forma, se estabelea que os Estados negociadores acordaram em que

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    a ratificao seja exigida;

    c)quando o representante do Estado tenha assinado o tratado sujeito a ratificao; ou

    d)quando a inteno do Estado de assinar o tratado sob reserva de ratificao decorra dosplenos poderes de seu representante ou tenha sido manifestada durante a negociao.

    2. O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado manifesta-se pela aceitao

    ou aprovao em condies anlogas s aplicveis ratificao.Artigo 15

    Consentimento em Obrigar-se por um Tratado Manifestado pela Adeso

    O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado manifesta-se pela adeso:

    a)quando esse tratado disponha que tal consentimento pode ser manifestado, por esseEstado, pela adeso;.

    b)quando, por outra forma, se estabelea que os Estados negociadores acordaram em que

    tal consentimento pode ser manifestado, por esse Estado, pela adeso; ou

    c)quando todas as partes acordaram posteriormente em que tal consentimento pode sermanifestado, por esse Estado, pela adeso.

    Artigo 16

    Troca ou Depsito dos Instrumentos de Ratificao, Aceitao, Aprovao ou Adeso

    A no ser que o tratado disponha diversamente, os instrumentos de ratificao, aceitao,aprovao ou adeso estabelecem o consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado

    por ocasio:

    a)da sua troca entre os Estados contratantes;

    b)do seu depsito junto ao depositrio; ou

    c)da sua notificao aos Estados contratantes ou ao depositrio, se assim for convenconado.

    Artigo 17

    Consentimento em Obrigar-se por Parte de um Tratado e Escolha entre DisposiesDiferentes

    1. Sem prejuzo do disposto nos artigos 19 a 23, o consentimento de um Estado em obrigar-sepor parte de um tratado s produz efeito se o tratado o permitir ou se outros Estados contratantesnisso acordarem.

    2. O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado que permite a escolha entredisposies diferentes s produz efeito se as disposies a que se refere o consentimento foremclaramente indicadas.

    Artigo 18

    Obrigao de No Frustrar o Objeto e Finalidade de um Tratado antes de sua Entrada emVigor

    Um Estado obrigado a abster-se da prtica de atos que frustrariam o objeto e a finalidade deum tratado, quando:

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    a)tiver assinado ou trocado instrumentos constitutivos do tratado, sob reserva deratificao, aceitao ou aprovao, enquanto no tiver manifestado sua inteno de no setornar parte no tratado; ou

    b)tiver expressado seu consentimento em obrigar-se pelo tratado no perodo que precede aentrada em vigor do tratado e com a condio de esta no ser indevidamente retardada.

    SEO 2

    Reservas

    Artigo 19

    Formulao de Reservas

    Um Estado pode, ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado, ou a ele aderir,formular uma reserva, a no ser que:

    a)a reserva seja proibida pelo tratado;

    b)o tratado disponha que s possam ser formuladas determinadas reservas, entre as quaisno figure a reserva em questo; ou

    c)nos casos no previstos nas alneas a e b, a reserva seja incompatvel com o objeto e afinalidade do tratado.

    Artigo 20

    Aceitao de Reservas e Objees s Reservas

    1. Uma reserva expressamente autorizada por um tratado no requer qualquer aceitao

    posterior pelos outros Estados contratantes, a no ser que o tratado assim disponha.

    2. Quando se infere do nmero limitado dos Estados negociadores, assim como do objeto e dafinalidade do tratado, que a aplicao do tratado na ntegra entre todas as partes condioessencial para o consentimento de cada uma delas em obrigar-se pelo tratado, uma reserva requera aceitao de todas as partes.

    3. Quando o tratado um ato constitutivo de uma organizao internacional, a reserva exigea aceitao do rgo competente da organizao, a no ser que o tratado disponha diversamente.

    4. Nos casos no previstos nos pargrafos precedentes e a menos que o tratado disponha de

    outra forma:

    a)a aceitao de uma reserva por outro Estado contratante torna o Estado autor dareserva parte no tratado em relao quele outro Estado, se o tratado est em vigor ou quandoentrar em vigor para esses Estados;

    b)a objeo feita a uma reserva por outro Estado contratante no impede que o tratadoentre em vigor entre o Estado que formulou a objeo e o Estado autor da reserva, a no ser queuma inteno contrria tenha sido expressamente manifestada pelo Estado que formulou aobjeo;

    c)um ato que manifestar o consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado eque contiver uma reserva produzir efeito logo que pelo menos outro Estado contratante aceitara reserva.

    5. Para os fins dos pargrafos 2 e 4, e a no ser que o tratado disponha diversamente, uma

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    reserva tida como aceita por um Estado se este no formulou objeo reserva quer no decursodo prazo de doze meses que se seguir data em que recebeu a notificao, quer na data em quemanifestou o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado, se esta for posterior.

