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1 O comércio intra-sectorial entre Portugal e Espanha na década de 90: os clusteres de produtos em que Portugal é competitivo e os custos do ajustamento Horácio C. Faustino* Rita V. Carvalho** Maio de 2001 I-Introdução No essencial temos dois tipos de comércio: o comércio inter-sectorial ( comércio de produtos pertencentes a sectores ou indústrias diferentes) e o comércio intra-sectorial, ou comércio de produtos diferenciados( comércio de produtos que pertencem à mesma indústria ou sector). Como a diferenciação de produtos pode ser horizontal ( diferenciação pelas variedades) ou vertical (diferenciação pela qualidade) é habitual dividir o comércio intra-sectorial em duas categorias: o comércio intra-sectorial horizontal e o comércio intra-sectorial vertical. No quadro das teorias do comércio internacional, o comércio intra-sectorial horizontal, ou de produtos similares, é explicado pela procura por parte dos consumidores de variedades diferenciadas e produzidas com rendimentos crescentes à escala( nova teoria do comércio internacional, de que são pioneiros Krugman, 1979, 1980; Lancaster, 1980). Quanto ao comércio intra-sectorial vertical, ele é explicado pela diferenciação vertical dos produtos ligada à intensidade capitalística, à qualificação do factor trabalho e às despesas de investigaçaõ e desenvolvimento. Ou seja, neste caso o comércio intra- sectorial pode ser explicado pela teoria tradicional das vantagens comparativas, nomeadamente na sua versão neo-factorial. Segundo Greenaway e Milner(1986) podemos considerar duas grandes divisões na abordagem do comércio intra-sectorial: i)as diferentes teorias;ii) a análise empírica do comércio intra-sectorial. E neste último ponto podemos ainda considerar : 1- os problemas de medida do comércio intra-sectorial e 2-a escolha do(s) melhor(es) indicador(es). Neste estudo, preocupamo-nos só com a medida do comércio intra-sectorial e vamos utilizar indicadores já consagrados ao nível dos estudos empíricos, ou seja, os indicadores de Grubel e Lloyd(GL) e os indicadores de Brulhart . Neste estudo analisamos a evolução do comércio intra-sectorial entre Portugal e Espanha ao nível mais desagregado possível (os quarenta principais produtos , segundo o tratamento estatístico feito pelo ICEP- Instituto de Comércio e Investimento de Portugal) e para a última década. O nosso primeiro objectivo foi isolar o cluster de produtos que em cada ano tivesse um elevado conteúdo de comércio intra-sectorial: produtos cujo índice de comércio intra-sectorial de GL (Bi) fosse superior a 50%. Podemos assim comparar a evolução deste cluster durante a década de 90 e ver quais os produtos que entraram e sairam do cluster e quais os que permaneceram e/ou reforçaram a sua posição. Uma análise mais completa passa , também, pelo cálculo de Ãi (o índice de Brulhart, que mede a alteração da posição exportadora líquida de Portugal no produto i ). Por isso, criámos um critério mais selectivo com base nos dois indices: Bi>0,5 e Ãi>0. Por outro lado, e em termos de uma análise dinâmica, é preciso analisar o que se passava de um ano para o outro, ou seja o comércio intra-sectorial ________________________ * ISEG-UTL ** INP-Instituto Superior de Novas Profissões Os autores agradecem ao Dr João Santos do ICEP a sua colaboração.

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O comércio intra-sectorial entre Portugal e Espanha na década de 90: os clusteres de produtosem que Portugal é competitivo e os custos do ajustamento

Horácio C. Faustino*Rita V. Carvalho**Maio de 2001

I-Introdução

No essencial temos dois tipos de comércio: o comércio inter-sectorial ( comércio deprodutos pertencentes a sectores ou indústrias diferentes) e o comércio intra-sectorial,ou comércio de produtos diferenciados( comércio de produtos que pertencem àmesma indústria ou sector). Como a diferenciação de produtos pode ser horizontal (diferenciação pelas variedades) ou vertical (diferenciação pela qualidade) é habitualdividir o comércio intra-sectorial em duas categorias: o comércio intra-sectorialhorizontal e o comércio intra-sectorial vertical. No quadro das teorias do comérciointernacional, o comércio intra-sectorial horizontal, ou de produtos similares, éexplicado pela procura por parte dos consumidores de variedades diferenciadas eproduzidas com rendimentos crescentes à escala( nova teoria do comérciointernacional, de que são pioneiros Krugman, 1979, 1980; Lancaster, 1980). Quantoao comércio intra-sectorial vertical, ele é explicado pela diferenciação vertical dosprodutos ligada à intensidade capitalística, à qualificação do factor trabalho e àsdespesas de investigaçaõ e desenvolvimento. Ou seja, neste caso o comércio intra-sectorial pode ser explicado pela teoria tradicional das vantagens comparativas,nomeadamente na sua versão neo-factorial.

Segundo Greenaway e Milner(1986) podemos considerar duas grandesdivisões na abordagem do comércio intra-sectorial: i)as diferentes teorias;ii) a análiseempírica do comércio intra-sectorial. E neste último ponto podemos ainda considerar :1- os problemas de medida do comércio intra-sectorial e 2-a escolha do(s) melhor(es)indicador(es).

Neste estudo, preocupamo-nos só com a medida do comércio intra-sectorial evamos utilizar indicadores já consagrados ao nível dos estudos empíricos, ou seja, osindicadores de Grubel e Lloyd(GL) e os indicadores de Brulhart .

Neste estudo analisamos a evolução do comércio intra-sectorial entre Portugale Espanha ao nível mais desagregado possível (os quarenta principais produtos ,segundo o tratamento estatístico feito pelo ICEP- Instituto de Comércio eInvestimento de Portugal) e para a última década. O nosso primeiro objectivo foiisolar o cluster de produtos que em cada ano tivesse um elevado conteúdo decomércio intra-sectorial: produtos cujo índice de comércio intra-sectorial de GL (Bi)fosse superior a 50%. Podemos assim comparar a evolução deste cluster durante adécada de 90 e ver quais os produtos que entraram e sairam do cluster e quais os quepermaneceram e/ou reforçaram a sua posição.

Uma análise mais completa passa , também, pelo cálculo de Ãi (o índice deBrulhart, que mede a alteração da posição exportadora líquida de Portugal no produtoi ). Por isso, criámos um critério mais selectivo com base nos dois indices: Bi>0,5 eÃi>0.

