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\ BgjffJRj. mmm%m1ÊBB^ rios o Commercio, da Lavoura e da Txid^s ria PEOPBIEDADE IXÍÜ TJM^ A8SOCTAQÃO ANONYMA, : V ¦(•¦- j&nno 2'.*- IN". 222 «tio do janeiro, «aobado a4 do Agosto do 1875 Redacção, Oixrivos n. 8RL '—^.' : Tendo acabado a 31 de Julho a assignaturadamaior parte dos nossos assignantes que começaram em Io de Agosto com a primeira pu- blicacão do GLOBO, lhes ro- gamos se dignem mandar reformar as suas assigna- ; turas no escriptorio da em- preza, para boa ordem do serviço. r Completa neutralidade na luta dos partidos puuucos. Liberdade plena de enunciaç.ao do pensamento, com responsabilidade do a ator. OfFerla gratuita das columnas para assumptos de utilidade publica. Appello á caridade Àclia-se collocada no escriptorio desta folha uma caixa destinada a re- ceber anonymameute qualquer espor- tula em beneficio das victimas da horrorosa inundação do meio dia da França. « Ô Globo » iniciando esta idéa caritativa e tão consentanea coma boa Índole e costumes do povo brazi- leiro, pede-lhe, e especialmente aos seus assignantes, uma esmola em fa- vor de tantos mil infelizes que implo- ram do mundo iuteiro commiseraçao e piedade. do Universo, cobre-se de um crepe agou- reiro e difunde uma luz amarellenta, si- nistra, e naortuaria ! onde o céo é uma la- mina de chumbo polida e candente ! onde reina um silencio profundo, mais pavo- roso do que o coro unisono de mil tro- voes! Mas a nossa coragem não se abate, nossa vontade não vacilla nunca; pelo contrario, rebentam-nos dos olhos lagrimas pungen- tes, e com a mais viva e ardente esten- demos aos que soffrem, tão longe, mãos fraternaes, e corremos a mitigar-lhes a dôr e os soffrimentos A França, esse foco de illuatração e de bravura, que ainda hoje soffre das conse- quencias de uma guerra estranha, como sa lhe não bastassem tantas calamidades, tantas contrariedades e vicissitudas, acaba de vèr desapparecer do sau solo um sem numero de entes que foram engolidos pela inundação que banhou-lhe os campos e as cidades que ficam ao Sul e devorou-lhe fortunas adquiridas por longos annos de improbo trabalho, de esforços con- stantes E os que sobreviveram a tão medonha catastrophe, ficaram na nudez, e ja- zem mortos quasi .de fome e de frio... * Espectaculo'tão contristador não podia deixar de achar echo entre nós... E cabo a nós a idéa sublime de abrir uinasubscripaão anonyma em beneficio das victimas dessa inundação horrorosa, e de estendermos a mão pedindo indistineta- mente, a todos uma esmola em favor de tantos mil infelizes que imploram do mun- do inteiro commiseraçao e piedade. 0 nosso appello á caridade tem feliz- mente, para honra e gloria do Brazil, sido correspondido, porque a caixa que se acha collocada em o escriptorio desta folha tem recebido e guarda em si, os donativos que corações generosos e almas bemfazajas têm vindo e mandado depositar nella. abrilhantaram tambem com sua presença, sempre animadora, essa festa toda de caridade. * * E como acontece tambem sempre, o sexo meigo e terno ; o sexo que é o ideal da fe- licidade e do amor alli se ostentou com suas gallasB com a elegância de suas toi- lettes e de suas jóias, abrilhantando com suas presenças tão amáveis como encanta- doras essa festa humanitária, em que a Ca- ridade, a Esperança e a Fé, essas três irmãs gêmeas, se uniram por uma alliança intima, profunda e indissolúvel ! As chuvas no Rio de «Faneiro ¦ 2LSEI2CEZZ>jZZ Rio, 13 de Janeiro de 1815. A. festa da caridade Quando no velho mundo a peste e a fome devastam cidades e dizimam populações inteiras : quando as mais choram a perda dos filhos, o esposo a da esposa carinhosa, a irmã a do irmão, seus únicos arrimos, seus únicos sustentaculos na terra; quando a ira do Altíssimo se pronuncia fazendo inundar os campos, engulindo colheitas, frueto do suor do homem em terras áridas ; quando os temporaes se desfecham sobre cidades importantes e ao rugir do vento, e ao estalar do raio fazem baquear edifícios,, templos a palácios ; quando tudo á dasola- cão e pranto.... aimas eminentemente ca- ridosas surgem, como por encantamento e, por iniciativa sua, abrem-se suhscri- peões, em que homens de fortunas col- lossaes procuram reparar os destroços ha- vidos. E esses destroços, como que desap- parecem, e a nudez é coberta, a fome á sa- ciada e os corações tribulados acham alli- vio e os homens e as aves, e os insectos e os orbes entoam cantos perennea e dulci- nosos á gloria immortal da Divindade, e a essas almas bemfazejas que na terra foram- lhesarchanjos. E não foi isto! O emprezario de um dos divertimentos mais populares entre todas as nações, o Sr. Marcos Casali, director do Circo eques- tre que actualmente aqui trabalha, asso- ciou-se-nos em obra tão meritoria, offere- cendo um beneficio em favor dessas victi- mas, dado pela sua companhia. Apezar da descrença que lavra por toda a parte, acceitámos tão generosa offerta, e incumbimo-nos de distribuir os bilhetts para essa representação, que realisou-se na noite de ante hontem. * Os nossos votos, e os ardentes desejos do humanitário cidadão estrangeiro que veio de sou motu próprio as<ociar-se-nos em uma obra tão pia comp altamente bene- ficente, didos. foram mais que bam correspon- No Brazil, onde a primavera é perenne, quando por ventura a febre amarella ou o cholera morbus nos visitam, o que nao se pode attribuir sinão ao deleixo e ao pouco asseio d»s nossas cidades, a iniciativa par- ticulartern tambem feito abrir enfermarias, onde os mais necessitados encontram soe- corros e allivio a seus males, e praticam muitos outros actos da verdadeira caridade E entre nós; o governo tambem, por sua parte, contribue pecuniariamente para esses actos de caridade. E si apezar das chuvas torrenciaes quo açoutam nossas cidades, e dos temporaes desabridos que desarreigam arvores fron- dosas e seculares, o nosso abençoado paiz, esta America tão eminentemente grande, •rara ve-/, seus magestosos rios trasbor- dar ¦ nós brazileiros, tão bem fadados, somos os primeiros a acudir aos reclamos daquelles que em regiões estranhas e lon- ~inquas soffrem ; e assim que esess brados dolorosos nos chegam aos ouvidos levan- tamo-nos, como um homem, e volvemos nossos olhos para esses bonzontesonde tudo é negro, tudo é triste, e povoado de sombras fugazes, de espectros cambiantes que tripudiam nas trevas da mais cru- lute miséria! onde o sol, alma brilhante Na noite da 12 do corrente, o Circo Ca- sali, sito á rna do Espirito Santo, encheu- se de convidados e de espectadoie 5. E um ministro de Estado, descendo das altas regiões que oecupa nos Conselhos da Coroa, veio sentar-se nos bancos do circo Casali... como um simples cidadão, como um simples burguez, sem receio de marear a sua farda ! Ainda bem! Si o circo Casali fosse um edificio mages- toso como é o da rua da Guarda Velha.si esse circo tivesse o pomposo nome de—Pedro II —não seria tão grande a nossa admiração, eo nosso pasmo. Mas o circo Casali é quasi que um pardi- eiro, sem elegância, sem accommodações confortáveis. O Sr. conselheiro Pereira Franco, porém, acudindo aos dictames de seu generoso co- ração,não attendeu a estas circumstancias, e sim a que se tratava de fazer bem* aos que soffrem, o que nesse circo eetreito, sem bons commodòs, trabalha uma companhia gymnastica, equilibrista e acrobatica, cujos exercícios são admiráveis e sorpron- dentes. E não foi o ministro de Estado que pensou assim. O Sr. Francisco Figueiredo; presidente da nossa empreza, alli tambem compareceu, comparticipando desta festa da caridade, e dando um exemplo digno de ser imitado por aquelles que dispõem de cabedaes. PT ABA 12 íOLlnl BO O AMANTE DA MORTA Titulares, altos funecionarios, pessoas illustres e illustradas e vários jornalistas Nos tempos que vão, era um espe- ctaculo realmente curioso observar-se o aspecto da cidade do Hio de Janeiro, no fim de algumas horas de pesada chuva, dir-se-hia Veneza, sulcados todos os seus canaes por innumeras e pittorescas gon- dolas; tal era a quantidade d'agua que se que se accumulava em certas rnas e p ermanecia durante algum tempo, sendo preciso aos moradores atravessal-as em grandes gamellas, que perfeitamente bem substituíam as canoas, e muita gente havia que em casa tinha canoas para dellas servir-se em dias de grandes chuvas, que aliás não são raras em todos os paizes, onde são as. condições climatericas as mesmas da capital do Império. As reclamações originadas por esse es- tado de cousas, foram-se amiudando e certas medidas se tomaram de modo que ao menos em alguns pontos deixou de ma- nifestar-se aquelle inconveniente com tanta intensidade. Chegou, porém, a epocha dos melhora- mentos, deu-se mais desenvolvimento ao calçamento da cidade, tocou-se no nivel- lamento de quasi todas as ruas. ora por causa dos canos da Companhia do Gaz, ora por causa da dos esgotos e muitas vezes por causa dos tubos d'agua, e o resultado foi o que hoje todos presenceiam, estamos em peiores condições do que nos tempos em que taes melhoramentos eram desço- nhecido3 dos habitantes da capital do Im- perio. Hoje basta cerca de meia hora de chuva forte, dessas muito coramun entre nós, para que seja impossível atravessar as ruas do centro da cidade onde a circulação é mais activa e maiores as necessidades do movimento: o que é mais singular, é não se tomar medida de espécie- alguma ten- dente a melhorar este pernicioso estado de cousas, realmente lastimável em uma cida- de da importância do Rio de Janeiro. Torna-se hoje a difficuldade muito maior que outr'ora para quem precisa sahir de casa e tem a infelicidade de morar em certas ruas, onde não ha escoamento para as águas pluviaes, visto qua como objecto de curiosidade se encontram hoje as taes gamellas que serviam, em oceasiões criti- cas, de canoas. E' de outra espécie e de alcance muito maior o inconveniente que resulta á for- tuna publica, de qualquer maneira que se encare a falta de esgotos para escoameuto das águas pluviaes, que no fim de muitos dias desapparecem pela evaporação, dei- xando cobertas de lama grandes extensões de onde se exhalam os perigosos miasmas, origem de muita moléstia, que aqui se des- envolve, na estação calmosa, principal- mente Não é o centro da cidade que soffre pela falta desse melhoramento existente na mais insignificante povoaçâo da Europa e America ; certos bairros e justamente os mais freqüentados e populosos offerecem um espectaculo repugnante ; no fim de al- guns dias de chuva, as ruas convertem-se em rios, as estradas em atcleiros perigosos, por onde é impossível o transito ao mais leve vehiculo, embora conduzido por ani- mães possantes , embalde reclamam pro- videncias os moradores d'allí, o sói o sói, os vem libertar daquelle estado lasti- moso em qua permanecem durante muitos dias, precisamente os dous mais concorri- dos arrabaldes da cidade do Rio de Ja- neiro. A necessidade de um systema de esgotos e vallas convenientes para deixar escoar immediatamenta, á sua queda, as águas pluviaes, é uma das que com mais promp- tidão deve ser resolvida pelos competentes poderes. O nivellamento da cidade não deve estar á disposição de qualquer empreiteiro ou companhia por mais rica que seja. no Rio de Janeiro vêm-se essas con- tinuas escavações que todos observam dia- riamente, para concertos insignificantes, ficando muitos dias as ruas atravancadas, e os infelizes habitantes dellas expostos ás nocivas emanações que se produzem. Em outras cidades tambem ha illumi- nação a gaz, esgotos, canos d'agua, carris de ferro, mas em nenhuma apresentam as ruas o aspecto desagradável e offerecem ao transito publico, o perigo que constante- mente ha em as nossas. Ao ver-se o que se passa entre nós, pa- rece que todas as emprezas protegem os calceteiros, únicos que lucram com as con- stantes resoluções a que são sujeitas as ruas da cidade do Rio de Janeiro. E' preciso que ao menos em parte cessem esses inconvenientes. Um bom systema de escoadouros subter- raneos indo desaguar no mar, é uma ne- cessidade que reclama a muito uma po- pulação crescida, cuja saúde e interesse são prejudiciados constantemente por aquella falta. Melhorando esse estado de cousas, que peior não pôde ser, prestará o illustre Sr. Ministro da Agricultura um relevante ser- viço á capital do Império. Lemos no expediente do Ministério do Império, do dia 6 do corrente, o seguinte aviso: « Ministério dos Negócios do Império.— Rio de Janeiro, em 6 de Agosto de 1875. « Illm. e Exm. Sr. Neste momento acabo de receber o aviso de 27 do mez passado, em que V. Ex. pede que providencie, para que se realize com brevidade a desobstruo- cão do canal do Mangue. « Em resposta cumpre-me declarar a V. Ex. que, havendo tomado na merecida consideração todos os serviços tendentes a melhorar o estado de salubridade desta cidade, tenho providenciado de modo que possa realizar com brevidade as medi- das mais urgentes, entre as quaes se acha a referida desobstrucção. « Deus guarde a V.Ex. José Bento ãa CuÇ nha Fígueireâo. A' |S.Ex. o Sr. Thomaz José Coelho de Almeida.» Desta aviso deduzimos que o Ministro da Agricultura pede ao do Império que com brevidade mande proceder a desob- strucção do canal do Mangue, e o Ministro do Império responde que tomando em con- siãeração merecida toâos os serviços tenãentes a melhorar o estado ãe salubridade desta, ci- ãaãe, ja tem providenciado ãe moão que possa, realisar com brevidade asmeãiâas mais urgentes, entre as quaes se acha a referida DESOBSTRUCÇÃO, Vai desobstruir-se com brevidade o ca- nal do Mangue—eis o annuncio que nos o Diário Official. ¦ * Não podemos deixar desapercebido este modo de administrar. Qual é o resultado desse serviço ? quanto vai c :star? Si a desobstrucção annunciada quer di- zir obstrucção, logo depois, segue-se que teremos despesa improduetiva e portanto ruinosa. » Não comprehendemos porque as admi- nistrações se tornam avessas ás grandes idéas, que, embora dispendiosas e até eom sacrifício,encerram em si um futuro.revelam uma realidadeque compensam a mãos cheas despezas e sacrifícios ! Será possível que no paiz-gigante— os homens queiram por forca ser anões? ! O canal do Mangue pede ou ser com- pletamente atterrado, ou ser prolonga- do de modo a receber as águas sempre renovadas do fluxo e refluxo das marés— tudo quanto se fizer que não seja levar adiante um destes pensamentos são reme- dios palliativos que não curam, entretem o mal, e os cofres do Estado e por conse- guinte a bolsa dos contribuintes não pôde estar sujeita a esse disperdicio inqualifl- cavei. t- Gaste-se, e gaste-se muito, porém gaste- se por uma vez ; e quando a obra represen- te em si grandes quantias despendidas, represente ao mesmo tempo uma idéa mo- numental, útil, proveitosa, e que não esteja sempre pesando, sem proveito algum, so- bre os cofres do Estado. Pende, ha muito tempo, da approvação do Ministério da Agricultura, um grande plano de prolongamento desse canal, que deve trazer belleza á cidade, e salubridade aos lugares por onde atravessa. Porque razão não se adopta esse plano ? Porque razão não se auxilia a iniciativa particular que quer levar avante essa idéa? E si o Estado entende que não deve alen- tar o esforço dos homens que trabalham pelo desenvolvimento material desta gran- de cidade : si entende que deve concentrar em suas mãos e em suas mãos, todo o poder de felicitar o povo, então está no dever de o fazer e o povo no direito de exigir. O povo que paga o tributo, o povo que concorre para as rendas do Estado, que accode a todos os seus serviços directa ou indirectamente, pôde sujeitar-se á tutella; mas de certo que não acceita como pre- sente feito a si aquillo que é obra sua. Não se escreve sem trahir a verdade so- ciai no regimen de nosso governo, o dístico que apresenta a monumental escola da Gloria O GOVERNO AO POVO. Boletim Telegraphico (AGENCIA HAVÀS-REÜ1ER) Lisboa, de Agosto. A corveta brazileira Nitherohy, que esti- vera em nosso porto desde o dia 5 do corrente, partiu hoje para Cadix, em via- gem de instrucção. Chronica parlamentar Senado SESSÃO EM 13 DE AGOSTO DE 1875 Presiâencia ão Sr. Visconde âc Zaguary A's 111/2 horas da manhã havendo nu- POR LUDOVIC PÍCHON IX (Continuação) A mãi de Luiza vivia feliz no seio da familia Desclaux^e se tornara a sua pro- nria. ajudava sua cunhada nos affazeres domésticos, tratando sempre de mostrar-se xe ^nhecida ás bondades que tinham para com ella e sua filha. Quando Bernardo chegou a X . Luiza acabava de completar dezesexs *nnos. Sens grandes olhos azues, meigos, lan- ! Slio aue reflectindo a pureza de ^alm T— «- eabeUcs louros. l*Tem luxuriantes anneis, molduran- m a a uma madona que tivesse descido 7 ^ auadro deRaphael. Tudo nellarespi- de um quadromomentos em que a raVa doçura, H«m ^^ a moça an°nÍna ZTJdí Suas faces, quasi sempre grave ereflectida.b < inflll,ft- pallidas, coravam de «»«** de uma impressão mórbida. Porque motivo? Luiza nunca queixa, va-se, nem se suppunha doente. Vivia tão satisfeita em casa de seu tio e era tão estimada, que, por fôrma alguma, dese- java assustar seus pais contando-lhes o mal desconhecido que a mortificava, au- gmentando-se de dia para dia. Tinha sem- pre um sorriso em seus lábios, e quando depunha na fronte encanecida do Sr. Des- -.„s um .beijo ungido de filial caricia , CU""ue nesse osculo de amor con- dir-se-hia +- . nm pr§8entimento de centrava, como por . ^^ ^ ^ próxima separação, toda a ^. alma e toda a sua ternura. •Todos os dias, depois do almoço, a fa- milia Desclaux costumava dar um pequeno gyro pelo jardim, indo depois reunir-se no salão. As senhoras entregavam-se atra- balhos de agulha, emquanto o Sr. Des- claux lia os seus jornaes. Era então que chegava o mestre-escola. Conversava um pouco com o maire a res- peito de negócios do dia, e começava logo o seu trabalho. A porta do gabineto que communicava com o salão ficava ordinariamente entrea- berta, e quando fatigado de sommar par- cellas, ou cansado das formulas adminis- trativàs, o Sr. Bernardo levantava os olhos de cima de sua papelada, diante delle mostrava-se o quadro encantador dessa vida de familia de que a sorte para sempre o desherdara. O desespero eo ódio, nessas horas da desalento, enchiam-lhe o coração e xnva- diam-lhe o cérebro. mero legal abrio-se a sessão. Lida e approvada a acta da anterior, fez-se a leitura do expediente. ORDEM DO DIA Foi votada e approvada a proposição da Câmara dos Deputados sobre ajudas de custo aos deputados da futura legislatura Entra em discussão o orçamento do Mi- nisterio da Fazenda para o exercício de 1875-1876. O Sr. Junqueira, faz considerações sobre o Banco do Brazil, mostrando o pri- vilegio de que goza, sem que comtudo tenha correspondido ao que delle se espe- rava. Oecupa-se da extineção das caixas filiaes das províncias, fazendo sentir que hoje apenas existe uma em S. Paulo, e que com a liquidação daquellas que existiam em algumas províncias nada se perdeu, tão bem dirigidas eram ella9. Não entra na distineção entre as palavras approvação e autorisação ; observa todavia que não teve razão o Sr. Zacarias nas ob- servações que fez á respeito. A questão deve ser collocada em outros termos: convém saber si a cláusula im- pedia a autorisação para a installação do Banco Allemão ; acha que não, porque em cousa alguma se oppunha ás disposições das leis do paiz. Com a leitura dos estatutos do banco e do decreto que autorisou sua installação sustenta o orador que não podia o governo fazer alterações : seria antes uma violência, si por amor dessa cláusula deixasse o go- verno de conceder a autorisação pedida. Quando aos balancetes poderá o orador dar alguma-razão ao Sr. Zacarias; cum- pre porém attender que ao Ministro da Fa- zenda não é absolutamente possível exa- minar conseienciosamente os balancetes de todos os bancos. Insiste nas observações produzidas pelo Sr. Visconde do Rio Branco a respeito das censuras feitas ao novo regulamento do thesouro quanto ás novas attribuições do vice-presidente do Tribunal. Não ha par- tilha de attribuições que devem pertencer a* ministro. Não pôde concordar como o Sr. Zacarias quando, fazendo do Ministro da Fazenda o mordomo da nação, disse que tinha o direito de recusar pagamento ás despezas dos outros ministérios; ainda mesmo as autorisadas por lei, e nesse sen- tido adduz diversas e largas considerações. Não sabe como mereceu reparo dos illus- três senadores o facto de não sujeitar-se á approvação do corpo legislativo os regula- mentos do thesouro e dos arsenaes de guerra, quando durante o ultimo ministe- rio liberal, do qual fizeram Darte ambos "os nob-es senadores aos quaes responde^ re- formaram-se quasi todas as secretarias, in- clusive o propio thesouro, e não consta ao orador que os novos regulamentos foBsem sujeitos á approvação do corpo legislativo , Oh! deixai-me, exclamava, sahi de minha presença almas sem compaixão; não imaginais quanto me fazeis soffrer.- Exaspera-me a felicidade de que gozais; vossa alegria me mata ! Afastai vossos olhos deste gabinete; o precito da sorte neste momento o habita; quereis acaso turvar vossa ventura com o fel do deses- pero 1 Mas, afinal, que vos importa tudo isto! Qual de vós comprehende o mal que me devora, e suspeita siquer das minhas noites sem somno, e de meus dias sem esperança? Eu... eu sou bastardo, trabalho e pa- -».. que mais devo querer ! Um lugar gam"nt;' fe seio d«atft família?... Mas socegado no seio ^- uv* •* com que direito? -Nunca, filho sem pai ; caminha splitario com tuas recordações amargas, arreda-ie deste lugar com tuas coleras inúteis... i sempre J Oh ! mi- nha mãi, por ventura en não te perdoe^ tambem?. •. Meu pai por que me «bando- na I. - Estes entes felizes, que me tortu- ram sem que o saibam, .chego quasi a odial-osl... Quem me estenderá a mão para erguer-me deste abysmo ? Ninguém ! E esta pallida moça, que apenas digna-se de olhar-me, jamais comprehenderá que, meu coração pulsa por ella e que eu a amo 1... E uma grossa lagrima rolou lentamente por suas faces. Choras ? miserável... tu nem tens o direito de chorar. Trabalha, não vês que roubas o tempo, que não ó teu ? E a penna febril torvelinhàya sobre o papel; a folha cobria-se de caracteres correctamente ali- nhados, e no cérebro do mísero transva- gavam idéas confusas, apenas de momento a momento lugubremente illuminadas por um lampejo de ódio, um desejo de vingan- ça. No salão, ao lado, o maire sori ia e con- versava, brincando com os louros anneis dos cabellos de Luiza. tanto mais que na autorisação para a refór- ma do orador não havia cláusula que o obri- gasse á sujeital-a aquella approvação, o que se não deu á respeito dos actos dos nobres senadores quando ministros. O Sr. AntXo, vai responder ao Sr. Za- carias no que «respeita ás censuras pelo mesmo feitas ao novo regulamento do thesouro. Antes, porém, cumpre que ma- nifeste sua opinião sobre o orçamento que se discute e nesse sentido faz algumas observações. Entrando na analyse do novo regula- mento do thesouro as disposições que mereceram reparo, e mostra que em sua execução em nada se alterou. A pratica seguida no tribunal do thesouro ainda é a mesma de todos os tempos: ha questões do administrativo contencioso e do gra- cioso: as primeiras são divididas em tri- bunal reunido e por accôrdo de todos os seus membros ; as suas decisões têm força de sentença : as segundas, são tambem de competência do tribunal, o vice-presidente pôde apenas assignal-as, mas as ordens que tiverem de ser expedidas no sentido dessa decisão, o podem ser com a assi- gnatura do ministro. Não ha portanto as alterações de que fallou o Sr. Zacarias. Quanto á falta de assiduidade dos em- pregados do thesouro, pede licença para discordar da opinião de S. Ex. Os emprega- dos em geral são assíduos e alguns até muito dedicados. O serviço do thesouro é dos melhores, comparativamente ao das outras repartições, Foi encerrada a discussão e approvado o artigo com as emendas para passar á 3a discussão. Passando-se á segunda parte da ordem do dia, entra em discussão a reforma elei- toral. O Sr. Candi»o Mendes observa que o projecto é de uma lei orgânica que tem de executar um principio da Constituição; ó uma lei politica, mas ho sentido lato, no sentido de que todos os partidos devem tomar parte em sua promulgação. A dura- biüdade da reforma é a sua maior virtude; não pôde pois ser considerada mero expe- diente. Está disposto á votar pelo projecto, prin- cipalmente depois que o governo declarou não acceitar algumas das emendas propôs- tas pela commissão, ás quaes o orador tam- bem se oppõe. Lamenta que a commissão em assumpto de tamanha importância não se entendesse com o governo; se limitasse a dar o deficiente parecer que apresentou. Não ha a menor duvida que o systema adoptado pelo projecto está de perfeito accôrdo com a Constituição. Estranha que a opposição liberal se limite a pregar a elei- ção directa indefinida e a exigir que se a faca jáe : cumpre que os nobres senado- res formulem sua idéa em projecto, que a definam. Nota, que, á respeito mesmo desse âesiãeratum, que se diz de todo o partido, haja alguma contradicção e appareçam de anno á anno alteraçies quanto ao modo de levar avante a reforma directa. O que desejam os nobres senadores é um enigma. A idéa indefinida tal qual apre- sentais oppOe-se á nossa Constituição; a doutrina aqui expendida pelo Sr. Saraiva á respeito do voto vai de encontro ás idéas liberaes que admittem a soberania do povo. Entra o orador em' longas conside- rações, analysando diversos artigos da Con- stituição, no intuito de provar que o voto ó un^direito e não uma funcção. Demonstrada a necessidade da reforma, declara que vai resgatar a eleição indi- recta das aceusações dos nobres senadores que contestaram a sua exeelleneia, e para isso cita opiniões de diversos autores da escola liberal que advogam a eleição de dous gráos: uma lista de paizes da Europa e America que fazem suas câmaras por esse systema e adduz ainda considerações histo- ricas, no intuito de provar que não tinha razão o Sr. Nabuco quando disse que esse systema concorria para precipitar as nações no absolutismo. Escudado na opinião do Sr. Marquez de S. Vicente, reputado o doutrinador do par- tido conservador, demonstra as vantagens da eleição por círculos Nega que as ra- zões para se alargarem os círculos fossem as apresentadas pels S. Yisconde do Rio Branco. As razões foram outras: os dominadores desta terra tinham por costume impor can- didaturas ás. províncias, e como gorassem algumas na eleição por círculos, alarga- ram-as, fizeram districtos de três depu- tados. Não sabe o orador a razão por que o go- verno sem dizer porque adopta a eleição por provincia. Nesse ponto não pôde o orador acompanhal-o, bem como na sup- pressão das incompatibilidades para os delegados e subdelegados.' Na opinião do orador essas meompati- bilidades devem subsistir^desde que essas agentes públicos podem prender, devem estar impedidos de intervir no pleito como partes interessadas. O artigo que trata das substituições de deputados deve tambem ser supprimido: acha-o irrisório. Ninguém quererá ser o primeiro votado. Tinha ainda muito á dizer sobre o pro- jecto; estando adiantada a hora e desejando o orador ser attendido reserva-se para outra oceasião. Fica adiada a discussão e encerra-se y sessão ás 3 horas e cinco minutos. Eptiemerida histórica do Brazil Dia 14 de agosto.— E' deste dia e do anno do 1671 a enérgica e diçna represen- tação da câmara municipal da cidade dn Bania dirigida ao rei de Portugal, Este documento merece ficar integral- mente copiado aqui. « Senhor ! por noticia que temos nos consta que Vossa Alteza foi servido man- dar passar um decreto para que nenhum filho do Brazil oecupe da data delle em diante o cargo de desembargador deste Estado, quando os que de presente o são. não devem nada a nenhum dos mais. Pa- raae, senhor, que é uma offensa que Vossa Altesa fae aos filhos deste Estado, e prin cipalmente aos da Bahfa, a quem Vossa Alteza por seus serviços concedeu privi- legios e outras muitas mercês, de que estão de posse ; pois, senhor, se ellos são capazes do posto e das da guerra ; em qut Vossa Alteza os tem provido e todos ser- vido áVossa Alteza com as vidas e fazendas, que razão haverá que os prive servirem á Vossa Alteza na pátria, quando os dessa corte o exerceram na sua?... Seja Vossa Al- teia servido mandar reparar um damno tão affrontoso para os filhos do Brazil, e con- ceder-lhes-o exercício, pois sem elle não haverá filho delle que continue os estudos, porque por elles hão de ser uramiados e ter esperança de servir á Vossa Alteza na pátria, como fazem os das outras, quando por muitas vezes temos pedido á Vossa Alteza que conceda aos filhos deste Estado os privilégios que têm e gozam o? da cidade de Évora e que possam o* reli- giosos da Companhia de Jesus, que os ensi- nana, dar-lhes o mesmo gráo que naquella cidade se aos delia, pois os senhores reia de Portugal os crearam para augmento de seus vassallos. Da grandeza de Vossa Al- teza esperamos nos conceda uma e outra mercê, pois todos se dirigem ao serviço de Vossa Alteza, que Deus guarde para aug- mento dos seus vassallos. « Câmara da Bahia, 14 de Agosto de 1671. O juiz Manoel ds. Rosa, osvereadores Thomé Pereira Falcão, Francisco Subtil de Siqueira e o procurador João de Mattos Aranha » E isto foi no tempo do Brazil-colonK e do governo absoluto. Chronica local l»e!o -'Ministério <*o Império de- cIarou-se|á ("amara dos "Deputa 'os oti o go- verno imperial julga convenifnfcc -j pro- jeoto de lai n. 111 de 1874, autorizando o mesmo governo a rectificar os.limites das províncias de S. Paulo e Minas Geraes. 5&oje ao meio-dia reúnem-se os accionistas da Companhia Guanabara, á rua de S. Pedro 7, para lhes ser apresentado o relatório do projecto de reforma de esta- tutos e procederem á eleição da commissão de contas. Por terem sido adiados os tra- balho3 da a-sembléa geral ordinária do Banco do Commercio, tem lugar hoja ao meio dia no salão do Banco Predial, a , mesma assembléa para proseguir nos tra- balhos interrompidos, devendo proceder-se á eleição de dous membros da commissão fiscal ê de toda a directoria, visto terem -se retirado dous dos diractores e haverem ma- nifestodo intenção de deixarem os seus respectivos encargos os três restantes. Stennesn-se lioje, ao nveio-dia, á rua Primeiro de Março n. 99, Io andar, os accionistas da Companhia Estrada ãe Ferro ãe Campos a S. Sebastião, para deli-, berarem sobre a modificação dos estatutos. A reunião Scará constituída e habilitadp» a deliberar com qualquer numero de acções representadas. Pelo eonsnlado portuguez. fo- ram arrecadados segundo os íins deter- minados no art. 3" do ragulamento i\nperial de 8 de Novembro de 1871. por torem fal- lecido ab intestato, sem herdeiros presentes, e se procede, a respectiva liquidação dos seguintes espólios:-J . Antônio .Joaquim d^ Oliveira Bastos, Antônio José Martins Bastos, \ntonio José Pereira Souzalla, Antônio do "Rego Vidal, Flori tida da Jesus e Silva, Francisco Manoel da Costa. Francisco Soares Ferreira, Ga- briel Antônio, JoséMurques da "osta, José Pereira dos Santos, Luiz Gomes da Costa, Manoel Antônio Lopes, Manoel da Costa, Manoel Moreira do Freitas Balthar, Maria Delfina, Tobias Augusto. O «Congresso Familiar» de S. Domingos, hoje a sua primeira partida. Para ira tar-se dias bases e mais assumptos concerr entes á sociedade Jocliey Club Resenâense, em Rezende, reunem-se.. hoje ao meio dia no salão da Câmara Muni- cipal os sócios fundadores da mesma asso- ciação. I\o theatro de S.'P<»dro repre- senta-se hoje a comedia Os Solteirões da V. Sardou. Declinar este nome é chamar para o es- pectaculo da hoje a attenção de todos iquelhs que sabem apreciar o espirito e a mais fina critica. E dizer que Antônio Pe- dro. o applaudido artista que interpretou . magistralmente o papel do Parnlytico ísz, a parte de protogonista na comedia Os sol- '. teirões é proclamar que o espectatulo de hoje no theatro S. Pedro de Alcântara não poda ser mais convidativo, e que é justo, que a concurrencia publica acuda ao thea- tro. A.' segunda delegacia de poli- cia remetteu a Câmara Municipal 123 autos;' de infracções, havidas durante o mez d'j Julho passado. Estacio, escravo de Caetarjo José Dias, por estar, ao meio dia de ante- v hontem, na praça Vinte Oito de Setembro; arremessando pedras sobre os transeuntes, resultando ferir a cabeça do escravo José, foi apresentado ao subdelegado e recolhido ao xadrez. Hoje dã-áie no theatro de Pc- dro II um concerto que sem duvida deve despertara curiosidade de todos nqu l!es que não são indifferentes á cultura das bella9 artes. Tem o publ co iliustrado de nossa capi- tal oceasião de assistir as provas dG uma artista ainda tão joven, e enchendo o mundo com a reputação âe seu talento transcendental Fsmeralãa Cervantes, a joven laureada pelo primeiro poeta de França ; a menina saudada com enthuâiasmo por toda a im- prensa dos paizes que tem tido a ventura de ouvil-a—a artista cortejada pelos sobe- ranes da terra, o seu concerto, o único, segundo annuncia. Temos esperança que o grande recinto de Pedro II será limitado para conter os que a desejarem ouvir, offarecendo-se-lhes assim suaves horas de passatempo, por que tambem terão ensejo de applaudir ao distincto actor Valle. Pela 3a directoria do ttlinisterâo do Império foi dirigido ao presidente da Bahia em data de 6 do corrente o seguinte aviso: « Illm. e Exm. Sr.—Constando de uma publicação do. Jornal ãa Bahia, transcripta no Globo n. 211 de 3 do corrente, que o ci- dadão Maraede Amaro Lopes, senhor do eng3nho Matta, nessa provincia, náo concedera liberdade a 60 escravos, per- mittindo quo alies, dividido» em turmas a capitaneados por chefes de sua livre esco- lha, trabalhem associados em terras do mesmo engenho; mas ainda lhes facul- tara gratuitamente utensílios de lavoura, além do outras vantagens, reoommendoa V. Ex. que preste a «íste Ministério infor- mações minuciosas acerca de um neto tão louvável. Deus guarde a V. Ex. José Bento âa Cunha Figueiredo. O Sr. brigadeiro graduado Pe- dro Maria Xavier de Castro reclama hojo contra a assignatura de uma correspon- dencia firmada com o seu nome e que não é de seu punho. Não tendo conhecimento.perfeito da as- signatura do nosso reclamante, fácil nos era enganar, principalmenta com um arti- go de defeza do mesmo senhor. Si com essa falta involuntária acha-se offendido o Sr. brigadeiro Xavier de Castro damos-lhe plena satisfação. XI AS FERIAS DE PHILOMENA Havia cinco mezes que a menina Des- claux se achava em casa de seu tio; —o seu estado de exquisita moléstia a forçara a deixar o convento quando entrou o mez de Agosto, este mez tão caro aos meninos de escola, porque abre-lhes as portas dos extensos campos em flor. Uma pessoa veio então augmentar a fa- milia Desclaux. Philo-nena, amiga de col- legio de Luiza, e uma órfã das mais interes- santés, veio passar as férias com a pica de suas camaradas, cuja benevola hoapita- lidade n$o podia §er considerada como esmola. Em honra da recem-vinda o Sr. Pesplaux resplveu fazer uma festa, e convidou para jantar três <Je sens mais dedicados conse- lheiros municipaes, p collector, o seuyisi- nho mais próximo e p gr. 4'^?í'^™p, tabellião; quatorze pessoas*ao todo. ; Chegada a hora de se sentarem á jnesa, notaram que faltava um convidado : lera o ...•! collector. Ora esta! murmurou o Sr. Desclaux; treze á meza, não é possível.... deixemo- nos de historias! mas que homem aquelle, continuou referindo-se ao amigo auzente ; teria muita pressa o seu negocio? Na verdade, sob este regimen é que os col- lectores têm tanto trabalho. Cada um dos supersticiosos convivas, pois que todos o eram, fez reflexões á res- peito, todas variantes, desta thema : venha o quatorze ou o que gelara de medo alguns de entre elles, porqne o treze morre l propunham mandar que se sentasse á mesa o cozinheiro, o feitor, o cão de casa, quando Philomena, avistou trabalhando no gabinete vizinho, silencioso, sombrio, o pobre mestre-escola; puxou a aba do ca- saco do Sr. Desclaux, e mostrando-lhe Bernardo, disse : ²E' aquelle senhor ? ²Eis ahi: nem pensava nelle l E correndo ao secretario : ²Venha tirar-nos de apuros, e tenha a bondade de jantar, hoje comnoscç, ifjisse-ihe Descláu^:.¦ A primeira inspiração de Bernardo foi recusar o convite, e ia mesmo fá?èl^ò quando Lui?a, que. acompanhara seu Mo, ajuntoq': ²O Sr. vem, nSo. é? Ngo sei que doce inflexão havia naquella vo?, que fez estrefloecçr o cordão 49'e>3te de Bernardo; fora de si^eliz.inquieto.que- rendo e não querendo, sob a. estran1;^ fasi cinação das p^lavr^ que Luiza pela-pri- meira vez lhe dirigira, levantou-se- eoüío um autômato, e achou-sw á mesa sem tej . ¦ --.i*..--U -. .i •- >- =•> ¦«• ?¦•> ainda despertado do sonho que acreditou haver tido e que desejaria sempre ter. Sentado entre o Sr. d'Extrême, seu pai, e Philomena, a companheira de Luiza, con- centrou-se em um silencio absoluto, co- mendo pouco, bebendo menos, nadafallan- do, e fazendo assim conseienciosamente o seu papel de quatorze. Por mais de uma vez Philomena teve im- p3tos de travar conversa com seu vizinho; não se attreyia, porém, comquanto se sen- tisse attrahida por elle. «Quando levanti- ram-se da mesa, Bernardo quiz despedir-se. ²Não lhe agrada a nossa companhia ? perguntou Luiza. ²O facto é que não se mostrou muito contente, murmurou Philomena ao ouvido da amiga, que respondeu-lhe, no mesmo tom, estas três palavras! ²E' um matuto.' Nada mais exacto, e a provi disso es- tava naçonduc^a de Bernardo. ¦ A chegada iqiprevistado collecto? deixou livre o mu8tre-escol^; o funecionario tomou o seu lugaç, Bernardo pôde safar-se.. Não; não era um «Jíi^í» esse pobre rapaz, que pqr tantas provas havia passado em sua tão curta existência; era, porém, cioso «vingativo. Muitas veiga, sahja. de easa presa d.e e^tfteQ^s tfBFoaesj dirigia-s» 'pára um terraço, atraj} ã#lirr^^^ aonde domi- haya, um£ porção immensa da paizagèm.. Dahi, dar de java olharqs, b^tà03 de ódio sobre a morada ç\e, seu pai; meditava então na existência que tinha de percorrer ainda, Foi processado pela 2a delega- cia de policia e . condemnado pelo juiz do< 10* districto criminai a três mezes de pri- são, Sebastião \nconio Pereira por quebra de termo de bam viver que assignou. Mo Club Polyteehnico haverá hoje, ás 7 1/2 horas da noita, a ses'são po- lytechnica para os sócios e accionistas. conforma o programma annunciadp. eiii outro lugar deste jornal. De hojs em diante vender-se- ha, na estação da companhia Villa-Izabol, na rua do Ouvidor,a no' Campo deS. Chris- tovão n. 48, cartões a 500 rs., dando direi.> to a quatro passagens nas diligencia-^ % carros da companhia entre o campo de g. Christovão e a cidade ou vice-vers-^- Pelo Ministério do Im^crio pas- Hou-se ao bacharel Adriano Vortes de Bus- tamante a carta imperial pela qual Sua Magestade o Imperado^ 'houve por bem nomeal-o para o lu^-ar de secretario do governo da provincia da Bahia. r Foi ante-ltcnttesn apresentado ao Dr. 1" delegado o individuo de nome Victorino Pestana da Bosa, por ter espan- cado a uma r,reta na rua do General Ca- mara,ás5horas da tarde. O estrangeiro por nome Pedro M.'.'rasson foi ante-hontem á 1». estação da guarda urbana queixar-se que fora rou- bado no quarto onde. reside, á rua da;As- sembléa n. 33, estalagem, na quantia de 2:000$. um annel com topazio e um recibo, de um baneo de Hespanha. A. africana livre Maria Rosa da Conceição queixou-se Ia delegacia que o preto Bonifácio da Fonseca lhe,sub- trahira a quantia de 260$000. Levado este á presença daquella autoridade e sendo revistado, encontrou-se . em seu poder 42$100 e vários papeis. A's 9 horas da noite de ante- hontem, em uma estalagem na rua da Re-, lação, foram espancados Olympio Rodri- giíes de Moura e Antonia Maria Brelina da Conceição, ficando ambos feridos. Ao che~ gar a policia, José Bernardo Gonçalves e Diogo Bernardo Gonçalves, autores" do es- pancamento. evadirâm-se pelos fundos, tendo as offend.idas sido apresentadas ao Dr. 1* delegado para providenciar. e facendo o parallelç, djos soflfrinaen.tos actuaes e dos gozos que bem podia ter fru- ido, desejava possuir o condão desse velho legendário cujos olhos, como duas brasas, inflammavam os objectos que fixavam. O excesso traz sempre após si a raaoção Foi o que aconteceu. Odiava muito para não amar de mais, Foi Luiza a quem pri- meiro amou, e em todas as solidões a que o conduzia sua tristeza, o moço sotsmava no que seria capaz de fazer por ella. Es- pirito poético, sonhador sentimental, rea- lizava em seus mpmentoa de exaltação suas chimeras insensatas e mais caras a, seu coração. Sonhava uma habitação esquecida no meiodeumvergel de ohoupose de acácias, onde, em companhia de Luiza, levasse ávida contemplando aua belleza inno- cente, e repetindp-lhe de momento a mo- mento qno a, amava, e a ella no mun- do. Seu pai desapparecia, para tornar-se comparsa apenas nessa phantasia de sua existência. Q amor de Luiza absorvia todas as t sv\as faculdades, bem como todos os seus instantes^ No <i*ia seguinte ao jantar, onde fora j o algarismo— 14 quando Bernardo entro p em easa do maire, encontrou as dua^ moças, Q'Ió jogavam á petéca, ²Quer <%iir&t no jogoj Sr. Bernardo 1 pergmiiou-llie Philomena. ²Não- sei jogar, nenhora; respondeu o mestre-escola. ²Oh-l nSo faz malvinterrompeu Luiza; aprende só, é tão fácil... E-'asduasdoudinuaanão se cansavam era ir e vir, fazendo, saltar a petéca a altura descommuo&V apanhandora agora, para fazel-a voar depois, obrigando-a, emfim, a obedecer a todos os seus caprichos ãn- fantis. ²Quantos discípulos tem, Sr. Ber- nardo? interrompen Philomena.; . ²Uns trinta. ²Pobres crianças l ²Pobres! porque,'minha senhora? ne- nhum deites tem de que se doer... têm todos familia ! Desta vez, Philomena não pôde aparar a petéca, e sinão fo9se a chegada de um importuno que fez mudar a conversa dos dous personagens, ainda uma vez ás coiisás' ter-se hiam colorido de negro, esta côr que pinta no coração do homem tanto o deses- pero como a melancolia. A datar desse dia, estabeleceu-se pouco a pouco uma' certa familiaridade entre Bernardo e Philomena, e si Luiza não a cómpartia,' era porque Bernardo parecia evital-a. O que buscava, om Philomena era úm ente. humano com quem pudesse falle^- delia, sejp. uespèrtar suspeitas. ²Sua amiga está boa? perguntava to- das as manhãs a Philomena. Ou então: ²Sua amiga sahio ? Era tudo quanto dizia, e muito inno- cente por certos tanto lhe bastava. Eis por que procurava a sociedade da amig* de Luiza, que, seja dito de passagem, não» desgostava muito dai do mestre-escola» (Còntitáa,.} I SSSSw»? •v&'.«.*'-;i-w>- ! :- - s8«SfS#a* mmm •.SÍ3Ml'í®-::: •:.;'-¦[ '¦¦¦. '}'j..'~\.-;4: lÉllli