    Artigo 21

    Efeitos Jurdicos das Reservas e das Objees s Reservas

    1. Uma reserva estabelecida em relao a outra parte, de conformidade com os artigos 19, 20e 23:

    a)modifica para o autor da reserva, em suas relaes com a outra parte, as disposies dotratado sobre as quais incide a reserva, na medida prevista por esta; e

    b)modifica essas disposies, na mesma medida, quanto a essa outra parte, em suasrelaes com o Estado autor da reserva.

    2. A reserva no modifica as disposies do tratado quanto s demais partes no tratado emsuas relaes inter se.

    3. Quando um Estado que formulou objeo a uma reserva no se ops entrada em vigordo tratado entre ele prprio e o Estado autor da reserva, as disposies a que se refere a reserva nose aplicam entre os dois Estados, na medida prevista pela reserva.

    Artigo 22

    Retirada de Reservas e de Objees s Reservas

    1. A no ser que o tratado disponha de outra forma, uma reserva pode ser retirada a qualquermomento, sem que o consentimento do Estado que a aceitou seja necessrio para sua retirada.

    2. A no ser que o tratado disponha de outra forma, uma objeo a uma reserva pode serretirada a qualquer momento.

    3. A no ser que o tratado disponha ou fique acordado de outra forma:

    a)a retirada de uma reserva s produzir efeito em relao a outro Estado contratantequando este Estado receber a correspondente notificao;

    b)a retirada de uma objeo a uma reserva s produzir efeito quando o Estado queformulou a reserva receber notificao dessa retirada.

    Artigo 23

    Processo Relativo s Reservas

    1. A reserva, a aceitao expressa de uma reserva e a objeo a uma reserva devem serformuladas por escrito e comunicadas aos Estados contratantes e aos outros Estados que tenham odireito de se tornar partes no tratado.

    2. Uma reserva formulada quando da assinatura do tratado sob reserva de ratificao,aceitao ou aprovao, deve ser formalmente confirmada pelo Estado que a formulou nomomento em que manifestar o seu consentimento em obrigar-se pelo tratado. Nesse caso, a

    reserva considerar-se- feita na data de sua confirmao.

    3. Uma aceitao expressa de uma reserva, ou objeo a uma reserva, feita antes daconfirmao da reserva no requer confirmao.

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    Interpretao de Tratados

    Artigo 31

    Regra Geral de Interpretao

    1. Um tratado deve ser interpretado de boa f segundo o sentido comum atribuvel aos termosdo tratado em seu contexto e luz de seu objetivo e finalidade.

    2. Para os fins de interpretao de um tratado, o contexto compreender, alm do texto, seuprembulo e anexos:

    a)qualquer acordo relativo ao tratado e feito entre todas as partes em conexo com aconcluso do tratado;

    b)qualquer instrumento estabelecido por uma ou vrias partes em conexo com aconcluso do tratado e aceito pelas outras partes como instrumento relativo ao tratado.

    3. Sero levados em considerao, juntamente com o contexto:

    a)qualquer acordo posterior entre as partes relativo interpretao do tratado ou aplicao de suas disposies;

    b)qualquer prtica seguida posteriormente na aplicao do tratado, pela qual se estabeleao acordo das partes relativo sua interpretao;

    c)quaisquer regras pertinentes de Direito Internacional aplicveis s relaes entre aspartes.

    4. Um termo ser entendido em sentido especial se estiver estabelecido que essa era ainteno das partes.

    Artigo 32

    Meios Suplementares de Interpretao

    Pode-se recorrer a meios suplementares de interpretao, inclusive aos trabalhospreparatrios do tratado e s circunstncias de sua concluso, a fim de confirmar o sentidoresultante da aplicao do artigo 31 ou de determinar o sentido quando a interpretao, deconformidade com o artigo 31:

    a)deixa o sentido ambguo ou obscuro; ou

    b)conduz a um resultado que manifestamente absurdo ou desarrazoado.

    Artigo 33

    Interpretao de Tratados Autenticados em Duas ou Mais Lnguas

    1. Quando um tratado foi autenticado em duas ou mais lnguas, seu texto faz igualmente fem cada uma delas, a no ser que o tratado disponha ou as partes concordem que, em caso dedivergncia, prevalea um texto determinado.

    2. Uma verso do tratado em lngua diversa daquelas em que o texto foi autenticado s serconsiderada texto autntico se o tratado o previr ou as partes nisso concordarem.

    3. Presume-se que os termos do tratado tm o mesmo sentido nos diversos textos autnticos.

    4. Salvo o caso em que um determinado texto prevalece nos termos do pargrafo 1, quando a

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    comparao dos textos autnticos revela uma diferena de sentido que a aplicao dos artigos 31 e32 no elimina, adotar-se- o sentido que, tendo em conta o objeto e a finalidade do tratado,melhor conciliar os textos.

