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O CUIDAR E AS COMPETÊNCIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM1

PROCESSO DE TRABALHO EM ENFERMAGEM

DENISE CRISTINA ALVES DE MOURA

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Objetivos

Contextualizar o processo de trabalho em Saúde e em Enfermagem; Conhecer os conceitos de Enfermagem; Trabalho; Trabalho em Saúde e Processo de Trabalho em

Enfermagem;

Compreender os componentes do Processo de Trabalho em Enfermagem à luz das dimensões do cuidar.

1 – Introdução

O mundo do trabalho vem sofrendo constantes alterações no último século, como a globalização,

inserção de novas tecnologias, desenvolvimento científico, mudanças nas formas de comunicação, dentre

outros. Sendo que estas alterações são influenciadas pelo contexto social, político, histórico, econômico e

cultural. Tais transformações exigem dos profissionais novas formas de gerenciar, planejar, organizar e

utilizar os serviços. Dessa forma, é necessário que haja novos perfis profissionais que sejam capazes de

atender as diferentes demandas do mundo trabalho, e que desenvolvam e aprimorem competências e

habilidades, que os tornem aptos a: realizar diagnóstico, propor soluções, tomar decisões, pensar

criticamente, resolver problemas, gerenciar conflitos, negociar, trabalhar em equipe, dentre outros (FARAH,

2014).

Essas transformações propiciaram condições para que o processo de trabalho se modifique. As

modernas tecnologias não substituem a força de trabalho, mas exigem uma mão-de-obra cada vez mais

qualificada e capacitada. Cresce, portanto, a necessidade de trabalhar em grupo, gerenciar processos, eleger

prioridades e criticar propostas. Esses são alguns dos pré-requisitos exigidos para o novo profissional

(CASTRO, 2008).

O setor da saúde também sofreu influência de todas essas modificações ocorridas. Como por

exemplo, com a implantação do Sistema Único de Saúde, fica evidenciada uma “demanda de atuação dos

profissionais que compõem as equipes de saúde a prestarem uma assistência integral aos usuários do sistema,

1 Este texto foi elaborado como material instrucional para a Disciplina Administração em Enfermagem I, para os

acadêmicos do Curso de Graduação em Enfermagem do 6º período da Faculdade de Enfermagem da Universidade

Federal de Juiz de Fora.

Pedimos que caso haja o interesse em utilizar este material para outro fim seja citada a fonte, para manter contato com

o autor utilize o seguinte e-mail: [email protected]. 2 Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Professora Substituta do Departamento de Enfermagem Básica da Faculdade de

Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENFERMAGEM

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BÁSICA DISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM I

2º semestre 2015

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determinando uma necessidade de aquisição de novas habilidades, posturas e conhecimentos de todos os

profissionais” (ABRASCO, 1996, p. 6).

“As mudanças dos processos produtivos na saúde podem ser verificadas na incorporação de

novas tecnologias de cuidar, nos processos produtivos, nas outras maneiras de organizar o processo de

trabalho e, até mesmo, nas mudanças das atitudes dos profissionais no modo de cuidar do outro” (MERHY;

FRANCO, 2009 s/ página).

O processo de produção em saúde tem especificidades, sendo elas: o lidar cotidiano com paradoxos,

como a vida e a morte, a dor e o prazer, tendo como foco do trabalho o monitoramento e o acompanhamento

dos perfis de saúde-doença e de reprodução de grupos sociais, seu produto não é uma mercadoria que se

troca no mercado, mas é fruto das relações que se estabelecem entre os homens em sociedade. Assim, o

desenvolvimento do trabalho não ocorre de modo isolado, ele é conseqüência da articulação e das relações

estabelecidas no trabalho de vários agentes (GRECO s/ data; QUEIROZ; SALUM, 1996).

A enfermagem sendo uma das profissões da área da saúde, também foi influenciada por todas essas

mudanças ocorridas, necessitando de buscar novas competências profissionais. Dessa forma, é de

fundamental importância que o enfermeiro reflita sua prática profissional e seu processo de trabalho, com a

finalidade de se adaptar as transformações da política de saúde, do trabalho e do mercado de trabalho

(FARAH, 2014).