o Commercio, da Lavoura e da Txid^s ria - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/369381/per369381_1875_00222.pdfBgjffJRj. mmm%m1ÊBB^ rios o Commercio, da Lavoura e da Txid^s ria PEOPBIEDADE

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BgjffJRj. mmm%m1ÊBB^

rios o Commercio, da Lavoura e da Txid^s ria

PEOPBIEDADE IXÍÜ TJM^ A8SOCTAQÃO ANONYMA, • : V

¦(•¦-

j&nno 2'.*- IN". 222 «tio do janeiro, «aobado a4 do Agosto do 1875Redacção, Oixrivos n. 8RL

'—^.' :

Tendo acabado a 31 deJulho a assignaturadamaiorparte dos nossos assignantesque começaram em Io deAgosto com a primeira pu-blicacão do GLOBO, lhes ro-gamos se dignem mandarreformar as suas assigna-

; turas no escriptorio da em-preza, para boa ordem doserviço.

rCompleta neutralidade na luta dos

partidos puuucos.

Liberdade plena de enunciaç.ao do

pensamento, com responsabilidade do

a ator.

OfFerla gratuita das columnas paraassumptos de utilidade publica.

Appello á caridade

Àclia-se collocada no escriptoriodesta folha uma caixa destinada a re-ceber anonymameute qualquer espor-tula em beneficio das victimas dahorrorosa inundação do meio dia daFrança.

« Ô Globo » iniciando esta idéacaritativa e tão consentanea comaboa Índole e costumes do povo brazi-leiro, pede-lhe, e especialmente aosseus assignantes, uma esmola em fa-vor de tantos mil infelizes que implo-ram do mundo iuteiro commiseraçaoe piedade.

do Universo, cobre-se de um crepe agou-reiro e difunde uma luz amarellenta, si-nistra, e naortuaria ! onde o céo é uma la-mina de chumbo polida e candente ! ondereina um silencio profundo, mais pavo-roso do que o coro unisono de mil tro-voes!

Mas a nossa coragem não se abate, nossavontade não vacilla nunca; pelo contrario,rebentam-nos dos olhos lagrimas pungen-tes, e com a fé mais viva e ardente esten-demos aos que soffrem, lá tão longe, mãosfraternaes, e corremos a mitigar-lhes adôr e os soffrimentos

A França, esse foco de illuatração e debravura, que ainda hoje soffre das conse-

quencias de uma guerra estranha, comosa lhe não bastassem tantas calamidades,tantas contrariedades e vicissitudas, acabade vèr desapparecer do sau solo um semnumero de entes que foram engolidos pelainundação que banhou-lhe os campos e ascidades que ficam ao Sul e devorou-lhefortunas adquiridas por longos annosde improbo trabalho, de esforços con-stantes

E os que sobreviveram a tão medonhacatastrophe, lá ficaram na nudez, e lá ja-zem mortos quasi .de fome e de frio...

*Espectaculo'tão contristador não podia

deixar de achar echo entre nós...E cabo a nós a idéa sublime de abrir

uinasubscripaão anonyma em beneficio dasvictimas dessa inundação horrorosa, e deestendermos a mão pedindo indistineta-mente, a todos uma esmola em favor detantos mil infelizes que imploram do mun-do inteiro commiseraçao e piedade.

0 nosso appello á caridade tem feliz-mente, para honra e gloria do Brazil, sidocorrespondido, porque a caixa que se achacollocada em o escriptorio desta folha temrecebido e guarda em si, os donativos quecorações generosos e almas bemfazajastêm vindo e mandado depositar nella.

abrilhantaram tambem com sua presença,sempre animadora, essa festa toda de

caridade.* *

E como acontece tambem sempre, o sexo

meigo e terno ; o sexo que é o ideal da fe-

licidade e do amor alli se ostentou com

suas gallasB com a elegância de suas toi-

lettes e de suas jóias, abrilhantando com

suas presenças tão amáveis como encanta-doras essa festa humanitária, em que a Ca-

ridade, a Esperança e a Fé, essas trêsirmãs gêmeas, se uniram por uma alliançaintima, profunda e indissolúvel !

As chuvas no Rio de «Faneiro

¦ 2LSEI2CEZZ>jZZ

Rio, 13 de Janeiro de 1815.

A. festa da caridade

Quando no velho mundo a peste e a fome

devastam cidades e dizimam populaçõesinteiras : quando as mais choram a perdados filhos, o esposo a da esposa carinhosa,

a irmã a do irmão, seus únicos arrimos,

seus únicos sustentaculos na terra; quandoa ira do Altíssimo se pronuncia fazendo

inundar os campos, engulindo colheitas,

frueto do suor do homem em terras áridas ;

quando os temporaes se desfecham sobre

cidades importantes e ao rugir do vento, e

ao estalar do raio fazem baquear edifícios,,

templos a palácios ; quando tudo á dasola-

cão e pranto.... aimas eminentemente ca-

ridosas lá surgem, como por encantamento

e, por iniciativa sua, abrem-se suhscri-

peões, em que homens de fortunas col-

lossaes procuram reparar os destroços ha-

vidos. E esses destroços, como que desap-

parecem, e a nudez é coberta, a fome á sa-

ciada e os corações tribulados acham alli-

vio • e os homens e as aves, e os insectos e

os orbes entoam cantos perennea e dulci-

nosos á gloria immortal da Divindade, e a

essas almas bemfazejas que na terra foram-

lhesarchanjos.

E não foi só isto!

O emprezario de um dos divertimentosmais populares entre todas as nações, oSr. Marcos Casali, director do Circo eques-tre que actualmente aqui trabalha, asso-ciou-se-nos em obra tão meritoria, offere-cendo um beneficio em favor dessas victi-mas, dado pela sua companhia.

Apezar da descrença que lavra por todaa parte, acceitámos tão generosa offerta, eincumbimo-nos de distribuir os bilhettspara essa representação, que realisou-sena noite de ante hontem.

*

Os nossos votos, e os ardentes desejos do

humanitário cidadão estrangeiro que veio

de sou motu próprio as<ociar-se-nos em

uma obra tão pia comp altamente bene-ficente,didos.

foram mais que bam correspon-

No Brazil, onde a primavera é perenne,

quando por ventura a febre amarella ou o

cholera morbus nos visitam, o que nao se

pode attribuir sinão ao deleixo e ao pouco

asseio d»s nossas cidades, a iniciativa par-

ticulartern tambem feito abrir enfermarias,

onde os mais necessitados encontram soe-

corros e allivio a seus males, e praticam

muitos outros actos da verdadeira caridade

E entre nós; o governo tambem, por sua

parte, contribue pecuniariamente para

esses actos de caridade.E si apezar das chuvas torrenciaes quo

açoutam nossas cidades, e dos temporaes

desabridos que desarreigam arvores fron-

dosas e seculares, o nosso abençoado paiz,

esta America tão eminentemente grande,•rara ve-/, vê seus magestosos rios trasbor-

dar ¦ nós brazileiros, tão bem fadados,

somos os primeiros a acudir aos reclamos

daquelles que em regiões estranhas e lon-

~inquas soffrem ; e assim que esess brados

dolorosos nos chegam aos ouvidos levan-

tamo-nos, como um só homem, e volvemos

nossos olhos para esses bonzontesonde

tudo é negro, tudo é triste, e povoado de

sombras fugazes, de espectros cambiantes

que tripudiam nas trevas da mais cru-

lute miséria! onde o sol, alma brilhante

Na noite da 12 do corrente, o Circo Ca-sali, sito á rna do Espirito Santo, encheu-se de convidados e de espectadoie 5.

E um ministro de Estado, descendo das

altas regiões que oecupa nos Conselhos da

Coroa, veio sentar-se nos bancos do circo

Casali... como um simples cidadão, como

um simples burguez, sem receio de mareara sua farda ! Ainda bem!

Si o circo Casali fosse um edificio mages-

toso como é o da rua da Guarda Velha.si esse

circo tivesse o pomposo nome de—Pedro II—não seria tão grande a nossa admiração,eo nosso pasmo.

Mas o circo Casali é quasi que um pardi-eiro, sem elegância, sem accommodaçõesconfortáveis.

O Sr. conselheiro Pereira Franco, porém,acudindo aos dictames de seu generoso co-

ração,não attendeu a estas circumstancias,

e sim a que se tratava de fazer bem* aos quesoffrem, o que nesse circo eetreito, sem

bons commodòs, trabalha uma companhia

gymnastica, equilibrista e acrobatica,

cujos exercícios são admiráveis e sorpron-

dentes.

E não foi só o ministro de Estado que

pensou assim.O Sr. Francisco Figueiredo; presidente da

nossa empreza, alli tambem compareceu,

comparticipando desta festa da caridade,e dando um exemplo digno de ser imitado

por aquelles que dispõem de cabedaes.

PT ABA 12íOLlnl BO

O AMANTE DA MORTA

Titulares, altos funecionarios, pessoasillustres e illustradas e vários jornalistas

Nos tempos que já lá vão, era um espe-

ctaculo realmente curioso observar-se oaspecto da cidade do Hio de Janeiro, no

fim de algumas horas de pesada chuva,dir-se-hia Veneza, sulcados todos os seuscanaes por innumeras e pittorescas gon-dolas; tal era a quantidade d'agua que se

que se accumulava em certas rnas e lá

p ermanecia durante algum tempo, sendo

preciso aos moradores atravessal-as em

grandes gamellas, que perfeitamente bem

substituíam as canoas, e muita gente havia

que já em casa tinha canoas para dellasservir-se em dias de grandes chuvas, quealiás não são raras em todos os paizes,onde são as. condições climatericas as

mesmas da capital do Império.As reclamações originadas por esse es-

tado de cousas, foram-se amiudando e

certas medidas se tomaram de modo queao menos em alguns pontos deixou de ma-

nifestar-se aquelle inconveniente comtanta intensidade.

Chegou, porém, a epocha dos melhora-mentos, deu-se mais desenvolvimento ao

calçamento da cidade, tocou-se no nivel-lamento de quasi todas as ruas. ora porcausa dos canos da Companhia do Gaz, ora

por causa da dos esgotos e muitas vezes

por causa dos tubos d'agua, e o resultadofoi o que hoje todos presenceiam, estamosem peiores condições do que nos temposem que taes melhoramentos eram desço-nhecido3 dos habitantes da capital do Im-

perio.Hoje basta cerca de meia hora de chuva

forte, dessas muito coramun entre nós,

para que seja impossível atravessar as ruasdo centro da cidade onde a circulação émais activa e maiores as necessidades domovimento: o que é mais singular, é não

se tomar medida de espécie- alguma ten-dente a melhorar este pernicioso estado decousas, realmente lastimável em uma cida-

de da importância do Rio de Janeiro.Torna-se hoje a difficuldade muito maior

que outr'ora para quem precisa sahir de casae tem a infelicidade de morar em certasruas, onde não ha escoamento para aságuas pluviaes, visto qua só como objectode curiosidade se encontram hoje as taes

gamellas que serviam, em oceasiões criti-cas, de canoas.

E' de outra espécie e de alcance muitomaior o inconveniente que resulta á for-tuna publica, de qualquer maneira que se

encare a falta de esgotos para escoameutodas águas pluviaes, que só no fim de muitosdias desapparecem pela evaporação, dei-xando cobertas de lama grandes extensõesde onde se exhalam os perigosos miasmas,origem de muita moléstia, que aqui se des-envolve, na estação calmosa, principal-mente

Não é só o centro da cidade que soffre

pela falta desse melhoramento existente namais insignificante povoaçâo da Europa eAmerica ; certos bairros e justamente osmais freqüentados e populosos offerecemum espectaculo repugnante ; no fim de al-

guns dias de chuva, as ruas convertem-seem rios, as estradas em atcleiros perigosos,por onde é impossível o transito ao maisleve vehiculo, embora conduzido por ani-

mães possantes , embalde reclamam pro-videncias os moradores d'allí, o sói só o

sói, os vem libertar daquelle estado lasti-moso em qua permanecem durante muitosdias, precisamente os dous mais concorri-dos arrabaldes da cidade do Rio de Ja-neiro.

A necessidade de um systema de esgotose vallas convenientes para deixar escoar

immediatamenta, á sua queda, as águas

pluviaes, é uma das que com mais promp-tidão deve ser resolvida pelos competentes

poderes.O nivellamento da cidade não deve estar

á disposição de qualquer empreiteiro oucompanhia por mais rica que seja.

Só no Rio de Janeiro vêm-se essas con-

tinuas escavações que todos observam dia-riamente, para concertos insignificantes,ficando muitos dias as ruas atravancadas,e os infelizes habitantes dellas expostos ásnocivas emanações que lá se produzem.

Em outras cidades tambem ha illumi-nação a gaz, esgotos, canos d'agua, carrisde ferro, mas em nenhuma apresentam asruas o aspecto desagradável e offerecem aotransito publico, o perigo que constante-mente ha em as nossas. •

Ao ver-se o que se passa entre nós, pa-rece que todas as emprezas protegem oscalceteiros, únicos que lucram com as con-stantes resoluções a que são sujeitas as ruasda cidade do Rio de Janeiro.

E' preciso que ao menos em parte cessemesses inconvenientes.

Um bom systema de escoadouros subter-raneos indo desaguar no mar, é uma ne-cessidade que reclama a muito uma po-pulação crescida, cuja saúde e interessesão prejudiciados constantemente poraquella falta.

Melhorando esse estado de cousas, quepeior não pôde ser, prestará o illustre Sr.Ministro da Agricultura um relevante ser-viço á capital do Império.

Lemos no expediente do Ministério doImpério, do dia 6 do corrente, o seguinteaviso:

« Ministério dos Negócios do Império.—Rio de Janeiro, em 6 de Agosto de 1875.

« Illm. e Exm. Sr. Neste momento acabode receber o aviso de 27 do mez passado,em que V. Ex. pede que providencie, paraque se realize com brevidade a desobstruo-cão do canal do Mangue.

« Em resposta cumpre-me declarar a V.Ex. que, havendo tomado na merecidaconsideração todos os serviços tendentesa melhorar o estado de salubridade destacidade, já tenho providenciado de modoque possa realizar com brevidade as medi-das mais urgentes, entre as quaes se achaa referida desobstrucção.

« Deus guarde a V.Ex. José Bento ãa CuÇnha Fígueireâo. A' |S.Ex. o Sr. ThomazJosé Coelho de Almeida.»

Desta aviso deduzimos que o Ministroda Agricultura pede ao do Império quecom brevidade mande proceder a desob-strucção do canal do Mangue, e o Ministrodo Império responde que tomando em con-siãeração merecida toâos os serviços tenãentesa melhorar o estado ãe salubridade desta, ci-ãaãe, ja tem providenciado ãe moão quepossa, realisar com brevidade asmeãiâas maisurgentes, entre as quaes se acha a referidaDESOBSTRUCÇÃO,

Vai desobstruir-se com brevidade o ca-nal do Mangue—eis o annuncio que nos dáo Diário Official.

¦ *

Não podemos deixar desapercebido estemodo de administrar.

Qual é o resultado desse serviço ? quantovai c :star?

Si a desobstrucção annunciada quer di-zir obstrucção, logo depois, segue-se queteremos despesa improduetiva e portantoruinosa. »

Não comprehendemos porque as admi-nistrações se tornam avessas ás grandesidéas, que, embora dispendiosas e até eomsacrifício,encerram em si um futuro.revelamuma realidadeque compensam a mãos cheasdespezas e sacrifícios ! Será possível que no

paiz-gigante— os homens queiram porforca ser anões? !

O canal do Mangue pede ou ser com-pletamente atterrado, ou ser prolonga-do de modo a receber as águas semprerenovadas do fluxo e refluxo das marés—tudo quanto se fizer que não seja levaradiante um destes pensamentos são reme-dios palliativos que não curam, entretemo mal, e os cofres do Estado e por conse-guinte a bolsa dos contribuintes não pôdeestar sujeita a esse disperdicio inqualifl-cavei.

t-

Gaste-se, e gaste-se muito, porém gaste-se por uma vez ; e quando a obra represen-te em si grandes quantias despendidas,represente ao mesmo tempo uma idéa mo-numental, útil, proveitosa, e que não estejasempre pesando, sem proveito algum, so-bre os cofres do Estado.

Pende, ha muito tempo, da approvaçãodo Ministério da Agricultura, um grandeplano de prolongamento desse canal, quedeve trazer belleza á cidade, e salubridadeaos lugares por onde atravessa.

Porque razão não se adopta esse plano ?

Porque razão não se auxilia a iniciativaparticular que quer levar avante essa idéa?

E si o Estado entende que não deve alen-tar o esforço dos homens que trabalhampelo desenvolvimento material desta gran-de cidade : si entende que deve concentrarem suas mãos e só em suas mãos, todo o

poder de felicitar o povo, então está nodever de o fazer e o povo no direito deexigir.

O povo que paga o tributo, o povo queconcorre para as rendas do Estado, queaccode a todos os seus serviços directa ouindirectamente, pôde sujeitar-se á tutella;mas de certo que não acceita como pre-sente feito a si aquillo que é obra sua.

Não se escreve sem trahir a verdade so-ciai no regimen de nosso governo, o dístico

que apresenta a monumental escola daGloria

O GOVERNO AO POVO.

Boletim Telegraphico(AGENCIA HAVÀS-REÜ1ER)

Lisboa, 1» de Agosto.

A corveta brazileira Nitherohy, que esti-vera em nosso porto desde o dia 5 docorrente, partiu hoje para Cadix, em via-gem de instrucção.

Chronica parlamentarSenado

SESSÃO EM 13 DE AGOSTO DE 1875

Presiâencia ão Sr. Visconde âc Zaguary

A's 111/2 horas da manhã havendo nu-

POR

LUDOVIC PÍCHON

IX

(Continuação)

A mãi de Luiza vivia feliz no seio da

familia Desclaux^e se tornara a sua pro-

nria. ajudava sua cunhada nos affazeres

domésticos, tratando sempre de mostrar-se

xe ^nhecida

ás bondades que tinham para

com ella e sua filha.

Quando Bernardo chegou a X . Luiza

acabava de completar dezesexs *nnos.