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    Tratados e Terceiros Estados

    Artigo 34Regra Geral com Relao a Terceiros Estados

    Um tratado no cria obrigaes nem direitos para um terceiro Estado sem o seuconsentimento.

    Artigo 35

    Tratados que Criam Obrigaes para Terceiros Estados

    Uma obrigao nasce para um terceiro Estado de uma disposio de um tratado se as partes

    no tratado tiverem a inteno de criar a obrigao por meio dessa disposio e o terceiro Estadoaceitar expressamente, por escrito, essa obrigao.

    Artigo 36

    Tratados que Criam Direitos para Terceiros Estados

    1. Um direito nasce para um terceiro Estado de uma disposio de um tratado se as partes notratado tiverem a inteno de conferir, por meio dessa disposio, esse direito quer a um terceiroEstado, quer a um grupo de Estados a que pertena, quer a todos os Estados, e o terceiro Estadonisso consentir. Presume-se o seu consentimento at indicao em contrrio, a menos que o

    tratado disponha diversamente.

    2. Um Estado que exerce um direito nos termos do pargrafo 1 deve respeitar, para oexerccio desse direito, as condies previstas no tratado ou estabelecidas de acordo com o tratado.

    Artigo 37

    Revogao ou Modificao de Obrigaes ou Direitos de Terceiros Estados

    1. Qualquer obrigao que tiver nascido para um terceiro Estado nos termos do artigo 35 spoder ser revogada ou modificada com o consentimento das partes no tratado e do terceiro

    Estado, salvo se ficar estabelecido que elas haviam acordado diversamente.

    2. Qualquer direito que tiver nascido para um terceiro Estado nos termos do artigo 36 nopoder ser revogado ou modificado pelas partes, se ficar estabelecido ter havido a inteno de que odireito no fosse revogvel ou sujeito a modificao sem o consentimento do terceiro Estado.

    Artigo 38

    Regras de um Tratado Tornadas Obrigatrias para Terceiros Estados por

    Fora do Costume Internacional

    Nada nos artigos 34 a 37 impede que uma regra prevista em um tratado se torne obrigatriapara terceiros Estados como regra consuetudinria de Direito Internacional, reconhecida como tal.

    PARTE IV

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    Emenda e Modificao de Tratados

    Artigo 39

    Regra Geral Relativa Emenda de Tratados

    Um tratado poder ser emendado por acordo entre as partes. As regras estabelecidas na parteII aplicar-se-o a tal acordo, salvo na medida em que o tratado dispuser diversamente.

    Artigo 40

    Emenda de Tratados Multilaterais

    1. A no ser que o tratado disponha diversamente, a emenda de tratados multilaterais reger-se- pelos pargrafos seguintes.

    2. Qualquer proposta para emendar um tratado multilateral entre todas as partes dever sernotificada a todos os Estados contratantes, cada um dos quais ter o direito de participar:

    a)na deciso quanto ao a ser tomada sobre essa proposta;

    b)na negociao e concluso de qualquer acordo para a emenda do tratado.

    3. Todo Estado que possa ser parte no tratado poder igualmente ser parte no tratadoemendado.

    4. O acordo de emenda no vincula os Estados que j so partes no tratado e que no setornaram partes no acordo de emenda; em relao a esses Estados, aplicar-se- o artigo 30,pargrafo 4 (b).

    5. Qualquer Estado que se torne parte no tratado aps a entrada em vigor do acordo de

    emenda ser considerado, a menos que manifeste inteno diferente:

    a)parte no tratado emendado; e

    b)parte no tratado no emendado em relao s partes no tratado no vinculadas pelo acordode emenda.

    Artigo 41

    Acordos para Modificar Tratados Multilaterais somente entre Algumas Partes

    1. Duas ou mais partes num tratado multilateral podem concluir um acordo para modificar otratado, somente entre si, desde que:

    a)a possibilidade de tal modificao seja prevista no tratado; ou

    b)a modificao em questo no seja proibida pelo tratado; e

    i)no prejudique o gozo pelas outras partes dos direitos provenientes do tratado nem o cumprimento de

    suas obrigaes

    ii)no diga respeito a uma disposio cuja derrogao seja incompatvel com a execuo efetiva do

    objeto e da finalidade do tratado em seu conjunto.

    2. A no ser que, no caso previsto na alnea a do pargrafo 1, o tratado disponha de outraforma, as partes em questo notificaro s outras partes sua inteno de concluir o acordo e asmodificaes que este introduz no tratado.

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    PARTE V

    Nulidade, Extino e Suspenso da Execuo de Tratados

    SEO 1

    Disposies Gerais

    Artigo 42

    Validade e Vigncia de Tratados

    1. A validade de um tratado ou do consentimento de um Estado em obrigar-se por umtratado s pode ser contestada mediante a aplicao da presente Conveno.