A enfermagem enquanto um trabalho que está relacionado ao processo de produção da saúde se

caracteriza por apresentar finalidades, objetos, métodos, instrumentos, agentes e produtos específicos. Em

outras palavras, iremos estudar a organização e o processo de trabalho da enfermagem e sua relação com os

outros trabalhos da área da saúde. Reconhecendo a complementaridade deste trabalho com outros,

identificando o espaço institucional e social desta prática. Para que através dessa reflexão crítica possamos

pensar estratégias de mudança da realidade (GRECO s/ data; ALMEIDA; ROCHA, 1997).

Para o melhor entendimento do processo de trabalho em enfermagem torna-se importante a definição

de alguns conceitos como: Enfermagem, Trabalho e Trabalho em Saúde.

2 – Enfermagem

A enfermagem Moderna emana do modo de produção capitalista e é influenciada por seus preceitos

no espaço institucional hospitalar, no qual há a divisão parcelar do trabalho. A enfermagem profissional

sempre exerceu suas funções de assistência dividindo tarefas com outros trabalhadores de enfermagem, pois

assim que a primeira turma de Enfermagem da Escola Anna Néri concluiu o curso, já houve a formação de

auxiliares de enfermagem e posteriormente de técnicos de enfermagem, para que estes executassem os

cuidados e tarefas delegados pelo enfermeiro que realizava a supervisão e a administração da assistência.

Portanto há uma divisão técnica e social do trabalho de enfermagem (PIRES, 1989; SILVA, 1989).

O trabalho na área da saúde é composto por áreas técnicas como a medicina, fisioterapia, totalizando

14 profissões, sendo uma delas a Enfermagem. A Enfermagem faz parte do processo de trabalho em saúde,

compondo uma equipe para a execução do trabalho. Suas atividades estão relacionadas ao cuidado, à

assistência direta que predominantemente é executada pelos técnicos/auxiliares de enfermagem e ações

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relacionadas à organização do serviço de saúde e enfermagem, exercida predominantemente pelo enfermeiro

(FARAH, 2014).

É imprescindível que saibamos definir Enfermagem para entender o processo de trabalho em

Enfermagem.

Segundo Almeida (2000 p. 97), “Enfermagem é uma das profissões da área da saúde cuja essência e

a especificidade é o cuidado ao ser humano individualmente, na família e ou na comunidade, desenvolvendo

atividades de promoção, prevenção de doenças, recuperação e reabilitação da saúde, atuando em equipes. A

enfermagem se responsabiliza através do cuidado pelo conforto, acolhimento e bem estar dos pacientes seja

prestando o cuidado, seja coordenando outros setores para prestação da assistência e promovendo a

autonomia através da educação em saúde”

Ao longo do processo histórico, a Enfermagem vem se constituindo como ciência e arte na

área da saúde com vistas a produzir um corpo de conhecimentos próprio que atenda aos

interesses, necessidades e peculiaridades da profissão e do contexto social. O cuidado de

enfermagem, para dar conta da complexidade e dinamicidade das questões que envolvem o

estar saudável e o estar doente de indivíduos e/ou grupos populacionais, precisa abranger, além dos aspectos técnico-científicos, os preceitos éticos, estéticos, filosóficos,

humanísticos e culturais (SCHAURICH; CROSSETTI, 2010 p. 183).

A enfermagem, enquanto profissão está inserida em um contexto histórico e social, que passa por

modificações, “novas tecnologias são implementadas, novas formas de organizar o trabalho convivem com

as velhas formas” (GELBCKE; LEOPARDI, 2004 p. 193).