Sens grandes olhos azues, meigos, lan-

! Slio aue reflectindo a pureza de

^alm T— «- eabeUcs louros.

l*Tem luxuriantes anneis, molduran-

m a a uma madona que tivesse descido

7 ^ auadro deRaphael. Tudo nellarespi-de um quadro momentos em que araVa doçura, H«m

^^ a moçaan°nÍna

ZTJdí Suas faces, quasi sempregrave ereflectida. b <

inflll,ft-pallidas, coravam de «»«**

de uma impressão mórbida.

Porque motivo? Luiza nunca queixa,va-se, nem se suppunha doente. Vivia tão

satisfeita em casa de seu tio e era tão

estimada, que, por fôrma alguma, dese-

java assustar seus pais contando-lhes o

mal desconhecido que a mortificava, au-

gmentando-se de dia para dia. Tinha sem-

pre um sorriso em seus lábios, e quando

depunha na fronte encanecida do Sr. Des--.„s um .beijo ungido de filial caricia ,

CU" "ue nesse osculo de amor con-dir-se-hia - . nm pr§8entimento decentrava, como por .

^^ ^ ^próxima separação, toda a ^.

alma e toda a sua ternura.•Todos os dias, depois do almoço, a fa-

milia Desclaux costumava dar um pequeno

gyro pelo jardim, indo depois reunir-se no

salão. As senhoras entregavam-se atra-

balhos de agulha, emquanto o Sr. Des-

claux lia os seus jornaes.Era então que chegava o mestre-escola.

Conversava um pouco com o maire a res-

peito de negócios do dia, e começava logo

o seu trabalho.A porta do gabineto que communicava

com o salão ficava ordinariamente entrea-berta, e quando fatigado de sommar par-

cellas, ou cansado das formulas adminis-

trativàs, o Sr. Bernardo levantava os olhos

de cima de sua papelada, diante delle

mostrava-se o quadro encantador dessa

vida de familia de que a sorte para sempre

o desherdara.O desespero eo ódio, nessas horas da

desalento, enchiam-lhe o coração e xnva-

diam-lhe o cérebro.

mero legal abrio-se a sessão.Lida e approvada a acta da anterior,

fez-se a leitura do expediente.ORDEM DO DIA

Foi votada e approvada a proposição da

Câmara dos Deputados sobre ajudas decusto aos deputados da futura legislatura

Entra em discussão o orçamento do Mi-nisterio da Fazenda para o exercício de1875-1876.

O Sr. Junqueira, faz consideraçõessobre o Banco do Brazil, mostrando o pri-vilegio de que goza, sem que comtudotenha correspondido ao que delle se espe-rava. Oecupa-se da extineção das caixasfiliaes das províncias, fazendo sentir quehoje apenas existe uma em S. Paulo, e quecom a liquidação daquellas que existiamem algumas províncias nada se perdeu,tão bem dirigidas eram ella9.

Não entra na distineção entre as palavrasapprovação e autorisação ; observa todavia

que não teve razão o Sr. Zacarias nas ob-servações que fez á respeito.

A questão deve ser collocada em outrostermos: convém saber si a cláusula im-

pedia a autorisação para a installação do

Banco Allemão ; acha que não, porque emcousa alguma se oppunha ás disposiçõesdas leis do paiz.

Com a leitura dos estatutos do banco edo decreto que autorisou sua installaçãosustenta o orador que não podia o governofazer alterações : seria antes uma violência,si por amor dessa cláusula deixasse o go-verno de conceder a autorisação pedida.

Quando aos balancetes poderá o oradordar alguma-razão ao Sr. Zacarias; cum-

pre porém attender que ao Ministro da Fa-

zenda não é absolutamente possível exa-

minar conseienciosamente os balancetesde todos os bancos.

Insiste nas observações já produzidaspelo Sr. Visconde do Rio Branco a respeitodas censuras feitas ao novo regulamentodo thesouro quanto ás novas attribuiçõesdo vice-presidente do Tribunal. Não ha par-tilha de attribuições que devem pertencera* ministro. Não pôde concordar como oSr. Zacarias quando, fazendo do Ministroda Fazenda o mordomo da nação, disse quetinha o direito de recusar pagamento ásdespezas dos outros ministérios; ainda

mesmo as autorisadas por lei, e nesse sen-tido adduz diversas e largas considerações.

Não sabe como mereceu reparo dos illus-três senadores o facto de não sujeitar-se áapprovação do corpo legislativo os regula-mentos do thesouro e dos arsenaes de

guerra, quando durante o ultimo ministe-rio liberal, do qual fizeram Darte ambos "os

nob-es senadores aos quaes responde^ re-formaram-se quasi todas as secretarias, in-clusive o propio thesouro, e não consta ao

orador que os novos regulamentos foBsemsujeitos á approvação do corpo legislativo ,

Oh! deixai-me, exclamava, sahi de

minha presença almas sem compaixão; nãoimaginais quanto me fazeis soffrer.-

Exaspera-me a felicidade de que gozais;vossa alegria me mata ! Afastai vossosolhos deste gabinete; o precito da sorte

neste momento o habita; quereis acasoturvar vossa ventura com o fel do deses-

pero 1 Mas, afinal, que vos importa tudoisto!

Qual de vós comprehende o mal que me

devora, e suspeita siquer das minhas noites

sem somno, e de meus dias sem esperança?Eu... eu sou bastardo, trabalho e pa-

-».. que mais devo querer ! Um lugargam"nt;'

fe seio d«atft família?... Massocegado no seio ^- uv* •*

com que direito? -Nunca, filho sem pai ;

caminha splitario com tuas recordações

amargas, arreda-ie deste lugar com tuas

coleras inúteis... Só i sempre só J Oh ! mi-

nha mãi, por ventura en não te perdoe^

tambem?. •. Meu pai por que me «bando-

na I. • - Estes entes felizes, que me tortu-

ram sem que o saibam, .chego quasi a

odial-osl... Quem me estenderá a mão

para erguer-me deste abysmo ? Ninguém !

E esta pallida moça, que apenas digna-sede olhar-me, jamais comprehenderá que,

meu coração pulsa por ella e que eu a

amo 1...E uma grossa lagrima rolou lentamente

por suas faces.— Choras ? miserável... tu nem tens o

direito de chorar. Trabalha, não vês queroubas o tempo, que não ó teu ? E a pennafebril torvelinhàya sobre o papel; a folha

cobria-se de caracteres correctamente ali-nhados, e no cérebro do mísero transva-gavam idéas confusas, apenas de momentoa momento lugubremente illuminadas porum lampejo de ódio, um desejo de vingan-ça. No salão, ao lado, o maire sori ia e con-versava, brincando com os louros anneisdos cabellos de Luiza.

tanto mais que na autorisação para a refór-ma do orador não havia cláusula que o obri-

gasse á sujeital-a aquella approvação, o

que se não deu á respeito dos actos dos

nobres senadores quando ministros.O Sr. AntXo, vai responder ao Sr. Za-

carias no que «respeita ás censuras pelomesmo feitas ao novo regulamento dothesouro. Antes, porém, cumpre que ma-nifeste sua opinião sobre o orçamento quese discute e nesse sentido faz algumasobservações.

Entrando na analyse do novo regula-mento do thesouro lê as disposições quemereceram reparo, e mostra que em suaexecução em nada se alterou. A praticaseguida no tribunal do thesouro ainda é amesma de todos os tempos: ha questõesdo administrativo contencioso e do gra-cioso: as primeiras são divididas em tri-bunal reunido e por accôrdo de todos os

seus membros ; as suas decisões têm forçade sentença : as segundas, são tambem decompetência do tribunal, o vice-presidente

pôde apenas assignal-as, mas as ordens

que tiverem de ser expedidas no sentido

dessa decisão, só o podem ser com a assi-

gnatura do ministro. Não ha portanto asalterações de que fallou o Sr. Zacarias.

Quanto á falta de assiduidade dos em-

pregados do thesouro, pede licença paradiscordar da opinião de S. Ex. Os emprega-dos em geral são assíduos e alguns até

muito dedicados. O serviço do thesouro é

dos melhores, comparativamente ao das

outras repartições,Foi encerrada a discussão e approvado

o artigo com as emendas para passar á 3a

discussão.Passando-se á segunda parte da ordem

do dia, entra em discussão a reforma elei-

toral.O Sr. Candi»o Mendes observa que o

projecto é de uma lei orgânica que tem de

executar um principio da Constituição; ó

uma lei politica, mas ho sentido lato, no

sentido de que todos os partidos devemtomar parte em sua promulgação. A dura-biüdade da reforma é a sua maior virtude;não pôde pois ser considerada mero expe-diente.

Está disposto á votar pelo projecto, prin-cipalmente depois que o governo declarounão acceitar algumas das emendas propôs-tas pela commissão, ás quaes o orador tam-bem se oppõe. Lamenta que a commissãoem assumpto de tamanha importância não

se entendesse com o governo; se limitassea dar o deficiente parecer que apresentou.

Não ha a menor duvida que o systemaadoptado pelo projecto está de perfeitoaccôrdo com a Constituição. Estranha quea opposição liberal se limite a pregar a elei-

ção directa indefinida e a exigir que se afaca jáe já : cumpre que os nobres senado-res formulem sua idéa em projecto, que adefinam. Nota, que, á respeito mesmo desseâesiãeratum, que se diz de todo o partido,haja alguma contradicção e appareçam deanno á anno alteraçies quanto ao modo delevar avante a reforma directa.

O que desejam os nobres senadores é umenigma. A idéa indefinida tal qual apre-sentais oppOe-se á nossa Constituição; adoutrina aqui expendida pelo Sr. Saraivaá respeito do voto vai de encontro ás idéasliberaes que admittem a soberania do

povo. Entra o orador em' longas conside-rações, analysando diversos artigos da Con-stituição, no intuito de provar que o votoó un^direito e não uma funcção.

Demonstrada a necessidade da reforma,declara que vai resgatar a eleição indi-recta das aceusações dos nobres senadores

que contestaram a sua exeelleneia, e paraisso cita opiniões de diversos autores daescola liberal que advogam a eleição de dous

gráos: lê uma lista de paizes da Europa eAmerica que fazem suas câmaras por essesystema e adduz ainda considerações histo-ricas, no intuito de provar que não tinharazão o Sr. Nabuco quando disse que essesystema concorria para precipitar as naçõesno absolutismo.

Escudado na opinião do Sr. Marquez deS. Vicente, reputado o doutrinador do par-tido conservador, demonstra as vantagensda eleição por círculos Nega que as ra-zões para se alargarem os círculos fossemas apresentadas pels S. Yisconde do RioBranco.

As razões foram outras: os dominadoresdesta terra tinham por costume impor can-didaturas ás. províncias, e como gorassemalgumas na eleição por círculos, alarga-ram-as, fizeram districtos de três depu-tados.

Não sabe o orador a razão por que o go-verno sem dizer porque adopta a eleição

por provincia. Nesse ponto não pôde oorador acompanhal-o, bem como na sup-

pressão das incompatibilidades para osdelegados e subdelegados.'

Na opinião do orador essas meompati-bilidades devem subsistir^desde que essasagentes públicos podem prender, devemestar impedidos de intervir no pleito como

partes interessadas.O artigo que trata das substituições de

deputados deve tambem ser supprimido:acha-o irrisório. Ninguém quererá ser oprimeiro votado.

Tinha ainda muito á dizer sobre o pro-jecto; estando adiantada a hora e desejandoo orador ser attendido reserva-se paraoutra oceasião.

Fica adiada a discussão e encerra-se ysessão ás 3 horas e cinco minutos.

Eptiemerida histórica do Brazil

Dia 14 de agosto.— E' deste dia e doanno do 1671 a enérgica e diçna represen-tação da câmara municipal da cidade dnBania dirigida ao rei de Portugal,

Este documento merece ficar integral-mente copiado aqui.

« Senhor ! por noticia que temos nosconsta que Vossa Alteza foi servido man-dar passar um decreto para que nenhumfilho do Brazil oecupe da data delle emdiante o cargo de desembargador desteEstado, quando os que de presente o são.não devem nada a nenhum dos mais. Pa-raae, senhor, que é uma offensa que VossaAltesa fae aos filhos deste Estado, e principalmente aos da Bahfa, a quem VossaAlteza por seus serviços concedeu privi-legios e outras muitas mercês, de queestão de posse ; pois, senhor, se ellos sãocapazes do posto e das da guerra ; em qutVossa Alteza os tem provido e todos ser-vido áVossa Alteza com as vidas e fazendas,que razão haverá que os prive servirem áVossa Alteza na pátria, quando os dessacorte o exerceram na sua?... Seja Vossa Al-teia servido mandar reparar um damno tãoaffrontoso para os filhos do Brazil, e con-ceder-lhes-o exercício, pois sem elle nãohaverá filho delle que continue os estudos,porque só por elles hão de ser uramiadose ter esperança de servir á Vossa Altezana pátria, como fazem os das outras,quando por muitas vezes temos pedido áVossa Alteza que conceda aos filhos desteEstado os privilégios que têm e gozam o?da cidade de Évora e que possam o* reli-giosos da Companhia de Jesus, que os ensi-nana, dar-lhes o mesmo gráo que naquellacidade se dá aos delia, pois os senhores reiade Portugal os crearam para augmento deseus vassallos. Da grandeza de Vossa Al-teza esperamos nos conceda uma e outramercê, pois todos se dirigem ao serviço deVossa Alteza, que Deus guarde para aug-mento dos seus vassallos.

« Câmara da Bahia, 14 de Agosto de1671. O juiz Manoel ds. Rosa, osvereadoresThomé Pereira Falcão, Francisco Subtil deSiqueira e o procurador João de MattosAranha »

E isto foi no tempo do Brazil-colonK edo governo absoluto.

Chronica local

l»e!o -'Ministério <*o Império de-cIarou-se|á ("amara dos "Deputa 'os oti • o go-verno imperial julga convenifnfcc -j pro-jeoto de lai n. 111 de 1874, autorizando omesmo governo a rectificar os.limites dasprovíncias de S. Paulo e Minas Geraes.

5&oje ao meio-dia reúnem-se osaccionistas da Companhia Guanabara, á ruade S. Pedro 7, para lhes ser apresentado orelatório do projecto de reforma de esta-tutos e procederem á eleição da commissãode contas.

Por terem sido adiados os tra-balho3 da a-sembléa geral ordinária doBanco do Commercio, tem lugar hoja aomeio dia no salão do Banco Predial, a ,mesma assembléa para proseguir nos tra-balhos interrompidos, devendo proceder-seá eleição de dous membros da commissãofiscal ê de toda a directoria, visto terem -seretirado dous dos diractores e haverem ma-nifestodo intenção de deixarem os seusrespectivos encargos os três restantes.

Stennesn-se lioje, ao nveio-dia,á rua Primeiro de Março n. 99, Io andar,os accionistas da Companhia Estrada ãeFerro ãe Campos a S. Sebastião, para deli-,berarem sobre a modificação dos estatutos.

A reunião Scará constituída e habilitadp»a deliberar com qualquer numero de acçõesrepresentadas.

Pelo eonsnlado portuguez. fo-ram arrecadados segundo os íins deter-minados no art. 3" do ragulamento i\nperialde 8 de Novembro de 1871. por torem fal-lecido ab intestato, sem herdeiros presentes,e se procede, a respectiva liquidação dosseguintes espólios: -J .

Antônio .Joaquim d^ Oliveira Bastos,Antônio José Martins Bastos, \ntonio JoséPereira Souzalla, Antônio do "Rego Vidal,Flori tida da Jesus e Silva, Francisco Manoelda Costa. Francisco Soares Ferreira, Ga-briel Antônio, JoséMurques da "osta, JoséPereira dos Santos, Luiz Gomes da Costa,Manoel Antônio Lopes, Manoel da Costa,Manoel Moreira do Freitas Balthar, MariaDelfina, Tobias Augusto.

O «Congresso Familiar» de S.Domingos, dá hoje a sua primeira partida.

Para ira tar-se dias bases e maisassumptos concerr entes á sociedade JoclieyClub Resenâense, em Rezende, reunem-se..hoje ao meio dia no salão da Câmara Muni-cipal os sócios fundadores da mesma asso-ciação.

I\o theatro de S.'P<»dro repre-senta-se hoje a comedia Os Solteirões daV. Sardou.

Declinar este nome é chamar para o es-pectaculo da hoje a attenção de todosiquelhs que sabem apreciar o espirito e amais fina critica. E dizer que Antônio Pe-dro. o applaudido artista que interpretou .magistralmente o papel do Parnlytico ísz,a parte de protogonista na comedia Os sol- '.teirões é proclamar que o espectatulo dehoje no theatro S. Pedro de Alcântara nãopoda ser mais convidativo, e que é justo,que a concurrencia publica acuda ao thea-tro.

A.' segunda delegacia de poli-cia remetteu a Câmara Municipal 123 autos;'de infracções, havidas durante o mez d'jJulho passado.

Estacio, escravo de CaetarjoJosé Dias, por estar, ao meio dia de ante- vhontem, na praça Vinte Oito de Setembro;arremessando pedras sobre os transeuntes,resultando ferir a cabeça do escravo José,foi apresentado ao subdelegado e recolhidoao xadrez.

Hoje dã-áie no theatro de Pc-dro II um concerto que sem duvida devedespertara curiosidade de todos nqu l!esque não são indifferentes á cultura dasbella9 artes.

Tem o publ co iliustrado de nossa capi-tal oceasião de assistir as provas dG umaartista ainda tão joven, e já enchendo omundo com a reputação âe seu talentotranscendental

Fsmeralãa Cervantes, a joven laureadapelo primeiro poeta de França ; a meninasaudada com enthuâiasmo por toda a im-prensa dos paizes que tem tido a venturade ouvil-a—a artista cortejada pelos sobe-ranes da terra, dá o seu concerto, o único,segundo annuncia.

Temos esperança que o grande recintode Pedro II será limitado para conter osque a desejarem ouvir, offarecendo-se-lhesassim suaves horas de passatempo, porque tambem terão ensejo de applaudir aodistincto actor Valle.

Pela 3a directoria do ttlinisterâodo Império foi dirigido ao presidente daBahia em data de 6 do corrente o seguinteaviso:

« Illm. e Exm. Sr.—Constando de umapublicação do. Jornal ãa Bahia, transcriptano Globo n. 211 de 3 do corrente, que o ci-dadão Maraede Amaro Lopes, senhor doeng3nho Matta, nessa provincia, náo sóconcedera liberdade a 60 escravos, per-mittindo quo alies, dividido» em turmas acapitaneados por chefes de sua livre esco-lha, trabalhem associados em terras domesmo engenho; mas ainda lhes facul-tara gratuitamente utensílios de lavoura,além do outras vantagens, reoommendoaV. Ex. que preste a «íste Ministério infor-mações minuciosas acerca de um neto tãolouvável. Deus guarde a V. Ex. — JoséBento âa Cunha Figueiredo.

O Sr. brigadeiro graduado Pe-dro Maria Xavier de Castro reclama hojocontra a assignatura de uma correspon-dencia firmada com o seu nome e que nãoé de seu punho.

Não tendo conhecimento.perfeito da as-signatura do nosso reclamante, fácil nosera enganar, principalmenta com um arti-go de defeza do mesmo senhor.

Si com essa falta involuntária acha-seoffendido o Sr. brigadeiro Xavier de Castrodamos-lhe plena satisfação.

XI

AS FERIAS DE PHILOMENA

Havia já cinco mezes que a menina Des-claux se achava em casa de seu tio; —o seuestado de exquisita moléstia a forçara adeixar o convento — quando entrou o mezde Agosto, este mez tão caro aos meninosde escola, porque abre-lhes as portas dosextensos campos em flor.

Uma pessoa veio então augmentar a fa-milia Desclaux. Philo-nena, amiga de col-legio de Luiza, e uma órfã das mais interes-santés, veio passar as férias com a picade suas camaradas, cuja benevola hoapita-lidade n$o podia §er considerada comoesmola.

Em honra da recem-vinda o Sr. Pesplauxresplveu fazer uma festa, e convidou parajantar três <Je sens mais dedicados conse-lheiros municipaes, p collector, o seuyisi-nho mais próximo e p gr. 4'^?í'^™p,tabellião; quatorze pessoas*ao todo. ;

Chegada a hora de se sentarem á jnesa,notaram que faltava um convidado : lera o...•!collector.

— Ora esta! murmurou o Sr. Desclaux;

treze á meza, não é possível.... deixemo-

nos de historias! mas que homem aquelle,continuou referindo-se ao amigo auzente ;teria muita pressa o seu negocio? Na

verdade, só sob este regimen é que os col-lectores têm tanto trabalho.

Cada um dos supersticiosos convivas,

pois que todos o eram, fez reflexões á res-

peito, todas variantes, desta thema : venha

o quatorze ou o que gelara de medo algunsde entre elles, porqne o treze morre l

Já propunham mandar que se sentasse á

mesa o cozinheiro, o feitor, o cão de casa,

quando Philomena, avistou trabalhando no

gabinete vizinho, silencioso, sombrio, o

pobre mestre-escola; puxou a aba do ca-

saco do Sr. Desclaux, e mostrando-lheBernardo, disse :

E' aquelle senhor ?Eis ahi: nem pensava nelle l

E correndo ao secretario :Venha tirar-nos de apuros, e tenha a

bondade de jantar, hoje comnoscç, ifjisse-iheDescláu^:. ¦

A primeira inspiração de Bernardo foirecusar o convite, e ia mesmo fá?èl^ò

quando Lui?a, que. acompanhara seu Mo,ajuntoq':

O Sr. vem, nSo. é?Ngo sei que doce inflexão havia naquella

vo?, que fez estrefloecçr o cordão 49'e>3tede Bernardo; fora de si^eliz.inquieto.que-rendo e não querendo, sob a. estran1;^ fasicinação das p^lavr^ que Luiza pela-pri-meira vez lhe dirigira, levantou-se- eoüíoum autômato, e achou-sw á mesa sem tej

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ainda despertado do sonho que acreditouhaver tido e que desejaria sempre ter.

Sentado entre o Sr. d'Extrême, seu pai,e Philomena, a companheira de Luiza, con-centrou-se em um silencio absoluto, co-mendo pouco, bebendo menos, nadafallan-do, e fazendo assim conseienciosamente oseu papel de quatorze.

Por mais de uma vez Philomena teve im-

p3tos de travar conversa com seu vizinho;não se attreyia, porém, comquanto se sen-tisse attrahida por elle. «Quando levanti-ram-se da mesa, Bernardo quiz despedir-se.

Não lhe agrada a nossa companhia ?

perguntou Luiza.O facto é que não se mostrou lá muito

contente, murmurou Philomena ao ouvidoda amiga, que respondeu-lhe, no mesmotom, estas três palavras!

E' um matuto.'Nada mais exacto, e a provi disso es-

tava naçonduc^a de Bernardo.¦ A chegada iqiprevistado collecto? deixoulivre o mu8tre-escol^; o funecionario tomouo seu lugaç, Bernardo pôde safar-se..

Não; não era um «Jíi^í» esse pobre rapaz,que pqr tantas provas já havia passado emsua tão curta existência; era, porém, cioso«vingativo. Muitas veiga, sahja. de easapresa d.e e^tfteQ^s tfBFoaesj dirigia-s» 'páraum terraço, atraj} ã#lirr^^^ aonde domi-haya, um£ porção immensa da paizagèm..

Dahi, dar de java olharqs, b^tà03 de ódiosobre a morada ç\e, seu pai; meditava entãona existência que tinha de percorrer ainda,

Foi processado pela 2a delega-cia de policia e . condemnado pelo juiz do<10* districto criminai a três mezes de pri-são, Sebastião \nconio Pereira por quebrade termo de bam viver que assignou.

Mo Club Polyteehnico haveráhoje, ás 7 1/2 horas da noita, a ses'são po-lytechnica para os sócios e accionistas.conforma o programma annunciadp. eiiioutro lugar deste jornal.

De hojs em diante vender-se-ha, na estação da companhia Villa-Izabol,na rua do Ouvidor,a no' Campo deS. Chris-tovão n. 48, cartões a 500 rs., dando direi.>to a quatro passagens nas diligencia-^ %carros da companhia entre o campo de g.Christovão e a cidade ou vice-vers-^-

Pelo Ministério do Im^crio pas-Hou-se ao bacharel Adriano Vortes de Bus-tamante a carta imperial pela qual SuaMagestade o Imperado^

'houve por bem

nomeal-o para o lu^-ar de secretario dogoverno da provincia da Bahia.

r Foi ante-ltcnttesn apresentadoao Dr. 1" delegado o individuo de nomeVictorino Pestana da Bosa, por ter espan-cado a uma r,reta na rua do General Ca-mara,ás5horas da tarde.

O estrangeiro por nome PedroM.'.'rasson foi ante-hontem á 1». estação daguarda urbana queixar-se que fora rou-bado no quarto onde. reside, á rua da;As-sembléa n. 33, estalagem, na quantia de2:000$. um annel com topazio e um recibo,de um baneo de Hespanha.

A. africana livre Maria Rosada Conceição queixou-se ná Ia delegaciaque o preto Bonifácio da Fonseca lhe,sub-trahira a quantia de 260$000. Levado esteá presença daquella autoridade e sendorevistado, encontrou-se . em seu poder42$100 e vários papeis.

A's 9 horas da noite de ante-hontem, em uma estalagem na rua da Re-,lação, foram espancados Olympio Rodri-giíes de Moura e Antonia Maria Brelina daConceição, ficando ambos feridos. Ao che~gar a policia, José Bernardo Gonçalves eDiogo Bernardo Gonçalves, autores" do es-pancamento. evadirâm-se pelos fundos,tendo as offend.idas sido apresentadas aoDr. 1* delegado para providenciar.

e facendo o parallelç, djos soflfrinaen.tos

actuaes e dos gozos que bem podia ter fru-ido, desejava possuir o condão desse velholegendário cujos olhos, como duas brasas,inflammavam os objectos que fixavam.

O excesso traz sempre após si a raaoçãoFoi o que aconteceu. Odiava muito paranão amar de mais, Foi Luiza a quem pri-meiro amou, e em todas as solidões a queo conduzia sua tristeza, o moço sotsmavano que seria capaz de fazer por ella. Es-pirito poético, sonhador sentimental, rea-lizava em seus mpmentoa de exaltaçãosuas chimeras insensatas e mais caras a,seu coração.

Sonhava uma habitação esquecida nomeiodeumvergel de ohoupose de acácias,onde, só em companhia de Luiza, levasseávida contemplando aua belleza inno-cente, e repetindp-lhe de momento a mo-mento qno a, amava, e a ella só no mun-do. Seu pai desapparecia, para tornar-secomparsa apenas nessa phantasia de suaexistência. Q amor de Luiza absorvia todasas t sv\as faculdades, bem como todos osseus instantes^

No <i*ia seguinte ao jantar, onde fora j oalgarismo— 14 — quando Bernardo entro pem easa do maire, encontrou as dua^ moças,Q'Ió jogavam á petéca,

Quer <%iir&t no jogoj Sr. Bernardo 1pergmiiou-llie Philomena.

Não- sei jogar, nenhora; respondeuo mestre-escola.

Oh-l nSo faz malvinterrompeu Luiza;aprende só, é tão fácil...

E-'asduasdoudinuaanão se cansavam era

ir e vir, fazendo, saltar a petéca a alturadescommuo&V apanhandora agora, parafazel-a voar depois, obrigando-a, emfim, aobedecer a todos os seus caprichos ãn-fantis.

Quantos discípulos tem, Sr. Ber-nardo? interrompen Philomena.; .

Uns trinta.Pobres crianças lPobres! porque,'minha senhora? ne-

nhum deites tem de que se doer... têmtodos familia !

Desta vez, Philomena não pôde aparar apetéca, e sinão fo9se a chegada de umimportuno que fez mudar a conversa dosdous personagens, ainda uma vez ás coiisás'ter-se hiam colorido de negro, esta côr quepinta no coração do homem tanto o deses-pero como a melancolia.

A datar desse dia, estabeleceu-se poucoa pouco uma' certa familiaridade entreBernardo e Philomena, e si Luiza não acómpartia,' era porque Bernardo pareciaevital-a. O que buscava, om Philomenaera úm ente. humano com quem pudessefalle^- delia, sejp. uespèrtar suspeitas.

Sua amiga está boa? perguntava to-das as manhãs a Philomena.

Ou então:Sua amiga sahio ?

Era tudo quanto dizia, e muito inno-cente por certos tanto lhe bastava. Eispor que procurava a sociedade da amig*de Luiza, que, seja dito de passagem, não»desgostava muito dai do mestre-escola»

(Còntitáa,.}I

SSSSw»? •v&'.«.*'-;i-w>- ! :- - s8«SfS#a* mmm •.SÍ3Ml'í®-::: •:.;'-¦[ '¦¦¦. '}'j..'~\.-;4: lÉllli

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O GrX_OBO,8» jEhíIo do Ja-ael-ro, Sa.Tblbad.o 14 de Agosto d<e __.Sy3r'&

OciClüb Mozart» dátioje.em seussalões, o concerto mensal.

Appareceu liontctn o 4°BBu_raerodo Escaravelho, publicação semanal emfo-mato de livro, com 16" paginas de ia.-pressão.

Foi preso e recolhido á poli-cia o estrangeiro José Raymundo por seachar embriagado e armado de um cani-vete, no morro do Castello ás 10 horas danoito.

Fa_Beees_.__o_ii.eH2 ás 41 .noras «Bamanhã, na rua do Senador Eusebio n. 45,Vicente Joaquim Moreira dos Santos, na-tural da Costu d'Africa,solteiro e sem fil.ios,de idade de 11 annos.

Deixou a Carlos Pires 70$; a Pedro Nu-ne.s 80$; a Miguel 60$; a José 55g: a Guilhér-ruína 45$ ; ehavendo remanescentes, seráseu herdeiro b preto Miguel.

Nomeou seus testamenteiros em Io lugara_Carlos Pires, em 2° a Pedro Nunes, e em3" a Miguel, sendo seu enterro e suffragiospor sua, alma, feitos a vontade dos mesmos'Este xestameüfo foi feito a 1& do còíreritémez e anno, apresentado pelo Io testamen-teiro. e aberto hontem á 11/2 hora da tardepelo Dr. juiz da próvedoria na bala das au-diencias.

fiBontetia ao meio dia ac-i-am-do-se reunidos os accionistas do BancoIndustrial e Mercantil, em numero suffi-ciente.'constituíram-se em assèmbléa ge-ral, sob a presidência do Exm. Sr. Barão•de Andarahy, servindo de secretários osá5rs. Dr. Pedro José Netto Teixeira e com-miendador Antônio Augusto Teixeira.

Foi lida e unanimemente approvada semdiscussão a acta da sessão extraordináriade 12 do corrente, em que foi approvado oprojecto de reforma de estatutos que tem¦de subir ao Governo Imperial.

Montem ás 5 1/S lioras da tardedentou suicidar-se, dando um golpe de faca

no-» ventre,' o preto Leandro, escravo, quej,0 a chava na casa de commissões á rua deUrue

'wyánà n. 176.Leai WÒ chegara ha pouco tempo de uma

das proV-uU&ai ^° •n0Tte; e na0 querendo.ser vendido tentara pôr termo á vicia.

Foi conduzido para a policia, dahi para,1 botica de He.' cole Foglia, á rua do Vis-conde do Rio Branco, onde foi medicado,c dopois seguio p^ra a Misericórdia.