    2. A extino de um tratado, sua denncia ou a retirada de uma das partes s poder ocorrerem virtude da aplicao das disposies do tratado ou da presente Conveno. A mesma regraaplica-se suspenso da execuo de um tratado.

    Artigo 43

    Obrigaes Impostas pelo Direito Internacional,

    Independentemente de um Tratado

    A nulidade de um tratado, sua extino ou denncia, a retirada de uma das partes ou asuspenso da execuo de um tratado em conseqncia da aplicao da presente Conveno oudas disposies do tratado no prejudicaro, de nenhum modo, o dever de um Estado de cumprirqualquer obrigao enunciada no tratado qual estaria ele sujeito em virtude do DireitoInternacional, independentemente do tratado.

    Artigo 44

    Divisibilidade das Disposies de um Tratado

    1. O direito de uma parte, previsto num tratado ou decorrente do artigo 56, de denunciar,retirar-se ou suspender a execuo do tratado, s pode ser exercido em relao totalidade dotratado, a menos que este disponha ou as partes acordem diversamente.

    2. Uma causa de nulidade, de extino, de retirada de uma das partes ou de suspenso deexecuo de um tratado, reconhecida na presente Conveno, s pode ser alegada em relao totalidade do tratado, salvo nas condies previstas nos pargrafos seguintes ou no artigo 60.

    3. Se a causa diz respeito apenas a determinadas clusulas, s pode ser alegada em relao aessas clusulas e desde que:

    a)essas clusulas sejam separveis do resto do tratado no que concerne a sua aplicao;

    b)resulte do tratado ou fique estabelecido de outra forma que a aceitao dessas clusulasno constitua para a outra parte, ou para as outras partes no tratado, uma base essencial do seuconsentimento em obrigar-se pelo tratado em seu conjunto; e

    c)no seja injusto continuar a executar o resto do tratado.

    4. Nos casos previstos nos artigos 49 e 50, o Estado que tem o direito de alegar o dolo ou acorrupo pode faz-lo em relao totalidade do tratado ou, nos termos do pargrafo 3, somentes determinadas clusulas.

    5. Nos casos previstos nos artigos 51, 52 e 53 a diviso das disposies de um tratado no

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    permitida.

    Artigo 45

    Perda do Direito de Invocar Causa de Nulidade,Extino, Retirada

    ou Suspenso da Execuo de um Tratado

    Um Estado no pode mais invocar uma causa de nulidade, de extino, de retirada ou desuspenso da execuo de um tratado, com base nos artigos 46 a 50 ou nos artigos 60 e 62, se,depois de haver tomado conhecimento dos fatos, esse Estado:

    a)tiver aceito, expressamente, que o tratado vlido, permanece em vigor ou continua emexecuo conforme o caso, ou

    b)em virtude de sua conduta, deva ser considerado como tendo concordado em que otratado vlido, permanece em vigor ou continua em execuo, conforme o caso.

    SEO 2

    Nulidade de Tratados

    Artigo 46

    Disposies do Direito Interno sobre Competncia para Concluir Tratados

    1. Um Estado no pode invocar o fato de que seu consentimento em obrigar-se por umtratado foi expresso em violao de uma disposio de seu direito interno sobre competncia paraconcluir tratados, a no ser que essa violao fosse manifesta e dissesse respeito a uma norma deseu direito interno de importncia fundamental.

    2. Uma violao manifesta se for objetivamente evidente para qualquer Estado queproceda, na matria, de conformidade com a prtica normal e de boa f.

    Artigo 47

    Restries Especficas ao Poder de Manifestar o Consentimento de um Estado

    Se o poder conferido a um representante de manifestar o consentimento de um Estado emobrigar-se por um determinado tratado tiver sido objeto de restrio especfica, o fato de orepresentante no respeitar a restrio no pode ser invocado como invalidando o consentimentoexpresso, a no ser que a restrio tenha sido notificada aos outros Estados negociadores antes da

    manifestao do consentimento.

    Artigo 48

    Erro

    1. Um Estado pode invocar erro no tratado como tendo invalidado o seu consentimento emobrigar-se pelo tratado se o erro se referir a um fato ou situao que esse Estado supunha existir nomomento em que o tratado foi concludo e que constitua uma base essencial de seu consentimentoem obrigar-se pelo tratado.

    2. O pargrafo 1 no se aplica se o referido Estado contribui para tal erro pela sua conduta ouse as circunstncias foram tais que o Estado devia ter-se apercebido da possibilidade de erro.

    3. Um erro relativo redao do texto de um tratado no prejudicar sua validade; nestecaso, aplicar-se- o artigo 79.

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    Artigo 49

    Dolo

    Se um Estado foi levado a concluir um tratado pela conduta fraudulenta de outro Estadonegociador, o Estado pode invocar a fraude como tendo invalidado o seu consentimento emobrigar-se pelo tratado.