Segundo Farah (2014) a enfermagem é entendida como ciência por ter um conjunto de

conhecimentos que vem sendo construído e reconstruído ao longo de sua trajetória, sendo este articulado

com a sua prática. Como é uma ciência que tem como objeto o cuidado do outro, é necessária a incorporação

de conhecimentos de outras ciências, tais como: biológica, humana, social e da saúde para a prestação da

assistência integral em todo o ciclo de vida dos indivíduos, famílias e coletividades, por meio de ações de

prevenção de doenças e agravos, promoção, proteção e reabilitação da saúde. A enfermagem é também arte

uma vez que busca restaurar a saúde, por meio da utilização de instrumentos, técnicas e habilidades para

assistir aos indivíduos e para organizar o processo de trabalho. E é ainda uma profissão, por ser exercida por

profissional reconhecido pela sociedade, ser regulamentada por Lei (Lei do Exercício Profissional - Lei Nº

7.498/86) e por ser uma atividade especializada, o quer dizer que possui um conjunto de conhecimentos

específicos.

A enfermagem é parte do processo de produção em saúde, devendo ser compreendida como uma

prática social e não apenas técnica, pois ao estar inserida na sociedade brasileira, historicamente estruturada,

estabelece relações sociais com outros trabalhos, não devendo ser definida como uma profissão isolada dos

outros trabalhos da saúde, uma vez que ela complementa e é interdependente dos demais processos de

trabalho, tanto no modelo individual como no de saúde coletiva (ALMEIDA et al, 1989).

“Historicamente os enfermeiros destacaram-se por cuidar bem de seus clientes e de forma

organizada, envolvendo disciplina e conhecimento científico. O cuidado, e todos os conceitos a ele inerentes

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(saúde, conforto, ajuda), nortearam sua prática clínica antes mesmo de fazerem parte do corpo das teorias de

enfermagem” (SOUZA et al., 2006 p. 805).

O cuidado é o objeto do trabalho da enfermagem e este pode ser definido como o conhecimento em

si e o conhecimento do outro na busca da solução dos problemas daqueles a serem cuidados, sejam eles

indivíduo, família ou comunidade por meio de suas necessidades biológicas, espirituais, afetivas, sociais e

culturais, evidenciando a identidade destes e suas necessidades particulares, pois ao reconhecer o indivíduo

em sua totalidade torna-se possível estabelecer uma interação com este em diferentes realidades

(SCHOELLER; LEOPARDI; RAMOS, 2011; BACKES; BACKES; ERDMANN, 2011; WALDOW, 1998).

O cuidado, no entanto envolve cinco dimensões, a saber: ensinar; pesquisar, gerenciar, assistir e

participar politicamente, que veremos melhor adiante (SANNA, 2007).

Segundo Waldow 1998 (p. 21) o cuidado se refere a “ações e atitudes de assistir, apoiar, capacitar e

facilitar, que influenciam o bem estar ou o status de saúde dos indivíduos, famílias, grupos e instituições,

bem como condições humanas gerais, estilos de vida e contexto ambiental”. A autora enfatiza também que o

cuidado não pode ser prescrito, mas que deve ser vivido, sentido e executado e para tanto exige dos

profissionais de enfermagem conhecimento e interação com o sujeito sob seus cuidados e a vivência nos

variados cenários de prática para a melhor compreensão do processo saúde-doença (FARAH, 2014;

WALDOW, 1998).

Portanto exige do enfermeiro e sua equipe compreensão do outro a quem presta cuidado, para que

sejam capazes de identificar ou a auxiliar a perceber as necessidades do outro em um dado momento. Em

outras palavras “cuidar é prestar atenção nas pessoas e fazer por elas o que elas estavam precisando no

momento” (FARAH, 2014; SILVA, 2006 p.14).

3 – Trabalho

O trabalho é um instrumento fundamental na sociedade em que vivemos. Entretanto, a relação entre o

trabalho e o homem nem sempre foi à mesma, pelo contrário, foi se alterando e evoluindo de acordo com a

época no qual estava inserido, com a sociedade, as necessidades e os interesses que construímos em cada

época (VIEIRA; CHINELLI, 2013; MERHY; FRANCO, 2009).