\Jrxi cavaBl-le£ro•, q«« aca toa deooi, 'r desta capital, occupando uma alta

noJetio politica, ineumbio a um moço da

surt cc afiança, de pagar varias.contas, paralaué e Xitregou-^lhe uma quantia avaltnda.

ni inpv 'mbido dessa commissao perdeu o

ílinhó ro f «s notas. Felizmente, porem,foi tudo ^^^.SSS/Sa ãSmr, .. * „;_,_>>'coutrados o ouinli-uorelativos os os.peise^ouul'1qUl

quom ènrcert p.,-oa a quem no.i-eltnmos o ícto nada terá d* <*™&££rio: mas n'iu_i tempo em que SS.perdiçõesandam mais á vista ao que ¦"-.?W'*6*»*digno de me ucão honrosa a solicitude com

que o joven cavalheiro a que nos reierlmos,deu-se a inca mmodos pàtarestituir o alheioa seu dono.

A Socie* -Jade « Ensaios Oíte-rarios», como demonstração de magoa pelamorte do kocíi > honorário, o bacharel JoséPereira Leitão .lunior, suspendeu a sessãode nnte-hontei p depois de algumas pala-vras sentidas, p referidas pelos Srs, presi-de.nt:. e Gomes'líraga. .„__,*

Foi nomeada . uma commissao de trêsmembros para assistir a missa de sétimodia e dar os pazan/es á família do imaüo.

Ma cas» depa.'tan. 9S ã:t- rasa"da ürnguayana, João., escravo de BentoAntônio Gandra alli .alugado como co-siüneiro andando de ri'^a velha com ocaixeiro da mesma casa J&aqmm Dias Ij6-reira da Silva atirou-lhe primeiro comumprato á -cara o não satisfeito, por ter Dm?se defendido, mais|tárde ás 11 li» horas ciamanha àrmoa-se Jóaodéuma grani?« nica e-com elía fez todos os esforços para ferir ao-caixeiro. Acudiram porém dous _moço_í o.ur:só amarrando a João com cordas poderão.<e:>ntel-o em sua fúria. Comparecendo duaspraças de urbanos desamarraram o preso,. lèvnrfion-no á 2* estação, de oruie íoia ^reaentsido.ao delegado de semana.

O paquete francez «Rio GrasMrYnasactuaeSci^cpmstançias, a nossa lavoura,de » hontem sahido para o Rio da Prata j ^levou os 4/4 passageiros que trouxe em

m respeito ao pudor dos seus pacato.""pes, e mais parslívral-os das gar-

dente.-:! des cachorros, e deixar

transito de Bordeaux e escalas. O -paqueteailemão Rio sahido para Hamburgo levouos 10 passageiros em transito que trouxedo Rio da Prata por Santos.

São do ISrazii americano as se-guintes linhas :

« Chamamos a attenção das autoridadese da junta de hygiene publica para as fal-sificações de vinhos e vinagres* que se fa-zem em grande escala nesta cidade e eomas quaes está sendo envenenada apopula-ção.

a Todo o vinho e vinagre que por ahi sevende é falsificado. As fabricas que aquiha destes pioduetos tambe a reclamam avigilância de quem compete. A saude pu-blica soíFre muito com o uso dessas pre-par ..ções que a sórdida ganância não es-crupulisa em compor com as mais nocivasdrogas, por exemplo, o ácido sulfurico nofabrico do vinagre.

« As innumeras moléstias que ha certotempo estão apparecendo nesta capital eem muitas povoaçõ:s, se originam emírrande parte dos alimentos, licores e con-dimentos adulterados pela fraude e cor-rompidos pelo tempo,expostos ao consum-mo do povo. Pedimos providencias.»

Cosa ta um jornal allenaãodeS-ue-nos-Ayres que, durante' sua curta demoranesta capital, recebeu o joven filho de So-lano Lopez os seguintes objectos, perfcen-centes ao ex-dietador :

Do Sr. Duque de Caxias, por intermédiodo Barão da Penha, a venera da Legião deHonra com que o finado imperador Napo-leão III mimoseára a Solano Lopez.

Do Sr. conselheiro Lopes Netto uma ca-neta de ouro.

Do Sr. Dr. Silva Paranhos uma pitoirade charuto e do Sr. senador Paranaguá umsinete.'Todos

estes objecos, accrescenta o mes-mo jornal, tinham sido achados na roupade Lopoz ao ser morto em Aquidaban, evoltaram ajrora ás mãos do filho, graças aonobre procedimento dos distinetos brazi-leiros.

Ka seeE"eíaria do Bispado pas-saram-se os seguintes provimentos :

Dia V de Julho. — Ao padre JoaquimFnmci.co de Paula e Silva, para continuarpor um anno na oceupação de vigárioeneommondado da freguezia de Santa Ritado Rio Negro.

Dia 3. Ao Monsenhor João Onofre deSouza Breves, para usar de ordens, con-fessar e pregar.

Ao padre Nicoláo Maria Berrardi, paravigário enconiincndado da freguezia deNossa Senhora da Conceição da Gavêa,por um anno.

Dia 5.—Ao Conego Francisco da SilvaTellea, para ur.ar de ordens e confessar portrês annos, e pelo mesmo tempo confessaras religiosas e mais pesoas que moremdentro do convento de Nossa Senhora daAjuda desta corte.

Dia 6.— Ao padre Joaquim de AlmeidaCouto, para usar de suas ordens e confes-sar, po:- um anno.

Ao padre Antero Estanisláo Ourique deVasconcellos, natural de Pernambuco, parausar de suas ordens e confessar, por uma uno.

Dia 9.—Ao padre José Luiz Pereira, na-tural de Portugal, para usar de suas ordens,por um anno.

Dia 10.—Ao padre Francisco RodriguesLarungeirA, para continunr na oceupaçãocio Cura do Curato de Santo Antônio

"de

Sapucaia, por um anno.Ao padre Pascoal Gerencia, para usar

de sua^ ordens, confessar e pregar, porum anno.

Ao padre Nicoláo Galloti, vigário encom-r.ieuíiaiiü da freguezia de S. Sebastião deTijucos Grandes, para parochiar a de S.J< ão Baptista do Alto Tijucos emqúantonão fôr provida de parocho.

Ao padre Nicolão Galloti, para contf-nuar por um anno na oceupação de viga-rio -ncommondado da freguezia de S. Se-bastião dos Tijucos Grandes.

Ao padre Thomaz Antônio da SilveiraBulcão, p_.ra continuar por um anno na

uma verdadeira eflttiss-ío. do. papel moeda,e como tal' capaz de produzir todas as per-turbações resultantes da exabundancia eda índole nociva deste máo agente de cir-çulação.

E' de crer que não sejam esses os queainda recentemente acabam de subscrevera uma emissão de 25.000:000$. dé papelmoeda para venesr os arrufos dessa sensi-vel dama chamada «confiança», que seoceultou a seus immensos adoradores, au-sencia que elles carpiram como medonhacise.

Havia eu previsto aquella objecção, é á

priori está ella formulada a paginas 15 doopusculo que publiquei, expondo ahi emseguida as razões, no meu sentir, que aattenuavam e punham de lado.

Sejamos dò boa fé':' si á nossa ¦'lavoura

estivesse em circumstancias menos difficeissi não fora tão urgente o dever de salval-ada aniquilação que a está ameaçando, asimples instituição de qualquer dos typosdas associações de credito real bastariapara prover do remédio suas necessidadesordinárias, e a lei de 24 de Setembro de1864, com algumas no sentido de dar maisgarantias e facilidades á acção dos credoreshypothecarios, fora sufficiente mechanismopara auxiliar e promover o natural desen-volvimento da prosperidade agricola nonosso uberrimo solo.

Serão essas, porém, as condições da agri-cultura do paiz ?

A exposição unanime, de todas as vozesautorizadas attesta o contrario, manifes-tando a approximação de uma crise desas-trosa desta nossa principal industria, cujoseffeitos podem longamente prejudicar obem estar social, escasseando o trabalho,a producção e a renda publica.

Não serão, portanto, os meios ordina-rios, a acção do tempo, a simples iniciativaindividual, nem os palliativos que hão deconjurar a tempestade que se avizinha.Heróicos devem ser os remédios, talvez

peaados os sacrifícios; porquanto, com-plexo é o problama da redempção rural.

Onerada com uma grande divida hypo-thecaria de juros altamente gravosos.; na,ignorância dos processos.mais aperfeiçoa-dos do trabalho agrônomo; escasseandoesses mesmos instrumentos de sua rotinei-ra laboraçâo ; fallecendo, em geral,, os meiosfáceis e baratos de transporte dos produetospara os principaes centros de consumo eexportação; gravada de impostos pesados,a lavoura vê-se a braços com múltiplas ecrescentes difficuldades, que a vão de maisem mais opprimindo, entorpecendo e an--niquilando.

Nesta situação arriscada, ante a immi-nencia de tão grave perigo, o primeiro dosembaraços a remover é por certo a liberaçãodo ônus hypothecarió, a concessão de meios

pecuniários, como tentamen inicial da so-lução deste complicado problema, sem que,por certo, dispense isso a mais desveladaattenção para resolver as diversas outras

questões nelle integradas: tão intima é acorrelação e affinidade que guardam ellasentre si.

Tal foi o ponto de vista sob que consi-

L^5* eovasa espasítesa © numes*©de . lães que ha nesta cidade.

Pt*r todas as ruas, mesmo as de maismo \rmonto e commercio, vagam e esta-cio- iam .cães e vê-se-os a cada paaso saltardas, portixs das lojas, armazéns e escadasatr <apiilhaudo os passageiros, os trens, os?ca .valleiros . atordoando os moradores comls .tidos e -..aqui e alli formando magotis ea s vezes aquellas fjeenas próprias da ean-

*&wada.E

•-municiras e cios _.Iries os ouvidos em socepro. .iumo em ricmrada civilisação da corte, pedimos a Illma.¦Câmara Miinicipul se digne providenciar. \

Muita gente, sobre tudo crianças, tem \•sido mordidas pelo* cues nas ruas. O perigo•da existência destes animaes em grand*-numero em um centro populoso, e tantomfãor quando se entra na eycação quente,te nesta cidade não são poucos? os casos la-

tacB que a chronica diária registra Amda-J--ÍO estamos na estação calmo.a, mas eila

f1 ''m o bem pubuco e a civilisação re

clamam '\a. í.1Ima. Câmara providencias.

_f* «... #*-"MBeja4erCoronel >í>ltv«àç"í_t • J^>it& na comarca d. Turyassú,Junior. reside- ";

£ anteriormente offeré-no Maranhão, t. u^„„"_11o „_„,-;„ei

oceupação de vigário encommendado da [ derei o transcendente assumpto que hojefie^ruezia ds S. Vicente do Paula. ¦ ... _. -

Ao Dr. Anionio Francisco Toscano, na- jtEmto Prendera na situação economueatural deúte bispado, para usar das ordens e | do paiz; foi por ahi que entendi dever-seconfessar, por um anno. ; começar a obra ma<?na de redimir a agri-

Ao padre Irancisco de Paula Cruz para: ._»__.continuar, por um anno, na oceupação de j

cultura ante a emergência de tao propmquaco.adjuctor da freguezia de S. Salvador! ameaça.dos Campos de Goytacazes. j perpagsando as vistas por todas essas

è.vir<.e_a.Ei-a« lidos na Cape-la'diversas combinações que o credito temImperial eni 1 de Agosto: } enn-eni1ç,(io entre os povos mais eivilisados

Antônio Ferreira dos Santos com üla-. . .rianna Fmilia de Souza nara ^ar vida e actividade a vanos ramos

João .José Nunes com Amélia Deolinda'Ba-rtos de Faria. \

Francisco Teixeira de Carvalho com RosaRomeira Pequena Exista.

-.¦,'„ daciuella provincia uma^0wfS?bS^«Eéde8ercreada

casapp.ri.aefc.colf>qu.o ««nha de offe-no districto de Igarape-as.u., a«^ba de ott.

recer-seoarà manter nm mfbtre.Fôl-o pel* seguinte carta, que registra-

mos com prazer. , .. _,fé« Illm. e Exra. Sr. - Náo.tendo sido até

o nresente provida a cadeirh. de mstruc-

çãfprfmaria, errada ha dous a^nos nesta* _- •_•___--__..*.., /ínlfKn^na.Qad. íí Jja.lt

povoação e districto de l|arape-assiv e paraa qual lia verba decretada pela assem.DieaiOKÍ9látLva provincial, e uma casa conve-nientemente preparada e sendo para lasti-mar que, em um districto como este, con-tinúe-n'este tempo a crescer nas trevas^dsighoíSticia a mocidade. digna sem duvidade melhor sorte, tenho-me proposto a abrir.a oxoènsàs minhas, uma aula üingida porpessoa habilitou onde ySo os meninos rn-cúber gràtúitamén.te os principaes conheci-mentos da instrucção primaria.

« Achando-se até affòra sem ssrveiitií-alruma a casa que offertei apgoverno paiafunecionar a aula publica deat« districto,a aual, é pena vêr-se, acha-ea arruinar.-do-í-e, vou rogar a V. Ex. so digne mandar-mo prestar a dita casa pura nelli»abrir-se a aula de que tenho íallacio, evi-t-,ndb-se deste modo que seja Q.:struiaa adita caca, cuja conservação tomarei a meu

cuidado, emqúanto rae fôr possivel confiar-vàr aberta a dita aula, ou não fôr provid»a cadeira, prestamto-se ao mesuio tempoalgum serviço á ca usa publica em um pontoque tantos cuidados tem sempre merecidodo nosso Augusto Monareha.

« Deus guarde a V. Ex.—Districto doIctirapé-assú, na comarca do Turyassú. 1de Julho de 1875.—Illm. e Exm. Sr. Dr.Frederico José Cardoso de Araújo Abran-ches. digníssimo presidente da provinciado Maranhão.— Lu iz Antônio de OliveiraJunior.

Formariam u_*_a bSMipíliceadigna de ser visitada os livros, folhetos ebrochuras que/em um grande numero delínguas, sobretudo na allemã e na franceza,

,têm sido c3criptos sobre a guerra franco-allemã.

Todavia anda ainda empregado o gene-ral Cialdini em visitar os campos de bata-lha de 1S70 e 1871 com o fim de recolherinformações no th.-atro dos acontecimentospara a grande obra que está eacr.vendos..bre a guerra franco-allomã.

lio « Brazfil Amepíeai-o » extra-Mmos a seguinte noticia:

te Funda-se uma outra sociedade de guar-da-livros. para proporcionar insirucção,beneficência e recreio aos associados.

« Sabbado, 7, reuniram-se, na sala dasociedade Ensaios Litterario», os iniciado-res, em 3" sessão preparatória, tendo sidoencarregada uma commissao. de elaboraros estatutos. Dentro de pouco tempo. pois.deverá ser inaugurada solómnc-mente anova sociedade, que virá de certo provarquj o espirito de associação sa fortalec:.Nós assim o desejamos.»

No estalagem n. G? da rua. daIn_ -ííIu-jz bn.oaihiivum ue marciiieiro omum quarto Miguel Lopes da Silva e ocrioulo Jcé Ca-Htcdip Ribeiro, quando porrixa

anttírípt «o tri-l->».lho, Lop«.s ati-rouapua sobro uma cadeira qus Custodioempalhava. . .•-

Custodio enraivecido empurrou para.ón-reLbpès que armado de uma pá tentou

<ariI-o, porém Custodio com outro páo des-«armou a seu aggiessorfazendo lheumfe-Vimento na testa. _

Foíám pre^s e levados a 2« estsçao da

guarda urbana e remettidoe ao Dr. dele-

gado do semana.

de trabalho social; attentando detidamente

para as modernas instituições denomi-nadas de credito real, com peculiar appli-

José Ignacio Cavalcanti Doria com Can- j cac5o a uma das mais ponderosas neces-dida Luzia de Oliveira Rodrigues. s'.,*,, t. j 71

Alfredo Augusto de Miranda com Polu-. sidades da lavoura, em nenhuma dellascena Carlota de Miranda Lecne. j deparei com a força effiiciente capaz de

Loureneo Miguel Augusto com Virgínia. J fornecer á agricultura brasileira, nas con-José Joaquim dos Santos com Maria; '

Emilia da Conceição. S dições em que ora se acha, um poderosoAntônio de Oliveira Reis Junior com

Luiza Alexandre Pedoux.Antônio Josó dos Passos Lima com Maria

Ro^a da Conceição.José da Silva*Goines com Philomena da

Silva.Thomaz Xavier de Oliveira de Menezes

com Thereza Rosa dos Santos.Jü&o da Fonseca Siqueira com Angelic-.

Maria Gomes.Agostinho Guilherme da Silva com Car-

lota Muria Laviosa.Augusto José Leite Guimarães com

à.delia . ugusta de Barros Figueiredo.Manoel José de Brum com Francisca

Maria da Conceição.Agostinho Antônio dos Santos com Clara

Marta da Conceição.José Bento di.*Siíva Porto com Clara Au-

gurta dos Santos.Manoel Luiz Barreira Bastos com Deo-

iinda Franciseada Conceição.Júlio Antônio Barreiros com Francisca

Rosa Dias,P.iulo Locees com Iphigc-nia Maria do

_j,'«pii'ii-.o-Santo.Thc-ot-onio M .riano Gonç-úvcs com Joanna

Ermelinda dos Róis Pires."Antônio Francisco dos Santos com The-

reza Clemência Maria da Conceição..Iode Feliciano da Costa com Horteneia de

Magalhães Passos.Francisco Alberto da Costa com Cândida

Deolinda de Mesquita. , •

& auxilio á lavoisra (*)Comquar»tO nüo deixe do ter assignaia-

das vantagens a operação de um empre..-tiáiO externo para, sob o mechanismo queexpuz no artigo antecedente, vir era soe-

corro da lavoura, não é tamanho o benefi-cio que a 63te resulta como poderia ser si

a taxa dn anuuidade dos empréstimos porella contrahidos fosse menor de 7 %¦

A Requisição de um tão avultado capital

derr^ms-do na circulação viria produzir

palpáveis melhoramentos nas nossas con-

dições economie;;Sp si o não malbaratasse o

delírio de emprezas aventurosas ; o retra-

himento de uma grande somma de fundos

públicos immobüisada e sem a despeza do

juro, realizaria uma economia para o The-

souro ; além disso, diminuindo a offerta

destes títulos traria o seu apreço pela sua

maior demanda, e na liquidação final da

operação complexa a que tal empréstimo

daria lugar, o Es.ado só teria colhido be-

neiicios, a que viria coroar uma impor-

tante reducção na sua diVída publica fun-

dada.Resultados do tal magnitude proclama-

riam a preferencia deste alvitre, bí náo

fosse o principal objectivo, e o movei im-

pulsor da semelhante tentamen—amparara lavoura, e socorrei-a contra a decaden-

cia que a yai solapando.E para a consecução desse importante

fim, repito-o, a annuídade de 7 % pare-ce-me ainda um forte gravame, que mal-logrará tão grande esforço.

E' por "isso

que o projecto por mimapresentado no anno findo afigura^a-me

de mais profícua exequibilidade. Seme-lhante cr.nça talvez não passo de uma-fraqueza paternal.

Pretendeni alguns que a circulação debilhetes hypothecarios fazendo serviço demoeda nas transacções de 100JJ para cima,como meio por mim proposto de auxiliar,

[') Vide o Globo de 12 do corrente, n, 220,

meio de obtenção, como incontestável-mente é o capital necessário fiara desça-

ptival-a desse exagerado ônus hypothe-cario que a escravisa, deixando-lhe liber-dade de acção, e para dotal-a da potênciacapaz de imprimir actuoso movimento aoseu entorpecido trtbalho.

Porque, torno a dizel-o : é um problemacomplexo o que a lavoura do paiz ahi fub-mette á solução dos poderes do Estado.Reclama ellaparasalvar-se:

Empréstimos a juro módico e lenta amor.tização;

Instrumentos de trabalho (braços livres e

maquinismos);Instrucção agronômica (os processos

mais aperfeiçoados da agricultura);Viação fácil e transporte barato para os

produetos;Modicidade ou isenção de impostos sobra

a producção.Sem o concurso de todas estas condi-

ções a industria agricola não poderá con-seguir, a final tirar partido efficaz da ferti-lidadedo nosso solo.

Dai especial instrucção ao lavradordotai-o mesmo de instrumento de trabalho,explorando fecundissimos terrenos, comosão os das nossas esplendidas florestas,mas negai-lhe os meios de transportar porcommodo preço os copiosos frúctos da suauberrirna colheita aos mercados consumi-dores, e tereis inutilisado e destruído osesforços, o labor e a esperança desse hábil

produetor, soterrado pela miséria de suaimproficua abundância.

Semelhantemente, levai-lhe a locomotivaaté junto das tulhas e paióes de sua fazendaofferecei-lhe breve e barato transporte desuas safras, que desprovido elle dos outrosagentes e meios de suecesso para a plenaconsecução dos prcducíos, apenas vosmostrará, abatido pelo desanimo, em umcanto de seus despidos armazéns, o exíguofrueto de seu improbo trabalho.

O mesmo aconteceria na ausência de

qualquer dos demais elementos constitu-tivos que devessem co-existir para a com-

pleta e definitiva solução deste escabroso

problema.Todavia, cumpre attender quanto na pra-

tica fora difficil prover simultaneamente de

prompto ?emedjo todas estas necessidadesreclamadas pelo estado anômalo da nossa

lavoura; o acervo de tão importantes me-

didás exige desvellos, perseverança, re-

cursos, sacrifícios e tempo, que si não po-dem todos empregar de chofre. E, pois,

para realisar taes e tantas medidas impor-

tantas, a prudência aconselha que se co-

mece pelas mais efBcientes, como servindo

de ponto d© apoio á alavanca do progresso,

que deve imprimir -o movimento regular'

a todo o nosso maehinismo social.

Ora, a Rieu vêr, um dos mais poderososmotores, dadas eu» açtjjaes circumstancias,

para levantar á agricultura, da JprpstraeSLo

em que vai cahindo, só se poderá deparar

na obtepsão de capitães a um juro tal, e

com tão pausada amortização, que o seu

embolso ã» •effeçtjie mediante uma mdde-

rada annuidade tirada da renda liquida dotrabalho agrícola.

Eis o. principal ponto de partida, e a quedepois devem ir suecedendo todos os outrosmeios concomitantes.

Mas, como dotar a agricultura nacionaldesses amplos capitães que suas Jiecessi-dades reclamam, e fazel-o ainda por modotão suave, que não seja em vez de efficazauxilio apenas uma breve phase palliativado fundo mal que a vai corroendo ?

Eis ahi o verdadeiro nô gordio da questão;e entre nós, ante o phenomeno da escassezde capitães pecuniários, difficil será des-atal-Ò.

As instituições de credito real, desdeque exigirem uma ajmuidade superior a6 */. das sommas emprestadas, não poderãosalvar a lavoura e provel-a dÓ3 precisos re_cursos para que se collòque élía èm con-dições normaes, e se ponha a caminho deprogresso.

Ora, que essas instituições entre nós nãose organizarão por outro typo que não seja

'o francez, isto é, por meio de associaçõesanonymas, parece-me crença geralmenteadmittida. Mas é que esse s-ystema, tendopor base um fim todo mercantil, e em pre-sença do alludido phenomeno (falta decapitães), ha de forçosamente produzirantagonismo entre a necessidade que tema lavoura de dinheiro barato, e os lucrosque o capital procura auferir por dividendos, si não pingues, ao menos remunera-dores do emprego especial em que elle seimmobilisa. Porque, cumpre attentar bempara a procedência desta proposição —actualmente à lavoura não deve supportargravame, sinão áquem de suas forças pro-duetivas. — E com tão pouco não podecontentar-ee o serviço do capital onde elleescassêa, e em um paiz novo, onde cada diaBe descortinam novos horizontes á espe-culação.

Deve-se ainda attender que pelo mecha-nismo de taes instituições ós auxilios offe-Tecidos á lavoura são representados porum titulo especial (a letra hypothecaria)cuja circulação não esta aclimatada entrenós, e uma vez que esse titulo não goze deum juro superior ao que produzem os fun-dos públicos emittidos e" garantidos peloEstado, bó correrá com um desconto regu-lado pelo gráo do credito que por venturainspire o estabelecimento emissor, sendoque o ônus de tal desconto, com> jásedisse, ha de recahir sobre o lavrador quesolicita o auxilio, e que para real:'sal-o emmoeda tem de sujeitar-se a inevitável pre-juizo.

Consideração é esta, que deve ser bemapreciada em seus effeitos práticos paraavaliar-se a somma real e effectiva de uti-lidade que teriam actualmente de produziras associações de credito real.K-Tal ó a embaraçosa situação em que sedebate a questão sujeita, e para sahir detão critica conjunetura não ha que hesitar,cumpre começar pela seguinte formula:

Empréstimo a longo prazo, amortiza-veis por meio de uma. módica annuidade,que esteja nas forças prodtjctivas dapropriedade rural.

Para, porém, trazer essa fórmula a ex-pressão'tão simples grande é a diffieuldadepratica que se apresenta; por isso que emquanto o interesse mercantil exige muito,as conveniências agrícolas só podem darpouco. Dahi a conclusão a que cheguei daimprestabilidade actual das mencionadasassociações que por ora se possam fundarno paiz, quando, referindo-me aos bene-ficos resultados que dellas se devessem es-perar ponderei:

« Todavia força é confessar qua si essainstituição tutelar pó ie, em outras cir-cumstancias prometter valiosos recursosá nossa agricultura, não tem comtudo apossibilidade de prestal-os desde já de ummodo proveitoso e efficaz, que a tire daprostração em que tem ella ido cahindo, eem que effectivamente se aeha. »(Pag. 10).

De feito, como dar dinheiro á lavourapor um juro tão diminuto que a sua taxajunta á da amortização e á das inherentesdespezas não exceda a uma annuiladede 6 % ?

Semelhante milagre só o poderia operarum instrumento de credito de tal modogarantido pela mais bem fundada con-fiança na sua plena solvabilidade, quefosse geralmente dado e acceito como umnovo agente de circulação e de permuta.

No afedigoso empenho de descobrir esteverdadeiro desideratum, não pude depararentre as varias associações individuaes umtypo que desempenhasse as exigidas condi-

ções e inspirasse tão profunda confiança.Só o Estado, symbolo de todo o poder, ex-

pressão de todos os recursos, na altura so-ciai em que se acha collocado, dispunhade faculdades capazes de construir com aamplidão do seu credito o mechanismo quepodesse produzir tamanho beneficio. Sóelle, no desempenho da missão tutelar quelhe está confiada, poderia, eseoiinado de

qualquer outro incentivo que não fosse obsm publico, assentar esse mechanismo so-bre a fórmula acima enunciada sem levarem mira satisfazer o menor intuito de lu-cro ou especulação mercantil, que não po-dem ser cogitações da elevada espher-a em

que funeciona.No grande apuro, portanto, de procurar

conseguir a solução pratica de fao compli-cado problema, imaginei o titulo hypothe-cario caucionado pela propriedade ruralimmovel, mas emittido pelo Estado e sobsua expressa garantia, para que com estecaracter pudesse ser um instrumento libe-ratorio de geral acceitação, eercando-o aomesmo tempo de todas as seguranças capa-zes de pôr bem patente e inquestionável asua solvabilidade, e, portanto, a effectivi-dade do seu valor e o solido fundamento

que devia ganhar-lhe a confiança publica.Sem tempo para poder ser breve, inter-

rompo aqui este artigo para em outra ocea-sião proseguir.

A. N. Tolentino.-

Rio, 12 de Agosto de 1875.

IMPRENSA ESTRANGEIRAUma ctaicara de chá

O anno passado, por uma fria tarde domez de Janeiro, achava-me eu commoda-mente installado junto a um bom fogo,tendo a pouca distancia uma mesa, sobre aqual um Dello caderno de papel branco pa-recia convidar-me a escrever,

, Com a penna que eu tinha na mão cosseilevemente a orelha, como faz habitual-mente, não sei mesmo porque, um homemem embaraços.

j Então, estava eu embaraçado, ou antesindeciso, sobre o assumpto de que trataria,è talvez ficasse mergulhado èm minhasScismas, si um violento toque de campai-ilha não as viesse interromper.

Spôu-me o toque de3agradavelmente aoòuviáo, e, a meu. pezar, fecordei-m-á destaphrase do illustre d?Agúesseau: aquellesque me visitam—hònram-_-me; porém, osque n^o p fajsern, dão-me prazer. Ia entre-tanto abrir aporta, quarçaò um« rapaz sal-ta-me ao pescoço! E' meu sobrinho Luciànoque, ha seis aiíhos navegou como tenentee esperou seus vinte e cinco annoa para

fazer exame de capitão de longo curso. Yi-sitou já as cinco partes do mundo, e agoramesmo volta da China.

Meu caro tiò, disse. elle, cheguei hatrês dias de Havana e não quiz deixar dever-vos passando tão perto: quando vol-ta-se da China, de Havana a Pariz não hamais que um passo.E's um bravo, meu rapaz, disBe-lhe euabraçando-o; assenta-te junto á lareira,vamos tomar uma chicara de chá, conver-sando.

Dito isto tomei minha chaleira ingleza,e puz-lhe uma boa porção de chá, e botei-lhe água que, desde* alguns instantes,chiava na fervura. Neste Ínterim, Lucianodescreveu-me sua ultima viagem; umahor-rivel borrasca tornara necessário desviar ácosta, na direcçâo do Cabo da Boa Espe-rança, o qual, disse elle, mais própria-mente deveria conservar o nome de Cabodas Tormentas.

Que dizes. do meu chá? perguntei aLuciano que acabava de esvasiar uma chi-cara.

E' soffrivel, respqndeu-me com ar dedesdém.

Entretanto comprei-o em uma casaafamada, tornei-lhe um pouco massado;e paguei-o muito caro.

Meu caro tio, disse Luciano rindo-se,não passais peior do que os outros; paraa Europa não se exporta chá sinão desortes communs, e por conseguinte, nãopodeis conhecer o verdadeiro chá superiorda China, a comparar-se. Eis uma amostrado legitimo Pekoé, disse elle, tirando umpequeno embrulho do bolso; isto é deFokien; quanto ao vosso, é do ordinárioSou-chong, misturado de chá verde, drogamuitas vezes perniciosa, como demons-trarei. Tendo a intenção de commorciarcom o Celeste Império, quando eu fôr ca-pitão de longo curso, quiz estudar nos pro-prios lugares os produetos chinezes, e fuia Fokien, que é o paiz por excellencia paraa producção do chá.

Porém, creio, disse eu, que nenhumeuropeu pôde ir além das cinco portasabertas ao commercio estrangeiro.

E' exacto, disse Luciano, foi por ardile não francamente, que pude penetrar nointerior do paiz. E' necessário dizer-vos

3ue temos a bordo um valente chinez que,

esde a nossa primeira viagem a Cantão,ha quatro annos, foi alistado na equipa-gem ; fosse por algum delicto que commet-tesse. e quizesse escapar á justiça um poucoexpedita dos mandarins, fosse porque acuriosidade o arrastasse para fora de seupaiz ; porém ainda não temos do que nosqueixar durante o tempo de sua estadaentre nós; ao contrario, por seu comporta-mento e intelligencia tem-nos prestadograndes serviços. Seu nome era Tien-fou,e a marinhagem achava graça mudando-oem chien-fou. Um pouco antes de nossachegada a Fou-tebao-fou participei-lhemeu projecto. Elle respondeu-me que erafácil e que estava prompto a acompanhar-me, com a condição de substituir as roupaaeuropéas pelas chinezas.

Alguns dias depois de fundearmos noporto de Fou-tchao-fou, onde deveriamoaficar seis semanas, psdi ao capitão uma li-cença de um mez Elle deu-m'a permittin-do-me levar commigo Tien-fou, e nadamais oppoz-se ao meu projecto; apressei-me em tomar as medidas precisas para asua execução.

Tien-fou encarregou-se de procurar-meum facto chinez, eeu resignei-me a raspara cabeça para que a illusão fopse completa,os barbeiros chinezes são, dizem, os maishábeis do mundo ; mas, ou porque eu con-fiasse em um aprendiz, ou por malícia desua parte, o certo é que o bárbaro corte u-me por tal forma a pelle do craneo que aslagrimas vieram-me aos olhos.