Por outro lado, e em termos de uma análise dinâmica, é precisoanalisar o que se passava de um ano para o outro, ou seja o comércio intra-sectorial________________________* ISEG-UTL** INP-Instituto Superior de Novas ProfissõesOs autores agradecem ao Dr João Santos do ICEP a sua colaboração.

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marginal, dado pelo índice Ai de Brulhart. Está subjacente a ideia que é preferível, emtermos de ajustamento estrutural, que o aumento dos índices de comércio intra-sectorial ao longo do período seja acompanhado com um comércio marginal do tipointra-sectorial. Criámos assim, um critério mais exigente : Bi>0,5, Ãi>0 e Ai>0,5 .

Um segundo objectivo deste estudo empírico foi analisar como evoluíramestes 40 principais produtos em termos de comércio intra-sectorial e emconjunto(índice B40) ao longo do período. Ficamos assim com uma fotografia,análise estática , da evolução do comércio intra-sectorial entre Portugal e Espanha aonível dos 40 principais produtos .Se tivermos em consideração que estes 40 produtosrepresentam, sempre, mais que 40% do comércio total bilateral ( ver anexo III)ficaremos com uma ideia do grau de integração económica em termos intra-sectoriais.Ou seja, poderemos verificar se a via de integração mais desejável, a intra-sectorial, seestá a reforçar ou não.

Numa perspectiva dinâmica, calculámos o indice de comércio intra-sectorialmarginal ao nível dos 40 principais produtos (A40) para o compararmos com aevolução do índice B40, o que nos permite ter uma ideia das alterações doajustamento estrutural verificadas ao longo do período por Portugal nas relaçõesbilaterais.

Como nos estudos recentes é feita sempre a distinção entre o comércio intra-sectorial horizontal (HIIT)1 e o comércio intra-sectorial vertical(VIIT)2 também nósprocedemos a esse estudo . Pretendemos com isso atingir vários objectivos: (i) saberqual a parte do comércio intra-sectorial vertical no comércio total ao nível dos 40principais produtos e comprovar se Portugal segue ou não a tendência do comércioentre os países mais desenvolvidos, em que o peso do comércio intra-sectorial verticalé crescente e chega a atingir os 90% ; (ii)ver ao nível dos 40 principais produtos epara toda a década em quantos produtos se verifica o VIIT e em quantos produtos deverifica o HIIT ; (iii) ver a evolução do índice de VIIT , do HIIT para os 40 produtos ecompará-lo com o IIT total ao nível dos mesmos produtos;(iv) tirar conclusões quantoao custo de ajustamento tendo por base a hipótese de que os custos são maiores se oajustamento é inter-sectorial quando comparado com o intra-sectorial e que dentro dointra-sectorial o ajustamento seguindo a via do VIIT é maior, atendendo às suasdeterminantes.

Para distinguir entre comércio intra-sectorial horizontal e o comércio intra-sectorial vertical utilizámos a metodologia de Abd-el-Rahman(1991) e Greenaway etal.(1994) . Subjacente a esta metodologia está a hipótese de que os preços unitáriosdas exportações relativos aos preços unitários das importações (os termos de troca)tendem a reflectir as diferenças de qualidade. Assim, quando os termos de troca nãosão muito diferentes e caem dentro de um dado intervalo ( por exemplo entre 0,85 e1,15) dizemos que os produtos têm a mesma qualidade , ou seja, são diferenciadoshorizontalmente. Se os termos de troca caírem fora do intervalo dizemos que aqualidade dos produtos é diferente, ou seja os produtos são diferenciadosverticalmente.

1 Do inglês, horizontal intra-industry trade2 Do inglês, vertical intra-industry trade.

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Por fim, extraímos as nossas principais conclusões e recomendações do pontode vista da política económica, particularmente no que diz respeito à via queconsideramos saudável para o reforço da nossa integração ibérica.

Como este trabalho se destina a ser divulgado para um público mais vasto –que o meio académico – não apresentamos aqui os aspectos matemáticos relacionadoscom a definição dos índices. Para isso, os leitores interessados podem consultarFaustino et al. (2001)3

II- Os clusteres de produtos em que Portugal é competitivo face à Espanha

II.1-O cluster de produtos com índice de comércio intra-sectorial superior a 50% (Bi>0. 5)

Pela análise do anexo I verificamos que ao longo do período o número de produtosque fazem parte do cluster teve a seguinte evolução :

Quadro 1 – Número de produtos seleccionados pelo critério Bi>0.5

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

16 15 15 17 14 17 29 18 17 19

Em 1999 o cluster competitivo de Portugal é composto pelos seguintes dezanoveprodutos 4:

3 O paper referido, “The Intra-Industry Trade between Portugal and Spain in the 90s and itsdeterminants”está disponível em http://www.iseg.utl.pt/~faustino no item “what´s new”.4 Note-se, e é importante em termos dos custos de ajustamento estrutural , que se ao critério anterioradicionarmos a condição do tipo de comércio intra-sectorial ser horizontal (menores custos deajustamento) temos, para 1999, o seguinte cluster de 12 produtos em que Portugal é competitivo e emque , teoricamente, os custos de ajustamento são menores:

-Chapas de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas a quente…;-Barras de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas a quente…;-Fatos, conjuntos, calças e calções, etc., de uso masculino…;-Polímeros de etileno, em formas primárias…;-Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos…;-Peixes frescos ou refrigerados,…;-Veículos automóveis para o transporte de mercadorias…;-Fatos saia-casaco, vestidos, saias, calças e calções, etc. de uso feminino…;-Alumínio em formas brutas…;-Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705…;-Painéis e aglomerados de fibras de madeira…;-Leite e nata não concentrados nem adicionados de açucar ou outros…

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Quadro 2 – Nome dos produtos seleccionados pelo critério Bi>0.5 em 1999

Comércio com Espanha - 1999

Nº Código

Produtos Bi

1 7210 Chapas ferro ou aço não ligado, de largura >=600mm, folheados ou revestidos… 0,948

2 7214 Barras de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas, a quente… 0,879

3 9401 Assentos e suas partes… 0,860

4 6110 Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e art. semelhantes, de malha… 0,842

5 8536 Aparelhos p/ interrup., ligação de circuitos eléct., p/ tensão <= 1000 v… 0,773

6 8418 Refrigeradores, congeladores, máquinas e aparelhos p/ prod. de frio, exc.p.841… 0,733

7 6203 Fatos, conjuntos, calças e calções, etc., de uso masculino… 0,703

8 6403 Calçado c/ sola exter. de borracha,plástico,couro e parte super. de couro nat…. 0,688

9 3901 Polímeros de etileno, em formas primárias… 0,683

10 8544 Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos… 0,680

11 0302 Peixes frescos ou refrigerados,exc. filetes peixe ou outra carne/peixe pp-0304… 0,668

12 8704 Veículos automóveis para transporte de mercadorias… 0,622

13 6204 Fatos saia-casaco, vestidos, saias, calças e calções, etc., de uso feminino… 0,592

14 7601 Alumínio em formas brutas… 0,574

15 4501 Cortiça natural em bruto ou simplesmente preparada; desperdícios de cortiça… 0,572

16 4011 Pneumáticos novos, de borracha… 0,549

17 8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705… 0,540

18 4411 Painéis e aglomerados de fibras de madeira… 0,524

19 0401 Leite e nata não concentrados nem adicionados de açúcar ou outros … 0,501

Fonte: ICEP, dados do comércio externo com Espanha.