Alguns autores como, por exemplo, Sodré (2011); Marx (2008) e Antunes (2002) afirmam que a

categoria trabalho ocupa um lugar de centralidade na nossa sociedade e na vida das pessoas. Segundo Marx

(2008) o homem possui força de transformar através do trabalho a natureza e a si mesmo, daí a importância do

trabalho na vida e na sociedade.

Antes de tudo, o trabalho é um processo de que participam o homem e a natureza, processo

em que o ser humano, com sua própria ação, impulsiona, regula e controla seu intercâmbio

material com a natureza. Defronta-se com a natureza como uma de suas forças. Põe em movimento as forças naturais de seu corpo – braços e pernas, cabeça e mãos, a fim de

apropriar-se dos recursos da natureza, imprimindo-lhes forma útil à vida humana. Atuando

assim sobre a natureza externa e modificando-a, ao mesmo tempo modifica sua própria

natureza. Desenvolve as potencialidades nela adormecidas e submete ao seu domínio o jogo

das forças naturais (MARX, 2008, p. 211).

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Segundo Sanna (2007, p. 221) “o trabalho é decorrente das necessidades do ser humano. Além das

necessidades relacionadas à reprodução e à sobrevivência do corpo biológico, este ser humano, por se

constituir num ser social, precisa atender a uma série de necessidades para viver”.

O ato de trabalhar é um dos fatores que mais influenciam as condições e a qualidade de vida do

homem e desta forma a sua saúde. Este ato é uma necessidade natural e um direito constitucional

(CARVALHO, 2014).

4 – Trabalho em Saúde

O trabalho assistencial em saúde é um trabalho essencial para a vida humana. O produto é

indissociável do processo que o produz, é a própria realização da atividade. A prestação do

serviço - assistência de saúde - pode assumir formas diversas como a realização de uma

consulta; uma cirurgia; um exame-diagnóstico; a aplicação de medicações; uma orientação nutricional, etc. Envolve, basicamente, a realização de uma avaliação da situação de saúde

seguida da indicação e/ou realização de uma conduta terapêutica/assistencial (PIRES, 2000

p. 255).

Para Marx (1994) o trabalho em saúde é improdutivo, pois contribui indiretamente para a acumulação de

capital, pois não produz mercadorias, mas influi na manutenção e reprodução da classe trabalhadora.

O trabalho em saúde é vivo em ato, isto é, o trabalho humano no exato momento em que é executado

é consumido, o que determina a produção do cuidado. Para a realização do trabalho em saúde, o objeto é o

cuidado; a matéria-prima é o homem; os instrumentos são constituídos pelas tecnologias leves (representada

pelas relações de produção de vínculo, autonomização, acolhimento e gestão), tecnologia leve-duras (como é

o exemplo do saber técnico estruturado) e tecnologias duras (representadas pelos equipamentos, máquinas, as

normas e as estruturas organizacionais), e o produto são os atos para a produção do cuidado que podem ser

de natureza distintas, por meio de ações de prevenção, proteção, manutenção e reabilitação da saúde

(FARAH 2014 apud MERHY 2005; MERHY; FRANCO, 2009).

Segundo Merhy e Franco (2009), o trabalho em saúde é um trabalho coletivo, uma vez que não há

trabalhador de saúde que dê conta sozinho das necessidades de saúde dos usuários individuais e coletivos,

portanto pode-se dizer que é um trabalho interdependente. Assim sendo, a finalidade do trabalho em saúde é

cuidar do usuário, sujeito efetivo das necessidades de saúde.

O trabalho em saúde é diferenciado e complexo devido a alguns fatores: o fato de ser um serviço que

depende das relações interpessoais estabelecidas entre os profissionais e usuários para a efetivação do

cuidado; outra questão é da não universalização de seu uso, ou seja, cada indivíduo demanda um tipo de

cuidado, o que exige atenção e aproximação dos profissionais com os indivíduos e outro aspecto

diferenciador é que o trabalho em saúde é realizado por vários profissionais o que o torna fragmentado,

dificultando a continuidade do cuidado (FARAH, 2014 apud NOGUEIRA, 2000).