    Artigo 50Corrupo de Representante de um Estado

    Se a manifestao do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado foi obtidapor meio da corrupo de seu representante, pela ao direta ou indireta de outro Estadonegociador, o Estado pode alegar tal corrupo como tendo invalidado o seu consentimento emobrigar-se pelo tratado.

    Artigo 51

    Coao de Representante de um Estado

    No produzir qualquer efeito jurdico a manifestao do consentimento de um Estado emobrigar-se por um tratado que tenha sido obtida pela coao de seu representante, por meio de atosou ameaas dirigidas contra ele.

    Artigo 52

    Coao de um Estado pela Ameaa ou Emprego da Fora

    nulo um tratado cuja concluso foi obtida pela ameaa ou o emprego da fora em violaodos princpios de Direito Internacional incorporados na Carta das Naes Unidas.

    Artigo 53

    Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa de Direito

    Internacional Geral (jus cogens)

    nulo um tratado que, no momento de sua concluso, conflite com uma norma imperativade Direito Internacional geral. Para os fins da presente Conveno, uma norma imperativa deDireito Internacional geral uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dosEstados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogao permitida e que s pode ser

    modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza.

    SEO 3

    Extino e Suspenso da Execuo de Tratados

    Artigo 54

    Extino ou Retirada de um Tratado em Virtude de suas

    Disposies ou por consentimento das Partes

    A extino de um tratado ou a retirada de uma das partes pode ter lugar:

    a)de conformidade com as disposies do tratado; ou

    b)a qualquer momento, pelo consentimento de todas as partes, aps consulta com os

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    outros Estados contratantes.

    Artigo 55

    Reduo das Partes num Tratado Multilateral aqum do Nmero Necessrio

    para sua Entrada em Vigor

    A no ser que o tratado disponha diversamente, um tratado multilateral no se extingue pelosimples fato de que o nmero de partes ficou aqum do nmero necessrio para sua entrada em

    vigor.

    Artigo 56

    Denncia, ou Retirada, de um Tratado que no Contm Disposies

    sobre Extino, Denncia ou Retirada

    1. Um tratado que no contm disposio relativa sua extino, e que no prev dennciaou retirada, no suscetvel de denncia ou retirada, a no ser que:

    a)se estabelea terem as partes tencionado admitir a possibilidade da denncia ou retirada;ou

    b)um direito de denncia ou retirada possa ser deduzido da natureza do tratado.

    2. Uma parte dever notificar, com pelo menos doze meses de antecedncia, a sua intenode denunciar ou de se retirar de um tratado, nos termos do pargrafo 1.

    Artigo 57

    Suspenso da Execuo de um Tratado em Virtude de suasDisposies ou pelo Consentimento das Partes

    A execuo de um tratado em relao a todas as partes ou a uma parte determinada pode sersuspensa:

    a)de conformidade com as disposies do tratado; ou

    b)a qualquer momento, pelo consentimento de todas as partes, aps consulta com osoutros Estados contratantes

    Artigo 58

    Suspenso da Execuo de Tratado Multilateral por Acordo apenas entre Algumas da Partes

    1. Duas ou mais partes num tratado multilateral podem concluir um acordo para suspendertemporariamente, e somente entre si, a execuo das disposies de um tratado se:

    a)a possibilidade de tal suspenso estiver prevista pelo tratado; ou

    b)essa suspenso no for proibida pelo tratado e:

    i)no prejudicar o gozo, pelas outras partes, dos seus direitos decorrentes do tratadonem o cumprimento de suas obrigaes

    ii)no for incompatvel com o objeto e a finalidade do tratado.

    2. Salvo se, num caso previsto no pargrafo 1 (a), o tratado dispuser diversamente, as partes

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    em questo notificaro s outras partes sua inteno de concluir o acordo e as disposies dotratado cuja execuo pretendem suspender.

    Artigo 59

    Extino ou Suspenso da Execuo de um Tratado em Virtude da

    Concluso de um Tratado Posterior

    1. Considerar-se- extinto um tratado se todas as suas partes conclurem um tratado posteriorsobre o mesmo assunto e:

    a)resultar do tratado posterior, ou ficar estabelecido por outra forma, que a inteno daspartes foi regular o assunto por este tratado; ou

    b)as disposies do tratado posterior forem de tal modo incompatveis com as do anterior,que os dois tratados no possam ser aplicados ao mesmo tempo.

    2. Considera-se apenas suspensa a execuo do tratado anterior se se depreender do tratadoposterior, ou ficar estabelecido de outra forma, que essa era a inteno das partes.