II.2-O cluster de produtos com índice de comércio intra-sectorial superior a 50% (Bi>0.5) e emque se reforçou a posição exportadora líquida de Portugal (Ãi>0)

É claro que se em vez de utilizarmos um critério de selecção baseado numúnico índice utilizarmos um critério baseado em dois índices o cluster competitivoseleccionado terá um menor número de produtos. Assim, se dos produtos com elevadoconteúdo de comércio intra-sectorial, seleccionarmos os produtos nos quais Portugalreforçou a sua posição exportadora líquida face à Espanha, teremos para o período1990-1999 a seguinte evolução:

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Quadro 3 – Número de produtos seleccionados pelo critério Bi>0.5 e Ãi >0

1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

8 5 7 10 10 11 10 8 6

Em 1999 temos os seguintes seis produtos seleccionados com o critério Bi>0,5 e Ãi>0( entre parêntesis estão os valores de Ãi)5

-Barras de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas a quente…; (0,422)-Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e artigos semelhantes, de malha…; (0,142)-Aparelhos para interrupção, ligação de circuitos eléctricos, para tensão <=1000 v…; (0,508)-Fatos, conjuntos, calças e calções, etc., de uso masculino…; (1,0)-Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos…; (1,0)-Pneumáticos novos de borracha…; (0,995)

II.3-O cluster de produtos com índice de comércio intra-sectorial superior a 50% (Bi>0.5) e emque se reforçou a posição exportadora líquida de Portugal (Ãi>0) e em que o ajustamento foiessencialmente intra-sectorial (Ai>0.5)

Seguindo a mesma ideia do ponto anterior, se utilizarmos um critério maisselectivo e dos produtos seleccionados anteriormente considerarmos só aqueles emque o comércio intra-sectorial marginal foi superior a 50% (Ai>0.5) teremos para operíodo a seguinte evolução:

Quadro 4 – Número de produtos seleccionados pelo critério Bi>0.5, Ãi>0 e Ai>0.5

1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

3 2 3 2 6 8 6 4 2

5 Se ao critério anterior adicionarmos a condição do tipo de comércio intra-sectorial ser horizontal(menores custos de ajustamento) temos, para 1999, o seguinte cluster de 3 produtos em que Portugal écompetitivo e em que , teoricamente, os custos de ajustamento são menores:

-Barras de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas a quente…;-Fatos, conjuntos, calças e calções, etc., de uso masculino…;-Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos…;

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Em 1999 temos os seguintes dois produtos seleccionados com o critério Bi>0,5 , Ãi>0

e Ai>0,5 ( entre parêntesis está o valor de Ãi)6

-Barras de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas a quente…; (0,422)-Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e artigos semelhantes, de malha…; (0,142)

III- Índices de comércio intra-sectorial e intra-sectorial marginal para o conjunto dos 40principais produtos ( B40 e A40) e para o período 1990-1999

Quadro 5- Taxa de cobertura das importações pelas exportações ao nível dos 40 principais produtos(X/M)40 e taxa de cobertura global no comércio bilateral(X/M), para o período 1990-1999

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

(X/M)40 0,645 0,643 0,578 0,621 0,550 0,595 0,590 0,503 0,453 0,452

X/M 0,600 0,583 0,541 0,513 0,484 0,493 0,443 0,423 0,419 0,442

Conforme verificamos pelo quadro 5, os 40 principais produtos representam,ao longo do período, mais do que 40% do comércio total com a Espanha, embora opeso nas exportações seja sempre superior ao peso nas importações ( Ver anexo II ).Assim, a evolução do índice de comércio intra-sectorial para o conjunto destes 40produtos(B40) dá-nos uma ideia, fiável, da evolução do comércio intra-sectorial entrePortugal e Espanha. Do mesmo modo, podemos considerar como represntativo oíndice de comércio intra-sectorial marginal calculado para os quarenta principaisprodutos (A40).

6 Se ao critério anterior adicionarmos a condição do tipo de comércio intra-sectorial ser horizontal(menores custos de ajustamento) temos, para 1999, o seguinte cluster de 1 produto em que Portugal écompetitivo e em que , teoricamente, os custos de ajustamento são menores:

-Barras de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas a quente…;

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Quadro 6: Cálculo dos Índices de comércio intra-sectorial e intra-sectorial marginal para os 40principais produtos (B40 e A40) para o período de 1990-1999

ANO B40 ANO A40

1990 0,448 1989-1990 -

1991 0,437 1990-1991 0,2782

1992 0,405 1991-1992 0,1872

1993 0,448 1992-1993 0,1376

1994 0,336 1993-1994 0,2171

1995 0,441 1994-1995 0,2185

1996 0,584 1995-1996 0,2685

1997 0,480 1996-1997 0,4171

1998 0,443 1997-1998 0,2863

1999 0,466 1998-1999 0,4173

Fonte: ICEP

Constatamos que em 1990 o índice B40 assumia o valor de 0.448 e em 1999 ovalor de 0.446, ou seja houve uma ligeira quebra. Em 1996, como já tínhamosconstatado anteriormente ( Faustino et al. (2000)), há um valor excepcional: 0. 584.Do mesmo modo podemos falar do ano de 1994, em que o valor 0.336 representa umgrande desvio em relação à média.

Para o conjunto do período, e de um ponto de vista estático, poderemosconsiderar que o grau de integração económica pela via do comércio intra-sectorial éelevado e que se tem mantido relativamente estável à excepção dos anos de1994(quebra acentuada dos fluxos intra-sectoriais) e de 1996( reforço acentuado dosfluxos intra-sectoriais).