Neste contexto ao compreendermos a enfermagem como um trabalho, que possui uma organização

tecnológica de sua prática, que é realizado em variados cenários de assistência à saúde (Unidades de Atenção

Primária à Saúde, Hospitais, Clínicas, Ambulatórios, Prontos Socorros e outros), que estabelecem relações

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sociais, é importante que sejamos capazes de analisar estes ambientes e a organização e o processo do

trabalho nele desenvolvido (GRECO, 2013).

5 – Processo de Trabalho em Enfermagem

Processo de Trabalho em Saúde se refere ao cotidiano do trabalho em saúde, ou seja, à prática dos

trabalhadores/profissionais de saúde inseridos no dia-a-dia da produção e consumo de serviços de saúde

(PEDUZZI; SCHRAIBER, s/ data).

Sanna (2007) define processo de trabalho como a transformação de um objeto determinado em um

produto determinado, por meio da intervenção do ser humano que, para fazê-lo, emprega instrumentos. Ou

seja, o trabalho é algo que o ser humano faz intencionalmente e conscientemente, com o objetivo de produzir

algum produto ou serviço que tenha valor para o próprio ser humano.

Vale ressaltar que o processo de trabalho na enfermagem é realizado pela equipe de enfermagem, ou

seja, auxiliares e técnicos de enfermagem e o enfermeiro. Já na área da saúde, o processo de trabalho é

realizado além da equipe de enfermagem, pelos outros profissionais/agentes com vários processos de

trabalho, proveniente das variadas categorias profissionais das quais a área da saúde é composta (FARAH,

2014).

Para melhor compreensão sobre o que é processo de trabalho, é preciso entender seus componentes:

objeto, agentes, instrumentos, finalidades, métodos e produtos.

Objeto “é aquilo sobre o que se trabalha, ou seja, algo que provem diretamente da natureza, que

sofreu ou não modificação decorrente de outros processos de trabalho, e que contem em si a potencialidade

do produto ou serviço em que irá ser transformado pela ação do ser humano” (SANNA, 2007 p.222).

Tomando como exemplo o objeto de trabalho do ensino são as pessoas que almejam aprender algo.

Dessa forma, são envolvidos nesse processo de trabalho como alguém que vai aprender alguma coisa e será

transformado por esse aprendizado (SANNA, 2007).

Agentes “são os seres humanos que transformam a natureza, ou seja, são aqueles que, tomando o

objeto de trabalho e nele fazendo intervenções, são capazes de alterá-lo, produzindo um artefato ou um

serviço” (SANNA, 2007 P.222).

“O agente é aquele que realiza o trabalho. Ele pode ser concomitantemente o produtor e consumidor

daquele trabalho ou pode produzir um bem ou serviço para outrem consumir” (SANNA, 2007 p.222).

Instrumentos não se referem apenas os artefatos físicos de que se utiliza, mas também os

conhecimentos, habilidades e atitudes combinados de maneira peculiar, voltados a uma necessidade

específica que aquele sujeito e situação singular apresentam, que determina como será feito esse trabalho

(SANNA, 2007 p.222).

Às vezes esses instrumentos são os prolongamentos das próprias mãos, como uma

enfermeira que emprega uma agulha e seringa para aplicar uma injeção intramuscular. Mas

nem sempre os instrumentos são tangíveis, isto é, nem sempre se pode experimentá-los

pelos órgãos dos sentidos. Por exemplo, uma enfermeira que aplica uma injeção também

utiliza, como instrumentos, seus conhecimentos sobre Anatomia, Fisiologia, Farmacologia,

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Microbiologia, Ética, Comunicação, Psicologia, Semiologia e Semiotécnica de

Enfermagem, entre outros (SANNA, 2007 p.222).