    Artigo 60

    Extino ou Suspenso da Execuo de um

    Tratado em Conseqncia de sua Violao

    1. Uma violao substancial de um tratado bilateral por uma das partes autoriza a outraparte a invocar a violao como causa de extino ou suspenso da execuo de tratado, no todoou em parte.

    2. Uma violao substancial de um tratado multilateral por uma das partes autoriza:

    a)as outras partes, por consentimento unnime, a suspenderem a execuo do tratado, notodo ou em parte, ou a extinguirem o tratado, quer:

    i)nas relaes entre elas e o Estado faltoso;

    ii)entre todas as partes;

    b)uma parte especialmente prejudicada pela violao a invoc-la como causa para suspendera execuo do tratado, no todo ou em parte, nas relaes entre ela e o Estado faltoso;

    c)qualquer parte que no seja o Estado faltoso a invocar a violao como causa parasuspender a execuo do tratado, no todo ou em parte, no que lhe diga respeito, se o tratado for detal natureza que uma violao substancial de suas disposies por parte modifique radicalmente asituao de cada uma das partes quanto ao cumprimento posterior de suas obrigaes decorrentesdo tratado.

    3. Uma violao substancial de um tratado, para os fins deste artigo, consiste:

    a)numa rejeio do tratado no sancionada pela presente Conveno; ou

    b)na violao de uma disposio essencial para a consecuo do objeto ou da finalidade dotratado.

    4. Os pargrafos anteriores no prejudicam qualquer disposio do tratado aplicvel em casode violao.

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    5. Os pargrafos 1 a 3 no se aplicam s disposies sobre a proteo da pessoa humanacontidas em tratados de carter humanitrio, especialmente s disposies que probem qualquerforma de represlia contra pessoas protegidas por tais tratados.

    Artigo 61

    Impossibilidade Superveniente de Cumprimento

    1. Uma parte pode invocar a impossibilidade de cumprir um tratado como causa paraextinguir o tratado ou dele retirar-se, se esta possibilidade resultar da destruio ou dodesaparecimento definitivo de um objeto indispensvel ao cumprimento do tratado. Se aimpossibilidade for temporria, pode ser invocada somente como causa para suspender a execuodo tratado.

    2. A impossibilidade de cumprimento no pode ser invocada por uma das partes como causapara extinguir um tratado, dele retirar-se, ou suspender a execuo do mesmo, se a impossibilidaderesultar de uma violao, por essa parte, quer de uma obrigao decorrente do tratado, quer dequalquer outra obrigao internacional em relao a qualquer outra parte no tratado.

    Artigo 62Mudana Fundamental de Circunstncias

    1. Uma mudana fundamental de circunstncias, ocorrida em relao s existentes nomomento da concluso de um tratado, e no prevista pelas partes, no pode ser invocada comocausa para extinguir um tratado ou dele retirar-se, salvo se:

    a)a existncia dessas circunstncias tiver constitudo uma condio essencial doconsentimento das partes em obrigarem-se pelo tratado; e

    b)essa mudana tiver por efeito a modificao radical do alcance das obrigaes aindapendentes de cumprimento em virtude do tratado.

    2. Uma mudana fundamental de circunstncias no pode ser invocada pela parte comocausa para extinguir um tratado ou dele retirar-se:

    a)se o tratado estabelecer limites; ou

    b)se a mudana fundamental resultar de violao, pela parte que a invoca, seja de umaobrigao decorrente do tratado, seja de qualquer outra obrigao internacional em relao aqualquer outra parte no tratado.

    3. Se, nos termos dos pargrafos anteriores, uma parte pode invocar uma mudanafundamental de circunstncias como causa para extinguir um tratado ou dele retirar-se, podetambm invoc-la como causa para suspender a execuo do tratado.

    Artigo 63

    Rompimento de Relaes Diplomticas e Consulares

    O rompimento de relaes diplomticas ou consulares entre partes em um tratado noafetar as relaes jurdicas estabelecidas entre elas pelo tratado, salvo na medida em que aexistncia de relaes diplomticas ou consulares for indispensvel aplicao do tratado.

    Artigo 64

    Supervenincia de uma Nova Norma Imperativa de

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    a efeito atravs de um instrumento comunicado s outras partes. Se o instrumento no forassinado pelo Chefe de Estado, Chefe de Governo ou Ministro das Relaes Exteriores, orepresentante do Estado que faz a comunicao poder ser convidado a exibir plenos poderes.

    Artigo 68

    Revogao de Notificaes e Instrumentos Previstos nos Artigos 65 e 67

    Uma notificao ou um instrumento previstos nos artigos 65 ou 67 podem ser revogados aqualquer momento antes que produzam efeitos.

    SEO 5

    Conseqncias da Nulidade, da Extino

    e da Suspenso da Execuo de um Tratado

    Artigo 69

    Conseqncias da Nulidade de um Tratado

    1. nulo um tratado cuja nulidade resulta das disposies da presente Conveno. Asdisposies de um tratado nulo no tm eficcia jurdica.