Em termos do ajustamento estrutural, e considerando o índice A40 um bomindicador global desse ajustamento, verificamos que os valores mais elevados desteíndice se verificam nos anos de 1997 (A40 =0.4171) e de 1999 (A40= 0.465), sendomesmo assim valores abaixo de 0.50 – limiar a partir do qual consideramos que oajustamento estará a seguir a via do ajustamento intra-sectorial. Esta via é consideradaa mais favorável em termos de minimização dos custos do ajustamento. No entanto,dentro do próprio ajustamento intra-sectorial há que fazer uma distinção entre oajustamento vertical (diferenciação dos produtos pela qualidade) e o ajustamentohorizontal (diferenciação dos produtos não pela qualidade, mas por outrascaracterísticas). É isso que iremos fazer no ponto a seguir.

IV- Comércio intra-sectorial vertical e comércio intra-sectorial horizontal

Novamente , calculámos não só os índices de comércio intra-sectorial vertical(VIIT) e horizontal (HIIT) para cada um dos quarenta principais produtos, comodepois calculamos os índices para o conjunto dos 40 produtos (Bv e Bh) para os

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podermos comparar com o índice B40 (que é, como vimos, o índice calculado semfazer distinção entre os dois tipos de comércio intra-sectorial). Verificámos, também,o número de produtos em que o comércio intra-sectorial era vertical e o número emque era horizontal.

Quadro 7- – Comércio intra-sectorial em valor e total (R40), horizontal (RH) e vertical (RV) e a suarelação para o periodo 1990-1999.

Unidade: 106 PTE

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

(1)R40

190 445 193 185 200 190 219 575 197 013 271 651 380 899 369 100 419 032 504 973

(2)RH

100 103 125 051 95 229 84 984 72 079 93 432 134 878 102 444 154 916 272 129

(3)RV

90 342 68 134 104 961 134 591 124 934 178 219 246 021 266 656 264 166 232 844

(2): (1)RH/R40

0,5256 0,6473 0,4757 0,3870 0,3659 0,3439 0,3541 0,2776 0,3697 0,5389

(3): (1)RV/R40

0,4744 0,3527 0,5243 0,6130 0,6341 0,6561 0,6459 0,7224 0,6303 0,4611

(3): (2)RV/RH

0,9026 0,5449 1,1022 1,5840 1,7331 1,9075 1,8242 2,6023 1,7050 0,8557

Pela análise do quadro, verificamos que de 1991 a 1997 Portugal seguiu atendência dos países mais desenvolvidos reforçando o peso do comércio intra-sectorial vertical no comércio intra-sectorial total, ao nível dos quarenta principaisprodutos ( esse peso passou de 35,27% para 72,24%). No entanto, a partir desse ano atendência alterou-se e em 1999 o peso do comércio intra-sectorial vertical(46,11%)era já menor do que o peso do comércio intra-sectorial horizontal (53,89%). Estatendência pode, também, ser confirmada pelo quadro abaixo onde o número deprodutos em que se verifica comércio intra-sectorial vertical diminuiu a partir de1997, embora continue a predominar ( 24 contra 16 em 1999).

Quadro 8 – Número de produtos onde Portugal tem comércio intra-sectorial horizontal (BH) e vertical(BV) para o periodo 1990-1999

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 TOTAL

BH 18 17 11 13 14 12 12 12 14 16 139

BV 22 23 29 27 26 28 28 28 26 24 261

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Esta evolução pode, ainda, ser confirmada pela evolução dos índices decomércio intra-sectorial vertical (BV) e horizontal (BH). Assim, pela análise doquadro 9 verificamos que essa tendência de enfraquecimento do peso do comérciointra-sectorial vertical pode ser detectada já em 1997.

Quadro 9– Índices de comércio intra-sectorial horizontal (BH), vertical (BV) e total (B40) para os 40principais produtos e para o período 1990 - 1999

1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999

BH 0,582 0,488 0,357 0,372 0,284 0,341 0,588 0,527 0,557 0,568

BV 0,414 0,367 0,448 0,514 0,377 0,371 0,582 0,480 0,396 0,385

B40 0,448 0,437 0,405 0,448 0,336 0,441 0,584 0,480 0,443 0,466

V- Principais conclusões

O comércio entre Portugal e Espanha na década de 90 é um comércioconcentrado nos 40 principais produtos exportados e importados. O peso destesprodutos no total das exportações variou entre 41.6% (em 1998) e os 52.8% (em1993), ao passo que nas importações o seu peso variou entre 34.7% (em 1996) e os46.2% (em 1992). Para o conjunto dos anos o peso dos 40 principais produtos nasexportações foi sempre superior ao seu peso nas importações, reflectindo uma maiordependência de Portugal em relação à Espanha quanto à variedade de produtoscomercializados. Assim, a taxa de cobertura das exportações pelas importações aonível dos 40 principais produtos passou de 64.45% em 1990 para 45.18% em 1999(ver as duas primeiras colunas do anexo II). Do mesmo modo, ao longo do períodoacentuou-se o défice comercial global de Portugal, ou o que é o mesmo, a taxa decobertura global das importações pelas exportações tem vindo sempre a diminuirdesde 1990, com uma ligeira melhoria nos anos de 1995 e no último ano ( ver ascolunas 3 e 4 do anexo II). Assim, a taxa de cobertura global passou de 60.17% em1990 para 41.94% em 1998 e 44.21% em 1999.

Ao nível do comércio intra-sectorial – comércio entre produtos pertencentes àmesma indústria ou sector – a situação ao nível dos 40 principais produtos reflecteuma certa estabilidade, havendo a registar ao longo do período pequenas variações doíndice B40 (este índice tem o valor 0.448 em 1990 e o valor 0.466 em 1999), comexcepção do ano de 1996( em que o índice tem um valor de 0.584 ). Como o índiceB40 não nos diz o que se passou de uns anos para os outros – ou seja é uma análiseestática e não dinâmica – utilizámos o índice A40 para captar o que se passou emtermos de ajustamento estrutural. Pela análise do quadro 6 pudemos constatar que este

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índice tinha o valor de 0.2782 em 1991 e de 0.4655 em 1999. Considerando quequanto mais se aproxima da unidade este índice reflecte um ajustamento estrutural navia intra-sectorial – e que este é o ajustamento preferível em termos da minimizaçãodos custos resultantes desse ajustamento – poderíamos concluir que a via deintegração económica com a Espanha estaria no bom caminho. No entanto, é precisoalguma prudência nas conclusões, pois pela análise dos valores de A40 verifica-se queem 1998 o valor deste índice é de 0.2863, ou seja muito próximo do de 1990. Ou seja,este índice apresenta uma grande dispersão de valores e é necessário esperar pelospróximos anos para tirarmos conclusões definitivas.