Finalmente, depois de raspar-ma os ca-bsilos excepto os do alto da cabeça,prendeu-lhes um rabicho magnífico quedescia-me até os joelhos. Assim preparadomirei-me no espelho, e tive a vaidade decrer que não era um chinês mais feio doque os outros. A metacnorphose pareceusatisfactoria ao3 olhos de Tien-fou, que in-cumbio-se de alugar uma embarcação mu-nida de remadores, e convencionou-seque eu passaria por elle3 e por todosaquelles com quem tivesse negócios, porum senhor do paiz além da grande mu-ralha. que não fallava seu dialecto, o queme desembp.raçaria.

Na China o grande caminho é o canal, ea carruagem o batei. Estávamos nos pri-meiros dias de Maio ; o tempo era magni-fico Je, aproveitando a cheia, partimos deFou-tchao-fou, para virmos ao centro deFokefn, onde estão situadas as famosasmontanhas ao pé das quaes colhe-se o cháBohea.

Depois da ter atravessado a cidade, ondenão parei sinão por prudência, pude admi-rar a famosa ponte que liga a cidade áseu3 arrabaldes; esta ponte, uma das ma-ravilhas da China, não tem menos d. cemarcos, do mais dc seiscentos metros doextensão. Mais adianta, desembocámos emum grande lago, sobre cujas águas desli-savana centenas de bateis de todos os ta-manhps. Alem abria-se um valle fértil, ba-nhado por cristalinos regatos,descendo dasmontanhas, ao fim do qual elevavam-sesuavemente os primeiros vértices dos mon-tes Bohea. Deixamos o batei, e em algumashoras de caminho, estávamos em plenopaiz da cultura do chá.

Aos nossos olhos desdobrava-se umavista magnífica: collinasverdejant.es arnon-toavam-se umas acima das outras, cober-tas de arvores de chá, e, nas eminênciaserguia-se o tecto ponteagudo do um pa-gode. Eis o fim de nossa viagem ; ahi de-viamos achar mesa e aorazalho. segundodizia Tien-fou, que conhecia, o paiz e seususos. Depois de galgarmos a coluna, vimeso templo atravez da soberba verdura queo cercava. Diante da fachada, cresciamenormes figueiras, das quaes, a folhagem,de um verde esfuro, e 03 rumos que esten-dem-se, offerecem abrigo delicioso contraos raios do sol ardente.Por traz do templo,elevavam-so altos rochedos que o defen-diam contra os ventos do norte. No valle,e sobre o decliva das colunas, via-se umgrande numero de pequenas fazendas,pertencendo muitas aos sacerdotes do pa-gode de Tien-tung. ou templo dos Filhosdo Ceo.

Estávamos ha instantes a admirar essamagnífica paisagem, quando vimos appro-ximar-se um dos padres. Acolheu-nos combenevolência e convidou-nos a repousarem sua casa, que distava pouco, e nós oseguimos. Depois das saudaçõos e cum-primentos do estylo. disse Tein-fou queeu viera para passar alguns dias em Tem-tung, cuja reputação se estendera ató aopaiz longínquo a'que eu pertencia, e ter-minou pediado-lhe de encarregar-se denosso alimento e do quarto, durante queahi estivéssemos O bonzo acceitou, e ti-rindo de seu sacco uma pitada de tabaco,enrolou-a entre o pollegar e o index e meoffereceu para pôr em meu cachimbo;dirigir esta fiaeza é prova de que se é bemvindo. Acceitei, e puz-me logo a fumar ;não sabendo uma palavra de sua lingua,era obrigado a cedel-a a Tein-fou, que, emcompensação, fallava de sobra por nósambos.

Bastará dizer-vos que o chinez tratou-nos admiravelmeute emqúanto estivemosem sua casa, e usou da maior complacen-cia em fazer-me visitar as numerosas piau-tações e fabricas. Era justamente a épochadaeolheita, e eu fui duplamente feliz porpoder assistir assim a todas as operaçõesque fazem encarecer esta estimavel planta.

A arvore do chá é um arbusto que nãoexcede de metro e meio a dous metrôs dealtura, pois que a podam freqüentemente,afim de que as folhas adquiram o maiordesenvolvimento ; porém abandonado a simesmo, é tal como se encontra, por exem-pio, no reino de Assam, onde cresce noestado selvagem e fôrma uma arvore deoito á dez metros de altura. Dá folhas bran-cas, sem odor, muito semelhantes ás dacamelia. Seu frueto é uma côcca um poucoparecida com a noz. e os grãos que contémfornecem uma grande quantidade de azei-te, que os chins empregam paya differentesmisteres, mas por demasiado acre, não zeutilisam na alimentação.

Cultiva-se particularmente o chá sobre odeclive das colinas expostas ao meio dia,e em: terreno uberrimo; as arvores sãoplantadas em forma axadrezada, com dis-tancia uma da oufra de perto de um metro.Dir-serhia ao longs viveiros de arvoresverdes. Logo que os rebentos pb^idoa dasèementes, attingem a três annos, póde-secolher as folhas .' a oito" ou nove anuos es-tão quasi estéreis; então cortasse o troncoque rebrota do pé de numerosas, rs-impo-sições jb produz coletas novas.

Nasjprovincias septentrionaes da Chinacrescaja variedade do chá verde, cujas flores•ompSe-se de nove pétalas; nas plantaçõesdo sul, cultiva-se o chá bom o de -Bohea,que tem flores de seis pétalas ; porém é ex-cè8sivámente variável o numero do pétalase de flores, e não apresentam, caracter bas-rtante para distinguir as duas espécies.

Por Imuito tempo acreditou-se que oschás yeídes do _câmmereio. provinham defolhas1 de !primeira qualidade; çraquantoque oslpretos (cb4s) peçtanoem a mesmaespécie da planta, e que a differença dacór; dp.asoecto, do gosto, que offerecemas diversas sortes de chá, não broCedem Iabsolutamente senão da estação" na qual

gund

colhe-se as folhas e sobretudo das diffe-rentes maneiras da preparação por que asfazem passar. O norte da Chiíia produz chápreto e chá verde, ainda quê ahi não secultive sinão a variedade do chá verde, eno meio dia igualmente com variedadeBohea, as duas espécies de chá.

As explorações são em geral pouco ex-tensas; cada camponez chinez tem sua pe-quena plantação ou seu jardim de chá, queproduz bastante para os gastos da casa, e osupérfluo, que vende, dá-lhe para supprirás outras necessidades da vida.

As paquenas fazendas chinezas das re-giões montanhosas de Fokein, são muitosimples e mesmo um pouco grosseiras emsua construcção ; ellas recordam as que sevêm na Baixa Bretanha, onde as vaccas eos porcos vivem e comem em confusão coma familia do pastor.

E' entretanto nessas habitações tão po-bres que se prepara a grande parte do cháque, sob nomes campanudos, penetram nasmais ricas casas da Europa.

A primeira operação é da colheita dasfolhas. Nada é mais*agradavel do que veruma familia chineza oecupada na colheitado chá. O chefe dirige os trabalhos de seusdescendentes, dos quaes muitos homens emulheres, no vigor da idade, emqúantoque outros tocam ainda a infância. Emtorno, os meninos formando risonhos comseus costumes estranhos grupos dosmais pittoreseos. Em honra da nação chi-neza, todos no paiz amam e respeitam avelhice ; o chefe da familia é consideradopor todos com orgulho e attenção, e suadecrepítude, e seus cabellos brancos, sãovenerados e queridos I

Nas montanhas de Fokien a primeiracolheita das folhas tem lugar no começode Abril. Os arbustos cobrem-se então dêbotões apenas abert.s. Estas primeiras fo-lhas de primavera são revestidas de umatênue camada branca e formam uma espe-cie de chá delicadíssimo, e muito estimadodos chins, que lhe dão o nome de Pak-ho(cimo-branco).

E' elle reservado para os mandarins, queo enviam em três papeisinhos a seus ami-gos. Sua colheita prejudica muito as plan-tações: por isso é rarissimo e muito caro,e quasi nunca importam-o á Europa. Osque vendem com esse nome, são de preçoelevado, e não passam da escolha da sê-

colheita.Um mez depois da primeira colheita,

isto é no começo de Maio, os arbustos eo-brem-se novamente de folhas, e pTepara-sea segunda colheita, que é a mais impor-tante da estação, e dá ainda um chá muiestimado na.Europa, chamado Sou-chong.Os chinezes o escolhem com cuidado, se-parando as folhas mais largas e grossas,ou as que são mal enroladas para formaruma terceira sorte menos apreciada, a quechamam Congou.

A terceira e ultima colheita, que é or-dinarinmente no meiado de Julho, produzum chá inferior, cuja folha maior é maisdura, contem mais larga proporção defibra linhosa que 03 outros chás.

E' o cha bom ou bocha.Depois do que o nosso bonzo diz a Tien-

fou, a arvore do chá é cultivada por toda aparte nessas regiões e muitas vezísnas !o-calidades quasi inaccassiveis, sobre ospincaros dos rochedos e declives a pique,onde é preciso empregar correntes e cordaspara suster os homens que vão colher asfolhas das arvorc-s que crescera em seme-Ibantes posições. E' certo mesmo que emalgumas partes bastante selvagens destasmontanhas, emprega-se macacos nessetrabalho, do Sf-guiute modo : esses animaesdetestam a fadiga, e não subioettem-üe vo-luntariumente a colher as folhas; porémlogo que chega a oceasião da colheita, oschinezes põa-se a atirar-lhes pedras; osmacacos enraiveeem-se e rcspqndém-lhequebrando os troncos das arvores, e ati-rando-os a cabeça de seus inimigos, e assimse faz a colheita.

Repugna-me pensar que, t:<do idolatraque era, o padre chinez quiz -sse zombarde nós, porém julgo poder afilrmar que acolheita conseguida por meio, de cordas ede macacos não é importante. A maiorparte da colheita de chá recolhe-se sobreas collinas ou chapadas das quaes o soloé enriquecido pelas substancias vegetaese outros depósitos, que ahi são conduzidospelas chuvas.

Nos lugares áridos vê-se bem pouco des-sas arvores.

Faz-se a colheita em tempo secco ; nadaofferece de particular.

Arrancam-se as folhas rapidamente e semordem, e lança-se em cestas redondas fei-tas espressamente de bambus ou de palhatrançada. Logo que colhem uma quantidadeconsiderável de folhas, transportam-se áfazenda onde devem ter lugar í-,s operaçõesde seccar e enrolar.

Terminadas estas, o chá é separado, reu-nido e dividido ._m quantidades differentes,segundo a pequenez e igualdade das folhas,o que depende de cuidado, sobretudo,desde que o chá é destinado a mercadosestrangeiros, porque o valor desse trabalhoestá na pequenez e igualdade da folha

Como disse-vos, faz-se da mesma planta-ção e com as mesmas folhas o chá verde epreto á vontade; o chá preto carece estarmuito tempo exposto ao ar, uma torrofac-ção mais prolongada, emqúanto que, ásua dessecação mano^ rápida e menos com-pleta. deve o chá v.rde a sua- côr clsra,sabor acre e sua acção irritante, pois queconservou uma pequena porção de seussuecos especia.s, mas nunca, como so pro-pala, porque fosse preparado sobre chapasde cobre.

E' por isso ainda, entretanto, qua o cháverde, tal como o produzem os chinezes, éo mais importado com esse nome "na

Eu-ropa. Antes de o mandar para o estran-geiro, fazem-o passar por um novo pro-cesso que tem por fim dar-lhe.;? a bella côrde um verde azulado, e3te brilho tão r.dmi-rado na Europa e na America.

E' principalmente na província de Can-tão donde são exportados esses produetos,na sua máxima parte, destinados aos mer-cados estrangeiros, que dá-se-lhe esta pre-paração, consistes ella em uma mistura der.zul da Prússia e gesso em certa quanti-dn de com as folhas, e agital-as era caldei-ras accesas.

Os chinezes não empregam nunca essesprocessos de tiutura para o chi res^rv^doáo consumo próprio ; não o fazem sinãopara satisfazer o gosto dos bárbaros, comoelles nos chamam; é uma maneira d : ornarsua mercadoria, e creio também q^e ellesnos forneceriam cháazulouaraareilo, ver-melho, roxo. si o exigisse o nosso g -sto.

O cha verde é por si mesmo acre e irri-tante, e a matéria colorante que os chine-zes lhe ajuntam, inda que em quantidadelimitada, não deixa de augmentar suas pro-priedades del.terias, porque o azul d;.Prússia, combinação de ácido prussico eferro, é um veneno !

Tomado á noite, o chá verde agit-ie pr.r-turba o somno, e seu uso constante, prin-cipalmente para as pessoas que são excita-veis e nervosas, arrasta muitas v.zes agraves accidentes. Pode oceasionar verti-gens, dores de estômago, palpitaçõ^s decoração, tremores neivosos, e por conse-guinte, emagrecimento mais ou menosconsiderável e uma fraqueza geral Por ou -tro lado o chá verde presta-se muito maisque o chá preto á falsificação. Quando oschinezes tem chá avariado, nãò faz.m omsnor escrúpulo em transforma.!-o em cháverde da melhor apparençia, por meio doazul da Prússia.

O chá; depois do fabrico, é entregue emgrandespeneiros chatos a mulheres e crian-ças, que o escolhem com cuidado, rejei-tando as folhas mal enroladas o de mácôr, e as passam em crives de diversasgrossuras. Vendera-^as depois como quali-dade mais ou menos superior, segundo aflnura da folha.

O chá verde se divide, como o, ouã pre-to, em quatro sortes principaes: o Hyson(flor da primavera) é para o chá verde cque o Pekoé e para o preto ; a folha é tenrae apenas despontada ; esta espécie, á qualdá-se também o nome de chá imperial. £.reservado para a corte e para os çaanefa-rins, e não se exporta. Seguo-.se depois qChocha (chá pérola} que nós chamfvmoapólvora de espingarda por causa de suaappar-etieia. E' um chá muito estimado,éomposto de uma esjiqlha de folhas ten-ras, e melhor enroladas; sua preparaçãoexige muito trabalho, ê raro e caríssimo.fy terceira sorte, que compQs-ae de folhasrejeitadas, da primeira, escolha de Coocha.e a quarta, coshecida vulgarmente porTwanhaj, e o mais comnuim dos chásverdes;. -í

da colheita e preparação do chá, longasfileiras de carregadores descerem a aldeiaou subirem a montanha como um formi-

gueiro. Cada carregador tem aos hombrosum grande bambu, traz duas caixas sus-

pensas em equilíbrio nas duas extremi-

Para que o chá se conserve inalterável,deve não só ser abrigado da humidadecomo ainda do contacto do ar e da luz, eser bem acondicionado ; torna-se duranl.algum tempo' de qualidade superior.

Os chinezes fazem remontar o uso dochá em seu paiz muito além da éra christã ;é sua habitual bebida, porem o tomamsem assucar e'sem leite. Quando um chinezquer tomar uma chicara de chá, lançaumas poucas de folhas em uma pequenachicara destinada a esse fim. põe água fer-vendo, cobre-a, deixa de infusão até as-sentar e espera que fique completamentefrio para beber.

Eis o que contou-me sobre o chá o meusobrinho Luciano, de quem eu ia desfa-zendo o rancor a respeito de sua apreciaçãodesdenhosa sobre o meu Souchong, á por-porção que elle forhecia-me assumpto paraencher meu quaderno de papel sem maiscocar a orelha. Despedindo-se promet-teü-me novos apontamentos relativos áindustria chineza; sua tenção era voltardentro em pouco para o celeste Império, efazer uma nova viagem ao interior.

Algumas palavras sobre a introduecãodo chá na Europa e suas propriedades com-pletaram esta curta historia do chá.

Não remonta além do XVII século a in-troduceão do chá na Europa. Foram oshollandezès o único povo do Occidente aquem as portas da China e do Japãooutr'ora estavam abertas, que fizeram co-nhecer as propriedades do chá. Da Holla-nda passou á Inglaterra, e depois succ.ssi-vamenteaos outros povos da Europa.

Os inglezes que. em nossos dias, conso-mem mais de trinta milhões de kilogram-mos de chá, nem mesmo o conheciam em1674, épocha em que pela primeira vez, agrande companhia das índias, querendofazer um presente ao rei Carlos II, í-jz virem grandes frascos vinte libras de ch i, quecustaram 80 libras.

Não foi sinão muito mais tarde que ochá introduzio-se em França, e por muitotempo conservou-se nas pharmacias comomedicamento precioso e raro, e salvo tal-vez os médicos e alguns sábios, ninguémsabia como o preparar.

Conta-se que um capitão de navio vol-tando da uma viagem á China, mandara depresente á senhora de um de seus amigosum pacote de chá, sem indicar a maneirade o tomar, a senhora apressou-se em con-vidar as pessoas de sua amizade para apre-ciarem esse novo petisco.

Depois de longa conferência com suacozinheira, em lupar de offfireeer a seusconvivas a infusão do chá, ofiereceu-lhe asfolhas cosidas, competentemente prepa-radas á laia de espinafres. E'inútil aceres-eentarque todos os convivas se admiraramdo mau gosto dos chinezes. Entretanto éo que fazem muitas povoações do Indo-China.

Jacquemont, nas notáveis cartas escri-ptas sobre a índia, falia de sua admiraçãoao chegar a esse paiz, vendo os habitantesdeitarem fora a água do chá, e comerem asfolhas como verdadeiro legume.

O chá é na realidade essencialmente ali-menticio ; é uma das plantas mais azotadasdo reino vegetal; e é certo que, quando asfolhas são consumidas coma infusão, con-stitue alimento mais nutritivo que a maiorparte dos outros produetos vegetaes. Comleite e assucar, o chá é alimento nutritivo esaudável ás pessoas que o usam constante-mente.

Tomado simples, e sem mistura, o chápreto tem propriedades torneis o diges-tivas e rivalisa com o café. Produz excirtação benéfica-, combate o enfraquecimentocausado pela dieta, pelo frio, pela tristeza;tem sido preciosa acquisição para os hol-landezes, inglezes. russos, e outros povosdo Norte que vivem nas regiões cobertasde nevoeiros durante uma parte do anuo.O uso constante do chá não convém, entre-tanto, a todos os temperamentos; as pes-soas de uma constituição secca e nervosa,sobretude as mulheres fracas e excitaveis,devem abster-se, ou, pelo menos, corri-gir-lhe a demasiada actividade, deitando-lhe uma pequena quantidade de leite.

(Extrahido.)

mm ne

11 de Agosto de 1875.{§isp_r<_5S2_>o f-T-SiU-saa! «5e -Eiasâíça

Expediente. Officios dos.presidentes dasprovíncias:

Do Rio de Janeiro, aceusando o recebi-mento das portarias remettidas aos juizesde direito Manoel Pedro Alvares MoreiraVillaboim e Eduardo Pindahyba de Mattos.

De Minas Geraes, que o juiz municipale de orphãos de Cabo Verde entrou emexercício: que o Dr. Aurélio A. Pires Ca-margo entrou em exercício no cargo dacomarca de Diamantina : que o Dr. LuizGomes Ribeiro -'iitrou am exercício na co-marca de Jequitinhonha.

Que concedeu dous mezes de licença aoDr. Carlos Honorio Bf-nedicto Ottoni,°juizmunicipal e de orphãos da Diamantina';que o Dr. Antônio Torquato Fortes .Tun-queira entrou no gozo da prorogação delicença.

Quê nomoou o Dr. Luiz Vieira de Re-zende e Silva para o cargo de promotor dacomarca d° Muriahé; que nomeou o Dr.José de Av-dlar Figueira para promotorpublico da comarca do Rio Verde ; que re-moveu o promotor publico da comarca deMuriahé paia a de Barbacena.

De Goyaz, que o Dr. Joaquim Felix cieSouz i deixou o cargo de cheia de policia eque nelle entrou em exercício o Dr. .Toro-nymo José de Campos Curado Fleury,—que o Dr. Antônio Felix de Bulhões .Tardimentrou no exercício da comarca do Rio dasAlmas e qu^ o Dr. Evaristo Rodrigues daSilva Carvalho reassumiò o cargo de juizmunicipal e cie orphãos do termo de J&rfi-guá.

Que o Dr. Benedicto Fídix da Souza juizd;i 2a vara da capital foi tomar assento na.Relação passando ao juiz da Ia.

Certidões do.exercicip do juiz do direitoda camárcá do Rio S. Francisco Xavier ecio da Villa deS. Cruz, em Goyaz.

Mándou-s.e ajuntar aos autos a respostado presidente Dr. Domingos Monteiro Pei-:coto a queixa contra elle dada pelo Dr.Miguel Gomes de Figueiredo.

Exposições. Foram expostas a* revistasn. 8,749 pelo Sr. Veiga,, n. 2,223 pelo Sr.Coito, n. 8.739 pelo Sr. Messias cie Leão,n. 2,221 pelo Sr. Albuquerque, n. 8,745pslo Sr. Costa Pinto,

JulgamentosHabeas corpvs. N. 169. Corte. Suppliean-

te o paciente Antônio Ferreira cia CostaPorto. Relator o Sr. Barboza. Concederama ordem para que seja o püeier.te apre-sentado na conferência do dia 14 ás 10horas da manhã, dando esclarecimentos ojuiz da 1-* Vara Cõmmercial que ordenou aprisão, contra o voto dos Srs. Messias deL°ão, Simões e Veiga.

Revista crims. N. 2,218 S. Fidelis. R. Dr.José Ricardo Gorn^s de Carvalho. R Ho-norio Francisco ífevi-eira Camboim. Conce-deram a revista designando a Relação deS. Paulo para novo julgamento.

Passagens. Ao Sr. Barão de Montserrate8,749; ao Sr. Pereira Monteiro 2,223; ao Sr.Cerqueira 8,739.—-Ao Sr. Costa Pinto S.730,2,221.—Ao Sí. Coito S,7áõ—Ao Sr.Santiago8,718.-«Ao Sr. Villares 8,740 :—Ao Sr. Si-mòes 8,721,

Causas com á-ia.N. 8,708. Ao Sr. Barão deMontserrate. N. 8,709 ao Sr. Mariani. N.8,705 ao Sr. Coit.<_. ; ao Sr. Cerqujira. N.8,726.

A. Maria Benedicta Rangel Lopes Du-que Estrada. R. Antônio Rodrigues do Ro-sario Vasconcellos. Recebidos os artigos deopposição dê-se vista ás partes.

Penhora. A. Pedro de Oliveira Santos.R. José Rodrigues Barrozo. Recebidos osembargos somente para julgar o"autor comdireito aos alugueis de 20$ mensaes.

Execuções. E. José Maria Pinto Guerra.E. Feliciano, liberto. Vista ás partes.—E..lüáo Durão Annaes e outro3. E. major Vir-gilio Fogaça da Silva. Recebida a appel-lacão em um só effeito.

Inventario. F. Gertrudes Maria Pereirada Luz. I. Antônio Maria da Luz. Junteconhecimento da décima e a carta de li-berdade dos escravos.

ESCRIVÃO O SB. N. BJlA.ND.-O

Protesto. S. Manoel Gomes de Almeida.S. a Illma. Câmara Municipal. Julgado porsentença o contra-protosto.

Notificaçõesl N- Francisco Cláudio Al-vares de Andrade, por si e como procura-dor de D. Maria Carlota de Seixas SoutoMaior. N. Antônio de Mattos. Dê-se valorá causa.

N. Porcina Maria da Silva Soares. N. oRvm. cabido. Respondido o aggravo.

Acção de obra nova. A. a Ordem Terceirade Nossa Senhora do Monte do Carmo. R.o proprietário do prédio visinho do de n. 103da rua de Gonçalves Dias. Julgado por sen-tença o accordo.

Acção de liberdade. A. Pedro, preto, es-cravo. R. Elias Ferreira Drumond. Dè-sevalor á causa.

Penhora- A. Joaquim Corrêa da Silva.R. Theotonio Gomes Braga. Julgado porsentença o accordo e quitação.

Libellos. A. Luiz Teixeira Marques. R.Manoel Francisco Fraga. Respondido o ag-gravo sem ser reparado.

A. Agostinho de Almeida Figueiredo.R. Gonçalo Pinto de Magalhães. Informeo escrivão sobre o termo de autoação

A. Jo^ó Maria de Castro, testamenteirodos bens de Caetano Fernandes. R.ManoelFernandes Parente. Ponha-se em prova.

A. Francisco Caetano da Silva Rocha.R. Antônio de Albuquerque Muniz Tello eseus irmãos. Rejeitada a excepeão de cousajulgada, vão os autos com vista aos réos.

A. Joanna Rabello Felix. R. JoaquimTeixeira da Silva Monteiro. Julgado o au-tor carecedor de acção.

A. Manoel Alves cie Oliveira Pereira. R.Dr. José da Silveira Torres. Vista ás partes.

Justificação para embargos. J. AntônioVieira da Silva Laurentino. J. Cândida Es-peron. Recebidos os embargos e contesta-ção em prova.

Execuções E. Carlos Augusto Pfaltz-graff. E. Henriqueta Nolding Gietz. Vistaás partes.

E. Manoel José Pires Lobanco Braga. E.Luiz José Pereira. Cardozo e sua mulher.Diga a parte em 48 horas.

È. Francisco Martins da Costa. E. Ma-noel Thomaz Joaé dos Santos. Recebida acontrariedade em prova.

Tercs-sra "slrí--\a Cave!ESCRIVÃO O SR. FRANÇA.

Acção de despejo. A. Zeferino José daRocha. R. Murgá & C. Julgado por sen-fcença. o lançamento.

Acção ordinária. A. Francisco da Si-queira. B.. Gertrudes Vieira Ribeiro. Jul-gada improcedente a acção. condemnado oautor nas custas.

Seqüestro. A. o B-ino Predial. R. Fran-cisco de Paula e Souza Faria e sua mulher. •Homologada a conciliação.

AúJ;os"despachados pêlo Dr. juiz substi-tuto.

Vistoria. S. Antônio Torquato MartinsRibeiro. S. Joaquim Marques Lameira.Julgado por sentença.

Libello. A. Albino Franciscr» da SilvaCoimbra. R.Manoel Tavares de Oliveira.Ao Dr. juiz de direito.

.] Executivo por honorários. A. Dr. AntônioAugusto César <?e Azevedo, R. Tristão Ra-mos da Silva. Reduza-se a termo o ac-cordo.

ESCRIVÃO O SR. L. BRANDÃOJustificação para autorização. J. Geno-

rosa Rosa de Jeaus Costa. Julgüda proce-dente.Acção de dez dias. A, Manoel Francisco

Ferro. R. Joaquim Alves de Oliveira Gui-marães Condemnado o réo.

Acção summaria. A. Azevedo Lima & C.R. José Pedro de Araújo Saragoca. Cum-pra-se o despacho de fi. 39.

Acção de liberdade. A. Eliza por seu cu-rador o Dr. Antônio Augusto César de Aze-vedo. R. José Gonçalves Vieira. Satisfeitasas exigências requéridaspola autora voltem.

Arbitramento. A. Dr. Manoel da GamaLobo. R. oshrrdeiros do major Manoel Joa-quim Pereira Pinto Sayão. Julgado por sen-tença o lançamento.

Autos despachados pelo Dr. juiz substi-tuto.

Libellos. A. Josó Augusto da Silva Freitase A. Hyvernat & C. R. Nicoláo Henrique.Soares e sua mulher. Ao Dr. juiz de di-reito.

Acção ãe liberdade. A. Marianna, por seucurador o Dr. Manoel Odorico Mendes. Lou-vem-se as partes em módicos que procedamao exame requerido.

Inventário. F. Antônio Pimenta da SilvaI. Segismundo José dc Carvalhal. Ao Drjuiz de direito

a ultima colheita, a das folhasgrandes e madurf\g,, O chá tem por si mesmo um aroma par-ticular bastante agradável, mas os chinezestêm por costume perfumar suas espéciesfinas e misturar differentes sortes de floresodoriferás; ás que mais freqüentementeempregam sao a rosa-ehá, a camèlia-sanguáe a oliveira cheirosa.

Misturam essas flores frescas eom o cháséccò, da sorte que este se impregna mai3facilmente de odô.res, e as conserva durantemuitog. annos, tendo-se o cuidado de o con-aervar hermeticamente fechado.

O chá, completamente preparado, é postoem caixas de pau envernizada.., forradasinteriormente de lâminas de chumbo, e éassim que nol-as trazem por intermédiodo commercio. E' curioso de vêr-se, depois

iPí-meir» Vara CivelESÒÜIVÃÔ O SR. LEITE

. Acções summarias. A. Dr. João Baptistados Santos. R. Cândido Soares de Mello.Condemnado o réo.—A. Vasconcellos & C.R. Antônio Joaquim da Silva» Condem-nado o réo.

Libelos. A. Adolfo Martins de Souza.R. Manoel Francisco da Silva Moreira. De-ferida a cota concedidos os dias da lei.—A. Fran-isco Freire de Oliveira. R..For-tuné Segond & Alves. Recebida a appel-lação em ambos os effeitos.

A. José Alves de Oliveira Bastos. R. Jo-sé Maria dos Santos Carvalho, testamen-t°iro do finado José Francisco da SilvaVasconcellos. Julgado o autor carecedorde acção.

A. Manoel José Alves da Silva. R. Gas-par Pinto. Rejfitada a excepção deincom-petencia.

,- Precatória para. seqüestro. S. London andBràsilian Bank Limited. S Vergueiro &C.|Socieda<síe Agricola de S. Paulo. Cum-pra-se o accórdão.

Acção ãe deposita. A. Gonçalves & Barros.R. Sebastião Fernandes dé*Andrade Silva.Indeferida a petição do réo.

jícções de obras novas. A. Joaquim JoséRodrigues Torres. R. Presciliana CeciliaCortèz. Rejeitados os embargos, subsistaa sentença.

«Jaary «ia CorteIa SESSÃO PREPARATÓRIA.

Presidência, do Sr. desembargaã r FariaLemos.—\t Promotor Dr. Fernandes ãeOliveira.—Escrivão Cd?ninha.Compareceram 10 jurados.Foram sorteados mais os Sra. Antônio

José Ramos, Antônio José Coelho, Anto-mo José do Andrade Corre-., Autonio Ma-na do Castro, Antônio Manoel MeunierGonçalves, Antônio José de Souza, CarlosDomingos dê Souza Caldas, Enéas Justo deBarros Torreão, Francisco Rodrigues Fer-reira; Francisco J. da Cruz, José Rufino deAzevedo, J.-.?é B. Rogério, José VirgílioRamos do a z°.vedo, José Cornelio dos San-tos, DV. José Marques de Gouvêa, JoséCardozo Dantas, José Ferreira de Aze-veao, João José de Oliveira Passos, JoãoAntônio Lopes Marinho, .loão José daSilva Soares. João Baptista Pereira Lima,João Rodrigues da Cunha, João Du-arte Galvão, João José Lisboa, JoaquimJosò Cardozo Guimarães, Joaquim JoséTorquato, Ignacio Alves de Sá Barreto ,Lourenço Maximiano Pecrgueiro' Luiz An-tonio Martins, Luiz Pedro de AlcântaraCopíoba, Leopoldo Augusto Rodrigues daSilva, Lecpoldino José Barboza, LuizCornelio dos Santos, Dr. Manoel Alves daSilva e Sá, Manoel Augusto de CastroMenezes. Manoel Ferreira de Araújo, Ma-noel José de Oliveira e VaLntim FranciscoRodim.

Ficaram dispensados os Srs. Albino deSanfAnna Rosa e Dr. Carlos Tito Callado.