    2. Se, todavia, tiverem sido praticados atos em virtude desse tratado:

    a)cada parte pode exigir de qualquer outra parte o estabelecimento, na medida do possvel,em suas relaes mtuas, da situao que teria existido se esses atos no tivessem sidopraticados;

    b)os atos praticados de boa f, antes de a nulidade haver sido invocada, no sero tornados

    ilegais pelo simples motivo da nulidade do tratado.

    3. Nos casos previsto pelos artigos 49, 50, 51 ou 52, o pargrafo 2 no se aplica com relao parte a que imputado o dolo, o ato de corrupo ou a coao.

    4. No caso da nulidade do consentimento de um determinado Estado em obrigar-se por umtratado multilateral, aplicam-se as regras acima nas relaes entre esse Estado e as partes notratado.

    Artigo 70

    Conseqncias da Extino de um Tratado1. A menos que o tratado disponha ou as partes acordem de outra forma, a extino de um,

    tratado, nos termos de suas disposies ou da presente Conveno:

    a)libera as partes de qualquer obrigao de continuar a cumprir o tratado;

    b)no prejudica qualquer direito, obrigao ou situao jurdica das partes, criados pelaexecuo do tratado antes de sua extino.

    2. Se um Estado denunciar um tratado multilateral ou dele se retirar, o pargrafo 1 aplica-senas relaes entre esse Estado e cada uma das outras partes no tratado, a partir da data em queproduza efeito essa denncia ou retirada.

    Artigo 71

    Conseqncias da Nulidade de um Tratado em Conflito com uma Norma

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    Imperativa de Direito Internacional Geral

    1. No caso de um tratado nulo em virtude do artigo 53, as partes so obrigadas a:

    a)eliminar, na medida do possvel, as conseqncias de qualquer ato praticado com baseem uma disposio que esteja em conflito com a norma imperativa de Direito Internacionalgeral; e

    b)adaptar suas relaes mtuas norma imperativa do Direito Internacional geral.2. Quando um tratado se torne nulo e seja extinto, nos termos do artigo 64, a extino do

    tratado:

    a)libera as partes de qualquer obrigao de continuar a cumprir o tratado;

    b)no prejudica qualquer direito, obrigao ou situao jurdica das partes, criados pelaexecuo do tratado, antes de sua extino; entretanto, esses direitos, obrigaes ou situaes spodem ser mantidos posteriormente, na medida em que sua manuteno no entre em conflitocom a nova norma imperativa de Direito Internacional geral.

    Artigo 72

    Conseqncias da Suspenso da Execuo de um Tratado

    1. A no ser que o tratado disponha ou as partes acordem de outra forma, a suspenso daexecuo de um tratado, nos termos de suas disposies ou da presente Conveno:

    a)libera as partes, entre as quais a execuo do tratado seja suspensa, da obrigao decumprir o tratado nas suas relaes mtuas durante o perodo da suspenso;

    b)no tem outro efeito sobre as relaes jurdicas entre as partes, estabelecidas pelo

    tratado.

    2. Durante o perodo da suspenso, as partes devem abster-se de atos tendentes a obstruir oreincio da execuo do tratado.

    PARTE VI

    Disposies Diversas

    Artigo 73

    Caso de Sucesso de Estados, de Responsabilidade de um Estado e de Incio de HostilidadesAs disposies da presente Conveno no prejulgaro qualquer questo que possa surgir em

    relao a um tratado, em virtude da sucesso de Estados, da responsabilidade internacional de umEstado ou do incio de hostilidades entre Estados.

    Artigo 74

    Relaes Diplomticas e Consulares e Concluso de Tratados

    O rompimento ou a ausncia de relaes diplomticas ou consulares entre dois ou maisEstados no obsta concluso de tratados entre os referidos Estados. A concluso de um tratado,por si, no produz efeitos sobre as relaes diplomticas ou consulares.

    Artigo 75

    Caso de Estado Agressor

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    As disposies da presente Conveno no prejudicam qualquer obrigao que, em relao aum tratado, possa resultar para um Estado agressor de medidas tomadas em conformidade com aCarta das Naes Unidas, relativas agresso cometida por esse Estado.

    PARTE VII

    Depositrios, Notificaes, Correes e Registro

    Artigo 76Depositrios de Tratados

    1. A designao do depositrio de um tratado pode ser feita pelos Estados negociadores noprprio tratado ou de alguma outra forma. O depositrio pode ser um ou mais Estados, umaorganizao internacional ou o principal funcionrio administrativo dessa organizao.