Por outro lado, e atendendo aos desenvolvimentos mais recentes em termosteóricos, temos de fazer uma distinção entre o comércio intra-sectorial vertical e ocomércio intra-sectorial horizontal. Os custos do ajustamento intra-sectorial serãomenores se predominar o comércio intra-sectorial horizontal. Neste caso, tendo emconsideração a relação entre o comércio intra-sectorial global (em valor) para os 40principais produtos (R40) e as suas duas componentes, vertical (Rv) e horizontal(Rh), verificamos que o comércio intra-sectorial vertical foi predominante e crescenteaté 1997 (72,24% do total) e que esta tendência crescente se alterou a partir de 1988 .Em 1999 predominava já o comércio intra-sectorial horizontal (54%), emboracontinuasse a haver mais produtos onde se verificava o comércio intra-sectorialvertical (24). Esta inversão da tendência e do peso do comércio intra-sectorial verticalembora benéfica em termos dos custos de ajustamento é surpreendente porquecontraria a evolução seguida pelos países mais desenvolvidos, onde o comércio intra-sectorial vertical se situa entre os 80% e os 90%.

Logo poderemos concluir que em termos dos custos de ajustamento – e emtermos das hipóteses teóricas, que necessitam de confirmação empírica – é bom queno comércio bilateral predomine o comércio intra-sectorial horizontal, embora nosestejamos a afastar do padrão seguido pelos países mais desenvolvidos ( e que foi onosso padrão até 1997).

Ao nível mais desagregado, e era esta uma preocupação central do nossoestudo, tentámos isolar o cluster ou clusteres onde Portugal tem sido competitivo faceà Espanha. Consoante o método utilizado assim obtivemos resultados diferentes.Pensamos que um método que utilize vários indicadores é preferível a um método queutilize só um indicador( método que seguimos anteriormente em Faustino, 1995,1996). Por isso, a nossa dúvida reside em utilizar o método que combina Bi>0.5 eÃi>0 ou o método que além destes dois indicadores utiliza,ainda, o indicador Ai>0.5 .Isto porque existe uma relação de complementaridade entre Ai e Ãi. Utilizando ocritério mais selectivo (terceiro critério) o cluster competitivo de Portugal é compostoem 1999 só por 2 produtos:

-Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e artigos semelhantes, de malha…;-Barras de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas a quente…;

Se eliminarmos o indicador Ai>0.5 do critério de selecção ficamos com 6 produtos(segundo critério):

-Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e artigos semelhantes, de malha…;-Barras de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas a quente…;-Fatos, conjuntos, calças e calções, etc., de uso masculino…;-Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos…;-Aparelhos para interrupção, ligação de circuitos eléctricos, para tensão <=1000 v…;-Pneumáticos novos de borracha…;

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Ressalte-se, ainda, e é importante em termos dos custos de ajustamentoestrutural , que se aos critérios anteriores adicionarmos a condição do tipo decomércio intra-sectorial ser horizontal (menores custos de ajustamento dentro doajustamento intra-sectorial) temos, para 1999, os seguintes clusteres de produtos emque Portugal é competitivo e em que , teoricamente, os custos de ajustamento sãomenores:

(i) utilizando o primeiro critério (temos 12 produtos):

-Chapas de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas a quente…;-Barras de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas a quente…;-Fatos, conjuntos, calças e calções, etc., de uso masculino…;-Polímeros de etileno, em formas primárias…;-Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos…;-Peixes frescos ou refrigerados,…;-Veículos automóveis para o transporte de mercadorias…;-Fatos saia-casaco, vestidos, saias, calças e calções, etc. de uso feminino…;-Alumínio em formas brutas…;-Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705…;-Painéis e aglomerados de fibras de madeira…;-Leite e nata não concentrados nem adicionados de açucar ou outros…;

(ii) utilizando o segundo critério (temos 3 produtos):

-Barras de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas a quente…;-Fatos, conjuntos, calças e calções, etc., de uso masculino…;

-Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos…;

(iii) utilizando o terceiro critério (temos 1 produto)

-Barras de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas a quente…;

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ANEXO I: Cluster de produtos com índices de comércio intra-sectorial superior a 50% (Bi>>0,5)

Comércio com Espanha em 1990 Xi+Mi

Nº N.C. MERCADORIAS 1000 PTE Ri Bi

1 8409 Partes destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 6.041.451 6.033.666 0,999

2 3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de out. olefinas halogenadas,em formas primár. 5.198.130 5.144.622 0,990

3 302 Peixes frescos ou refrigerados, exc. filetes peixe ou outra carne peixe p. 0304 4.770.790 4.646.594 0,974

4 8704 Veículos automóveis para transporte de mercadorias 38.646.137 36.833.326 0,953

5 8419 Aparelhos e dispositivos p/ tratamento de matérias por mudança de temperatura 3.717.518 3.540.422 0,952

6 9401 Assentos e suas partes 4.047.913 3.701.850 0,915

7 8528 Aparelhos receptores de televisão 7.881.935 7.191.606 0,912

8 8544 Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos 12.359.175 10.269.086 0,831

9 3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 7.657.869 6.300.294 0,823

10 9403 Outros móveis e suas partes 6.134.847 4.944.112 0,806

11 8418 Refrigeradores, congeladores, máquinas e aparelhos p/ prod. de frio, exc.p.8415 7.188.302 5.493.208 0,764

12 4011 Pneumáticos novos, de borracha 6.248.476 4.262.484 0,682

13 7308 Construções e suas partes de ferro fundido ou aço, exc. construções p. 9406 3.836.179 2.355.922 0,614

14 8407 Motores de pistão, alternativo ou rotativo, de ignição por faísca (explosão) 5.764.861 3.209.984 0,557

15 8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 32.185.913 17.624.456 0,548

16 7210 Chapas ferro ou aço não ligado, de largura >=600mm, folheados ou revestidos 5.133.380 2.809.898 0,547

Xi+Mi = exportações + importações

Fonte: ICEP, dados do comércio externo com Espanha.