-12 de Agosto de 1875.Ta*_.3i32_al do Co__-_-aispe5o

Requerimentos. De Olavo Marcondes Re-zende e João da Costa Ferreira Mondego,pedindo para serem admittidos á matriculade commerciante. Deferidos.

De João Villaça & C.; Moreira & Silva,pedindo novos termos nos seus livros. De-feridos.

Concedeu-se mais 60 dias a Domino-osLopes do Amaral e Silva para apresentara carta do bergantim Santa Rita.

Mandou-se com vista ao Sr. conselheirofiscal o requerimento de Alfredo ThomazWhateley e outros, pedindo para ser re-gistrado o contrato de sociedade em com-mandita que apresentaram.

Primeira Vara de QrpbãosESCRIVÃO O SR. FRANÇA LEITE

Justificação para tutalli. J. Maria Cus-todia da Encarnação Mello. Julgada pro-cedente: nomeada tutora a justificante!Inventários, F. Antônio Pereira LeiteGuimarães. Julgada por sentença a sobre-paralha.—F. João Ferreira Corrêa. Rece-bida a petição de fls. 26 como embarg-os ásentença. &

Autos despachados pelo Dr. juiz sub-stituto.Inveutarios. F. Maria da Conceição Ca-minha Na fôrma do officio do Dr. Curador

geral ficando sem effeito a notificação.F. José Luiz Madey. Ao Dr. juiz de di-

£-fltc_.r~ F- -^'guel Fernandes Dias Vianna.Na forma do officio, tome-se o termo dsencerramento com ss declaraçõs exigidaB ;dê-se vista aos interessados.,.r.F;-Jo&ô Antunes di Costa. Concedidos40 dias. - F. Carolina Schort Netto dosReis. Satisfaça-se a exigência do Dr. cura-dor geral. -¦- F. Antônio Jo=é RodriguesTorres S,brinho. Ao Dr. cui- d .r"cra]-na»fSnr?ar- Pe.SROaJd°ae<V Eustanda-se o ef-reito da intimacão.

F. Maria Cândida Baptista TeixeiraF. Mana Cândida Ferreira Pinto. A?b7S°PPS-P'

Pedro Antônio Rodrf:feUressaPdo°sC.eda"Se

& g?g?

citados * 4Tutella.—S. Joaquim de Almeida r>«^dozo. Ao Dr. Juiz íe direito. Car~

- ¦ ¦. sMrêi.

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£ajggg»HM«M*';'m.wa«mija^^

o GLOBO: — Rio, ae Janeiro, Sabbado 14 deAgosto â© 1ST2S

Prestação ãe contas. S. Firmianna Joa-quina Villarinho e Sá. Satisfaçam-se as di-hgencias requeridas.

ESCRIVÃO O SR. PENNAInventários. F. Antônio Francisco Cha-

veB. Desontranhe-se as petições de fls. 240e 207 subam.a conclusão.—F. HenriqueJosé Coimbra. Emancipado o herdeiro.

Praça, S. CoBta Veiga & C. Recebida aappellação em um só eifeito.

Autos despachados pelo Dr. Juiz substi-tuto.

Inventários. F. Domingos Baptista. No-meado inventariante o Dr. Antônio JoséFernandes de Oliveira, —F. Domingos Lou-renço Gomes de Carvalho. F. Antônio Joa-quim Rangel de Azevedo. Digam os in-teressados.

F. Júlio Theodoro Marques de Miranda.F. Antônio de Oliveira Rocha. Proceda-sea partilha.—F. José Bettamio. Ao Dr. eu-rrulor gorai.

F- José Viriato de Freitas. F. BernardoJosé Pereira. F. Antônio do Menezes Vas-concellos do Drummond. F. Manoel FerreiraLagos. Ao Dr. juiz de direito.

F. Manoel Pereira Bravo. Ao Dr. juiz dedireito.—F. Joaquim Moreno. F. PoiucenaMarques Dias. F. João Fmser Jaekson. F.Antônio Thomé de Moura. F. LoureneoJustiniano Jardim. F. José Luiz Mende3Guimarães. F. Bernardo Coelho Faria. F.Adelaide Carolina Taylor. F. Cândido Fer-nandes Machado. F. Pedro Alvos de Casti-lho. F. Antônio Pereira Leite Junior. F.Custodio Elias de Barros. Intime-se os in-ventariantes para concluir os inventários.

Contis. S. João Bernardo Nogueira daSilva, tutor da menor Aana, illka do Ba-rão de Urugnayuna. — O rnesrno, como tu-tor do menor Carlos Gamboa. Ao Sr. Dr.curador geral. — S. o mesmo, como tutordo menor Francisco, filho do Barão da Um-gusyana. Ao Dr. juiz de direito.

zes, Francisco Teixeira Dantas, José Joa-

quim da Silva Ribeiro Junior, Dr. JoséMaria de Mattos Guahyba, José Joaquimdo Carmo, José Joaquim de Noronha,José Patrício Ramos, José Maria de Car-valho, João Fernandes Alves, João daSilva Lemos, João Constantino Lobo Bo-telho, Joaquim Antônio Ribeiro da Fon-seca. Luiz Antônio da Silva Mendes, LuizLeoncio Gonçalves Nunes, M. Joaquim daCosta e Sá Junior, Pedro Joaquim Mar-quês, Severiano José de Siqueira e SimãoJoaquim Velloso.

Foram dispensados os Srs. Carlos Do-mingos de Souza Caldos e Manoel José deOliveira por doentes e José Antônio Corrêade Mello por já ter servido.

S'aS.sai^.XIS^2r*TT£j.7 V:.^3írSS^SZZ:

ÕSSio AIsilio, sabida ges»»?,

eSuSzo ú<o /•lusei&íes.ESCRIVÃO O SR. RABELLO.

Aeção ordinária. A. José Furtado Rodri-gueí. RR. o Dr. procurador dos feitos e oDr. curalor das lieranç is. Julgada a aeçãoprocedente e declarado habilitado o autor

Habilitação. S. Emiliana Teixeira. SS. oDr. procurador dos feitos e o curador dasheranças, representantes do ausente Gui-lherme. Indeferido o requerimento da ha-bilitinda, siga a causa seus termos.

Autos despachados pelo Dr. juiz substi-tuto.

Habilitações. S. Pedro Rodrigues BrancoVianna. SS. o Dr. curador das heranças eDr. procurador dos feitos, representantedo espolio de Pedro José Corrêa Vianna..1 inte o autor as certidões exigidas peloDr. procurador dos feitos.

S. Antônio Soares de Castro. Opps. Ale-rxandre Luiz da Costi Prates e outros. In-deforido o requerimento de fl. 4l.) v., dé-sevista ao Dr procurador d^s feitos.

Colíe?hoje.

Modas, rompas Sinas c modiasfrancezas para homens e meninos, 36 ruade tí. José, Alexandre de Almeida, sueces-sor da antiga casa de Freire & C.—Oíierecesempre esta antiga casa o mais importantesortimento qu-i se pôde desejar no artigode roupas tinas de primeira moda parahomens e meninos, por preços incontes-tavelmente módicos.

Empreza áe Casnrss de FePE*o «IeSnciía Tíaejreza.— Previne-se aosH39ííE*a.íiloí°sis íSos 5»;a.SrK"03 íio SS.ua.-«Êiaapío, íP;r.aiíta Blattos, e CidadeWova, ejíne os carros desta caia-preza circularão entre o largocüa S-aps», e sas ruas tãss EiacIiaeHoIRexemcte Ú.&.& fi S boras da manhããtê á talei» noite «?.«>, nlsa AS docorrente, festa cí« Kos«a Ss^üíEiíís-pjí. nina, •aioã'ãa ; eosn o intervallode S> euãuiutos eisíre «Badcs carro :

W.JB. As taboietas & «s pSiaróetotiesÉes caa-ros serãa «Ia còs* lazsul.

Matadouro PuMico. Wts> «Ma e^do corrente cortaram-se neste estabele-cimenta, para o consumo, 215 rezes, queforam vendidas ao preço de 2-10 a 380 rs. okilo.

— No dia 13 do corrente cortaram-sene?v.e estabelecimento, para o consumo,2~0 rezes, que foram vendidas ao preço de200 a SSO rs. o kilo.

Scgumla Vara Civel.

ESCRIVÃO O SR. SILVA JUNIOR.

Justificação. J. Manoel Alexandre de Me-nezes. Julgada por sentença.

Acção summaria. A João José cie Olivei-ra. Li. João Felix Vidal. Condjninado oréo.

Manutenção. S. Benedicta por seu curadoro Dr. João Guedes de Carvalho. S. (-IaraMoutinho Gomes da Silva. Diga o cura-dor.

Acções ãe liberdade. A. Fclicift, por seucunwlor. li. Anna Joaquina do Espirito-Santo. Julgado o lançamento por senten-<m._/V. Maria n nua (ilha Itozalina por HOUlüirador o Dr. Jansen Junior U. Manoel dalAIva Queiroz.

P.r.erutino S. José Oovrôl Carvalho. R.Antônio Alvos daSilva, 0* embargante.O mesmo em prova.

fAballo A. HenriquetaVígantc. R. RomSoPiniiiv. dou Santos. Fica anuignado o prazodcHdían na fôrma do requerido pelo réo.

ãhbl i UÍtiálJik)

TnylorEm prova.

Di.Tcnt-.rio. F. Manool José de Souza Vi-«..ira o sua- mulher. 1. Manool José de SouzaVieira Junior. Digam os intoresfindos.

Apprllaçiio civel. A. Josó Luiz de Ávila.

A. Albino Fernandes de Castro. Negado

provimento, confirmada a sentença.

KSCiaVÃO O SR. ALBUQUERQUE.

Acções de liberãade. A. Balbina. R.An-

n-edo Custodio da Rocha Medrado. Proce.-.a-

«r. na" fôrma da petição.-A. Maria, nor

Peu curador, li. lil-ni Dsglkme. Diga o Dr.

curador. , ., ,\ Agostinho, nor seu curador. 14 Uai-

bina A. M. dos Santos e outros. Reduz-:.-

se a termo a declaração.\ca~o simmarii. AA. Barroso Carvalho

& Cordeiro R. Antônio Moreira dos San-

de. Cumpra se o despacho (ie,

ISanucfl» Predial 1'B)

(continuação)O governo imperial é o primei;o a reco-

nhecer a urgente necessidade de tomar

medidas promptas e eíficazes para susten-

tar e fazer pro-perar a lavoura ; o parla-mento açode ao brado que neste sentido detoda parte se levanta ; uma commissão es-

pecial encarregada de estudar a matériaapresenta o seu trabalho : a imprensa to-

dos os dias oecupa a attenção geral di.e.cii-tindo esta questão de tanto momento , mui •

tos cida-ãos, estranhos até á pratica desta

especialidade, oílv.recem projectjs referen-tes a as--umpto de tanta magnitude, o es-

pirito puhlico pronuncia-s", portanto, ma-

ni lesta mente. pela. adopolío de um meio

que tranquillízo o pai/, do f.obresnlto cm

que o trazem o prosonfo o o porvir.Quando todoa anoim buscam concorrer

corn uma «pinta de rbiipi Borviçou para a ho-luçíio de um problema que a todoa inte-ro.isa, não H';rá de '•htratihar-Hoque nón,

Rio de Janeiro, com agencias nas cidades

desta provincia e de outras onde se enten-

desse mais necessário estabelecel-as.

Nas capitães das províncias de primeiraordem, em que mais conveniente fosse jul-

gada a existência dos mesmos estabeleci-

mentos, ficariam creados outros tantos

bancos modelados em tudo pelo banco da

capital do Império, com agencias nas capi-

taes das províncias de ordem inferior, qne

lhes fossem mais próximas.As agencias das cidades, "qne se corres-

pondessem com o banco central e com os

bancos provinciaes, seriam sem apparatos

de estabelecimentos bancários e simples-

mente pontos intermediários, onde apre-

sentariam suas propostas os pretendentesa empréstimos. Todas estas agencias rece-

beriam do banco da capital do Império e

dos provinciaes instrucções de accordo com

o plano geral destes estabelecimentos, e

remetteriam aos respectivos bancos as pro-

poptas acompanhadas de todos os documen-

tos, informações e avaliações indispensa-

veis, segundo uma minuciosa relação de

quesitos formulados pelo banco central e

provinciaes. Estas agencias poderiam ser

representadas por deus ou tres cidadãos

escolhido? pelos bancos, e que por esse

trabalho receberiam uma porcentagem.O banco da corte e os estabelecidos nas

províncias de primeira ordem estariam su-

jeitos ao Ministério da Fazenda, exercendo

immediata e suprema inspecçao sobre estes

ultimes o presidente de provincia. O ins-

pector da thesouraria gjral e outro cidadão

nomeado pelo presidente da provincia se-

riam os físcaes de taes bancos. No banco

da capital do Império seriam fiscaes dous

funecionarios. da alta administração do

thesouro, e outro cidadão nomeado pelo

Ministério da Fazenda. Todos estes fiscaes,

tanto na corte como nus províncias, seriam

membros natos da eommi-são de exame de

contas, que é de estylo ser eleita annual-

ment-"* pelos accionistas.O fundo geral para a formação destes ban-

cos seria, não fixaremos a cifra,40,000:000#,

por exemplo.Metade deste fundo (20,000:000$) spria

destinada no banco central, e a outra me-

tade para ser desigualmente repartida, for-

mando o fundo dos bancos nas provínciasem que conviesse estabolecel-os, conforme

a importância commercial de cada uma

dellas.A duração destes banco;;seria de sessenta

annos.Pela sua peculiar natureza d.-! sociedades

de credito real todos estenbancos poderiamfazer empréstimos á propriedade urbana e

álavouraaté odeouplo do seu capital, bem

entendido quo a emissão de loti-as hypo-

thecarias seria igual ao valor dos empres-

limou feitos sobro os immoveis urbanos o

ruraes, porque a lei não permittí aemÍR;-suo

lÍMcuçtlo de sentença. K. Cario» Frodf-rlco i apfí!6tir dn 0b8Curidado om que. vivoraoMMino. Lauvu tino Blanenard.

t-,s An ir11- 22. T . „ . .

Execuções. E. J«3se Pereira r"ves Pereira de Carvalho e sua mu-

rimíi-sto de fl. 133.

mha. E.

.iolher.. Deferido o re.que

E. Dr. Joaquim Clanmundo ua foilva. Lv

Lidro Mende? de Vasconcellos. Proferent

Dr" Manoel de Araujo d^s Sant-s. Julgados

provados os árticos de preferencia.1 Notificação. N. JoS«phmu Honorata de

Figueiredo Cardoso. N. o Barão de Maia-

cana i"revaleça o d<>spicho de 11. 23.

Tcçã. de foiça -oca A Dr. Manoel Joa-

oui-n Fernandes Firas . e sun mulher. A.

Dr.'.Tosé Rodrigues Ferreira. Louvom-sc as

mrtes em peritus.Gertrudes Cândida Rosa. R.s

Libellos.j„s,-. Soares Cordeiro. Recebi ;a. prosiga se.

__A Manoel Marinho Lopes. R. Antônio

Tose Fernandes Torres. Rccebiua a repliea

«Jairy dia côrtc

2' SnSSÃO PREPARATÓRIA

Prmdente o Sr. Ds. Faria Lemos. Pro-es de Oliveira, hs-

des: forammotor c Sr. Dr. Fernas,crivão o Sr. Caminha.

Estiveram presentes Io ]Usorteados mais os Srs. Antônio José Aloreiia

de Carvalho, Antônio José de Macedo.

Antônio Manoel Alves, Dr. Antônio Felix

Álprtins Antônio Joaquim dos toantos, .-.n-

tonio Luiz Ferreira Pinto Junior, Antônionw ij j» , a li,,,nnp.rouftNSlbnso de Albuquerque

Melío. Carlos Francisco da Costa Cláudio

Luiz Martins. Domingos J«.se de bouza

Guimarães, Ernesto Augusto.*errara. ÍV-

liciano Joaquim Lacerda Freire, Dr.Fran-

ci.co José Ferreira Baptista, FnsAenuoDr. Francisco «le Paula Mene-

desculpados pela atttjnuanto circtimntancinde liuvcr fundailo o entar adminislrandocom sua digna directoria a primeira ín.di-tuição do credito real creada no Brazil,tentemos tamhem, humilde nlvancl, trazerurna pedra para o grande edifício que liou-ver de ser levantado.

Longe está, do nosso propósito offereccrum projecto regularmente coordenado;nüo é nossa intenção, apresentando d«.s-

pretenciosamente nossas idéas, contrariarquaesquer outras nue têm üpparrcido e

posaauí appar;:.ccr: mas, podendo sueceder

que dentre oa qne expenlermos, um ououtro pensamento seja considerado útil, e

ji.jr is.-o aproveitado, crusamos emprehen-lier commcttimento que a outrem estará

por certo reservado prcQoiontemeiiíe des-empenhar.

Terminando o artigo a:\tjriormente pu-biiçado, dizíamos que ora urgentissim:.necessidade a creação de um binco terri-torial, mas de um banco rodeado de ga-rantias taes, que, se.n onerar o Estado, pu-d-sse, com a forçi moral que o Estado lhedesse, se vir efficazmente aos interesses ã>.lavoura.

Como, porém, dsve. s^r org?miza:lo umtal banco? A resposta a esta natural interrogação constituirá a exposição de tod.jo nos30 pensamento.

Em nossa desautorisada opinião julga-mos que satisfaria directamente os inte-resses da lavoura, e concorreria pura dar

vida real á riqueza publica, mobilisando ocapital que a constitue, o que so conserva,iuactive, a formação do um banco territo-rial, assentai;) mais ou menos nas s.iguintes bases :

Crear-se-hia na capital do Impcrio umbínco de credito real, tendo por circum-scripçãj territorial a corto e província do

Doelinger,

C9I1E»AGENCIA HAVAS-REUTER

Londres, iS de Agosto

.X revista hebdomadária do Baneo de

Tn-latevra aecusa uma proporção ne o- ó,ü

ontre o oro em reserva metalaca do banco

f -isnotas em circulaçao. .O mercado de. café esteve hoje muito

íiet«vo e os preços muito firmes.Mféde Sanfos good floating 88 sh. por

nVendeu-seh«.ie um carregamente>de^café

do Rio ?ood channel para o^^

^,>lo navio Laienta; a razão de 80 sh. por

11 Vendeu-se igualmente um outro carre-

^aStodecafé «io Hiogood chanmd tam-

bem para o continente, a razão du b/ sb.

por 112 libras.

I.ive.rpooi, ISáe j\&rí*U»

O mercado de algodão esteve hoje muito

.»almo e os preços tendem para a b.ux.u

^nderam-se hoje 1.200 fardos de próce-

dencia brazileira. . . -«« j nnrAlgodão de Pernambuco fair / í/B d. por

1ÍbAlgodão de Santos fair 7 1/2 d. por libra.

(1) Vide 'fJornal do CanimerciOD de S de Ají-tsto

Sasaios, 3S6 de Agosto

Preço do café suojrior, bo;e, G^GOOa6,$800por lOkilogs.

Receberam-se hontem do interior 1,300saccas de café.

O mercado de café continua a mostrar-sefirme.

Venderam-se hoje S50 saccas de café.

VERRATA

No telegramma de hontsm, dstado dePernambuco, em vez de: Vapor Mondego

''

entrado hoje ; lêa-so : entrado hontem.

desRO decuplo a dascoborto.

O banco da cnpital do Império «cria o

unieo depositário daa letras livpothnca-rias, e an rcrnettiria opnorfcunamente paraos bancos provinciaes, afim do quo estes as

dcHiíem aos seus mufunrios, quando rea-

usassem emnrentiniOH hypothocarios.

Nos bancos provinciaes, conforme a im-

portancia da provincia, assim seria o nu-

mero do pessoal daquella administração

superior, nunca excedendo de um presi-dente, um gerente e mais um director.

No banco da corte o pessoal daquellaadministração seria mais numeroso, porexemplo, de um presidente, cinco direcio-

res, e tres gerentes.Ser o banco da capital do Império o único

d'onde fos3em remettidas para os outros

as letras hypothocarias envolve apenas uma

medid:: de methodo e ordem, mas rão a

idéa de uma centralização dominadora.

Com effeito, o simile, tantas vezes re-

peíido, de que o dinheiro é como o san-

gue, ainda neste caso tem cabimento.

assim como no corpo individual o fluido

vivifieante vai de um centro para todas as

partem, igualmente no corpo social deve o

seu sangue, partindo também de um cen-

tro, percorrer todos 03 outros pontos.A lei n. 1,237 de 24 de Setembro de 18G4

e o decreto de 3 de Junho de 1865 seriam

as regras fundamentaes a que teriam deobedecer estes bancos, fazendo-se na ditalei c decreto apenas aquellas modificações,

que tendessem a facilitar e a abreviar o

processo de investigação sobre a pessibili-dade legal ca hypotheca dos immoveis,acabando-se com certos privilégios e obri-

gando ao registro hypothecavio tudo quan-to, apezar da reforma da mencionada leihypothecaria, ainda hoje pode prevalecercontra terceiros, embora não registrado.

Quera não tiver lançados nos registros hy-

pothecarios os instrumentos que lhe ga-rantani seus diroiíos, não ficará resguar-dado. Esta medida geral, que a ninguém

prejudica, traz como resultado a fácil esegura veriiicação para as transacções hy-

pothecarias da propriedade urbana e rural;

verificação que de outro modo é morosa, e

pdde fazer comfaue as transacções perich-

tem. A pratica nos tem suficientemente

provado a conveniência e necessidade de

uma tal medida.

Uma vez dito que taes bancos se regu-

lariam fundamentalmente por aquella lei e

decreto, fica entendido que os emp'esti-

mos á propriedade urbana seriam no ma-

ximo até tres quartas partes do valor arbi-

trado pelos peritos dos bancos e até me-

tade da-quantia em-que pelos avaliadores

dos ditos estabelecimentos fossem estima-

dos os bens ruraes, entrando terras, gado

e escravos,Determinam também aquella lei e de-

creto que o termo mínimo dos empresti-

mos seja de dez annos, e o máximo de

trinta, permittindo os pagamentos anteci-

pados de toda a divida, e as amortizações

extraordinárias do capital, isto é, recebi-

mento de quantias por conta da amortisa-

ção deste, além da quota inclusa nas pres-tações semestraes. Sem alterar este ponto

da lei, apenas nos empréstimos ruraes, queabrangam também a hypotheca de bens pe-

recedeiros (os escravos), estipular-se-hia a

condição de que sobre a avaliação parcialdestes se deduzissem 10 a 15 %, por exem-

pio (contando com os casos possíveis de

fuga, impedimento physico, que lhes de-

preciasse o valor, e morte), reunindo-se

depois o valor restante ao valor das terras,

gado, etc, para sobre esta somma ser em-

prestado até o máximo de 50'/o, que alei

de Setembro de 1864 marca.

JTEstes bancos não teriam limite para as

quantias emprestadas, isto é, qualquer

quantia (dentro do seu fundo considerado

com elevação até o decuplo do seu capital)

poderia ser emprestada, uma vez que os

bens offerecidos á hypotheca estivessem na

forma da lei, e respondessem sufflciente-

mente, attendidas todas as circumstancias,e tomadas as devidas cautelas.

Formado o fundo dos bancos, estando,

pelo menos, distribuído metade do seu ca-

pitai, poderiam aquelles começar a func-

cionar, desde que tivessem realizado emdinheiro 3 "/. de suas acções.

Sobre os immoveis urbanos e ruraes, quelhes fossem offerecidos em hypotheca

emittir-se-hiam letras hypothecarias ao

juro de 6 '/„ ao anno, pago semestralmente

pelos bancos em Abril e Outubro.

As tabellas calculadas a 8 % do juro pelosystema de Priee, conforme as compuzémo3

para o Banco Predial, extinguem nos pra-zosde 10, 15, 20, 25 e 30 anno3 a divida ; e

tão razoável é por essa» tabellas a prestaçãosemestral, que, apezar de se lhe addicionar

1 1/2'/o para as despezas do administração,

e de carregarem os mutuários com o actual

desconto dns letras hypothecarias, ainda

assim preferem os emprebtimos por osso

systema.

Na nova organização de taes bancos, essas

moMinaf? tabellas viriam a offúiecer presta-

ções ucmestraes muito maia módicas, sam

O

mesmo baixar-hc o juro de 8 '/, (máximo

marcado na lui quu creou aa aociedades de

credito real); porquanto a cota de 1 1/2'/.

para as dnspízas da administração poderiaser reduzida a 1/2 °/.i ou a um doei mo

"/,,

ou mesmo ser eliminada, tirando os bancosde outras fontes de renda, quo adiante lem-

braremoí-, averba para custeio tia adminis-

tração.Pelo mecanismo exposto a differença entre

o juro pago e recebido pelos bancos ó de2 7.i sendo o restante das prestações men-

saes representado pela quota da amortiza-

ção do capital, que é destinada ao resgate

das letras hypothecarias.

As prestações semestraes seriam pagas

pelos mutuários em semestres aaiantados;

em Janeiro e Julho de cada anno.

O sorteio das letras hypothecarias pode-ria ser feito, ou uma vez por anno, em De-

zembro, ou duas vezes, no ultimo dia de

Janeiro e no ultimo dia de Julho.

O incentivo dos prêmios, como o fsz c

Banco Predial, poderia ser também appli-cado na extracção do sorteio.

Visto que todos os immoveis hypotheca-dos aos bancos respondem collectivamente,como diz a lei, por todas as letras, qualquerque tenha sido a epocha em que foram hy-

pothecados, uma só roda conteria todos osnúmeros correspondentes aos das letras em

circulação; e neste ponto é de toda a ne-cessidade reformar-se o decreto de 3 deJunho de 1865, que determina que hajauma roda para cada anno de emissão deletras; o que torna moroso e quasi inexe-

quivel o processo da extracção, não ha-vendo aliás perigo nem prejuízo em se-

guir-se a medida agora lembrada.Os contratos feitos pelos mutuários com

estes bancos teriam forca de escriptura

publica, havendo em cada um dos .ditose-dabelecimentos livro especial, ficariamregistrados esses contratos, de que se ex-trahiram logo dous traslados, para serem,um pertencente ao mutuário e outro ao

gaBaBaMEBPBgBBI

banco, que o mandaria registrar, paradepois entregar a somma pedida, guardan-do-o com os papeis e documentos relativosá proposta do mutuário.

Bem que já sejam algam tanto satisfa-¦itorias as disposições contidas na lei e de-

creto das sociedades de credito real para o

reembolso dos capitães nos casos de com-misso,seria,contud.o,para desejar que medi-

das mais summarias e persmptorias fossem

tomadas neste sentido, de modo que hou-

vesse entre os bancos de credito real e seus

devedores uma equitativa reciprocidade,correspondendo uma justa severidade ás

amplas vantagens que taes instituições lhes

prodigalisam.Vencida, por exemplo, uma prestação se-

mestral, os bancos avisariam o devedor parano prazo de 30 dias satisfazêl-a ; no caso

porém, de que ainda nesse prazo não fosse

paga a prestação, nova intimação, mas ju-di ciai mente feita, lhe concederia mais 30

dias, findos os quaes ficaria a hypotheca

vencida sem mais apparato judicial, salvo

immediato pagamento da prestação atra-

zada.Sem usar da faculdade, que a lei de 24

de Setembro de 1864 outorga ás sociedadesde credito real, de fazer tambeoi operações

próprias dos bancos de desconto e de de-

posito, não permittiriamlos estatutos de

taes bancos, e ser-lhe-iam absolutamente

vedadas taes operações; não receberiam»

portanto, estabelecimentos dinheiro em

conta eorrente, nem com largo prazo, e

muito menos com retiradas livres.

Estes bancos, para prestarem efficaz ser-

viço á lavoura, deveriam necessariamenteofferecer vantagens que tendessem toda3 a

facilitar a conversão em dinheiro dos pro-duetos agrícolas. Entre outras lembra-

riamos como principaes, as seguintes :

Diversos armazéns de sua propriedade,

ou arrendados por largo prazo, trapiches,

deveriam ser os depósitos daquelles produ-ctos, cuja armazenagem, mesmo arbitrada

no minimo,constituiria pingue rendimento.

Os lavradores mutuários dos banco3 se-

riam obrigados por lei, e nos seus con-

tratos, a enviar-lhes os produetos de sua

lavoura.por cuja venda cobrariam os bancos

uma commissão diminuta, e sempre menor

que a de outros commissarios.

Os bancos poderiam também, por com-

missão igual ou um pouco mais elevada,

receber para vender 03 produetos agrícolas

de outros quaesquer lavradores, que não

fossem mutuários,Aos seus mutuário^ fariam os bancos

adiantamentos, mas eó sobre metade, no

máximo, da importância presumível de sua

safra, tomadas as devidas cautellas, e ven-

oendo os capitães adiantados um juro mo-

dico para os bancos.

Uma secção do seguro sobre a vida dos

escravos hypothecados, a um prêmio mo-

dico, e calculado ttobre a avaliação dos pe-ritos antes da deducção dos 10 ou 15

'[.,

de que füllámos, deveria também concor-rer para augmentar a renda doa ostabole-cimoíitoH. Em algum* pai-zuri estrangeiros

pagam os mutuários destou Oancoa um ao-

guro sobro o gado.Mas todo cate jogo o combinações, quo,

feitas na lei e decreto das a.jciedades de

crediío roal as alterações ora indicadas, e

com uma boaadiuiiiistraçíío devem pro-duzir grande renda e auxiliar efficazmcute

a lavoura, dependam para sua realexceu-

ção de que o principal instrumento sobre

que têm de ser feita3 todas eatas opera-

ções, seja revestido de prerogitivas que o

tornem verdadeiramente valioso,; quere-mos dizer, é necessário quo as letras hy-

pothecarias sejam na realidade o que a lei

quiz que ellas fossem, isto é, a moeda em

que têm de ser realisados os empréstimos

hypotheearios; moeda acceita em toda a

parte; de outro modo é uma chimera a

existência de sociedades de credito real.

Este ponto já tem sido por nói assaz dis-

cutido, e é de si mesmo evidente; basta a

simples leitura da lei e decreto que se re-

ferem ás letra3 hypothecarias para que pelaletra e espirito dessa lei e decreto fique

qualquer convicto desta verdade. Não se

eomprehende como um proprietário ou um

fazendeiro hypothequem seu prédio e fa-

zenda para receber em troco cédulas de

um papel que a lei revestio de todas as ga-rantias e que as tem em maior escala, queos próprios bilhetes de bancos emissores,e seja o governo o primeiro a não quererrecebèl-o nas estações publicas; dizendo,entretanto, o mesmo governo ofíicialmentc

que o povo deve aeceital-o, que tem muitas

garantias, e que sua emissão está até fisca-lisada por delegado de sua confiança!

Não obstante termos por muitas vezestratado das vantagens incontroversas dasletras hypothecarias e das garantias quetem este papel flduciario, faremos ainda noartigo seguinte considerações a este res-

peito e terminaremos mostrando o modo

porque estes bancos assim ©«boçadoa -pode-

riam sem onerar o Estado prestar auxilio á

lavoura, e por conseqüência ao próprio

Estado.Dr. CaStr» Lopes.

Rio de Janeiro, Agosto de 1875.