Finalidade do trabalho “é a razão pela qual ele é feito. Ela vai ao encontro da necessidade que o fez

acontecer e que dá significado à sua existência. Se algo é feito sem a consciência da necessidade humana que

o gerou, não é trabalho. Às vezes as finalidades são compartilhadas por trabalhos diferentes e é isto que dá o

sentido de se trabalhar em equipe. O trabalho em saúde, por ser muito complexo e atender a necessidades

vitais literalmente, é compartilhado por vários agentes” (SANNA, 2007 p.222).

Métodos de trabalho ”são ações organizadas de maneira a atender à finalidade, executadas pelos

agentes sobre os objetos de trabalho, empregando instrumentos selecionados, de forma a produzir o bem ou

serviço que se deseja obter. Não se trata apenas da execução de movimentos padronizados numa seqüência

pré-definida por outrem, mas sim de uma ação inteligente, planejada e controlada, voltada para um objeto

específico, que deverá produzir um resultado previamente imaginado pelo agente” (SANNA, 2007 p.222).

“O enfermeiro emprega vários métodos para, por exemplo, assistir um cliente. A Sistematização da

Assistência de Enfermagem, na qual o enfermeiro lê as necessidades que o cliente apresenta, emite um

julgamento sobre o que é necessário providenciar, planeja o que vai ser feito, executa ou delega essas ações e

avalia seus resultados, é um dos métodos de trabalho que são empregados para assistir” (SANNA, 2007

p.222).

Produtos de um trabalho “podem ser bens tangíveis, ou seja, artefatos, elementos materiais que se

pode apreciar com os órgãos dos sentidos, ou serviços, que não têm a concretude de um bem, mas são

percebidos pelo efeito que causam” (SANNA, 2007 p.222).

O objeto de trabalho da Enfermagem é o cuidado e para exercê-lo pode-se desenvolver todas as

dimensões do cuidado: assistir, administrar, ensinar, pesquisar e participar politicamente. Assim, a

Enfermagem há mais de um processo de trabalho, que pode ou não ser executado concomitantemente e

desempenhado por mais de um agente (equipe de enfermagem) (FARAH, 2014; SANNA, 2007).

“O processo de trabalho Assistir ou cuidar em Enfermagem tem como objeto o cuidado demandado

por indivíduos, famílias, grupos sociais, comunidades e coletividades. Os agentes desse cuidado autorizados

legalmente a praticá-lo em nosso país são o enfermeiro, o técnico de enfermagem, o auxiliar de enfermagem

e a parteira. Os instrumentos são os conhecimentos, habilidades e atitudes que compõem o assistir em

enfermagem, mais os materiais, os equipamentos, o espaço físico e todas as condições materiais necessárias

para o cuidado se efetivar. As finalidades são promover, manter e recuperar a saúde/qualidade de vida. Os

métodos do processo de trabalho assistir em enfermagem são a sistematização da assistência e os

procedimentos e técnicas de enfermagem. Seu emprego resulta na produção de pessoas saudáveis e/ou a

morte com dignidade” (SANNA 2007, p.222).

O processo de trabalho Administrar ou gerenciar em Enfermagem tem como objeto os agentes do

cuidado e os recursos empregados no assistir em enfermagem. Não há cuidado possível se não houver a

coordenação do processo de trabalho assistir em enfermagem, finalidade do processo administrar. O agente

do processo de trabalho administrar é o enfermeiro, o único profissional que domina os métodos empregados

nesse processo, que são o planejamento, a tomada de decisão, a supervisão e a auditoria. Os instrumentos

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empregados são as bases ideológicas e teóricas da administração e prática de gerenciamento de recursos.

Assim, o enfermeiro se torna capaz de prover condições para o cuidado se efetivar com eficiência e eficácia,

que é o produto do processo de trabalho administrar em enfermagem. Essas são as razões pelas quais cabe

exclusivamente ao enfermeiro ser agente desse processo (SANNA, 2007; HAUSMANN, 2006).