Comércio com Espanha - 1991 X+M Ri Bi

Nº N.C. MERCADORIAS 1000PTE 1000PTE

1 7210 Chapas ferro ou aço não ligado, de largura >=600mm, folheados ou revestidos 4.203.846 4.185.476 0,996

2 9401 Assentos e suas partes 4.727.486 4.658.766 0,985

3 302 Peixes frescos ou refrigerados, exc. filetes peixe ou outra carne peixe p. 0304 6.254.599 6.155.154 0,984

4 8704 Veículos automóveis para transporte de mercadorias 30.299.609 29.476.752 0,973

5 8528 Aparelhos receptores de televisão 9.166.394 8.853.892 0,966

6 8418 Refrigeradores, congeladores, máquinas e aparelhos p/ prod. de frio, exc.p.8415 8.403.518 7.754.090 0,923

7 3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de out. olefinas halogenadas, em formasprimárias

4.420.750 3.980.760 0,900

8 9403 Outros móveis e suas partes 8.470.663 6.489.600 0,766

9 3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 6.888.340 4.767.444 0,692

10 8516 Aquecedores eléctricos de água, ambientes, solo, secador cabelo, ferrosengomar

4.403.369 3.045.400 0,692

11 8544 Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos 18.080.720 10.994.748 0,608

12 4011 Pneumáticos novos, de borracha 5.749.893 3.281.886 0,571

13 8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 33.776.382 19.106.154 0,566

14 6110 Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e art. semelhantes, de malha 4.841.587 2.525.598 0,522

15 303 Peixes congelados excepto os da p. 0304 8.781.330 4.395.488 0,501

Fonte: ICEP, dados do comércio externo com Espanha.

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Comércio com Espanha 1992 Xi + Mi Ri Bi

Nº N.C. Mercadorias 1000 PTE 1000 PTE

1 302 Peixes frescos ou refrigerados, exc. filetes peixe ou outra carne peixe p. 0304 5.934.038 5.505.796 0,928

2 9401 Assentos e suas partes 5.470.819 5.048.486 0,923

3 6204 Fatos de saia-casaco, casacos, vestidos, saias, calções, etc., de uso feminino 5.100.665 4.647.934 0,911

4 8418 Refrigeradores, congeladores, máquinas e aparelhos p/ prod. de frio, exc.p.8415 10.648.133 9.331.822 0,876

5 7210 Chapas ferro ou aço não ligado, de largura >=600mm, folheados ou revestidos 4.771.444 4.074.084 0,854

6 8528 Aparelhos receptores de televisão 7.068.383 5.562.768 0,787

7 4410 Painéis de madeira ou de outras matérias lenhosas mesmo aglomeradas 7.033.537 5.435.298 0,773

8 3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 6.664.688 5.075.096 0,761

9 8516 Aquecedores eléctricos de água, ambientes, solo, secador cabelo, ferros engomar 4.659.112 3.533.974 0,759

10 4411 Painéis e aglomerados de fibras de madeira 4.856.676 3.371.370 0,694

11 9403 Outros móveis e suas partes 8.917.145 5.974.404 0,670

12 8544 Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos 20.310.825 13.027.080 0,641

13 6110 Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e art. semelhantes, de malha 4.873.254 3.111.100 0,638

14 8704 Veículos automóveis para transporte de mercadorias 28.327.978 15.696.010 0,554

15 4804 Papel e cartão "kraft", não revestidos, em rolos ou em folhas, exc. p. 4802 e 4803 5.900.966 2.999.318 0,508

Fonte: ICEP, dados do comércio externo com Espanha.

Comércio com Espanha - 1993 Xi+Mi Ri Bi

Nº N.C. Mercadorias 1000 PTE 1000 PTE

1 8418 Refrigeradores, congeladores, máquinas e aparelhos p/ prod. de frio, exc.p.8415 8.176.544 7.956.378 0,973

2 2710 óleos de petróleo ou de minerais betuminosos 29.300.840 27.574.464 0,941

3 3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de out. olefinas halogenadas, em formasprimárias.

5.993.734 5.508.656 0,919

4 6110 Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e art. semelhantes, de malha 5.856.781 5.073.468 0,866

5 7210 Chapas ferro ou aço nã ligado, de largura >=600mm, folheados ou revestidos 6.496.139 5.524.782 0,850

6 302 Peixes frescos ou refrigerados, exc. filetes peixe ou outra carne peixe p. 0304 5.246.005 4.378.758 0,835

7 3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 7.129.529 5.886.294 0,826

8 9401 Assentos e suas partes 7.071.878 5.661.658 0,801

9 4410 Painéis de madeira ou de outras matérias lenhosas mesmo aglomeradas 6.054.284 4.753.300 0,785

10 8409 Partes destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 6.990.592 4.925.706 0,705

11 4411 Painéis e aglomerados de fibras de madeira 5.353.545 3.605.668 0,674

12 6204 Fatos de saia-casaco, casacos, vestidos, saias, calções, etc., de uso feminino 4.783.087 3.083.896 0,645

13 307 Moluscos 5.151.904 3.313.588 0,643

14 8544 Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos 20.891.281 12.693.208 0,608

15 306 Crustáceos, vivos, frescos, refrigerados, secos ou em salmoura 5.106.233 2.805.864 0,549

16 6203 Fatos, casacos, calças e calções (exc. banho), de uso masculino 17.542.081 9.445.316 0,538

17 8704 Veículos automóveis para transporte de mercadorias 24.978.622 12.633.818 0,506

Fonte: ICEP, dados do comércio externo com Espanha.

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Comércio com Espanha 1994 Xi+Mi Ri Bi

Nº NC Mercadorias 1000 PTE 1000PTE

1 7210 Chapas ferro ou aço não ligado, de largura >=600mm, folheados ou revestidos 7688491 7.039.024 0,916

2 2710 óleos de petróleo ou de minerais betuminosos 21563558 18.614.904 0,863

3 8418 Refrigeradores, congeladores, máquinas e aparelhos p/ prod. de frio, exc.p.8415 10413844 8.628.356 0,829

4 3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de out. olefinas halogenadas,em formasprimárias.

9365874 7.713.914 0,824

5 4403 Madeira em bruto, mesmo descascada, desalburnada ou esquadriada 7217435 5.682.720 0,787

6 1905 Produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de bolachas e biscoitos 7238769 5.160.658 0,713

7 3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 10815193 7.496.908 0,693

8 4411 Painéis e aglomerados de fibras de madeira 7055044 4.243.342 0,601

9 9401 Assentos e suas partes 8470131 5.029.346 0,594

10 302 Peixes frescos ou refrigerados, exc. filetes peixe ou outra carne peixe p. 0304 6945353 4.112.566 0,592

11 8409 Partes destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 8683989 4.952.254 0,570

12 303 Peixes congelados excepto os da p. 0304 16824965 8.993.200 0,535

13 4410 Painéis de madeira ou de outras matérias lenhosas mesmo aglomeradas 7667639 3.914.028 0,510

14 8544 Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos 26522585 13.521.806 0,510

Fonte: ICEP, dados do comércio externo com Espanha.