{Continua.)--rçrT—r:

Negócios de Sergipevigário Thomaz Antônio da Costa ¦¦

Pinto, perante o Governo Imperial

No Globo de 15 de Abril ultimo, cujo CO-nhecimento devo ao obséquio de um ami-

go, se acha inserta uma .correspondênciafirmada pelo Sr. Dr. Jesuino José Gomes,ex-juiz municipal desta villa,;na qual fui

maltratado por S. S. em dous períodos pormodo tão injusto e apaixonado,, que não

posso ser indifferente. e. obriga-me a vir

por minha vez também á imprensa.Na 2a columna do referido seu artigo

disse o Sr. Dr. Jesuino.« De ent-âo para cá tudo tem emprepado

O Sr. major Zeferino no sentido de fazer-me retirar do termo, jactandp-se.de meexpellir delle por qualquer.modo. chegandoo seu delírio ao ponto de, ;eo dia 25 de

Março do anno passado, quando a villa,concorrida por numerosa população, ãecla-rar elle, logo apoz a missa eonventual em

plena reunião, e de voz em grita, que mefaria chicotear por dous dos seus escravos,aos quaes passaria carta de liberdade, se-

gundo teve a indiscrição de reyellar aoseu intimo amigo e compadre, o vigário dafreguezia, padre' Thomaz Antônio da CostaPinto. »

Na 3a columna do seu artigo disse maiso mesmo Sr. Dr.

« Não tenho sido. pois, indifferente,como inculca o correspondente, o qual en-tretanto, si procedesse com boa fé veria,

prudência, justiça e alta independênciaeom que os ha oecupado,mantendo as boasrelações dos seus concidadãos.

Tenho respondido ao Sr. Dr. JesuinoJosé Gomes, a quem aliás não voto inimi-sade, perdoando-lhe tudo quanto me hafeito de injusto, e acabo por aconselhar,

que seja mais prudente e reflectido, ainda

que tenha de fallar em assumpto a respei-to do qual não possa com vantagem sercontestado.

O vigário, Thomaz Antônio da C. Pinto.

Villa de Divina Pastora, 19 de Junhode 1875.

DOCUMENTO n. 1.

Illm. e Revm. Sr. Vigário Parochial.—OBacharel Jesuino José Gomes, juiz muni-cipal e de orphãos deste Termo de DivinaPastora, requer a V. Revm. se digne deattestar. Io Qual o modo por que o suppli-cante ha exercido as funeções a seu cargo.2' Qual o seu procedimento civil e moral.

P. a V. Revm. deferimento.—E. R._M.Divina Pastora, 20 de Março de 1875.—

Jesuino Joaé Gomes.—Attestô em quantoao 1" que o supplicante não tem cumpridocom o dever a seu cargo de zelar a boaadministração do encapellado desta matriz,a qual se acha precisando de sérios reparosp que por vezes tenho lhe declarado : ao2" que oseu procedimento é regular. DivinaPastora, 20 de Março de 1875.— O vigário,Thomaz Antônio áa Costa Pinto.

3

portas da matriz ; por isso convida a todos

os interessados e quaesquer ciaadaos a

apresentarem durante o prazo de 2» cuas

as reclamações que tiverem sobre o alis-

tamento, quer seja por legal exclusão, quer

por injusta inclusão. Essas reclamaçõesserão trazidas ao conhecimento deste juízodentro dos dez primeiros dias, e dez dias

depois a junta, que se ha de reunir no con-

sistorio da matriz, fará durante 15 dias das

9 até ás 3 da tarde tomar conhecimento de

todas as informações e reclamações que se

apresentarem. E para que chegue ao co-

nhecimento de todos os interessados, e

quaesquer outros, mandou lavrar o pre-sente edital que será affixado na porta da

matriz e publicado pola imprensa. Tai pormim Manoel Jesuino Netto, escripto, ser-

vindo de secretario, subscripto, te rubricado

pelo presidente da junta. Eu, secretario cia

junta, subscrevo e assigno. O secretarioManoel Jesuino Netto.—Consistono da Ma-

triz da Candelária em 11 de Agosto de 1810.—Costa.

_i.i^^-^nsgTsr-r^isa5JS m—j—«¦¦¦¦¦jgg

¦ .v-^TTr^T-JT-HE^Y":--;:^^:

Fabrica B. IradustrialDeparamos com um artigo neste jornal

do dia 9 do corrente, em o qnal nos jul-gamos satisfeitos por termos conseguidoa demissão do do ex-gerente desta fabrica ;na verdade quando nos queixávamos doSr. Davis, não nos lembrávamos do antigoanhexim — atraz de mim virá quem bom

aue mais tenho feito pelo encapellado, do me fará, não nos queixamos do actual ge-que alguns dos meus antecessores. _ rente nem da casa especial^ mas conti -r" ir\ « Airmn #-v T>rtTrrv» -norlro SimÕii:

recebedoria

lendimanto do dia 2 a 12...do dia 13.......

Somma

MESA 5R0VIN0IAL

Rendimento do dia 1 a 12..do dia 13 .....

Somma

261:934gl9113:641g700

275:575$S91

83:076,57414:691$069

91:7G7Í!S10

BEB ^^y^ HBESgBBgHBg 3KB '~:xz*.,mmri

®53»i JBO

Que o diga o Revm. padre Simões deSouza (digno suecessor do zeloso Revm.padre Moreira, os quaes. por infelicidadedesta freguezia, deixaram de parochial-a)si deve ou não as minhas diligencias como

juiz, certa quantia proveniente rias rendasdo encapellado para reparos da Matriz. »

Antes de tudo devo declarar aos leitores,

que a amizade qne mantinha com o Sr.major Felix Zeferino Cardozo, foi a mesma

que commigo entretinha o Sr. Dr. JesuinoJosé Gomes, até o dia em que S. S. por le-viandades deixou de freqüentar, como cos-tumava, minha pobre cai-a, vindo só a ella

quando lhe forcava qualquer negocio, o quese deu no dia 20 de Março do corrente anno.entregando-me um requerimento pedin-do-me que lhe attestasse a respeito domodo por que havia elie desempenhado osdeveres do seu cargo.

Fiquei baatantemente vexado, porque nãolhe podendo ser favorável meu teatsrou-nho, visto como na parte que mais interes-sava a minha matriz, e ao seu importanteencapellado o Sr. ex-juiz tinha sido indiffe-rente aos meus reclamos, que por muitasvezes fiz. des«?java antes guardar silencio,do que dizsr a verdade que o ia prejudicar,mas instando em procurar o requerimento

que me havia dado, dei o attestado que sevê no documento n. 1, do qual guardeicópia, o que custou revoltar se contr.! mimo Sr. Dr. Jesuino a ponto de arrastar-rneao pellourinho da imprensa, onde até aidade de 52 annos não tinha ido, sempreexercendo, além dos deveres de indignoministro do altar, diversos outro3 cargos,como funecionario publico, e commissõusbonrosas, 1;axando-me «ie indiscreto, econ-sidarar infeliz esta parochia porque delia

sou o vigário, oxpondo-me puhlicamcntcao de.RConceito perante os meus bonrados

parocliianofl, o que particularmemto de hamuito tempo tem feito. O Sr. Dr. Jesuinona exaltação de f?unq paixões não atten deu

para a eontradlcçSo om quo cahio, cora a

qual dofltruio sim própria odiona proposi-efío quando disse que o Sr. major I«Vlíxorn

plena reunião e de voz om grita o fariachicotar por dou<< escravos, por íhho queveio a Baber-se. porque eu o revelei inecra-tinentea nutras pessoas. Si houve publioi-dade c voz cm grita cm plena reunião, nãohavia qne revelar, porém ai deu-se ruve-lação, como aíílrma o Sr. doutor, então não

po"dia existir publicidade do voz om gritaem plena reunião ; passando tudo, por-tanto, de maligna invenção para se de-

primir um caracter distineto e ao seu vi-

gurio que aliáá foi com sacrifício obedientetao somente á sua consciência, e ao seudever, que continuou a incorrer no des-agrado do Sr. ex-juiz provedor, porque deoutro modo não pó lia fallar sobro assump-to manifesto e publico, que todos os zelo-sosbemfeitore; da Igreja lamentam.

Si os dignos Kevms. Simões e Moreiraforam mais felizes do que eu, quandoparochiaram esta freguezia, ainda nistomostrou o Sr. Dr. Jesuino José Go-mes, que como juiz provedor si algumacousa fez em bem do encapellado, duranteo exercicio daquelles dignos sacerdotes, foi

por attenção á« pessoas delles, mostrandoao contrario que durante os seis annosemezes de minha collaçSo como vigáriodesta freguezia, nem minha humildo per-aonalidade não fatiando no encapellado deV. S., que Dem ant^s nem agora, merece-ram cousa alguma de S. S. na sua própriaphrase.

Reconheço que qualquer dos dous-sa-cc-rdotes, meus dignos collegas. me sãosuperiores ein merecimento e virtudes,_eque melhor do que eu preencheriam o di-vino cargo que exerço na matriz ds. DivinaPastora, mas é certo" também que não me

poupo em promover o bem de minha ma-triz e de meus honrados parochianos, aos

quaes amo sem exclusão e nem preferenciaalguma como confessaria o próprio Sr.Dr. Jesuino si quizesse acalmar sua exal-tação e fazer-me ju.-tiça; corria, porém, aoSr. Dr. Jesuino o sagrado dever de nuncaesquecer o eneapeliado da Matriz, e pôl-oem condições de s«u rendimento ser apli-cado ás necessidades d*. Igreja para tiral-ada contigencia em que tem estado de es-molar para alguns pequenos benefleios,que se têm custosamente feito.

No que diz respeito ao Sr. major Felix,não careço fazer a defasa daqúelle meuillustre parochiano, porque sem duvidafal-a-ha por si e vantajosamente, como cos-tuma sempre que se offerece oceasião, poisnão é ella capaz de violências, e arbitra-riedades, e em seu favor faliam hem alto oslongos annos de experiência e exercicio dosprincipaes cargos publico0 deste Munici-pio, em que tem provado tino apurado,

nuamos a viver descontentes,devido a faltade pagamento e por este motivo da mesmafôrma forçados a comprar sem dinheiro os

generos de que precisámos, embora emoutras casas, mas todas ainda em peiorescondições.

Os artistas.

¦'¦¦ ii--»'^^."-1^-11 'i»™,-'

Moíiuia

Pergunta-se a uma certa cigana de S.Clemente quaes são os ruins, si ella, ou sios parentes, já que brigou com os dousúltimos, que se sacrificaram por ella (cui-dado com os bigodes do charuteiro).

A. Cigana e Charuteiro.

Ao Comasercio

Sr. Simpson.—Olhe que é Phoct. a pala-yra que tem a raiz grega de pli., mas ha,umelegante verbo reflexivo com a mesma rniz.E por fallar em raiz, Sr. Simpson, conhecevaucê uma arvore da familia dos carvalhos ?

Diz o Constancio que dellas extrahiamos antigos pesadas {clavas, cujas extremi-dades eram globosas. ou que forravam demetal e que, também faziam palitos. «? "

Pois palite-segcomluma destasSr. Ilhéo.

IQotel durara

Cumpre-me agradecer o desvellado in-teresso com que ornou extreraoso íilho foitratado durante a sua longa e grave con-valeHcencia ne>-te hotel.

Recommendando-o á pessoas doentes oconvnlcRcentes, creio prestar-lhes um asfú-rnnlado serviço.

Em testemunho de, apreço e reconheci-mento para com seus proprietários, apor-bo-lhes cordialmente ns mãos, antes doteguir para o Sul, o on'eroço-lhe-t ou meusioucoh prestímo» na provincia.

Jobó At.vaui!» db Souza Soares.

Rio, 11 de .Agofsto de 1875

mWÊm^mmtmmt%mWmWmUmWmmWÊm\\\mm\\\Wm\mmm «WWWIIW»

9foíinaESPOLIO MACIEL PINTO

Sonhora policia, a quadrilha é BonjaminLeite de Souza, Manoel Antônio ISstevos,Custodio das Neves o Souza & C, está jul-rada a subtraceão c falsificação : que maisfalta ?

Encofraloe.

.VISOS IMPORTANTESPolicia da Corte

S : Ex. Dr. chefe de policia manda fazer

publico que no dia 15 do corrente, em quedeve ter lugar a festa de Nossa Senhora da

Gloria, na capella do Outeiro, das 3 horas

da tarde em diante, os carros que para alli

se dirigirem da cidade deverão seguir pelarua da Lapa, e pelo novo cães os que vierem

do Cattête.Secretaria da Policia da Corte, em 11 de

Agosto de 1875.— F. J. de Lima.

.-¦... — ffiigy ffijltf*. tm JmJFKTrmm*

pf.

Rio, 13 de Agosto.

CüÉaçõss ofáielaes

DA. JUNTA DOS CORRETORES

Cambio.— Sobre Londres 90 d/v., 27 d.

pjrl$ bancário, 2~ l/S e 27 3/16 por lg,

particular.Apólices.—Geraes de G 7- a 1:030$ cada

uma.

O presidente, J. P. de S. Meirelles.

O secretario, Alfredo de Barros.

essa 13 àie ügMssta

TRAPICHE DA ORDSíá

Pip. Barr. Garr.100

HamüiBiB-SO, 1® de Agosto

Ca-nbio sobre Londres 20 m. 30

por £•

Antuérpia, I * ãe Agosto

Cambio sobre Londres 25, 24 por £.

Havre, 1» de Agosto

tc« ,-ercado de café as transacções foram

hoíe Sgulares, e os preços bem susten-

taCafé de Santos, good ordinary, 109 frs.

P°lfgodãoede Pernambuco, ordinary, 93

fr9DKrd5e° loSha, ordinary, 91 frs. por

50 kilogs.

ílatoia, *3 de Agosto«n--vrncão no mercado de

O mercaHo ãe câmbios nenhuma altera-

cão soffrea ; sobre Londres realizaram-se

transacções pequenas a 27 d., papel banca-

do 27 l/S, 27 3/1G e 27 1/1 d. papel par-ticular.

Sobre França saccou-se a 353 rs. porfr., papel bancário e de 349 a 351 rs. por fr.

papel particular.O mercado de apólices conservou-se fir-

me. Das geraes de 6 % venderam-se pe-

quenos lotes a 1:030)? cada uma a dinheiro.

Em soberanos nada constou.

Vendeu-se um pequeno lote de seções do

Banco do Commercio a 15$ por acção.

Não houve fretamentos.

As vendas de café foram pequenas.

Existiam em 12 2,385 54• Entraram hontem:

De S. João da Barra. 71

Somma 2,456 54

Sahiram hontem: "

Pip. Barr.isumo. 65

r. jvincia. 2» èxport ... 67 2

Existência ... 2,389 52

100

100

KO DIA 12 DB AGOSTO

FumoToucinhoQueijosDiversos

mm^

407.498 kilogs.25.639 »12,613 »

4.120 »31.640 »

ÂÇÂ0

ca

Steaníias, praSíSneas

ALFANDBGA

Rendimento do dia 2 a 12.do dia 13...

I,381:198g421116:441g254

Somma, 1,497:6390675

BARCA INGLEZA—J. L. PENDERGAST —DENEW-YORK

Aguaraz 125 caixas:—Breu: 510 barris.—

Pinho: 333,465 pés a Kern Hayn & C. '

PATACHO DINAMARQUEZ —MARGARETHE—DELISBOA

{Em viagem.)

Sal: 342 moios a J. M. Miranda Lecme.

ATRACADAS

A' TRAPICHESBarca italiana «Francisco Calíbrenus, (Saúde e

despacho./ diversos generos.Earca ingleza «Jame Peaker», Savannah : (La-

zareto) madeira despachada.Barca ingleza aHelen», Hamburgo: (Freitas)

diversos gêneros e para despacho cimento 8carvão.

Brigue inglez «Mosquito», Liverpool (Bastos)diversos genetos.

Brigue portugúez a Ligeiro III », (Saúde).Lú;;ar americano cEmma», fl. Drumond Bal-

tini (í odra do Sal) farinha de trigo.

SfO ANCOÍÍAjíOUüO DA EKSCAííüfA

Barca franceza «Auguste Marie» , Marseille(Freitas e despacho) telhas, tijolos despachados-

Barca belga «Grsnton», Londres : Cimento ca:nos e inflanimaveis. despachados.

Brigue americano «Robert Uillm», New-Yorkmadeira e inflammaveis despachado.

Barca portugueza "Harmonia", do Porto : ge-neros da tabeliã 7 para Freitas.Lugar americano « J. Simonsen », Cette: sal

despachado.Brigue allemão « Aster Gênova s, generos paraa Alfândega.Vapor francez a Poitou » Marseille : Alf.-mdéga."Vapor

inglez «Biela», Liverpool e escalas, gane-ros para a Alfanaega.Vapor francez «Henri IV», Havre, generos paraa Alfândega e Maxwell.Barca portugueza «Admirável», despacha S.

agua.Vapor inglez eLaplace», Liverpool, generos

para a Alfândega.Patacho inglez «Lightsome», Glasgow, obje-

ctos para o Gaz e coke.Vapor francez « Rio Grande », Maxwell: gene-

ros para a Alfândega.

KO ASíOOSlADOTmO DA PRAIA DO PEIXB

Patacho argentino eAnmta», Montevidéo:idom.

Polaca hespanhola «Juanita», Buenos-Ayres:idem..

Brigue ingl.-íz eLHices, Guaiegaay : idem.Lúear hespaahoi sCamüia l>, Tossa de Pay-

sandu: idem.Patacho hespanhol sTimotec», Buenos-Ayres:

deaiPatacho portugúez «Fausto -. idem, idem.Sumaca hespaniíola «Anita», Gualeguay: idem.Polaca hespanhola «N-aeva Provideaciaa, Mon-

tevidéo, idem.¦ Patacho hespanhol -íAdelaideoy Tuju: Idem. 'Brigue hespanhol «Clara». Paysandd: Idem.Barca portugueza «Isabel». Tujd: Idem.Escuna allemã aLivinus», Buenos-Ayres: Idem.Brigue nacional eD. Aurélio», Paysàndii. Idem.Patacho hespanhol aPresidente*, Buenos-Ay-

res idem.Patacho nacional «Improviso», B. Ayres: carne

.secca. -..-,..,' Brigue naotonal "Dous Irmãos", Buenos-Ayres:

caane secca.Patacho nacional ."D. Francisco", Montevidéo:idem.

Briguo inglez a Juler Blake », Gualeguaychu:Carne secca.

Patacho portugúez aCysne de Vougaa, (C. Cru-guay) carne secca,

Brigue brazileiro « Cláudio », Buenos-Ayres:carne secca.

Patacho hespanhol « índio » Buenos-Ayres :carne secei e linguas

Í2KÍ4K.I1.0B A O-iXAJNTKL JÜ. iy-í:.:í'Ai:.iíM!OSBarca inglera « Eíísü:>3-.».2. ->-A.-anaea: carvão

(Ilha das Enxadas).Galara ingleza «Cavalier», CardiíT : carvSo

(Idem).Patacho americano «Sally Brown», Lisboa : sal

fem frente ao Becco das Canoas,).Barca ingieza «Moras, New-Casiie: carvão. E.

F. D P. H. CGanibôa).Galera americana «Friedlander», New-York :

(arribada) reembarca (Ilhas das Enxadas).Barca franceza «Marthe», (arribada) todo o car-

regamento (Ilha das Enxadas).Patacho norueguense «Royal Tora, Cardiff: car-

vão (Gamboa).Galera americana «Franconia», Cardiff: carvãe

(ilha das Enxadas).Briguo inglez «Anne Duncan*: Lisboa : Sal

Saúde.Brigue norueguense «TayD New-Castle : carvão

(Gamboa).Barca ingleza «Orfsrda, de Liverpool: carvão

(Gamboa).Barca ingleza «Marco Polo», New-Castle: idem,

idem.Barca allemã Hermann (arribada), reembarca

na Ilha das Enxadas.Brigue inglez «Mohank», New-Castle, carvão

e ferro para o Gaz (S. Lourenço de Nitherohy.)Barca norueguense «Salem», Liveípõel: sar-

vão e ferro IGamboa.)Barca ingleza a Dipton» , Sunderland: carvão

Ilha das Enxadas).Brigue norueguense a Adonis s, New-Castle.

carvão (Gamboa.)Galera ingleza «Trindad», Cardiff. carvão

(Ilha das Enxadas.)Galera ingleza eTasmanian», Cardiff, carvão

(Idem.)Brigue americano «Creole», Setúbal: sal.Barca ingleza aMinnie Grahan.», Glasgow: car-

vão (Gamboa).Barca sueca oC. D. W.», Lisboa : sal (Saúde).Barca ingleza «Contest St. Marys», madeira

CSaude).Lugar inglez «Ruth Topping» , Sunderland:

carvão (Gamboa). ¦ , . -Galera ingleza « Marathon», Cardiff. carvão

(Ilha dasEnchadas). ¦*¦— -~Barca ingleza «Lieutenant»,New-Castle, Carvão.Patacho norueguense «Nord», New-Castle.

Carvão (GambôaJ.Barca inglrza «J. L. Pendergast». New-York,

Ma <£ o inflammaveis (Saúde).Barca ingleza « Commassie Schields », (Gam-

boa) carvão á Estrada de Ferro D. Pedro II-Barca franceza « Mineiro » Hayre : ladrilhos

despachados (Saúde).^ PEDIO ARQÜEAÇlO

Galera portugueza «Fortuna», Porto :PEDIRAM VISITA

Patacho dinamarquez «Valkyrien". AntuérpiaBarca ingleza «Lord Baltimore». RictimondBarca italiana « Tigre », Marseille.

Atíemçã.o

Illm. Sr. Redactor.— Lendo hoje o seuconceituado jornal, fiquei sorprendido denelle encontrar uma correspondência soba epifrrapbe : ultimo disetirso ão Sr. con-selheiro Junqueira, firmado com o meunome; e diriginde-me á typographia doGltbo, ahi me mostraram o autograohocom um nome semelhante ao meu; nãosendo, porém, minha essa assignatura,rogo-Ih'-! o favor de assim o declarar emseu illustrado jornal, pelo que lhe ficareiobrigado.

Pedro Maria Xavier de Castro,Brigadeiro graduado.

Rio, 13 de Agosto de 1875.

—— '-1-* ""•-•mmmm-

B&NCO fíO COS2&2EIEÍ.CI©

Tendo sido adiados os traba-llios «Sa assembléa gjeral ordi-naria dcsie Baneo, convoco jpíarao dia 14 do corrente ao meio-diano salão do Banco Predial", amesma assembléa para prose-grnEr nos trabalaos interrompi-dos, deveniS© proceder-sé á élei-ção de dons membros da Com-missão iPiscal e dè toda a dire-ctoria, visto terem-se retiradodous dos directores e haver em-me manifestado intenção dè dei-xarêm os seus respectivos e"*-*cargos os tres restantes.

Rio de «éaneiro, 11 de Agostode fiS^S.—O presidente da as-sembléa geral, Dr. José da SilvaCosta. 4t

, ----- -

CAIXA. UE SOCCORBOS DE

D. PEDRO V. !

Rogo a todas as pessoas que sedignaram acceitar ínlhetes parao benefleio pe teve lugar em fa-vor desta pia inatituição, no diaIO do corirente,no tiíeatroD. Pé-dro IB, queiram enviar suas es-portulas á secretaria, rua Hu-nicipnl n. ^ouILargo da Cariocan. m®. -*•• •¦•

RC-«» <ge..a?aneiro, IS de Agostode ISÍ-S.—«Uííão *9osé Alves Cos-ta. thesoureiro. (•

Cosi9*):xnh!a Ouanatiara

Nilo se tendo reunido numero lepnl do»Sns. accionistas na auseiubléti geral epur.'>vpcada para o dia 31 de Julho próximopassado, novamente convnlo ou Sra, aecio-niataH desta companhia para ne reunirem,om assemliléa paral iiò escriptorio anCompanhia, rua dr, S. Pedro n, 7, no dia14 do corrento, ao moio dia, para Uiom serapresfiitado o relatório d o projecto doroforma du estatuto» e procederem a eleiçãoda commisnao de contiis.

l?.ii> de Janeiro, 2 de Agosto de 1875.-—Antônio da Rocha Miranda, director «ecre-tario. "'.- *;

Policia da Corte

Pela Bccretaria da policia da çôrto, con-vida-se as pensoas quo guizerem fornecerpapel, ponnaH, tinta e mais ohjectos ne-cepBarios ao expediente da mesma e reparti-eOes tmnexasTios mezes do Setembro a De-zembio do corrente anno á apresentarem.suas propostas em carta fechada ató o dia21 do corrente ás 11 horns.

Seci-etária da policia da corte, em 13 deAgosto de 1875.—^. J. ãe Lima

Juizo de Orphãos da 2a Vara.

De ordem do Exm. desembargador Fran-cisco de Faria Lemos, juiz d« 2* Vara deOrpbãos, faço publico que, áchando-se omesmo juiz presidindo a presente sessão doJuiy, durante a mesma, aquella juiz farásuas audiências ás terças-feiras, ás 10 horase despachará todos o*s dias úteis das 8 1/2ás 10 1/2 horas da manhã no lugar do cos-tumo.—O escrivão interino, José Fernãn-des ãa Silva.

Esquadra Imperialcarne verde

Boletim

6 quartos, 2a qualidade.25 Sa »

» 4a »

Sieut erat Í7i principio.¦ti^^v^v"^r. ¦-.¦«¦•-¦m ¦ 71-X7*!

IMTiES

Ensbapcações despachadas noe£*isL i 3 de Agosto

Galvteston — Barc. ali. Hans, 458 t^irs.^consig. Hammann & C : manite?"- '

3,512 saccas de café.Galhao de Lima — Barc. ing. Rayil Tar,

¦728 tons., consig. Alexandre Wagner& C. : segue em lastro.

Porto Elisabeth—Ligar ingl. SparhlingFoan, 202 tons., consig. o capitão ; ma-nifestou 4,500 saccas de café.

—Pat. ingl. Maria, 168 tons., consig. ocapitão ; manifestou 3,677 saccas dê café.

Baltimore — Barca amer. Gamaliel, 566tons., consig. Phipps Irmãos &' C.; nãofechou o manifesto.

Maceió — Lúg. nac. Gua>-any, 190 tons.,consig. o capitão: manifestou varioBgeneros.

Rio de S. Francisco do Sul—Pat. nac. He-lena, 213 tons., consigs. Carregai & Bas-tos : manifestou vários generos.

Hamburgo e escalas — Yap. ali. Rio, 993tons., consigs. Ed. Johnston & C.: nãofechou o manifesto.

Rio da Prata. — Paq. franc. Rio Grande,1,593 ton3., consig. a Companhia LesMessageries Maritimes: não feeflou omanifesto.

Despacho de exportação no<isa a 3

New-YorIc— Na _barc. ing. Dipton, F. J.Mathmann & C,, 3,000 saccas de café,no valor de 103:500g000.

—Na barc. ali. Atlantic, J. Bradshaw &C,452'saccas de café, no valor de 15:594$000.

New-Orleans—No lugar ing. Chilto»,Phipps. Irmãos &'C, 4,000 saccas decafé, no valor de 138:000g000.

Liverpool—No vapor ingiez Galilêo, C.Spencev Sons •&. C. 527 saccas de café,no valor de 18:181g500.

Montevidéo—;No vapor nacional Camões,Monteiro Junior & Souza, 5 saccas decafé, no valor de 172g500.- .^:----"

Bordeaux—No vapor francez Senegal, ALeuba & C. 273 saccas de café, no valor

• de 9:418g500, Gomis & Prady 854 saccasda café no valor de 29:463$, Luiz Zi-gnagò, 1,030 saccas de café, no valorde 3ã.535g000.

EdEtal

O cidadão José Francisco da Costa, juiade paz da freguezia de Nossa Senhora daCandelária, presidente da jnnta parochial :Faz saber aos que o presente edital viivmque tendo a junta parochial terminado hojeas competentes listas dos cidadãos para o3erviço do exercito e armada, as affixou nas

:!^m

E1 -í£it-K0YÍMENTO B0 P-Q1I0SAHIDAS NO DIA 13

Hamburgo e. escalas—Vap. ali Rio. 993tons., comm. L.' LOrenzen. equi'. 38: c.café ; passags. Dr. Antônio Brasuio Fer-,rèíra.;

' os

" àllemãès' HèínrichvWilhèlm

CárT Bõttger, Friederich Ferdenarid Os-

íLoícria S83

A roda da 13a loteria concedida para in-demnização das despezas feitas com aacquisiçâo do ramal da estrada de ferro deCantagallo, anda terça feira 17'do corrente,na casa da Câmara da Imperial Cidade deNitherohy.—Thesouraria das Loterias, daProvincia, 13 de Agosto de 1815. JoaquimJosé do Rosário. ' ''

SOCIETli FI4A.RÍÇA.ÍSIS DEGYlIMASTfiQffJE

í.e eosniíè ele i:i Soéiéíé 3Fran-cais,; «os Cày-BssESi&sÊicaute si, 1'íaoía-neurdannonccr aux personnes«jai.iiínt Men voulsa. prendre partaa eoaniert ddsãjuié eu íVàys>;iju* «les-inwsiáéa de STramuee, qui'lasoireé;a prodüiit mét 4 :SS3SJSf?i»0,'

'soit

fcs. 433S,@©, ífius v«?aiêíre*remisau 3ãini«4pe t£e 1'Hníérieur, á^iaris. ISio de oSaneiro, 13 AoútiS^S.—Au eioüu du Comitté, ©u-S»ois, 1 sewrétaire.

car "Waldone;

os hespanhóss BibianoPerez Guadaluze, Luiz Bailas Marti-nez ; o americano John P. Deppermann;os portuguezes Francisco Tavares, Ja-cintho da Costa Pereira, Francisco Por-tules e mais 10 em transito.

Aap. Town—Pat. dinam., C. C. Hormwig,199 tons., m. J. C. Anderson, equip.7: c. café.

Rio da Prata—Paq. franc. Rio Grande,comm. Delabarre, passags. cornraenda-dor Jo3è Miro de Freitas, Irene Maleval,os francezes Anne Marie Medard Metz,Jean Baptiste Hersog, Marie BenéditeFaulet, Anselme Dorgent, Anne Bonton,Aragnon Baptiste, os hespanhoes Anto-nio Pietro Mendes, Miguel Maria Ri-vas, Luciano Pines de Ia Fuente, RamonMustache, Yicente Espina y Dias,Estevan Lado Blanco, os italianos Ga-ribaldi Luigi, Matteo Donati, Cuelo Gui-seppe e sua mulher; Carlos Bussetti,Pietro Bussetti, Nicolas de Siano, ChezziAdolpho, Cirillo Rivello, Albano Guilo,Di Santi Narcizo, o ottomano MarcosGoldbcrg, sua mulher e 1 Slho, o hun-

garo Spitzer Frederico, e mais 44paasa-geiros em transito,

Santos. — "Vap. ing. Laplaee, 825 tons.,

in. J. Blaiz equip. 29 c. vários generos.Victoria.—Hiat. Sete de Setembro, 48tons.,

m. Vicente Martins da Nova, equip., 6 :c. vários generos.

Campos — Vapor Ceres, 182 tons., comm.Manoel José da Silva Reis, equip: 25: cvários gêneros ; passags. Marcos Julião,Anéscio Pinto de

"Azevedo, João Grien,

Manoel Gonçalves da Costa, FranciseoPereira da Silva, Antônio José de Brito,João Rodrigues Vianna, Carlos Spey.er,sua mulher e 3 filhos; João Maria dè Pi-nho Borges, Regina das Dores Azevedo,Manoel Guedes de Oliveira Lima, José JU-beiro Coelho, José Bernardo de AzevedoJunior, Ambrozio de Castro, Antônio Ri-cardo Pereira Lima e 1 irmã, LeonoioLuiz da Silva.