    2. As funes do depositrio de um tratado tm carter internacional e o depositrio obrigado a agir imparcialmente no seu desempenho. Em especial, no afetar essa obrigao o fatode um tratado no ter entrado em vigor entre algumas das partes ou de ter surgido uma

    divergncia, entre um Estado e o depositrio, relativa ao desempenho das funes deste ltimo.Artigo 77

    Funes dos Depositrios

    1. As funes do depositrio, a no ser que o tratado disponha ou os Estados contratantesacordem de outra forma, compreendem particularmente:

    a)guardar o texto original do tratado e quaisquer plenos poderes que lhe tenham sidoentregues;

    b)preparar cpias autenticadas do texto original e quaisquer textos do tratado em outrosidiomas que possam ser exigidos pelo tratado e remet-los s partes e aos Estados que tenhamdireito a ser partes no tratado;

    c)receber quaisquer assinaturas ao tratado, receber e guardar quaisquer instrumentos,notificaes e comunicaes pertinentes ao mesmo;

    d)examinar se a assinatura ou qualquer instrumento, notificao ou comunicao relativaao tratado, est em boa e devida forma e, se necessrio, chamar a ateno do Estado em causasobre a questo;

    e)informar as partes e os Estados que tenham direito a ser partes no tratado de quaisqueratos, notificaes ou comunicaes relativas ao tratado;

    f)informar os Estados que tenham direito a ser partes no tratado sobre quando tiver sidorecebido ou depositado o nmero de assinaturas ou de instrumentos de ratificao, de aceitao,de aprovao ou de adeso exigidos para a entrada em vigor do tratado;

    g)registrar o tratado junto ao Secretariado das Naes Unidas;

    h)exercer as funes previstas em outras disposies da presente Conveno.

    2. Se surgir uma divergncia entre um Estado e o depositrio a respeito do exerccio dasfunes deste ltimo, o depositrio levar a questo ao conhecimento dos Estados signatrios e dosEstados contratantes ou, se for o caso, do rgo competente da organizao internacional emcausa.

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    Artigo 78

    Notificaes e Comunicaes

    A no ser que o tratado ou a presente Conveno disponham de outra forma, umanotificao ou comunicao que deva ser feita por um Estado, nos termos da presente Conveno:

    a)ser transmitida, se no houver depositrio, diretamente aos Estados a que se destina ou,

    se houver depositrio, a este ltimo;b)ser considerada como tendo sido feita pelo Estado em causa somente a partir do seu

    recebimento pelo Estado ao qual transmitida ou, se for o caso, pelo depositrio;

    c)se tiver sido transmitida a um depositrio, ser considerada como tendo sido recebidapelo Estado ao qual destinada somente a partir do momento em que este Estado tenharecebido do depositrio a informao prevista no pargrafo 1 (e) do artigo 77.

    Artigo 79

    Correo de Erros em Textos ou em Cpias Autenticadas de Tratados

    1. Quando, aps a autenticao do texto de um tratado, os Estados signatrios e os Estadoscontratantes acordarem em que nele existe erro, este, salvo deciso sobre diferente maneira decorreo, ser corrigido:

    a)mediante a correo apropriada no texto, rubricada por representantes devidamentecredenciados;

    b)mediante a elaborao ou troca de instrumento ou instrumentos em que estiverconsignada a correo que se acordou em fazer; ou

    c)mediante a elaborao de um texto corrigido da totalidade do tratado, segundo o mesmoprocesso utilizado para o texto original.

    2. Quando o tratado tiver um depositrio, este deve notificar aos Estados signatrios econtratantes a existncia do erro e a proposta de corrigi-lo e fixar um prazo apropriado durante oqual possam ser formulados objees correo proposta. Se, expirado o prazo:

    a)nenhuma objeo tiver sido feita, o depositrio deve efetuar e rubricar a correo dotexto, lavrar a ata de retificao do texto e remeter cpias da mesma s partes e aos Estados quetenham direito a ser partes no tratado;

    b)uma objeo tiver sido feita, o depositrio deve comunic-la aos Estados signatrios eaos Estados contratantes.

    3. As regras enunciadas nos pargrafos 1 e 2 aplicam-se igualmente quando o texto,autenticado em duas ou mais lnguas, apresentar uma falta de concordncia que, de acordo com osEstados signatrios e os Estados contratantes, deva ser corrigida.

    4. O texto corrigido substitui ab initio o texto defeituoso, a no ser que os Estados signatriose os Estados contratantes decidam de outra forma.

    5. A correo do texto de um tratado j registrado ser notificado ao Secretariado das Naes

    Unidas.

    6. Quando se descobrir um erro numa cpia autenticada de um tratado, o depositrio develavrar uma ata mencionando a retificao e remeter cpia da mesma aos Estados signatrios e aosEstados contratantes.

  • 7/31/2019 Conveno de Viena sobre o Direito dos Tratados Sistema Atos Internacionais

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