“O processo de trabalho Ensinar em Enfermagem tem dois agentes – o aluno e o professor de

enfermagem. Seu objeto são os indivíduos que querem se tornar profissionais de enfermagem ou aqueles

que, já sendo profissionais, querem continuar a se desenvolver profissionalmente. Para efetivá-lo, os agentes

exercitam as teorias, métodos e recursos de ensino-aprendizagem, empregados como instrumentos para

atender à finalidade de formar, treinar e aperfeiçoar recursos humanos de enfermagem. Os métodos

empregados nesse processo são os concernentes ao ensino formal, supervisionados pelos órgãos de classe da

Enfermagem e pelos órgãos competentes da Educação. Os produtos desse processo são auxiliares de

enfermagem, técnicos de enfermagem, enfermeiros, especialistas, mestres e doutores em Enfermagem”

(SANNA, 2007 p. 223).

“O processo de trabalho Pesquisar em Enfermagem também tem como agente exclusivo o

enfermeiro, porque apenas esse profissional de enfermagem tem formação em Metodologia de Pesquisa

Científica. Para tanto, ele aprende métodos quantitativos e qualitativos da pesquisa e emprega o pensamento

crítico e a filosofia da ciência como instrumentos. Seu objeto é o saber já disponível em Enfermagem e as

lacunas existentes nesse saber, sobre o qual ele atua com a finalidade de descobrir novas e melhores formas

de assistir, administrar, ensinar e pesquisar em enfermagem. Os produtos desse processo são novos

conhecimentos, que podem ser empregados para compreender e modificar o trabalho dos profissionais de

enfermagem, e também novas dúvidas, que mantêm sempre em funcionamento o processo de trabalho

pesquisar em enfermagem” (SANNA, 2007 p. 223).

“É importante ressaltar que esses quatro processos de trabalho não são estanques. Um se relaciona

com o outro e ocorrem, por vezes, simultaneamente. Embora alguns agentes se envolvam mais com um ou

outro ao longo da vida, todos deles se beneficiam” (SANNA, 2007 p. 223).

“O processo de trabalho Participar Politicamente permeia todos os outros processos e, muitas

vezes está presente sem que o profissional de enfermagem dele tome conhecimento. Há aqueles que se dizem

apolíticos, pois declaram trabalhar sem professar crenças. Este é um engano frequente. Participar

politicamente não significa necessariamente filiar-se a um órgão de classe, organizações que se dedicam à

defesa dos direitos civis ou a um partido político. Todo julgamento moral e atitude que lhe corresponda é

uma forma de participação política, sem o quê não é possível estar no mundo em sociedade” (SANNA, 2007

p. 223).

“Os agentes desse processo são os profissionais de enfermagem e os outros atores sociais. Ao aceitar

condições de trabalho desfavoráveis, como dupla ou tripla jornada ou a precarização dos contratos de

trabalho, por exemplo, o profissional de enfermagem pactua com a ideologia de que os interesses do capital

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estão acima dos interesses da saúde dos indivíduos, famílias, grupos sociais, comunidades e coletividades a

serem cuidados, inclusive dele próprio e assim participa politicamente” (SANNA, 2007 p. 223).

“Para transformar a realidade, é preciso atuar sobre o objeto da participação política, que é

constituído pela força de trabalho em enfermagem e sua representatividade social. Posicionar-se

politicamente no ambiente de trabalho, organizando-se para discutir e conquistar melhores condições de

operar este e os outros processos de trabalho constitui a possibilidade de transformação sobre o objeto em

foco. Os métodos empregados são a negociação e o conflito que são utilizados para transformar o objeto e

necessitam ser ancorados em valores professados pelas categorias profissionais. A argumentação, o diálogo,

a pressão política, a manifestação pública e até o rompimento de contratos, como no caso da greve, por

exemplo, são os instrumentos que devem ser empregados pelos agentes organizados para transformar o

objeto do Participar Politicamente em Enfermagem. Elas são aprendidas principalmente por meio do estudo

da Filosofia, da Sociologia e da Economia e da História, para não dizer da própria ciência Política, mas não

podem prescindir da prática para que, a exemplo dos outros processos de trabalho em Enfermagem possam

ser praticados com eficiência, eficácia e efetividade” (SANNA, 2007 p. 223-4).