Hiate Gerente, 138 tons., m. ManoelFrancisco Xavier Rangel, equipi 8: 0.vários generos. T . - _

Pat. 28 de Outubro, 122 tais., m. Ber-nardino Gomea da Silva, 5quip. 8: c.vários gêneros. >

' AJir. &-.-Macahé — Vap. Bezerra ãe Menezes. 520

tons., comm. F. A. Luiz, equip. 24: c.vários generos ; passags. dar-se-ha a re-lação amanhã. v

ENTRADAS NO DIA 13

Glasgow—63 ds., Barca dinam. Yriggo,: 293 tons., m. G. V. Móller, equip. 8 : c.1 earvão á .Companhia do Gaz. de Nithe-• rohy. '"-¦;'..-

Laguna—10 ds., Pat. Liberal,'. 165 tons.,m. Jacintho Theodoro Pessoa, equip. 8 :

c. vários generos a José da Rocha eSouza; passags.: Joaquim Fernandes'sua mulher e2 filli03 menores e 1 escravoa entregar.

Pesca—6 ds., vap. Tescador, 64 tons., m.José Martins de Cat-tilho. equip. Io: c.peixe vivo á Companhia Guauabara.

Paraty" por angra — 10 hs., do ultimo.vap. Paratyetise, 146 tons., m. AntônioFerreira da Siiva Leite, equio.-22: c. caféa Domingos Antônio de Góes Pacheco;passags.: D. Emiliana Joaquina de Sou-za, D. Anna Rosa do Castro, João deAlvarenga Roelia, D. Maria Luiza daConceição, Dr. Paulo Pedro de AlcântaraSiqueira, Manoel José Fernandes Passos,Francisco José Moreira, José Joaquimdo Carmo. Francisco Caetano da SilvaCampos, João Marinho Bastos, D. MariaLuiza do Espirito Santo Silva e umacriada, uma praça do corpo policial; Oiportugúez Theodoro dos Santos, e 2 es-cravos a entregar.

Vapores esperadosPorto-Alegre (inglez; do Rio Grande por"Santos, até 15 do corrente.Sé.végal (francez) do Rio da Prata, ató 14 do

corrente.Meruihack (americano) de New-York e esca-Ias, até 20 do corrente.Galilêo (inglez) do Rio da Prata, até 14 do

corrente.Bahia (nacional) das portos do Norte, atè 19

do corrente. -¦¦-[:Calderon (nacional) dos portos do" Sul, até 19

do corrente.Rubens (inglez) de Londres e escalas, hoje.Mondego (mglezi dé fcoutharhpton e escalas,

até 16 do. corrente.Ceres (nacional) de S. João da Barra, no dia

18 do cirrente.Itajahy (nacional) de Montevidéo e escalas até

18 do corrente.Laplace (inglezi de Santos, até 18 do corrente.Poitou (francez) do Rio da Prata atô 2G do

corrente.

'¦-. L'L-:-' -'^"1 m% -JTAT-

Pob.to-Ai.egre (inglez) para o Havre, Antuer-pia, Londres e Lisboa, jogo que chegue.

Séné&al (francez) para Bordéam e escalas, nodia 16 ás 3 horas; .. ...;;

Camões (nacional) para os portos do sul, no dia17 ao meio-dia.

Santa Maria (nacional) para Santos, amanhã,ás 10 horas.

Galilêo (inglez) para Liverpool por Lisboa eBahia, no dia 15 ás 9 horas.

RubElNS (inglez) para o Rio da Prata, logo quechegue.: Mondego (inglez) para o Rio da Prata logo qnechegue.

Laplace (inglez) para Hamburgo/líçO qüé»fehe-°

Poitou (francez) para Marselhu e .escalas, logoçue chegue"]

. .. . •. •.

TA.-..T.A -;TT ¦ ^TA^aTt1^ .AT-''•T .'Arj-j. ATAT

:-.;>íTA:TTT

1-5 ' '

O GLOBO. MRiode Janeiro, 8*a/bl»a<lo 14 de Agosto de 1875*

BANCO NACIONAL.Convido os Srs. accionistas a

reunirem-se em assembléa ge-ral, no dia SI do corrente, nacasa do Banco, pêlo meio-dia,afim de Ilies ser presente o pare-cer da commissão do exame decontas.

Rio de Janeiro, 13 de Agostode 18*55. — O presidente do Ban-co, «I. £,. V. Cansansão de Si-nimbú.

CAIXA DEPOSITARIAHVA. DB S. PEDRO N. 124

Continua a receber dinbeiroem conta corrente por caderne-tas a juros de tf % ao anno, pagosnos semestres civis, tambem re-cébe Qualquer quantia a perazofixo (nunca menos de SO dias) ajuro de G '/.

pago adiantado. Des-conta letras do Thesouro e dosBancos; faz empréstimos sobcaução de apólices da divida pu-blica, acções de Bancos e Com-

Eanbias de juros garantidos e

ypotbecas de prédios urbanos.—Costa Guimarães & C.

Conselho de Compras da In-tendencia| da Guerra.

Este conselho recebe propostas no dia17 do corrente mez, até ás 11 horas da ma-nb5, para a compra dos artigos abaixomencionados, devendo o fornecimento serde prompto; a sabi r :

17,230 metros de panno azul rogular.679 metros de panno mescla fino.2(51 metros de panno carmezim.13,71(5 metros de algodão branco liso.29,440 metros do hollanda de linho.81 cobortoros do lá, encarnados.1 machina para caniar ia.Ab fazendas hilo de sor do qualidade e

eflr igual ou muito proximtiH á dos typosexistentes na Intendencia, sendo neste cimoobrigatória a aprounntaeílo das respectivasamontras. Ou cobertores aorilo inteiramentejgufios a ninoatra que so acho. oxpoHta.

As propostas devam nor om duplicatn,oom roferoncin a um pó artigo o aHaigna-dtie polo próprio propononto, quo dovonicomparecer, ou fa/.er-so ronroHcmttir com-potoutoinonto na oceanifio da hohhRo, tundomuito om vista as diapoBiçOou do regula-monto om vigor a todos os roupeitoB.

Bula «luíi hubhõub do Cônsul lio «Io Com-pra». em 13 do Ago»to do 1875. — O 2' of-flciaí, D. Braz de Souza da Silveira, ser-vindo do secretario do Conselho.

secção morouJ''vjK j^>-—"jc

fMgÉÊÈÊÊÈÈÈlL¦í^aasisaSaVss^á»

COMPANHIAÉTMM DI I

MÂCAHE E CAMPOSmm

ANNUNGIOSÁLUGA-SE um moleque para copeiro ; na

rua do General Pedra n. 62, sobrado.—. |. D JUNTA. Precisa-se para um collegio;Lrua Larga de S. Joaquim n. 166.

ALUGA-SE a casa n. 159 da rua do Senhor

dos Passos, com commodòs para familiae para tratar na mesma rua n. 153.

O VAPOR

LEILÕES

uma

LEILÃOOB

linda e ele-gante

FjYcvesâH '.¦* ~

arreios para umanimaes

E

g dous

duas magníficas parelhasx>ra

CAIA! LOS PRETOS E TORDILHOSDO

RIO DA PRporfeitamento ad «ostra

dos paraSELLA E CARRO

HOJESabbado 14 do corrente

A'S 11 HORAS EM PONTO

NA COCHEIRA DO SR.

Reis ViannaTravessa da Barreira

sahirá no dia 17 do corrente,ás 4 horas da tarde.

Recebe carga para CAMPOS e estaçõesintermediárias nos dias 14 e 16, pelo Tra-piche Carvalho, onde se trata com Rego.

Ençommendas, no escriptorio , ató aomeio-dia do 17, e passageiros ató a hora«ia partida; trata-so no escriptorio daCompanhia, á

95 RÜA PRIMEIRO DE MARCO %

ÂLUGA-SE na rua do Senhor dos Passos

n. 153:Três pretas, para cosinhar e lavar.

LUGA-SE os baixos da casa da rua doSenhor dos Passos n. 31 placa, e para

tratar na mesma rua n. 153.

ÂLUGA-SE a grande casa de sobrado da

rua da Praia n. 133 ep Nitherohy, pin-tada e forrada de novo com água dentroe bom quintal, própria para familia de tra-tamento, tem por baixo um vasto armazémque se pôde alugar separadamente: a chaveestá no n. 125 e trata-se no n. 9, tudo namesma rua da Praia.

GONORRHÉA.S e flores brancas curadas

radicalmente em três dias, sem dôr nemrecolhimento, pelo opiatodeBerton e bolosde Charles Albert; unicamente á rua daAssembléa n. 80, pharmaeia Raspail.

LIIÀ 1 PAQUETESENTRE

Hamburgo e a Americado Sul

O PAQUETE ALLEMÃO

1 -MSesperado do Sul até o dia 21 do corrente,

sahirá para

BAHIA, LISBOA- E HAMBURGOCONSSGNATARIOS

38 Rua do General Câmara 38

M.P.B mISIOS ü1 11 S 11L. Ml

autorizado por um illustrecavalheiro que se retiroutemporariamente da corte,fará o leilão a cirna.

A victoria recommendu-se por ter sido feita de en-comrnenda nas officinas dosSrs. Rohe Irmãos.

Os arreios são superiorese novos.

Os cavallos formam talvezas melhores parelhas quetêm vindo do Sul.

IS". IO.— TizdLo pód.© serexaminado pelos sirs.pretendentes até ú, lio-j>a «tio leilSo.

Soeiété Générale de Trans-ports Maritimes à

"v a. :f» ük: ubl

0 PAQUETE A VAPOli FRANCEZ

5T,n jfF"r^lí,

JOSÉ' da Costa e Silva, interessado da

casa commercial dos Srs. Carneiro «feMartins desta praça, declara que não, seentende com elle,

*e sim com pessoa de

igual nome, a noticia dada pelod jornaesde hoje, de ter sido preso por desordeiro.Rio de Janeiro, 12 de Agosto de 18T5.HIÍCISA-SE do um copeiro livre e am-itnçado na rua do Ypiranga n. 4.

PRECISA-SE do um commodo indepen-

dente, quo aeja arejado, em casa du fa-milia. sem mobília, para um homem sol-teiro do commurcio, na rua do Hospício,n. 18 (sobrndo),

VRNDE-SE «uporiòroB charütõffda Bahia

a 1!)# o milftoiro, ü rua do Ouvidorn. 132. (•

P

200S DE GRATIFIG4ÇÃ0Desde Dezembro do anno pas-

sado anda fugido o pardo Brau-lio, de SO annos de idade, esta-tura regular, cabeça grande,rosto sobre o comprido, queixofino e uni pouco virado, pare-cendo fazer uma curva, dentesjuntos, falia fanboso, embriaga-se, tem signaes provenientes decastigo, nega o nome, e descon-fia-se que esteja em alguma ca-dêa. Protesta-se com todo o rigorda lei contra quem o tiver acon-tado, e gratifica-se com a quan-tia acima mencionada a quemo entregar em Valenca ao Sr.«Ioão Ignacio Coelho da Silva,ouao Exm. Barão das Três Ilhas,em sua fazenda. (•

1MGBMSSantos Ba-

rata <6 G. aca-bam- de rece-ber nma ricac o 11ecçâo deimagens de to-dos os tama-nhos.oratoriosde differentesgostos, casti-çaes de ma-deira doura-dos e de meta!branco;jarrasdo ura daspalmas de ílô-res para altar;lâmpadas, cal---í-:.,¦¦::¦¦'¦¦¦¦ ~' deirinhas e tu-««****. ,<*>.*»*•«—' ribul08 de m

tal branco do diversos gostos e tamanhos; galbe-tas de vidro simples e guarnecidas do metalbranco ou dourado e todos os mais objuotos per-lencentos A igreja. Encarregam-se do incarnuvo<.e«le imagens e de dourar castiçaes, jarras e tudomais pertencente a mesma arte,

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ALEXANDRE DE ALMEIDASUCCESSOR DA ANTIGA CASA DE FREIRE & C.

Os Srs. cbefes de familia encontrarão sempre neste antigoestabelecimento, sem competência em sortimento e modicidadede preços, a mais importante variedade de roupas e modas fran-cezas para qualquer idade e concernente a todos os misteres;próprias para uso de casa, para colregio e para passeio, e alémdisso para preços relativos a todas as bolsas. Desde 6$ até50$, pôde um menino obter um vestuário mais ou menos mo-desto ou rico, tal é a variedade de preços e qualidades deroupas existentes, que seria enfadonho especificar.

Para complemento da toilette de meninos, desnecessárioserá lembrar tambem o importante sortimento que esta casasempre tem de camisas de todas as qualidades, meias e cerou-Ias de todas as qualidades, chapéos, bonets, gravatas, suspen-sorios e bengalas, para as mesmas idades acima. (Especialidadedeste artigo).

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ções, trata-se com os consignatanos

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ij 1 W% 1 1 f sAj ii

mandante DE SOMER, da linha directa, esperado de BORDÉOS até o dia 25ommanu do corrente> sahirá para

MONTEVIDÉO B BUENOS-AYRESdepois da indispensável demora.

-„ » ttí<*.íb informaçSes, trata-se na agencia, e para carga,

^HÃX^tor" SloLW, á'rua do Visconde de Itabon^ -orahy n. 3,«om .1* andar. JBEÍRT031.INI, agente.

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|-A APPROVADO PELA ACADEMIA DE MEDICINA DE PARIS É|

0 «0MÜiaIaHSlt 3Lfa,ÍBaira,a^ía© ê UtÜ Vinh Oeftlinen- * A Sfnr.» A... de Bourbon, com vinte e cito annos de idade, tinha tabu

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0 ^MÜnIassit ILalbarraqne è nm Vinh oeminen-temente tônico e febrifugo, destinado á substituir todosos outros preparados de quina.

Os vinhos de quina ordinariamente empregados emmedicina, são preparados com cascas de quina, cujariqueza de elementos activos é extremamente variável;aceresce ainda que em razão d'esse modo de praparação,estes vinhos contêm apenas alguns vestígios dos ele-mentos activos.

0 <0uÍB&liam Xis&lkarrafiue, approvado pela Aca-demia imperial de medicina, constitue pelo contrarioum medicamento de composição determinada, rico deelementos activos e com o qual podem sempre contaros médicos e os enfermos.

Pode-se dizer hoje como uma verdade incontestávelque naõ ha indisposição continua sem principio febrildo qual, quem soffre, não tem conhecimento algumasvezes, mas que nem por isso deixa de existir. Por issoas pessoas fracas e debilitadas, quer por diversas causasde esgotamento, quer por conseqüência de moléstia, osadultos cançados por um crescimento rápido de mais,as raparigas que tôm difficuldade em se formar e desen-volver, estão sempre subinetüdos a umu acção febrilcontinua. É n'estes casos que o Quinium Labarraquepode ser administrado com a certeza d'um exilo eom-pleto. Nas convalescencias, o Quimum è o tônico porexeelleneia : junto eom as Pilulas de Valfet, produzeffeitos maravilhosos.

Nos casos de chlorosis, anemia, e cores pallidas, elleé um poderoso auxiliar dos ferruginosos. Junto porexemplo com as pilulas de Vallet produz effeitos nota-veis pela rapidez de sua acçad.

• aconselhei o nso de Quinium Labarraque a um grande numero dedoentes, tanto na minha casa de saúde como na minha clinica externa.Como trato especialmente as affecções cancerosas, procurei por muito(empo um tônico poderoso. Tendo-o encontrado no Quinium, o qualconsidero como o restaurados por cxcelleacia du constituições cahaustas.

0 SF Cuo» •

* A Snr.» A... de Bourbon, com vinte e cito annos de idade, tinha fahnsob differentes typos, ha dezoito mezes. Ella tomara uma enorme quan-tidade de sulphato de quinsno, de maneira que seu estômago não podi*mais toleral-o, mesmo misturado com ópio. 0 estômago achav.t-se de ta«sorte fatigado que nem mesmo podia supportar o suiphato de ferro; est*sal provocava-lhe eólicas e uma excessiva repugnância. Foi nessas con-dições que receitei o vinho de Quinium, cuja appariçào era recente. El-tandopouco íàniilierisado com seus effeitos, grande íoi minha surpresa ao vèrcom que promptidão, elle fizera desapparecer a febre da Snr.' A..., qusha dous annos nSo tem tido, a menor recahida. »

« 0 Sfir R..., de trinta e dous annos de idade, proprietarío-cultivadoiem Ygrande, teve durante os verões precedentes alguns aceessos de febreque cederão com o uso do sulfato de quinino. No mez de Agosto de 1859.foi de novo atacado p«íla mesma febre; mas, d'esta vez, o sulfato de qui-nino não produzio o resultado acostumado. Occasionava-lhe grandes dôre»de eslomago, e, cm seguida, uma repugnância invencível. A febre aug-mentava de intensidade. Appare^erão o fastio, grande fraqueza e tristósacom o pensamento que elle suecumbiria, visto que não podia tomar ne:üsupporíar o anico remedio capaz de o curar. Receitei-lhe quatro cálice»Je vinho de Quinium por dia... A febre dasapparecüü; o doente recu-perou de novo o appetite, o somno e a alegria, e só fan uso do vinho, dinúunindo as doses de dia em dia. »

u A Snr.* P... de vinte e seis annos de idade, estava devorada por uraaifebre, haviaõ cinco annos. Apezar da sua mocidade, apresentava o aspectoda velhice : pulte côr de terra, olhos embaçados, etc* Desde sen casa-mento que datava de seis annos, residia n'uma casa bem situada nu appa-ronda, íjobrts uma coluna, achando-se entretanto no alto do tanque d#Meillerg Ora a motade (fosse tanque «ala secca durante o verlo.

<t R(H:oil«ii-lliü o vinho de Quinium por doMs du quatro cálices pui-diR.Paieadoa quinze dios, o marido veio dar-me parte de grande melhora doestado de sua mulher. A febre desapparecera completamente, a pdlntornara-se alva o appetite e o somno voltarão; maw ó tal o medo quo tecade recahir doente, que ella reclaiuou-nie ainda urna garrafa de yixiho d*Quinium.

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t Ua alguns annos que trato os doentes da fabrica de Maxelino et G*;receitei sempre com exilo constante o vinho de Quinium Labarruque comofebrifugo e tônico em todos os casos que os operários (em numero do büttá 1,000) achavão-se enfraquecidos peles miasmas paludosos qua exhalüsos terrenos do ¦ Eure. •

€ 0 S\ Mazeline mesmo, achando-se em estado de magrexa assaa gravorpor causa do excesso de trabalho, n'uma localidade onde as febres sa«freqüentes, foi regenerado pelo vinho de Quinium tomado em dose de «mcálice pela manhã e á noite, recuperando d'esta sorte sua perfeita saud«

fÊír!£; -.Vi

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José Pereira Leitão e sua familia agra-decem do fundo d'alma a todas as pessoasque acompanharam até o ultimo jazigo, ocorpo do seu filho o bacharel José PereiraLeitão Júnior, e participam que por suaalma fazem celebrar uma missa na igrejada Immaculada Conceição, ás 8 1/2 horas,segunda-feira 16 do corrente, sétimo diado falecimento.«WAM«*«»»«?Ma«R^^^

tO Dr. Joaquim Saldanha Marinho e An-

tonio da Silveira Vargas, pedem ao3 seusamigos o caridoso obséquio de acompa-nharem os restos mortaes de seu inno-cente netto e filho Jo&o, que se ha de se-pultar hoje 14 do corrente, no cemitériode S. João Baptista, sahinde o feretro ás10 horas da manhã , da rua do Catteten. 250, pelo que desde já se confessamagradecidos.

Não se fazem convites por cartas.

ESCRMO fflplFugio no dia 2 ^de Julho próximo pas-

sado da fazenda do^aDegrôdo» na fregueziada Madre de Deus do Angu, municipio daLeopoldina, um escravo de nome Miguel,natural do norte, côr fulla, estatura re-guiar, cheio de corpo, testa pequena, olhosvivos e pequenos, nariz achatado , boceagrande, e bons dentes, sem barba, pescoçocurto e grosso, pós grandes: quem o apre-hendor e levar á fazenda acima moncio-nada, ou á rua do General Câmara n. 1, emcasa de Jor(s Pinto Mourão llaatos, rece-berá a gratificação de 100#000.

-

EAÜ VEGETALBDB

ROSE ET QU1NINliomovo a caopa, dá brilho no ca-

bello, previno a sua decoloruçito, for-tilica as raizes o impede a queda.

ÚNICO DEPOSITO

JAMES NÉRRIS 6 C.49 Rua dos Ourives

(PLACA)RIO DE JANEIRO

^ DR. THOMAZ ALVES J1Í0R \E' encontrado todos os dias, paia Sobjecto de sua profissão, á rua dos riOurives n. 51, do meio-dia ás 5 horas \da tarde. Ú

0 DR. LACERDA FILHOMEDICO

ti) dá consultas todos os dias, do meio- «'K dia ás 2 horas na rua do Rozario n. 6, (^e reside na rua do Visconde de Bom-fim n. 14S, onde recebe chamados aqualquer hora.

DR. ABOLPHO GADME»IC©-CK!5.lJft€rIÀO

-u Especialidade : moléstias de olhos.Abrio sen consultório á rua de S.Pedro n. 56, onde se acha daB 11 atóas 2 horas da tarde.

I DL POIiMÍO D. DOS SANTOSCONSULTÓRIO

$ 14 Rua de Gonçalves Dias 14De 1 ás 3 horas da tardo

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Especialidade: MolestiftB do ligado ¦*,]l o do cfltomngo.

100II000 de gratificaçãoFufjio a fl« de «Siairiho i»irox(ini»

passado, d:a g'jns;cii«Sii — Pombal—sita sao^n^ú, eDiisaiciniío «1c Leo«IMildína, |trovin«ia úvs minas, umescravo pertencente a fltaj^cnioBVedro &ii^au<a, de saoiiiie FVorber-to, de S« nonos de idade, eôrporda, caltellelra grande, bonsdentes e pés pequenos. Descon-fio-se «ue seguira para o inte-rior desta provincia corno caana-rada, aeonipaniiando a 11 g ia an ataaopa. Quero o npproSaender e ie-var a seu senisor, será gratifl-cado coin a fiuantâa acsiaaa, aiénnide pagar-se as despezas que là-zee-

uVende-se este excellente sabão á rua do

Carmo n. 43, único deposito dos productosda fabrica da companhia Luz Stearica. Nointuito de vulgarisar o uso deste gênerocujas qualidades são bem conhecidas, re-solveu a companhia vendel-o a preçosmuito reduzidos e para isso chama a át-tenção do respeitável publico.

M i iiiiiÉiiii'im*^m"iA^,"u,h^^

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YALEMÇÂFugio, pela terceira vez, o es-

cravo Joaquim, preto, de 38 a40 annos, baixo, sem barba, temtrês signaes bem salientes nascostas e cicatrizes nas nádegas,provenientes de castigo; levouuma trouxa de roupa e chapéode couro. Ouem o entregar emValenca a «João Ignacio Coelhoda Silva, receberá SOO# de ga*a-tiíieação. Este escravo costumadizer que é liberto. (•

ESCRIPTORIO OFFICIALDE

«*

5 PRAGA DE D. PEDRO II 5UUliiUAy SI

BOLETIMOâTerecem seus serviços :» ffamilias, francezas.S ditas, hespanholas.fl dita, suissa.S alfaiates, it; lâanos.flO agricultores, italianos e

suissos.IH criados, italüanos, hespa-

nhóes, rraneezes e belgas.fl canteiro, italiano.fl confeiteüro, italiano.5 carpinteiros, rraneezes e ita-

lianos.1 cabclleíreiro, francez.5 cocheiros, italianos e fran-

CC/CH.4 caldcirelros, italianos e fran-

cezes.ii cozinheiros, italianos e fran-

cezes.Ví corrcclro, ltalian<».1 <;alxelro, portuguez.9 dourador, hespanhol.ü ourives, hespaaahol.'£ ferreiros, ita.llano e 1'raucev:.1 fabricante de sabão,italiano.6» jardliaelros, francezes, ita-

liaaaos e liespanhóes.8 mineiros, italianos.

machinistas, francezes e ita-lianos.

ii pintores, francezes,italiaitose hespunhóes.

:t pedreiros, francez, italianoe hespanhol.

ti serrador de madeira, sta-liano.

íi sapatelros,itaIianoe fraaacez.serralheiros, franceses eâta-

lianos.1 tanoeiro, italiano.fl *£ trabalhadores, francezes,,

ita3ia«nos e hespanhóes.IRâo, a 3 de Agosto de «8-35.—

Fredericts Meyer, encarregadolio serviço.

IAUJdi» •Na pharmaeia- SANTA RITA, rua dos

Ourives n. 199 antigo, 157 placa, esquinada de Theophilo Ottoni, vendem-se reme-dios especiaes para a cura radical de escro-phulas, rheumatismo, e tambem o gotos,asthma. coqueluche, opilaçSes, anazarcas,hydropisias e enfermidades da pelle emgeral, assim como a lepra tuberculosa(vulgo morphéa), tinha, empigens, dar-thros, figado bravo, elephantiasis dos ara-bes, inchações, lesões do figado e do co-raçSo, boubas, formigueiros, escorbutos,moléstia .do peitp e do larynge, feridasantigas, diarrhéas, erysipelas, sezões, ane-mia, hemorrhoidas já com mamillos, eoflri-mento do utero, flores brancos, gonorrhéaschronicas, cancros, chagas venereas e pa-peiras. Tambem se fazem tratos condici<>-naes, tal 6 a nitidez e nexo do a preparadose a proficiência do manâalum meâicum, ven-dendo-se igualmente os remédios para foracom as precisas expliceções.

O pharmaoeutico, Antônio Luiz âa Costa.

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VENDE-SEpalotota BobroH o fraques dn panno pniton 25«, 3QJSI e 400000. '

Diton de cazemira o olaHticotino do eôra nojjt u ms^ooo.Çavours «Io panno piloto do 2M a 3li«00<>.

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com golla de velludo o fita de 15# a 20)^000.Calças de cizoraira preta a 10ÍL 12ffio 14jJ!000. ff' *Ditna de côr a 8^, 10)? e 12^000.Coletes de dita pretos e de côr de 58.a 8g000. *Ceroulas de linho, (dúzia) 36$ a 44flOOO„Ditas de crotone (dúzia) 20#000.Camizas de linho (dúzia) 40)?, 50$, 00$e 80jí; nssim como, paletots e calças de

urim de cores, e tudo mais concernéuto aeste ramo de negocio, o que se vende porprnços baratissimos.

Fas-se sob medida qualquer peca de obraem 24 horas com exemplar perfeição, ele-gancia e preços razoáveis; apresentandoum grande sortimento de pannos, cazemi-ras, diagGnaes, elasticotines, brins,merinóse aipaeas.

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Oleo Poro de Figado de BacalháoPKBPABADO POR

Extraindo directamente doa fígados fres--os do bacalháo, por meio da compressão,e sem accão caloriea alguma, depois de tersido pescado nos bancos da Terra Nova. E'de gosto agradável e contém iodo em grandeproporção. E' de effeitos admiráveis nocurativo da tisica. Fortalece a delicadafamtureza das crianças, faz engordar e comzeunica as cores da saúde aquelles que nam-so delle.

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com peitos de linho, dúzia, 52$ ceroulas delinho, dúzia 38$; ditas de cretonne 20$;vende-se na rua do Ouvidor n. 93 (antigo101), loja de musicado D. Filippone.

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MAECOi CASALI & FILHOS

mm e ixTRMWii mm': HOJE

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MÜRRAY&LANMAUChamada geralmente

o <x Perfume inextinguivel» ó universal-mente usada para perfumar o lenço, e mes-monotoucadordas senhoras de distineção,e no banho. Cònsidera-se como um perfu-me sem rival no mundo; no quarto dodoente purifica o ar, e é de uma rara effl-cacia em todos os casos de esvaecimentos,fadiga, excitação nervosa, vertigens, etc,etc. Experimentai o mais delicioso de todosos perfumes.

Sabbado ±4= de agosto de 1S75

¦ . GRiNDE SUCCESSO DO CEEBRE ARTISTAVICENTE CASALI

Único rival de Erekque, em seu trapezio aério volante

Trabalho este que chamamos a attenção do iliustrado publico fluminense, e outrosyarios trabalhos que hoje devem ser exhioidos neste circo, como sejam

Eqixeslares,Grymxia,sticos9

; ( •- Aéreos e

em que tomarão parte diversos artistas de ambos os sexos.

Amanhã domingo, haverá duas funcçSes, uma ás 4 1/2 da tarde e outra ás 8 da noite.

0 director LUIZ CASALI,

THEATRO D. PEDRO II.HOJE

Sabbado 14 de Agosto de 1875

Honrado com as augustas presenças deSS. MM. II.

ÚNICO CONCERTOPJE&.A. SENHORITA.

ESMERALDA CERVANTESHarpista de S. M. a rainha D. Izabel II.

de S. M. o rei de Hespanha D. AffonsoXII, de S. M. o rei de Portugal D. Luiz I;professora honorária do Real Conservatóriode Madrid, presidente das sociedades ge-raes e artísticas de Hespanha e condeco-rada com varias medalhas.

A-S 8 HORASPRIMEIRA PARTE

A representação da comedia em 1 actopela compantíia dramática dirigida peloactor Valle

CURAR POR INFOMACftlSSEQWD^pÁllTE

Peía celebre harpista Senhorita Esme-ralda Cervantes; GRANDE FANTAZIESURMOISE, por Parich Alvars.

TERCEIRA PARTEUm lindo bailado pela primeira baila-

rina JOSEPHINA ENGELMAYER e asbailarinas Pia Terzachi, Emflia Bernachi,Adelaide Benzotte e Terezina Ceglariani.

QUARTA PARTEPela joven harpista EsmeraldajCervantes,

LA DANSE DES SYLPHES, por Gode-froid.

QUINTA PARTEA muito applaudida comedia em 1 acto,

repertório do actor Talle, ESPERTEZADE RATO.

Terminará o espectaculo com a ultimaparte do concerto pela Senhorita Esme-ralda Cervantes, ADIEtJ A RIO, dedicadoa S. M-' o Imperador por Esmeralda Cer-vantes.

O resto dos bilhetes acham-se á vendano bilheteiro do theatro»

TBEATRO S. PEDRO BE AlCAtíTARAEMPREZA DO ACTOR

GUILHERME DA SILVEIRAGrande novidade

ROJEA empreza deste theatro tem a honra da

annunciar ao respeitável publico que con-tratou com Q

celebre artista poríeggsiez

ÂKTONIO PEDROunicamente 20 espectaculos com as pecasde seu vasto repertório, tendo lugar

!a

CLUB POLYTECHNICOSessão partienhr dos sócios

e accionistas

Sdbbkdo ÍAâe Agosto deI875a 5a recita de

ANTÔNIO PEDROcom a representação do drama em 5 actostraducção de Les Vieux Garçons de Victo-rien Sardou, por Latino Coelho.

OS SOLTEIRÕES

\

O papel de Veaucourtois é desempe-nhado pelo actor *'

ANTÔNIO PEDRO

mina^sTÍT/â0 COmesa ás 8 horas e ter"

tra0nsfmPve1íCUl°S neste theatr° s§° in"

+«51'„ B:rAs 6Qcommendas só são respeKtadas ate ao naeio-dia, * -

HOJEÁS tf 1/» HORAS DA NOITE

EM PONTO

Primeira partaPHYSICA.-Effeitos Patológicos, me-canmos, chimicos, caioriticos e luminosos

da püha electrica. (üobino de Ruhmkorff.CHIMICA.-0 gaz oxigeneo e suas pro.pnedades.

Segunda parte '

Estudo da kr.a comASTRONOMIA,varias projecções.

HISTORIA.-Estudo de alguns monu-mentos de Roma, projectados.

Os Srs. eocíos e accionistas que aindanão tiverem o cartão de entrada podmãoprocural-o no estabelecimento até ás 6horas da tarde.

Rio, 13 de Agosto de 1875.

¦IIIMIII^^M1S|R' AN'TBN0R-

Typ.do -GLOBO-Rua d^õüriví^

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