Comércio com a Espanha - 1995 Xi+Mi Ri Bi

N.º Ncódigo

Produtos 1000 PTE 1000 PTE

1 8418 Refrigeradores, congeladores, máquinas e aparelhos p/ produção. de frio, exc.p.8415 11.584.668 11.551.618 0,997

2 7210 Chapas ferro ou aço não ligado, de largura >=600mm, folheados ou revestidos 9.524.422 9.394.818 0,986

3 3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de out. olefinas halogenadas, em formas primárias. 10.647.866 10.008.992 0,940

4 3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 10.752.231 10.020.284 0,932

5 8704 Veículos automóveis para transporte de mercadorias 28.599.339 26.557.202 0,929

6 2710 óleos de petróleo ou de minerais betuminosos 26.095.932 23.948.794 0,918

7 1905 Produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de bolachas e biscoitos 9.658.547 7.611.160 0,788

8 8409 Partes destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 8.549.933 6.607.554 0,773

9 4811 Papel, cartão, pasta de celulose, em rolos ou fls., excepto produto. 4803, 4809, 4810e 4818

9.292.709 6.990.470 0,752

10 6203 Fatos, casacos, calças e calções (exc. Banho), de uso masculino 17.578.585 12.802.504 0,728

11 302 Peixes frescos ou refrigerados, exc. Filetes peixe ou outra carne peixe p. 0304 8.521.030 5.964.128 0,700

12 9401 Assentos e suas partes 10.341.765 6.836.228 0,661

13 4403 Madeira em bruto, mesmo descascada, desalburnada ou esquadriada 11.520.305 7.206.688 0,626

14 6110 Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e art. semelhantes, de malha 9.054.293 5.568.194 0,615

15 8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 62.655.637 35.338.274 0,564

16 8544 Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos 31.088.002 15.918.808 0,512

17 4410 Painéis de madeira ou de outras matérias lenhosas mesmo aglomeradas 8.191.195 4.168.150 0,509

Fonte: ICEP, dados do comércio externo com Espanha.

15

Comércio com a Espanha - 1996 Xi+Mi Ri Bi

N.código

Produtos 1000 PTE 1000 PTE

1 4811 Papel, cartão, pasta de celulose, em rolos ou fls., exc.p. 4803, 4809, 4810 e 4818 17.879.261 17727308 0,992

2 0901 Café, mesmo torrado ou descafeinado 6.897.491 6714718 0,974

3 3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de out. olefinas halogenadas, em formas primárias 9.792.861 9349346 0,955

4 7210 Chapas ferro ou aço não ligado, de largura >=600mm, folheados ou revestidos 10.370.422 9170664 0,884

5 0306 Crustáceos, vivos, frescos, refrigerados, secos ou em salmoura 7.160.369 6249316 0,873

6 0307 Moluscos 8.002.174 6857216 0,857

7 2710 Óleos de petróleo ou de minerais betuminosos 18.188.601 15295308 0,841

8 3923 Artigos de transporte ou de embalagem, rolhas ,tampas, cápsulas, de plástico 6.260.077 5192260 0,829

9 8409 Partes destinadas aos motores das posições 8407 ou 8408 7.900.857 5875310 0,744

10 8418 Refrigeradores, congeladores, máquinas e aparelhos p/ prod. de frio, exc.p.8415 11.416.108 8371338 0,733

11 6203 Fatos, casacos, calças e calções (exc. banho), de uso masculino 21.512.735 15635066 0,727

12 3920 Out. chapas, tiras e lâminas, de plástico não alveolar, não reforçados, nem estrat. 6.027.059 4179948 0,694

13 8419 Aparelhos e dispositivos p/ tratamento de matérias por mudança de temperatura 6.864.126 4754082 0,693

14 8704 Veículos automóveis para transporte de mercadorias 30.551.942 21070602 0,690

15 6205 Camisas de uso masculino 8.468.224 5832630 0,689

16 6110 Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e art. semelhantes, de malha 10.137.679 6880982 0,679

17 0401 Leite e nata não concentrados nem adicionados de açúcar ou outros edulcorantes 7.891.766 5280378 0,669

18 6204 Fatos de saia-casaco, casacos, vestidos, saias, calções, etc., de uso feminino 9.994.666 6650754 0,665

19 0302 Peixes frescos ou refrigerados, exc. Filetes peixe ou outra carne peixe p. 0304 10.532.087 7006224 0,665

20 3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 8.412.794 5426618 0,645

21 9401 Assentos e suas partes 12.556.135 7939282 0,632

22 6403 Calçado com sola exterior de borracha, plástico, couro e parte superior de couro 6.860.798 4131416 0,602

23 4411 Painéis e aglomerados de fibras de madeira 8.436.304 4929954 0,584

24 7213 Fio-máquina de ferro ou aço não ligado 6.481.539 3750610 0,579

25 8527 Aparelhos receptores p/ radiotelefonia/radioteleg., mesmo combinados 8.375.553 4761136 0,568

26 7306 Outros tubos e perfis ocos, soldados, rebitados, etc., de ferro ou aço 6.795.756 3727852 0,549

27 8703 Veículos automóveis principalmente concebidos p/ o transporte de pessoas 116.506.352 62983792 0,541

28 1905 Produtos de padaria, pastelaria ou da indústria de bolachas e biscoitos 11.044.877 5866394 0,531

29 8544 Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos 30.152.742 15866164 0,526

Fonte: ICEP, dados do comércio externo com Espanha.