Os produtos desse processo são conseqüências da conjunção de instrumentos e métodos que seus

agentes empregam para transformar o objeto. São eles o poder político, o reconhecimento social e condições

favoráveis para operar todos os processos de trabalho em Enfermagem (SANNA, 2007 p. 224).

Os quadros esquemáticos abaixo, baseado no referencial de Sanna (2007, p. 223) trazem o processo

de trabalho da enfermagem nas cinco dimensões do cuidar citadas acima.

Os Processos de Trabalho na Enfermagem

Componentes do Processo de Trabalho ASSITIR

Objeto Cuidado do indivíduo, família e comunidade

Agentes Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem

Instrumentos Conhecimentos, habilidades e atitudes que compõem o assistir em

Enfermagem, materiais equipamentos e espaços físicos, etc.

Finalidade Promover, manter, recuperar a saúde/qualidade de vida

Métodos Sistematização da Assistência de Enfermagem e procedimentos de

enfermagem

Produtos Pessoa saudável ou morte com dignidade

(SANNA, 2007, p.223)

Componentes do Processo de Trabalho ADMINISTRAR

Objeto Agentes do cuidado e recursos empregados para assistir em Enfermagem

Agentes Enfermeiro

Instrumentos Bases ideológicas e teóricas da administração e prática de gerenciamento de

recursos

Finalidade Coordenar o processo de trabalho assistir em Enfermagem

Métodos Planejamento, tomada de decisão, supervisão e auditoria

Produtos Condições para o cuidado se efetivar com eficiência e eficácia

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Componentes do Processo de Trabalho ENSINAR

Objeto Indivíduo que quer exercer a Enfermagem

Agentes Professor de Enfermagem e aluno

Instrumentos Teorias, métodos e recursos de ensino-aprendizagem

Finalidade Formar, treinar e aperfeiçoar profissionais de enfermagem

Métodos Ensino formal, supervisionado por órgão de classe e da educação

Produtos Auxiliares de enfermagem, técnicos, enfermeiros, especialistas, etc.

(SANNA, 2007, p.223)

Componentes do Processo de Trabalho PESQUISAR

Objeto Saber da Enfermagem e as lacunas existentes nesse saber

Agentes Enfermeiro

Instrumentos Pensamento crítico e filosofia da ciência

Finalidade Descobrir novas e melhores formas de assistir, ensinar, gerenciar e pesquisar

em Enfermagem

Métodos Métodos quantitativos e qualitativos de pesquisa

Produtos Novos conhecimentos e novas dúvidas

(SANNA, 2007, p.223)

Componentes do Processo de Trabalho PARTICIPAR POLITICAMENTE

Objeto Força de trabalho em enfermagem e sua representatividade

Agentes Profissionais de enfermagem e outros atores sociais com quem se relacionam

Instrumentos Conhecimentos de Filosofia, Sociologia, História, Política, argumentação,

diálogo, pressão política e rompimento de contratos

Finalidade Conquistar melhores condições para operar os outros processos de trabalho

Métodos Negociação e conflito

Produtos Poder, reconhecimento social e conquista de condições favoráveis para operar

os processos de trabalho

(SANNA, 2007, p.223)

6 – Para finalizar

Contextualizar o processo de trabalho, apreender os conceitos envolvidos e compreender os

componentes do processo de trabalho à luz das dimensões do cuidar se constitui em ferramentas para se

planejar um cuidado de Enfermagem eficiente e eficaz.

Vale lembrar que o processo de trabalho em enfermagem necessita de organização e esta tarefa é de

responsabilidade do enfermeiro, para que todas as dimensões do cuidar sejam bem desempenhadas. Assim, o

enfermeiro cuida dos pacientes, do ambiente e dos agentes da enfermagem (FARAH, 2014).

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