16

Comércio com Espanha - 1997Nº N.C. PRODUTOS X+M Ri Bi

1000 PTE 1000 PTE

1 3904 Polímeros de cloreto de vinilo ou de out. olefinas halogenadas,em formas primár. 11256646 11079540 0,984

2 3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 14417314 13372224 0,928

3 7210 Chapas ferro ou aço não ligado,de largura >=600mm, folheados ou revestidos 15250065 13310706 0,873

4 9401 Assentos e suas partes 16397061 12226346 0,746

5 8704 Veículos automóveis para transporte de mercadorias 37823611 27903948 0,738

6 6203 Fatos, casacos, calças e calções (exc. banho), de uso masculino 22644818 16511546 0,729

7 8418 Refrigeradores, congeladores, máquinas e aparelhos p/ prod. de frio, exc.p.8415 13438679 9776032 0,727

8 6110 Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e art. semelhantes, de malha 13432589 9591858 0,714

9 8473 Partes e acessórios das máquinas e aparelhos das posições 8469 a 8472 10811936 7147702 0,661

10 0302 Peixes frescos ou refrigerados, exc. Filetes peixe ou outra carne peixe p. 0304 12450907 8121878 0,652

11 6204 Fatos de saia-casaco, casacos, vestidos, saias, calções, etc., de uso feminino 11832162 7657256 0,647

12 8471 Máquinas automáticas para processamento de dados e suas unidades 22189091 13522010 0,609

13 8544 Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos 33582153 19856404 0,591

14 0401 Leite e nata não concentrados nem adicionados de açúcar ou outros edulcorantes 11240783 6124034 0,545

15 0303 Peixes congelados excepto os da p. 0304 21510415 11572176 0,538

16 4011 Pneumáticos novos, de borracha 21691772 11649634 0,537

17 8536 Aparelhos p/ interrup., ligação de circuitos eléct., p/ tensão <= 1000 V 13478100 7039596 0,522

18 8703 Veículos automóveis principalmente concebidos p/ o transporte de pessoas 106901672 55638956 0,520

Fonte: ICEP, dados do comércio externo com Espanha.

17

Comércio com Espanha - 1998 X+M Ri Bi

Nº Código PRODUTOS 1000PTE 1000PTE

1 7601 Alumínio em formas brutas 18278082 16193606 0,886

2 8419 Aparelhos e dispositivos p/ tratamento de matérias por mudança de temperatura 11751250 10147962 0,864

3 6110 Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e art. semelhantes, de malha 18423737 15456574 0,839

4 9401 Assentos e suas partes 17073059 14006920 0,820

5 6203 Fatos, casacos, calças e calções (exc. Banho), de uso masculino 27162643 21765572 0,801

6 8544 Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos 24038692 18556308 0,772

7 8418 Refrigeradores, congeladores, máquinas e aparelhos p/ prod. de frio, exc.p.8415 15031906 11101378 0,739

8 7210 Chapas ferro ou aço não ligado,de largura >=600mm, folheados ou revestidos 17044653 12198162 0,716

9 8536 Aparelhos p/ interrup., ligação de circuitos eléct., p/ tensão <= 1000 V 17747799 12623388 0,711

10 0302 Peixes frescos ou refrigerados, exc. Filetes peixe ou outra carne peixe p. 0304 14656943 9878316 0,674

11 3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 17447271 10554654 0,605

12 6204 Fatos de saia-casaco, casacos, vestidos, saias, calções, etc., de uso feminino 17370039 10076564 0,580

13 8704 Veículos automóveis para transporte de mercadorias 48747831 27981908 0,574

14 4011 Pneumáticos novos, de borracha 23859168 12770966 0,535

15 0401 Leite e nata não concentrados nem adicionados de açúcar ou outros

edulcorantes

16491781 8690690 0,527

16 8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 105452325 54787802 0,520

17 6109 T-shirts e camisolas interiores, de malha 14354738 7258286 0,506

Fonte: ICEP, dados do comércio externo com Espanha.

18

Comércio com Espanha - 1999

Nº Código Produtos X+M

1000 PTE

Ri

1000PTE

Bi

1 7210 Chapas ferro ou aço não ligado, de largura >=600mm, folheados ou revestidos 16294007 15438961 0,948

2 7214 Barras de ferro ou aço não ligado, forjadas, laminadas, extrudadas, a quente 32498073 28569364 0,879

3 9401 Assentos e suas partes 19438503 16708523 0,860

4 6110 Camisolas e pulôveres, cardigans, coletes e art. semelhantes, de malha 21627511 18204544 0,842

5 8536 Aparelhos p/ interrup., ligação de circuitos eléct., p/ tensão <= 1000 v 19247248 14883902 0,773

6 8418 Refrigeradores, congeladores, máquinas e aparelhos p/ prod. de frio, exc.p.841 15968677 11704361 0,733

7 6203 Fatos, conjuntos, calças e calções, etc., de uso masculino 26971074 18958524 0,703

8 6403 Calçado c/ sola exter. de borracha,plástico,couro e parte super. de couro nat. 12795179 8803321 0,688

9 3901 Polímeros de etileno, em formas primárias 17541470 11989086 0,683

10 8544 Fios, cabos e outros condutores isolados para usos eléctricos 24140114 16404529 0,680

11 0302 Peixes frescos ou refrigerados,exc. filetes peixe ou outra carne/peixe pp-0304 17561906 11738051 0,668

12 8704 Veículos automóveis para transporte de mercadorias 63279100 39370951 0,622

13 6204 Fatos saia-casaco, vestidos, saias, calças e calções, etc., de uso feminino 20186745 11944984 0,592

14 7601 Alumínio em formas brutas 27859966 15985706 0,574

15 4501 Cortiça natural em bruto ou simplesmente preparada; desperdícios de cortiça 13039924 7458490 0,572

16 4011 Pneumáticos novos, de borracha 23213453 12741707 0,549

17 8708 Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições 8701 a 8705 114737961 61904542 0,540

18 4411 Painéis e aglomerados de fibras de madeira 12483648 6544919 0,524

19 0401 Leite e nata não concentrados nem adicionados de açúcar ou outros edulcorantes 14553480 7293948 0,501

Fonte: ICEP, dados do comércio externo com Espanha.

19

ANEXO II: Peso dos 40 principais produtos no comérciobilateral, para o período de 1990-1999

ANO (1)

X dos 40

principais

produtos

(2)

M dos 40

principais

produtos

(3)

X total

para Espanha

(4)

M total

para Espanha

(5)

(1)/(3)

(6)

(2)/(4)

1990 152810943 237094437 309550905 514437025 0,494 0,461

1991 173059573 268985969 351346909 602572385 0,493 0,446

1992 180990466 313115052 366963146 677808785 0,493 0,462

1993 187795431 302312753 355608187 692892360 0,528 0,436

1994 207895334 377808573 430770526 890354796 0,483 0,424

1995 246503325 414.638.663 524408832 1064250370 0,470 0,390

1996 241983323 410.246.466 523503164 1181799087 0,462 0,347

1997 265631104 528403442 611866845 1447769393 0,434 0,365

1998 294395123 650548390 707933797 1687817392 0,416 0,385

1999 337590345 747119883 797771926 1804411283 0,423 0,414

Fonte: ICEP

X - Exportações (Expedições)

M - Importações (Chegadas)

20

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